Crise de 2008 e Os Movimentos Da Sociedade Organizada
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https://www.youtube.com/watch?v=ZyLzFSmbDVk
História| 3º Ano
Crise de 2008 e os Movimentos da Sociedade Civil Organizada
A primeira década do século 21 foi em grande medida escrita nos Estados Unidos. Começou
com uma grave crise geopolítica, no coração de Nova York — o 11 de Setembro —, e
terminou com uma grave crise econômica, também ambientada em Nova York, no centro
financeiro de Wall Street.
Fonte: https://thoughteconomics.com/
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Por volta de 1998, os bancos dos Estados Unidos começaram a emprestar dinheiro a muita gente que não tinha como
pagar.
Mesmo quem estava desempregado e não tinha renda nem patrimônio conseguia ser aprovado
pelo banco para receber um financiamento. E poderia dar a própria casa como garantia para
vários empréstimos. Esse tipo de crédito era conhecido como “subprime” (de segunda linha). O
volume de financiamentos desse tipo era gigantesco.
Fonte: warren.com.br/
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Em linhas gerais, a bolha surgiu porque o crescente interesse por rendimentos de hipotecas deu origem
a uma imensa estrutura financeira para negociar esses ativos no mercado.
A alta demanda incentivou as instituições de crédito a ampliar sua “produção” e oferecer hipotecas com grande risco de
calote — as famigeradas hipotecas subprime.
Quando muitos tomadores de hipotecas deixaram de pagar as contas, o mercado imobiliário foi inundado por imóveis
desvalorizados e a estrutura entrou em colapso, levando à crise.
https://warren.com.br
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Segunda-feira negra
Os indícios da bolha já vinham crescendo desde 2007, quando dezenas de instituições ofertantes de
hipotecas começaram a falir ou ser compradas por bancos maiores.
No mesmo mês da falência do Lehman Brothers, o tradicional banco Merrill Lynch foi comprado pelo Bank
of America, enquanto o Goldman Sachs e o Morgan Stanley pediram crédito emergencial ao Federal
Reserve (Fed, o banco central dos EUA).
Para tentar evitar quebradeiras em série, governos de vários países anunciam planos de socorro à economia,
injetando bilhões em bancos
https://www.youtube.com/watch?v=ayO0wHD0HzE
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Recessão e desemprego
Barack Obama entrou no poder em 2009 e concedeu aportes financeiros a grandes bancos para resgatá-los,
repetindo a política do presidente anterior. O democrata também estendeu o incentivo à indústria automotiva.
Fonte: economia.uol.com.br/
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Com uma situação bem delicada, o mercado financeiro mundial ficou totalmente
desconfiado, tendo em vista que os Estados Unidos são referência no empréstimo
de dinheiro a outros países. Dessa maneira, os bancos criaram barreiras e
limitaram o crédito, reduzindo o poder de investimento das empresas.
Dois anos depois, a crise financeira atingiu a União Europeia, com impactos na desvalorização do
euro e aumento das dívidas de alguns países, como Grécia, Portugal, Espanha e Itália.
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Assim como a maioria dos países, o governo brasileiro também adotou medidas para conter danos e
prejuízos.
Entre as medidas adotadas, estava o incentivo ao consumo, o que incluiu a redução do IPI para automóveis,
eletrodomésticos e materiais de construção, por exemplo.
Nos primeiros dias após a segunda-feira negra, as principais influências da crise de 2008 na economia
brasileira foram na queda no valor das ações e aumento no preço do dólar.
Em seguida, houve uma diminuição do crédito e redução dos investimentos internacionais. As expectativas
de crescimento econômico também diminuíram, com previsões menos otimistas para o PIB, a soma de todas
as riquezas do país.
No entanto, os abalos foram bem menores em comparação aos países europeus, onde a população chegou a
realizar protestos violentos, como na Grécia.
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Crise econômica na Europa: União Europeia em risco
Em 2009...
Centenas de milhares de pessoas protestaram na França contra as políticas econômicas do presidente Sarkozy.
Impelidos pela crise financeira na Letônia, a oposição e os sindicatos organizaram uma manifestação contra o gabinete
do premier Ivars Godmanis. A manifestação reuniu entre 10 e 20 mil pessoas.
Após ver a cena final do filme A GRANDE APOSTA, na realidade, quem perdeu nessa crise?
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Dezembro de 2010 na Tunísia, com a derrubada do ditador Zine El Abidini Ben Ali.
Tudo começou com um vendedor de frutas no interior da Tunísia. Mohamed Bouazizi, de 26 anos, era um ambulante
na pequena cidade de Sidi Bouzid, onde era constantemente intimidado por policiais — falta de licença, problemas
com seus produtos, pedidos de propina.
No dia 17 de dezembro de 2010, em novo episódio de intimidação, policiais confiscaram seu carrinho de
frutas por ele não ter licença para vender no local onde supostamente era necessária.
Na sexta feira, 17 de dezembro de 2010, Mohamed Bouazizi colocou fogo em si mesmo e morreu 18
dias depois às 17h30 na terça-feira, 4 de janeiro de 2011 em um hospital na cidade de Ben Aros.
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Mohamed Bouazizi não sabia, mas o ato desesperado, que o levaria à própria morte, acabaria culminando no que,
mais tarde, viria a ser chamado de Primavera Árabe. Protestos se espalharam pela Tunísia, levando o presidente Zine
el-Abdine Ben Ali a fugir para a Arábia Saudita apenas dez dias depois. Ben Ali estava no poder desde novembro de
1987
Foi na Internet que os setores mais inconformados da sociedade encontraram o instrumento ideal para exercer o
ciberativismo, de onde eles puderam canalizar as críticas contra os abusos do poder das autoridades, agendar e realizar
ações de protesto
As redes sociais desempenharam um
papel considerável nos recentes
French support Bouazizi.jpg. 2011. Domínio
Como a Tunísia, outros países também eram governados por autocratas, que historicamente reprimiam
dissidências e protestos com extrema violência.
Pais Como aconteceu
Egito Hosni Mubarak, no Egito, também deixar o cargo em função das revoltas populares que exigiam o fim de seu posto
no comando do país que ocupara durante 30 anos: era a chamada Revolução de Lótus. A Primavera Árabe expandia-
se.
Líbia Em 2011, a Primavera Árabe não tardou chegar. No entanto, esse país foi o primeiro em que as revoltas envolveram
uma guerrilha e muito derramamento de sangue. Buscando o fim do regime de Muamar Kadhafi, que permaneceu
no poder durante 42 anos, os rebeldes pegaram em armas para combater a resistência organizada pelas tropas leais
ao governo.
Fonte: brasilescola.uol.com.br
Barein Esse país, diferentemente da Líbia, possui um grande apoio dos países ocidentais, com destaque para os Estados
Unidos. Com isso, mesmo com a dura repressão contra os rebeldes e com vários crimes aos direitos humanos, esse
país não sofreu nenhum tipo de intervenção militar estrangeira, fato que fez com que parte da comunidade
internacional questionasse a postura da OTAN nas zonas de instabilidade política na região árabe.
Síria É o país onde os conflitos mais se estenderam, demarcando uma longa agonia na região. Isso porque a oposição
sunita, influenciada pela eclosão das revoltas no Egito e na Tunísia, também procurou ascender ao poder por meio
de uma revolta armada, duramente reprimida pelas tropas do ditador Bashar al-Assad (no poder desde 2000). Além
do conflito armado, esse episódio mexeu também com o plano geopolítico internacional.
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Além desses casos principais, a Primavera Árabe atingiu também outros países, como Marrocos, Iêmen, Argélia, Omã e, em
menor grau, Arábia Saudita e Jordânia. Em alguns locais, eleições e reformas ocorreram; em outros, os protestos foram
estrategicamente contidos. O mapa abaixo apresenta uma ideia do resultado destes conflitos.
Cientistas políticos argumentaram que a crise econômica desencadeou agitações sociais que foram expressas
através de protestos sobre uma variedade de questões em todo o mundo em desenvolvimento.
2011/09/110903_israel_protestos_cc
https://www.bbc.com/portuguese/
últimos quatro anos. Tel Aviv, por exemplo, é considerada a
cidade mais cara no Oriente Médio: apenas em Moscou,
Londres, três cidades na Suíça e duas na Escandinávia o
custo de vida é maior, segundo uma pesquisa realizada em
2011.
noticias/
Manifestação contra alto custo de vida em Tel Aviv reuniu
Fonte: https://www.bbc.com mais de 200 mil pessoas
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Em junho de 2013, viram-se inúmeras manifestações populares que marcaram a memória do Brasil, à
medida que o clamor social crescia e os atos ganhavam magnitude.
Os movimentos sociais da atual conjuntura são denominados como novos movimentos sociais (NMSs); e, em segundo,
temos os movimentos considerados “antigos” os quais não se encaixam no conceito de NMS, e, sim no paradigma marxista
do qual a luta de classe é o cerne, agindo como a motivação e sua forma de representação são os sindicatos e os partidos
políticos. (Touraine, 1998)
Segundo pesquisa do IBOPE (2014), 77% dos manifestantes tomaram conhecimento dos protestos por meio do
Facebook, 1% utilizando Twitter, 8% os dois anteriores e 13% não se mobilizaram por meio das redes sociais
Virtuais.
No Facebook, vários movimentos sociais têm aberto suas fanpages e possuem milhares de seguidores, como, por exemplo, Movimento dos
Trabalhadores Sem Teto (MTST), Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) e Movimento Passe Livre (MPL), articulador das mobilizações no Brasil
em 2013.
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Fonte: www.mpl.org.br
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Em junho de 2013, as ruas da cidade de São Paulo foram tomadas por milhares de pessoas como há muito não
se via no país. Essas pessoas foram chamadas pelos atos do Movimento Passe Livre (MPL), que tem
como uma das suas causas a adoção da tarifa zero no transporte público do país. Os atos tinham como objetivo
protestar contra o aumento das tarifas no transporte público no município de São Paulo, que iam
passar de três reais para três reais e vinte centavos.
O MPL construiu um ciberespaço de O Movimento Passe Livre (MPL) é um movimento social autônomo,
discussão, de informação, de apartidário, horizontal e independente, que luta por um transporte
contrainformação e de divulgação de público de verdade, gratuito para o conjunto da população e fora da
materiais que mostravam outras versões iniciativa privada. (Fonte: www.mpl.org.br)
dos fatos, muitas vezes divergentes
daqueles veiculados na grande mídia.
As manifestações na capital paulista conhecidas como Jornadas de Junho foram desencadeadas pelo
reajuste da tarifa do transporte público de três reais para três reais e vinte centavos no final de maio.
Sete atos contra o aumento foram convocados pelo MPL na cidade de São Paulo, porém estima-se
www.mpl.org.br
que 1,5 milhão de pessoas em mais de 120 cidades no Brasil saíram às ruas como resultado destas
manifestações.
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https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Protesto_contra_o_aumento_de_passagens_em_Recife-PE.jpg
https://commons.wikimedia.org/wiki/File:2%C2%BA_Junta_Brasil_em_Juiz_de_Fora_-_cartaz_contra_a_Globo_e_a_favor_da_educa%C3%A7%C3%A3o.JPG
https://pt.wikipedia.org/wiki/Jornadas_de_Junho#/media/Ficheiro:ManifestaCGRJ.jpg
https://pt.wikipedia.org/wiki/Jornadas_de_Junho#/media/Ficheiro:Manifestante_no_Dia_do_Basta_2013_em_Juiz_de_Fora_afirmando_que_os_governantes_agora_somos_n%C3%B3s.JPg
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Wikimedia Commons/Divulgação
Mais de 1 milhão de pessoas comparecem aos novos protestos em 388
cidades do Brasil
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Proposta de Intervenção – Processo Criativo
Embora as primeiras formas de ativismo online datem do início da década de 1990, movimentos recentes no Brasil e no
mundo vêm mostrando o potencial dessa nova forma de reorganização.
Quando você quer apoiar uma causa social, o que você faz? Uma das primeiras coisas provavelmente é participar pela
internet: fazer uma doação, compartilhar campanhas, assinar uma petição ou confirmar presença em algum protesto. Esses
são alguns dos exemplos de como a internet vem ampliando o ativismo social e político e criando novas formas de atuação
e mobilização, compondo o que é chamado de ciberativismo.
Sandor Vegh, no livro "Classifying forms of online activism: the case of cyberprotests against the World Bank", expões três categorias de
atuação do ativismo online:
1) conscientização e promoção de uma causa;
2) organização e mobilização;
3) ação e reação
A proposta utilizar páginas do Facebook, Twitter, Instagram, Youtube e outros locais para promover o apoio a uma causa específica.
Essa atividade pode ser feita por um determinado tempo para monitoramento de aceitação, compartilhamentos, curtidas e engajamento
na causa defendida.
Fonte: https://vestibular.uol.com.br/
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REFERÊNCIAS
https://pt.wikipedia.org/wiki/Barack_Obama#/media/Ficheiro:Barack_Obama_signs_American_Recovery_and_Reinvestment_Act_o
f_2009_on_February_17.jpgn
https://www.youtube.com/watch?v=HkhVqi_m2L8
https://mapasmentaiscomchirley.com.br/crise-global-de-2008-recessao/
https://www.stoodi.com.br/blog/historia/crise-de-2008/
https://pt.wikipedia.org/wiki/Grande_Recess%C3%A3o#/media/Ficheiro:2011_Greece_Uprising.jpg
https://www.bbc.com/portuguese/noticias/2013/06/130606_turquia_importancia_gezi_taksim_fn
https://www.archdaily.com.br/br/01-117909/istambul-o-grande-protesto-para-salvar-o-ultimo-parque-publico-da-cidade
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Crise de 2008 e os Movimentos da sociedade Civil Organizada
https://www.bbc.com/news/world-europe-22740282
https://pt.wikipedia.org/wiki/Protestos_na_Turquia_em_2013#/media/Ficheiro:Gezi_Park_protests.jpg
https://guiadoestudante.abril.com.br/estudo/manifestacoes-de-junho-de-2013-relembre-os-fatos-importantes/
https://pt.wikipedia.org/wiki/Movimento_Passe_Livre#/media/Ficheiro:Tarifa_Zero_SP.jpg
Jornadas de Junho de 2013: formas de mobilização online e a ação de ativistas em Brasília por meio do Facebook. Disponível em file:///C:
/
Users/profj/Downloads/3381-15639-3-PB.pdf
https://pt.wikipedia.org/wiki/Primavera_%C3%81rabe#/media/Ficheiro:Arab_Spring_and_Regional_Conflict_Map.svg https://www.bbc.c
om/portuguese/internacional-55379502
https://brasilescola.uol.com.br/geografia/primavera-Arabe.htm
https://www.mpl.org.br/
https://pt.wikipedia.org/wiki/Jornadas_de_Junho#/media/Ficheiro:Protesto_contra_o_aumento_de_passagens_em_Recife-PE.jpg
https://commons.wikimedia.org/wiki/File:2%C2%BA_Junta_Brasil_em_Juiz_de_Fora_-_cartaz_contra_a_Globo_e_a_favor_da_educa%C3
%A7%C3%A3o.JPG
https://pt.wikipedia.org/wiki/Jornadas_de_Junho#/media/Ficheiro:ManifestaCGRJ.jpg
https://guiadoestudante.abril.com.br/estudo/manifestacoes-de-junho-de-2013-relembre-os-fatos-importantes
https://www.youtube.com/watch?v=XEj3UH69g5k