Apresentação COMA Final

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Mutações no gene OTX2 são raras em pacientes

com hipopituitarismo
e/ou defeitos da linha média cerebral
Nathália Novaretti1, Sabrina S. Paulo1, Antonio Carlos dos Santos2, Ayrton C Moreira2, Carlos E
Martinelli Jr.1, Maki Igarashi3, Tsutomu Ogata3,4, Maki Fukami3, Margaret de Castro2, Sonir R
Antonini1

Departamento de Puericultura e Pediatria1 e Clínica Médica2, Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto,


Universidade de São Paulo (FMRP-USP).
Department of Molecular Endocrinology3, National Research Institute for Child Health and Development,
Japan.
Department of Pediatrics4, Hamamatsu University School of Medicine, Japan.
Embriogênese da Adenohipófise Introdução
 Migração e diferenciação seqüencial e progressiva de células da bolsa
de Rathke sob o controle de diversos fatores de transcrição.

Treier et al. Gene &


Development, 1998
Introdução
 Hipopituitarismo congênito: deficiência parcial ou total da função de
hormônios da adenohipófise. Sua causa é desconhecida na maioria
dos pacientes.

 Mutações em alguns fatores de transcrição envolvidos no


desenvolvimento da hipófise anterior (PROP, POU1F1, HESX1,
LHX3, LHX4, SIX6, PITX2 e OTX2) têm sido encontradas em
pacientes com hipopituitarismo anterior.

 Mutações no gene OTX2: pacientes geralmente apresentam outras


alterações no sistema nervoso central (defeitos da linha média
cerebral) e malformações oculares (anoftalmia). Há raros casos de
pacientes com hipopituitarismo sem outras anormalidades.
Objetivo

Investigar a presença de mutações e polimorfismos no


gene OTX2 em pacientes com hipopituitarismo
congênito e/ou defeitos da linha média cerebral.
Pacientes e Métodos

ESTUDO RETROSPECTIVO E PROSPECTIVO EM UM ÚNICO CENTRO


• Pacientes elegíveis
• Autorização para participar dos pais ou pacientes
• Sem mutações em POU1F1, PROP1, GH1 ou GHRHR

SNC Análise clínica e


Ressonância nuclear magnética laboratorial

Screening de mutações
(regiões codificadoras e de transcrição do gene
OTX2 )

Controles: 110 indivíduos adultos saudáveis com estatura


normal

Aprovado pelo CEP - HCFMRP-USP: n° 4213/2009


117 pacientes estudados: Pacientes e Métodos

9 (8%)
15 (13%)
Hipopituitarismo congênito (Grupo 1)

61 (52%)
Displasia septo-óptica (Grupo 2)
32 (27%)
Holoprosencefalia (Grupo 3)

Anomalia do corpo caloso (Grupo 4)


Dados Clínicos Resultados

HIPOPITUITARISMO DISPLASIA HOLOPROSENCEFALIA ANOMALIA


CONGÊNITO (n=61) SEPTO- (n=15) DO CORPO
ÓPTICA CALOSO
(n=32) (n=9)

SEXO 46M:16F 17M:15F 5M:10F 4M:5F


IDADE AO 10,7 5,8 Prenatal/Neonatal 9
DIAGNÓSTICO
(AN0S)
(1,2-69) (0,7-14,4) (6,6-11,7)

DEFICIÊNCIA 100 69 53 67
HIPÓFISE
ANTERIOR (%)

DIABETES 7 9 47 0
INSIPIDUS (%)
Características Neurorradiológicas Resultados
 Pacientes com hipopituitarismo anterior (grupo 1; n=61)

Hipoplasia Hipófise posterior


hipófise anterior ectópica
20 %
(81%) 13 % 3% (91%)
53 %
5% 5%

0%

Alterações
da haste
hipofisária
(63%)
Nova Mutação OTX2 p.A253T Resultados
 Mutação em heterozigose c.757G>A que leva a uma troca do
aminoácido alanina por treonina.

Sense Antisense

 Encontrada em 1 paciente do sexo feminino com fenótipo de


hipopituitarismo congênito, discreta assimetria ocular e base nasal
plana. RNM: hipoplasia de adenohipófise, atenuação de haste e
neurohipófise ectópica.
Nova Mutação OTX2 p.A253T Resultados
 Ausente em controles.

 Mãe e irmã saudáveis apresentam a alteração no seqüenciamento.


Nova Mutação OTX2 p.A253T Resultados

(Adaptado) Ogata T et al.


The Journal of Clinical
Endocrinology & Metabolism,
2010

Domínio de Transativação

p.A253T

Estudo Funcional:
1. A capacidade de transativação do mutante OTX2 p.A253T foi
avaliada em ensaios de luciferase utilizando-se vetores repórteres
contendo os promotores dos genes IRBP, HESX1, POU1F1 e
GNRH1 -> mutante p.A253T não compromete a capacidade de
transativação gênica.
Nova Mutação OTX2 p.P148P Resultados
 Mutação em heterozigose c.444G>C que não altera o aminoácido
prolina.

 Encontrada em 1 paciente do sexo masculino com fenótipo de


displasia septo-óptica, déficit de GH, ACTH, LH e FSH e hipoplasia
de nervos ópticos.
RNM: hipoplasia de adenohipófise e agenesia de corpo caloso.

 Mutação silenciosa, não se encontra em sítio regulador de Splice.


Nova Mutação OTX2 3’UTR+19T>A Resultados
 Mutação em heterozigose c.*19T>A na região 3’ não-traduzida na
posição +19.

 Encontrada em 2 pacientes do sexo feminino :


o Paciente 1 com fenótipo de displasia septo-óptica, déficit de GH,
ACTH e TSH e hipoplasia de nervos ópticos. Pais consangüíneos.
RNM: agenesia de corpo caloso.
o Paciente 2 com fenótipo de hipopituitarismo, déficit de GH, ACTH e
ADH.
RNM: hipoplasia de adenohipófise e neurohipófise ectópica.

 Ausente nos controles


Polimorfismos OTX2 Resultados
LOCALIZAÇÃO VARIAÇÃO FREQÜÊNCIA FREQÜÊNCIA FREQÜÊNCIA
GENOTÍPICA GENOTÍPICA GENOTÍPICA DESCRITA
(%) EM EM POPULAÇÕES *
CONTROLES
BRASILEIROS
(n=110) (%) EUROPÉIA AFRICANA

Exon 3 / Intron 3 C/C= 98 Não realizado C/C= 97,6 ND


c*12C>T
C/T= 2 C/T = 1,2
(rs28757218) T/T = 1,2

Intron 3 / Exon 4 C/C = 45 Não realizado C/C = 42 C/C = 53


c.98-46C>A
C/A = 46 C/A = 49 C/A = 42
(rs2277499) A/A = 9 A/A = 9 A/A = 5

Exon 5 G/G = 82 G/G = 75 G/G = 75 e G/G = 100


c.*10A>G
(3’ não-traduzida) A/G = 15 A/G = 23 80
(rs171978) A/A = 3 A/A = 2 A/G = 25 e
19
A/A = 0 e
* Fonte de dados: www.ncbi.nlm.nih.gov/SNP/; ND: não disponível 1
Conclusões
 Encontramos 3 novas variantes no gene OTX2 em pacientes com
hipopituitarismo.

 A análise funcional da variação missense p.A253T, localizada no


domínio de transativação do OTX2, revelou que, quando comparado
ao OTX2 nativo, o mutante p.A352T não compromete a capacidade
de transativação gênica.

A mutação silenciosa (p.P148P) não afeta o splicing e,


provavelmente, não apresenta importância funcional.

 A importância funcional da mutação 3’UTR+19 T>A observada em 2


pacientes e não em controles é desconhecida.

 Mutações no gene OTX2 parecem não ser causa freqüente de


hipopituitarismo isolado ou associado a defeitos da linha média
cerebral.
Agradecimentos
 Pós-graduandas: Sabrina S. Paulo e Letícia F. Leal

 Suporte técnico: Rogério Zuliani e Wendy Turatti

 Pacientes e Familiares do Estudo

Apoio:
Muito obrigada!

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