Morte Encefalica Protocolo (1) Aulaverdades e Mentiras
Morte Encefalica Protocolo (1) Aulaverdades e Mentiras
Morte Encefalica Protocolo (1) Aulaverdades e Mentiras
de acidente automobilstico, com TCE grave, admitido na UTI,mantido SV s custas de VM e DVA. Apnico, arreatividade, ECG =3.Inicia protocolo onde acaba sendo confirmado o diagnstico de Morte enceflica aps dois exames clnicos e um exame complementar com 6 horas de intervalo entre eles Os pais no aceitam que os aparelhos sejam desligados ou sejam feitas doao de rgos e o seu colega de planto acha que ainda tem pouco tempo de evoluo e que necessrio realizao de mais um exame complementar aps 12 h, neste caso a Criana deve ser mantida em VM.
CA
exame clnico constata presena de Reflexos tendinosos (patelar), cutneo abdominal, cutneo-plantar em flexo ou extenso. (Babinski) e cremastrico superficial e profundo
CA
corretamente o protocolo de um paciente doador de rgos, voc como mdico assistente o profissional responsvel por manter o paciente ainda em VM e para discutir com a famlia a doao de rgos
VERDADE CA.
Verdade ou Ca
No teste da prova calrica, o paciente em ME ter a
seguinte resposta: com uso de gua gelada, perto de zero grau, vai ocorrer desvio dos olhos para o mesmo lado da infuso e com gua quente ele vai desviar os olhos para o lado contra-lateral
CA
Verdade ou Ca?
No paciente comatoso que vai dar incio ao protocolo
de ME podemos manter o uso de drogas vasoativas, antibiticos, mas obrigatrio a suspenso de uso de drogas neuroprotetoras ou depressoras do SNC como os barbitricos
VERDADE
Verdade ou Ca
O exame clnico deve ser realizado por dois mdicos
diferentes sendo um neurologista ou neurocirurgio no membro da equipe assistente e: Um mdico clnico, intensivista de preferncia . Nenhum deles podem participar da equipe de transplante e antes de iniciar o protocolo o mdico assistente deve comunicar o resposvel legal da suspeita diagnstica e do seu signficado, bem como das etapas a serem seguidas. Nenhuma pessoa do hospital pode falar sobre transplante de rgos com nenhum familiar do paciente
TUDO VERDADE
MORTE
Conceitos anteriores: Cessao irreversvel das
funes cardacas e respiratrias Anos 60 : advento das Unidades de terapia intensiva e uso de VM . Pacientes com nenhuma atividade cerebral mas que mantinham batimentos cardacos por perodo varivel que leva inexoravelmente morte em semanas ou meses
Repercusses
Sofrimento psicolgico e financeiro familiares e/ou
para o estado Necessidade de racionalizao de recursos humanos e materiais. Evitar a manuteno artificial da vida em paciente j mortos Possibilidade de doao de rgos
Conceito atual
Comisso presidencial para o estudo de problemas ticos
em medicina e pesquisa biomdica e comportamental Indivduo que apresenta cessao irreversvel das funes cardacas e respiratrias OU cessao irreversvel de todas as funes de TODO o encfalo , incluindo o tronco cerebral impossibilitando a manuteno da vida sem auxilio de meios artificiais Havendo qualquer sinal de atividade em tronco enceflico no existe morte enceflica, portanto o indivduo no pode ser considerado morto (anencfalos e fase final de pacientes com Alzheimer)
Terra C. M Morte enceflica:Anlise Hospital Universitrio USP Departamento de Ped 1994
Conceitos
A ME dever ser conseqncia de processo irreversvel
e de causa conhecida que demonstrem, durante um intervalo de tempo, de forma inequvoca, ausncia da perfuso sangunea cerebral ou da atividade eltrica ou metablica
Bittencourt, Almir : Avaliao do conhecimento dos estudantes de medicina sobre ME Revista Brasileira de Terapia Intensiva Vol 19 n. 2 Abr-Jun 2007
Critrios diagnsticos
Conhecimento do agente causal do coma Hipotermia: o exame clnico geral e neurolgico deve ser
realizado com o paciente com temperatura maior ou igual a 32 graus, mesmo que para isto seja necessrio praquecimento com colches trmicos O paciente deve estar estabilizado do ponto de vista hemodinmico mesmo que para isto seja necessrio o uso de drogas vasoativas ou fluidos. Evitar o uso de paralisantes neuromusculares Deve ser afastada a hiptese de intoxicao exgena No deve haver uso de barbitricos
Bittencourt, Almir : Avaliao do conhecimento dos estudantes de medicina sobre ME Revista Brasileira de Terapia Intensiva Vol 19 n. 2 Abr-Jun 2007
Critrios diagnsticos
Tempo necessrio de observao do paciente?
Quais etapas do exame devem ser realizadas? Quais exames complementares?
ME no Brasil
Resoluo CFM n 1480 de 8/8/97
Protocolo de ME (Brasil)
Causa do coma deve ser conhecida.
Se Hipotermia e uso de drogas depressoras do SNC
SIM ( )
NO ( )
SIM ( )
NO ( )
SIM ( )
NO ( )
SIM ( )
NO ( )
NO ( )
SIM ( )
NO ( )
diferentes que no podero ser integrantes da equipe de remoo e transplante Aps constatao de ME deve-se fazer notificao compulsria ao rgo controlador estadual
Protocolo
IDADE 7 dias-2 meses 2 meses-1 ano 1-2anos incompletos AVALIAO PERODO OBSERVAO 2 exames clnicos e 2 exames 48 horas complementares 2 exames clnicos e 2 exames 24 horas complementares 2 exames clnicos 2 exames complementares 12 horas
> 2 anos
6 horas
Abordagem clnica da ME
Coma e apnia Ausncia de atividade do tronco cerebral 1. Pupilas mdio fixas ou midriticas sem RFM 2. Ausncia de movimentos oculares espontneos 3. Ausncia de movimentos oculares induzidos
1.
espontneos ou induzidos, excluindo reflexos medulares O perodo de observao varia com a idade
Abordagem clnica da ME
No afasta o diagnstico de ME a presena de atividade
Teste da apnia
Pr-requisitos: T> 32 graus, euvolmico, PaCO normal ou
> 40 mmHg, PaO normal ou > 100 mmHg De preferncia colher gasometria arterial antes Ventilar o paciente com FiO2 de 100% por 10 minutos Desconectar o ventilador do paciente Instalar cateter ou sonda traqueal de oxignio dentro do TOT com fluxo de 6 l/min Observar se aparecem movimentos respiratrios( que descarta ME) por 10 minutos ou at quando a pCO atingir 55 mmHg Caso no ocorra movimentos respiratrios e a PaCO final seja maior que 60 mmHg ou um aumento superior a 20 mmHg em relao a primeira gasometria, o teste dito positivo
Prova calrica
Observao de movimentos oculares aps uso de agentes
trmicos (gua gelada perto de zero grau ou quente) atravs do conduto auditivo externo No paciente comatoso e com tronco cerebral ntegro existe desvio de ambos os olhos para o lado do estmulo com gua gelada e contralateral com gua quente. No paciente com ME no existe resposta a qualquer estmulo Conduto auditivo deve estar ntegro, sem tampo de cermen Colocar o paciente semi-sentado (30-45 graus) e injetar cerca de 50 ml de soluo salina, aguardando-se at 20 minutos da resposta ocular. Protocolo da SES resposta imediata
Resoluo CFM n 1480 de 8/8/97
Exames subsidirios
EEG
Dopler transcraniano Angiografia cerebral Mapeamento cerebral com tecncio Potencial evocado somatossensitivo(PESS) Tomografia por emisso de fton nico(SPECT) Tomografia por emisso de prton(PET)
EEG
Uso limitado se paciente em uso de drogas depressoras
do SNC, hipotermia ou hipotenso Aproximadamente 20% dos pacientes que apresentam critrios clnicos compatveis com ME podem ter alguma atividade ao EEG
diagnstico de ME Confirmar para a Central de Captao de rgos a positividade (ou no) do primeiro exame clnico e confirmar a hora prevista para a realizao do segundo exame
Resoluo CFM n 1480 de 8/8/97
profissional de sade deste rgo a responsabilidade de conversar com a famlia sobre doao de rgos.
Recomendaes finais
Manter os familiares informados dos testes, do seu
resultado, significado e prognstico JAMAIS FALE SOBRE TRANSPLANTE DE RGOS Procure ser um facilitador do processo que longo, difcil, que precisa de discrio, seriedade e humanidade Registre tudo e todos os passos do protocolo na evoluo mdica e na folha padronizada
Outras consideraes
Aps contato com a Central de Captao solicitar:
HC, TS e fator Rh,CPK e CKMb, Eletrlitos, Uria e
Outras consideraes
Aps constatada a ME ainda existem diversas
dificuldades, principalmente de alguns intensivistas em retirar DVA, ATB, NPT Retirar tambm a VM?? (Eutansia?). Mais difcil
Crenas religiosas, amadurecimento profissional,
desconhecimento de protocolos, falta de legislao mais clara Lembrar que Eutansia prover de meios para abreviar a vida do paciente. Em ME no existe mais vida
Titulo
COMA / MORTE ENCEFLICA EM RECM-NASCIDOS E LACTENTES
Autor
Antnio Carlos de Farias (PR) e Navantino Alves Filho (MG). Realizado por Paulo R.Margotto
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