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8́ RIA!

HOJE HÁ
HIST

Violência exercida sobre outros povos.


As Américas
APRENDIZAGENS ESSENCIAIS: CONHECIMENTOS,
CAPACIDADES E ATITUDES

• Compreender que a expansão europeia espoletou diversas


formas de violência.
• Analisar formas de violência exercidas sobre os
Ameríndios, no passado e na contemporaneidade.

Ana Sofia Pinto | Marta Torres | Miguel Monteiro de Barros


HOJE HÁ HISTÓRIA! 8| História 8.º Ano
© Raiz Editora, 2022. Todos os direitos reservados.
Portugueses, séc. XVI
Captura e escravização de índios brasileiros
Eu [D. João III] sou informado que nas ditas terras e povoações do Brasil há algumas pessoas
que têm navios caravelões e andam neles de umas capitanias para outras e que por todas as
vias e maneiras que podem salteiam e roubam os gentios que estão de paz e enganosamente
os metem nos ditos navios e os levam a vender a seus inimigos e a outras partes e que por
isso os ditos gentios se alevantam e fazem guerra aos cristãos e que esta foi a principal causa
dos danos que até agora são feitos e porque cumpre muito a serviço de Deus e meu prover-se
nisto de maneira que se evite hei por bem que daqui em diante pessoa alguma de qualquer
qualidade e condição que seja não vá saltear nem fazer guerra aos gentios por terra nem por
mar em seus navios nem em outros alguns sem vossa licença ou do capitão da capitania de
cuja jurisdição foi posto que os tais gentios estejam alevantados e de guerra o qual capitão
não dará a dita licença se não nos tempos que lhe parecerem convenientes e a pessoa de que
confie que farão o que devem e o que lhe ele ordenar e mandar.
D. João III, Regimento que levou Tomé de Souza governador do Brasil, Almerim, 17/12/1548, adaptado.

Ana Sofia Pinto | Marta Torres | Miguel Monteiro de Barros


HOJE HÁ HISTÓRIA! 8| História 8.º Ano
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Brasil, 1963
O Massacre do Paralelo 11, ocorreu em 1963, tendo sido
assassinados cerca de 3500 índios Cinta Larga, na região entre o Mato
Grosso e Rondônia, envenenados por arsénico, tendo este veneno sido
administrado misturado em alimentos que lhes foram presenteados.
Foram, ainda, vítimas de diversas violências, que incluíram violações e
outras torturas.

Desde meados da década de 50 o território indígena vinha sofrendo a


pressão crescente de firmas seringalistas e empresas de mineração,
situação que se agravou com a inauguração da estrada Cuiabá-Porto
Velho (BR 364) em 1960. Hostis aos invasores, os Cinta Larga
representavam empecilho à expansão destes empreendimentos,
principalmente pelos afluentes dos rios Juruena e Aripuanã. E assim,
ganharam proporções alarmantes as operações destinadas a «limpar a
área», organizadas pela firma Arruda & Junqueira e outras, que vinham
explorando seringais e pesquisando ouro e diamantes na região.
João Dal Poz Neto, 1991

Homens preparando-se para cortar ao meio uma Ana Sofia Pinto | Marta Torres | Miguel Monteiro de Barros

mulher da etnia Cintas-Largas.


HOJE HÁ HISTÓRIA! 8| História 8.º Ano
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Espanhóis, séc. XVI
1519 – a matança de Cholua
O massacre de Cholua foi uma matança perpetrada em
1519, aquando da conquista do México pelos
Espanhóis. As suas vítimas foram os governantes,
sacerdotes e a população civil desarmada de Cholua.
Esta cidade era uma das maiores da Mesoamérica. Era
um importante centro comercial e santuário religioso
consagrado ao poderoso deus Quetzalcóatl. Segundo
um relato do conquistador Hernán Cortés, em duas
horas as suas tropas assassinaram cerca de 3000
pessoas. Bernal Díaz del Castillo, que fez parte das
forças militares de Hernán Cortés, escreveu matámos
muitos deles e outros queimámos vivos. O historiador
oficial de Cortés, Francisco López de Gómara, refere
6000 vítimas Em duas horas mataram mais de seis mil.
(…) Saqueou-se a cidade e os nossos tomaram o
despojo de ouro e prata e os Índios nossos amigos
muita roupa e sal, que era o que mais desejavam, e
destruíram tanto quanto lhes foi possível.
Matança de Cholua, detalhe. Juan Manuel Yllanes del Huerto. Tela de Tlaxcala, Lámina 10.
Século XVIII. Ana Sofia Pinto | Marta Torres | Miguel Monteiro de Barros
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Ingleses e Franceses, séc. XVII

1626 – o massacre dos Kalinago. Ocorreu em 1626 na ilha de St. Kitts, nas Caraíbas. Em 1624 e 1625, colonos franceses e
ingleses começaram a instalar-se nesta ilha. Os colonos trataram os índios Kalinago, desde a sua chegada, como hostis.
Instalaram-se perto da morada do chefe, Tegreman, erguendo aí uma fortificação. Os colonos ingleses trouxeram com eles
escravos africanos, demonstrando que pretendiam instalar-se de forma definitiva e desenvolver uma economia de plantação
na ilha. Os Kalinago e a sua agricultura de subsistência eram um obstáculo a esses planos. Os colonos convidaram os Kalinago
para um encontro, intoxicando-os com álcool. Após estes regressarem à sua aldeia, os colonos atacaram, matando 120 índios,
entre os quais Tegreman. No dia seguinte, acossaram 4000 índios Kalinago na área hoje conhecida como Bloody Point e Bloody
River, onde foram chacinados. Os Kalinago sobreviventes ou fugiram da ilha ou foram escravizados.
Ana Sofia Pinto | Marta Torres | Miguel Monteiro de Barros
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Canadá, séc. XX

Membros das comunidades índias


em vigília após a descoberta das
sepulturas anónimas.

As escolas internas para crianças e adolescentes das nações indígenas do Canadá


Foram descobertas, em maio de 2021, na maior escola pública interna para crianças indígenas, que funcionou entre
1890 e 1969, centenas de ossadas de crianças, algumas com apenas 3 anos de idade. Desde então muitas mais,
amontando a mais de 1100, foram descobertas noutras escolas do mesmo tipo. Estas escolas, custeadas pelo governo,
tinham como objetivo promover a assimilação de crianças indígenas e a destruição das suas culturas e línguas. Os
restos mortais foram descobertos com o auxílio de radares. Estas crianças, muitas delas originárias de locais situados a
centenas de quilómetros de distância foram enterradas sem qualquer identificação, sem qualquer registo das suas
mortes ou de quais as causas do seu falecimento. Estas escolas funcionaram no Canadá entre 1874 e 1996 e foram um
dos instrumentos da política de assimilação forçada promovida pelo Estado canadiano. Cerca de 150 000 crianças Métis
e Inuit foram tiradas às suas famílias e colocadas nestas escolas internas, traumatizando gerações de crianças
indígenas, forçadas a abandonar as suas línguas nativas, a aprender inglês ou francês e a converterem-se ao
Cristianismo. O objetivo desta política era «extrair o índio da criança». Ana Sofia Pinto | Marta Torres | Miguel Monteiro de Barros
HOJE HÁ HISTÓRIA! 8| História 8.º Ano
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