Sistema Digestório

Fazer download em pptx, pdf ou txt
Fazer download em pptx, pdf ou txt
Você está na página 1de 49

 O aparelho digestivo, que se estende desde a boca até o ânus,

encarrega-se de receber os alimentos, fracioná-los nos seus nutrientes


(um processo conhecido como digestão), absorver estes nutrientes para
a corrente sanguínea e eliminar do organismo os restos não digeríveis
dos alimentos.
 O trato gastrointestinal é composto pela boca, pela faringe, pelo
esôfago, pelo estômago, pelo intestino delgado, pelo intestino grosso,
pelo reto e pelo ânus.
 O aparelho digestivo também inclui órgãos que se encontram fora do
trato gastrointestinal, como o pâncreas, o fígado e a vesícula biliar.
GASTRITE

 É a inflamação do revestimento mucoso do estômago.


 A mucosa do estômago oferece resistência à irritação e normalmente
pode suportar um elevado conteúdo ácido. No entanto, pode irritar-se e
inflamar-se por diferentes motivos.
Etiologias:

 Hábitos dietéticos, como: Ingestão de quantidade excessiva de


alimentos; Rápida mastigação; Ingestão de alimentos condimentados,
ácidos, corrosivos, contaminados, com temperatura extrema, álcool,
outros.
 Refluxo biliar.
 Uso de certas drogas como a aspirina, drogas anti-inflamatórias não
esteroides (DAINE), digital, quimioterápicos ...
 Distúrbios como: uremia, lesões do SNC, cirrose hepática, hipertensão
hepática, tensão emocional prolongada, dentre outros.
Tipos:

 Gastrite bacteriana, segue-se normalmente a uma infecção por


organismos como o Helicobacter pylori (bactérias que crescem nas
células secretoras de muco do revestimento do estômago). Não se
conhecem outras bactérias que se desenvolvam em ambientes
normalmente ácidos como o do estômago, embora muitos tipos possam
fazê-lo no caso de o estômago não produzir ácido. Tal crescimento
bacteriano pode provocar gastrite de forma transitória ou persistente.

 Gastrite aguda por stress, o tipo mais grave de gastrite, é provocada


por uma doença ou lesão grave de aparecimento rápido. A lesão pode
não afetar o estômago. Por exemplo, são causas frequentes as
queimaduras extensas e as lesões que provocam hemorragias maciças.
 Gastrite erosiva crônica pode ser secundária a substâncias
irritantes como os medicamentos.

 Gastrite viral ou por fungos pode desenvolver em doentes crônicos


ou imunodeprimidos.

 Gastrite eosinófila pode resultar de uma reação alérgica a uma


infestação por certos vermes (nemátodos).

 Gastrite atrófica ocorre quando os anticorpos atacam o revestimento


mucoso do estômago, provocando o seu estreitamento e perda de
muitas ou de todas as células produtoras de ácido e de enzimas.
 Doença de Ménétrier é um tipo de gastrite de causa desconhecida.
Nesta, as paredes do estômago desenvolvem pregas grandes e grossas,
glândulas volumosas e quistos cheios de líquido. Cerca de 10 % dos
afetados desenvolvem cancro do estômago.

 Gastrite de células plasmáticas é outra forma de gastrite de origem


desconhecida. Nesta doença, as células plasmáticas (um tipo de
glóbulos brancos) acumulam-se nas paredes do estômago e em outros
órgãos.

 OBS: A gastrite também pode ser induzida pela ingestão de agentes


corrosivos, como os produtos de limpeza, ou pelos elevados níveis de
radiação (por exemplo, na radioterapia).
Manifestações Clínicas:

 Desconforto epigástrico.
 Hipersensibilidade abdominal.
 Eructação, náuseas e vômitos.
 Cólicas, diarreia 5 horas após a ingestão de substâncias ou alimentos
contaminados.
 Hematêmese, às vezes.
Diagnóstico:

 O médico suspeita de uma gastrite quando o paciente tem dores na


parte alta do abdome, bem como náuseas ou ardor.
 Se os sintomas persistirem, muitas vezes não são necessárias análises e
começa-se o tratamento em função da causa mais provável.
 Se a gastrite se mantiver ou reaparecer, deve-se procurar a causa, por
exemplo, uma infecção, analisa os hábitos dietéticos, o consumo de
medicamentos e a ingestão de álcool.
 A gastrite bacteriana pode ser diagnosticada com uma biopsia.
Tratamento:

 Farmacológico: antieméticos; antiácidos e outros.


 Regime dietético.
 Muitos especialistas tratam uma infecção por Helicobacter pylori se
provocar sintomas. Por vezes, pode ser difícil eliminar o Helicobacter
pylori do estômago.
Cuidados de enfermagem:

 Proporcionar conforto e segurança, um ambiente repousante, calmo e


tranquilo;
 Manter uma ventilação adequada no ambiente;
 Dar apoio psicológico, ouvir com atenção e anotar as queixas do
paciente;
 Orientar as visitas e familiares para evitar conversas que perturbem o
paciente;
 Diminuir a atividade motora do estômago oferecendo uma dieta branda
e várias vezes ao dia;
 Higiene oral 3 vezes ao dia com uma solução antisséptica;
 Verificar e anotar os SSVV 4/4 horas;
 Administrar a medicação prescrita com controle rigoroso do horário.
ÚLCERA PÉPTICA

 É uma ferida bem definida, circular ou oval, causada por o


revestimento do estômago ou do duodeno ter sofrido lesão ou simples
erosão pelos ácidos gástricos ou pelos sucos duodenais.
 Quando a úlcera é pouco profunda, denomina-se erosão.
 A pepsina é uma enzima que trabalha juntamente com o ácido
clorídrico produzido pela mucosa gástrica para digerir os alimentos,
sobretudo as proteínas. A úlcera péptica forma-se no revestimento do
trato gastrointestinal exposto ao ácido e às enzimas digestivas
(principalmente do estômago e do duodeno).
 Os nomes das úlceras identificam a sua localização anatômica ou as
circunstâncias em que se desenvolvem.
 As úlceras gástricas, que são as menos frequentes, normalmente
situam-se na parte alta da curvatura do estômago. Se for extirpada
cirurgicamente parte do estômago, podem desenvolver-se úlceras
marginais na zona em que o estômago remanescente voltou a ligar-se
ao intestino.
 A repetida regurgitação de ácido procedente do estômago para o
segmento inferior do esôfago pode provocar inflamação (esofagite) e
úlceras esofágicas.
 As úlceras que aparecem como consequência do stress derivado de uma
doença grave, queimaduras ou traumatismos, denominam-se úlceras
de stress.
Etiologias:

 Uma úlcera desenvolve-se quando se alteram os mecanismos de defesa


que protegem o estômago ou o duodeno do suco gástrico (por exemplo,
quando se altera a produção da quantidade de muco).
 Não se conhecem as causas de tais alterações.
 Praticamente todas as pessoas produzem ácido no estômago, mas só
entre 1 % e 10 % desenvolvem úlceras.
Manifestações Clínicas:

 A úlcera típica tende a curar-se e a reaparecer. Os sintomas podem


variar conforme a localização e a idade do indivíduo.
 As crianças e as pessoas de idade avançada podem não apresentar os
sintomas habituais ou até nenhum tipo de sintoma. Nestas
circunstâncias, as úlceras descobrem-se só quando surgem
complicações.
 Apenas cerca da metade dos afetados com úlceras duodenais
apresentam sintomas típicos: dor, ardor, corrosão, sensação de vazio e
fome.
 Os sintomas das úlceras gástricas não seguem muitas vezes os mesmos
padrões que as úlceras duodenais. As úlceras gástricas são mais
propensas a provocar edema da porção do estômago que se abre para o
duodeno, o que pode impedir que a comida saia adequadamente do
estômago. Isto pode provocar distensão do abdome, náuseas ou
vômitos depois das refeições.
Diagnósticos:

 Deve-se suspeitar da presença de uma úlcera quando a pessoa sente


uma dor característica no estômago.
 Pode ser necessário fazer exames para confirmar o diagnóstico das
úlceras e identificar a sua origem.
 O médico pode fazer uso do endoscópio, requerer radiografias com
contraste, analisar o suco gástrico e fazer análises ao sangue.
Tratamento:
Antiácidos
 Os antiácidos aliviam os sintomas, facilitam a cura e diminuem o número
de recidivas das úlceras.

Medicamentos antiulcerosos
 As úlceras são normalmente tratadas durante 6 semanas, no mínimo,
com fármacos que reduzam o meio ácido do estômago e do duodeno.

Cirurgia
 Só raramente é necessária a cirurgia para as úlceras, se tiver em conta
que o tratamento médico é muito eficaz.
 A cirurgia é reservada principalmente para tratar as complicações de uma
úlcera péptica, como uma perfuração, uma obstrução que não responde
ao tratamento farmacológico ou que recidiva, perante duas ou mais crises
significativas de hemorragia, ou quando existe a suspeita de que a úlcera
é cancerosa e perante recidivas frequentes e graves da úlcera péptica.
Cuidados de enfermagem:

 Proporcionar conforto e segurança, um ambiente repousante, calmo e


tranquilo;
 Manter uma ventilação adequada no ambiente;
 Dar apoio psicológico, ouvir com atenção e anotar as queixas do
paciente;
 Orientar as visitas e familiares para evitar conversas que perturbem o
paciente;
 Diminuir a atividade motora do estômago oferecendo uma dieta branda
e várias vezes ao dia;
 Higiene oral 3 vezes ao dia com uma solução antisséptica;
 Verificar e anotar os SSVV 4/4 horas;
 Administrar a medicação prescrita com controle rigoroso do horário.
HEMORRAGIA DIGESTIVA

 É a perda de sangue maciça e rápida devido a algum trauma.


 A maioria das causas se relacionam a afecções que podem ser curadas
ou controladas, podendo não ser grave, mas é importante localizar a
fonte do sangramento que pode ser proveniente de qualquer área do
trato digestório.
Etiologias:

 O estômago é ponto mais frequente de hemorragia causada por úlceras.


 O álcool e medicamentos contendo ácido acetilsalicílico podem
desenvolver a úlcera gástrica que, ao aumentar de volume, faz uma
erosão em um vaso, levando à hemorragia.
 Pessoas que sofrem queimaduras, traumatismos cranianos, ou ainda
aquelas que são submetidas à cirurgia extensa, podem desenvolver
úlceras de estresse. Isso acontece, devido ao aumento da produção de
suco gástrico, alterando as paredes do estômago.
 No trato digestivo baixo, o intestino grosso e o reto são locais
frequentes de hemorragia (sangue vivo). A causa mais comum são as
hemorroidas, fissuras anais, inflamações, infecções, tumores podem
ser fatores causadores de hemorragias.
 A hemorragia pode ainda ser proveniente de tumores benignos ou
câncer.
 Finalmente, à medida que se fica mais velho, anormalidades nos vasos
do intestino grosso podem ser desenvolvidas, resultando em
Manifestações Clínicas:

 Dor epigástrica, náuseas, vômitos, febre, ascite, hematêmese (vômito


com sangramento, podendo ser vermelho brilhante ou cor de “borra de
café” (quando a hemoglobina sofreu alteração no estômago); melena
( fezes com sangue, de cor enegrecida e fétida).
 Não raro, o sangramento digestivo alto expressa-se através da
enterorragia (sangramento “vivo” pelo ânus, isolado ou misturado com
as fezes).
 Relacionados diretamente com a perda sanguínea, destacam-se:
taquicardia, dispneia, hipotensão, pele fria e até choque hipovolêmico.
Diagnóstico:

 O objetivo do diagnóstico é identificar e estancar com rapidez o


sangramento.
 Geralmente é realizado pelo exame de endoscopia.
 A hemorragia do sistema digestório é um sinal de problemas digesti-
vos, e não uma doença em si.
Assistência clínica:

 A cirurgia de urgência é indicada nos casos em que: a hemorragia é


grave e não responde às medidas rápidas de reposição volêmica; não é
possível realizar a hemostasia pelo endoscópio, se um novo
sangramento ocorrer após o tratamento inicial.
 É importante que a equipe de enfermagem: avalie a quantidade de
perda sanguínea nas fezes e através dos vômitos; realize a lavagem
gástrica com solução fisiológica gelada, objetivando a hemostasia;
administre os medicamentos prescritos e monitorize os sinais vitais.
ESOFAGITE

 É a inflamação da mucosa do esôfago, provocada pela ação de substâncias


irritantes.
 O esôfago é a porção do tubo digestivo que conecta a garganta (faringe) ao
estômago. As paredes do esôfago impulsionam o alimento até o interior
do estômago com ondas rítmicas de contrações musculares denominadas
peristaltismo. Próximo à junção da garganta com o esôfago, existe uma
faixa muscular denominada esfíncter esofágico superior. Logo acima da
junção do esôfago com o estômago, existe uma outra faixa muscular
denominada esfíncter esofágico inferior.Quando o esôfago está em
repouso, esses esfíncteres contraem e impedem o refluxo de alimento de
alimento e de ácido gástrico do estômago para a boca.Durante a
deglutição, os esfíncteres relaxam e, consequentemente, o alimento pode
passar para o interior do estômago.Quando então o esfíncter esofagiano
não está funcionando fisiologicamente bem e há repetidamente retorno de
alimentos de alimentos e suco gástrico do estômago para o esôfago, o
mesmo torna-se irritado, inflamado e até mesmo ulcerado.
Etiologias:

Há alguns fatores que provocam a fraqueza deste músculo:

 Refluxo gastroesofágico;
 Nicotina;
 Alimentos fritos ou gordurosos;
 Alimentos e líquidos gelados ou quentes;
 Derivados da cafeína;
 Bebidas cítricas e alcoólicas;
 Instalação de sondas gástricas;
 Ingestão de substâncias corrosivas: soda cáustica.
Manifestações Clínicas:

 Azia ou pirose: queimação após as refeições;


 Disfagia: sensação de dificuldade de deglutição ( devido a estenose de
esôfago);
 Odinofagia: dor com regurgitação de fluido gastroesofágico;
 Sialorréia: salivação excessiva.
Diagnósticos:

 Anamnese;
 Rx de esôfago com contraste;
 Endoscopia de esôfago.
Tratamento e
orientações de enfermagem:

 O tratamento da esofagite é feito a base de antiácidos, com


intuito de diminuir a acidez gástrica e de proteger a mucosa
do esôfago.
 Orientar dieta.
 Incentivar deambulação para acelerar o processo de
digestão.
 Evitar alimentação 2h antes de dormir.
MEGAESÔFAGO OU ACALASIA

 Consiste na dilatação e alongamento do esôfago, em que a peristalse


pode se encontrar ausente ou ineficaz e acompanhada de relaxamento
do esfíncter esofagiano.
 A acalasia é a ausência de movimentos peristálticos no esôfago.
Etiologias:

 Hemorragias digestivas;
 Doença de Chagas;
 Diminuição do peristaltismo;
 Mau funcionamento dos nervos que envolvem o esôfago e inervam os
seus músculos;
 Regurgitação.
Manifestações Clínicas:

 Disfagia,
 Odinofagia,
 Regurgitação,
 Caquexia,
 Dilatação do esôfago,
 Pirose,
 Perda de peso, pois o alimento não chega ao estômago.
Diagnósticos:

 O estudo radiológico do esôfago realizado enquanto o paciente ingere


uma solução de bário revela a ausência de peristaltismo.
 A esofagoscopia (exame do esôfago com auxílio de um tubo de
visualização flexível e de uma câmera de vídeo) mostra uma dilatação,
mas não uma obstrução.
 Utilizando um esofagoscópio (tubo de visualização flexível), o médico
realiza uma biópsia (coleta amostras de tecido para exame
microscópico) para certificar-se de que os sintomas não são causados
por um câncer localizado no esôfago.
Tratamento:

 Sedativos e analgésicos.
 O objetivo do tratamento é fazer com que o esfíncter esofágico inferior
abra mais facilmente.
 A primeira abordagem consiste na dilatação mecânica do esfíncter
(cirurgia – esofagomiotomia).
Cuidados de enfermagem:

 Supervisionar uso de dieta branda;


 Orientar quanto a alimentação dos pacientes;
 Deambular após as refeições;
 Controlar peso;
 Evitar alimentos irritantes;
 Dentre outros.
PANCREATITE

 A pancreatite aguda é definida como um processo inflamatório agudo


do pâncreas.
 Suas causas são: pedras da vesícula que se deslocam e impedem o
escoamento das substâncias produzidas pelo pâncreas; ingestão
abusiva de álcool e de alguns medicamentos como corticoides e
imunodepressores; tumores que obstruem os canalículos do pâncreas;
traumatismo pancreático; níveis elevados de colesterol e triglicérides e
fatores genéticos.
 O pâncreas é um dos órgãos acessórios do sistema digestório.
Encontra-se situado no abdômen, atrás do estômago. Ele é responsável
pela produção do suco pancreático que ajuda na digestão e pela
produção de hormônios como insulina e glucagon.
Manifestações Clínicas:

 Primeiramente podemos destacar a dor severa que se inicia


subitamente na região epigástrica, após excesso de ingestão alimentar
ou de bebida alcoólica.
 Irradia para a reborda costal, piorando ao andar e deitar.
 Melhora quando o cliente senta ou se inclina para frente.
 Ocorrem vômitos, náuseas, febre, icterícia, ascite.
 Os casos mais graves podem apresentar manifestações clínicas de
choque: taquicardia, hipotensão, desorientação, extremidades frias e
sudorese.
Diagnóstico:

 É indispensável a realização de exames complementares, como o exame


de sangue, onde é avaliada a dosagem da enzima amilase sérica,
leucocitose e a glicemia.

Os exames radiográficos mais solicitados são:

 RX do abdômen e do tórax;
 ultrassom abdominal;
 tomografias computadorizadas.
Tratamentos:

 O tratamento inicial da pancreatite aguda é basicamente clínico.


 É indicada a manutenção do jejum para inibir a estimulação e secreção
de enzimas pancreáticas.
 Caso seja necessário, o aporte calórico será mantido pela nutrição
parenteral total (NPT).
 A sonda nasogástrica aberta objetiva aliviar náuseas e vômitos.
 Medicamentos, como analgésicos, antibióticos e antiácidos, são
administrados conforme prescrição.
 Deve-se administrar insulina, caso seja preciso.
 O tratamento cirúrgico consiste em remover total ou parcialmente o
pâncreas. É indicado, entre outros, em casos de necrose ou de grave
infecção bacteriana.
Cuidados de enfermagem:

 Administrar analgésico, conforme prescrição, para o alívio da dor;


 Explicar a finalidade e importância do jejum;
 Manter a hidratação hídrica e de eletrólitos, prevenindo a desidratação
decorrente de vômitos ou diarreias;
 Manter aberta e pérvia a sonda nasogástrica;
 Realizar higiene oral, mantendo os lábios umidificados;
 Orientar a necessidade do repouso no leito;
 Medir a circunferência abdominal, atentando para alterações; pesar
diariamente;
 Monitorizar os sinais vitais;
 Controlar glicemia capilar;
 Realizar balanço hídrico;
 Encaminhar o cliente a um grupo de apoio de alcoólicos anônimos ou de
autocuidado para Diabetes Mellitus;

CIRROSE HEPÁTICA

 A cirrose é uma doença difusa do fígado, que altera as funções das suas
células e dos sistemas de canais biliares e sanguíneos.
 É o resultado de diversos processos, entre os quais, a morte de células
do fígado e a produção de um tecido fibroso não funcionante. A medida
que o tecido necrótico evolui para fibrose, ocorrerá a alteração na
estrutura e vascularização normal do fígado e isso prejudica toda a sua
estrutura e trabalho.
 Após períodos variáveis de tempo, indivíduos com inflamações crônicas
do fígado estão sujeitos a desenvolverem cirrose.
 Não é possível prever quais as pessoas com doença de fígado que terão
cirrose.
Etiologias:

 As hepatites crônicas pelos vírus B e C.


 O alcoolismo.
 As hepatites por medicamentos.
 Hepatite Autoimune.
 Doenças genéticas.
 A cirrose biliar primária ou secundária (dificuldade crônica, sem causa
definida, do fluxo de bile desde o interior do fígado ou, eventualmente,
após cirurgias complicadas da vesícula, das vias biliares ou do fígado).
 Em recém-nascidos, a atresia biliar (uma malformação dos canais que
conduzem a bile do fígado ao intestino) é importante causa da rápida
instalação de cirrose no bebê, situação curável apenas por transplante
hepático.
Manifestações Clínicas:

 A doença se desenvolve lentamente e nada pode ser percebido por


muitos anos.
 Podem ocorrer sintomas inespecíficos como: fraqueza e cansaço; perda
de peso; alterações do sono; dores abdominais não localizadas.
 Com a evolução, aparecem diversas manifestações que, dependendo do
paciente, serão predominantemente de um ou de outro grupo de
sintomas.
 As alterações relacionadas aos hormônios são: perda de interesse
sexual; impotência; esterilidade; parada das menstruações; aumento
das mamas dos homens; perda de pelos.
 As alterações relacionadas à circulação do sangue no fígado
(hipertensão da veia porta) levam a: aumento do baço; varizes do
esôfago e estômago com risco de hemorragias graves (vômito ou fezes
com sangue).
 Devido à incapacidade do trabalho da célula hepática, acumula-se bile
no sangue, surgindo a icterícia (amarelão), que pode estar associada à
coceira no corpo.

 Encefalopatia Hepática (EpH) – síndrome com alterações


cerebrais decorrentes da má função hepática, produz: ascite; inchaço
nas pernas; desnutrição (emagrecimento, atrofia muscular, unhas
quebradiças); facilidade de sangramento (gengiva, nariz, pele);
escurecimento da pele.
 A ascite decorre devido a compressão da veia porta, provocando
entrave na circulação da veia intestinal e derramamento de líquido
seroso na cavidade abdominal (bloqueio da circulação linfática).
Diagnóstico:

 O diagnóstico definitivo de cirrose é feito por biópsia hepática (obtida


por punção do fígado com agulha especial) e análise microscópica do
material obtido nesse exame.
 Em muitos casos, quando o paciente chega ao médico, seu quadro é
típico da doença e a avaliação complementar mais simples, com a
ecografia , a endoscopia digestiva e alguns exames de sangue, é
suficiente para estabelecer o diagnóstico clínico.
 Quando existe uma história de uso excessivo de bebidas alcoólicas ou
exames de sangue positivos para os vírus da hepatite B ou C fica
facilitado o diagnóstico da causa da cirrose.
Tratamento:

 Não há um tratamento específico para a cirrose.


 É um processo irreversível.
 Como consequência de diversas patologias diferentes, o tratamento visa
interromper a progressão dessas doenças que, em alguns casos, pode
levar também a reversão parcial do grau de cirrose e hipertensão portal.
 A suspensão do agente agressor (álcool, drogas) ou a eliminação do
vírus da hepatite pode desacelerar ou parar a evolução da doença,
evitando as complicações mais graves.
 Cada uma das complicações da cirrose exige um tratamento específico,
geralmente visando o controle de situações agudas como
sangramentos, infecções, ascite ou encefalopatia.
 São utilizadas a dieta hipossódica, diuréticos e paracentese para alívio
dos sintomas.
 O transplante de fígado aparece como única opção de cura da doença,
alcançando bons resultados. Ainda é um tratamento difícil de ser
conseguido pela falta de doadores e pela complexidade da cirurgia.
Diagnóstico:

 USG.
 Biópsia.
 Dosagens séricas ( TGO,TGP, Albumina,Ureia e Creatinina).
Cuidados de enfermagem:

 Oferecer refeições pequenas e frequentes.


 Proporcionar higiene oral antes das refeições.
 Orientar o paciente para escovar os dentes com escovas macias.
 Dieta hipercalórica (2.000 a 3.000) diárias e hipossódica.
 Observar e anotar aceitação da dieta.
 Pesar o paciente em jejum diariamente.
 Medir e anotar a circunferência abdominal em jejum.
 Controlar a diurese e restringir os líquidos.
 Conservar as unhas curtas e limpas.
 Cuidados especiais com a pele (prurido).
 Verificar e anotar os SSVV de 6/6 horas.
 Encorajar períodos alternados de repouso e atividade.
 Encorajar e ajudar com período cada vez maiores de exercícios.
 Evitar atividades estressantes.
 Tentar melhorar sua autoestima através de elogios e valorização.
 Observar as evacuações: cor, consistência e quantidade.
 Pesquisar sangue oculto nas fezes.
 Observar equimoses, epistaxe, petéquias e gengivas sangrantes.
 Alertar para sintomas de ansiedade, plenitude epigástrica, fraqueza e
inquietação.
 Administrar vitamina K se prescrito.
 Administrar diuréticos, potássio e suplementos proteicos, quando
prescrito.
 Informar o paciente sobre os agravos da ingestão alcoólica para usa
saúde e encorajá-lo a procurar ajuda (alcoólicos anônimos).
REFERÊNCIA:

 DELFINO, A. Enfermagem em Clínica Médica. Blog de


Enfermagem. Brasil, 2014.

Você também pode gostar