Aulas CM 17

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CLÍNICA MÉDICA

DISFUNÇÕES
DIGESTIVAS
SISTEMA GASTROINTESTINAL

O sistema gastrointestinal consiste em: boca,
esôfago, estômago, intestino delgado, intestino
grosso e estruturas associadas.


A estrutura da boca incluem lábios, dentes,
gengiva, mucosa oral, língua, palato duro, palato
mole e faringe.

http://www.auladeanatomia.com/digestorio/sistemadigestorio.htm

O esôfago um tubo muscular estendendo-se da faringe
para o estômago. Tubo passível de colabamento,
tornando-se distendido quando o alimento o atravessa.


As aberturas esofagianas incluem o esfíncter
esofagiana superior (EES), ao nível do músculo
cricofaringeal e o esfíncter esofagiano inferior(EEI), ou
esfíncter cardíaco.

Estômago , uma bolsa muscular situada no abdômen superior sob o
fígado e o diafragma. Bolsa distensível com capacidade de + ou –
1500 ml.


Entrada do estômago – junção gastroesofágica, circundada por um
anel denominado esfíncter esofágico inferior ou esfíncter a cárdia,
que sob contração, isola o estômago do esôfago.


O esfíncter pilórico regula o fluxo dos conteúdos do estômago para
dentro do duodeno.

O intestino delgado, um tubo em espiral com
aproximadamente 6,6 m de comprimento e 2,5 cm
de diâmetro, estende-se do esfincter pilórico até a
válvula ileocecal no intestino grosso, incluem o
duodeno, o jejuno e o íleo.

O intestino grosso, um tubo curto, largo de 1,5 a
1,8 m de comprimento, e de 5 a 6,2 cm de
diâmetro, inicia-se na válvula ileocecal e termina
no ânus, consiste em ceco, cólon, reto e ânus.
SISTEMA GASTROINTESTINAL

A função do sistema gastrointestinal é a digestão
dos alimentos e líquidos, com absorção dos
nutrientes para dentro da corrente sanguínea e
eliminação dos metabólicos através da
defecação.
Sinais e Sintomas das Disfunções do
SGI
Dor;

Indigestão;

Gás intestinal;

Náuseas e vômitos;


Alterações nos hábitos intestinais e
características fecais.
ESOFAGITE
é a inflamação da mucosa esofagiana pode
ser agudas ou crônicas.
A esofagite resulta, mais comumente, do
refluxo recorrente dos conteúdos gástricos para
dentro do esôfago distal.
O refluxo pode resultar de esfincter esofagiano
inferior (EEI) incompetente, úlceras gástricas
ou duodenais e entubação nasogástrica
prolongada.

O EEI bloqueia o refluxo do suco gástrico
para dentro do esôfago. Os defeitos no
mecanismos do EEI podem levar ao refluxo.


O refluxo persistente pode levar a formação
de úlcera esofageana.


SISTEMA GASTROINTESTINAL
As manifestações clínicas são:
Azia;

Regurgitação ácida;

Vômito;

Disfagia (dificuldade de deglutição);



Dor esofageana (pela pressão intra abdominal,
devido sangramento, tensão, obesidade ou gravidez).
SISTEMA GASTROINTESTINAL
Cuidados de enfermagem:
Promover a ingestão nutricional adequada:

Comer refeições pequenas e frequentes;


mastigar bem os alimentos antes de deglutir; beber
líquidos; evitar alimentos condimentados, álcool,
cafeína e cigarro (irritantes); não deitar após as
refeições;

Elevar a cabeçeira do leito para minimizar o
refluxo.
SISTEMA GASTROINTESTINAL
HÉRNIA DE HIATO

a abertura no diafragma através da qual o


esôfago atravessa torna-se dilatada, e devido ao
alargamento deste espaço, uma parte do
estômago desliza em direcção ao tórax, o que se
denomina hérnia de hiato.
- Hérnia de hiato axial ou deslizante;
- Hérnia de hiato paraesofágica.
SISTEMA GASTROINTESTINAL
Manifestações Clínicas

Azia;

Regurgitação;

Eructações (arrotos);

Disfagia;

Dor subesternal.
50% dos pacientes mostram-se assintomáticos
http://gastroecirurgia.blogspot.com/search/label/hernia%20de%20hiato


SISTEMA GASTROINTESTINAL
Cuidados de enfermagem:

Orientar alimentação em pequenas quantidade e
frequentes;

Orientar o paciente a não se reclinar durante 1
hora depois de comer;

Elevar a cabeceira ou orientar a utilização de
travesseiros mais altos e/ou colocar pequenos
calços na cabeceira da cama;
Prepara para cirurgia se necessário.


SISTEMA GASTROINTESTINAL
O tratamento da hérnia de hiato pode ser clínico
ou cirúrgico, na dependência do tamanho da
hérnia de hiato e da intensidade do refluxo
gastroesofágico.

Não comer perto da hora de dormir é uma medida


preventiva muito importante.

A hérnia de hiato pode provocar dor semelhante a


dor da angina e ser confundida com os sintomas
dos ataques cardíacos.

ESTOMATITE É um processo inflamatório, comum que pode
ocorrer isoladamente ou como parte de uma doença sistêmica, da
mucosa oral, podendo afetá-la totalmente ou em parte.

Estomatite herpética: causada pelo herpes vírus Estomatite aftosa:
causa desconhecida e pode estar associada ao estresse, fadiga,
ansiedade, estados febris, exposição excessiva ao sol, deficiência
de vitaminas...

Sinais e Sintomas: pirose, tumefação, halitose, sensação de
ardência, dor durante a alimentação ( disfagia), gengivas sensíveis
e com sangramento, febre.

Tratamento: Drogas tranquilizantes, dietas leves e pastosas,
antibióticos, antifúngicos, corticoides tópicos, bochechos.


Cuidados de Enfermagem:
-
Administrar a medicação prescrita;
-
-Observar o paciente para detectar sinais e sintomas de
infecção;
-
-Oferecer ao paciente dieta leve e pastosa para reduzir a dor;
-
-Fazer higiene oral, para evitar a halitose;
-
-Anotar os cuidados prestados ao paciente;
-
-Checar as medicações administradas


SISTEMA GASTROINTESTINAL
GASTRITE

SISTEMA GASTROINTESTINAL

Definição: É a inflamação do revestimento mucoso do estômago.A
mucosa do estômago oferece resistência à irritação e normalmente
pode suportar um elevado conteúdo ácido. No entanto, pode irritar-se
e inflamarse por diferentes motivos.
Etiologia:


 Hábitos dietéticos, como: Ingestão de quantidade excessiva de
alimentos; Rápida mastigação; Ingestão de alimentos condimentados,
ácidos, corrosivos, contaminados, com temperatura extrema, álcool,
etc.;  Refluxo biliar  Uso de certas drogas como a aspirina, drogas
anti-inflamatórias não esteroides (AINE), digital, quimioterápicos, etc.
 Distúrbios como: uremia, choque, lesões do SNC, cirrose hepática,
hipertensão hepática, tensão emocional prolongada, etc.

TIPOS:


Gastrite bacteriana segue-se normalmente a uma infecção por
organismos como o Helicobacter pylori. Não se conhecem outras
bactérias que se desenvolvam em ambientes normalmente ácidos
como o do estômago, embora muitos tipos possam fazê-lo no caso
de o estômago não produzir ácido. Tal crescimento bacteriano pode
provocar gastrite de forma transitória ou persistente. gastrite aguda
por stress, o tipo mais grave de gastrite, é provocada por uma
doença ou lesão grave de aparecimento rápido. A lesão pode não
afetar o estômago. Por exemplo, são causas frequentes as
queimaduras extensas e as lesões que provocam hemorragias
maciças.

Gastrite erosiva crônica pode ser secundária a substâncias irritantes
como os medicamentos, gastrite viral ou por fungos pode
desenvolver-se em doentes crônicos ou imunodeprimidos.

Gastrite eosinófila pode resultar duma reação alérgica a uma
infestação por certos vermes (nemátodos).
Gastrite atrófica ocorre quando os anticorpos atacam o revestimento

mucoso do estômago, provocando o seu adelgaçamento e perda de


muitas ou de todas as células produtoras de ácido e de enzimas.

Doença de Ménétrier é um tipo de gastrite de causa desconhecida.
Nesta, as paredes do estômago desenvolvem pregas grandes e
grossas, glândulas volumosas e quistos cheios de líquido. Cerca de 10
% dos afetados desenvolvem cancro do estômago.

Gastrite de células plasmáticas é outra forma de gastrite de origem
desconhecida. Nesta doença, as células plasmáticas (um tipo de
glóbulos brancos) acumulam-se nas paredes do estômago e noutros
órgãos. A gastrite também pode ser induzida pela ingestão de agentes
corrosivos, como os produtos de limpeza, ou pelos elevados níveis de
radiação.

Sintomas : Desconforto epigástrico  Hipersensibilidade abdominal 
Eructação, náuseas e vômitos  Cólicas, diarréia 5 horas após a ingestão de
substâncias ou alimentos contaminados  Hematêmese.

Diagnóstico: O médico suspeita duma gastrite quando o paciente tem dores
na parte alta do abdome, bem como náuseas ou ardor. Se os sintomas
persistirem, muitas vezes não são necessárias análises e começa-se o
tratamento em função da causa mais provável. Se a gastrite se mantiver ou
reaparecer, deve-se procurar a causa, por exemplo, uma infecção, analisa os
hábitos dietéticos, o consumo de medicamentos e a ingestão de álcool. A
gastrite bacteriana pode ser diagnosticada com uma biopsia.

Tratamento:  Farmacológico: anti-eméticos; antiácidos, etc.  Regime
dietético Muitos especialistas tratam uma infecção por Helicobacter pylori se
provocar sintomas. Por vezes, pode ser difícil eliminar o Helicobacter pylori do
estômago.


Cuidados de enfermagem - proporcionar conforto e segurança, um
ambiente repousante, calmo e tranqüilo;
- manter uma ventilação adequada no ambiente;


- dar apoio psicológico, ouvir com atenção e anotar as queixas do
paciente;

- orientar as visitas e familiares para evitar conversas que pertubem
o paciente;

- diminuir a atividade motora do estômago oferecendo uma dieta
branda e várias vezes ao dia; - higiene oral 3 vezes ao dia com uma
solução anti-séptica; - verificar e anotar os SSVV 4/4 horas; -
administra a medicação prescrita com controle rigoroso do horário.


SISTEMA GASTROINTESTINAL
ÚLCERA PÉPTICA
A úlcera péptica é uma lesão (ferida aberta)
localizada no estômago ou duodeno com
destruição da mucosa da parede destes órgãos.

É causada pela insuficiência dos mecanismos


protetores da mucosa contra a acidez gástrica.
SISTEMA GASTROINTESTINAL
Considera-se que a úlcera péptica está
relacionada a infecção pelo Helictobacter pylori
(H.pylory) – 90% dos casos.

O elevado aumento do conteúdo do suco


gástrico, reduz a eficácia do revestimento
mucoso, deixando-o vulnerável ao H.pylory.
SISTEMA GASTROINTESTINAL
As bactérias causam erosão do muco protetor
que reveste o estômago, inflamando a mucosa.

Se a úlcera causar erosão das artérias gástrica,


pode haver sangramento
SISTEMA GASTROINTESTINAL
Os fatores contribuintes estão relacionados a
secreção do ácido gástrico e incluem:

Níveis de ácido gástrico alterado;


Fumo e uso do álcool;



SISTEMA GASTROINTESTINAL

Uso de aspirinas e ouras drogas antiinflamatórias
não-esteroidais e esteróides;
Predisposição genética;

Fatores psicossomáticos;

(pessoas com ansiedade grave apresentam


taxas de ácido gástrico até 15 vezes maiores que
o normal).
SISTEMA GASTROINTESTINAL
Uma úlcera péptica pode ocorrer em vários
lugares:

Estômago (chamada úlcera gástrica);


Duodeno (chamada úlcera duodenal);


Esôfago (chamada úlcera esofágica).



SISTEMA GASTROINTESTINAL
As úlceras pépticas pode ser assintomática em
mais de 50% das pessoas afetadas.
As úlceras gástricas podem produzir:

Dor (comumente descrita como queimação no
epigastro superior, acontecendo de 30 min a 1
hora após as refeições);
Sensibilidade epigástrica.

SISTEMA GASTROINTESTINAL
As úlceras duodenais podem produzir:


Dor (descrita como queimação, dolorida no
epigástrico direito, acontecendo 2 ou 3 horas
após as refeições, aliviada pela alimentação;

Eructação, náusea e vômito;



SISTEMA GASTROINTESTINAL

Sangramento GI, tanto de forma lenta,
manifestada por melena, ou súbita, com perda
rápida de sangue através da hematêmese;

Sensibilidade epigástrica.

SISTEMA GASTROINTESTINAL
Cuidados de enfermagem:

Ensinar o cliente a métodos para minimizar os
sintomas enquanto mantém uma dieta adequada:
evitar cafeína, álcool, alimentos condimentados,
-

ácidos, gorduras, frituras;


Comer refeições pequenas, leves e frequentes;
-

-
SISTEMA GASTROINTESTINAL
Administração medicação conforme prescrito;


Ensinar o cliente a modificações no seu estilo de
vida;
SISTEMA GASTROINTESTINAL
No momento, o tratamento mais
comprovadamente eficiente é o que dura duas
semanas chamado de terapia tripla, o qual reduz
os sintomas da úlcera, mata a bactéria e previne
a recorrência em mais de 90% dos pacientes.
Preparar o cliente para cirurgia caso necessário.


HEMORRAGIA DIGESTIVA


É a perda de sangue maciça e rápida devido a algum trauma. A
maioria das causas relaciona-se a afecções que podem ser curadas
ou controladas, podendo não ser grave, mas é importante localizar a
fonte do sangramento que pode ser proveniente de qualquer área do
trato digestório.

Sangramento do Estômago: O estômago é ponto mais frequente de
hemorragia causada por úlceras. O álcool e medicamentos contendo
ácido acetilsalicílico podem desenvolver a úlcera gástrica que, ao
aumentar de volume, faz uma erosão em um vaso, levando à
hemorragia. Pessoas que sofrem queimaduras, traumatismos
cranianos, ou ainda aquelas que são submetidas à cirurgia extensa,
podem desenvolver úlceras de estresse. Isso acontece, devido ao
aumento da produção de suco gástrico, alterando as paredes do
estômago. No trato digestivo baixo, o intestino grosso e o reto são
locais frequentes de hemorragia (sangue vivo).

A causa mais comum são as hemorróidas, mas fissuras anais,
inflamações, infecções, tumores ou pólipos podem também ser fatores
causadores de hemorragias. A hemorragia pode ainda ser proveniente
de tumores benignos ou câncer. Finalmente, à medida que se fica
mais velho, anormalidades nos vasos do intestino grosso podem ser
desenvolvidas, resultando em sangramento recorrente.

Manifestações clínicas : dor epigástrica, náuseas,vômitos, febre,
ascite, hematêmese (vômito com sangramento, podendo ser vermelho
brilhante ou cor de “borra de café” (quando a hemoglobina sofreu
alteração no estômago); melena ( fezes com sangue, de cor
enegrecida e fétida).

Não raro, o sangramento digestivo alto expressa-se através da
enterorragia (sangramento “vivo” pelo ânus, isolado ou misturado com
as fezes). Relacionados diretamente com a perda sanguínea,
destacam-se: taquicardia, dispnéia, hipotensão, pele fria e até choque
hipovolêmico.

Diagnóstico: O objetivo do diagnóstico é identificar e estancar
com rapidez o sangramento. Geralmente é realizado pelo exame
de endoscopia. A hemorragia do sistema digestório é um sinal de
problemas digestivos, e não uma doença em si. Endoscopia - É o
método de escolha para a avaliação do trato digestivo superior.
Permite determinar a presença de sangramento ativo ou recente.

Assistência Clínica A cirurgia de urgência é indicada nos casos
em que: a hemorragia é grave e não responde às medidas rápidas
de reposição volêmica; não é possível realizar a hemostasia pelo
endoscópio, se um novo sangramento ocorrer após o tratamento
inicial. É importante que a equipe de enfermagem: avalie a
quantidade de perda sanguínea nas fezes e através dos vômitos;
realize a lavagem gástrica com solução fisiológica gelada,
objetivando a hemostasia; administre os medicamentos prescritos
e monitorize os sinais vitais.

PANCREATITE

Definição: A pancreatite aguda é definida como um processo
inflamatório agudo do pâncreas. Suas causas são: pedras da
vesícula que se deslocam e impedem o escoamento das
substâncias produzidas pelo pâncreas; ingestão abusiva de álcool
e de alguns medicamentos como corticoides e imunodepressores;
tumores que obstruem os canalículos do pâncreas; traumatismo
pancreático; níveis elevados de colesterol e triglicérides e fatores
genéticos.

O pâncreas é um dos órgãos acessórios do sistema digestório.
Encontra-se situado no abdômen, atrás do estômago. Ele é
responsável pela produção do suco pancreático que ajuda na
digestão e pela produção de hormônios como insulina e glucagon.

Manifestações clínicas: Primeiramente podemos destacar a dor severa
que se inicia subitamente na região epigástrica, após excesso de
ingestão alimentar ou de bebida alcoólica. Irradia para a reborda costal,
piorando ao andar e deitar. Melhora quando o cliente senta ou se inclina
para frente. Ocorrem vômitos, náuseas, febre, icterícia,ascite. Os casos
mais graves podem apresentar manifestações clínicas de choque:
taquicardia, hipotensão, desorientação, extremidades frias e sudorese.

Tratamento : O tratamento inicial da pancreatite aguda é basicamente
clínico. É indicada a manutenção do jejum para inibir a estimulação e
secreção de enzimas pancreáticas. Caso seja necessário, o aporte
calórico será mantido pela nutrição parenteral total (NPT). A sonda
nasogástrica aberta objetiva aliviar náuseas e vômitos. Medicamentos,
como analgésicos, antibióticos e antiácidos, são administrados
conforme prescrição. Deve-se administrar insulina, caso seja preciso. O
tratamento cirúrgico consiste em remover total ou parcialmente o
pâncreas.

A equipe de enfermagem tem um papel fundamental no tratamento
do cliente com pancreatite aguda. A manifestação mais visível é
através das fezes, que se apresentam esbranquiçadas, fétidas e
volumosas.

√ administrar analgésico, conforme prescrição, para o alívio da dor;
√ explicar a finalidade e importância do jejum; manter a hidratação
hídrica e de eletrólitos, prevenindo a desidratação decorrente de
vômitos ou diarréias; √ manter aberta e pérvia a sonda
nasogástrica; √ realizar higiene oral, mantendo os lábios
umidificados; √ orientar a necessidade do repouso no leito; medir a
circunferência abdominal, atentando para alterações; pesar
diariamente; √ monitorizar os sinais vitais; √ controlar glicemia
capilar; √ realizar balanço hídrico; √ encaminhar o cliente a um
grupo de apoio de alcoólicos anônimos ou de autocuidado para
Diabetes Mellitus; √ orientar a auto aplicação de insulina, quando
indicada.
MEGAESÔFAGO OU ACALASIA


Consiste na dilatação e alongamento do esôfago, em que a
peristalse pode se encontrar ausente ou ineficaz e acompanhada de
relaxamento do esfíncter esofagiano. A acalasia ( cardioespasmo,
aperistaltismo esofágico, megaesôfago) é a ausência de movimentos
peristálticos no esôfago distal.

Sinais e Sintomas: Disfagia, Odinofagia, Regurgitação, Caquexia ,
Dilatação do esôfago, pirose, perda de peso, pois o alimento não
chega ao estômago)
Cuidados de Enfermagem:


- Supervisionar uso de dieta branda; -Orientar quanto a alimentação
dos pacientes; -Deambular após as refeições; -Controlar peso; -Evitar
alimentos irritantes.

SISTEMA GASTROINTESTINAL
APENDICITE
é uma inflamação do apêndice vermiforme.


O apêndice é um pequeno anexo semelhante a
um dedo com cerca de 10 cm de comprimento,
ligado ao ceco logo abaixo da válvula ileocecal. O
apêndice enche-se de alimento e esvazia-se
regularmente no ceco.
SISTEMA GASTROINTESTINAL

Como ele se esvazia insuficientemente e a luz é
pequena, está propenso a tornar-se obstruído e é
particularmente vulnerável a infecção.

SISTEMA GASTROINTESTINAL

A obstrução da luz do apêndice causa aumento
na pressão intraluminal, e ativa um processo
inflamatório que pode levar a infecção, necrose
ou perfuração.

Maior incidência em indivíduos entre os 10 e 30
anos.

A perfuração pode causar peritonite que é uma
complicação.


SISTEMA GASTROINTESTINAL
Manifestações Clínicas mais comuns:


Dor abdominal aguda, geralmente no quadrante
inferior direito;


Sensibilidade local é notada no ponto de
McBurney quando é aplicada uma pressão,
sensibilidade de rechaço pode estar presente;
SISTEMA GASTROINTESTINAL
Náusea e vômito;

Febre baixa.


Localização do ponto de McBurney , situado dois terços
da distância do umbigo à espinha ilíaca ântero - superior
direita

SISTEMA GASTROINTESTINAL

Se o apêndice foi rompido , a dor torna-se mais
difusa; desenvolve distensão abdominal como
resultado do íleo paralítico, e a condição do
paciente piora.

A principal complicação da apendicite é a
perfuração do apêndice, o que pode levar a
peritonite. A incidência de perfuração é de 10 a
32%. A incidência maior em crianças novas e em
idosos.
Cuidados de Enfermagem:
Aliviar a dor;

Prevenir o déficit de volume líquido;


Reduzir a ansiedade;


Preparar o paciente para a cirurgia, que deverá
ser o mais cedo possível;

Os cuidados de enfermagem devem obedecer
aos protocolos de pré e pós operatório.
SISTEMA GASTROINTESTINAL

DOENÇA INTESTINAL INFLAMATÓRIA
distúrbios gastrointestinais inflamatórios
cônicos:

Doença de Crohn;
-

Colite Ulcerativa.
-
Doença de Crohn e Colite
Ulcerativa
SISTEMA GASTROINTESTINAL
Doença de Crohn
Inflamação que se estende através de todas as
camadas da parede do intestino, a partir da
mucosa do intestino.

Principalmente no íleo e no cólon.

Fístulas, fissuras e abcessos ocorrem à medida


que a inflamação se estende.
SISTEMA GASTROINTESTINAL
A medida que a doença avança, a parede intestinal
se espessa e torna-se fibrosa, e a luz intestinal fica
mais estreita.

Comum em adolescentes e adultos jovens,


atualmente em adultos de 50 a 80 anos.

Fatores ambientais, alimentares ou infecções estão


relacionados à causa da doença.
SISTEMA GASTROINTESTINAL
Percebe-se que fumantes têm 2-4 vezes mais
risco de tê-la e particularidades da flora intestinal
(microorganismos que vivem no intestino e
ajudam na digestão) e do sistema imune
(mecanismos naturais de defesa do organismo)
podem támbém estar relacionado.
SISTEMA GASTROINTESTINAL
Manifestações Clínica
Dor abdominal;
-

Diarréia (90% dos pacientes);


-

Cólicas e dores abdominais (luz diminuída do intestino


-

e peristalse intestinal estimulada com a ingesta de


alimento);
Perda de peso, má nutrição e anemia;
-

Febre;
-
SISTEMA GASTROINTESTINAL
- Eliminação, junto com as fezes, de sangue,
muco ou pus;
- Cansaço, mal estar geral.
SISTEMA GASTROINTESTINAL
Complicações
obstrução intestinal,

doença perineal,

desequilíbrio hidroelétrolítico,

má nutrição,


abcessos e fístula ( enterocutânea – entre o intestino
delgado e a pele).
Os pacientes com a Doença de Crohn estão em risco de
câncer de cólon.
SISTEMA GASTROINTESTINAL
Colite Ulcerativa
Doença ulcerativa que afeta a mucosa superficial
do cólon e ulcerações múltiplas, inflamações e
descamação do epitélio colônico
SISTEMA GASTROINTESTINAL
O pico de incidência é dos 30 aos 50 anos de
idade.
Doença séria, acompanhada por complicações
sistêmicas e com alta taxa de mortalidade.
SISTEMA GASTROINTESTINAL
Manifestações Clínicas
Diarréia;

Cólica;

Dor abdominal;


Tenesmo (é uma sensação dolorosa na região anal,
com desejo contínuo, mas quase inútil de evacuar);
Sangramento retal;

Perda de peso;

SISTEMA GASTROINTESTINAL

Febre;

Desidratação.
Complicações
Megacólon tóxico (o processo inflamatório se estende na
-

musculatura, inibindo sua capacidade de contrair e resultando


na distencão colônica);
Cirurgia, se o paciente não responder ao tratamento
-

medicamentoso dentro de 24 a 48 h;
Perfuração do cólon.
-
SISTEMA GASTROINTESTINAL
Cuidados de Enfermagem para DII
Monitorização cuidadosa

Reposição hídrica;


Dieta (rica em proteína e calorias, com terapia vitamínica
suplementar e reposição de ferrro);
Soroterapia;


Medicamentos sedativos, antidiarréicos e antiperistálticos
(reduzir a peristalse para descansar o intestino inflamado);
Preparar para a cirurgia se necessário

Assistência de Enfermagem à
Pacientes com Distúrbios do
Fígado e da Vesícula
Fígado

O fígado é um grande
órgão maciço, com
aproximadamente 20 cm
de diâmetro, 17 cm de
altura e peso médio de
1.4 quilo, localizado no
quadrante superior
direito da cavidade
abdominal, logo abaixo
do diafragma.
Fígado

Seu suprimento sanguíneo


é feito por duas vias, pela
artéria hepática (20-40%) e
pela veia porta (60-80%). O
fígado é um órgão tão
vascularizado que chega a
receber 1.5 litro de sangue
por min.
Fígado

Tem uma incrível capacidade de


se regenerar, sendo ele capaz de
retornar ao tamanho normal
mesmo após ter mais de 50% do
seu volume retirado
cirurgicamente.
Metabolização dos nutrientes digeridos: Metabolização de substâncias
Gorduras, proteínas e glicose tóxicas

Formação e Fígado
excreção da bile Central metabólica

Destruição de bactérias Produção de substâncias

e outros germes essenciais ao organismo


Fígado - Funções

1. Metabolização dos nutrientes digeridos

Toda a circulação sanguínea do trato digestivo drena em


direção à veia porta, de forma que nenhum nutriente ou
substância ingerida consiga chegar ao resto do organismo
sem antes passar pelo fígado.

Este processo é de suma importância, pois é o fígado quem


controla quanto, qual, e em que forma cada substância
originada da alimentação passará para o resto do corpo


Fígados - Funções
a) Gorduras
No fígado, as gorduras vindas do processo da
digestão é transformada em diversas
substâncias, como fosfolipídios ou colesterol,
que são essenciais na produção de nossas
células.

O fígado também usa as gorduras para sintetizar


lipoproteínas, como o HDL, VLDL, e LDL, que
são as moléculas responsáveis pelo transporte
de colesterol pelo sangue .
O fígado também é quem determina
se a gordura ingerida será usada
para gerar energia ou será
armazenada. Se o indivíduo
consome gorduras em excesso, o
fígado transforma o glicerol e o ácido
graxo em triglicerídeos,
armazenando-os no tecido
subcutâneo, criando camadas de
tecido adiposo (os famosos
pneuzinhos).
De forma oposta, se o corpo precisar de fontes extras de
energia, o tecido adiposo quebra os triglicerídeos
novamente em glicerol e o ácido graxo, enviando-os de
volta para o fígado para que eles possam ficar disponíveis
como fonte de energia para as células
b) Proteínas

O processo de digestão quebra as proteínas


ingeridas em moléculas chamadas aminoácidos.

O fígado é o órgão que decide o destino destes


aminoácidos, podendo utilizá-los como fonte de
produção de albumina, globulinas, fatores de
coagulação, formação de massa muscular,
transformação em triglicerídeos (lipogêgenese),
glicose (glicogênese).
Pacientes com doenças graves do fígado
apresentam níveis baixos de proteínas no
sangue, principalmente albumina.

A perda de massa muscular também é comum


devido à perda de capacidade de lidar com os
aminoácidos recebidos da alimentação.

A deficiência de fatores da
coagulação faz com que
estes pacientes apresentem
maior risco de
sangramentos.
A digestão das proteínas produz aminoácidos, mas
também gera a amônia, uma substância tóxica para o
organismo.

O fígado é o responsável pela metabolização da amônia,


transformando-a em ureia, uma substância infinitamente
menos tóxica.

Pacientes com cirrose e falência hepática perdem a


capacidade de metabolizar a amônia, fazendo com que a
mesma se acumule no corpo, levando à chamada
encefalopatia hepática, um processo de intoxicação dos
neurônios.
c) Glicose

Os carboidratos ingeridos são transformados em moléculas


de glicose, que é a principal fonte de energia das células.

Quando chega uma grande quantidade de glicose ao


fígado, ele libera uma parte em direção à circulação
sanguínea e armazena outra sob a forma de glicogênio,
para que esta possa ser usada como fonte de energia nos
períodos de jejum ou atividade física.

Se o fígado já está cheio de glicogênio, mas o indivíduo


continua ingerindo carboidratos em excesso, o mesmo
passa a ser transformado em triglicerídeos (lipogênese),
sendo enviado para os tecidos subcutâneos. É por isso que
comer muito carboidrato engorda.
Pacientes com grave doença hepática podem
apresentar hipoglicemias, pois o fígado já não
consegue armazenar glicose na forma de
glicogênio, fazendo com que o paciente não
tenha reservas de glicose facilmente
disponíveis nos períodos de jejum.
2. Metabolização de substâncias tóxicas

Assim como os nutrientes, qualquer outra


substância ingerida também passará pelo fígado
antes de chegar ao resto do organismo, incluindo
remédios, drogas, toxinas ambientais e álcool.

Os hepatócitos são ricos em citocromo


P450, o nome dado a uma família de
enzimas que têm a capacidade de
metabolizar, inativar e facilitar a
eliminação pelos rins de diversas
substâncias.
O exemplo mais famoso do processo de desintoxicação
realizado pelo fígado é a metabolização de bebidas
alcoólicas.

O álcool é uma substância extremamente tóxica,  mas


que até certo ponto pode ser consumida, pois o fígado
tem a capacidade de transformá-lo em ácido acético,
uma metabólito muito menos tóxico e facilmente
eliminado pelos rins através da urina.
O fígado também é capaz de desativar
substâncias produzidas pelo próprio corpo, como
hormônios, impedindo que haja excesso dos
mesmos circulando pelo sangue.

●Pacientes com doenças hepática devem evitar


álcool e determinados medicamentos, pois o
fígado já não será mais capaz de metabolizá-los
adequadamente.


3. Produção de bile

A bilirrubina é metabolizada no fígado e


acrescentada a bile, uma substância que auxilia
na digestão de gorduras.

A bile produzida pelo fígado é parte armazenada


na vesícula biliar e parte liberada no intestino,
para facilitar o processo de digestão.
A presença da bilirrubina na bile é a responsável
pela cor marrom das fezes. Pacientes com
doenças no fígado ou nas vias biliares que
impeçam a drenagem de bile para os intestinos
apresentam problemas de digestão de gorduras
e fezes esbranquiçadas.

Se o fígado perder a capacidade de metabolizar


e excretar a bilirrubina, a mesma se acumula no
sangue e acaba se depositando na pele,
tornando-a amarelada, um sinal que chamamos
de icterícia


4. Produção de substâncias essenciais ao
organismo

Além da produção de proteínas importantes,


como albumina e fatores da coagulação, já
explicados acima, o fígado também é capaz de
produzir, metabolizar e armazenar uma grande
diversidade de outras substâncias, como
vitaminas e ferro.
5. Destruição de bactérias e outros germes.

O fígado possui células de defesas, chamadas


células de Kupffer, capazes de eliminar germes
e fragmentos de células mortas que passem
pelo fígado.
CIRROSE

Distúrbio degenerativo do fígado. Processo


difuso de fibrose e formação de nódulos, que
bloqueiam a circulação sangüínea
acompanhando-se freqüentemente de necrose
hepatocelular.
●A cirrose faz com que o fígado produza tecido
de cicatrização no lugar das células saudáveis
que morrem. Com isso, ele deixa de
desempenhar suas funções normais como
produzir bile (um agente emulsificador de
gorduras), auxiliar na manutenção dos níveis
normais de açúcar no sangue, produzir
proteínas, metabolizar o colesterol, o álcool e
alguns medicamentos
Sinais e sintomas:
- Náuseas;
- Vômitos;
- Perda de peso;
- Dor abdominal;
- Constipação;
- Fadiga;
- Fígado aumentado;
- Olhos e pele amarelados (icterícia),


- urina escura;
- perda de cabelo;
- inchaço (principalmente nas pernas);
ascite (presença de líquido na cavidade
-

abdominal).
Em casos mais avançados pode ocorrer a
encefalopatia hepática.
No entanto, durante muito tempo a doença
pode evoluir sem causar sintomas.
Tratamento:
A Cirrose é um processo patológico irreversível
que pode ser fatal. Portanto, é importante fazer
o diagnóstico precoce.
A primeira coisa a fazer diante do diagnóstico
de cirrose é eliminar o agente agressor, no
caso de álcool e drogas, ou combater o vírus
da hepatite.
O transplante pode ser a única solução para a
cura definitiva da doença.


Fatores de Risco

uso excessivo de álcool;


infecção pelos vírus da hepatite B ou C;


algumas doenças genéticas;


hepatite auto-imune;

cirrose biliar primária.



Recomendações:
evite o uso abusivo de álcool;

●utilize preservativo nas relações sexuais e


seringas descartáveis para evitar a
contaminação pelos vírus das hepatites B e C;
●não descuide do tratamento para as hepatites
B e C crônicas a fim de que não provoquem
cirrose;
●procure vacinar-se contra hepatite B para
evitar o risco de contrair essa doença.


Complicações
da Cirrose

Eritema palmar
Cabeça de medusa (umbigo)
Ascite
Distribuição alterada de pelos
Atrofia testicular
Icterícia
Contusões
Perda muscular
Encefalopatia
Varizes Esofágicas
Hipertensão
Varizes Esofágicas
Encefalopatia hepática

ü Excesso de produtos tóxicos provenientes

da alimentação e do próprio fígado, que

deveria eliminá-las.

ü A encefalopatia surge quando o fígado

torna-se incapaz de eliminar ou transformar

esses tóxicos pela destruição das suas células


Encefalopatia
Hepática
Estágios de encefalopatia hepática

Estágio Sintomas

I Confusão leve, agitação, irritabilidade,


distúrbio do sono, atenção diminuída

II Letargia, desorientação, tontura

III Sonolência despertável, fala


incompreensível, confusão, agressão
quando acordado
IV Coma
HEPATITES VIRAIS
●As hepatites virais são doenças infecciosas de evolução
aguda ou crônica, que pela alta morbidade universal,
constituem importante problema de saúde pública (KUDO, 2000).
●São provocadas por diferentes agentes etiológicos com tropismo
pelo tecido hepático e que apresentam diferentes características
epidemiológicas, clínicas, imunológicas e laboratoriais. Podem
ser agrupadas segundo o modo de transmissão em dois grupos:
●→ Transmissão parenteral/sexual (hepatite B, hepatite C e
hepatite D)
● → Transmissão fecal-oral(hepatite A e hepatite E).
●As hepatites A e E são doenças autolimitadas, cuja
morbimortalidade depende da faixa etária acometida e de outras
condições. Podem ocorrer surtos populacionais restritos.
●As hepatites B, C e D provocam infecções crônicas em
percentual variado das pessoas infectadas e podem evoluir para
insuficiência hepática (cirrose) e hepatocarcinoma.
●As hepatites pelos vírus B e C constituem em grave problema de
saúde pública. Segundo estimativas da Organização Mundial de
Saúde (OMS), aproximadamente dois bilhões de pessoas se
infectaram em algum momento da vida com o vírus da hepatite B
(HBV) e 325 milhões de indivíduos tornaram-se portadores
crônicos.
● HEPATITE A
●A Hepatite do tipo A é uma infecção causada pelo vírus da
hepatite A (HAV), um RNA vírus, que tem um período de
incubação de 2 a 6 semanas, durante o qual se reproduz no
fígado.
●Transmissão: A forma de transmissão mais comum é oro-fecal,
ou de pessoa para pessoa nos contatos sexuais ou
intradomiciliares, ou por alimento ou água contaminada. Como a
viremia ocorre durante a fase aguda, a transmissão sanguínea
raramente ocorre. Embora o HAV esteja presente em baixas
concentrações na saliva de pessoas infetadas, não há nenhuma
evidência de transmissão por essa forma.
●Sintomas: Durante a infecção o paciente pode não apresentar
sintomas, apresentar um quadro inespecífico com náuseas,
vômitos e mal estar geral ou ficar com uma coloração amarelada
nos olhos e pele, a urina escura e as fezes claras.
●Diagnóstico: É feito pela presença, do anti-HAV IgM no exame de
sangue. Já a detecção do anti-HAV IgG positivo significa que o
paciente está curado.
● Tratamento: Normalmente só o repouso é suficiente.
●Medicamentos que sejam metabolizados pelo fígado devem ser
usados com precaução. Não são necessárias dietas específicas
ou restrições de atividade.
● É de notificação compulsória.
●Prevenção: Saneamento básico,higiene pessoal,e a imunização
são as formas mais efetiva de prevenção da infecção pelo HAV. A
vacina contra o vírus da hepatite A é disponibilizada pelo
Programa Nacional de Imunizações (PNI).
● HEPATITE B
●É um processo inflamatório do fígado, provocado pela presença
de um vírus conhecido como vírus da hepatite B (HBV)
Transmissão: Transfusão sanguínea (sangue e derivados);
●Material cirúrgico contaminado com o vírus (agulhas de
acupuntura, dentista, tatuagens, seringas não descartáveis);
● Relação sexual
●Sintomas:Durante a doença aguda a pessoa pode apresentar
enjôo, vômitos, dor de cabeça e a icterícia (amarelidão nos olhos
e pele que ocorre em apenas 10% dos casos). Na maioria
das vezes passa como uma gripe.
●Diagnóstico: Desde o início da década de 80 foram introduzidos
como triagem em Banco de Sangue marcadores sorológicos que
identificam as pessoas que tiveram contato com o vírus. Dentre os
exames sorológicos realizados nos Bancos de Sangue estão:
●HbsAg determina a presença do vírus da Hepatite B Anti-HBc
anticorpo produzido pelas células de defesa do nosso organismo
contra a parte central do vírus B. É um marcador de contato para
Hepatite B e fica no sangue da pessoa para o resto da vida, como
uma cicatriz sorológica no sangue.
●Quando o nosso organismo entra em contato com o vírus da
Hepatite B, ele tem um período de 4 a 6 meses para produzir
células de defesa (Anti-HBs) capazes de destruir o vírus, ou seja,
esta é a única forma de cura para a Hepatite B.
●Tratamento: o indivíduo com hepatite viral aguda,
independentemente do tipo viral que o acometeu, deve ser
acompanhado ambulatorialmente, na rede de assistência médica,
manter repouso domiciliar relativo, até que a sensação de bem-
estar retorne e os níveis das aminotransferases (transaminases)
voltem aos valores normais. Em média, este período dura quatro
semanas. Não há nenhuma restrição de alimentos no período de
doença. É aconselhável abster-se da ingestão de bebidas
alcoólicas.

Prevenção: Embora os métodos empregados para prevenção de outras

DST também sirvam para a infecção pelo HBV, a vacinação ainda é o


método mais eficaz de prevenção desta infecção.
HEPATITE C

● É a inflamação do fígado causada pela infecção pelo vírus da hepatite


C (VHC ou HCV). Essa inflamação ocorre na maioria das pessoas que
adquire o vírus e, dependendo da intensidade e tempo de duração, pode
levar a cirrose e câncer do fígado. Ao contrário dos demais vírus que
causam hepatite, o vírus da hepatite C não gera uma resposta
imunológica adequada no organismo, o que faz com que a
infecção aguda seja menos sintomática, mas também com que a maioria
das pessoas que se infectam se tornem portadores de hepatite crônica,
com suas consequências a longo prazo.
Fatores de maior risco para hepatite C

- Usuários de drogas endovenosas risco 80%


- Receptores de fatores de coagulação antes de 1987 risco 90%


●- Receptores de transfusão sanguínea ou transplante de órgãos antes de


1992 risco 6%
- Hemodiálise risco 20%

- Filhos de mães positivas risco 5%


- Parceiros de portadores do HIV -


- Crianças com 12 meses de idade com mãe portadora do HCV


●- Profissionais da área da saúde vítimas de acidente com sangue


contaminado
- Contatos sexuais promíscuos ou com parceiros sabidamente portadores

Exposição a sangue por material cortante ou perfurante de uso coletivo
sem esterilização adequada:
• procedimentos médico
-odontológicos
• tatuagem
• acupuntura
• manicure / pedicure
• body piercing
• contato social ou familiar com material de uso pessoal ( barbeadores,
escovas dentais, etc )
• barbeiros e cabeleireiros
●Sintomas: Diferentemente das hepatites A e B, a maioria
das pessoas que adquirem a hepatite C desenvolvem
doença crônica e lenta, sendo que a maioria (90%) é
assintomática ou apresenta sintomas muito inespecíficos,
como letargia, dores musculares e articulares, cansaço,
náuseas ou desconforto no hipocôndrio direito. Assim, o
diagnóstico só costuma ser realizado através de exames
para doação de sangue, exames de rotina ou quando
sintomas de doença hepática surgem, já na
fase avançada de cirrose.
●Além dos sintomas relacionados diretamente à hepatite,
o vírus pode desencadear o aparecimento de outras
doenças através de estimulação do sistema imunológico.
●Transmissão: A transmissão da hepatite C ocorre após o contato com
sangue contaminado. Apesar de relatos recentes mostrando a presença
do vírus em outras secreções (leite, saliva, urina e esperma), a
quantidade do vírus parece ser pequena demais para causar infecção e
não há dados que sugiram transmissão por essas vias.
●Tratamento: constitui-se em um procedimento de maior complexidade
devendo ser realizado em serviços especializados. Nem todos os
pacientes necessitam de tratamento e a definição dependerá da
realização de exames específicos, como biópsia hepática e exames de
biologia molecular.
Outras Hepatites: D (cronica) e E

●→Álcool: uso abusivo de qualquer tipo de bebida alcoólica. A quantidade que
causa doença hepática é variável de pessoa para pessoa, sendo necessário,
em média, menor dose para causar doença em mulheres do que em
homens. A dose de alto risco é de 80g de álcool por dia, o que equivale a 5-8
doses de uísque (240 ml), pouco menos de 1 garrafa e meia de vinho (800
ml) ou 2 litros de cerveja. Quanto maior o tempo de ingestão (anos), maior é
o risco de hepatite alcoólica e cirrose. Certas pessoas podem adoecer mesmo
com doses e tempo bem menores do que a média acima mencionada.
●→Medicamentosa: vários remédios de uso clínico podem causar hepatite em
indivíduos suscetíveis. Não se pode prever quem terá hepatite por determinada
droga, porém, indivíduos que já têm outras formas de doença do fígado correm
maior risco. Alguns medicamentos relacionados com hepatite são: paracetamol
(Tylenol®, Dôrico®); antibióticos e antifúngicos como a eritromicina, tetraciclina,
sulfas, cetoconazol e nitrofurantoína; anabolizantes (hormônios usados para
melhorar o desempenho físico- dopping); drogas antipsicóticas e calmantes,
como por exemplo, a clorpromazina (Amplictil®), amiodarona (antiarrítmico),
metildopa (Aldomet® - anti-hipertensivo) e antituberculosos. Anticoncepcionais
orais (pílula) também são ocasionalmente mencionados.
●→ Autoimune: algumas doenças fazem com que as substâncias de defesa do
próprio indivíduo (anticorpos) causem inflamação e dano ao fígado. Não se
sabe por que isso acontece.
●→Hepatites por causas hereditárias: doenças como a hemocromatose e a
doença de Wilson levam ao acúmulo de ferro e cobre, respectivamente, no
fígado, causando hepatite.
●→Esteatohepatite não alcoólica(esteatose hepática, fígado gorduroso): é o
acúmulo de gordura no fígado. Ocorre em diversas situações independentes
do consumo de álcool, como obesidade, desnutrição, nutrição endovenosa
prolongada, diabete mellitus, alterações das gorduras sanguíneas
(colesterol ou triglicerídeos altos) e alguns remédios.

Sistema biliar

Produz bile
Conecta a
vesícula ao
duodeno
Armazena bile
(passagem
levando-a ao
da bile)
Duodeno (digestão
das gorduras)
Vesícula Biliar

A vesícula biliar contém cerca de 60 ml de bile.


O fígado produz cerca de 1 litro de bile por dia
e e contração da vesícula pela ingestão de
alimentos (gordurosos) faz com que ela seja
liberada pelo ducto biliar comum para o interior
do duodeno, onde ela ajuda na absorção de
gorduras, vitaminas lipossolúveis, ferro e
cálcio.
LITÍASE BILIAR (colelitíase)
Grego: “Lithos” - pedra

É a formação de cálculos biliares na


ausência de infecção da vesícula
biliar.

Assintomáticos Sintomáticos

Cólicas, náusea, vômito (amarelada),


febre, icterícia, dor à palpação
profunda do quadrante superior
direito do abdômen
Cálculos biliares: compostos de colesterol, bilirrubina e
sais de cálcio
Cálculos biliares: compostos de colesterol, bilirrubina e
sais de cálcio

Cálculos de bilirrubina Cálculos de colesterol


Colecistite x Colelitíase
Passagem da bile ao duodeno é interrompida  colecistite pode se
ü

desenvolver;

Sem bile  absorção de gorduras é prejudicada


ü

ü Evacuações claras (acolia), esteatorréia;


ü Icterícia em função da obstrução, os pigmentos da bile retornam
para a circulação como bilirrubina.
ü
Bilirrubina:0,2 – 1,3 mg/dl

Valor de alerta: acima de 12 mg/dl

Se não corrigir este excesso de bile: dano hepático, cirrose ou


ü

pancreatite biliar;

Colecistectomia : cirurgia de remoção da vesícula e os cálculos (a bile será


ü

estocada no colédoco, que liga o fígado ao intestino delgado);

ü

COLELITÍASE

Os cálculos biliares são acúmulos de cristais que se depositam no
interior da vesícula biliar ou nas vias biliares (condutos biliares).
Quando os cálculos biliares localizam-se na vesícula biliar, a
condição é denominada colelitíase. Quando eles localizam-se nas
vias biliares, a condição é denominada coledocolitíase. Os
cálculos biliares são mais comuns em mulheres e em certos
grupos de indivíduos.

COLECISTITE

A colecistite aguda é a inflamação da parede da vesícula biliar,
comumente decorrente de um cálculo biliar localizado no ducto
cístico, que causa um episódio de dor súbita de forte intensidade.
Causas da litíase biliar

ü
Mulheres são vítimas mais freqüentes;
ü
Obesidade associada;
ü
Dieta hiperlipídica
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM
ÀS AFECÇÕES UROLÓGICAS

Normalmente, uma pessoa possui dois rins. Cada rim possui um
ureter, que drena a urina da área coletora central do rim (pelve
renal) para a bexiga. Da bexiga, a urina drena através da uretra e
é eliminada do organismo (através do pênis nos homens e da
vulva nas mulheres).

A função básica dos rins é filtrar os produtos da degradação
metabólica e o excesso de sódio e de água do sangue e auxiliar
na sua eliminação do organismo. Os rins também ajudam a
regular a pressão arterial e a produção de eritrócitos (glóbulos
vermelhos).

Cada rim contém cerca de um milhão de unidades filtradoras
(néfrons). O néfron é constituído por uma estrutura redonda e oca
(cápsula de Bowman), que contém uma rede de vasos sangüíneos
(glomérulo). O conjunto dessas duas estruturas é denominado
corpúsculo renal.

Qualquer modificação da excreção normal é capaz de causar
problemas em outros sistemas do organismo, além de causar
frustração e constrangimento a uma pessoa que apresente
alteração na excreção. As pessoas que apresentam distúrbios de
eliminação urinária necessitam de ajuda, compreensão e
sensibilidade. Os profissionais de enfermagem devem auxiliá-las a
enfrentar o mal-estar e os problemas relacionados a sua auto-
imagem, bem como ajudá-las a estimular a excreção normal, a fim
de assegurar a saúde e o seu bemestar

Os distúrbios de eliminação urinária mais frequentes decorrem da
incapacidade funcional da bexiga, da obstrução da saída da urina ou da
incapacidade de controle voluntário da micção.
INFECÇÕES DO TRATO URINÁRIO ( ITU)


Séries de etiologias clínicas que têm em comum a presença de um
número significante de microrganismos em qualquer porção do trato
urinário.

Esses microrganismos podem estar presentes só na urina ou pode
existir evidências de infecção. A infecção em um dos órgãos pode
disseminar-se e atingir o trato urinário.

Para evitar as ITU‟s , existe um sistema de defesa, o fluxo urinário, o
esvaziamento total da bexiga e o PH ácido da urina, além das defesas
imunológicas que dificultam a instalação das bactérias.Qualquer
anormalidade que impeça o fluxo livre de urina, pode predispor à
infecção.

Etiologia: Escherischia Coli, Enterobacter, Pseudômonas e Serratia.
Esses microorganismos encontrados normalmente no trato
gastrointestinal, contaminam a urina em função da proximidade entre o
orifício uretral e o ânus.

Fatores Predisponentes: Uso de roupa íntima sintética, meias calças,
jeans apertados, papel higiênico perfumado, guardanapo sanitários,
relações sexuais, catetes vesicais. Nos homens a hiperplasia dificulta
o esvaziamento da bexiga.
PIELONEFRITE: Inflamação do parênquima renal e da pelve.

PROSTATITE: Inflamação da próstata.



Sinais e Sintomas: cefaléia, vômitos, calafrios, febre, dor lombar ou
abdominal. Diagnóstico: EAS, urocultura, cultura de urina e
antibiograma. Tratamento: antibióticos, higiene íntima, ingestão
abundante de líquidos e orientar completo esvaziamento da bexiga.


CISTITE

Definição: É uma inflamação da bexiga, geralmente iniciada na
uretra, causada mais frequentemente por microrganismos que
podem desenvolver uma infecção, como nos casos de cistites
causadas por uso de sondagens vesicais ou equipamentos de
exames como o citoscópio.

Incidência: As mulheres são mais atingidas pelas cistites que os
homens, tendo em vista o tamanho da uretra feminina, menor do
que a masculina, e sua proximidade do ânus. Na maioria dos
casos, a cistite nas mulheres é causada por Escherichia coli.
Destaca-se que o aumento das infecções urinárias também pode
estar associado à atividade sexual pela exposição dos órgãos
genitais femininos. Em relação aos homens, a cistite geralmente é
secundária a alguma outra doença, como infecções na próstata,
no epidídimo ou cálculos vesicais.

Manifestações Clínicas:

Os indivíduos acometidos pela cistite podem apresentar os
seguintes sintomas: Urgência miccional; Aumento da frequência
urinária; Queimação e dor à micção; Pode ocorrer piúria,
bacteriúria, hematúria e forte dor na região supra púbica.

Prevenção:

Do ponto de vista preventivo, as cistites podem ser evitadas pelas
mulheres por meio de higiene íntima adequada, uso correto do
papel higiênico após urinar, esvaziamento vesical frequente,
inclusive após as relações sexuais por diminuírem a quantidade de
microrganismos nos genitais femininos

Intervenções de Enfermagem :

Para aliviar o desconforto associado à cistite, tais como:

Aplicar calor e banhos de imersão quentes, que ajudam a aliviar
a dor e a urgência miccional; Estimular a ingestão de grandes
quantidades de líquidos para promover o aumento da diurese e
eliminar as bactérias do trato urinário; Orientar o esvaziamento
completo da bexiga (a cada duas a três horas), com o intuito de
reduzir o número de bactérias e para não ocorrer reinfecção.
Lembrar alguns cuidados na coleta de urina para cultura: oferecer
recipiente estéril; orientar a fazer higiene da genitália externa e a
desprezar o primeiro jato de urina, colhendo a seguir
SÍNDROME NEFRÍTICA AGUDA:

GLOMERULONEFRITE DIFUSA AGUDA



Processo inflamatório agudo que envolve os glomérulos renais.  GNDA
é o exemplo clássico da Síndrome Nefrítica Aguda.  A síndrome
nefrítica é um conjunto de sinais e sintomas, caracterizado por
hematúria, edema, hipertensão arterial, oligúria, e proteinúria
subnefrótica.
Manifestações Clínicas:


Existem situações em que a glomerulonefrite aguda passa despercebida
pela pessoa, somente sendo descoberta após exame de urina de rotina.
A pessoa pode apresentar: Cefaléia; Mal-estar geral; Edema facial;

Dor no flanco; Hipertensão arterial- que pode variar de leve à grave;


Diminuição da diurese, hematúria e colúria, que é a urina com cor de
Coca-Cola.
Assistência de Enfermagem:


o Deverá encaminhar o cliente para pesar e realizará balanços hídricos,
de modo a acompanhar a recuperação da função renal pelo aumento ou
redução do edema. o Oferecer dieta com restrição de sódio, água e
proteínas , de modo a diminuir o edema, a pressão arterial e o risco de
uremia. Em nível ambulatorial, os profissionais de enfermagem devem:

o Salientar a importância do acompanhamento e da adesão ao
tratamento, bem como orientar quanto ao repouso que deve ser com os
membros inferiores elevados para reduzir o edema e sobre a necessidade
de pesar-se diariamente. o Instruir o paciente a notificar ao profissional
que a está acompanhando sintomas, como fadiga, náuseas, vômitos e
diminuição da urina. o Orientar a família a participar do tratamento e
acompanhamento, recebendo informações sobre o que está acontecendo,
tendo suas perguntas respondidas e sendo respeitada a sua liberdade de
expor suas preocupações


INSUFICIÊNCIA RENAL AGUDA

Condição em que os rins deixam repentinamente de filtrar os
resíduos do sangue. A insuficiência renal aguda desenvolve-se
rapidamente dentro de poucas horas ou alguns dias e pode ser
fatal. É mais comum em pessoas que estão gravemente doentes e
hospitalizadas.

Os sintomas incluem diminuição do débito urinário, inchaço
devido à retenção de líquidos, náuseas, fadiga e falta de ar. Às
vezes, os sintomas podem ser sutis ou não aparecer.

Além de tratar a causa subjacente, os tratamentos incluem
líquidos, medicação e diálise.


Diálise: é o processo de extração dos produtos residuais e do
excesso de água do corpo. Na hemodiálise extrai-se o sangue do
corpo e bombeia-se para o interior de um aparelho que filtra as
substâncias tóxicas, devolvendo à pessoa o sangue purificado. A
quantidade de líquido devolvido pode ser ajustada.

Na diálise peritoneal introduz-se dentro da cavidade abdominal
um líquido que contém uma mistura especial de glicose e de sais
que arrasta as substâncias tóxicas dos tecidos. Depois extrai-se o
líquido e despeja-se. A quantidade de glicose pode ser modificada
para extrair mais ou menos líquido do organismo.

Hemodiálise: um procedimento no qual o sangue é removido do
corpo e circulado através de um aparelho externo (denominado
dialisador), exige o acesso repetido à corrente sanguínea. Uma
fístula arteriovenosa (conexão artificial entre uma artéria e uma
veia) é criada cirurgicamente para facilitar o acesso.

RETENÇÃO URINÁRIA

Definição: A retenção urinária é um problema caracterizado pela incapacidade
da bexiga de se esvaziar completamente. A urina acumula-se no interior da
bexiga, distendendo as paredes da mesma e causando sensação de peso, de
desconforto e sensibilidade dolorosa à palpação da região supra púbica, além
de irritabilidade e sudorese.

A capacidade da bexiga varia em um adulto entre 500 a 1000ml, sem
representar grandes sofrimentos de sua musculatura. No entanto, entre 150 e
200ml já existe sinais nervosos que indicam o desejo consciente de urinar. Nos
casos graves de retenção urinária, a bexiga chega a conter 2000 ou mesmo
3000ml de urina.

Manifestações Clínicas: O principal sinal é a ausência de diurese pelo espaço
de várias horas, assim como a distensão da bexiga, denominada de bexigoma.

Pode-se apenas ter a sensação de peso ou dor intensa, sempre que a
distensão da bexiga ultrapassar a capacidade normal deste órgão.

Etiologia:

-Aumento da próstata, Constipação, estreitamento e edema da
uretra como consequência de parto e cirurgia. -Ansiedade
emocional pode afetar a capacidade de relaxamento dos
esfíncteres uretrais, que são músculos de formato circular que
contraem e relaxam, controlando a saída da urina.

Intervenções de Enfermagem:

Nos casos de retenção urinária, todas as medidas possíveis para
estimular a diurese espontânea são adotadas, tais como: Garantir
a privacidade durante a micção; Abrir torneiras e chuveiros
próximos; Molhar os pés dos clientes acamados, pois essas
medidas ajudam a relaxar os esfíncteres uretrais; Sondagem
vesical de alívio, em último caso;

INCONTINÊNCIA URINÁRIA


Definição: A incontinência urinária é uma disfunção caracterizada
pela perda do controle, total ou parcial, da micção. Pode manifestar-
se em qualquer faixa etária, embora seja mais frequente no adulto. A
pessoa que apresenta este problema sente-se socialmente
marginalizada, afastando- se frequentemente das atividades sociais.

A urgência miccional é um tipo de incontinência urinária, onde a
pessoa sente a necessidade urgente e repentina de urinar, mas não
consegue chegar a tempo até o vaso sanitário.

Cuidados de Enfermagem: é a monitorização diária do balanço
hídrico.

É indicado para acompanhamento daqueles que são nefropatas,
cardiopatas, edemaciados, ascíticos e que necessitam de cuidados
intensivos.

UROLITÍASE OU CÁLCULO DO TRATO URINÁRIO

Entre tantas substâncias que são eliminadas diariamente através da urina,
temos o cálcio e o ácido úrico, que são substâncias cristalinas, isto é, formam
cristais.
Em situações anormais, estas substâncias se cristalizam, depositando-se em
alguma parte do sistema urinário, formando os cálculos renais ou urolitíases.

Sinais e sintomas
Podem aparecer na forma indolor, ou em crises de cólicas renais caracterizadas
por dor intensa e profunda na região lombar, eliminação de urina com sangue e
exsudato, associadas à distensão abdominal,  diarréia,  náuseas e vômitos,
devido à proximidade dos rins com o sistema digestório.
Esta dor característica tem origem com a obstrução, a inflamação e o edema da
mucosa do trato urinário em contato com o cálculo.
Quando o cálculo se aloja no ureter, surge dor aguda, intensa, em cólica, que
se irradia para a coxa e genitália.
Há também um frequente desejo de urinar, mas a pessoa somente elimina uma
pequena quantidade de urina.

Cuidados de enfermagem 
Alívio da dor pode ser facilitado por meio de banhos quentes ou
aplicação de calor úmido na região do flanco;
Uma ingestão elevada de líquidos deve ser mantida, pois os
cálculos se formam mais facilmente em uma urina concentrada.
No que se refere à dieta, a pessoa deve ser encorajada a seguir
um regime para evitar a formação de outros cálculos, evitando
alimentos ricos em cálcio, tais como: leite e seus derivados, gema
de ovo, vísceras e alguns vegetais como a beterraba, espinafre e
ervilhas.

A PELE
A PELE


A pele é o manto de
revestimento do organismo
humano, órgão vital e, sem
ela, a sobrevivência seria
impossível. É o maior órgão
do corpo humano,
representando cerca de
16% de seu peso total.
Principais Funções da Pele:

Proteção

Termorregulação

Órgão imunitário

pele protege da desidratação

As funções metabólicas da pele (Vitamina D)

Formação de melanina


EPIDERME

É a camada mais superficial da pele, cuja
espessura varia desde 0,04mm nas pálpebras
até 1,6mm nas regiões palmo-plantares.

A epiderme sofre um processo de constante
renovação, que se apresenta como uma
sucessão de transformações ao longo de 28
dias.

Não há vasos sanguíneos nessa camada, os
nutrientes e o oxigênio chegam à epiderme por
difusão a partir de vasos sanguíneos da derme.
EPIDERME

Toda a superfície cutânea está provida de
terminações nervosas capazes de captar
estímulos térmicos, mecânicos ou dolorosos.
Essas terminações nervosas ou receptores
cutâneos são especializados na recepção de
estímulos específicos.

Não existem vasos sangüíneos. Os nutrientes
e oxigênio chegam à epiderme por difusão a
partir de vasos sangüíneos da derme.

EPIDERME

Nas camadas inferiores da epiderme estão os
melanócitos, células que produzem melanina,
pigmento que determina a coloração da pele.

As glândulas anexas – sudoríparas e sebáceas
– encontram-se mergulhadas na derme,
embora tenham origem epidérmica. O suor
(composto de água, sais e um pouco de uréia)
é drenado pelo duto das glândulas
sudoríparas, enquanto a secreção sebácea
(secreção gordurosa que lubrifica a epiderme
e os pêlos) sai pelos poros de onde emergem
os pêlos.

DERME
É a camada intermediária da pele que dá sustentação
para a epiderme. É a mais espessa das três camadas. Rica
em fibroblastos (células responsáveis pela produção de
colágeno e elastina) que fabricam essas proteínas para
sustentação do tecido.

Divide-se em duas camadas:

Papilar e Reticular.

É na derme que se localizam os vasos sanguíneos
que nutrem a epiderme, vasos linfáticos e também
os nervos e os órgãos sensoriais a eles associados.
Estes incluem vários tipos de sensores:

Anexos Cutâneos da Derme

Vasos Sanguíneos;

Vasos Linfáticos;

Nervos e Órgãos Sensoriais;


Unhas;

Glândulas Sudoríparas e Sebáceas;


Folículos Pilosos;


HIPODERME

Hipoderme ou tecido celular subcutâneo é a camada mais profunda
da pele, composta por células adiposas (células de gordura), tecido
fibroso, nervos e vasos sanguíneos de maior calibre.

É um tecido conjuntivo frouxo ou adiposo que faz conexão entre a derme e
a fáscia muscular e a camada de tecido adiposo é variável à pessoa e
localização.
FUNÇÕES:

– Depósito Nutritivo;
– Isolamento Térmico;
– Modela a superfície corporal;
– Reservatório energético;
– Absorção de choque
– Fixação dos órgãos.

TIPOS DE PELE


Pele Normal/ Eudérmica: tem superfície lisa, flexível,
lubrificante e umedecida.

É uma pele equilibrada (conteúdo hídrico e o conteúdo graxo),
tem superfície lisa, flexível, lubrificante e umedecida. Os poros
são fechados.

É a pele típica das crianças, com brilho e cor uniforme. Trata-se
da pele “ideal”.
TIPOS DE PELE


Pele Oleosa/ graxa: é
uma pele que apresenta
alto brilho, muito protegida
e resistente, acumulando
muita sujidade do
ambiente.

Contém pontos negros e
poros dilatados.


TIPOS DE PELE

Pele Seca/ Pele desidratada/ alípica:
caracterizada pela diminuição hídrica normal
e secreção sebácea normal é uma pele fina,
opaca com tendência a se descamar, por ser
muito delicada se irrita com facilidade.

Apresenta poros bem fechados. E as linhas de
expressão aparecem mais cedo.
TIPOS DE PELE


Pele hidratada: aumento de teor
hídrico. Hiperidrose.
TIPOS DE PELE

Pele Mista: A zona T
do rosto (testa, nariz
e queixo), apresenta
características de pele
oleosa , enquanto que
as partes laterais
(bochechas e ao redor
dos olhos) apresentam
características de pele
seca.
DESIDRATAÇÃO

A Desidratação ocorre quando os níveis de
água no organismo estão baixos.

Pessoas desidratadas apresentam:



Diminuição do volume sanguíneo levando o
coração a aumentar os ritmos dos batimentos
(taquicardia).

Mau funcionamento dos músculos gerando
fraqueza, os rins podem sofrer lesões devido ao
baixo volume urinário.

Caso a desidratação chegue ao cérebro à
pessoa pode morrer ou entrar em coma.
Mecanismo de Hidratação da Pele Externa

Através da aplicação de produtos tópicos


que promovam:


Oclusão: ingredientes lipídicos (gordurosos)
que limitam a evaporação da água endógena.


Umectação: substância que retém água na
superfície da pele.

Cuidados Diários com a Pele


Higienização: o objetivo da
higienização é remover células
mortas, maquilagem, secreções
sebáceas e impurezas.
Alguns produtos destinados
a higienização:

Leites ou loções de limpeza:
indicado para uma pele seca e
normal.

Géis de limpeza: indicado para
pele mista à oleosa.
Cuidados Diários com a Pele

Esfoliação: o objetivo da esfoliação é
remover as células mortas da pele.

Para a escolha do esfoliante, é necessário
verificar a espessura da pele e o estado
geral no qual ela se encontra. Por
exemplo, para uma pele seca deve ser
utilizado um esfoliante menos agressivo.
Cuidados Diários com a Pele

Tonificação: tem como
função firmar a pele, reduzir
o tamanho dos poros ,
auxiliando na retirada de
eventuais resíduos de outros
produtos, restabelecer o PH
da pele.

A quantidade de álcool
presente no tônico diminui de
acordo com o tipo de pele:
oleosa, mista, normal e seca.
Cuidados Diários com a Pele

Proteção Solar: o filtro
solar tem como função
filtrar ou bloquear as
radiações solares.

Para pele mista e
oleosa, prefira filtro
solar a base de gel, gel
creme ou creme gel. E
para uma pele seca
bases em cremes.

Tabagismo

O hábito de fumar
acumula efeitos na pele
como rugas precoce,
perda do brilho e
elasticidade, e
diminuição do colágeno.

A pele é um importante órgão na clínica de várias doenças ou
condições benignas que a afetam principalmente ou
primariamente outros órgãos:

Acantose nigricans - forma de hiperplasia do
epitélio da pele.

Acne - inflamação dos folículos pilosos devido a
infecção pela bactéria Propionibacterium acnes.

Alopécia - redução parcial ou total de pêlos ou
cabelos em uma determinada área de pele.

Carbúnculo - doença infecciosa causada pelo
Bacillus anthracis com manifestações cutâneas
importantes.

Celulite - alteração do tecido subcutâneo e
gorduroso da pele causando irregularidades na
superfície.

Dermatite seborreica - doença inflamatória da
pele com etiologia auto-imune.

Efélis ou sarda - é uma hiperpigmentação fotorreativa em alguns
pontos da pele que até certo ponto pode ser considerada sem
importância (normalmente não necessita de preocupação).

Hemangioma - tumor benigno causado por um crescimento anormal
de vasos sanguíneos.

Ictiose - doença genética com formação de pseudo-escamas na pele.

Impetigo - infecção da pele com formação de pústulas por
Staphylococcus aureus ou Streptococcus.

Lentigo - pigmentação da pele semelhante à efelis, mas que não
aparece e desaparece com as estações do ano.

Melanoma maligno - tumor dos melanócitos da pele.

Melasma - escurecimento da pele devido a hormonios femininos que
ocorre sobretudo na gravidez.

Molusco contagioso - pápula devido a infecção pelo vírus do molusco
contagioso.

Nevo - mancha, pinta ou sinal na pele.

Pelagra - dermatite devido a deficiência vitamínica.

Psoríase - doença auto-imune da pele, aspecto de intensa descamação.

Rosácea (doença)

Pênfigo - doença com formação de bolhas de causa auto-imune. Pode ser fatal.

Queimadura

Tinha - infecção cutânea com fungos. A forma mais importante é o pé de atleta.

Tumores da pele - outras neoplasias comuns da pele, como nevos (pontos
negros - benigno) e carcinomas epidermóides ou basalóides.

Urticária, Eczema e Eritema multiforme -reações alérgicas da pele.

Verruga - lesão neoplásica benigna causada por infecção com papilomavirus.

Vitiligo - doença auto-imune da pele (um dos fatores é o psicológico) faz com
que determinadas regiões do corpo (começando geralmente nas
extremidades) sofram despigmentação, ficando muito mais clara que a pele
normal, necessita de tratamento médico.

Obrigadoooo !
Anatomia ocular
Esclera e Córnea
ESCLERA

A esclera é a parte branca dos olhos. Mais especificamente, a esclera é


a principal camada que compõe a parede do globo ocular, sendo assim,
responsável por manter a estrutura esférica do olho humano. A esclera é
composta, principalmente, por fibras de colágeno dispostas em várias
direções, o que confere à ela grande resistência. Esta resistência da esclera é
fundamental para suportar a pressão interna do olho. Além de resistente, a
esclera também é opaca, impedindo a entrada de luz dentro do olho,
mantendo-o como uma câmara escura, o que é fundamental para o bom
funcionamento da visão.
É a estrutura branca dos olhos e funciona como um "esqueleto",
contendo, protegendo e dando forma ao globo ocular. É contínua à
córnea e ao revestimento do nervo óptico.
Nas crianças a esclera é mais fina e apresenta um pouco de pigmento sob ela,
aparentando levemente azulada. Nos idosos, entretanto, o depósito de gordura na
esclera faz com que ela aparente uma coloração levemente amarelada.

ESCLERA AZULADA ESCLERA AMARELADA


CÓRNEA

A córnea é uma membrana transparente e fina porém resistente, 


com aproximadamente 12 mm de diâmetro, que ocupa 1/6 da parte
anterior do globo e cujas funções principais são:  permitir  a entrada dos
raios luminosos para dentro do olho (ex: a córnea é semelhante  ao vidro
de um relógio: permite que você veja as horas sem ver o vidro) e,
facilitar a formação de uma imagem nítida (focada na retina por ter uma
função de lente convergente - 43 dioptrias positivas). Sua  espessura
central é  em torno de  0,56 mm.
A córnea é a lente natural mais importante do olho, que, assim como a lente de
uma câmera fotográfica, refrata os raios de luz que entram nos olhos, participando da
focalização das imagens na retina. Ela é um tecido totalmente transparente, que,
semelhante ao vidro de um relógio, protege a estrutura interna, sem ser facilmente
visto.
CAMADAS DA CÓRNEA 
 
A córnea é formada por  5 camadas:
 
Ø O epitélio é a primeira camada da córnea (de frente para trás), e é a
única capaz de se regenerar sozinha. Isto é,  as células epiteliais conseguem
se refazer quando lesadas. As células do epitélio apresentam-se muito
unidas, umas as outras, restringindo e selecionando  a entrada de fluidos.
Qualquer erosão da córnea (ex: uso excessivo de LC, arranhão na córnea.) 
provoca muita dor pois as terminações dos nervos corneanos estão
colocados bem superficialmente. Este mecanismo de alerta é muito
importante para a defesa do órgão.
 
Ø A  membrana de Bowman  é uma zona acelular, localizada  abaixo do
epitélio, muito resistente a traumas  e que serve de barreira contra os 
micro-organismos.
 
 
Ø O estroma é a camada mais espessa da córnea que ocupa uma área de
90% da espessura total da córnea. É composto de  fibras de colágeno e
células.
O estroma depende da ação do epitélio e do endotélio para evitar
excessiva hidratação. Um edema ou lesão  nas fibras de endotélio, pode levar
a uma opacificação.
 
Ø A membrana de Descemet  encontra-se abaixo do estroma, e torna-se
mais grossa com a idade, devido a traumas e/ou inflamações no endotélio.
Sua função é a de resistir a penetração de micro-organismos.
 
Ø O endotélio,  é a última camada da córnea (a mais interna) .
Ele recebe oxigênio pelo humor aquoso e, sua maior função é servir como
bomba de água para a córnea, deixando-a  com uma hidratação adequada.
ÚLCERA DE CÓRNEA

É a situação patológica onde há uma erosão na córnea, causada por uma


infecção por bactérias, protozoários, fungos ou vírus, ou esta infecção
posteriormente a ação de uma substância química, produzindo uma área da
córnea sem epitélio, sua camada mais externa de cobertura.
São citados diversos fatores associados ao aparecimento de úlcera da
córnea nos usuários de lentes de contato, sendo que o principal é o uso
excessivamente prolongado, incluindo o hábito de dormir-se usando as
lentes. Manutenção inadequada e descuidos com a desinfecção podem
contribuir para o surgimento do quadro patológico. A patogênese, é
explicada pelos microtraumas e a hipóxia relacionados com a adesão das
bactéria mesmo nas lentes novas.
CERATOCONE

O ceratocone, ou córnea cônica é uma desordem não inflamatória ,


na qual existe uma modificação na espessura e formato da córnea,
geralmente bilateral (em ambas as córneas) e assimétrico.
A palavra ceratocone se deriva de duas palavras gregas :karato –
que significa córnea e konos – que significa cone.
Desta forna, como o próprio nome diz, no ceratocone a córnea
apresenta protuberância (como um cone) e afinamento, causando
embaçamento e distorção na visão.
NORMAL CERATOCONE
VIDEO
CERATOCONE
QUEM TEM CERATOCONE?
Existem algumas divergências nos dados que se referem as taxas de incidência
desta doença na população, mas acredita-se de uma forma geral que o ceratocone
acomete aproximadamente 5 em cada 10.000 pessoas.
Freqüentemente aparece entre os 15 e 40 anos, mas pode ocorrer também
mais precocemente; em alguns casos a partir dos 10 ou 12 anos.

COMO O CERATOCONE EVOLUI?


Geralmente evolui por um período de 10 a 20 anos. A evolução da doença pode
parar em qualquer fase, seja ela moderada ou severa. A forma de progressão é
variável, assim como a severidade.
Com a evolução da doença, aumentam os valores da curvatura corneana assim
como as distorções da córnea.
Apesar de normalmente ser bilateral a evolução da doença pode se dar de
forma diferente de um olho em relação ao outro. É comum o primeiro olho afetado
evoluir de forma mais severa.
QUAIS SÃO OS SINTOMAS?
Nas fases iniciais, a visão poderá ser afetada levemente, aparecendo
sintomas de fotofobia, irritações , ofuscamento, embaçamento e/ou
distorções moderadas.
No caso de evolução da doença e conseqüente maiores alterações da
córnea, a visão vai se tornando mais embaçada e distorcida como na figura
abaixo:
TRATAMENTOS E CUIDADOS
O tratamento no ceratocone tem por objetivo a obtenção de boa
acuidade visual para o paciente.
O tipo de tratamento a ser adotado vai depender do estágio de
evolução em que o ceratocone se encontra.
Pode-se adotar óculos, lentes de contato ou cirurgia . Isto vai
depender da severidade da condição do ceratocone.
Os óculos são utilizados com sucesso principalmente na fase inicial
do ceratocone, onde através do óculos pode-se obter uma visão
satisfatória.
Nesta mesma fase o paciente pode ainda optar com lentes de
contato hidrofílicas (gelatinosas) ou rígidas .
Porém , com o avanço do problema, os óculos e as lentes de contato
hidrofílicas passam a não proporcionar uma visão satisfatória. Neste ponto as
lentes rígidas poderão propiciar uma acuidade visual mais elevada para o
paciente.
O usuário destas lentes , deverá receber um acompanhamento rigoroso,
visto que o ajuste das lentes de contato no ceratocone pode não ser tão fácil,
podendo, no decorrer do tempo acontecer mudanças na curvatura corneana
ou outras alterações na superfície da córnea que necessite levar a realização
de ajustes na lente.
Assim sendo, o acompanhamento freqüente do médico oftalmologista é
fundamental.
DIFICULDADES NA ADAPTAÇÃO DA LENTE DE
CONTATO RÍGIDA NO CERATOCONE:

Córnea normal Ceratocone médio Ceratocone


avançado
LENTES DE CONTATO

São próteses transparentes, em forma de disco, destinadas a serem colocadas


sobre a CÓRNEA para a correção dos DEFEITOS DE REFRAÇÃO. Embora possam ser
utilizadas por razões estéticas, as lentes de contato, na verdade, apresentam muitas
vantagens sobre os óculos.

Quais os tipos de lentes de contato que existem?


Existem basicamente dois tipos de lentes de contato:
As lentes rígidas (gás-permeáveis ou não) são mais duráveis, mais fáceis de limpar,
corrigem quase todos os tipos de grau, e podem ser usadas simultaneamente com a
maioria dos COLÍRIOS. Entretanto, podem ser desconfortáveis durante o período de
adaptação e são mais fáceis de se deslocarem.
As lentes gelatinosas são confortáveis desde o primeiro dia de uso e
raramente se deslocam, porém proporcionam menor nitidez em alguns tipos de
ASTIGMATISMO, e apresentam maior facilidade para formação de depósitos,
contaminações e infecções (sua limpeza deve ser mais rigorosa). Depois de
realizado o exame, o oftalmologista terá os dados necessários para selecionar as
lentes mais indicadas em cada caso.
Onde as lentes de contato se encaixam?
A lente de contato sustenta-se na CAMADA LACRIMAL que cobre a
CÓRNEA, formando uma barreira que obstrui parcialmente o fornecimento de
oxigênio do ar para a córnea. Através do piscar, a PÁLPEBRA movimenta e
posiciona a lente de contato, permitindo a troca da camada lacrimal, que é
importante para fornecer oxigênio para a córnea e remover detritos. A lente de
contato modifica a convergência da córnea e faz a imagem formar-se nítida no
fundo de OLHO.
PTERIGIO
O pterígio é uma membrana fibro-vascular que cresce sobre a córnea. Esta
membrana é muito parecida com a conjuntiva, a qual é a membrana que recobre a
esclera (a parte branca do olho) e a parte interna das pálpebras. O pterígio
geralmente invade a córnea por seu lado nasal (lado voltado para o nariz), mas pode
ocorrer também do lado temporal (na direção da orelha) ou em outras localizações.

O crescimento do pterígio poderá prejudicar a visão por acarretar:


1) perda da transparência da córnea (o que se chama leucoma)
2) distorção da curvatura corneana (o que se chama astigmatismo).
Além de poder prejudicar a visão, o pterígio frequentemente causa ardência,
prurido (coceira), sensação de areia nos olhos, lacrimejamento, fotofobia
(desconforto com a luminosidade) e hiperemia ocular (olhos vermelhos).
VIDEO
CIRURGIA
PTERIGIO
PINGUÉCULA

Pinguécula é uma lesão amarelada e um pouco elevada que se forma no tecido


superficial à esclera (região branca do globo ocular) próximo à córnea. Tipicamente é
encontrada na área da abertua palpebral, justamente a área exposta aos raios
solares. Mais freqüente em pessoas de meia idade ou idosos que se expuseram ao
sol grande parte da vida, mas pode ser encontrada também em pessoas mais jovens
ou mesmo crianças.

Geralmente causa poucos sintomas. Quando a pinguécula se torna elevada pode


causar sensação de corpo estranho. Em alguns casos a pinguécula torna-se
inflamada, uma condição chamada de pingueculite. Irritação e vermelhidão ocular
ocorrem após exposição ao sol, natação, vento, poeira ou condições de
ressecamento.
HERPES OCULAR

Herpes ocular é uma infecção no olho causada pelo vírus do herpes


simples (HSV) do tipo 1, o mesmo que é responsável pelo herpes labial.
Diferente do vírus tipo 2 (causador do herpes genital) e do vírus do herpes
zóster, ele  pode ser transmitido pelo contato direto com gotículas de saliva ou
da secreção nasal ou com o conteúdo líquido das lesões no lábio e na face de
um portador da infecção.
Em geral, as principais manifestações da doença são unilaterais, isto é,
aparecem apenas em um dos olhos. Elas podem incidir na pálpebra, sob a
forma de pequenas vesículas que, depois de duas semanas secam e criam
crostas; na conjuntiva, com sintomas semelhantes aos da conjuntivite
provocada por outros vírus, bactérias ou fungos; e na córnea (ceratite
herpética), a mais grave, porque pode provocar uma inflamação recorrente e a
formação de úlceras e de cicatrizes que podem levar à perda progressiva da
visão, se a doença não for tratada a tempo.
Fatores de risco
A maior parte das pessoas já foi infectada pelo vírus do herpes que se
instala na raiz nervosa e ali permanece latente, silencioso. Nessa primeira
infecção, raramente aparecem as manifestações clínicas da doença. No entanto,
elas podem surgir com a exposição a certos fatores de risco, tais como: viroses,
baixa de imunidade, exposição excessiva ao sol, febre, traumas, distúrbios
odontológicos e pós-cirúrgicos, estresse físico e emocional, aids.

Sintomas
Os sintomas característicos do herpes ocular são olho vermelho e
lacrimejante, dor ocular, visão turva, ardência, fotofobia, edema, sensação de
corpo estranho nos olhos.
CONJUNTIVITE

A conjuntivite é uma doença infecciosa e transmissível caracterizada por secreção


ocular, prurido (coceira) e olho vermelho. Geralmente os paciente acordam com os
olhos "grudados" e ainda se queixam de sensibilidade a luz (fotofobia).  É uma doença
auto-limitada, ou seja, tem duração em torno de 7 dias, mas pode durar mais tempo
dependendo da intensidade de doença.
Por se tratar de uma doença transmissível é aconselhável o afastamento social e
do trabalho até a recuperação clínica. Deve-se tomar o cuidado com a higiene pessoal
e principalmente com as mãos já que são os principais meios de contaminação. A
conjuntivite não é transmissível pelo ar, portanto não se transmite olhando para os
olhos de quem está contaminado, mas sim através do seu contato físico.
Recomendações
* Evite aglomerações ou freqüentar piscinas de academias ou clubes;
* Lave com freqüência o rosto e as mãos uma vez que estas são veículos importantes
para a transmissão de microorganismos patogênicos;
* Não coce os olhos;
* Aumente a frequência com que troca as toalhas do banheiro ou use toalhas de papel
para enxugar o rosto e as mãos;
* Troque as fronhas dos travesseiros diariamente enquanto perdurar a crise;
* Não compartilhe o uso de esponjas, rímel, delineadores ou de qualquer outro
produto de beleza.
TRANSPLANTE DE CÓRNEA

Transplante de córnea é um procedimento cirurgico no qual uma córnea


lesionada ou com doença é substituída por outra de um doador.
O transplante de córnea é a mais comum modalidade de transplante de
tecidos. Nos Estados Unidos são feitos cerca de 35.000 transplantes de córnea
por ano, com sucesso de 90% em casos de bom prognóstico. No Brasil, o número
de transplantes é ainda pequeno (mais ou menos 3.000/ano).
Indicação
Esse tipo de cirurgia é indicado quando existe a perda da integridade da córnea,
opacidade central da córnea, curvatura anormal da superfície da córnea, que não
possa ser corrigida por lentes de contato infecção que não responde ao tratamento
clínico. Normalmente os tipos de anestesias que podem ser a geral ou local,
dependendo da idade, cooperação do paciente e das condições do olho. A anestesia
geral é obrigatória em recém nascidos, crianças e adultos que não cooperam.

Qualquer pessoa, ou melhor qualquer um que tenha a


córnea sadia pode ser doador. Não há limite de idade. O
uso de óculos não impede a doação.
Transplante
O transplante é uma cirurgia que troca a porção central da córnea doente
por uma córnea sadia doada. A nova córnea é fixada com um fio especial mais
fino que um fio de cabelo, com o auxílio de um microscópio cirúrgico.
Para exemplificar um transplante de córnea, é como voltarmos ao
exemplo de um relógio, se o vidro estiver embaçado fica difícil enxergar o
mostrador. Para podermos usá-lo, é necessário substituir o vidro por outro
transparente. Da mesma forma, o transplante só está indicado quando o
problema for na córnea. Isto pode acontecer por diferentes motivos, ou seja,
por alguma doença adquirida, por um defeito de nascimento ou por um
ferimento. Em tais situações, a visão fica prejudicada e não é possível melhorá-
la com uso de óculos. Só a troca da córnea doente por outra sadia e
transparente pode melhorar a visão.

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