Aula 07 Pfi 2022

Fazer download em pptx, pdf ou txt
Fazer download em pptx, pdf ou txt
Você está na página 1de 30

PROJETO DE FÁBRICA E

INSTALAÇÕES
INDUSTRIAIS
PROF. ME. ENG. LUCAS M. SATO
CRONOGRAMA
Proj. de Fábrica e Inst. Industriais
Quarta-Feira
10/ago
17/ago
24/ago
31/ago
07/set Feriado
14/set
21/set PALESTRA
28/set PROVA B1
05/out
12/out Feriado
19/out
26/out
02/nov FERIADO
09/nov
16/nov SEMANA DE CURSO
23/nov PROVA B2
30/nov
TRABALHO
• Apresentar o Layout de uma UP, contendo as informações:
• Recursos (transformação, movimentação e controle)
• Processos (produção escolhida. Obs.: não há necessidade de detalhar
maquinários, somente alocação na instalação)
• Clientes
• Apresentar um layout proposto.
• Data: 09/11
• Quantidade de alunos: 1 a 2
• Pontuação: 1500 de nota de Trabalho e 2000 de Nota de Avaliação B2
Conceito de layout
De acordo com Neumann e Scalice (2015), o layout de uma fábrica
depende das seguintes variáveis:
•Produto – refere-se às características do produto que é fabricado,
como sua natureza (bem ou serviço).
•Processo de fabricação – envolve os detalhes dos processos e
também recursos e tecnologia que estão associados.
•Volume de produção – influencia o tamanho da fábrica e a
quantidade de recursos de transformação.
A interação entre essas variáveis é que influenciará a definição do
layout.
Tipos tradicionais de layout
a) Posicional
Aplicações como construção naval, manutenção de computadores
mainframes, construção de rodovias, grandes pontes rolantes são
exemplos de situações em que a movimentação de fluxo não é do
produto, mas sim dos recursos que são necessários para realizar os
processos de fabricação ou prestação de serviços.
Portanto, as máquinas, equipamentos e operadores é que se somam à
matéria-prima para se deslocarem até o produto que está sendo
processado
Nesse tipo de layout é necessário deslocar mão de obra e máquinas, mais equipamentos,
o que acarreta custo elevado, pois os recursos são utilizados de forma ineficiente, mas não
há outra alternativa por causa da impossibilidade de deslocar o produto.
Tipos tradicionais de layout
b) Por produto
Trata-se de aplicações que envolvem linhas de montagem de veículos,
alimentação self-service, campanhas de vacinação, entre outros. Nessas
linhas verifica-se que o objetivo é a alta produtividade em que os
produtos movimentam-se na linha até sua conclusão final.
Caracterizam-se por manterem os equipamentos e recursos humanos
fixos em postos de trabalho. As operações realizadas em cada posto
são repetitivas.
As principais vantagens desse layout são as elevadas taxas de produtividade, possibilidade de implantação de elevado
nível de automação, uma vez que as tarefas são repetitivas, minimização do tempo de setup das máquinas,
diminuição da necessidade de mão de obra especializada, possibilidade de uso de máquinas dedicadas para
operações repetitivas. O principal aspecto negativo é que esse layout é pouco flexível e não tolera mudanças nas
especificações dos produtos que estiverem sendo fabricados. Outro problema é que essas linhas precisam ser
fortemente sincronizadas e a falha de operação de um equipamento provoca a interrupção da linha de produção.
Tipos tradicionais de layout
c) Por processo
Também chamado de layout funcional, caracteriza-se por ser separado
em departamentos, cada um com uma determinada função a ser
executada. Dessa forma, os produtos visitam os departamentos
conforme os processos que precisam sofrer para serem fabricados.
O volume de produção passa a ser baixo, enquanto a variedade de
produtos é elevada. Outra denominação desse tipo de layout é job
shop.
Os departamentos têm máquinas com a mesma função.
O desafio nesse tipo de layout é definir a vizinhança entre os departamentos. O critério
que pode ser utilizado consiste em manter mais próximos os departamentos que são mais
utilizados. Dessa maneira, procura-se diminuir o tempo gasto em fluxos de
movimentação.
Tipos tradicionais de layout
d) Celular
Esse layout procura conjugar flexibilidade com alta produtividade. Para
isso, são montadas células de produção que consistem em arranjos
físicos com máquinas que são capazes de processar um determinado
conjunto de peças que apresentam similaridades em seus processos de
fabricação. Esse conjunto de peças é denominado família de peças.
Dessa forma, as células são capazes de fabricar lotes de peças com
produtividade maior do que aquela obtida no layout do tipo job shop.
O êxito das células está em agrupar os produtos em famílias de forma adequada. Para isso, costuma-
se utilizar a técnica denominada Tecnologia de Grupo, comumente aplicada para a formação de
células de manufatura.
Para se decidir a respeito de um determinado layout, deve-se ter como
diretrizes:

1. Minimizar manipulação de materiais.


2. Minimizar deslocamento dos clientes.
3. Minimizar deslocamento dos funcionários.
4. Otimizar vizinhança entre departamentos que mais interagem.
5. Obedecer às normas de segurança.
Respeitando essas diretrizes, existem situações importantes que descrevem
possíveis comportamentos associados aos sistemas produtivos que indicam a
tendência por:

• Volume baixo e variedade alta – como o volume é baixo, o fluxo é baixo e o


impacto em aperfeiçoá-lo será pequeno. Nesses casos, a indicação é de layout
posicional.
• O volume crescente e a variedade decrescente – nesse caso, basta um arranjo
físico funcional dividido por departamentos.
• Volume médio e variedade média – podem ser organizados agrupamentos por
similaridade em células.
• Volume alto e variedade baixa – nesse caso, o fluxo deve ser elevado e teremos
arranjo físico em linha.
Ferramentas para projeto de layout
PERT/CPM (Project Evaluation and Review Technique/Critical Path Method)
Para projetos de grande porte, pode-se utilizar a técnica PERT/com, que se baseia nos
seguintes conceitos:
• Caminho crítico – corresponde ao caminho de atividades que precisam ser executadas.
Ele é o mais demorado, portanto, se acontecer algum imprevisto nesse caminho, isso
provocará um atraso. Por isso, esse caminho é chamado de crítico.
• Folga – é o intervalo de tempo de atraso que é permitido, de tal forma que não
comprometa o tempo associado ao caminho crítico.
• Prazo esperado – para cada atividade estima-se o tempo pessimista (TP), que é o
máximo necessário para se realizar uma atividade; estima-se o tempo mais provável
(TMP), que é o tempo normal de operação sem imprevistos; e o tempo otimista (TO), que
corresponde ao comportamento ótimo do sistema. Nesse contexto, a fórmula para
cálculo do tempo esperado (m) será:
TP-Tempo Pessimista: é o máximo necessário para se realizar uma
atividade
TMP-Tempo Mais Provável: é o tempo normal de operação sem
𝑇𝑃 + 4. 𝑇𝑀𝑃+ 𝑇𝑂 imprevistos
𝑚=
6
TO-Tempo Otimista: é o comportamento ótimo do sistema
Esse método utiliza diagramas de rede em que cada círculo representa uma atividade
e as setas estabelecem uma relação de precedência entre elas. Cada atividade é
representada por um círculo e identificada por um número. Por sua vez, os números
fora do círculo representam os tempos m de cada atividade.
Para a elaboração do diagrama de rede há um procedimento simples que pode ser
adotado:
• Liste as tarefas em uma tabela.
• Defina os pré-requisitos de uma com relação às outras.
• Estabeleça os tempos m de cada atividade.
A partir desses dados pode-se implementar sistematicamente os diagramas de rede,
começando pelas atividades que não têm pré-requisito.
1>3>4>8 que totaliza 16 min.

1>2>4>8 que totaliza 21 min.

1>5>6>8 que totaliza 15 min.

7>8 que totaliza 14 min.


GRÁFICO DE GANTT
O gráfico de Gantt ou diagrama de Gantt é uma ferramenta visual
utilizada para controlar e gerenciar o cronograma de atividades de um
projeto. Com ele, é possível listar tudo que precisa ser feito para
colocar o projeto em prática, dividir em atividades e estimar o tempo
necessário para executá-las.
EXEMPLO: PRODUÇÃO DE UMA APOSTILA
ATIVIDADE DEFINIÇÃO DURAÇÃO
A DEFINIÇÃO DO ESC 1
B PESQUISA BIBLIOGRÁFICA 4
C TEXTO PRELIMINAR 2
D DIGITAÇÃO 2
E ILUSTRAÇÕES/DESENHO 3
F REVISÃO 2
G CORREÇÃO E IMPRESSÃO 2
Balanceamento
Nas produção em linha ou em células, o desafio está em se definir
quantas estações de trabalho serão necessárias para realizar a capacidade
produtiva planejada.
Para isso, será necessário definir as operações que serão realizadas em
cada estação e a produtividade requerida para cada uma delas.
De acordo com cada sistema produtivo, será necessário determinar qual o
número adequado de estações de trabalho para atender à demanda
planejada, ou então, aumentar a eficiência das estações de trabalho
operantes.
Os parâmetros básicos que são calculados para o balanceamento são os
seguintes:
TC = Tempo de Ciclo

Fornece o período de tempo entre dois itens consecutivos que foram fabricados.

𝑃𝑒𝑟 í 𝑜𝑑𝑜 𝐷𝑖𝑠𝑝𝑜𝑛í 𝑣𝑒𝑙 𝑃𝑎𝑟𝑎 𝐹𝑎𝑏𝑟𝑖𝑐𝑎𝑟


𝑇𝐶=
𝑄𝑡𝑑 𝑒𝑥𝑖𝑔𝑖𝑑𝑎 𝑛𝑜𝑝𝑟𝑜𝑐𝑒𝑠𝑠𝑜

Nmin = Número mínimo de estações

Determina o número mínimo de estações para o processamento dos itens a serem


fabricados
𝑁𝑚𝑖𝑛=
∑ 𝑇𝑖 Ti = Tempo de processamento do ítem
𝑇𝐶
Ef = Eficiência do balançeamento

Fornece o período de tempo entre dois itens consecutivos que foram fabricados.

𝑁𝑚𝑖𝑛 NR=Número real de operadores, valor resultante de


𝐸𝑓 =
𝑁𝑅 Nmin sempre para o valor inteiro superior
Diagrama P-Q, curva ABC e diagrama de
processos
O diagrama P-Q (produto-quantidade) ou P-V (produto-volume)
representa como varia a quantidade produzida em função dos produtos
fabricados. Dessa forma, pode-se ter uma noção de prioridade no
momento de definir o layout para a produção dos diferentes produtos
Quando houver a necessidade de detalhar os processos, podem ser utilizados
diagramas de processos. Quando for necessário representar múltiplos processos
associados à fabricação de diferentes produtos ou atendimentos a serviços
diversificados, existe uma ferramenta denominada carta multiprocesso.

• É possível otimizar
processos de fabricação.
• Permite a visão global dos
processos simultâneos.
EXEMPLO:
Uma linha deve produzir 800 peças em 6 horas de trabalho. Neste caso, o tempo de
ciclo será de 6 horas x 60 minutos / 800 = 0,45 minuto/peça, ou seja, a cada 0,45
minuto a linha deverá produzir uma peça para que se alcance a produção de 800 peças
no final do dia.
CURVA ABC

Uma ferramenta tradicional é a curva


ABC, que pode ser associada aos gráficos
P-V. Aplica o princípio de Pareto ou 80-
20, em que os itens são divididos em três
grupos:
• Grupo A – corresponde a até 20% dos
itens que respondem por 80% do volume
de produção.
• Grupo B – corresponde a 30% dos itens
que respondem por 15% do volume de
produção.
• Grupo C – corresponde a cerca de 50%
dos itens que respondem por 5% do
volume de produção.

Você também pode gostar