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Disciplina: Projeto

Integrador e Práticas de
Entrevista na Clínica
Curso: Psicologia
6º Termo
Aula 02

Profa Alessandra Matias


• A entrevista é o principal instrumento utilizado
pelos profissionais de saúde mental para a
execução do psicodiagnóstico. Apesar de
Entrevista aparentar ser um instrumento de fácil utilização,
já que ela se assemelha a uma simples conversa,
em a entrevista psicológica é um instrumento
Psicologia complexo que possui objetivos e etapas
específicas (SERAFINI, 2016).
• Dalgalarrondo (2019) indica que a
complexidade da entrevista se dá em razão dos
seguintes fatores: o paciente, o contexto
institucional, o objetivo da entrevista e a
personalidade do entrevistador.
• Cada paciente é único, sua
subjetividade, seu estado psíquico
no momento da entrevista e sua
capacidade cognitiva influenciam a
maneira como o psicólogo
avaliador irá conduzir a entrevista
(DALGALARRONDO, 2019).

• Um paciente tímido e introspectivo,


por exemplo, necessitará de um
O Paciente entrevistador mais ativo; já um
paciente que esteja precisando
desabafar precisará de um
entrevistador mais comedido que
esteja disposto a escutá-lo
pacientemente
O contexto institucional também é
uma variável importante.
Dependendo se a entrevista ocorrer
A instituição em ambulatório, Centro de Atenção
Psicossocial, enfermaria ou
de consultório particular, o profissional
Atendimento lidará com diferentes demandas e
instrumentos, e também terá que
dedicar diferentes quantidades de
tempo para a condução da entrevista,
de acordo com o contexto
institucional.
A personalidade do entrevistador é
igualmente um fator significativo.

Alguns profissionais são mais


O Psicólogo temperados e conseguem conduzir
uma entrevista realizando poucas e
precisas perguntas, enquanto outros
são mais expansivos e necessitam
dialogar de maneira mais ativa com o
paciente para coletar as informações
necessárias.
O objetivo da entrevista, que pode envolver a
realização de diagnóstico clínico, pesquisa,
Um processo finalidades forenses ou trabalhistas, entre
tantas outras.
de entrevista
pode ter Serafini (2016) adverte que é de suma
várias importância que o psicólogo saiba o foco e o
motivo da avaliação psicológica que ele
finalidades realizará. Serafini (2016) revela que as
primeiras informações fornecidas pela fonte de
encaminhamento ou pelo paciente
costumeiramente não são suficientes para o
esclarecimento do objetivo do
psicodiagnóstico.
Um processo As entrevistas preliminares são essenciais para
de entrevista a delimitação clara e precisa do objetivo do
psicodiagnóstico. É interessante que o
pode ter psicólogo avaliador entre em contato com o
várias profissional que encaminhou o pedido, sendo
que este pode ser um psiquiatra, nutricionista,
finalidades fonoaudiólogo, médico de outras
especialidades, etc.
▪ História de vida
▪ Etapas do desenvolvimento
neuropsicomotor (em caso de
crianças)
▪ Queixa – motivo da consulta
▪ Queixas secundárias
Dados ▪ Possíveis diagnósticos ou
Importantes tratamentos de saúde anteriores
▪ Medicamentos em uso
▪ Relações afetivas
▪ Relações sociais
▪ Trabalho e estudo
A idade do paciente indicará de qual
forma o psicólogo irá proceder nessas
primeiras entrevistas.
Caso o paciente seja adulto, pode-se
entrar em contato direto com ele; caso
seja adolescente, é recomendado que a
A idade do primeira entrevista seja feita com ele e,
em seguida, com os pais – ou vise e
paciente versa - .
Já no caso de criança, é sugerido que o
profissional entreviste os pais antes de
entrevistar a criança.
Segundo Dalgalarrondo (2019), um
primeiro contato exitoso é capaz de
construir um vínculo de confiança entre o
O primeiro profissional e o paciente, e também de
contato proporcionar esperança em relação ao seu
sofrimento.
Como a linguagem não verbal ocupa um
lugar importante na primeira impressão do
paciente, o profissional deve estar atento à
sua postura, suas vestimentas e tom de sua
voz.
O mesmo autor sugere que o psicólogo
avaliador inicie a primeira entrevista se
apresentando e que assegure o caráter
O primeiro sigiloso da conversa.
contato Já Serafini (2016) indica que é
necessário perguntar ao paciente se ele
tem dúvidas sobre como funciona um
psicodiagnóstico e esclarecer a razão que
motivou a avaliação psicológica.
COMUNICAÇÃO VERBAL

▪ Cordialidade e educação
Posicionamento ▪ Falar na norma culta – sem gírias ▪
Profissional Evite palavras técnicas
▪ Comunique-se de maneira
inteligível
▪ Seja natural
COMUNICAÇÃO NÃO VERBAL
▪ Coloque-se de modo acolhedor ▪
Evite contato físico desnecessário ▪
Posicionamento Se a crianças lhe ofertar a mão, não
tem problema segura-la
Profissional ▪ Vista-se adequadamente, como um
profissional de saúde – isto diz da
sua postura não verbal
▪ Evite posturas, vestimentas ou
comportamentos que possam te
descredibilizar
Em casos de entrevista iniciais com
crianças é necessário que o profissional
entreviste primeiramente o pais antes de
Entrevista entrevistar a criança.
inicial a criança
como paciente A entrevista com os pais objetiva tanto a
coleta de informações sobre a criança
quanto a construção de um vínculo com
eles.
O psicólogo poderá sanar as dúvidas dos
Entrevista pais em relação à avaliação psicológica a
inicial a criança que o seu filho será submetido, e também
poderá se informar sobre a queixa deles em
como paciente relação ao comportamento do filho, além de
se informar sobre o temperamento da criança
e como eles percebem sua capacidade de
aprendizagem e de comunicação.
A entrevista psicodiagnóstica com
Entrevista inicial crianças ocorre de maneira distinta
daquela com adultos, uma vez que a
a criança como criança teria dificuldades de se expressar
paciente unicamente pela linguagem oral.
Dessa maneira, a entrevista com crianças
é uma modalidade específica de
entrevista, chamada de entrevista lúdica
(KRUG; BANDEIRA; TRENTINI,
2016).
A entrevista lúdica tem como sua base
teórica a psicanálise, e os trabalhos de
Sigmund Freud, Melanie Klein e Anna
Freud foram decisivos para a criação dessa
Criança é modalidade de entrevista.
Ludoterapia Esses autores postularam que a principal
forma de investigar o funcionamento
psíquico de uma criança é por meio de
brincadeiras e jogos, ou seja, a criança
comunica suas representações psíquicas e
suas fantasias inconscientes por meio de
brincadeiras.
Eles compreendem que a entrevista lúdica
psicodiagnóstica se situa como uma primeira
etapa do psicodiagnóstico. Dessa maneira,
outras fontes de informações, tais como a
entrevista com os pais, eventualmente com os
Criança é professores, a entrevista familiar e os testes
projetivos e psicométricos, complementam os
Ludoterapia dados clínicos oriundos da entrevista lúdica.
A entrevista lúdica se mostra um instrumento
muito eficaz para a percepção das relações
objetais, das defesas predominantes e das
ansiedades, para assim poder avaliar as
representações dos conflitos básicos infantis.
Brincar é a via de Isso se dá porque a associação livre —
comunicação o principal material de trabalho da
infantil psicanálise — da criança é o brincar.
COSTA, Victor de Jesus S.; FIGUEIREDO, Laura
C.; FREITAS, José Fernando Ribeiro de; et al.
Referência Fundamentos das psicopatologias e do
psicodiagnóstico. [Digite o Local da Editora]

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