Apresentação Da AVALIAÇÃO E MATRIZ

Fazer download em pptx, pdf ou txt
Fazer download em pptx, pdf ou txt
Você está na página 1de 43

AVALIAÇÃO

O CONCEITO DE AVALIAÇÃO

Vejamos por exemplo, o caso de alunos(as) que no fim de um trimestre


realizam uma prova de frequência e o(a) professor(a) faz a
classificação e publica os resultados; isto será avaliação ou medição?

Em primeiro lugar qualquer prova constitui um instrumento de medida.


Em segundo lugar, a medição é parte integrante da avaliação caso sirva
de base para a formulação de juízos de valor com vista à tomada de
decisões.
Qual é a diferença entre a medição e a avaliação?

Quando se aplicam provas com o objectivo de classificar,


seleccionar e certificar os(as) alunos(as), é evidente que não
estamos a avaliar.
Avaliamos quando, para além desses objectivos, acrescenta-se outro
de extrema importância para o processo de ensino-aprendizagem que
é o de orientá-lo mediante formulação de juízos de valor que levem
à tomada de decisões.

Avaliar é a formulação de juízos de valor e tomada de decisões na base de


informações recolhidas sistematicamente.
CONCEITO DE AVALIAÇÃO, continuação ….
Avaliação, ainda, define-se como um processo de recolha e interpretação
sistemática de informações que implicam juízos de valor, com vista à
tomada de decisões. Beeby

a) Recolha porque implica o uso de instrumentos e técnicas de


avaliação sobre o objecto de avaliação.
b) Informações porque reflectem o objecto e o sujeito da avaliação;
sobre quem ou sobre o quê.
c) Juízos de valor porque é o momento da apreciação fundamentada
sobre as informações recolhidas, critérios.
d) Decisões porque justificam a razão da recolha de informações,
funções.
Essas decisões têm a ver com o aluno, professor, materiais
pedagógicos, gestão escolar, enfim, com o processo todo e
não só com alguns componentes do mesmo.
Foi nesta base que se elaboraram os novos sistemas de
avaliação das aprendizagens no âmbito da Reforma Educativa;
quer dizer, permitir a realização de uma avaliação que visa
contribuir para melhoria da qualidade do processo de ensino e
aprendizagem.
TIPOS DE AVALIAÇÃO

INICIAL FORMATIVA FINAL


DIAGNÓSTICA PROCESSUAL INTEGRAL

CONHECER E CONHECER E CONHECER E


VALORAR VALORAR VALORAR
CONTEÚDOS OTRABALHO E RESULTADOS
PRÉVIOS AVANÇOS FINAIS
DO PARTICIPANTE

REORIENTAÇÃO E MELHORIA
DAS ACÇÕES NO
PROCESSO DE ENSINO APRENDIZAGEM

6
AVALIAÇÃO DIAGNÓSTICA OU INICIAL

Esta modalidade realiza-se no início de novas aprendizagens ( de


um tema, de um sub tema, de um trimestre, do ano lectivo) com a
intenção de se constatar o domínio de pré requisitos por parte
dos(as) alunos(as); isto é, os níveis de conhecimentos ou aptidões
indispensáveis à aquisição de outros que deles dependem. Em
suma, trata-se de conhecer o nível inicial de conhecimentos e ou de
aptidões dos(as) alunos(as) que permitirão estabelecer a ponte com
os novos conhecimentos a adquirir no tema, no sub tema, no
trimestre ou classe que começam a frequentar.
AVALIAÇÃO FORMATIVA

Os resultados desta avaliação permitem ao(a) aluno(a) fazer a


autoavaliação das suas aprendizagens e ao(a) professor(a), conhecer
os pontos fracos e fortes de cada um(a) dos(as) seus(suas) alunos(as).
A avaliação contínua serve de conselheira na tomada de decisões
sobrepossíveis ajustamentos a introduzir no currículo, nas metodologias
de ensino, na relação professor(a)/aluno(a), na maneira do(a) aluno(a)
fazer o seu auto-estudo, etc.. Por isso, ela é de realização obrigatória
em todas as nossas aulas.
AVALIAÇÃO SUMATIVA

A avaliação sumativa é uma modalidade direccionada para a


avaliação dos resultados do processo de ensino-aprendizagem
com vista à classificação e à certificação de conhecimentos e
competências adquiridas, capacidades e atitudes desenvolvidas
pelo(a) aluno(a) durante a efectivação do currículo; por isso, realiza-
se no fim do ciclo de aprendizagem, no fim de cada trimestre e no
fim de cada ano lectivo. Ex. provas do(a) professor(a), às provas de
escola e aos exames finais.
PRINCIPIOS DE AVALIAÇÃO

1. Ser coerente - defender a necessidade da existência da, sintonia


entre a Avaliação e as outras componentes do currículo, isto é, os
objectivos, os conteúdos, os meios e métodos de ensino utilizados;
2. Ser integral - dirigir-se tanto aos conhecimentos, quanto às
capacidades e as atitudes/valores;
3. Contribuir para a aprendizagem - não limitar-se a medir o que o
aluno sabe mas gerar novas situações de aprendizagem; isto é, dar a
possibilidade de aplicar os conhecimentos na resolução de situações
desconhecidas;
4. Ter carácter positivo – valorizar o que o aluno já sabe e é capaz
de fazer em cada momento; quer dizer, estimular os avanços na
aprendizagem;
5. Ser diversificada – apontar para a necessidade da utilização de
técnicas e instrumentos de Avaliação múltiplos e diferenciados;
6. Ser transparente – anular o secretismo a que a Avaliação se
encontra tradicionalmente associada, permitindo que os alunos
tenham acesso ao que se espera deles e conheçam os parâmetros e
critérios de classificação a utilizar ou utilizados.
Para qué a • Diagnósticar o
avaliação? desenvolvimento e tendências
do processo.

• Identificar as carácterísticas
Constatar o grau de pessoais, ritmos e estilos de
aproximação ao aprendizagem.
alcance do objetivo e • Orientar o P.E.A e melhorar
solução do problema sua qualidade
do P.E.A
• Assegurar o êxito do P.E-A e
evitar o fracasso.
 O processo de formação do
estudante (instrutivo, educativo,
desenvolvedor)

 A dimensão administrativa ou
O que se gestão do processo docente
avalia no educativo (desempenho de
P.E.A? dirigentes e docentes.

 A eficácia dos métodos


pedagógicos, textos, materiais
empregados.

 A direção do curriculum
(planeamento, organização,
execução e controlo)
Contínua

Integral Instrutiva

Sistemática
Como deve ser

Funções
a avaliação? Flexível Educativa

Interpretativa

Participativa Desenvolvedora

Formativa
FUNÇÃO DA AVALIAÇÃO

Permite delimitar o nivel e potencial de aprendizagem através


de:
 Exploração
 Diagnóstico
 Pronóstico (previsão)
 Motivação e implicação
 Orientação
 Promoção e acesso de resultados quantitativos ou
qualitativos.
 Recurso para a individualização
 Caracterização da aprendizagem

14
PROCESSO METODOLÓGICO DA AVALIAÇÃO

QUEM?
DEFINIR PARA QUÊ ?
PROPÓSITO
O QUÊ?

OBJECTO
ELABORAR PLANO CRITÉRIOS
TÉCNICAS E INSTRUMENTOS
QUANDO - CRONOGRAMA

EXECUTAR APLICAÇÃO
PLANO ORGANIZAÇÃO
ANÁLISE INF.

AVALIAR O PROCESSO
DE AVALIÇÃO
ALGUNS PROCEDIMENTOS PRÁTICOS PARA A
AVALIAÇÃO CONTÍNUA DAS APRENDIZAGENS

Para uma efectiva utilização da avaliação contínua, é preferível o


uso de perguntas escritas no início ou no fim da aula, de perguntas
orais no início, durante ou no fim da aula, a orientação e correcção
dos trabalhos de casa, a realização dos trabalhos em pequenos
grupos e a observação individualizada do desempenho de cada
um(a) dos(as) alunos(as) ou grupo de alunos ou ainda de alunos
seleccionados.

Para se evitarem subjectividades e injustiças na classificação dos


conhecimentos dos(as) alunos(as), por um lado e a perca de tempo
por outro, sugere-se que não faça um número elevado de
perguntas escritas. Nesta base, para a avaliação contínua no início
ou no fim da aula, o(a) professor(a) deve fazer não mais do que
duas perguntas escritas para todos os alunos.
CONTINUAÇÃO

Todas as perguntas escritas feitas aos(as) alunos(as) devem ser


necessariamente corrigidas na sala de aulas para que cada aluno(a)
tenha a oportunidade de conhecer a resposta certa e,
consequentemente, os seus pontos fortes e fracos, conforme o caso.
Para as perguntas orais, em função do tempo, o(a) professor(a)
pode, com uma mesma pergunta, avaliar os conhecimentos de mais
de um aluno desde que opte pela seguinte metodologia, por
exemplo, em matemática: António, qual é o antecessor do número
15? Pedro concorda com a resposta do António? Porquê?
Lembre-se porém de que, o tempo de cada aula é limitado, por isso,
deve saber geri-lo.
PARTE IV

PROVAS
A PROVA COMO INSTRUMENTO PARA A AVALIAÇÃO DAS
APRENDIZAGENS

As Provas são instrumentos ou ferramentas constituídas por um conjunto


de perguntas ou exercícios que avaliam principalmente o nível de
conhecimentos que os alunos vão adquirindo ou adquiriram ao longo do
ano ou anos lectivos.

A qualidade das perguntas ou exercícios determina a qualidade das provas.


Nem todos sabemos elaborar boas provas; mesmo assim, os que sabem
elaborá-las, reconhecem que as provas não avaliam todos os talentos
do aluno porque alguns exigem, por exemplo, observação e não apenas
perguntas e respostas.

As provas podem ser; escritas, orais ou práticas. Mas qualquer que seja o
tipo de prova, a sua construção obedece a um conjunto de normas.
RECOMENDAÇÕES PARA O DESENVOLVIMENTO DAS PROVAS

 Precise os objectivos
 Use linguagem clara e sensível
 Asegure-se que a gramática seja correcta tanto nas perguntas
como nas possíveis respostas.
 Enuncie o problema com clareza e em forma completa
 Descarte perguntas que encerra algum tipo de controversia.
 Assegure-se que as respostas incorretas não sejam pela má
formulação das pergunta
 Proporcione instrucções claras para cada tipo de pregunta

20
 As perguntas devem superar o nível de memória ou recordar
unicamente informação.
 Utilize material inovador ao formular problemas que intentem
avaliar a compreensão, capacidade de aplicação de definições,
princípios ou procedimentos.

 Ponha tudo o que precise o enunciado para que as alternativas sejam


o mais breves possivéis.
 Assegure-se de que exista uma só resposta que seja a correta ou
evidentemente a melhor.
 Planifique o tempo requerido

21
FASES DE CONSTRUÇÃO DE UMA PROVA:
a) Definir objectivos e seleccionar os conteúdos que serão objecto de avaliação;
b) Seleccionar material de suporte, se for caso disso;
c) Definir a estrutura da prova;
d) Fixar o tempo de execução da prova,
e) Fixar o formato e o número total de perguntas, tendo em conta, nomeadamente:
 os tipos de perguntas;
 a natureza dos conteúdos a serem avaliados;
 o grau de dificuldades das perguntas;
f) Definir os pesos relativos a cada objectivo à avaliar;
g) Determinar o grau de rigor relativamente a cada pergunta;
h) Construir as perguntas;
i) Construir a correcção modelo e os critérios de classificação de cada pergunta;
j) Resolver a prova(se possível por outra pessoa)
k) Proceder a eventuais reajustamentos.
l) Elaborar as instruções de aplicação.
Continuação …
Para além disso, é necessário ainda ter em conta o seguinte; tipo de
perguntas a que habituamos o aluno durante as aulas; utilização de uma
linguagem flexível, isto é, palavras que os alunos conhecem para que
entendam sem dificuldades; elaboração da prova com perguntas desde as
mais fácies as mais complexas(que exigem maior reflexão do aluno), tendo
sempre em conta os níveis de desenvolvimento e compreensão dos
alunos, perguntas de reprodução(que exigem repetição de definições por
exemplo) e de aplicação(que exigem interpretação aplicando definições
para se chegar à resposta); evitar a interdependência das perguntas e a
utilização de perguntas ambíguas; o mesmo conteúdo não deve ser
questionado mais de uma vez na mesma prova; etc.
TIPOS DE PERGUNTAS

a) Perguntas de resposta curta:


Consistem em questões simples e sem ambiguidades, das quais se
esperam respostas breves e claras. Esse tipo de perguntas serve
essencialmente, para avaliar os conhecimentos do aluno sobre
conceitos, leis, teoremas, métodos ou procedimentos, fenómenos,
propriedades ou características de um objecto de estudo, etc.
Vejamos alguns exemplos:
i. Quem foi o primeiro Presidente de Angola?
ii. Quantos lados tem um quadrado?
iii. Qual é a fórmula para calcular o volume de um cilindro?
iv. Qual é a capital da República de Angola?
b) Perguntas de completamento : 

Essas perguntas são elaboradas de forma tal que o aluno preenche os


espaços vazios, em função do conteúdo das frases.

São exemplos desse tipo de perguntas, as seguintes:

1. O número 1 é o sucessor do número ____.

2. O mês de Janeiro tem ____dias.

3. A cidade de Benguela situa-se no ______ de Angola.

4. Complete a seguinte equação química:

C(s) +____ = CO2(g)


c) Perguntas de verdadeiro e falso :

Consistem num conjunto de afirmações verdadeiras(correctas) e


falsas(incorrectas) sobre determinados conteúdos, para o aluno indicar as
afirmações verdadeiras e as falsas.

Vejamos alguns exemplos:


2) Assinale com V ou F as seguintes afirmações conforme sejam
verdadeiras ou falsas respectivamente:
__ O primeiro Presidente de Angola chama-se José Eduardo dos Santos.
__ A capital de Angola é Luanda.
__ A província do Bié encontra-se situada no Leste de Angola.
__ A cidade do Uíge é a capital da província com o mesmo nome
__ A República de Angola tornou-se independente aos 4 de Fevereiro de
1975.
d) Perguntas de associação ou de correspondência :

Consistem em medir a relação entre factos e ideia,s colocados em


grupos diferentes.

Exemplos:
1) Associe os nomes das províncias de Angola da coluna A com os
nomes das respectivas capitais, na coluna B:
Coluna A Coluna B

1- Bengo 1- Uíge
2- Zaire 2- Kuito
3- Bié 3- Caxito
4- Kuanza-Norte 4- Mbanza Congo
5- Uíge 5- Ndalatando
6- Luena
e) Perguntas de escolha múltipla:
Consistem em perguntas com várias respostas, das quais apenas uma
é que corresponde à referida questão. As outras respostas são
aproximadas à resposta correcta.
Exemplos:
1. Dados os seguintes materiais, seleccionar com um X o de origem
vegetal.
------ queijo
------ mármore
------ sumo de laranja
------ turfa
f) Pergunta de composição curta
Conteúdo da resposta muito limitado, quer pelo âmbito do tópico, quer
pela limitação que a pergunta impões.
Exemplo: Das três prendas que a madrinha deu à menina, qual
consideras a mais valiosa justifica a tua resposta.

g) Composição extensa

São questões ou temas para desenvolver com ou sem indicação de


parâmetros para resposta.
Exemplo: Imagina o diálogo entre o Príncipe pastor e o Mágico,
quando estes se encontram na montanha. Escreve entre 15 e 25
linhas. Dá um titulo ao diálogo.
h) Perguntas de transformação
Consiste na transformação do conteúdo apresentado ao aluno
mudando o sentido inicial que se deu.
Exemplo: Transforma a frase seguinte numa frase negativa.
- Que linda está a escola!
Resposta: Que feia é esta escola!
 
i) Perguntas de ordenamento
Não são mais do que conjunto(s) de elemento(s) para organizar
segundo uma ordem definida.
Exemplo: Escreve as palavras seguintes por ordem alfabética:
batata, banana, bata, banir, bando
Resposta: banana, bando, banir, bata, batata,
VANTAGENS E DESVANTAGENS DE CADA TIPO DE
PERGUNTAS

PERGUNTAS DE RESPOSTA CURTA E PERGUNTAS DE


COMPLETAMENTO
Vantagens
• São fáceis de construir e classificar;
• Não permitem ao aluno adivinhar a resposta;
• São úteis para testar conhecimentos a nível da compreensão e da
• Memorização
• Permitem abarcar múltiplos objectivos no mesmo teste, pois a
• leitura e a resposta são rápidas.

Desvantagens
• Regra geral, não avaliam aprendizagens complexas (os objectivos
situam-se nos mais baixos das taxonomias)
PERGUNTAS DE ASSOCIAÇÃO OU CORRESPONDÊNCIA
A) Vantagens
• São fáceis de construir e classificar
• Dão a possibilidade de, num só item, avaliar aprendizagens
relacionadas entre si.
• Dado o número de combinações possíveis, é difícil de adivinhar as
respostas.
B) Desvantagens
• Em geral, não avaliam aprendizagens muito complexas.
• Cada pergunta só pode ser usada com conjuntos de elementos
homogéneos (a pergunta constitui um todo relativo à mesma matéria).
• Não avaliam a capacidade de expressão escrita, a organização das
ideias e a criatividade dos alunos.
PERGUNTAS DE VERDADEIRO E FALSO

Vantagens
• São facilmente entendidas pelos alunos.
• São fáceis de classificar

Desvantagens
• Possibilitam que o aluno opte por um padrão de resposta.
• Possibilitam que o aluno responda aleatoriamente.
• São difíceis de construir.
• Avaliam conhecimentos que só se podem classificar em duas
categorias (verdadeiro e falso).
• Não avaliam a capacidade de expressão escrita, a organização das
ideias e a criatividade dos alunos.
PERGUNTAS DE ESCOLHA MÚLTIPLA
Vantagens
• Permitem avaliar comportamentos, mesmo a níveis mais altos, das
taxonomias dos objectivos.
• A sua classificação é simples e rápida.
• São facilmente entendidos pelos alunos de todas as faixas etárias.
• A probabilidade do aluno adivinhar a resposta pode ser controlada,
quer aumentando o número de opções por pergunta quer o número de
perguntas por objectivo.
• Podem ser construídos tendo em vista a detecção de causas de
erros dos alunos.
Desvantagens
• A construção das perguntas exige muito mais tempo.
• Por vezes é difícil encontrar opções falsas.
• Não avaliam a capacidade de expressão escrita, de organização das
ideias e a criatividade.
PERGUNTAS DE COMPOSIÇÃO CURTA OU EXTENSA
Vantagens
• Permitem avaliar a capacidade de expressão escrita, a organização
de ideias e a criatividade.
• Permitem avaliar aprendizagens complexas que envolvem
capacidades de seleccionar, organizar, integrar, relacionar, avaliar a
informação de modo a redigir respostas a problemas, no sentido mais
amplo deste termo.
• Podem ser utilizadas no domínio afectivo e expressivo de atitudes,
valores e opiniões.

B) Desvantagens
• Colocam questões com falta de objectividade na classificação.
• Requerem muito tempo de análise, ou seja, são trabalhosas na
classificação.
• São pouco adequadas para avaliar aprendizagens simples ou
diagnosticar dificuldades específicas dos alunos.
MATRIZ DE UMA PROVA

A Matriz de uma prova não é mais do que o projecto que


serve de base para a construção de uma prova.

A matriz da prova leva o avaliador (professor) seleccionar


os objectivos a avaliar e com eles os conteúdos,
determinar a quantidade de perguntas e o tipo para cada
conteúdo, determinar o peso(cotação) por objectivo de
acordo com a complexidade da pergunta, etc.
Exemplo: para a construção de uma prova de Matemática para o 1º ano:
1. ISCED - Huambo
2. Cadeira : Matemática Geral
3. Tipo de prova: Escrita
4. Destinatários: estudantes do 1º ano
5. Intervenientes: estudantes do 1º ano, Professores do sector de Matemática
6. Duração: 120 minutos
7. Estrutura:
a) Objectivos: - calcular equações de duas variáveis.
- Comparar os monómios.
- Aplicar os sinais posicionais fazendo diferentes cálculos.
- Resolver problemas matemáticos aplicando a tabela de trignometria.
b) Conteúdos:
- equações diferenciais.
- monómios.
- Revisão dos sinais posicionais.
Continuação …
c) Competências: - Conhecimento e reconhecimento de equações com duas variáveis.
- Domínio de monómios.
- Utilização dos números naturais em cálculos com diferentes sinais matemáticos.
- Interpretação e resolução de problemas trigonométricos.
d) Número, tipo de perguntas, conteúdo e cotação:
- Uma pergunta de composição curta para comparar equações com duas variáveis,
cinco (5) valores.
- Uma pergunta de resposta curta para dividir monómios com quatro alíneas, quatro (4)
valores.
- Uma pergunta de completamento, fazendo cálculos com diferentes sinais, tendo
quatro alíneas, cinco (5) valores.
- Uma pergunta de composição curta sobre um problema simples que implica
trigonometria, seis (6) valores. 
8. Material necessário: esferográfica azul ou preta, folha de rascunho, tabela de
trigonometria, máquina calculadora.
9. Instruções de aplicação: - Os alunos devem sentar-se um em cada carteira, não
devem conversar, cada um deve trazer o seu material, a prova não deve ser explicada,
não é permitida a saída e entrada de alunos antes do tempo previsto.
CRITÉRIOS DE CLASSIFICAÇÃO DE UMA PROVA
Os critérios de classificação de uma prova são o conjunto de normas a
observar com vista à atribuição de notas a cada uma das perguntas. Esses
devem ser determinados na altura da construção da prova.
Por exemplo, a uma mesma pergunta o(a) aluno(a) dá duas respostas das
quais uma certa e outra errada.
O que fazer para este caso se não são definidos os critérios de classificação?
Se os critérios de classificação da prova não forem definidos, caberá ao
classificador decidir o que fazer. E é essa prática que, em muitos casos, torna
a avaliação mais subjectiva.
Para se evitarem situações dessa natureza, é bom definir os critérios de
classificação, que para esse caso pode ser: tendo o(a) aluno(a) dado duas
respostas a uma mesma pergunta sendo uma certa e outra errada, o critério é:
considera-se a primeira, independentemente de ser a certa ou a errada ou
anulam-se as duas respostas.
Qualquer uma dessas decisões constitui critério de classificação.
Os critérios de classificação são definidos depois da construção da prova,
juntamente com a construção da correcção modelo da mesma.
PROCEDIMENTOS PARA A CLASSIFICAÇÃO DA PROVA

a) Ler primeiro todas as provas dos alunos da turma e depois proceder a


classificação;
b) Fazer a classificação das provas começando pelas provas dos alunos mais fracos
da turma;
c) Fazer a classificação começando pelas provas dos alunos mais fortes da turma;
d) Classificar as provas seguindo a ordem de recepção das mesmas ou de forma
aleatória.
É sensato, talvez, colocar-se para reflexão duas (2) questões:
a) Qual dos procedimentos anteriores é o melhor?
b) Será que o procedimento que considera melhor evita consideravelmente o carácter
subjectivo da avaliação?
Para realmente diminuir-se o carácter subjectivo da classificação, quer dizer para que
o classificador não tenha influência excessivamente negativa ou positiva no resultado,
há experiências que dizem que nenhum dos procedimentos anteriores é
aconselhável, pois, em qualquer um deles, a classificação das provas obedece
sempre a um cenário arcaico e que deve ser ultrapassado; pegar numa prova e
classificá-la completamente do princípio ao fim.
Continuação …
a) As provas devem ser classificadas seguindo a ordem em que foram
recolhidas.
b) Caso se trate da prova parcelar, o professor não deve classificar as
perguntas da prova de um mesmo aluno começando do princípio ao
fim, mas classificar as provas seguindo a ordem de recolha,
começando pela primeira pergunta de cada uma das provas, depois a
segunda e assim sucessivamente.
Por outras palavras, as respostas da prova de cada um dos alunos
não devem ser classificadas de forma sequencial das perguntas senão
alternando a classificação das respostas às perguntas de prova por
prova dos seus alunos.
Concluindo os procedimentos de classificação tanto da prova parcelar
quanto da do exame aqui apontados, permitem diminuir
significativamente o carácter subjectivo do processo de classificação
de provas.
À GUISA DE CONCLUSÃO
Decálogo do professor moderno
•1. Ensinarás a verdade e a rectidão, e criticarás a soberba e a desonestidade.
•2. Despertarás a curiosidade, respeitarás as vocações honestas e estimularás a solidariedade
e a responsabilidade civil.
•3. Ensinarás a aprender e a agir por conta própria e a ser úteis aos outros.
•4. Cultivarás a atitude crítica e exploratória: ensinarás a questionar, a discutir racionalmente,
e a respeitar os factos.
•5. Serás tão exigente quanto generoso, mas terás presente que a letra não entra com o
sangue senão com as tarefas bem sucedidas.
•6. Não mentirás.
•7. Empenhar-te-ás em ganhar a carreira com a sua aplicação.
•8. Nunca deixarás de aprender.
•9. Interessar-te-ás com as circunstâncias de vida dos teus alunos e buscarás a cooperação de
seus pais.
•10. Contribuirás para manter e desenvolver as organizações culturais da tua comunidade. Mario
Bunge
 
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
1. BERTRAND, Yves e VALOIS, Paul.(1994). Paradigmas Educacionais. Instituto Piaget. Divisão Editorial. Lisboa.
2. FERNANDES, Domingos. O tempo da avaliação. IN NOESIS. – A Educação em revista. Número 23 (1992).
Lisboa, Instituto de Inovação Educacional..
3. HAYDI, Regina Cazaux (1994). Avaliação do processo ensino – aprendizagem. São Paulo, Editora Ática.
4. MED, Angola, (Janeiro de 2005). Sistema de Avaliação das Aprendizagens para o II.0 Ciclo Ensino Secundário
5. AFONSO, MANUEL E MFUANSUKA, JOSÉ KIALA. INIDE 2004. Guia metodológico para a avaliação das
aprendizagens.
6. MARTINS, MARGARIDA ALVES e al. . ( Junho 1992) O conceito de avaliação. IN NOESIS- A Educação em
revista. Número 23 Lisboa. Instituto de Inovação Educacional.
7. MATOS VILAR, A. (1993). A avaliação dos alunos no Ensino Básico. Porto, Edições ASA.
8. MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO. Informações aos pais e encarregados de educação. Lisboa.
9. NÉRICI, Imidio Giuseppe. Introdução à Didáctica Geral. Volume 2. Editora Científica. Rio de Janeiro.
10.PAULO ABRANTES e al. . (Março 2002) Avaliação das aprendizagens – Das concepções às práticas –
Ministério da Educação – Departamento da Educação Básica. Lisboa.
11.VALADARES, Jorge e GRAÇA, Margarida.(Dezembro 1998). Avaliando.... para melhorar a aprendizagem.
Plátano Edições Técnicas, Lda. Lisboa.
12.RIBEIRO, Lucie Carrilho (1993). Avaliação da aprendizagem. Lisboa. Texto Editora.
13.STUFFLEBEAM, Daniel e SHINKFIELD, Anthony (1993) . Evaluación Sistemática guia teórica y prática.
Barcelona, Ed. Paidós/MEC.
14.ZABALZA, Miguel ( 1992). Planificação e Desenvolvimento Curricular. Porto, Edições ASA. BLIOGRÁFICAS

Você também pode gostar