Slide Completo Direito Empresarial I

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DIREITO EMPRESARIAL

INTRODUÇÃO AO DIREITO EMPRESARIAL

Docente: Dr. Fábio Gabriel de Oliveira


DIREITO EMPRESARIAL

 APRESENTAÇÃO DO PROFESSOR, DA DISCIPLINA E


EXPECTATIVAS

 APRESENTAÇÃO DO PLANO DE ENSINO

 VISÃO CAPITALISTA E PARCIAL

 IMPORTÂNCIA DO DIREITO EMPRESARIAL

– PARA O CONCURSEIRO

– PARA O ADVOGADO
FONTES DO DIREITO EMPRESARIAL

 Constituição Federal;
 Código Civil;
Primárias  Código Comercial 1850;
 Leis Extravagantes.

FONTES

 Analogia;
 Costumes;
Secundárias  Princípios Gerais do
Direito

Constituição Federal
Art. 22. Compete privativamente à União legislar sobre:
I - direito civil, comercial, penal, processual, eleitoral, agrário, marítimo, aeronáutico,
espacial e do trabalho;

 DIREITO EMPRESARIAL X DIREITO CIVIL


PRINCÍPIOS

 Princípio da Livre Iniciativa e Iniciativa Privada


 Princípio da Universalidade do Direito Empresarial

 Princípio da Garantia e Defesa da Propriedade Privada


 Princípio da Preservação da Empresa
 Princípio da Função Social da Empresa

 Princípio da Liberdade de Associação


RELAÇÃO JURÍDICA

Relação Jurídica

A B
Objeto Sujeito Passivo
Sujeito Ativo
PERFIS DA EMPRESA

 Perfil Subjetivo:
Empresa como sinônimo de QUEM exerce profissionalmente uma atividade
econômica organizada para produção e/ou circulação de bens ou serviços.

EMPRESA como SUJEITO DE DIREITO


CLT - Art. 2º - Considera-se empregador a empresa, individual ou coletiva, que,
assumindo os riscos da atividade econômica, admite, assalaria e dirige a prestação
pessoal de serviço.

 Perfil Objetivo:
Empresa como sinônimo do complexo de bens organizados pelo empresário para
exercer profissionalmente uma atividade econômica organizada para produção e/ou
circulação de bens ou serviços.

EMPRESA como OBJETO DE DIREITO

CPC - Art. 863. A penhora de empresa que funcione mediante concessão ou


autorização far-se-á, conforme o valor do crédito, sobre a renda, sobre
determinados bens ou sobre todo o patrimônio, e o juiz nomeará como depositário,
de preferência, um de seus diretores.
PERFIS DA EMPRESA

 Perfil Funcional:
Empresa como sinônimo de ATIVIDADE ECONÔMICA para produção e/ou
circulação de bens ou serviços.

EMPRESA como ATIVIDADE ECONÔMICA

CC - Art. 974. Poderá o incapaz, por meio de representante ou devidamente


assistido, continuar a empresa antes exercida por ele enquanto capaz, por seus
pais ou pelo autor de herança.

Ronald Coase - “Empresa é um feixe coordenados de contratos.”


The nature of the firm.
EVOLUÇÃO HISTÓRICA

 Direito comercial e o comércio – Evolução humana;


 Nômades e sua subsistência;
 Especialização do trabalho;
 Escambo – comunicação;
 Precificação – surgimento das moedas;
 Surgimento dos primeiros comércios.

 Expansão comercial.
 Legislações de comércio
DIREITO COMERCIAL SUBJETIVO
1ª FASE

 Direito Comercial – Séc. XII ao Séc. XVIII 


 A Europa estava dividida em feudos - Feiras itinerantes;
 Corporações de oficio (subjetivo);
 Tinha como função a resolução de conflitos entre comerciantes e
feudais;
 Consueles;

 Direito consuetudinário.

 Período Subjetivista;
 Codificação privada.
DIREITO COMERCIAL OBJETIVO
2ª FASE
 Direito Comercial – Séc. XIX ao Séc. XX
 Teoria dos atos de comércio
 Objetivação do Direito Comercial
 Monopólio da Jurisdição pelo Estado
 Iluminismo e Revolução Francesa;
 Começam as possibilidades de se criar Repúblicas;
 Teoria Critica – Hans Kelsen - Teoria Pura do Direito
 Revolução Francesa: Igualdade, liberdade e fraternidade.
 Código Civil Francês – 1804
 Código Comercial – 1807
REGULAMENTO 737/1850

Art. 19. Considera-se mercancia:


§ 1º A compra e venda ou troca de effeitos moveis ou
semoventes para os vender por grosso ou a retalho, na
mesma especie ou manufacturados, ou para alugar o seu
uso.
§ 2º As operações de cambio, banco e corretagem.
§ 3º As emprezas de fabricas; de com missões ; de
depositos ; de expedição, consignação e transporte de
mercadorias; de espectaculos publicos.
§ 4.º Os seguros, fretamentos, risco, e quaesquer
contratos relativos ao cornmercio maritimo.
§ 5. º A armação e expediç1to de navios.
TEORIA DA EMPRESA

 Do Séc. XX até os dias de hoje


 Código Civil Italiano de 1942
 Empresário e a sociedade empresária.
 Tem-se a empresa como veículo e o empresário que se responsabiliza
pela circulação dos bens e serviços.

 Atividade econômica organizada


 Código Civil Brasileiro de 2002 (art.966, caput, CC)

CC - Art. 966. Considera-se empresário quem exerce profissionalmente


atividade econômica organizada para a produção ou a circulação de bens
ou de serviços.
DIREITO EMPRESARIAL

EMPRESÁRIO

Docente: Dr. Fábio Gabriel de Oliveira


EMPRESÁRIO

⮚ Profissionalmente – Profissão habitual;


⮚ Atividade econômica – intuito lucrativo
⮚ Organizada - (capital, mão de obra, insumos e tecnologia);
⮚ Produção de bens ou de serviços.

CC - Art. 966. Considera-se empresário quem exerce profissionalmente


atividade econômica organizada para a produção ou a circulação de bens
ou de serviços.

⮚ Profissionais intelectuais;
Parágrafo único. Não se considera empresário quem exerce profissão
intelectual, de natureza científica, literária ou artística, ainda com o
concurso de auxiliares ou colaboradores, salvo se o exercício da profissão
constituir elemento de empresa.
EMPRESÁRIO

⮚ O elemento de empresa

⮚ Empresário rural – Facultativo;


CC - Art. 970. A lei assegurará tratamento favorecido, diferenciado e
simplificado ao empresário rural e ao pequeno empresário, quanto à
inscrição e aos efeitos daí decorrentes.

CC - Art. 971. O empresário, cuja atividade rural constitua sua principal


profissão, pode, observadas as formalidades de que tratam o art. 968 e
seus parágrafos, requerer inscrição no Registro Público de Empresas
Mercantis da respectiva sede, caso em que, depois de inscrito, ficará
equiparado, para todos os efeitos, ao empresário sujeito a registro.

⮚ Pequeno Empresário – Receita bruta anual de R$ 81.000,00 (art. 68 da


LC 123/06
REQUISITOS PARA ATIVIDADE EMPRESÁRIA

⮚ Obrigatoriedade de Registro:
CC - Art. 967. É obrigatória a inscrição do empresário no
Registro Público de Empresas Mercantis da respectiva sede, antes
do início de sua atividade.

CC - Art. 968. A inscrição do empresário far-se-á mediante


requerimento que contenha:
I - o seu nome, nacionalidade, domicílio, estado civil e, se
casado, o regime de bens;
II - a firma, com a respectiva assinatura autógrafa que poderá
ser substituída pela assinatura autenticada com certificação
digital ou meio equivalente que comprove a sua autenticidade,
ressalvado o disposto no inciso I do §1º do art. 4º da Lei
Complementar nº 123, de 14 de dezembro de 2006; 
III - o capital;
IV - o objeto e a sede da empresa.
REQUISITOS PARA ATIVIDADE EMPRESÁRIA

CC - Art. 972. Podem exercer a atividade de empresário os que


estiverem em pleno gozo da capacidade civil e não forem
legalmente impedidos.

Pessoas impedidas de serem empresários e de comporem


quadros societários de sociedade empresárias IN 97/2003
do DNRC:
⮚ Chefes do executivo
⮚ Membros do poder legislativo, desde que tenha contratos com a
administração pública;
⮚ Falidos;
⮚ Pessoas condenadas à pena de interdição ao exercício da
profissão.
O EMPRESÁRIO INCAPAZ

CC - Art. 974. Poderá o incapaz, por meio de


representante ou devidamente assistido, continuar a
empresa antes exercida por ele enquanto capaz, por seus
pais ou pelo autor de herança.
§ 1º Nos casos deste artigo, precederá autorização judicial,
após exame das circunstâncias e dos riscos da empresa,
bem como da conveniência em continuá-la, podendo a
autorização ser revogada pelo juiz, ouvidos os pais, tutores
ou representantes legais do menor ou do interdito, sem
prejuízo dos direitos adquiridos por terceiros.
§ 2º Não ficam sujeitos ao resultado da empresa os bens
que o incapaz já possuía, ao tempo da sucessão ou da
interdição, desde que estranhos ao acervo daquela,
devendo tais fatos constar do alvará que conceder a
autorização.
REGISTRO

⮚ Empresário Regular X Empresário Irregular


⮚ Ter CNPJ significa ter personalidade jurídica?
⮚ Natureza Jurídica do Registro
⮚ Local do Registro
⮚ Finalidade: Dar garantia, publicidade, autenticidade,
segurança e eficácia aos atos jurídicos das empresas mercantis.

ATENÇÃO!!! Lei de Liberdade Econômica - Possibilita o


inicio da atividade empresária sem o alvará de funcionamento.
REGISTRO

CC - Art. 969. O empresário que instituir sucursal, filial


ou agência, em lugar sujeito à jurisdição de outro Registro
Público de Empresas Mercantis, neste deverá também
inscrevê-la, com a prova da inscrição originária.

Parágrafo único. Em qualquer caso, a constituição do


estabelecimento secundário deverá ser averbada no
Registro Público de Empresas Mercantis da respectiva
sede.

⮚ Registro em outro Estado


DIREITO EMPRESARIAL

MEI, ME E EPP

Docente: Dr. Fábio Gabriel de Oliveira


CAPACIDADE PARA SER EMPRESÁRIO

⮚ QUALQUER CAPAZ QUE NÃO SEJA IMPEDIDO POR LEI:


CC - Art. 972. Podem exercer a atividade de empresário os que estiverem
em pleno gozo da capacidade civil e não forem legalmente impedidos.
⮚ O EMANCIPADO:
CC - Art. 976. A prova da emancipação e da autorização do incapaz, nos
casos do art. 974, e a de eventual revogação desta, serão inscritas ou
averbadas no Registro Público de Empresas Mercantis.
Parágrafo único. O uso da nova firma caberá, conforme o caso, ao
gerente; ou ao representante do incapaz; ou a este, quando puder ser
autorizado.
⮚ REPRESENTAÇÃO E ASSISTÊNCIA DOS INCAPAZES:
CC - Art. 975. Se o representante ou assistente do incapaz for pessoa que,
por disposição de lei, não puder exercer atividade de empresário, nomeará,
com a aprovação do juiz, um ou mais gerentes.
§ 1º Do mesmo modo será nomeado gerente em todos os casos em que o
juiz entender ser conveniente.
§ 2º A aprovação do juiz não exime o representante ou assistente do menor
ou do interdito da responsabilidade pelos atos dos gerentes nomeados.
CAPACIDADE PARA SER EMPRESÁRIO
Pessoas impedidas de serem empresários e de comporem quadros
societários de sociedade empresárias IN 97/2003 do DNRC:
⮚ Chefes do executivo
⮚ Membros do poder legislativo, desde que tenha contratos com a
administração pública;
⮚ Falidos;
⮚ Pessoas condenadas à pena de interdição ao exercício da profissão.
⮚ Leiloeiros
⮚ Cônsules;
⮚ Médicos para farmácia, drogarias e laboratórios;
⮚ Servidores Públicos em geral. Magistrados, Ministério Público, Militares;
⮚ Estrangeiros sem visto permanente ou com visto incompatível;
⮚ Devedores do INSS.
⮚ CONSEQUÊNCIAS DO EXERCÍCIO DA EMPRESA PARA OS
LEGALMENTE IMPEDIDOS:
CC - Art. 973. A pessoa legalmente impedida de exercer atividade própria de
empresário, se a exercer, responderá pelas obrigações contraídas.
CAPACIDADE PARA SER EMPRESÁRIO

⮚ ALIENAÇÃO DO IMÓVEL DO ESTABELECIMENTO DOS CASADOS:


CC - Art. 978. O empresário casado pode, sem necessidade de outorga
conjugal, qualquer que seja o regime de bens, alienar os imóveis que
integrem o patrimônio da empresa ou gravá-los de ônus real.

⮚ ARQUIVAMENTO NA JUNTA DE ATOS CIVIS:


CC - Art. 979. Além de no Registro Civil, serão arquivados e averbados,
no Registro Público de Empresas Mercantis, os pactos e declarações
antenupciais do empresário, o título de doação, herança, ou legado, de
bens clausulados de incomunicabilidade ou inalienabilidade.

CC - Art. 980. A sentença que decretar ou homologar a separação


judicial do empresário e o ato de reconciliação não podem ser opostos a
terceiros, antes de arquivados e averbados no Registro Público de
Empresas Mercantis.
Composição do Sistema Nacional de Registro
de Empresas Mercantis - SINREM
⮚ Lei 8.934/94
⮚ Departamento de Registro Empresarial e Integração – DREI
⮚ Supervisão, orientação, coordenação e normatização; Órgão Federal
subordinado ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio
Exterior.

⮚ Juntas Comerciais: Órgão Estadual; Execução e administração;


Subordinado tecnicamente ao DREI.
⮚ ATRIBUIÇÕES DAS JUNTAS COMERCIAIS: Matricular, arquivar,
autenticar.
MICROEMPREEDEDOR INDIVIDUAL – MEI

⮚ Conceito;
⮚ Não é sócio de outra empresa;
⮚ Receita bruta anual: 81 mil;
⮚ Benefícios;
⮚ Direitos e obrigações;
⮚ Um funcionário que ganha o piso da categoria;
⮚ Certificado da Condição do Microempreendedor
Individual;
⮚ Documento de Arrecadação do Simples Nacional – DAS;
⮚ Desenquadramento do MEI.
DEFINIÇÃO DE MICROEMPRESA E DE
EMPRESA DE PEQUENO PORTE 
LEI COMPLEMENTAR 123/2006
Art. 3º Para os efeitos desta Lei Complementar, consideram-se
microempresas ou empresas de pequeno porte, a sociedade
empresária, a sociedade simples, a empresa individual de
responsabilidade limitada e o empresário a que se refere o art. 966 da
Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002 (Código Civil), devidamente
registrados no Registro de Empresas Mercantis ou no Registro Civil de
Pessoas Jurídicas, conforme o caso, desde que:

I - no caso da microempresa, aufira, em cada ano-calendário, receita


bruta igual ou inferior a R$ 360.000,00 (trezentos e sessenta mil
reais); e

II - no caso de empresa de pequeno porte, aufira, em cada ano-
calendário, receita bruta superior a R$ 360.000,00 (trezentos e
sessenta mil reais) e igual ou inferior a R$ 4.800.000,00
(quatro milhões e oitocentos mil reais).   
MICROEMPRESA - ME

⮚ Conceito;
⮚ Receita bruta anual: Inferior ou igual a 360mil;
⮚ Registro;
⮚ Formas de tributação (Simples Nacional, Lucro Real ou Lucro
Presumido);
⮚ Vantagens e Desvantagens;
⮚ Funcionários: Comércio e Serviços: até 09 e Indústria: até 19.
EMPRESA DE PEQUENO PORTE - EPP

⮚ Conceito;
⮚ Receita bruta anual: e 360 mil até 4,8 milhões;
⮚ Registro;
⮚ Formas de tributação (Simples Nacional, Lucro Real ou Lucro
Presumido);
⮚ Vantagens e Desvantagens;
⮚ Funcionários: Comércio e Serviços: 10 a 49 e Indústria: 20 a 99.
NOME EMPRESARIAL
CC - Art. 1.155. Considera-se nome empresarial a firma ou a
denominação adotada, de conformidade com este Capítulo, para o
exercício de empresa.
⮚ Bem ou direito? ⮚ Espécies:
▪ Firma;
⮚ Serve para identificar e ▪ Denominação.
individualizar o empresário; ❑ Firma Individual X Firma social ou
razão social;
❑ A firma é composta pelo nome civil
⮚ Proteção após registro – da(s) pessoa(s) física que exerce a
Art. 33 e 34 da Lei 8.934/94; empresa;
❑ O nome do empresário individual;
⮚ Princípios: ❑ O nome das sociedades limitadas;
❑ O nome das sociedades anônimas.
▪ Veracidade;
⮚ Alteração:
▪ Novidade.
▪ Voluntária;
▪ Obrigatória.
DIREITO EMPRESARIAL

DO ESTABELECIMENTO

Docente: Dr. Fábio Gabriel de Oliveira


COLABORADORES DA EMPRESA

⮚ PREPOSTOS vs PREPONENTE
⮚EMPREGADOS, PRESTADORES DE SERVIÇO
⮚CARTA DE PREPOSIÇÃO
⮚PESSOALIDADE, VEDAÇÃO DE CONCORRÊNCIA E
NEGÓCIO EM NOME PRÓPRIO
⮚RESPONSABILIDADE POR ATOS CULPOSOS E DOLOSOS
⮚RESPONSABILIDADE DO PROPONENTE QUANDO AGE
FORA DO ESTABELECIMENTO Art. 1178 PÚ
⮚ O GERENTE
CC - Art. 1.172. Considera-se gerente o preposto
permanente no exercício da empresa, na sede desta, ou em
sucursal, filial ou agência.
- PODERES E LIMITES
⮚ O CONTADOR
⮚RESPONSÁVEL TÉCNICO PELA ESCRITURAÇÃO
ESCRITURAÇÃO MERCANTIL

⮚ Demonstrações contábeis; Obrigação, art. 1179 CC


⮚ Dois balanços financeiros: o patrimonial e o de
resultado econômico;
⮚ Princípios
⮚ Uniformidade Temporal
⮚ Fidelidade
⮚ Sigilo; (exceções art. 1190 e art. 1191 CC)

⮚ Eficácia probatória dos livros.


CC - Art. 226. Os livros e fichas dos empresários e sociedades
provam contra as pessoas a que pertencem, e, em seu favor,
quando, escriturados sem vício extrínseco ou intrínseco, forem
confirmados por outros subsídios.
LIVROS EMPRESARIAIS

ORIGATÓRIOS:
⮚ Comum a todos os empresários: Diários (Diários e
balancetes)
⮚ Especiais a alguns empresários: Registro de
duplicata para quem as emite; Livro de Empregados;
Entrada e saída de mercadorias de armazém-geral;
Registro de Ações nominativas para S/A.

FACULTATIVOS:
⮚ Caixa;
⮚ Estoque;
⮚ Razão;
⮚ Borrador;
⮚ Conta-corrente.
ESTABELECIMENTO
⮚ É o conjunto de bens que o empresário reúne para
exploração da sua atividade.

⮚ Tais bens podem ser materiais, corpóreos OU


imateriais e incorpóreos.

⮚ Natureza Jurídica: Este conjunto de bens é


entendido pela doutrina como uma Universalidade de
Fato, em razão da destinação que o empresário lhes
dá, e não em virtude de disposição legal.

⮚ O estabelecimento pode ser objeto unitário de direitos


e de negócios jurídicos, translativos ou constitutivos,
que sejam compatíveis com a sua natureza
ESTABELECIMENTO

Estabelecimento não se confunde com a atividade


ou com o seu empresário, tanto que é possível
falar em penhora da sede do estabelecimento nos
termos da súmula 451 do STJ, mas não é possível
a penhora da empresa, por exemplo.

STJ - Súmula 451: É legítima a penhora da sede do


estabelecimento comercial. Jun/2010
ESTABELECIMENTO

PONTO: Também chamado de propriedade comercial, é


o local em que o empresário se estabelece. O ponto é tão
importante que a doutrina entende por existente o direito
de inerência ao ponto, o qual buscar proteger o
empresário.

TRESPASSE: Contrato de alienação do estabelecimento


empresarial. O trespasse não se confunde com a cessão
total de quotas, ou alienação do controle, ou cessão do
ponto, ou cessão da marca.
ESTABELECIMENTO

CC - Art. 1142. Considera-se estabelecimento todo


complexo de bens organizado, para exercício da
empresa, por empresário, ou por sociedade empresária.
(Visão estrita x Visão ampla) (Visão estática X Visão Dinâmica)

COMPLEXO DE BENS X ORGANIZAÇÃO


Nome?
Complexo de bens:
i) bens corpóreos (veículos, computadores, prédios, etc)
ii) bens incorpóreos (ponto, título de estabelecimento,
propriedades industriais, programas, nome de domínio,
crédito, etc).
Organização: (aviamento, clientela, sobre valor)
- Oscar Barreto Filho
ESTABELECIMENTO

Propriedades Industriais - Lei 9.279/96:


-INPI
⮚ Marca;
⮚ 10 anos
⮚ Invenção;
⮚ 20 anos
⮚ Modelo de utilidade;
⮚ 15 anos
⮚ Desenhos Industriais.
⮚ 10 anos + 3 x 5 anos

Domínio Público
ESTABELECIMENTO

CC - Art. 1143. Pode o estabelecimento ser objeto


unitário de direitos e de negócios jurídicos, translativos
ou constitutivos, que sejam compatíveis com a sua
natureza.  

OBS: Para que o contrato de trespasse gere todos os


efeitos, é preciso que o conjunto de bens transferidos
importe a transmissão da funcionalidade do
estabelecimento empresarial. (Enunciado nº.233 do
Conselho da Justiça Federal)
ESTABELECIMENTO

CC - Art. 1144. O contrato que tenha por objeto a alienação,


o usufruto ou arrendamento do estabelecimento, só
produzirá efeitos quanto a terceiros depois de averbado à
margem da inscrição do empresário, ou da sociedade
empresária, no Registro Público de Empresas Mercantis, e de
publicado na imprensa oficial.  

OBS: Microempresas e Empresas de Pequeno Porte estão


dispensadas da publicação na imprensa oficial.
Lei Complementar n°.123/2006 - Art. 71. Os
empresários e as sociedades de que trata esta Lei
Complementar, nos termos da legislação civil, ficam
dispensados da publicação de qualquer ato societário.
ESTABELECIMENTO

CC - Art. 1145.  Se ao alienante não restarem bens


suficientes para solver o seu passivo, a eficácia da
alienação do estabelecimento depende do pagamento
de todos os credores, ou do consentimento destes, de
modo expresso ou tácito, em trinta dias a partir de sua
notificação.

Em caso de descumprimento, será decretada a falência do


empresário (art. 94, alínea C, Lei nº.11.101/2005) e a
alienação será ineficaz perante à massa falida (art. 129, VI,
Lei nº.11.101/2005).
ESTABELECIMENTO
CC - Art. 1147. Não havendo autorização expressa, o alienante
do estabelecimento não pode fazer concorrência ao
adquirente, nos cinco anos subsequentes à transferência.
Parágrafo único. No caso de arrendamento ou usufruto do
estabelecimento, a proibição prevista neste artigo persistirá
durante o prazo do contrato.

CJF - Enunciado 490: A ampliação do prazo de 5 (cinco) anos de


proibição de concorrência pelo alienante ao adquirente do
estabelecimento, ainda que convencionada no exercício da autonomia da
vontade, pode ser revista judicialmente, se abusiva. Nov/2011

STF - Súmula Vinculante 49: Ofende o princípio da livre concorrência


lei municipal que impede a instalação de estabelecimentos comerciais do
mesmo ramo em determinada área. Jun/2015
ESTABELECIMENTO

CC - Art. 1148. Salvo disposição em contrário, a


transferência importa a sub-rogação do adquirente nos
contratos estipulados para exploração do estabelecimento,
se não tiverem caráter pessoal, podendo os terceiros
rescindir o contrato em noventa dias a contar da publicação
da transferência, se ocorrer justa causa, ressalvada, neste
caso, a responsabilidade do alienante.

CJF - Enunciado 234: Quando do trespasse do estabelecimento


empresarial, o contrato de locação do respectivo ponto não se
transmite automaticamente ao adquirente. Jan/2003

I Jornada de Direito Comercial - Enunciado 08: A sub-rogação do


adquirente nos contratos de exploração atinentes ao estabelecimento
adquirido, desde que não possuam caráter pessoal, é a regra,
incluindo o contrato de locação. Out/2012
ESTABELECIMENTO

CC - Art. 1149. A cessão dos créditos referentes ao


estabelecimento transferido produzirá efeito em relação
aos respectivos devedores, desde o momento da
publicação da transferência, mas o devedor ficará
exonerado se de boa-fé pagar ao cedente. 
PERSONALIDADE JURÍDICA

⮚ As Pessoas Naturais X As Pessoas Jurídicas


Art. 45. Começa a existência legal das pessoas jurídicas de
direito privado com a inscrição do ato constitutivo no
respectivo registro, precedida, quando necessário, de
autorização ou aprovação do Poder Executivo, averbando-se
no registro todas as alterações por que passar o ato
constitutivo.

⮚ Natureza das Pessoas Jurídicas


▪ Teoria da Ficção
▪ Teoria do Patrimônio de Afetação
▪ Teorias da Realidade
PERSONALIDADE JURÍDICA
⮚ Pessoas Jurídicas de Direito Público X De Direito
Privado

Art. 44. São pessoas jurídicas de direito privado:


I - as associações;
II - as sociedades;
III - as fundações.
IV - as organizações religiosas;
V - os partidos políticos.
VI - as empresas individuais de responsabilidade limitada.
PERSONALIDADE JURÍDICA

⮚ A Personalidade Jurídica
▪ Conceito
▪ Momento de aquisição
▪ Consequências
❖ Nome
❖ Nacionalidade
❖ Domicílio (vários estabelecimentos art. 75, § 1)
❖ Capacidade
❖ Existência distinta
❖ Autonomia Patrimonial
DIREITO EMPRESARIAL

- DA EMPRESA INDIVIDUAL DE
RESPONSABILIDADE LIMITADA

- A SOCIEDADE

Docente: Dr. Fábio Gabriel de Oliveira


EIRELI

EIRELI: Empresa Individual de Responsabilidade


Limitada.

CC - Art. 980-A. A empresa individual de responsabilidade


limitada será constituída por uma única pessoa titular da
totalidade do capital social, devidamente integralizado, que
não será inferior a 100 (cem) vezes o maior salário-mínimo
vigente no País. 
. Natureza
. Pessoa Jurídica? Enunciado 468 CJF: A empresa
individual de responsabilidade limitada só poderá ser
constituída por pessoa natural.
EIRELI

CAPITAL INICIAL: Não inferior a 100 vezes o salário


mínimo vigente no país.
ATENÇÃO: Quando o salário mínimo aumentar não é necessário
a alteração do capital social inicial da EIRELI.

CAPITAL SOCIAL – Integralização imediata

CC - § 1º O nome empresarial deverá ser formado pela inclusão da


expressão "EIRELI" após a firma ou a denominação social da
empresa individual de responsabilidade limitada.

NOME EMPRESARIAL: Firma ou Denominação


EIRELI

CC - § 2º A pessoa natural que constituir empresa


individual de responsabilidade limitada somente poderá
figurar em uma única empresa dessa modalidade. 

▪ Cada pessoa natural só pode ser titular uma EIRELI, no


entanto pode ser sócio de quantas atividades quiser.

▪ ME ou EPP ou NO
EIRELI

CC - § 3º A empresa individual de responsabilidade limitada


também poderá resultar da concentração das quotas de outra
modalidade societária num único sócio, independentemente
das razões que motivaram tal concentração.

Constituição originária X Constituição Derivada

CC - § 4º (vetado)
EIRELI

CC - § 5º Poderá ser atribuída à empresa individual de


responsabilidade limitada constituída para a prestação
de serviços de qualquer natureza a remuneração
decorrente da cessão de direitos patrimoniais de autor
ou de imagem, nome, marca ou voz de que seja
detentor o titular da pessoa jurídica, vinculados à
atividade profissional.

REGISTRO: Cartórios de Registro


Civil as Pessoas Jurídicas e as
Juntas Comerciais.
EIRELI

Normas das LTDAs: Serão aplicadas as regras da sociedade


limitada, em caso de omissão da lei.

CC - § 6º Aplicam-se à empresa individual de


responsabilidade limitada, no que couber, as regras previstas
para as sociedades limitadas.

Novo Parágrafo da Lei de Liberdade Econômica


CC - § 7º Somente o patrimônio social da empresa
responderá pelas dívidas da empresa individual de
responsabilidade limitada, hipótese em que não se confundirá,
em qualquer situação, com o patrimônio do titular que a
constitui, ressalvados os casos de fraude.
A SOCIEDADE

⮚ Natureza Jurídica
▪ Contrato plurilateral ou Sujeito de Direito?
⮚ Elementos
▪ Consenso entre duas ou mais pessoas
▪ Objeto Lícito
▪ União de capital e/ou trabalho
▪ Atividade econômica (risco)
▪ Distribuição de lucros
▪ Affectio Societatis
A SOCIEDADE

Conceito Legal:

CC - Art. 981. Celebram contrato de sociedade as pessoas


que reciprocamente se obrigam a contribuir, com bens ou
serviços, para o exercício de atividade econômica e a
partilha, entre si, dos resultados.
Parágrafo único. A atividade pode restringir-se à realização
de um ou mais negócios determinados.
A SOCIEDADE

⮚ Classificação
▪ Sociedade de pessoas X de capital
▪ Sociedades personificadas X despersonalizadas
▪ Sociedades empresárias X simples

CC - Art. 982. Salvo as exceções expressas, considera-se empresária a


sociedade que tem por objeto o exercício de atividade própria de
empresário sujeito a registro e, simples, as demais.
Parágrafo único. Independentemente de seu objeto, considera-se
empresária a sociedade por ações; e, simples, a cooperativa.

CC - Art. 983. A sociedade empresária deve constituir-se segundo um


dos tipos regulados nos arts. 1039 a 1092, a sociedade simples pode
constituir-se de conformidade com um desses tipos, e, não o fazendo,
subordina-se às normas que lhe são próprias.
Natureza Das Atividades X Tipos Sociais

Não Empresárias ▪ Cooperativas


(Simples) ▪ Simples

▪ Limitada
▪ Comandita Simples
▪ Nome Coletivo

▪ Sociedade Por
Empresárias
Ações
A SOCIEDADE

Sociedades Empresárias Sociedades Não Empresárias


(Sociedade Simples)
Limitadas Cooperativas

Comandita Simples Simples

Nome coletivo Limitadas

Sociedades por Ações Comandita Simples

Nome coletivo
A SOCIEDADE

A Sociedade Rural:
CC - Art. 984. A sociedade que tenha por objeto o exercício
de atividade própria de empresário rural e seja constituída, ou
transformada, de acordo com um dos tipos de sociedade
empresária, pode, com as formalidades do art. 968, requerer
inscrição no Registro Público de Empresas Mercantis da sua
sede, caso em que, depois de inscrita, ficará equiparada, para
todos os efeitos, à sociedade empresária.

A Personalidade:
CC - Art. 985. A sociedade adquire personalidade jurídica
com a inscrição, no registro próprio e na forma da lei, dos seus
atos constitutivos
AS SOCIEDADES DESPERSONALIZADAS

Sociedade em Comum ou Sociedade de Fato


▪ Conceito art. 986 (irregular?)
▪ Prova da existência art. 987
▪ Responsabilidade dos sócios (pacto conhecido por 3º) art.
889 e 990
▪ Regime de bens art. 888

Da Sociedade Não Personificada


CC - Art. 986. Enquanto não inscritos os atos constitutivos,
reger-se-á a sociedade, exceto por ações em organização,
pelo disposto neste Capítulo, observadas, subsidiariamente e
no que com ele forem compatíveis, as normas da sociedade
simples.
AS SOCIEDADES DESPERSONALIZADAS

Sociedade em Conta de Participação


▪ Sócio ostensivo X Sócio participante (oculto), art.
991
▪ Prova da sociedade (formalização)(Contrato
social), art. 992 e art. 993
▪ Responsabilidades art. 993, PU
▪ Patrimônio art. 994
DIREITO EMPRESARIAL

- SOCIEDADE SIMPLES

Docente: Dr. Fábio Gabriel de Oliveira


SOCIEDADE SIMPLES

⮚ Conceito
▪ Em regra a sociedade simples se caracteriza-se pelo fato de
não ser empresarial.

⮚ Histórico

⮚ Possibilidades
▪ Profissionais Liberais
▪ Atividade Rural
▪ Sociedades Cooperativas
SOCIEDADE SIMPLES
⮚ Constituição
▪ Contrato Social

Art. 997. A sociedade constitui-se mediante contrato escrito,


particular ou público, que, além de cláusulas estipuladas pelas
partes, mencionará:

Os requisitos deste contrato são:


I - nome, nacionalidade, estado civil, profissão, residência dos
sócios, se pessoas naturais, e a firma ou a denominação,
nacionalidade e sede dos sócios, se jurídicas;

⮚ Sócios incapazes, analfabetos e deficientes.


SOCIEDADE SIMPLES

II - denominação, objeto, sede e prazo da sociedade;


▪ Nome empresarial
▪ Prazo Indeterminado

III - capital da sociedade, expresso em moeda corrente,


podendo compreender qualquer espécie de bens, suscetíveis
de avaliação pecuniária;
IV - a quota de cada sócio no capital social, e o modo de
realizá-la;
▪ Integralização
▪ Função externa X função Interna do Capital
▪ Bens materiais e bens imateriais
SOCIEDADE SIMPLES
V - as prestações a que se obriga o sócio, cuja contribuição consista
em serviços;
▪ O sócio de Industria
VI - as pessoas naturais incumbidas da administração da sociedade,
e seus poderes e atribuições;
▪ O Administrador (requisitos)
VII - a participação de cada sócio nos lucros e nas perdas;
▪ Igual ou diferente do Capital
VIII - se os sócios respondem, ou não, subsidiariamente, pelas
obrigações sociais.
Enunciado 61 CJF: O termo “subsidiariamente” constante do inc.
VIII do art. 997 do Código Civil deverá ser substituído por
“solidariamente” a fim de compatibilizar esse dispositivo com o art.
1.023 do mesmo Código.
▪ As sociedades Simples Limitadas
SOCIEDADE SIMPLES
Direitos dos Sócios (Início e Fim as Obrigações dos Sócios)
⮚ Com a subscrição, adquirem-se além de deveres, direitos.
⮚ Os direitos podem ser de duas ordens: direitos pessoais e direitos
patrimoniais.
⮚ Direitos Patrimoniais: serão direitos eventuais, fatores incertos, de
crédito contra a sociedade:
Participação nos lucros (caso de continuidade da sociedade) e no
acervo social em caso de liquidação da sociedade (caso de dissolução
da sociedade).
⮚ Direitos pessoais: (fiscalizar, votar, recesso)

ATENÇÃO!!
Art. 1.009. A distribuição de lucros ilícitos ou fictícios acarreta
responsabilidade solidária dos administradores que a realizarem e dos
sócios que os receberem, conhecendo ou devendo conhecer-lhes a
ilegitimidade.
SOCIEDADE SIMPLES
⮚ Deveres os sócios
▪ Integralização e Boa Fé
⮚ Responsabilidade dos Sócios
Regra geral: os sócios respondem subsidiariamente, na
proporção de sua participação no capital social, mas podem optar
pela responsabilidade solidária (art. 1.023).

⮚ O patrimônio pessoal do sócio só responde na insuficiência do


patrimônio social e pela parte da dívida equivalente à sua parte no
capital social (art. 1.024).

⮚ Sócio que entra e sócio que sai. (2 anos)


SOCIEDADE SIMPLES

⮚ O Registro da Sociedade
▪ Prazo e Local de registro
▪ Alterações do contrato social
▪ Quórum

CC - Art. 999. As modificações do contrato social, que


tenham por objeto matéria indicada no art. 997,
dependem do consentimento de todos os sócios; as
demais podem ser decididas por maioria absoluta de
votos, se o contrato não determinar a necessidade de
deliberação unânime.
Parágrafo único. Qualquer modificação do contrato
social será averbada, cumprindo-se as formalidades
previstas no artigo antecedente.
SOCIEDADE SIMPLES

Administração
⮚ Atividade personalíssima
▪ Mandatários
⮚ A gestão ordinária X A vontade social
⮚ Os impedidos
⮚ Teoria da aparência X Teoria dos Atos Ultra Vires
⮚ Atos culposos dos administradores
⮚ Atos em desacordo com a maioria
⮚ Prestação de contas
⮚ Revogação de poderes do administrador da sociedade
simples
▪ Sócio instituído no contrato social art. 1019 (judicial)
▪ Outros
DISSOLUÇÃO
⮚ Resolução da Sociedade em Relação aos Sócios
▪ A resolução da sociedade em relação a um sócio é
assunto que está previsto nos artigos 1.004, 1.023
1.028 a 1.032 do Código Civil.

▪ Primeiramente, temos de saber que a resolução da


sociedade em relação a um sócio é também conhecida
como dissolução parcial. A dissolução parcial
acontece quando rompemos o contrato social, em
relação a um ou mais sócios, de maneira voluntário
ou involuntária. Todavia, há continuidade das
atividades.

▪ O mesmo não acontece na dissolução total, em


que há interrupção das atividades empresariais.
DISSOLUÇÃO

⮚ Resolução da Sociedade em Relação aos Sócios

Dissolução Total Distrato

Dissolução Parcial Alteração Contratual

▪ As causas de dissolução parcial são as seguintes:


– Sócio Remisso (CC, art. 1.004)
– Penhora de Quotas do Sócio (CC, art. 1026)
– Morte (CC, art. 1.028).
– Retirada (CC, art. 1.029).
– Exclusão ou expulsão (CC, art. 1.030 e 1.085).
– Incapacidade Superveniente (CC, art. 1.030)
– Falência (CC, art. 1.030, Parágrafo Único)
DISSOLUÇÃO PARCIAL
⮚ Sócio Remisso:

Art. 1.004. Os sócios são obrigados, na forma e


prazo previstos, às contribuições estabelecidas no
contrato social, e aquele que deixar de fazê-lo, nos
trinta dias seguintes ao da notificação pela
sociedade, responderá perante esta pelo dano
emergente da mora.

Parágrafo único. Verificada a mora, poderá a


maioria dos demais sócios preferir, à indenização, a
exclusão do sócio remisso, ou reduzir-lhe a quota
ao montante já realizado, aplicando-se, em ambos os
casos, o disposto no  §1º do art. 1.031.
DISSOLUÇÃO PARCIAL
⮚ Penhora de Quotas de Sócio:

Art. 1.026. O credor particular de sócio pode, na


insuficiência de outros bens do devedor, fazer recair a
execução sobre o que a este couber nos lucros da
sociedade, ou na parte que lhe tocar em liquidação.
Parágrafo único. Se a sociedade não estiver dissolvida,
pode o credor requerer a liquidação da quota do devedor,
cujo valor, apurado na forma do art. 1.031, será
depositado em dinheiro, no juízo da execução, até noventa
dias após aquela liquidação.

Penhora de Penhora de
Quotas do Sócio Lucros
DISSOLUÇÃO PARCIAL

⮚ Dissolução parcial por morte:

Art. 1.028. No caso de morte de sócio, liquidar-se-á


sua quota, salvo:
I – se o contrato dispuser diferentemente;

II – se os sócios remanescentes optarem pela


dissolução da sociedade;

III – se, por acordo com os herdeiros, regular-se a


substituição do sócio falecido.
DISSOLUÇÃO PARCIAL

⮚ Retirada de um sócio:

Art. 1.029. Além dos casos previstos na lei ou no contrato,


qualquer sócio pode retirar-se da sociedade; se de prazo
indeterminado, mediante notificação aos demais sócios,
com antecedência mínima de sessenta dias; se de prazo
determinado, provando judicialmente justa causa.

Parágrafo único. Nos trinta dias subsequentes à


notificação, podem os demais sócios optar pela dissolução
da sociedade.

ATENÇÃO! Não há definição legal do que vem a ser justa causa.


DISSOLUÇÃO PARCIAL
⮚ Exclusão por falta grave:

Art. 1.030. Ressalvado o disposto no art. 1.004 e seu


parágrafo único, pode o sócio ser excluído judicialmente,
mediante iniciativa da maioria dos demais sócios, por
falta grave no cumprimento de suas obrigações, ou,
ainda, por incapacidade superveniente.

Parágrafo único. Será de pleno direito excluído da


sociedade o sócio declarado falido, ou aquele cuja quota
tenha sido liquidada nos termos do parágrafo único do
art. 1.026.
DISSOLUÇÃO PARCIAL
⮚ Apuração de haveres:

Art. 1.031. Nos casos em que a sociedade se resolver em


relação a um sócio, o valor da sua quota, considerada pelo
montante efetivamente realizado, liquidar-se-á, salvo
disposição contratual em contrário, com base na situação
patrimonial da sociedade, à data da resolução, verificada em
balanço especialmente levantado.
§ 1o O capital social sofrerá a correspondente redução, salvo
se os demais sócios suprirem o valor da quota.
§ 2o A quota liquidada será paga em dinheiro, no prazo de
noventa dias, a partir da liquidação, salvo acordo, ou
estipulação contratual em contrário.

▪ Destarte, para saber o quanto o sócio terá restituído em relação a


sua quota, teremos de fazer balanço patrimonial especial para a
situação.
DISSOLUÇÃO TOTAL

⮚Art. 1.033. Dissolve-se a sociedade quando ocorrer:


⮚ Decurso do Tempo
I – o vencimento do prazo de duração, salvo se, vencido
este e sem oposição de sócio, não entrar a sociedade em
liquidação, caso em que se prorrogará por tempo
indeterminado;

⮚ Consenso
II – o consenso unânime dos sócios;

⮚ Deliberação da Maioria
III – a deliberação dos sócios, por maioria absoluta, na
sociedade de prazo indeterminado;
DISSOLUÇÃO TOTAL

⮚ Unipessoalidade
IV – a falta de pluralidade de sócios, não reconstituída no
prazo de cento e oitenta dias;
⮚ Extinção da autorização para funcionar
V – a extinção, na forma da lei, de autorização para
funcionar.

Parágrafo único. Não se aplica o disposto no inciso IV caso o


sócio remanescente, inclusive na hipótese de concentração
de todas as cotas da sociedade sob sua titularidade,
requeira, no Registro Público de Empresas Mercantis, a
transformação do registro da sociedade para empresário
individual ou para empresa individual de responsabilidade
limitada, observado, no que couber, o disposto nos arts.
1.113 a 1.115 deste Código.
DISSOLUÇÃO TOTAL

Art. 1.034. A sociedade pode ser dissolvida


judicialmente, a requerimento de qualquer dos sócios,
quando:

⮚ Anulação da constituição
I – anulada a sua constituição;

⮚ Exaurimento e inexequibilidade do objeto social


II – exaurido o fim social, ou verificada a sua
inexequibilidade.
DISSOLUÇÃO TOTAL

Como ocorre o procedimento de dissolução total


de sociedades??

1. Liquidação
1.1 Liquidante

2. Partilha
2.1 Proporcional as quotas
2.2 Dívidas remanescentes

3. Extinção
3.1 Baixa X Abandono de estabelecimento
DIREITO EMPRESARIAL

- SOCIEDADE LIMITADA

Docente: Dr. Fábio Gabriel de Oliveira


SOCIEDADE LIMITADA

⮚ DISPOSIÇÕES GERAIS:

⮚ Tipo Societário mais comum no Brasil;


⮚ Unipessoalidade
⮚ Contrato Social;
⮚ Nome Empresarial
⮚ Firma ou Denominação;
⮚ Seguido do nome Limitada ou LTDA;
⮚ Limitação da Responsabilidade dos Sócios;
⮚ As normas da Sociedade Simples, em regra, são aplicadas
subsidiariamente, mas pode-se prever a aplicação da Lei
das S/A;
SOCIEDADE LIMITADA
⮚ DISPOSIÇÕES GERAIS:

⮚ Pessoal ou de Capital (Sociedade Híbrida)

⮚ Affectio Societatis;

⮚ Capital Social
⮚ Subscrito x Integralizado

⮚ Capital Subscrito;
⮚ Todos os sócios respondem solidariamente pela
integralização.
SOCIEDADE LIMITADA

⮚ DAS QUOTAS:
⮚ O capital será dividido em quotas iguais ou desiguais;

⮚ Devem ser integralizadas pelos sócios com bens ou dinheiro, não


sendo lícita a integralização com serviços.
⮚ Os sócios respondem solidariamente pelo prazo de 5 anos pela
avaliação dos bens usados na integralização.
⮚ As quotas são indivisíveis (condomínio e solidariedade)

⮚ Cessão de quotas (para sócio X para terceiro, ¾ de aprovação)


⮚ Sócio Remisso
⮚ Distribuição de qualquer quantia retirada em prejuízo do capital
SOCIEDADE LIMITADA

DA ADMINISTRAÇÃO:
⮚ A administração deve feita por uma ou mais pessoa física
(natural).
⮚ No caso de o contrato social prever que a administração será
feita por todos os sócios, aquele que posteriormente for admitido
como sócio não será automaticamente administrador, salvo
previsão expressa no contrato.
⮚ Havendo pluralidade de administradores, sem a designação no
contrato dos poderes conferidos a cada um deles, presume-se
que todos os sócios podem gerir individualmente a sociedade.
SOCIEDADE LIMITADA

A NOMEAÇÃO DO ADMINISTRADOR:
⮚ Poderá ser indicado no contrato social ou nomeado em ato
separado. O quórum irá variar, conforme se vê abaixo:
▪ Unanimidade: administrador não sócio e capital social não
integralizado;
▪ 2/3 (dois terços): administrador não sócio e capital
social totalmente integralizado.
▪ Maioria absoluta (mais da metade do capital social):
administrador sócio.
SOCIEDADE LIMITADA

A CESSAÇÃO DAS FUNÇÕES DO ADMINISTRADOR:


⮚ Expirado prazo previsto no ato de nomeação.
⮚ Renúncia do administrador (art. 1.063 § 3)
⮚ Sem previsão de prazo previsto no ato de nomeação =
necessidade de deliberação, com os seguintes quóruns.
▪ Administrador sócio, nomeado no contrato social =
Maioria absoluta. (Art. 1.063, §1º) - Alteração 2019
▪ Administrador não sócio ou Sócio nomeado em ato
separado = Maioria absoluta. (Art. 1.076, inciso II)
SOCIEDADE LIMITADA

CONSELHO FISCAL
⮚ Fiscalização da atuação da administração da sociedade limitada.
⮚ Criação facultativa.
⮚ Composição: no mínimo três membros efetivos e três suplentes,
sócios ou não.
⮚ A escolha será feita na assembleia geral anual, garantindo aos
minoritários (1/5 no mínimo do capital social) o direito de
escolher um membro e o respectivo suplente. Nesta assembleia
será fixada a remuneração devida aos membros do conselho
fiscal.
⮚ Atribuições.
SOCIEDADE LIMITADA

DAS DELIBERAÇÕES DOS SÓCIOS

Art. 1.080-A. O sócio poderá participar e votar a distância


em reunião ou em assembleia, nos termos do regulamento
do órgão competente do Poder Executivo federal.
Parágrafo único. A reunião ou a assembleia poderá ser
realizada de forma digital, respeitados os direitos
legalmente previstos de participação e de manifestação
dos sócios e os demais requisitos regulamentares.
(Incluído pela Lei 14.030/20)
SOCIEDADE LIMITADA

DAS DELIBERAÇÕES DOS SÓCIOS


⮚ Reuniões e Assembleias:

⮚ As deliberações tomadas de conformidade com lei e o contrato


vinculam todos os sócios, até mesmo aqueles que não
comparecerem ou que foram contra a deliberação, os chamados
dissidentes.

⮚ As deliberações infringentes do contrato ou da lei tornam


ilimitada a responsabilidade dos que expressamente as
aprovaram.

⮚ Dispensa da reunião ou assembleia.


SOCIEDADE LIMITADA

DAS DELIBERAÇÕES DOS SÓCIOS


⮚ Dispensa de Convocação.
⮚ Convocação (Administrador, Conselho, Sócio)
⮚ Quóruns:
⮚ Instalação:

a. 3/4 capital social – 1ª convocação

b. qualquer número – 2ª convocação

⮚ 100% do capital: Transformação art. 1.114


⮚ 3/4 capital social: alteração do contrato social, dissolução da
sociedade, ou cessação do estado de liquidação.
SOCIEDADE LIMITADA

DAS DELIBERAÇÕES DOS SÓCIOS


⮚ Maioria absoluta: designação dos administradores sócios
quando feito em ato separado; destituição dos administradores;
remuneração dos administradores quando não constante no
contrato social; pedido de recuperação judicial; exclusão
extrajudicial de sócio minoritário.
⮚ Maioria dos presentes: as outras deliberações.
SOCIEDADE LIMITADA

ASSEMBLEIA OBRIGATÓRIA Art. 1078

⮚ Data

⮚ Pauta (contas, eleição, qualquer outro assunto)

⮚ Documentos (30 dias)

⮚ Rejeição das contas

⮚ Aprovação das contas

⮚ Prazo pra anulação


SOCIEDADE LIMITADA

DO AUMENTO E DA REDUÇÃO DO CAPITAL


⮚ Aumento do capital social, é possível desde que o anterior
esteja integralizado.
⮚ Novas quotas.
⮚ Direito de Preferência (30 dias)
⮚ Redução do capital social
⮚ Perdas Irreparáveis
⮚ Capital excessivo
SOCIEDADE LIMITADA

EXCLUSÃO EXTRAJUDICIAL DO SÓCIO


⮚ Requisitos cumulativos;
▪ Previsão no contrato social;
▪ Iniciativa da maioria absoluta do capital social;
▪ Atos de inegável gravidade;
▪ Reunião ou assembleia;
⮚ Ampla defesa e contraditório.

Art. 1.085.
Parágrafo único. Ressalvado o caso em que haja apenas dois
sócios na sociedade, a exclusão de um sócio somente poderá ser
determinada em reunião ou assembleia especialmente convocada
para esse fim, ciente o acusado em tempo hábil para permitir
seu comparecimento e o exercício do direito de defesa.
(Alteração 2019)
SOCIEDADE LIMITADA

DISSOLUÇÃO
Art. 1.087. A sociedade dissolve-se, de pleno direito, por
qualquer das causas previstas no art. 1.044.
OPERAÇÕES SOCIETÁRIAS

⮚ TRANSFORMAÇÃO: Societária Da Pessoa

⮚ FUSÃO:

Empresa A

Empresa C
Empresa B

⮚ INCORPORAÇÃO:

Empresa A

Empresa A
Empresa B
OPERAÇÕES SOCIETÁRIAS

⮚ CISÃO PARCIAL:

Empresa A
Empresa A
Empresa B

⮚ CISÃO TOTAL:

Empresa B
Empresa A
Empresa C
SOCIEDADES COLIGADAS

⮚ SIMPLES PARTICIPAÇÃO

Art. 1.100. É de simples participação a sociedade de cujo capital outra


sociedade possua menos de dez por cento do capital com direito de
voto.

⮚ COLIGADAS
⮚ 10% ou mais, mas sem controlar.

⮚ CONTROLADAS
⮚ Controladora x Controlada

⮚ O PODER DE CONTROLE

⮚ Poder de eleger os administradores e o efetivo exercício deste


poder.

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