1°ano Tancredo 2023

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Língua e linguagem: o que é e qual a diferença?

• Linguagem é toda forma que o ser humano


usa para se comunicar. A linguagem inclui a
língua que, por sua vez, é um sistema
convencionado pelos homens e utilizados por
grupos. Um desses sistemas
convencionados é a Gramática, ou seja, as
regras que estabelecem o uso de uma língua.
• Língua é: um conjunto organizado de elementos, desenvolvido
pelos humanos para se comunicar, e comum a um grupo. Por
exemplo: pessoas que falam francês ou aquelas que
aprenderam a se comunicar em Libras.
• Exemplos de língua: a Língua Brasileira de Sinais (Libras) é uma
língua oficial, tal como as línguas portuguesa, espanhola,
inglesa, alemã e francesa.
• Linguagem é: é qualquer forma de
expressão utilizada pelas pessoas para se
comunicar.
• Exemplos de linguagem: dança, placas
sinalizadoras, semáforo e música.
Diferença entre língua e linguagem

• A diferença entre língua e linguagem é que a


língua consiste em uma das formas existentes de
linguagem. A língua é falada ou escrita, e
utilizada por uma comunidade.
• Enquanto isso, a linguagem é uma forma mais
abrangente de comunicação, porque, além da
língua, inclui movimentos, imagens, sons.
Tipos de linguagem

• Existem diferentes tipos de linguagem: verbal, não verbal e


mista.
• A linguagem verbal é aquela que utiliza palavras para transmitir
uma mensagem.
• Exemplos: e-mail, jornal, livro.
• A linguagem não-verbal é aquela que utiliza imagens, sinais,
gestos, entre outros para transmitir uma mensagem.
• A linguagem mista é uma combinação das
linguagens verbal e não verbal, ou seja, além de
palavras, ela recorre a recursos visuais.
• Exemplos: charges, histórias em quadrinhos,
placas de sinalização.
Exemplos: charges, historias em quadrinho, placas de sinalização
O que é fala?

• A fala é uma linguagem oral que, além disso, recorre à língua


para se manifestar. Por exemplo, as pessoas falam português,
inglês, espanhol, entre tantas outras línguas.
• Conforme o contexto dos seus falantes, surgem diferentes
níveis da fala: a fala coloquial e a fala culta.
• A fala coloquial é utilizada em situações informais, logo,
comum no dia a dia dos falantes, cujo vocabulário pode ser
mais simples e marcado por gírias.
• A fala culta é utilizada em situações formais e, assim, o
vocabulário é mais polido.
Oralidade e Escrita

• A oralidade e a escrita são duas formas de variação linguística,


onde a oralidade é geralmente marcada pela linguagem
coloquial (ou informal), enquanto a escrita, em grande parte,
está associada à linguagem culta (ou formal).
A Fala, a Leitura e a Escrita

• Quando falamos com os amigos ou familiares


utilizamos a linguagem informal, constituída por
marcas da oralidade, seja abreviações, erros de
concordância, gírias, expressão menos prestigiadas,
prosódias.

• Importante notar que historicamente, a fala precede a


escrita, ou seja, a escrita foi criada a partir da
comunicação entre os homens bem como da
necessidade de registro.
• Claro que a linguagem informal não pode ser considerada errada
uma vez que os falantes da língua utilizam a informalidade de acordo
com determinados contextos.

• No entanto, quando estamos conversando com superiores no


trabalho, por exemplo, essas marcas são deixadas de lado, para dar
lugar a uma linguagem mais cuidada, ou seja, aquela em que não
notamos as marcas da oralidade, e que intuitivamente utilizamos em
determinados contextos de produção que exigem formalidades.
• Feita essa observação, note que mesmo nas situações de oralidade,
podemos utilizar uma linguagem mais preocupada ou formal, por
exemplo, nas apresentações em público.

• Um dos fatores mais importantes para a construção da linguagem deve


se à leitura, posto que as pessoas que mantém o hábito da leitura têm
muito mais facilidade para se expressarem e claro, para perceber o
contexto em que estão inseridas e qual das linguagens devem usar.
• Além disso, o hábito de leitura melhora a escrita, que na maior
parte dos casos, deve adotar a linguagem formal e das normas
gramaticais para se expressar. Da mesma forma que na
oralidade, o ato de escrever está intimamente relacionado com
o contexto em que está inserido.

• Ou seja, quando mandamos um bilhete na sala de aula para


uma amiga, certamente, a linguagem utilizada não é formal,
sendo fortemente marcada por traços da oralidade.
• Por sua vez, quando a professora pede a produção de um texto,
aquela linguagem utilizada no bilhete não deve ser usada na
redação, visto que esse se trata de um texto formal, cujas
normas e regras gramaticais devem estar presentes.
• O mais importante da diferença entre a oralidade e a escrita é
perceber em qual contexto você deve usar a linguagem
despretensiosa (coloquial) ou a linguagem formal, que exige
conhecimento prévio das normas da língua.
• Nesse caso, quando produzimos um texto, as marcas
extremamente “normais” da oralidade como gírias, vícios de
linguagem, abreviações, erros ortográficos e de concordância,
não devem ser aplicadas.
• Em resumo, na linguagem escrita não devemos produzir as
falas e os modos que usamos quando estamos falando. Isso
empobrece o texto.
• Observe que a escrita é uma representação da fala que exige
algumas regras próprias. Por exemplo, os sinais de pontuação.
Variações Linguísticas

• As variações linguísticas reúnem as variantes da língua que


foram criadas pelos homens e são reinventadas a cada dia.

• Dessas reinvenções surgem as variações que envolvem diversos


aspectos históricos, sociais, culturais, geográficos, entre outros.

• No Brasil, é possível encontrar muitas variações linguísticas, por


exemplo, na linguagem regional.
linguagem regional.
Tipos e exemplos de variações linguísticas

• Há diversos tipos de variações linguísticas segundo o campo


de atuação:

• 1. Variação geográfica ou diatópica

• Está relacionada com o local em que é desenvolvida, tal como


as variações entre o português do Brasil e de Portugal,
chamadas de regionalismo.
Exemplo de regionalismo
• 2. Variação histórica ou diacrônica

• Ela ocorre com o desenvolvimento da história, tal como o


português medieval e o atual.
• Exemplo de português arcaico
Linguagem Formal e Informal

•Quanto aos níveis da fala, podemos considerar dois padrões de linguagem: a 


linguagem formal e informal.

•Certamente, quando falamos com pessoas próximas utilizamos a linguagem


dita coloquial, ou seja, aquela espontânea, dinâmica e despretensiosa.

•No entanto, de acordo com o contexto no qual estamos inseridos, devemos


seguir as regras e normas impostas pela gramática, seja quando elaboramos um
texto (linguagem escrita) ou organizamos nossa fala numa palestra (linguagem
oral).
• Em ambos os casos, utilizaremos a linguagem formal, que está
de acordo com a normas gramaticais.

• Observe que as variações linguísticas são expressas


geralmente nos discursos orais. Quando produzimos um texto
escrito, seja em qual for o lugar do Brasil, seguimos as regras
do mesmo idioma: a língua portuguesa.
Preconceito Linguístico


O preconceito linguístico está intimamente relacionado com as variações
linguísticas, uma vez que ele surge para julgar as manifestações linguísticas ditas
"superiores".
• Para pensarmos nele não precisamos ir muito longe, pois em nosso país, embora o
mesmo idioma seja falado em todas as regiões, cada uma possui suas
peculiaridades que envolvem diversos aspectos históricos e culturais.
• Sendo assim, a maneira de falar do norte é muito diferente da falada no sul do país.
Isso ocorre porque nos atos comunicativos, os falantes da língua vão determinando
expressões, sotaques e entonações de acordo com as necessidades linguísticas.
• De tal modo, o preconceito linguístico surge no tom de
deboche, sendo a variação apontada de maneira pejorativa e
estigmatizada.
• Quem comete esse tipo de preconceito, geralmente tem a ideia
de que sua maneira de falar é correta e, ainda, superior à outra.
• Entretanto, devemos salientar que todas as variações são
aceitas e nenhuma delas é superior, ou considerada a mais
correta.
2. Variação histórica ou diacrônica
Ela ocorre com o desenvolvimento da história, tal como o português medieval e o atua
Exemplo de português arcaico

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