Poesia Pau-Brasil

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Poesia Pau-Brasil

Alunas: Livia Maria


Karolayne Cruvinel
Biografia de Oswald de Andrade

• Nasceu em São Paulo, no dia 11 de janeiro de 1890.

• Fez seus primeiros estudos no Ginásio de São Bento.

• Oswald de Andrade estreou como jornalista em 1909.

• Era irônico e gozador, teve uma vida atribulada, foi militante político, foi o
idealizador dos principais manifestos modernistas

• Foi um escritor da primeira fase modernista (1922 – 1930)


Características literárias

• Inovação estética • Regionalismo

• Crítica à tradição literária • Uso da linguagem coloquial

• Liberdade formal • Elementos sociopolíticos

• Nacionalismo crítico
Peculiaridades

• Humor • Prosa com frases curtas


• Fragmentação
• Sátira da vida burguesa
• Ironia

• Caráter ideológico • Poesia ágil ou sintética

• Metalinguagem
• Presença de neologismos
Semana de Arte Moderna

• Iniciou uma amizade com Mário de Andrade.

• Ao lado da pintora Anita Malfatti, do escritor Mário de Andrade e


de outros intelectuais organizou a Semana de Arte Moderna de
1922.

• Participou intensamente da Semana de Arte Moderna de 22.


Manifesto Pau-Brasil

• Lançado em 18 de março de 1924

• Um dos mais importantes manifestos do Modernismo

• Em 1925 foi lançado o livro de poemas Pau-Brasil


Falação
A língua sem arcaísmos. Sem erudição.
O Cabralismo. A civilização dos Donde a nunca exportação de poesia. A Natural e neológica. A contribuição
donatários. A Querência e a poesia emaranhada na cultura. Nos milionária de todos os erros.
Exportação. cipós
Passara-se do naturalismo à pirogravura
das metrificações. doméstica e à kodak excursionista.
O Carnaval. O Sertão e a Favela.
Todas as meninas prendadas. Virtuoses
Pau-Brasil. Bárbaro e nosso. Século XX. Um estouro nos de piano de manivela.
aprendimentos. Os homens que sabiam
A formação étnica rica. A riqueza tudo se deformaram como babéis de As procissões saíram do bojo das fábricas.
vegetal. borracha. Rebentaram de Foi preciso desmanchar. A deformação
O minério. A cozinha. O vatapá, o ouro enciclopedismo. através do impressionismo e do símbolo.
O lirismo em folha. A apresentação dos
e materiais.
a dança. A poesia para os poetas. Alegria da
ignorância que descobre. Pedr'Álvares. A coincidência da primeira construção
brasileira no movimento de reconstrução
Toda a história da Penetração e a geral. Poesia Pau-Brasil.
história Uma sugestão de Blaise Cendrars: —
Contra a argúcia naturalista, a síntese.
comercial da América. Pau-Brasil. Tendes as locomotivas cheias, ides Contra a cópia, a invenção e a surpresa.
partir.
Conta a fatalidade do primeiro branco Um negro gira a manivela do desvio Uma perspectiva de outra ordem que a
visual. O correspondente ao milagre físico
aportado e dominando rotativo em que estais. O menor em arte. Estrelas fechadas nos negativos
diplomaticamente descuido fotográficos.
as selvas selvagens. Citando Virgílio vos fará partir na direção oposta ao E a sábia preguiça solar. A reza. A
para vosso energia silenciosa. A hospitalidade.
tupiniquins. O bacharel. destino. Bárbaros, pitorescos e crédulos.
Pau-Brasil. A floresta e a escola. A
País de dores anônimas. De doutores Contra o gabinetismo, a palmilhação cozinha, o minério e a dança. A
vegetação. Pau-Brasil.
anônimos. Sociedade de náufragos dos
eruditos. climas.
Gandavo

• Natureza morta • Riquezas Naturais


Muitos mataes pepinos romans e figos
A esta fruita chamam Ananazes De muitas castas
Depois que sam maduras têm un
cheiro muy suave Cidras limões e laranjas
E come-se aparados feitos em talhada Um infinidade
E assi fazem os moradores por elle Muitas cannas daçucre
mais
E os têm em mayor estima Infinito algodam
Que outro nenhum pomo que aja na Também há muito paobrasil
terra
Nestas capitanias
A transação

O fazendeiro criara filhos


Escravos escravas
Nos terreiros de pitangas e jabuticabas
Mas um dia trocou
O ouro da carne preta e musculosa
As gabirobas e os coqueiros
Os monjolos e os bois
Por terras imaginárias
Onde nasceria a lavoura verde do café
3 de maio

Aprendi com meu filho de dez anos


Que a poesia é a descoberta
Das coisas que eu nunca vi
Nossa senhora dos cordões

Evoé Acérrima defensora da Verdade


Protetora do Carnaval em Botafogo e da Razão
Mãe do rancho vitorioso
Nas pugnas de Momo Sejo o mais luxuoso novo e
Auxiliadora dos artísticos trabalhos original
Do barracão E tenha o veredictum unânime
Patrona do livro de ouro No grande prélio
Proteje nosso querido artista Pedrinho
Como o chamamos na intimidade Que dentro de poucas horas
Para que o brilhante cortejo Se travará entre as hostes
Que vamos sobremeter à apreciação aguerridas
Do culto povo carioca Do Riso e da Loucura
E da Imprensa Brasileira

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