3.1 GEO - Arquivos - RS

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As Rochas

Sedimentares

Arquivos
Históricos da
Terra
Arquivos Históricos da Terra

 Estratigrafia – ramo da Geologia


que estuda as relações, no espaço e
no tempo, entre as rochas
sedimentares, visando, entre outros, a
compreensão da sua génese, bem
como a sua representação vertical e
horizontal.

Tendo em conta a especificidade dos


seus ambientes de formação, as
rochas sedimentares apresentam
estruturas que nos permitem inferir
dados sobre esses ambientes.
Arquivos Históricos da Terra

Teto
Estrato
Muro

Estratificação – é a estrutura Estrato (camada ou leito) – é a


mais comum das rochas unidade estratigráfica elementar; o
sedimentares e resulta do facto seu limite superior designa-se teto e o
da deposição de sedimentos, por inferior muro.
acção da gravidade, ser
horizontal.
Arquivos Históricos da Terra

Sequência estratigráfica –
sucessão de estratos
depositados no mesmo
ambiente sedimentar.

Sempre que ocorre uma variação brusca na natureza do sedimento, uma


pausa na sedimentação ou uma alteração nas condições físico-químicas do
meio, individualiza-se um novo estrato. A espessura dos estratos é muito
variável – os estratos finos, ao contrário dos espessos, revelam grande
instabilidade no meio de sedimentação.
Arquivos Históricos da Terra

Fácies sedimentar – conjunto de


características litológicas
(mineralogia, textura, espessura ...)
e fossilíferas de um estrato
sedimentar, que contribui para a
compreensão e interpretação do
ambiente reinante aquando da sua
sedimentação (reconstituição de
paleoambientes).
Ambientes de Sedimentação
Glaciar

Planície de Maré Margem


Lago continental
Deserto Recife
Plataforma
Rio
Delta Praia
Talude continental

Planície abissal

Os ambientes de sedimentação – detríticos, quimiogénicos e biogénicos -


distribuem-se pela superfície da Terra, nomeadamente nos continentes, nos
mares e nos oceanos, bem como nas respectivas zonas de transição.
Ambientes de Sedimentação Detríticos
Ambiente Transporte Sedimentos
Aluvial ou fluvial Rios Areias, balastros,
siltes e argilas

Deserto Vento Areias


Continental Lago Correntes Areias, siltes e argilas

Glaciar Gelo Areias, balastros,


siltes e argilas

Delta ou estuário Rio, ondas, marés Areias, siltes e argilas


Transição
Praia Ondas, marés Areias, balastros

Plataforma continental Ondas, marés Areias, siltes e argilas

Marinho Margem continental Correntes oceânicas Siltes, argilas e areias

Mar profundo (planície Correntes oceânicas Siltes e argilas


abissal)
Ambientes de Sedimentação Quimiogénicos

Ambiente Processo Químico Sedimentos

Precipitação por
Marinho Mar pouco variação das Calcite
profundo condições físico-
químicas das águas
marinhas

Continental Lagos salgados Evaporação das Halite e gesso


(zonas áridas) águas salgadas
Ambientes de Sedimentação Biogénicos

Ambiente Transporte Sedimentos

Mar profundo Organismos com Sílica


(planície abissal) concha
Marinho
Mar pouco Organismos com Calcite
profundo concha

Continental Pântanos Plantas Turfa


Arquivos Históricos da Terra
A interpretação da sequência
dos estratos e de estruturas
eventualmente preservadas no
seu teto ou muro – fendas de
dessecação, ripple marks,
pistas de locomoção de animais
ou outros fósseis – permite
desvendar aspetos da sua
história geológica,
nomeadamente sobre as
condições ambientais reinantes
aquando da sua formação – o
seu paleoambiente.
Arquivos Históricos da Terra

Paleoambientes
Ambientes antigos,
reconstituídos pela
interpretação de
sequências estratigráficas,
que permitem recriar as
condições ambientais
reinantes aquando da
formação dessas rochas
sedimentares.
Fósseis

São restos ou moldes de seres vivos que existiram em épocas geológicas


passadas, ou vestígios da sua atividade, preservados nas rochas de cuja génese
são contemporâneos.
Fossilização
1- O peixe morre e o seu corpo fica no
fundo do mar.
2- Sobre ele vão-se depositando
sedimentos que o enterram totalmente.
3- As partes moles do organismo
entram em decomposição, permitindo
à água penetrar no esqueleto que ainda
subsiste.
4- Com o tempo, a água vai
depositando minerais que lentamente
vão substituindo os constituintes do
esqueleto.

A fossilização é um conjunto de fenómenos físicos e químicos que permitem a


formação de um fóssil.
Processos de Fossilização - Marcas

Coprólitos

Pegadas

Ovos
Marcas (Icnofósseis) - Vestígios deixados pelos seres vivos que fornecem
informações importantes sobre a locomoção, a alimentação, a reprodução.
Processos de Fossilização - Moldagem

Molde interno de gastrópode

Molde externo e
contramolde de Trilobite
Impressão de folha
Moldagem - As formações mais duras, ainda que mais resistentes, acabam
por ser destruídas, ficando nas rochas o molde externo ou interno dessas
formações.
Processos de Fossilização - Mineralização

Mineralização – O organismo ou as suas partes duras são conservados por


substituição ou impregnação gradual das substâncias originais do ser vivo
(matéria orgânica) por substâncias minerais.
Processos de Fossilização - Mumificação

Mumificação ou Conservação Total - Ocorre quando o ser vivo é


envolvido, de imediato, por uma substância impermeável (resina, gelo
ou alcatrão) que impede qualquer decomposição.
Fósseis de Idade

Trilobite Amonite

Fósseis de Idade – são bons indicadores da idade geológica das rochas/estratos onde se
encontram preservados, porque possuem as seguintes caraterísticas:
- viveram durante período de tempo geológico muito curto;
- grande distribuição geográfica (horizontal);
- pequena distribuição estratigráfica (vertical);
- existiram em grande número.
Fósseis de Fácies
 Bons indicadores de paleoambientes.

 Pequena distribuição geográfica


(horizontal).

 Grande distribuição estratigráfica


(vertical).

Coral do Cretácico

Fósseis de Fácies – fósseis que permitem reconstituir o ambiente do local onde se


formaram.
Os corais são bons indicadores de ambientes, uma vez que os recifes apenas se
formam em mares pouco profundos (profundidade inferior a 50 m) e com
temperaturas que variam entre os 25 e os 29 graus.
Princípios da Geologia

Princípio das Causas Atuais

Na reconstituição da história da
Terra e da Vida aplica-se o
princípio das causas atuais
ou do atualismo geológico,
isto é, pode explicar-se o
passado a partir do que se
observa no presente.

O presente é a chave do
passado.
Princípios da Estratigrafia
A datação relativa estabelece a ordem cronológica pela qual as formações
geológicas se constituíram no lugar em que se encontram. Para essa datação
aplicam-se os princípios da estratigrafia.
Princípio da Sobreposição dos Estratos

Estrato mais recente

Estrato mais antigo

Princípio da Sobreposição (Nicolas


Steno, 1669)
Numa sequência estratigráfica não
deformada (posição original), um
dado estrato é mais recente do que
aqueles que estão abaixo dele e mais
antigo do que aqueles estão acima
dele.
Discordâncias Estratigráficas

Por vezes verificam-se grandes superfícies de descontinuidade no registo


geológico devido à ausência de camadas (explicadas pela erosão). Estas
descontinuidades designam-se discordâncias estratigráficas ou lacunas
estratigráficas.
Discordâncias Estratigráficas

Se após a formação da primeira


série de estratos a sua posição
for alterada por acção de forças
tectónicas, perdendo a
horizontalidade, e se,
posteriormente, ocorrer a
deposição de outra série de
estratos, a superfície de
separação das duas séries
designa-se por discordância
angular.
Princípio da Intersecção

A intrusão (I) é mais


recente do que os estratos
A, B, C, D e E.

O filão é mais recente do


que todas as outras
formações, dado que as
intersecta.
Princípio da Inclusão

Descontinuidade

O estrato F é mais
recente do que os outros,
pois inclui fragmentos de
D, C e B.
Princípios da Intersecção e da Inclusão

Princípio da Interseção –
admite que toda a estrutura
geológica, que interseta outra, é
mais recente do que ela.

Princípio da Inclusão – admite


que fragmentos de rochas
incorporados numa rocha são
mais antigos do que a rocha
que os engloba.
Princípio da Continuidade Lateral

O mesmo período de sedimentação pode ocorrer em diferentes ambientes,


originando estratos, que se podem estender por uma vasta área, onde se
verifica uma passagem gradual de litologias. O princípio da continuidade
lateral afirma que um estrato é, aproximadamente, da mesma idade em
toda a sua extensão. Permite estabelecer correlação de idades e de posição
entre estratos localizados em lugares, por vezes, distanciados.
Princípio da Identidade Paleontológica

Estratos com o mesmo conteúdo fossilífero têm a mesma idade.


Tempo Geológico
A aplicação conjunta dos
princípios da Geologia permite
estabelecer relações de idade
entre rochas sedimentares
geograficamente afastadas,
imprescindíveis na compreensão
da história de uma região, de um
continente ou, até mesmo, da
Terra.

A técnica da correlação permitiu a


construção de uma escala do
tempo geológico – seriação, em
termos cronológicos, dos
acontecimentos que marcaram a
História da Terra.
Tempo Geológico

Unidade geocronológica –
corresponde a um período de
tempo, materializado por uma
sucessão de rochas.

Éon – unidade
geocronológica
mais ampla

Pré-Câmbrico – Fanerozóico –
rochas desprovidas rochas nitidamente
de fósseis fossíliferas
Pré-câmbrico (4600 a 540 M.a.)

No Pré-Câmbrico já existiam formas de vida, ainda que rudimentares,


nomeadamente seres unicelulares. Divide-se em duas Eras – o Arcaico e o
Proterozóico
Pré-câmbrico (4600 a 540 M.a.)

Deste tempo geológico, a


que pertencem as rochas mais
antigas da crosta terrestre, existem
muito poucos fósseis; alguns
exemplos são os estromatólitos –
resultantes da actividade das
cianobactérias – e os fósseis de
Ediacara (Austrália) – celenterados,
vermes, equinodermes e moluscos.
Há cerca de 3800 M.a.,
surgiram as primeiras formas de vida
– organismos unicelulares. Julga-se
que, há cerca de 700 M.a., os mares
seriam povoados por animais de
corpo mole e sem concha.
Pré-câmbrico (4600 a 540 M.a.)

Cianobactérias
Seres unicelulares eucarióticos

Fauna de Ediacara
Ser eucariótico fotossintético
Era Paleozóica (540 a 250 M.a.)
Era Paleozóica (540 a 250 M.a.)

De acordo com os fósseis, uma


grande quantidade de animais
evoluíram entre 530-520 milhões de
anos.
No princípio e meados do
Paleozóico os invertebrados, tais
como corais, moluscos e
artrópodes, como as trilobites,
governavam os oceanos.
No final do Paleozóico os
vertebrados – incluindo peixes,
anfíbios e répteis – começaram a
proliferar. Os animais e as plantas
povoaram a Terra, embora
predominassem nos oceanos.
Era Paleozóica (540 a 250 M.a.)

Há aproximadamente 440 milhões de anos ocorreu a extinção em


massa do Ordovícico. Foi a segunda maior extinção de todos os tempos.
Muitas espécies marinhas extinguiram-se, incluindo as que constituíam recifes.
No final do Paleozóico, no Pérmico, há aproximadamente 250
milhões de anos, extinguiram-se 96% das espécies dos oceanos. Foi a
extinção maior de todos os tempos
Era Paleozóica (540 a 250 M.a.)

Plantas do
Carbónico

Trilobites do Silúrico

Ofíuro do Devónico

Coral do Devónico

Peixe do Pérmico Anfíbio do Pérmico


Era Mesozóica (250 a 65 M.a.)
Era Mesozóica (250 a 65 M.a.)

Os dinossauros evoluíram e tornaram-se


abundantes. Alguns eram herbívoros e
outros eram carnívoros.
Provavelmente, as aves evoluíram de
um grupo de pequenos dinossauros
carnívoros no final do Mesozóico,.
As coníferas evoluíram no princípio do
Mesozóico. As primeiras plantas com
flores evoluíram no final do Mesozóico.
Os mamíferos evoluíram durante o
Mesozóico e eram uma espécie
relativamente pouco abundante, e eram
pequenos. Durante e Mesozóico, os
mamíferos eram comidos por dinossauros
predadores.
Era Mesozóica (250 a 65 M.a.)
No final do Mesozóico, ocorreu a extinção
em massa do Cretácico. Este foi o evento
de extinção que acabou com os dinossauros
(entre outras espécies).

Algumas das causas dessa extinção


incluem um ou mais impactos de
meteoritos, vulcanismo intenso à escala
mundial e mudanças climáticas.
Era Mesozóica (250 a 65 M.a.)
Esponja do
Cretácico

Coral do Insecto do Jurássico


Cretácico

Caranguejo do Jurássico

Ouriço-do-mar
do Cretácico

Ju r ássico
Ave do Gastrópode do Jurássico
Era Cenozóica (65 M.a. até à actualidade)
Era Cenozóica (65 M.a. até à actualidade)

Os mamíferos, que eram pequenos


e pouco abundantes durante o
Mesozóico, diversificam-se e novas
espécies de mamíferos evoluem.
Os cavalos e outras espécies de
animais de pasto evoluem e
alimentam-se dos prados recentes.
Os primeiros cavalos eram pequenos,
aproximadamente do tamanho de um
cão labrador.
Os humanos modernos e os
seus ancestrais mais recentes são
chamados hominídeos. Foram
encontrados milhares de fósseis de
hominídeos, o mais antigo data de há
cerca de 6 milhões de anos. Os
fósseis de Homo Sapiens podem
chegar a ter mais de 40 000 anos.
Era Cenozóica (65 M.a. até à actualidade)

Equinoderme
do Mioceno

Planta do Mioceno

Pinheiro do
Oligoceno

Insecto conservado em âmbar

Tigre dentes
de sabre do
Plioceno
Dente de Tubarão
Cavalo do Mioceno do Mioceno Peixe do Eoceno
E
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T
E
R
R Constituição do continente Rodinia.
A
Abertura dos oceanos Iapetus e Paleo-Tethys. Constituição da Avalónia.
Fecho do oceano Iapetus e abertura do oceano Rheic. Formação do
continente Norte-Atlântico.
No princípio do Mesozóico, os continentes estavam unidos e formavam um
super-continente chamado Pangeia. Durante o Mesozóico os continentes
separaram-se entre si.
A Índia, a Austrália e a Antártida começam a separar-se da Gondwana.
Afastamento da Laurásia da Gondwana. Abertura do golfo do México.
Abertura do Atlântico-Sul e Central. Nítida separação da Índia, Austrália
e Antárctica.
O oceano Atlântico continua a alargar e a Europa continua em formação. A
Índia choca com o continente Asiático e formam-se os Himalaias. A placa
africana empurra a placa europeia e formam-se os Alpes na Europa e os
Atlas em África. No Norte da América formam-se as Montanhas Rochosas e
no Sul da América, os Andes (estas mudanças ocorrerão na Era cenozóica).
Fecho do Mediterrâneo e ligação das duas Américas (Istmo do
Panamá). Elevação dos Himalaias.

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