CRC RS
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OPORTUNIDADES E DETALHES
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PARTE 1
POR QUE COBRAR PIS E COFINS SE JÁ
TEMOS NO BRASIL ICMS e ISS?
MULTIPLICIDADE DE TRIBUTOS sobre as RECEITAS
(CONSUMO)
Quais Tributos são cobrados nas vendas de uma Indústria Textil (e outros)?
RECEITA
REGIME CUMULATIVO
BRUTA RECEITA BRUTA = RECEITAS DA ATIVIDADE
RECEITA TOTAL
REGIME NÃO CUMULATIVO
RECEITA TOTAL = RECEITA BRUTA + DEMAIS
RECEITAS (LOCAÇÃO, REC. FINANCEIRAS)
ENTENDIMENTO FISCAL
O conceito tributário de receita é extraído da contabilidade
CONSEQUÊNCIA
Tudo que é registrado na contabilidade em receita (bruta ou total) integrará
as bases de PIS e COFINS, salvo expressa previsão legal em sentido contrário.
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MÉTODO NC: INCOERÊNCIAS E PROBLEMAS
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1º EXEMPLO: LUCRO REAL NO FINAL
Supermercado (Lucro Real) que adquira
mercadoria por R$ 10.000 de uma indústria
(Lucro Presumido) e revenda este produto por R$
12.000. Admita alíquota de 18% p/ o ICMS.
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2º EXEMPLO: LUCRO REAL NO INÍCIO
Supermercado (Lucro Presumido) que adquira
mercadoria por R$ 10.000 de uma indústria
(Lucro Real) e revenda este produto por R$
12.000. Admita alíquota de 18% p/ o ICMS.
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3º EXEMPLO: SÓ LUCRO REAL (com IPI)
Utiliza Crédito de
Pg. COFINS de R$ 15
COFINS de R$ 38
(3%) no dia 25/MAR
(7,6%) no dia 25/FEV
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A EXCEÇÃO QUE QUASE VIRA REGRA
Todo mundo pagava 3% de COFINS até 2003. Em FEV/04, foi criado o
método Não-Cumulativo para empresas tributadas pelo lucro real,
aumentando a alíquota (7,6%), mas permitindo dedução de créditos.
E aí, o que aconteceu?
A empresa que tinha créditos acima de 60,5% da sua receita tributada
GANHOU com a mudança. Já aquela que tinha créditos abaixo de
60,5% da sua receita tributada PERDEU com a mudança. Quem
GANHOU, ficou calado. Mas quem PERDEU...
QUEM PERDEU com a mudança, reclamou e muito. Alguns setores
conseguiram permanecer parcialmente no método cumulativo, sendo
tributados no modelo MISTO:
Receita da Atividade Fim CUMULATIVO
Demais Receitas NÃO-CUMULATIVO
COMO FICA O CÁLCULO NESTE MÉTODO? E OS CRÉDITOS?
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EMPRESAS DO SETOR DE TELECOM
TRIBUTADAS PELO LUCRO REAL
• Receitas de prestação de serviços de telecomunicações são
tributadas pelo método cumulativo. COFINS = 3%
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EXEMPLO OFICIAL (RFB)
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EXEMPLO OFICIAL (RFB)
CÁLCULO DA COFINS:
MÉTODO CUMULATIVO:
700.000 x 3% = 21.000
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ENTIDADES IMUNES E ISENTAS
Pagam PIS s/ Folha de Pg. mensal, com alíquota de 1%.
Entram na base todas as verbas salariais, incluindo férias,
ajuda de custo e aviso prévio trabalhado.
Não integram a base:
Salário família,
Férias e licença-prêmio indenizadas,
Aviso prévio indenizado;
Gastos de alimentação e transporte;
FGTS pago diretamente ao empregado na rescisão contratual;
PDV; e
Pg. feitos a autônomos.
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ENTIDADES IMUNES E ISENTAS
Há isenção de COFINS apenas sobre a receita oriunda de suas atividades
próprias (doações, contribuições e mensalidades/anuidades de seus
associados), previstas em seu objeto social e sem fins lucrativos.
São tributadas pela COFINS as Receitas com:
• Exploração de estacionamento de veículos e aluguel de imóveis;
• Sorteio e exploração do jogo de bingo;
• Comissões sobre prêmios de seguros;
• Prestação de serviços e/ou venda de mercadoria, mesmo que
exclusivamente para associados;
• Aluguel ou taxa cobrada pela utilização de salões, auditórios, quadras,
piscinas, campos esportivos, dependências e instalações;
• Venda de ingressos para eventos promovidos pelas entidades; e
• Receitas financeiras.
IMUNES pagam 3% (Cumulativo). ISENTAS pagam 7,6% (não cumulativo)
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PARTE 4
CRÉDITOS NO MÉTODO NÃO
CUMULATIVO: REGRAS,
DETALHES, POLÊMICAS
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DUAS CORRENTES sobre CRÉDITOS
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CRÉDITOS PERMITIDOS DE PIS+COFINS
NÃO há permissão (LEGAL) para o crédito
Possível deduzir crédito (interpretação)
SIM, é permitido crédito (amparo legal)
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CRÉDITOS PERMITIDOS
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CRÉDITOS PERMITIDOS
2º PASSO: Verificar quais créditos podem ser incluídos na definição de
INSUMOS.
Leis nº 10.637/02 e nº 10.833/03
Art. 3º [...] II - bens e serviços, utilizados como insumo na PS e na produção ou fabricação de bens ou produtos destinados
à venda, inclusive combustíveis e lubrificantes...
IN RFB nº 1.911/19 – art. 172 § 2º NÃO SÃO considerados insumos, entre outros:
I - bens incluídos no ativo imobilizado;
II - embalagens utilizadas no transporte do produto acabado;
III - bens e serviços utilizados na pesquisa e prospecção de minas, jazidas e poços de recursos minerais e
energéticos;
IV - bens e serviços aplicados na fase de desenvolvimento de ativo intangível que não chegue a ser concluído ou que
seja concluído e explorado em áreas diversas da produção ou fabricação de bens e da prestação de serviços;
V - serviços de transporte de produtos acabados realizados em ou entre estabelecimentos da PJ;
VI - despesas destinadas a viabilizar a atividade da mão-de-obra empregada no processo de produção ou fabricação
de bens ou de prestação de serviços, tais como alimentação, vestimenta, transporte, cursos, plano de seguro e seguro
de vida, ressalvado o disposto no inciso VI do art. 181;
VII - bens e serviços utilizados, aplicados ou consumidos em operações comerciais; e
VIII - bens e serviços utilizados, aplicados ou consumidos nas atividades administrativas, contábeis e jurídicas da
pessoa jurídica.
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IN RFB nº 1.911/19, art. 172, § 1º:
CRÉDITOS PERMITIDOS
Consideram-se insumos os bens ou serviços considerados essenciais ou relevantes, que integram o processo de
produção ou fabricação de bens destinados à venda ou de PS, inclusive:
I - bens ou serviços que, mesmo utilizados após a finalização do processo de produção, de fabricação ou de PS, tenham
sua utilização decorrente de imposição legal;
II - bens ou serviços considerados essenciais ou relevantes, que integram o processo de produção ou fabricação de bens
ou de prestação de serviços e que sejam considerados insumos na produção ou fabricação de bens destinados à venda
ou na PS;
III- combustíveis e lubrificantes consumidos em máquinas, equipamentos ou veículos responsáveis por qualquer etapa do
processo de produção ou fabricação de bens ou de PS;
IV - bens ou serviços aplicados no desenvolvimento interno de ativos imobilizados sujeitos à exaustão e utilizados no
processo de produção, de fabricação ou de PS;
V - bens e serviços aplicados na fase de desenvolvimento de ativo intangível que resulte em:
a) insumo utilizado no processo de produção ou fabricação de bens destinados à venda ou de prestação de serviços; ou
b) bem destinado à venda ou em serviço prestado a terceiros;
VI - embalagens de apresentação utilizadas nos bens destinados à venda;
VII - serviços de manutenção necessários ao funcionamento de máquinas e equipamentos utilizados no processo de
produção ou fabricação de bens destinados à venda ou de prestação de serviços;
VIII - bens de reposição necessários ao funcionamento de máquinas e equipamentos utilizados no processo de produção
ou fabricação de bens destinados à venda ou de prestação de serviços;
IX - serviços de transporte de produtos em elaboração realizados em ou entre estabelecimentos da PJ; e
X - bens ou serviços especificamente exigidos pela legislação para viabilizar a atividade de produção de bens ou de
prestação de serviços por parte da mão de obra empregada nessas atividades, como no caso dos equipamentos de
proteção individual (EPI).
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CRÉDITOS PERMITIDOS
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CRÉDITOS PERMITIDOS
JURISPRUDÊNCIA JUDICIAL
VOTO DA MINISTRA REGINA HELENA COSTA (STJ)
É essencial o “item do qual dependa, intrínseca e fundamentalmente, o produto
ou o serviço, constituindo elemento estrutural e inseparável do processo
produtivo ou da execução do serviço, ou, quando menos, a sua falta lhes prive
de qualidade, quantidade e/ou suficiência”. E por relevante entenda o item cuja
finalidade, embora não indispensável à elaboração do próprio produto ou à
prestação do serviço, integre o processo de produção, seja pelas singularidades
de cada cadeia produtiva, seja por imposição legal. Não foram considerados
insumos: "Despesas Gerais Comerciais“ ("Despesas com Vendas", incluindo
combustíveis, comissão de vendas, gastos com veículos, viagens, conduções,
fretes, prestação de serviços PJ, promoções e propagandas, seguros, telefone e
comissões).
https://busca.legal/o-stj-e-a-nova-definicao-de-insumos-voce-leu-a-integra-da-decisao/
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CRÉDITOS PERMITIDOS
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CRÉDITOS PERMITIDOS
DISCUSSÕES DECORRENTES
É possível concluir que os insumos passaram a ser admitidos também
na atividade comercial?
REsp nº 1.437.025/SC - Sem efeito repetitivo: Negou provimento ao
recurso que buscava enquadrar como insumo as despesas com
promoções e propagandas, uma vez que são gastos “não essenciais ao
processo produtivo da empresa que atua no ramo de vestuário”.
• É possível defender a ampliação dos créditos?
• São legais os critérios de essencialidade ou relevância?
• Ficou mais fácil entender o que são insumos a partir do critério da
essencialidade ou relevância?
• Qual teria sido a melhor a solução?
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CRÉDITOS PERMITIDOS
3º PASSO: PROPOR ALTERNATIVAS INTERNAS (POSSÍVEIS) para DESPESAS
QUE NÃO SE ENQUADREM NAS HIPÓTESES LEGAIS DE CRÉDITO. Exemplos:
FRETE NA VENDA
Gastos próprios (depreciação de veículos, manutenção, combustível,
empregados, IPVA, seguro,...) não permitem crédito. Já o pg. a empresa para
realizar a entrega permite crédito.
Dois caminhos a seguir:
1. Contratar empresa terceirizada; ou
2. Constituir empresa dentro do grupo para fazer as entregas.
a) LP (CUM). Paga 3% de COFINS e 0,65% de PIS;
b) LR (NC). Tem crédito na aquisição de veículos, combustíveis, peças de
reposição, manutenção, etc...
ARRENDAMENTO MERCANTIL
Sempre que for comercialmente possível substituir compras e aluguel de bens,
principalmente na atividade comercial e nas unidades de apoio e
administrativas, por arrendamento mercantil.
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CRÉDITOS PERMITIDOS: OUTROS DETALHES
• A depreciação de máquinas e equipamentos utilizados na
produção de bens ou na prestação de serviços gerará:
1. Crédito integral (Lei nº 12.546/11, art. 4º). ou
2. Crédito em 4 anos (Lei nº 10.865/04). ou
3. Crédito pela Depreciação (Lei nº 10.833/03).
• Bens imóveis construídos para uso na produção tem crédito em
24 meses (proibido crédito de gastos de mão-de-obra e
produtos com alíquota zero).
• Imóveis utilizados nas demais atividades tem crédito pela
depreciação (qual? contábil ou fiscal).
• Não há crédito da depreciação da parcela reavaliada.
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CRÉDITOS PERMITIDOS: OUTROS DETALHES
Não dará direito a crédito o valor da aquisição de bens ou serviços
não sujeitos ao pagamento da contribuição. Art. 3º, § 2º, II, da Lei nº 10.833/03.
IND vende Farinha de Trigo ao VAR VAR vende bolo/pizza para o CONS. FINAL
Alíquota Zero, sem cobrança Tributação normal
https://busca.legal/divergencias-entre-nf-e-e-efd-contribuicoes-o-que-prevalece/
https://busca.legal/irregularidades-no-documento-fiscal-e-aproveitamento-de-creditos-pis-e-da-cofins/
https://busca.legal/e-possivel-aproveitar-creditos-de-pis-e-cofins-na-aquisicao-do-mei/ 32
PARTE 5
PIS+COFINS: LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA
CONFUSA E SEM SENTIDO, GERANDO
CUIDADO NO REGISTRO CONTÁBIL PARA
NÃO PRODUZIR DISTORÇÕES NAS
BASES DOS TRIBUTOS SOBRE O LUCRO
COMO SE PAGA PIS+COFINS HOJE...
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CRÉDITOS PERMITIDOS
• COMPRAS...
Para revenda + Matéria Prima + Insumos.
• IMOBILIZADO...
Bens novos, utilizados na produção (e imóveis).
• DESPESAS...
Energia Elétrica, Aluguel, Arrendamento, Frete
na Venda, Armazenagem e outras específicas.
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EMPRESAS DISTRIBUIDORAS, QUE TIVERAM O ICMS ST
COBRADO INTEGRALMENTE PELA INDÚSTRIA:
IND vende seu produto para a DIS por R$ 1.000, com desconto incondicional de R$
100. Produto é objeto de ICMS ST e tem MVA de 30%, com alíquota de ICMS de 12%.
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TRATAMENTO CONTÁBIL
Alguns créditos de PIS e COFINS são
permitidos sem o reconhecimento contábil
em despesa. Surge então um ativo,
representando o direito de compensar as
contribuições na apuração mensal, com a
contrapartida registrada no passivo,
representando um crédito antecipado
permitido pelo governo.
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PARTE 6
A TESE DO SÉCULO E SEUS
DESDOBRAMENTOS
A TESE DO SÉCULO: REFLEXO DA (MÁ) QUALIDADE DO PODER
LEGISLATIVO
E QUE NOS TRAZ ENORMES PREJUÍZOS ECONÔMICOS AO PAÍS
NOV/98 Proc. 1 deu entrada no STF pedindo exclusão do ICMS na BC de PIS+COFINS.
AGO/06 Julgamento do Proc. 1 reiniciado, maioria formada (6x1). Min. Gilmar pede vistas.
OUT/07 AGU (Toffoli) entra com ADC nº 18 (cautelar), com liminar prorrogada até 2011.
DEZ/07 Protocolado Proc. 2, que teve sua Repercussão Geral reconhecida em ABR/08.
OUT/14 Finalizado Proc. 1, com vitória (7 x 2) para o Contribuinte, sem Repercussão Geral.
AGO/15 STJ analisou recurso da PGFN e entendeu que o ICMS integra a BC de PIS+COFINS.
MAR/17 STF julga o Proc. 2, c/ vitória para os contribuintes (6 x 4), com Repercussão Geral.
MAI/21 STF decide que o ICMS excluído será o da NF de venda e que vale desde MAR/17.
QUEM DEVERIA RECEBER DE VOLTA O PIS+COFINS
Pg. a +?
DRE DA EMPRESA COMO FOI COMO SERIA O QUE DEVERIA TER SIDO FEITO
RECEITA BRUTA 1.000,00 986,10 13,90 Na essência, quem pg a + pelo produto foi o cliente.
ICMS - 12% 120,00 118,33 1,67 Não há discussão sobre o ICMS Pg. a +
RECEITA LÍQUIDA (P) 880,00 867,77
PIS+COFINS - 9,25% 92,50 80,27 12,23 Valor refere-se a alíquota POR FORA de PIS+COFINS
RECEITA LÍQUIDA (F) 787,50 787,50 10,19% (Alíq. PIS+COFINS por Fora) sobre o ICMS de R$ 120
“ “
financeiro somente será feita a quem prove
haver assumido o referido encargo, ou, no caso
de tê-lo transferido a terceiro, estar por este
expressamente autorizado a recebê-la.
MONTADORA CONCESSIONÁRIA
CONCESSIONÁRIA CLIENTE
Pg. ICMS (IND) + ICMS ST (COM)
Não há pg. (DIRETO) de
Pg. PIS+COFINS de 11,6%, no modelo
ICMS, PIS e COFINS
Monofásico (Concentrado).
https://www.youtube.com/channel/UCBmKmcCtjgDOf1evsAd8rjQ