Livro Louco para Se Aposentar

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LOUCO PRA

APOSENTAR

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Hilário Bocchi Junior


Advogado previdenciário no Bocchi Advogados Associados.
Especialista em planejamento de aposentadorias.
Mestre em direito público. Professor de direito previdenciário.
Jornalista. Colunista. Autor de obras segmentadas.
Presidente do Departamento Cultural da OAB (12ª Subseção)

LOUCO PRA
APOSENTAR

Transformar o sonho da
aposentadoria em realidade.

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Sumário
INTRODUÇÃO ........................................................................................................ 10
O AUTOR ................................................................................................................... 10
O MAIOR DESAFIO .................................................................................................. 11
A LOCURA COMEÇA AQUI.................................................................................... 13
COMO O LIVRO É DIVIDIDO .............................................................................. 15
PARTE 1 – VOCÊ SABE QUE TEM UM PROBLEMA? .......................................... 15
PARTE 2 – DEFINA SUA ESTRATÉGIA................................................................. 16
PARTE 3 – NÃO INVESTIR MAIS DO QUE VAI RECEBER ................................. 17
PARTE 4 – QUAIS BENEFÍCIOS VOCÊ TEM DIREITO ........................................ 18
PARTE 5 – CHEGOU A HORA DO PLANEJAMENTO .......................................... 19
PARTE 6 – BOTANDO A MÃO NA MASSA ........................................................... 20
PARTE 1 ................................................................................................................... 22
VOCÊ SABE QUE TEM UM PROBLEMA? .......................................................... 22
QUER VIVER OU SOBREVIVER? .................................................................................. 22
Veja como é vantajoso para você ........................................................................... 27
Recupere todo seu dinheiro a partir de 9 meses..................................................... 28
O QUE É PREVIDÊNCIA SOCIAL? ............................................................................... 31
Previdência pública................................................................................................ 32
Previdência complementar ..................................................................................... 33
Investimento ........................................................................................................... 35
4 formas de ter renda no futuro ........................................................................................ 39
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5 motivos para ter INSS ................................................................................................... 41


FIQUE DE OLHO NAS TENDÊNCIAS 40+ 50+ 60+ ........................................................ 48
Para quem tem +60 ANOS ..................................................................................... 49
Para quem tem +50 ANOS. .................................................................................... 50
Para quem tem +40 ANOS. .................................................................................... 51
PARTE 2 ................................................................................................................... 53
DEFINA SUA ESTRATÉGIA ................................................................................. 53
ESTRATÉGIA DOS 3QC DA APOSENTADORIA ................................................................ 53
QUANDO VOCÊ VAI APOSENTAR?................................................................................. 54
Direito adquirido, novas regras e regras de transição .......................................... 55
Requisitos Gerais para receber benefícios ............................................................. 56
Inscrição, Filiação e Carência ....................................................................................... 61
Qualidade de segurado (aquisição, manutenção, perda e reaquisição) ..................... 64
Carência.......................................................................................................................... 68
QUANTO VOCÊ VAI RECEBER? ..................................................................................... 71
Como os benefícios são calculados? .............................................................................. 72
QUAL BENEFÍCIO É O MELHOR?........................................................................................... 81
Aposentadoria do dia seguinte ............................................................................... 82
Simulação em 3 Situações ...................................................................................... 83
Aposento agora ou espero mais um pouco? ........................................................... 83
COMO CONTRIBUIR ATÉ CHEGAR APOSENTADORIA ..................................................... 84
6 Destinos para as futuras contribuições ............................................................... 85
PARTE 3 ..................................................................................................................... 86
NÃO INVISTA MAIS DO QUE VAI RECEBER ................................................................. 86
6 TIPOS DE SEGURADOS .................................................................................................... 86
1. Empregado ....................................................................................................... 88
2. Empregado doméstico.................................................................................... 90
3. Trabalhador avulso ......................................................................................... 91
4. Contribuinte individual .................................................................................... 92
5. Segurado especial .......................................................................................... 99
6. Segurado facultativo ........................................................................................ 101
7 TIPOS DE DEPENDENTES ............................................................................................... 104
1. Cônjuge .......................................................................................................... 105
2. Companheiro(a) ............................................................................................. 106
3. Filhos ............................................................................................................... 107
4. Pais.................................................................................................................. 110

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5. Irmãos ............................................................................................................. 110


6. Enteado .......................................................................................................... 110
7. Menor Tutelado e Menor sob Guarda ........................................................ 110
PARTE 4 ................................................................................................................. 112
QUAIS BENEFÍCIOS VOCÊ TEM DIREITO? ................................................... 112
13 PREVIDENCIÁRIOS, 1 ASSISTENCIAL E 3 SERVIÇOS À SUA DISPOSIÇÃO ................... 112
BPC-LOAS: BENEFÍCIO ASSISTENCIAL ......................................................... 114
IDADE ........................................................................................................................ 114
INCAPACIDADE .......................................................................................................... 114
PESSOA COM DEFICIÊNCIA (PCD) .............................................................................. 115
RENDA FAMILIAR DE 1/4 DO SALÁRIO MÍNIMO .......................................................... 116
Cadastro Único – CadÚnico ................................................................................ 116
ACIDENTE DO TRABALHO ................................................................................. 119
TIPOS DE ACIDENTE DO TRABALHO............................................................................ 121
COMUNICAÇÃO DO ACIDENTE DO TRABALHO (CAT)................................................ 127
Nexo Técnico Epidemiológico (NTep) .................................................................. 127
Reconhecimento judicial do Nexo etiológico ....................................................... 128
Gatilho de direitos em caso de caracterização do acidente do trabalho ............. 128
Ação de regresso do INSS contra a empresa ....................................................... 129
3 INDENIZAÇÕES PARA O ACIDENTADO OU DEPENDENTE ........................................... 130
A indenização por conta do INSS ......................................................................... 130
Indenização por conta da empresa....................................................................... 130
Seguro privado, individual ou coletivo. ............................................................... 131
BENEFÍCIOS POR INCAPACIDADE ................................................................. 132
BENEFÍCIO POR INCAPACIDADE PERMANENTE (APOSENTADORIA POR INVALIDEZ) .... 135
AUXÍLIO POR INCAPACIDADE TEMPORÁRIA (AUXÍLIO-DOENÇA) ............................... 140
O período de afastamento com recebimento de auxílio por incapacidade
temporária, desde que intercalado com atividade laborativa .............................. 145
AUXÍLIO-ACIDENTE E DE QUALQUER NATUREZA (INCAPACIDADE PARCIAL E
PERMANENTE) ........................................................................................................... 148
REABILITAÇÃO PROFISSIONAL ........................................................................................... 152
CÂNCER DE MAMA .................................................................................................... 153
BENEFÍCIOS PROGRAMÁVEIS ................................................................................... 155
APOSENTADORIA POR TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO.................................................................. 156
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Aposentadoria Proporcional: 4 Requisitos ..................................................... 157


Regra de transição: Pedágio 50% - art. 17 EC 103/2019 ........................... 159
Regra de transição: Pedágio 100% - art. 20 EC 103/2019 ......................... 160
Regra de pontos: de 85/95 até 100/105 - art. 15 EC 103/2019.................. 161
TOTAL 97 PONTOS ................................................................... 163
Tempo de contribuição com idade progressiva ou reduzida - art. 16 EC
103/2019 ............................................................................................................. 164
APOSENTADORIA POR TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO DA PESSOA COM DEFICIÊNCIA (PCD)
.................................................................................................................................. 164
APOSENTADORIA POR IDADE ..................................................................................... 165
Aposentadoria por idade urbana.......................................................................... 166
Aposentadoria por idade rural ............................................................................. 166
Aposentadoria por idade híbrida ......................................................................... 166
Aposentadoria por idade da Pessoa com Deficiência (PcD) ............................... 168
Aposentadoria por idade compulsória ................................................................. 168
Aposentadoria por idade de ouro ......................................................................... 168
APOSENTADORIA ESPECIAL (TRÊS REGRAS) .......................................................................... 169
Sem idade mínima, com direito adquirido............................................................ 170
Sem idade mínima, por pontos ............................................................................. 170
Com idade mínima depois de 2019 ...................................................................... 172
Aposentadoria especial do servidor público ......................................................... 173
SALÁRIO-MATERNIDADE .................................................................................................. 174
BENEFÍCIOS DOS DEPENDENTES ............................................................................... 181
Pensão por morte ................................................................................................. 181
Auxílio reclusão .................................................................................................... 187
SEGURO-DESEMPREGO ............................................................................................ 189
PARTE 5 ................................................................................................................. 193
CHEGOU A HORA DO PLANEJAMENTO ........................................................ 193
O QUE É PLANEJAMENTO PREVIDENCIÁRIO? ............................................................. 193
O CNIS DEVE SER CORRIGIDO, MAS NEM SEMPRE! .................................................... 194
RECUPERAÇÃO DE TEMPO DE SERVIÇO DO PASSADO.................................................. 196
Prova testemunhal e indício de prova material .................................................... 201
Tempo de serviço do menor de idade ................................................................... 202
Tempo de serviço rural ......................................................................................... 204
Tempo de serviço militar obrigatório (Tiro de Guerra) ....................................... 206

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INCLUSÃO DE DIREITOS TRABALHISTAS NOS BENEFÍCIOS DO INSS ............................ 208


O INSS não é obrigado a aceitar a decisão do Juiz do Trabalho ........................ 208
TEMPO DE SERVIÇO ESPECIAL .................................................................................... 211
Enquadramento por categoria profissional ......................................................... 212
Prova da atividade especial (PPP e LTCAT) ....................................................... 214
Conversão do tempo especial (em comum e em especial) ................................... 222
Ruído .............................................................................................................................. 225
Eletricidade – 250 Volts ................................................................................................ 228
Área da saúde (agentes biológicos) ............................................................................... 229
Trabalhador rural - agropecuária ................................................................................. 230
Trabalhador rural na lavoura canavieira...................................................................... 230
Vigilantes e transporte de valores (área da segurança) ................................................ 230
Trabalho em Postos de Combustível .............................................................................. 232
CTC – Certidão de tempo de Contribuição .......................................................... 234
CONVERSÃO DO TEMPO DE PCD EM COMUM E VICE-VERSA ...................................... 234
TEMPO DE AFASTAMENTO OU DE B32 CONTA COMO PCD ......................................... 234
Diferença da deficiência da incapacidade ........................................................... 234
Quem é considerado “Pessoa com Deficiência – PcD” ......................................... 235
VERIFICAÇÃO DA ESTABILIDADE PRÉ-APOSENTADORIA ........................................................... 235
COMO ESCOLHER O MELHOR BENEFÍCIO ............................................................................. 235
Quanto vai deixar de receber ............................................................................... 235
Quanto vai ter que contribuir ............................................................................... 235
ACÚMULO DE BENEFÍCIOS ................................................................................................ 236
SAQUE DO FGTS ........................................................................................................... 237
EMPRÉSTIMO CONSIGNADO ............................................................................................. 240
PLANEJAMENTO PREVIDENCIÁRIO FAMILIAR........................................................................ 240
PREVIDÊNCIA PRIVADA É A SAÍDA?..................................................................................... 241
O que é Previdência Privada? ....................................................................................... 241
Como os benefícios da Previdência Privada são calculados?....................................... 242
SERVIDOR PÚBLICO PODE TER MAIS DE UMA APOSENTADORIA .................................. 245
TESOURO RENDA+ .................................................................................................... 247
MÉTODO DA APOSENTADORIA DE OURO ............................................................................ 249
NÃO FORCE A BARRA: A PREVIDÊNCIA PODE REDUZIR OU CORTAR BENEFÍCIOS ............................ 261
MOB e Operação pente-fino .......................................................................................... 262
Devolução de valores ................................................................................................... 262
Motivos para cancelar benefícios................................................................................ 263
Benefício cancelado ...................................................................................................... 265
A única saída é a defesa ............................................................................................... 265
Quem não pode ser atingido........................................................................................ 265

PARTE 6 ................................................................................................................... 267


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BOTANDO A MÃO NA MASSA!................................................................................. 267


COMO EXECUTAR O PLANO E EXIGIR SEUS DIREITOS ............................................................... 267
COMO FAZER O PROTOCOLO NO INSS................................................................................ 267
Justificação administrativa ................................................................................... 269
Prazo para o INSS analisar o pedido ..................................................................... 270
Benefício Aprovado: o que fazer? ......................................................................... 272
Benefício Negado: o que fazer? ............................................................................ 273
COMO ENTRAR COM PROCESSO NA JUSTIÇA ........................................................................ 273
Ações declaratórias .............................................................................................. 275
Justificação Judicial .............................................................................................. 276
Mandado de Segurança ....................................................................................... 276
Modificação no estado de fato ou de direito ....................................................... 276
Recurso quanto às provas requeridas e não produzidas ...................................... 277
Recebimento de parcelas atrasadas ..................................................................... 278
Devolução de valores recebidos no processo judicial ........................................... 278
REVISÃO DE BENEFÍCIOS (APOSENTADORIAS E PENSÕES) .......................................... 278
Revisão Completa ................................................................................................ 280
Passo a passo da Revisão Completa ............................................................................... 282
Revisões já apreciadas pelo Judiciário ............................................................... 282
Revisão da vida toda ...................................................................................................... 282
c) Na falta da prova dos salários, será utilizado o salário-mínimo da época; 285
Benefícios do INSS iniciados entre 01.03.1994 e 28.02.1997 ....................................... 286
Conversão do auxílio-doença em aposentadoria por invalidez ...................................... 286
Auxílio-acidente como salário de contribuição .............................................................. 287
Equiparação ao salário-mínimo ..................................................................................... 287
Desaposentação ............................................................................................................. 288
Inclusão de atividade especial na aposentadoria................................................ 288
Inclusão de tempo de serviço na aposentadoria ................................................. 288
Isenção do Imposto de Renda ............................................................................. 289
IMPORTÂNCIAS NÃO RECEBIDAS EM VIDA PELO SEGURADO ....................................... 289
Em construção ...................................................................................................... 289

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INTRODUÇÃO

O AUTOR
Advogado há mais de 38 anos e há 45 anos na área previdenciária.
Aposentado sim, parado não! O processo de aposentadoria me fez
entender ainda mais, e sentir na pele, as dores e as dificuldades do
trabalhador na hora de conquistar o benefício do INSS. E me qualificou
ainda mais no propósito de fazer a diferença na vida das pessoas.
Sempre trabalhei com aposentadorias mesmo antes de ser sócio da
firma Bocchi Advogados Associados e sempre mantive intensa atuação na
área de educação previdenciária.
O Louco Pra Aposentar nasceu das perguntas que recebo nas redes
sociais e das dúvidas colhidas em sala de aulas dos Colegas Advogados,
Estagiários e Estudantes de Direito, aliás, lecionei como professor em
diversos cursos, graduação e pós-graduação em direito previdenciário.
Outras atividades me credenciaram para escrever o Louco Pra
Aposentar: escritor de cinco livros na área previdenciária, de jornalista e
comentarista em rádio (CBN e Jovem Pan), Portais como o G1 e A Cidade
ON e em TV Aberta nas afiliadas à Rede Globo de Campinas, Ribeirão
Preto, São Carlos e Sul de Minas.
A educação previdenciária está no meu sangue do Hilário. O
propósito com este livro é ajudar as pessoas a terem renda.

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O foco é transformar todo medo, toda dor, receios e


insegurança próprios da aposentadoria em um desejo
pela informação correta.
Perdidamente apaixonado pelo empreendedorismo social, o tempo
que eu gastava com deslocamento e longas esperas em estúdios, salas de
aulas e viagens a trabalho, agora é mais bem aproveitado no Youtube e nas
outras redes sociais. E, agora, no Louco Pra Aposentar.
Este livro mostra a importância do planejamento previdenciário e
agrega conhecimento aos profissionais da área previdenciária, como
ferramenta de conhecimento.

O MAIOR DESAFIO
O maior desafio é fazer as pessoas perceberem que o
problema é não planejar a aposentadoria e incentivá-
las a agir imediatamente.
Conscientizar as pessoas que não conhecem seus direitos da
importância do planejamento previdenciário. A garantir uma renda futura
é fundamental para ter qualidade de vida.
O Louco Pra Aposentar vai transformar as pessoas que irão se
aposentar e que sequer conhecem os problemas e as dificuldades da
aposentadoria em pessoas:
 Conscientes de seus direitos
 Conhecedores do Planejamento Previdenciário
 Multiplicadores desta informação
Vamos adaptar os 5 Níveis de Consciência do Cliente de
Eugene Schamartz, em seu livro “Breakthrough Advertising”
(Publicidade Inovadora - 1966) à dinâmica da aposentadoria e
do planejamento previdenciário. Clique ou
Aponte
5 PASSOS: Do Sonho ao Poder de realização. Celular

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Nível 1 – Acredita no INSS


O beneficiário não tem consciência que tem um problema, está
inconsciente, e acredita que quando solicitar a aposentadoria o INSS vai
resolver tudo que ele precisa, por isso não se planeja porque desconhece
que existem várias maneiras para ter o melhor benefício.

Nível 2 – Consciente que está sozinho


O segurado, o dependente, o aposentado e o pensionista começam a
conhecer os tipos de Previdência, os benefícios e serviços da proteção
social, as formas de contribuir e de calcular a renda futura e o quão
complexo é tudo isso. Neste momento estão conscientes do problema, mas
não conhecem a solução.
Nível 3 – Sabe que existe Solução
Os problemas foram feitos para serem resolvidos.
Os beneficiários conscientes do problema começam a enxergar as
soluções, mas não conhecem os detalhes do direito adquirido, regras de
transição, novas regras e as que estarão valendo quando eles forem exigir
o retorno dos investimentos de uma vida inteira de trabalho.
Sabem disso tudo, estão conscientes da solução, mas ainda não
conhecem o serviço que viabiliza saber quando vai aposentar, quanto vai
receber, como contribuir e qual benefício é mais vantajoso.
Nível 4 – Planejamento Previdenciário
Para solução do problema, o Louco Pra Aposentar apresenta o
Planejamento Previdenciário com linguagem simples e em dois pilares:
 ter benefícios maiores e/ou
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 não gastar mais do que vai receber.


A Estratégia dos 3Q da Aposentadoria e o Método da
Aposentadoria de Ouro já foram aplicados e validados em mais de 60 mil
processos nos últimos 50 anos e gerou mais de R$ 1,5 bilhão em renda.
Nível 5 – Pode realizar o Sonho
Este é o desafio do Louco Pra Aposentar: converter os leitores
conscientes do problema e da solução em multiplicadores do conhecimento
que pode ajudar outras pessoas a conquistarem suas aposentadorias.
Falta o detalhe mais importante: querer realizar o sonho.

A LOCURA COMEÇA AQUI


Quem está louco pra aposentar quer saber quando vai aposentar,
quanto tempo falta para aposentar, qual é o valor da aposentadoria e o que
tem que fazer até chegar neste grande dia.
Para este primeiro movimento rumo à aposentadoria é
somar o tempo trabalhado e as contribuições pagas na
Calculadora de Aposentadoria.
Clique ou
É preciso saber o tempo de serviço, de contribuição e de Aponte
Celular
carência já cumpridos.

Olhar para trás é o primeiro passo para andar para


frente. Conhecer os períodos trabalhados e não
documentados, e saber se vale à pena recuperá-los.
Preparei uma calculadora que mostra situações de aposentadorias que
o site oficial da Previdência Social não informa.

A simulação do cálculo permitirá ao segurado a fazer outros


investimentos com maior retorno financeiro e identificar a necessidade de
contratar um advogado especialista.

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Assim começa o planejamento previdenciário e a jornada até a


aposentadoria.
Sejam bem-vindos ao desafio!

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COMO O LIVRO É DIVIDIDO

São 6 Partes.
Parte 1. Você sabe que tem um problema?
Parte 2. Defina sua estratégia
Parte 3. Não invista mais do que vai receber
Parte 4. Quais benefícios você pode ter Clique ou
Parte 5. Chegou a hora do planejamento Aponte Celular
Parte 6. Botando a mão na massa

PARTE 1 – VOCÊ SABE QUE TEM UM PROBLEMA?


Na PARTE 1 do nosso livro você vai conhecer as 4 Formas De Ter
Renda No Futuro para definir se você quer Viver ou Sobreviver; saber O
Que É PREVIDÊNCIA SOCIAL; conhecer a diferença entre a Previdência
Pública e a Previdência Complementar ou Privada; e acabar com o mito de
que a previdência vai quebrar e que não vai ter dinheiro para pagar
benefícios.
Vou te apresentar 5 Motivos Para Investir Em Previdência e que irão
te dar segurança e tranquilidade para saber se está fazendo a coisa certa.
No final desta Parte 1 eu preparei um estudo inédito: o Fique de Olho
Nas Tendências 40+, 50+ e 60+ e defina qual é o planejamento
previdenciário para cada uma dessas faixas etárias.

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As tendências nacionais e mundiais indicam a melhor estrada a


seguir, além de conhecer alguns atalhos até a aposentadoria.

PARTE 2 – DEFINA SUA ESTRATÉGIA


A PARTE 2 do livro é dedicada às pessoas que se convenceram que
querem viver, e não apenas sobreviver, e para isso é preciso ter renda.
Com todo respeito, quero deixar um recado para aquelas pessoas que
acham que não precisam de um planejamento previdenciário porque as
coisas vão acontecer naturalmente: Isso não vai dar certo!

Aposentadoria não é só o INSS. É qualquer tipo de


investimento que lhe garanta renda.
É preciso DEFINIR UMA ESTRATÉGIA para ter proteção.
A Estratégia dos 3Q da Aposentadoria foi validada depois de ser
aplicada em com sucesso em milhares de casos.

Faça o teste rápido e responda as três perguntas


fundamentais para saber se está fazendo a coisa certa:
 QUANDO você vai se aposentar?
 QUANTO você vai receber?
 QUAL é o melhor benefício previdenciário para você?
Se você não tiver a resposta certa para cada uma dessas perguntas,
jamais vai conseguir definir COMO contribuir até chegar o momento da
aposentadoria.
Tem muita gente pagando mais do que precisa.
Também é possível evoluir e fazer o planejamento previdenciário
familiar e utilizar o dinheiro que vai economizar para beneficiar outra
pessoa da família.
Seu dinheiro pode valer mais!
Tá assustado com tanta informação?

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E é para ficar mesmo!


No final desta parte do livro você vai se sentir um pouco mais seguro
para começar a fazer as coisas certas, com calma, um passo atrás do outro,
seguindo a estratégia que eu preparei para você.
Quando conhecer as respostas para as 3 Perguntas acima, você
ganhará a oportunidade de fazer a coisa certa, inclusive para seus
familiares, e vai ficar louco para ler a PARTE 3 deste livro.

PARTE 3 – NÃO INVESTIR MAIS DO QUE VAI


RECEBER
Em síntese existem 6 Formas de pagar a Previdência:
 empregado, doméstico, trabalhador avulso e segurado
especial
 por conta própria (contribuinte individual) e
 como desempregado (segurado facultativo).
Nesta Parte do livro vou te apresentar as variações dessas formas de
contribuir, como o MEI – Microempreendedor Individual, o SIMPLES
Nacional, o trabalhador intermitente, dentre outros.
O contribuinte pode usar 6 Estratégias (diminuir, aumentar, manter,
alternar, pagar de contribuir ou aumentar 2% por ano de contribuição), com
3 Alíquotas diferentes (5%, 11% ou 20%) sobre 3 Bases de cálculo (do
salário-mínimo, do valor da remuneração e até do teto previsto em lei).
Quem exercer mais de uma atividade profissional tem que contribuir
por cada uma das atividades profissionais e somar na hora de aposentar.
A ausência das contribuições obrigatórias pode conduzir o
contribuinte para um processo de cobrança judicial. A conta pode ficar cara
e impagável!
Algumas formas de contribuir retiram do trabalhador o direito de
alguns benefícios e geram benefícios com valor menor.

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É preciso conhecer todas essas particularidades para definir a melhor


forma de contribuir.
O Estado oferece vantagens para o segurado contribuir com valor
menor, mas será que esta contribuição com valor reduzido preserva o
direito aos mesmos benefícios?
Será que o Estado, com esta redução da contribuição, está querendo
algo por trás? Será a redução na oferta de espécie de benefícios e/ou do
valor deles?
E por falar em benefícios, quais são os benefícios previstos na
legislação previdenciária e que podem ser conquistados pelo contribuinte?
Quais podem ser programados?
Quais são os benefícios de risco?
Vamos aprofundar nas respostas de cada uma dessas perguntas.

PARTE 4 – QUAIS BENEFÍCIOS VOCÊ TEM DIREITO


A abordagem sobre os benefícios programáveis aposentadoria por
tempo de contribuição, aposentadoria por idade, aposentadoria especial,
inclusive do professor, é feita considerando 4 Cenários:
 Direitos adquiridos
 Regras de transição
 Novas regras aprovadas pela reforma da Previdência
 Regras que estão em produção no Congresso Nacional
A condução desta forma didática de tratar os benefícios
previdenciários é fruto do conteúdo que apresentei aos meus alunos durante
mais de duas décadas nos cursos de Direito Previdenciário de graduação e
pós-graduação.
A análise desses benefícios também é feita considerando a hipótese
de se tratar de Pessoas com Deficiência (PcD) e trabalhadores rurais.
Na linha de benefícios de risco a abordagem é feita considerando as
doenças e lesões que têm e que não têm relação com o trabalho e, nesta

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particularidade, investi um pouco também nos direitos trabalhistas


decorrentes das consequências dos benefícios por incapacidade e de risco:
 Aposentadoria por invalidez (incapacidade permanente)
 Auxílio-doença (doença temporária)
 Auxílio-acidente (do trabalho e de qualquer natureza)
 Reabilitação profissional
 Pensão por morte

PARTE 5 – CHEGOU A HORA DO PLANEJAMENTO


Agora é a hora de começar a colocar em prática todo o conhecimento
que adquiriu com a leitura das quatro primeiras partes do livro.
Este é o momento mais esperado, mas também aquele em que
algumas perguntas serão inevitáveis:
 Aposento agora ou espero um pouco mais?
 Caso eu aposente, vai ser mesmo o melhor momento?
 Se esperar, quanto vou deixar de ganhar?
 Quanto ainda terei que pagar?
 Vai valer a pena tomar esta decisão já?
Tudo isso gera muita insegurança.
Utilizaremos a Estratégia dos 3Q da Aposentadoria e o Método da
Aposentadoria de Ouro para te orientar a não gastar mais do que precisa e
receber cada centavo investido.
Outras coisas irão passar pela cabeça: saque do FGTS; créditos com
menor taxa de juros, empréstimo consignado; redução ou fim das
contribuições previdenciárias, realização de sonhos, família, aposento e
invisto em previdência privada (complementar). E o Tesouro RendA+,
como funciona?

Percebe como é tormentoso tomar uma decisão que terá


impacto em toda sua vida?

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Aposentadoria não tem volta: se errar, não dá para


voltar atrás.

Esses assuntos são enfrentados um a um na PARTE 5 deste livro e


que certamente poderão te ajudar a tomar uma decisão, daí o propósito e a
relevância do assunto.
Caso precise, consulte um profissional de confiança que possa tirar
suas dúvidas e te ajudar neste momento tão importante.

PARTE 6 – BOTANDO A MÃO NA MASSA


A palavra-chave é realização: transformar o trabalho e as
contribuições em aposentadoria.
 Como fazer o protocolo no INSS
 Como entrar com processo na Justiça
É o momento em que o Beneficiário toma a decisão de começar a
receber um benefício em razão dos investimentos que foram feitos e é por
isso é a hora de botar a mão na massa.
Os processos para transformar as contribuições em benefícios são
demorados, a Previdência normalmente atrasa a análise dos direitos.
É hora de pôr em prática o Planejamento e seguir a Estratégia
definidos. Ter os documentos em ordem pode ser o diferencial na rapidez
na conclusão do pedido de aposentadoria.
O INSS demora, então faça sua parte com excelência. Fique atento
às diretrizes do Robô: se entender como ele vai analisar o caso, você sai na
frente.
É a sua renda futura que está em jogo. Quem entrega tudo certinho
evita novas exigências do INSS: a principal delas é a complementação de
documentos.
Eu vou te dar o passo a passo para entregar um pedido ‘nota 10’. E o
que fazer se não der certo de primeira.

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Você tem a Justiça à sua disposição e ela é mais simples do que muita
gente pensa.
Por isso, não desista!
Espero que a leitura traga conforto e confiança na busca dos direitos
sociais.

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PARTE 1
VOCÊ SABE QUE TEM UM PROBLEMA?
Quer viver ou sobreviver?

Ninguém vai ter aposentadoria sem contribuir. Se você vai contribuir,


ou não, é uma decisão sua.
Pense nisso para decidir:
 Você quer ter renda futura, vitalícia e em seu nome?
 Pensa em trabalhar até não aguentar mais para sustentar a
si e à sua família?
 Acredita que familiares e amigos vão garantir sua
subsistência quando não tiver mais condições para
trabalhar?
Por algum motivo, idade, doença ou incapacidade, é certo que vai ter
um momento da vida que não vai conseguir trabalhar.
Então você precisa se proteger. E uma pergunta você vai ter que
responder, mais cedo ou mais tarde, quanto mais cedo é melhor: você quer
viver ou sobreviver?
Eu entendo que sobreviver é existir apenas o mínimo para não
morrer. É quebrar a cabeça com as incertezas do dia seguinte e dormir sem
encontrar a saída para Moradia? Comida? Remédio? Abandono?

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Não dá pra ser feliz com tantas angústias. Imagine, então, para uma
pessoa idosa? É assim que, infelizmente, muitos vivem.
Eu conheço casos e mais casos de senhorzinhos e senhorinhas
totalmente dependentes de Igrejas. Não fossem os religiosos, estariam
desamparados.
É triste. Mas não é só o avanço da idade que os torna velhos
entristecidos.
O desgosto nasce quando os anos aumentam, a falta
qualidade de vida diminui e, às vezes, são esquecidos e até vem
o abandono material, sentimental e emocional.
Clique ou
Viver é o contrário disso tudo. Viver é ter qualidade de
Aponte Celular
vida.
Por mais simples que a vida seja, o que importa é ser feliz, aproveitar
a vida, sorrir, comer, beber, trabalhar, viajar, ser útil, ter bons momentos
com a família, amigos, ter um tempo livre para fazer o que você gosta, ter
intensidade.
“...Eu vim para que tenham vida,
e a tenham com abundância.”
João 10:10
Bom!
Acho que já sabe o que você quer né?
Pois é!
Existem 4 Formas de ter renda no futuro sem precisar trabalhar.
Antes de explicar isso detalhadamente, quero deixar ainda mais claro
a importância de se proteger.
Este livro foi escrito para ajudar pessoas a resolver questões
relacionadas à aposentadoria e obter renda, mas aqueles que não desejam
se proteger têm um problema que deve ser resolvido antes de ler o livro.
Eu posso ajudar a encontrar um remédio para o seu desânimo caso
ele esteja relacionado com as objeções mais comuns:
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 não tem dinheiro para investir


 que já está velho
 que nunca vai se aposentar
 já passou a hora
 que você sempre vai ter “forças para trabalhar”
 que a Previdência não vai ter dinheiro para te pagar.
Repito, para tudo isso tem remédio. Nisso eu posso ajudar.
Se você não tem dinheiro agora, tente imaginar quando estiver
incapacitado para exercer atividade remunerada ou idoso demais para ser
absorvido pelo mercado de trabalho.
Se acha que está velho e que não compensa investir em previdência,
pense como será quando estiver ainda mais idoso (velho, jamais!). Velhice
é coisa da cabeça.
Você até pode ser idoso, mas pode não ser velho.
Vejo todos os dias pessoas com pouca idade, mas que já são “velhas
precoces”, então repense.
É preciso fazer um parêntesis para entender que este formidável
progresso de envelhecimento homenageia a vida, mas também está
associado a mais doenças, mais despesas e menos oportunidade no mercado
de trabalho.
A qualidade de vida e o avanço da medicina induz os indivíduos a
subestimar o processo de perda da autonomia.
Os fatores positivos não podem ser interpretados como um salvo-
conduto, um habeas corpus da limitação funcional.

Somos seres limitados e precisamos de renda. Quanto


mais cedo começarmos a pensar em poupança
previdenciária, mais cedo atingiremos nossos objetivos,
mas nunca é tarde para começar.

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Hoje, 86% dos brasileiros, inclusive jovens e pessoas com menos


escolaridade, apesar da força de trabalho, não conseguem trabalhar
remotamente, fato que limita ainda mais a acessibilidade ao mercado de
trabalho, cada vez mais tecnológico.
É o que acabou de ser constatado durante a pandemia da COVID-19.

Então, já decidiu?
Vamos começar a pensar em previdência?
Ainda não?

Caso a ideia seja a de que a sua previdência não tem mais jeito
ou que nunca vai se aposentar, é hora de começar a entender que se você
iniciar as contribuições agora, depois de doze meses de contribuições
válidas, se ficar doente, poderá ter uma renda para te auxiliar enquanto
permanecer incapacitado.
Então eu te pergunto: tem jeito ou não tem?

Nunca é tarde para começar

E se o seu pensamento estiver na linha de que já está tarde para


começar, lembre-se que as pessoas estão vivendo mais e que começar a
contribuir agora, além dos benefícios por incapacidade que podem ser
conquistados depois de apenas um ano de contribuição (tomará que não
precise), poderá ter direito à aposentadoria por idade depois de quinze anos
de contribuição.
A maioria das pesquisas mostram o lado negativo do aumento da
expectativa de vida para sustentabilidade da Previdência Social, mas ela
tem o lado bom: vamos viver mais.

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Se vamos viver mais, vamos precisar de mais dinheiro, e mais


dinheiro pode nos fazer viver ainda mais.

Ah tá!
Se vamos viver mais, então podemos trabalhar mais e ganhar
mais dinheiro, certo?
Então pra que pensar em aposentadoria?

Você pode até se achar o fodão, fortão, gostosão ou a linda e


maravilhosa, a última bolacha do pacote, mas tenho um recado para te dar:
meu amigo, minha amiga, nem todo mundo acha isso a seu respeito.
E tem mais:
Nestes tempos de sobrecarga de informações, você pode estar
acreditando em uma meia verdade: a de que os idosos continuam com
emprego garantido mesmo depois da aposentadoria.
Não é bem assim.
A taxa de empregabilidade da população idosa tem diminuído,
principalmente por que o a população de idosos aumentou de 40,6% entre
1992 e 2002 para 51,8% entre 2002 e 2012, e ainda está em crescimento.
Mesmo que o idoso queira se colocar no mercado de trabalho, não
terá emprego para todos, sem se falar da falta de conhecimento das coisas
ligadas à tecnologia, que poucos dominam.
Se esses argumentos não são suficientes para decidir viver ao
sobreviver, tem mais um: se acha que vai morrer antes de receber
aposentadoria (ou não se importa com ela) poderia pelo menos deixar uma
lembrancinha para as pessoas que te ama, que precisam e vivem com você,
gostam da vida e podem ter que cuidar deste “ser teimoso” antes de ele
faltar: uma pensão por morte.
Se tudo isso não te convenceu, vamos pensar no investimento.
Procure uma seguradora ou uma previdência complementar (privada)
e veja quanto custaria um seguro de incapacidade ou de renda vitalícia para
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você, e de uma pensão por morte com valor de pelo menos um salário-
mínimo, vitalício, para seus dependentes.
Se conseguir preço menor que o da Previdência Social e com a
mesma proposta de proteção que ela prevê, me avisa. Quero saber como
conseguiu esta proeza.

Veja como é vantajoso para você


Logo agora, no início do nosso livro, vou te mostrar como você vai
ficar Louco Pra Aposentar.
Vou dar como exemplo a aposentadoria por idade, apesar de ter 14
modalidades de benefício no INSS, considerando o valor de um salário-
mínimo para você ter ideia de como é um bom investimento.
Este benefício é perfeito para quem nunca contribuiu para a
Previdência, que vai começar do zero, ou para quem começou pagar tarde
demais.
Bom! Existem 3 Alíquotas de contribuições e vamos falar sobre
elas mais adiante: 5%, 11% e 20%.
Esta contribuição de 5% sobre o salário-mínimo é possível para
“dona de casa” de baixa renda e para o MEI – Microempreendedor
Individual.
As alíquotas de 11% e 20% são para trabalhadores por conta própria
ou desempregados.
Para empregados há uma tabela progressiva que também vamos
estudar na PARTE 3 deste livro.
Essas alíquotas incidem sobre valores que podem variar entre um
salário-mínimo e o teto do INSS.
Vou fazer um exercício demonstrando o investimento que será feito
durante quinze anos, que é a carência necessária para ter direito à
aposentadoria por idade, e o tempo que vai demorar para começar a receber
o benefício para recuperar este investimento que será feito à conta-gotas,
mês a mês.
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Isso sem considerar, como já expliquei, a possibilidade de receber um


benefício por incapacidade durante o percurso até a aposentadoria por
idade.
Vamos ao cálculo!
O fato é que só de pensar na aposentadoria por idade já dá
para entender que o investimento compensa. Ela pode ser
recebida a partir dos 62 anos para as mulheres, e dos 65 anos
para os homens. Clique ou
Pode até acontecer antes para o trabalhador rural ou para Aponte Celular
uma Pessoa com Deficiência (PcD): a partir dos 55 anos para as mulheres
e dos 60 anos para os homens.

Recupere todo seu dinheiro a partir de 9 meses


Em qualquer caso é preciso fazer um investimento de pelo menos 15
anos, o que na previdência é chamado de carência.
Carência é o número mínimo de contribuições necessário para ter
direito a algum benefício.
Essas contribuições, como já disse, podem variar entre o salário-
mínimo e o teto do INSS e as alíquotas de contribuição também variam de
5%, 11% e 20%.
Então vamos ver esses três cenários de contribuições considerando o
salário-mínimo que é o menor valor base de contribuição no período
mínimo de carência que é de 15 anos.
Em seguida vamos apurar qual é o tempo para ter o reembolso do
valor investido, aí você vai verificar que se trata de um ótimo investimento.
No primeiro cenário, com alíquota de reduzida de 5%, o valor do
investimento será 0,05 salários-mínimos por mês, o que significa dizer que
em 180 meses o contribuinte desembolsará o equivalente a 9 salários
mínimos.

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Como vai receber um salário mínimo por mês, o investimento desses


15 anos ou 180 meses será recuperado em 9 meses após a data do início do
benefício.

Salário-mínimo Alíquota Valor da contribuição


1 Salário Mínimo 5% 0,05 Salário Mínimo
Valor investido durante 15 anos 9 salários mínimos
Valor da Aposentadoria 1 salário-mínimo
Retorno sobre o investimento (ROI) 9 meses
Com alíquota de 11% o retorno do valor investido acontecerá em 20
meses. E com a alíquota de 20% o investimento será totalmente restituído
ao segurado em 3 anos.

Salário-mínimo Alíquota Valor da contribuição


1 Salário Mínimo 11% 0,11 Salário Mínimo
Valor investido durante 15 anos 19,8 salários mínimos
Valor da Aposentadoria Salário Mínimo
Retorno sobre o investimento (ROI) 20 meses

Salário-mínimo Alíquota Valor da contribuição


1 Salário Mínimo 20% 0,20 Salário Mínimo
Valor investido durante 15 anos 36 salários mínimos
Valor da Aposentadoria Salário Mínimo
Retorno sobre o investimento (ROI) 3 anos
Em todas as hipóteses o pagamento é vitalício, inclusive com 13º
salário (abono anual), com a garantia do recebimento do piso (salário-
mínimo), além da reversão em pensão por morte se o segurado possuir
dependentes.

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Dá para perceber que o gasto com Previdência é realmente um


investimento?
Vou repetir o que eu sempre digo sobre o investimento: “Ele está
relacionado com todo o dinheiro que sai do seu bolso com a expectativa de
ganhar mais.”
Ainda não se convenceu?
Ai ai ai...
O seu problema, agora, é o último obstáculo dos pessimistas?

Já sei: Você ouviu falar (e acreditou!) que a


previdência não vai ter dinheiro para pagar o seu
benefício? Tá enganado! É mentira.

Você sabe onde e quando isso já aconteceu?


Você conhece algum país em que a Previdência Pública deixou de
pagar benefícios previdenciários?
Consegue apontar quais foram as Previdências Públicas que
quebraram, faliram ou sumiram com todo o dinheiro dos contribuintes?
E Pasme! Durante os momentos mais difíceis da vida dos brasileiros,
como na Pandemia da COVID-19, a Previdência Pública antecipou o
pagamento do décimo terceiro, não atrasou o pagamento dos precatórios,
continuou aprovando novos benefícios, manteve o pagamento dos
benefícios que já tinham sido aprovados e ainda criou uma forma para
antecipar os benefícios de risco sem perícia presencial.
Apesar dos pesares, das mazelas, dos atrasos e dos contratempos, da
falta de um gerenciamento responsável e de não fazer o que deve ser feito
de forma adequada, a Previdência é segura.
Bom, acho que não preciso dizer mais nada sobre isso, né!

Caro leitor!
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Depois disso tudo, se você não quer fazer parte desta rede de proteção
social, esta sua decisão só tem um motivo: o de você não querer mesmo.

Respeito sua decisão, mas vamos combinar uma coisa: Este livro não
é para você. Ele é para quem está Louco Pra aposentar.

Depois de superada a desconfiança, é hora de entender o que é a


Seguridade Social e o que a Previdência tem a ver com isso.
É importante conhecer esta relação para não comprar gato por lebre,
tanto na Previdência Pública, como na Previdência complementar,
principalmente.
Não tenho nada contra os gatos, nem contra as lebres, mas se quer
um gato tem que saber que está comprando um gato e, se quer uma lebre,
tem que saber que está comprando uma lebre.
Vamos começar entendendo o que é a Seguridade Social. Isso vai
permitir que você saiba onde está a previdência social, a previdência
pública e a previdência complementar (privada).

O que é Previdência Social?


Previdência Social é uma proteção social que pode ser acessada por
todas as pessoas. Ela pode ser pública ou complementar.
A previdência pública é composta pelo Instituto Próprio dos Militares
(Marinha, Exército e Aeronáutica), pelos Institutos Próprios dos Servidores
Públicos (RPPS) da União, dos Estados, dos Municípios e do Distrito
Federal, e pelo Regime Geral de Previdência Social (RGPS) representado
pelo INSS.
O INSS é o maior de todos porque abriga todos os segurados que não
têm um Instituto Próprio de Previdência, o que envolve empregados,
domésticos, trabalhadores avulsos, segurados especiais, contribuintes
individuais e desempregados.

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O contribuinte pode estar filiado em mais de uma previdência e ter


mais de um benefício quando exercer mais de uma atividade remunerada
vinculada a Institutos de Previdência diferentes.
Pode também transferir o tempo de serviço e de contribuição de uma
Previdência Pública para outra, mesclando os períodos trabalhados nos
vários Regimes Previdenciários (Militares, RPPS e RGPS). Falaremos
mais sobre isso quando tratarmos da Certidão de Tempo de Contribuição
(CTC) na PARTE 3 deste livro.
O segurado que exerce atividade remunerada é obrigado a contribuir
(segurado obrigatório) ou ter a faculdade de contribuir (segurado
facultativo) caso não seja um segurado obrigatório.
Na PARTE 3 vou detalhar todas as diferenças.
Entender as diferentes previdências é essencial neste mundo em
transformações.
Um policial que migra para o setor de segurança privada, um
comerciante que desiste do negócio e resolve prestar concurso para
ingressar no serviço público, um trabalhador que entre em um plano de
demissão incentivada e usa o dinheiro para abrir um negócio ou para
contribuir como facultativo (desempregado).
Todas essas mudanças cotidianas afetam a aposentadoria, mudam o
destino das contribuições e é preciso “ajustar” o planejamento
previdenciário.

Previdência pública
Todas as pessoas que exercem atividade remunerada são obrigadas a
contribuir para o Sistema previdenciário, seja militar, servidor público ou
trabalhador da iniciativa privada.
A diferença é que os militares, por suas características especiais,
possuem um instituto de previdência só para eles, da mesma forma que os
servidores públicos.

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Cada ente público (União, Estados, Municípios e o Distrito Federal)


poderá ter seu Regime Próprio de Previdência Social (RPPS).
De todos estes entes públicos, apenas alguns municípios não possuem
instituto próprio de previdência.
Todas as pessoas que estão excluídas do instituto de previdência dos
militares e dos servidores públicos serão filiadas, por exclusão, ao Regime
Geral de Previdência Social (RGPS), representado pelo Instituto Nacional
do Seguro Social (INSS).

Previdência
Social

Pública Complementar

RGPS
Militares RPPS Pública Privada
(INSS)

União
Legislativo Aberta
Federal

Estados Executivo Fechada

Vínculo
Municípios Judiciário
Empregatício

Distrito Vínculo
Federal Institucional

Previdência complementar
A previdência complementar pode ser pública ou privada.
A previdência complementar pública se destina apenas aos servidores
públicos concursados dos Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário, ao

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passo que a previdência complementar privada pode ser acessada por todos
os cidadãos, inclusive os próprios servidores públicos concursados com ou
sem regime próprio de previdência.
A previdência complementar privada pode ser aberta ou
fechada.
A fechada, também chamada de fundos de pensão, tem esse nome
porque é destinada a determinado grupo de pessoas.
É permitida exclusivamente aos empregados de uma empresa e aos
servidores da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios,
denominados patrocinadores; e aos associados ou membros de pessoas
jurídicas de caráter profissional, classista ou setorial, denominados
instituidores.
A vinculação à previdência complementar privada fechada pode se
dar por meio de vínculo empregatício, quando o trabalhador tem uma
relação de emprego com o Instituidor do fundo de pensão, como por
exemplo no caso da Previ, Economus, Funcef, dentre outros, ou por meio
de vínculo institucional ou associativo, como por exemplo a OABPrev.
A aberta é negociada livremente entre qualquer interessado e uma
empresa de previdência aberta.
Para saber mais sobre Previdência Complementar leia a PARTE 5
deste livro.
Pode parecer complicado e até dá um desânimo quando a gente pensa
que vai ter que pagar durante muito tempo para depois ter que receber uma
renda futura.
Concordo que isso seja desafiador, mas entender o que é investimento
pode te animar.

Entender o que é gasto ou investimento vai mudar


sua forma de pensar e investir.

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Para começo de conversa, pense em todo dinheiro que entra na sua


casa. Pode ser salário, aquelas trufas de chocolate que você faz e vende, o
extra na moto como entregador de aplicativo ou motorista.
Todo o dinheiro que você recebe é chamado de ATIVO.
Por outro lado, tudo o que você gasta para fazer pagamentos de bens
e serviços adquiridos é chamado de PASSIVO.
São as despesas com internet, supermercado, água, luz, aluguel,
roupas etc.

Investimento
Agora preste atenção: o dinheiro gasto com o INSS, quando faz uma
poupança, compra uma máquina ou veículo para trabalhar, não é custo ou
despesa, é INVESTIMENTO.
ATIVOS CUSTOS
VOCÊ
PASSIVOS DESPESAS

INVESTIMENTOS

A diferença entre ativo e passivo é o patrimônio líquido ou como


dizia minha avó, “é o que sobra”. Lá na casa dela, da “Vó Rosa” nunca
sobrava.
Rosa era o nome de minha avó materna. Maria era o nome da mãe
de meu pai. Minha irmã herdou o nome das duas, tão queridas que foram:
Rosa Maria.
Voltando à Vó Rosa, ela nunca “nem sentiu o cheiro de dinheiro
sobrando”. Assim, provavelmente viveu sem ter ouvido a palavra
“investimento” uma única vez sequer.
Vó Rosa era miudinha, talvez um metro e meio de altura só. Andava
devagar e sempre com uma bolsinha atarracada embaixo do braço. Uma

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bolsinha tão pequena que cabia na minha mão, isso quando eu era criança
ainda…
Era ali, na bolsinha que a véia carregava todo o dinheiro que tinha!
Ela sonhava e jogava no bicho (para quem não sabe, é um jogo
ilegal) e conseguia ganhar o dinheiro para comprar a mistura na feira-livre.
E olha que a “Véia” era boa nisso, viu.
Ela tinha uma tática: quando ela sonhava com alguma coisa, logo
relacionava o sonho com um dos 25 bichos do jogo e aí “aplicava” uns
trocados na banca de aposta.
Lembro de algumas dessas relações que ela fazia:
 sonhar com o trabalho, joga no burro;
 sonhar com um amigo, joga no cachorro;
 sonhar com a sogra, joga na cobra;
 sonhar com dinheiro, joga no elefante.
Tinha sonhos que faziam alusão à vaca, ao veado,
ao urso. Um monte de bicho.
Tinha um detalhe: ela dizia que não podia pentear o cabelo antes de
lembrar do sonho, senão esquecia tudo. Dá para acreditar?
Quando não sonhava, ela olhava as nuvens e sempre “enxergava” um
bicho. Só ela via isso, mas fazer o quê, né?
E nos dias que não lembrava do sonho e o céu estava limpo. A vó
Rosa ainda tinha outro jeito de acertar o bicho. Mas esse segredo não
contou pra ninguém. O fato é que todo dia, apostava. Sempre um valor bem
baixinho. Acertava muito e ganhava pouco.
Assista: https://youtu.be/QLS8xJjMj0E
Minha avó paterna era costureira das boas. Fazia enxoval e tudo.
Mas nunca empreendeu.
A geração delas não tinha informação. Eram brasileiros que só
podiam se virar e contar com as próprias habilidades.

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Entendiam da vida, do tempo, das plantas que curavam todas as


dores. Sobretudo, entendiam de gente, de sentimentos e bondades.
Eu tenho orgulho da formação humana que meus avós ajudaram a
solidificar em meu caráter. E tenho muita gratidão por terem feito um
grande esforço para os que vieram depois deles tenham tido o privilégio de
estudar e acessar uma boa formação.
Meus avós sabiam que viviam no improviso. Não doía neles. Se doía,
não diziam. E fizeram questão que os filhos e netos trilhassem outro
caminho.
O que sou hoje e a maneira como desenvolvo meu trabalho tem um
pouco dos meus avós. Escrever sobre eles e o meu passado é uma
homenagem porque justifica minha insistência em difundir a informação
previdenciária.
Ensinar a fazer o certo agora pra ter uma vida melhor no futuro.
Esta é a primeira lição que a gente tem que tirar sobre renda
futura: reduzir os passivos no presente pode ser uma forma, talvez a
melhor, de ter uma manutenção da qualidade de vida no futuro.
Não se pode contar com a sorte, sempre!
Vamos voltar aos gastos, custos, despesas e investimentos.
Gastos é tudo que você desembolsa. A despesa é um gasto, o
investimento é um gasto, enfim tudo que sai do seu caixa é um gasto.
Já ouviu esta frase: “Tá gastando hein!”
Ela é boa de se ouvir porque se você está gastando, é porque está
ganhando. Bom sinal. Se cuidar dos seus gastos pode ser que sobre um
pouco mais no final do mês.
As despesas são um mal necessário. Não dá para fugir delas. Elas
servem para manter a sua casa. É o dinheiro da conta de energia elétrica,
da água e esgoto, IPTU, aluguel. Essas são as despesas fixas.
Mas também tem as despesas variáveis: o cano que entupiu, a pia que
quebrou, a luz que queimou, enfim! Não são fixas.

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Custos são os desembolsos ligados a tudo que está à sua volta e que
é necessário: material de limpeza, mão de obra de terceiros, insumos.
Já deu para perceber que a nossa casa e a nossa vida parecem uma
empresa. E é assim que devemos encarar nossos ativos e nossos passivos.

É aqui que começaremos a pensar no investimento. Ele


está relacionado com todo o dinheiro que sai do seu
bolso com a expectativa de ganhar mais com ele.
O investimento tem sentido quando você consegue enxergar que o
dinheiro que sai do seu bolso pode retornar com algum ganho, de curto ou
a longo prazo.
Eu faço parte da corrente que defende as vantagens de contribuir para
o INSS, mas é inegável que a última reforma tornou a Previdência Social
ainda menos atraente.
E mais, este investimento tem retorno em momento certo como a
aposentadoria por idade que – faça chuva ou faça sol – uma hora vai chegar.
E pode até acontecer mais cedo do que você espera, como um
benefício por incapacidade: auxílio por doença temporária (auxílio-
doença), benefício por incapacidade definitiva (aposentadoria por
invalidez) ou auxílio-acidente (do trabalho ou de qualquer natureza),
dependendo do grau da incapacidade e da duração dela.
O investimento de um salário mínimo é inquestionavelmente
indispensável. Valor superior a este deve vir precedido de um planejamento
previdenciário.

Agora você vai ter certeza de que


vale a pena investir

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4 formas de ter renda no futuro


A diferença entre viver biologicamente e gozar a vida com dignidade
está diretamente relacionada com o planejamento do futuro.
O planejamento pode demandar tempo, mas a escolha tem que ser
feita agora.
Veja quais são as 4 Formas de ter renda no futuro, quando você não
puder ou não quiser trabalhar:
1. Ter uma reserva financeira
2. Depender de terceiros
3. Receber ajuda assistencial do Governo
4. Ter uma previdência

Somente 2 podem coexistir e dependem só de você:


ter reserva financeira e aposentadoria.
As outras 2 são puro assistencialismo.

O futuro é reflexo das escolhas do presente e os momentos difíceis


ditam as decisões para definirmos o que queremos. Se vamos alcançar é
outra conversa.
O assistencialismo Estatal dá sinais de que não terá condições de
amparar todos vulneráveis, e já se cogita (com alguma resistência) a
instituição de uma renda mínima universal.
O assistencialismo familiar não é garantia de renda segura e o
conceito de família, no quesito proteção, já demandou intervenção
legislativa para sua realização, haja vista a Lei Maria da Penha; os Estatutos
do Idoso, da Pessoa com Deficiência e da Criança e do Adolescente.
Quando a sociedade é obrigada, por lei, a respeitar, ser solidária e
suprir as necessidades de ascendentes e descendentes, é por que já foram
mitigados todos valores e princípios de respeito e solidariedade.

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Percebe-se que essas 2 Formas (ajuda do Estado e da família)


dependem de atos de terceiros.
Isso não é um planejamento, é apenas uma esperança de que alguém
vai cuidar de você.
Vai apostar nisso? Ou prefere saber das outras duas opções?
Então vamos lá!

Constituir uma reserva financeira está associada com abdicação.


Tem relação direta com a palavra “não”.
A ideia do “não”, não é seguir a ditadura de não poder comprar nada,
de não adquirir as coisas que você trabalha para ter, passar necessidade,
não realizar desejos e vontades.
É claro que a vida tem que ter algum sentido.
Você tem o direito de ter as coisas que quer, que gosta, que deseja,
que tem vontade ter. Nós trabalhamos para ter satisfação.
Mas vamos fazer uma aposta? Tem que ser agora!
Pare de ler este livro por cinco minutos, tome um copo de água e veja
quantas coisas você tem nas suas gavetas, armários, guarda-roupas,
dispensa e até na geladeira.
Depois seja sincero com você mesmo: “E aí, dava para você ter
economizado um montão de grana né?”
É disso que eu estou falando, das compras de impulso, daquilo que
não precisamos. Das coisas que até precisamos, mas que podem ser
adquiridas aos poucos, devagar, respeitando – se for algo perecível –, as
datas de validade para consumo.
Cada item que você não usa, guarda ou joga no lixo representa um
tempo perdido da sua vida, de dinheiro, de trabalho em vão, que não valeu
nada.
É este planejamento financeiro que fará seus ativos superarem os
passivos. Para isso recomendo que se informe sobre suas aplicações
40
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financeiras em muitos canais de informação que existem no mercado: tudo


é válido. Ative-se.
É esta reserva financeira que vai te conduzir para a decisão de
investir e ter uma previdência. Certamente vai sobrar dinheiro para este
investimento.

5 motivos para ter INSS


As recentes alterações da previdência social reacenderam a discussão
sobre as vantagens de desvantagens de começar ou continuar pagando o
INSS, isso diante de 2 novos elementos:
 Inclusão da idade mínima que retardou o início da aposentadoria.
 Nova forma de cálculo reduziu o valor dos benefícios.
Apesar das reformas, a aposentadoria ainda é uma das boas formas
de garantir renda no futuro e com pouco investimento se comparado com
as vantagens.
É sempre bom rever o planejamento previdenciário neste momento,
o que pode ajudar equalizar o custo x benefício previdenciário. Afinal, para
que pagar mais do que vai receber: valor das contribuições e o percentual
delas (5%, 11% ou 20%), dependendo da característica de cada segurado.
Isso depende de saber quando irá se aposentar e qual vai ser o valor
do benefício a receber. Vamos tratar sobre este assunto com mais
profundidade na PARTE 5 deste livro.
Listei 5 Motivos para contribuir para Previdência.
1. A Previdência não vai quebrar
2. Vai ter dinheiro para te pagar, mas...
3. Análise de tendências
4. Benefícios de risco
5. Garantia do salário-mínimo
A Previdência Social não vai quebrar

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A arrecadação dos recursos que financiam a Previdência Social é


feita pela Seguridade Social. O valor arrecadado é distribuído entre a
Saúde, a Previdência Social e a Assistência Social.
Não tem como separá-los. Um completa o outro.
Saber disso é fundamental para ter a certeza de que a previdência não
vai acabar, a menos que também acabem os serviços e programas de
assistência social e todos os serviços de saúde, o que é inconcebível.

Como não dá para imaginar o Brasil sem assistência


social e saúde, por que insistirmos em querer
imaginá-lo sem previdência?

A Previdência vai ter dinheiro para te pagar, mas...


Existe uma diversidade de recursos que vão para os cofres da
Seguridade Social e que chegam na Previdência Social.
O plano de benefícios deve ser ajustado e, se necessário, reformado
para obtenção do equilíbrio das contas para não faltar o dinheiro necessário
para manter o pagamento das aposentadorias, pensões e serviços
previdenciários.
O ajuste de contas sempre será feito de duas formas: aumento da
arrecadação e redução de benefícios.
Os dois ajustes podem acontecer ao mesmo tempo, como na Reforma
Previdenciária de novembro de 2019 (Emenda Constitucional n.
103/2019).
Desde quando o reajuste dos benefícios foi desvinculado do salário-
mínimo em julho de 1991, estamos assistindo a redução do poder de
compra do valor dos benefícios, quando o comparamos com o valor do
salário-mínimo que era o indexador.

Eu não concordo com isso.


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Afirmo que a administração da previdência foi


desastrosa, irresponsável, catastrófica e marcada por
muitas fraudes e desvios. Faltou profissionalismo.
Não posso mudar isso. Tenho que trabalhar com este
cenário e encontrar soluções para os meus “loucos pra
aposentar”.
Como este fenômeno da perda do poder de compra vai atingir quem
vai se aposentar daqui para frente, é preciso entendê-lo e colocá-lo como
ingrediente obrigatório na hora do planejamento previdenciário.
Não precisa ser especialista em previdência para entender o reflexo
da defasagem dos benefícios previdenciários.
Em 1991 o valor máximo do benefício (teto) era equivalente a dez
salários-mínimos.
Em 2021 o valor do salário-mínimo foi de R$ 1.100,00, logo, o valor
máximo dos benefícios (teto) com base na legislação vigente em 1991, a
título de comparação, seria exatamente R$ 11.000,00, equivalente a dez
salários-mínimos.
Todavia o valor teto dos benefícios da Previdência Social para o ano
de 2021 foi R$ 6.433,57.
A conclusão é irrefutável: nos últimos 30 anos o valor máximo da
aposentadoria caiu de 10 salários-mínimos para 5,84 salários-mínimos.
A desvinculação do reajuste e o aumento do valor do salário-mínimo
com índices superiores ao da inflação, incluindo a variação do Produto
Interno Bruto (PIB), refletiu e refletirá na futura redução do valor máximo
da aposentadoria.
É uma tendência mundial.
A previdência sempre terá dinheiro para pagar os benefícios, mas
também é certo que o valor dos benefícios tende a reduzir, daí a importância
do planejamento previdenciário para não investir mais do que vai receber
(PARTE 3 deste livro), bem como definir previamente a necessidade da
contratação de um plano de previdência complementar (PARTE 5 deste
43
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livro) ou a definição de uma estratégia de investimento para manutenção


do padrão de vida.
Veja neste gráfico a projeção do valor máximo do benefício do INSS
se considerarmos que nos próximos dois ciclos de trinta anos 2021-2051 e
2051-2081 houver repetição da perda real do poder de compra já verificado
do ciclo de 1991-2021: em 2051 o valor máximo será de 3,41 salários-
mínimos e 2081 será 1,99 salários-mínimos.

Quantidade Salários-mínimos
12
10
8
6
4
2
0
1991 2021 2051 2081

Quantidade Salários-mínimos

Vou voltar a falar sobre este assunto na PARTE 3 deste livro, mas
quero evidenciar desde já que em 60 anos o maior benefício do Regime
Geral da Previdência Social (INSS) e que será também a base nos Regimes
Próprios de Previdência, não ultrapassará 2 salários-mínimos.
Esta constatação meramente comparativa é suficiente para
entender a necessidade de um planejamento previdenciário
responsável.
Vislumbrar desde cedo a possibilidade de manter ou melhorar o
padrão de vida no futuro é o primeiro passo para definir seus investimentos
ou iniciar a redução do padrão de vida no presente.
Análise e tendências pós-reforma de novembro/2019

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Não tenho dúvidas que as regras da previdência irão mudar


novamente, em breve.
Durante a votação da Reforma da Previdência (Emenda
Constitucional n. 103, de 12/11/2019) eu estava em Brasília e fiz a
cobertura, como jornalista especialista em previdência, de tudo o que
aconteceu por lá.
Os Congressistas votaram as regras de consenso e aprovaram a
reforma da previdência, mas as regras que geraram discussão foram
“jogadas” para serem analisadas em outra Proposta de Emenda
Constitucional (PEC paralela n. 133/2019) que ainda vai ser votada.
Muitas normas aprovadas na EC n. 103 ainda dependem de
regulamentação, muitos direitos foram incluídos em regras de transição,
logo vamos viver um cenário de edição de muitas leis complementares que
regulamentarão, inclusive, as situações que aparentemente já foram
decididas.

Eu já assisti este filme. Em 1988 foi aprovada uma nova


Constituição Federal e nos anos que se seguiram houve
uma chuva de aprovação de leis regulamentadoras,
dentre elas as leis da Saúde (1990), de benefícios e
custeio da Previdência Social (1991) e a LOAS (1993),
que valem até hoje.
Esta é a tendência no Brasil: teremos anos seguidos de edições de
leis e novas alterações das regras de custeio e de benefícios.
Lembro que foi cogitado e discutido alterações nos benefícios dos
trabalhadores rurais e aumento de 15 para 20 anos do tempo de contribuição
para ter acesso à aposentadoria por idade. Isso vai voltar à discussão, então
começar ou continuar pagando a previdência social pode ser a garantia de
utilização das regras que estão valendo para ter o benefício até 5 anos mais
cedo.

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A avaliação sobre o investimento é simples e puramente matemática,


e mesmo sem considerar a capitalização dos recursos investidos e que serão
recebidos, já deu para perceber diante do exercício que fizemos que o
retorno do valor investido acontecerá, pelo menos, em 9 meses, 20 meses
ou 3 anos, dependendo da forma que as contribuições forem feitas: 5%,
11% ou 20%.
Benefícios de risco
Outra vantagem que deve ser considerada para justificar a
contribuição para a Previdência Pública é o “SS” do INSS.
O INSS é um seguro social. É isso que significa o “SS” do INSS:
Seguro Social.
Não é como um seguro qualquer (de coisas que podem ser
substituídas). É da vida, da saúde, da idade avançada, dos dependentes.
Nós já vimos acima que o investimento para ter uma aposentadoria
pode ser recuperado em 9 meses, 20 meses ou em 3 anos, dependendo da
forma da contribuição e da alíquota, aliás, no INSS o contribuinte recupera
o investimento em menos tempo, quando comparado a qualquer outro tipo
de investimento que gera renda mensal vitalícia.
A Constituição Federal garante o benefício de, no mínimo, um
salário-mínimo. Ninguém, além do Estado, concede esta proteção.
O que mais motiva as pessoas que estão próximas da aposentadoria é
terminar o que já começou para não perder todo dinheiro investido.
A Previdência não é como um seguro daqueles que se perde quando
o contribuinte para de pagar. Dá para manter os direitos por até três anos
mesmo sem contribuir.
A carência é mínima, de apenas doze meses, e em alguns casos em
que a obtenção de benefícios é isenta de carência (acidente do trabalho e de
algumas doenças listadas em lei ou graves) é um grande incentivo para
contar com esta proteção.

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Não há seguro privado, de incapacidade ou por invalidez parcial ou


total, que dê esta proteção e ainda garante o salário-mínimo mensal com
abono anual (décimo terceiro), com direito de reversão à pensão por morte
no caso de ter dependentes.
Vamos voltar a falar sobre este assunto na PARTE 4 quando
tratarmos do acidente do trabalho, dos benefícios por incapacidade e do
salário-maternidade.
A mesma coisa acontece com os benefícios dos dependentes: pensão
por morte e auxílio-reclusão.
Como são prestações positivas do Estado, somente a Previdência
Pública garante o pagamento desses benefícios de ampla proteção social.
Garantia do piso de um salário-mínimo
A Constituição Federal tem dois dispositivos que demonstram a
grandeza da Previdência e o quanto ela é protetora.
Lá no art. 7º, inciso IV, está previsto que nada, nem qualquer tipo de
benefício pode ser vinculado ao salário-mínimo.
Tem apenas uma exceção no § 2º do art. 201: “Nenhum benefício que
substitua o salário de contribuição ou o rendimento do trabalho do
segurado terá valor mensal inferior ao salário-mínimo.”
A promessa e a garantia do salário-mínimo só podem ser dadas
pela Previdência Social Pública. Não importa quanto o trabalhador
contribui, sempre terá a garantia da aposentadoria e da pensão no valor do
salário-mínimo.
Esta proteção constitucional foi colocada à prova durante as
discussões da última reforma previdenciária em 2019 e o debate sequer se
instalou.
Os Parlamentares, diante desta investida, condicionaram a própria
avaliação da Emenda Constitucional à retirada da pretensão de discussão
deste tema.

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Ficou garantida e selada a cláusula de que nenhum benefício pago


pela Previdência Social Pública poderá ser menor que o salário mínimo.
Esta regra não se aplica à previdência complementar ou privada.

Fique de olho nas tendências 40+ 50+ 60+


Abordarei nos próximos três itens um estudo realizado no Bocchi
Advogados, escritório do qual faço parte e que gerou a nossa calculadora
de aposentadoria, idealizada para ajudar a encontrar dentro deste cenário
de gerações a melhor aposentadoria para o trabalhador.
É sobre o perfil profissional de três gerações. Os benefícios que estão
mais longe, mais próximos e aqueles que podem estar acontecendo.

É a geração das pessoas que nasceram antes de 1980 (os


40+), antes de 1970 (50+) e aqueles que nasceram antes
de 1960, os 60+.
Como podem se aposentar, os cuidados para não pedir o
benefício errado e o que o planejamento previdenciário
deve focar.
Com o perfil dos contribuintes nascidos em três décadas diferentes
(antes de 1960, 1970 e 1980) foi possível determinar qual é o foco em cada
uma das espécies de aposentadorias.
Foram determinados três espaços temporais, as espécies de
aposentadorias:
 que estão mais distantes,
 as que estão mais próximas e
 as que já estão ou deveriam estar acontecendo.
A determinação da faixa etária, o tempo de contribuição e o sexo do
contribuinte, associados às alterações legislativas que criaram modalidades
de aposentadoria, diminui o risco de escolher o benefício errado.

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Para quem tem +60 ANOS


O milagre da aposentadoria: A abertura para ter benefícios maiores
com apenas uma contribuição revelada pela reforma da previdência
aprovada pela EC n. 103/2019 foi fechada. É o fim do milagre da
contribuição única que permitia o acesso ao benefício com 60% do teto do
INSS com apenas uma contribuição.
Assista: https://www.youtube.com/live/eCUE5e7Gyz4?feature=share
Quem completou os requisitos para aposentar por idade entre
13/11/2019 e 04/05/2022 ainda pode se beneficiar desta regra, é o direito
adquirido. Depois desta data a lei mudou, mas a regra, ainda assim, é
melhor que aquela que estava valendo antes da reforma da previdência.
Assista: https://youtu.be/lAuzA0rnj2A
Sem a possibilidade do cálculo do valor do benefício com apenas uma
contribuição, idealizei a possibilidade de ter a aposentadoria que passei a
chamar de Aposentadoria de Ouro com base no cálculo com o divisor
mínimo de 108 meses ou 9 anos de contribuições pelo teto das
contribuições que estão no PBC – Período Base de Cálculo. A explicação
completa está na PARTE 3 deste livro.
As pessoas nascidas antes de 1960 começaram a trabalhar mais cedo;
tiveram menos rotatividade de emprego e têm menores períodos sem
contribuição.
Este cenário aproxima homens e mulheres da aposentadoria por idade
e a maioria já está aposentada, com somatória de tempo de contribuição
entre 30 e 36 anos.
Como tiveram os maiores salários no passado, o planejamento
previdenciário deve focar nesta nova fórmula de cálculo aprovada pela
Reforma da Previdência e que permite ter benefício até 3,5 VEZES
MAIOR considerando os descartes das contribuições feitas com base em
salários menores.
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Para quem tem +50 ANOS.


A aposentadoria do dia seguinte: “A geração dos 50+ têm grande
chance, talvez a última, de escolher a aposentadoria mais vantajosa”.
A geração dos 50+, os nascidos antes de 1970, tem que ter calma para
decidir o melhor momento para pedir a aposentadoria.
Este grupo revela mulheres com média de 25 anos de contribuição e
homens com 33 anos. Eles ficaram mais longe das aposentadorias porque
têm idade mínima como requisito.
Por outro lado, estão próximos de aposentadorias que ainda garantem
benefícios com regras de cálculo mais vantajosas, mas estão se
precipitando e “batendo o martelo” em benefícios com valores menores.
Tem quem já se precipitou e aposentou sem fazer cálculo, mas é
possível corrigir algumas situações com processos de revisão de benefícios,
que precisam ser analisados caso a caso.
Dúvidas e insegurança
O temor de novas mudanças legislativas, o trauma da reforma e a
instabilidade trazida pela pandemia têm impulsionado esses “baby
boomers” a aceitar o benefício que está acontecendo, quando estão na
proximidade de regras mais vantajosas.
Um dia, um mês, um ano a mais de idade ou de trabalho pode gerar
benefícios com valor até 30% maior. É a chamada “aposentadoria do dia
seguinte”.
Normalmente o INSS oferece um benefício no site dele e o
trabalhador, por impulso acaba aceitando.
Uma coisa é certa: depois que bater o arrependimento, não dá para
voltar atrás.
Cuidados ao decidir o melhor benefício
Tomar cuidado com os benefícios que já podem ser requeridos, como
aposentadoria por idade com tempo reduzido (rural e PcD), direito
adquirido, regra de transição de pedágio com 50%.
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Avaliar os benefícios que estão próximos de acontecer:


aposentadorias por idade (urbana, rural, híbrida), aposentadoria especial
por pontos e direito adquirido, aposentadoria com conversão de tempo de
serviço especial em comum, regras de transição de pedágio de 100% e
pontos.
Como deve ser o planejamento previdenciário
O planejamento previdenciário deve estar focado na possiblidade de
escolher o melhor benefício, visto que é direito do segurado escolher a
aposentadoria mais vantajosa quando tem direito a mais de uma.

Para quem tem +40 ANOS.


Vácuo Previdenciário: “A geração dos 40+ viverá um período de
pouquíssimos benefícios concedidos e o foco tem que ser a previdência
complementar ou privada. Talvez o Tesouro RendA+.
O Planejamento Previdenciário terá que ser mais detalhado e
abordar a vida financeira do contribuinte muito além da previdência pura,
com foco na previdência, na questão tributária, fiscal e securitária”.
Justamente na minha vez
A Turma do “Justamente na minha vez” ficou longe de quase todos
os benefícios previdenciários programáveis, com raras exceções para
aquelas pessoas (principalmente mulheres) que exercem algum tipo de
atividade especial que podem converter tempo de serviço.
Muitos contribuintes terão que planejar uma previdência particular,
individual, o que não se confunde com previdência privada, que ficará
desacreditada quando começar a “não entregar o que prometeu no
passado”: uma aposentadoria alternativa.

40+ (O vácuo previdenciário)


A atual previdência privada ou complementar mudou o discurso:
planejamento sucessório, financeiro e tributário (progressivo ou

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regressivo), benefício fiscal, mas pelo menos – agora – entrega o que vende.
Se bem planejada, pode valer a pena ter uma ou duas (VGBL e PGBL)
dependendo da declaração do imposto de renda (completo ou simplificado).
Desta forma o planejamento previdenciário será mais financeiro do
que necessariamente previdenciário, porém com foco fino na questão
securitária (seguros).
Na PARTE 5 vamos aprofundar mais neste assunto.

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PARTE 2
DEFINA SUA ESTRATÉGIA
Estratégia dos 3Qc da Aposentadoria

A Previdência não orienta o trabalhador, e nem vai


fazer isso. Ela mesma está desorientada. Quem
quiser se dar bem terá que fazer seu próprio
planejamento previdenciário.

O Estado deveria facilitar a conquista dos direitos sociais, mas parece


que o INSS está dificultando o acesso aos benefícios.
Tanto que um estudo do CNJ – Conselho Nacional de Justiça revelou
que a Previdência Social é o assunto mais levado aos Tribunais Federais.
A redução de pessoal e o aumento do tempo de análise dos benefícios
têm gerado demora e judicialização.
São tantos processos que foram criadas Varas Especializadas e
Juizados Especiais para lidar com essas questões.
Além do mais, a falta de orientação e as complexas regras de acesso
aos benefícios previdenciários, acidentários e assistenciais tornam o
processo ainda mais confuso para os cidadãos.
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Diante deste cenário é necessário um planejamento adequado para a


aposentadoria, levando em conta essas dificuldades.
Entendo que para iniciar o planejamento é crucial responder a três
perguntas de forma clara e objetiva, seguindo uma ordem específica:

Qual é mais
vantajoso?
Quanto vai
receber?
Quando vai
aposentar?

Ao obter respostas para essas três questões, você terá o poder de


determinar como contribuir até alcançar a melhor aposentadoria possível.
Esse método é conhecido como Estratégia do 3Qc da Aposentadoria.

Quando você vai aposentar?


A maioria dos requisitos para ter acesso aos benefícios a cargo do
INSS está registrada no CNIS – Cadastro Nacional de Informações Sociais,
que é o extrato previdenciário onde deveria conter todos os vínculos,
remunerações e contribuições do segurado.
Atenção: o CNIS pode ter dados errados, incompletos ou que nem
pertencem ao segurado, logo precisa ser conferido e, em caso de erro,
corrigido.
O segurado poderá solicitar, a qualquer tempo, a inclusão, a exclusão,
a ratificação ou a retificação das informações do CNIS, com a apresentação
de documentos comprobatórios dos dados divergentes, independentemente
de requerimento de benefício.
Este documento pode ser obtido no site oficial do INSS. É o ponto de
partida para definição de “Quando” o segurado vai aposentar.
Com este documento é possível simular todas as possibilidades de
aposentadorias.
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Porém o simulador do INSS não apresenta todas as hipóteses, por


isso eu preparei uma calculadora de aposentadoria diferente e que mostra
mais possibilidades de benefícios.
CALCULE AQUI

Assista: https://youtu.be/NhbItVHiGX8
A estratégia de acesso aos benefícios e serviços da Previdência e da
Assistência Social deve seguir orientações relacionadas com o tempo
(vigência das leis) observando:
 Direito Adquirido: as regras que estavam valendo;
 Regras Atuais: as regras que estão valendo;
 Regras Transitórias: as que deixarão de valer; e
 Regras que podem ser aprovadas: as que já estão no
Congresso Nacional que seguirão tendências nacionais e
mundiais.

Direito adquirido, novas regras e regras de transição


Direito adquirido
Quando o segurado tem todos os requisitos para exercer um direito,
ele tem a garantia da Constituição Federal (art. 5º) de que poderá exercê-lo
quando quiser, a qualquer tempo. Isso é direito adquirido.
Não importa quando o segurado ou o dependente vai exercer este
direito, se é que ele vá exercê-lo. Nada, nem ninguém, pode interferir nisso.
Caso a lei mude, se o trabalhador já tiver conquistado todos os
requisitos para ter o direito à aposentadoria, ou qualquer outro direito que
deixou de existir, ainda assim o direito adquirido será preservado.

Caso o trabalhador tenha direito a mais de um


benefício, ele poderá escolher o mais vantajoso.

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E se esses benefícios puderem ser recebidos de forma


acumulada, poderá receber mais de um benefício ao
mesmo tempo.
Novas regras
Quando as novas regras começam a valer, elas atropelam os direitos
daquelas pessoas que ainda não tem direito adquirido. Isso acaba
retardando o acesso aos benefícios ou reduzindo o valor deles.
As novas regras nascem com este apelo: dificultar o acesso às
aposentadorias, acabar com alguns direitos e reduzir o valor dos benefícios.
É para isso que elas servem, infelizmente.
O segurado que tem direito adquirido, por outro lado, pode escolher
aquele que é vantajoso: aposentar pelas regras que foram revogadas ou
escolher uma daquelas que começaram a valer. Em alguns casos as novas
regras são mais vantajosas.
E, na maioria das vezes, existem também as regras de transição.
Regras de transição
Em quase todas as alterações de regras de aposentadorias há uma
regra de transição.
Elas servem para não prejudicar (ou prejudicar menos) quem está
próximo de receber algum benefício quando as regras são alteradas.
É uma das formas de tratar de forma diferente quem já contribuiu
mais tempo em relação às pessoas que contribuíram menos tempo ou ainda
nem começaram a contribuir.
Essas regras de transição visam minimizar os danos ou os prejuízos
com a utilização das regras de transição.

Requisitos Gerais para receber benefícios


A conquista de um benefício previdenciário, acidentário ou
assistencial depende do cumprimento de requisitos que a lei prevê ou já
previu.

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E se o benefício está sendo planejado para ser recebido no futuro, é


bom que o segurado acompanhe todas as regras que estão em construção
no Congresso Nacional.
Quem quer, por exemplo, receber uma aposentadoria por idade, tem
que cumprir o requisito etário (a idade mínima que precisa ter para
aposentar).
Quando o assunto é aposentadoria por invalidez, o que logo vem à
mente é a prova da incapacidade para o trabalho.
Caso a pretensão seja a pensão por morte, o que se imagina é a prova
do falecimento do segurado.
Nesses exemplos, a idade mínima, a incapacidade e a morte do
segurado, são os chamados requisitos específicos para ter acesso às
prestações, mas existem outros requisitos, os requisitos gerais, que
deverão ser cumpridos para que o beneficiário cumpra a regra de acesso à
prestação que pretende receber.

Requisito Requisito Regra de


Geral Específico Acesso

Os requisitos específicos estão na PARTE 4 deste livro.


Os requisitos gerais são tão importantes quanto os específicos. Eles,
juntos, é que definem quem pode e quem não pode receber um benefício.
Com base nos três exemplos acima (da aposentadoria por idade, da
aposentadoria invalidez e da pensão por morte), vou demonstrar a essência
desta importância.
No caso da aposentadoria por idade, além da idade mínima, que varia
de acordo com as características do segurado (trabalho urbano, rural ou
híbrido, ou de se tratar de Pessoa com Deficiência), o contribuinte também

57
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deverá comprovar a carência, que é a quantidade de contribuições


necessária para ter acesso ao benefício.
A condição do segurado e do cumprimento da carência de 180 meses,
neste caso, são os requisitos gerais de acesso à aposentadoria por idade,
além de outros.
Na hipótese da aposentadoria por invalidez, além da incapacidade
para o trabalho, o contribuinte tem que ter a qualidade de segurado
(comprovar que está contribuindo para o INSS ou demonstrar que está
dentro do período de graça e que não perdeu esta qualidade) e que cumpriu
o período de carência de 12 meses ou que está dentro da hipótese de isenção
de carência para conquista do benefício.
A qualidade de segurado e a carência ou a isenção da carência são os
requisitos gerais de acesso à aposentadoria por invalidez.
A análise da pensão por morte é ainda mais complexa. Além do
falecimento do segurado existem outras modalidades de pensão. É o caso
do benefício concedido em razão do desaparecimento ou da ausência do
segurado.
Além do óbito, da ausência ou do desaparecimento, é necessário
comprovar que o falecido era segurado da previdência, que mantinha esta
qualidade de segurado por ocasião do falecimento, que tinha cumprido o
período de carência para dar acesso ao benefício ao dependente e, o
dependente tem que demonstrar que mantinha esta condição de dependente
por ocasião do óbito do segurado.
A qualidade de segurado, a carência e a qualidade de dependente são
os requisitos gerais de acesso à pensão por morte definitiva (morte) ou
temporária (ausência ou desaparecimento).
A análise da Regra de Acesso, que tem relação direta
com os requisitos gerais e específicos, permite ao
beneficiário descobrir QUANDO vai aposentar, que é
um dos Q´s da Estratégia dos 3Qc da Aposentadoria.

58
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Agora que você já sabe que os requisitos gerais são tão importantes
quanto os específicos para ter acesso a um benefício, vamos começar
analisar os requisitos gerais mais comuns e que dão acesso às prestações.

Empregado

Empregado
Doméstico
Trabalhador
Obrigatório
Avulso
BENEFICIAÁRIO

SEGURADO
Segurado
Facultativo
Especial
Contribuinte
Preferencial
Individual

DEPENDENTE Secundário

Especial

As pessoas contribuem para a previdência por


dois motivos: porque querem ou porque são
obrigadas.
Este é o ponto de partida para definir como a contribuição vai ser
feita, sobre qual valor as pessoas irão contribuir e quais benefícios elas
terão direito.
O sistema previdenciário é contributivo. Isso significa que
somente quem contribui para o INSS, e seus dependentes, têm direito aos
benefícios e serviços.
Todas as pessoas que são passíveis de direitos perante o INSS são
chamadas de beneficiários.
Os beneficiários são os segurados e os dependentes.

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O segurado poderá se filiar à Previdência como segurado obrigatório


ou facultativo. Um exclui o outro.

 Segurados obrigatórios
Os empregados (urbanos e rurais), empregado doméstico,
trabalhador avulso, segurado especial, contribuinte individual
(autônomo, sócio, empresário, MEI – Microempreendedor
Individual e outros assemelhados), aposentado que retorna ao
trabalho e o servidor público que não está vinculado a Regime
Próprio de Previdência Social (RPPS).
A atividade prestada de forma gratuita, bem como o serviço
voluntário, não gera filiação obrigatória à Previdência.
O aposentado que retorna ao trabalho ou continua
trabalhando é segurado obrigatório e deve contribuir. As novas
contribuições não geram direito à revisão do valor do benefício.
 Segurado facultativo
É qualquer cidadão com mais de 16 anos, que, apesar de não
exercer atividade remunerada, contribui para o sistema para se
beneficiar dos direitos previdenciários.
A contribuição decorre da vontade do interessado. O
presidiário e o estagiário podem recolher contribuições nessa
condição.
Desempregados, “dona de casa”, estudantes, bolsistas,
síndicos de condomínio não remunerados, são outros exemplos de
segurados facultativos.

Quem é segurado obrigatório não pode ser segurado facultativo, nem


mesmo o Servidor Público vinculado a Regime Próprio de Previdência
(RPPS) do Município, do Estado, da União ou do Distrito Federal.
O segurado facultativo somente será considerado filiado ao Regime
Geral de Previdência depois de efetuar a primeira contribuição sem atraso.
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Inscrição, Filiação e Carência

Pois bem, agora podemos entender a diferença


entre inscrição e filiação. Isso é importante para
entender o que é carência.
Muita gente perde direitos por confundir esses conceitos, que são
básicos, porém importantíssimos.
A principal diferença é que somente a filiação gera direitos na
Previdência. O segurado pode estar inscrito, achar que está tudo certo, que
tem direitos, mas não tem.
E joga fora todas as contribuições que fez, está fazendo e ainda fará.
Perde o que pagou e não consegue aposentar.
Vou contar uma história de um caso real para ilustrar esta situação.
Certa vez, atendi no meu escritório um
feirante, daqueles que trabalham nas feiras
livres, que vendia batatas.
Contribuiu por conta própria mais de 15
anos para a Previdência e, pasme!
Todas as contribuições foram pagas em
atraso.
Ele me explicou que fechava as contas dele no dia 20 e no dia 21
pagava a contribuição do INSS. Foi assim durante 15 anos.
Acontece que a contribuição do INSS tem que ser paga no dia 15 de
cada mês e as contribuições pagas em atraso não são computadas para fins
de carência e somente a partir da primeira contribuição paga em dia
(válida), dentro do prazo, é que se inicia a filiação. Enquanto isso o
trabalhador tem apenas a inscrição.
O fato de ele estar inscrito no INSS não lhe garantiu direitos, por que
a inscrição não se confunde com a filiação e, sem filiação, não tem direitos.
Eu fiquei comovido com a história deste vendedor de batatas que não
teve informação para proteger os direitos dele: pagou e não levou.
61
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Ele tinha idade para aposentar, tinha todos os 15 anos de contribuição


exigidos pela lei, porém a Previdência não aprovou o benefício por que não
tinha as contribuições pagas em dia.

Preste atenção em um detalhe: se ele fosse


empregado, trabalhador avulso ou doméstico, os
direitos dele estariam preservados porque a
obrigação de contribuir seria do patrão.
Por esses motivos vamos definir agora quando acontece a aquisição
da qualidade de segurado para efeitos de benefícios previdenciários.

Aquisição da qualidade de segurado


Apenas com a primeira contribuição válida é que o segurado
Contribuinte Individual e o Facultativo se filiam ao sistema
previdenciário e passam a ter direito aos benefícios previdenciários. Este
ato é chamado de filiação.
Para os segurados Empregado, Empregado doméstico e o
Trabalhador Avulso a ausência da contribuição não prejudica o direito de
acesso à proteção da Previdência Social. A anotação na carteira de trabalho
se equipara à filiação; logo, ela é automática porque é obrigação do
empregador efetuar o registro e a contribuição. E o INSS tem o dever de
fiscalizar.
Algumas decisões da Justiça equipararam o empregado doméstico
aos empregados e avulsos, mesmo antes da existência da legislação que deu
total proteção efetiva aos domésticos.
O Segurado Especial é dispensado da contribuição. Necessita
apenas comprovar o tempo de serviço, o qual será equiparado à
contribuição.

Para entender esta questão da qualidade de segurado precisamos


definir a diferença entre tempo de serviço e tempo de contribuição e a
62
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diferença entre a inscrição e a filiação. Isso vai fazer toda a diferença na


interpretação da qualidade de segurado e da carência.
Apenas para ser mais didático, vamos separar os segurados da
previdência social em dois grupos:

a) O tempo de serviço dos empregados, domésticos e


trabalhadores avulsos é automaticamente considerado como
tempo de contribuição, ainda quando a contribuição não seja feita
pelo patrão (art. 34, I da Lei n. 8.213/91).

Está escrito na lei que a omissão do empregador no


cumprimento de suas obrigações, dentre elas, a de
descontar a contribuição do empregado e pagar a
Previdência; bem como a falta da Previdência no dever
dela de fiscalizar, jamais poderão prejudicar os
interesses e direitos do segurado empregado ou avulso.

Por este motivo, quando for feita a prova perante a previdência com
a finalidade de provar que se trata de segurado-obrigatório-empregado será
necessário provar a existência da empresa no período que se pretende
comprovar.
Não se pode exigir do trabalhador a prova cabal de que a empresa
tenha existido, mas um indício de sua existência, sob pena de transferir para
o segurado a obrigação de fiscalizar.
Dentro deste contexto, as empresas que não registram empregados
são, em maioria, aquelas que trabalham na clandestinidade, logo não se
pode exigir prova do CPF, do CNPJ ou da inscrição na Junta Comercial,
embora possam existir.
O segurado pode solicitar uma certidão municipal de existência da
firma, o que normalmente há por causa da cobrança dos tributos municipais
e do alvará ou licença de funcionamento, ou outros elementos de prova
como fotografias, holerites de pagamento, dentre outros.
63
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b) O tempo de serviço dos “não empregados ou contribuintes


por conta própria e facultativos” somente valerá se houver a
comprovação das contribuições, visto que estes segurados têm a
obrigação de efetuar suas próprias contribuições.

Consideram-se “não empregados” o empresário, o profissional


liberal, o eclesiástico, o desempregado, entre outros, inclusive o MEI.

Não basta comprovar a prestação do serviço, é


necessário a efetivação das contribuições.

O contribuinte individual que teve ou deveria ter a retenção de 11%


do valor da remuneração pelos serviços prestados para empresa tomadora
de serviço, a partir do ano de 2003 (MP n. 83/2022, convertida na Lei n.
10.666 de 08/05/2003), também terá presumida a contribuição tal como
acontece com o segurado empregado.
Para os “não empregados ou contribuintes por conta própria e
facultativos”, se não houver a contribuição, não haverá direitos
assegurados perante o INSS quanto ao período sem contribuição, ainda
que se prove o tempo de serviço.
Em resumo, não há diferença entre o tempo de serviço e o tempo de
contribuição para o segurado empregado, o trabalhador avulso, o
empregado doméstico e o contribuinte individual com retenção de 11% da
remuneração a partir de 2003, os quais terão acesso a todos os benefícios,
mesmo que o empregador ou o tomador de serviço não pagar as
contribuições devidas.

Qualidade de segurado (aquisição, manutenção, perda


e reaquisição)
A primeira análise que a Previdência faz para identificar o direito a
algum benefício é se a pessoa é segurada ou dependente.

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Eu já expliquei que a Previdência Social, diferentemente da


Assistência Social e da Saúde, só é assegurada para quem contribui para o
sistema previdenciário e para seus dependentes.
Quando a pessoa contribui ela se torna segurada e quando adquire
esta condição, ela começa a ter direitos previdenciários.
Existem algumas situações em que o benefício é concedido mesmo
sem ter a qualidade de segurado (aposentadoria por idade, tempo de
contribuição, especial e professor), mas terá que ter havido o
preenchimento do período de carência e dos requisitos específicos do
benefício que pretende.

Sempre quando for analisar se alguém tem direito a um


dos benefícios e serviços assegurados na lei
previdenciária é preciso checar se esses requisitos gerais
foram cumpridos.
A dica é seguir este caminho:
1) Verificar a qualidade de segurado e se a lei exige que a pessoa seja
segurada no momento do requerimento do benefício pretendido;
2) Se for dependente, certificar-se se esta condição está mantida;
3) Somar as contribuições ou o tempo de serviço e constatar se foi
preenchido o período de carência, atentando-se para o fato de que
alguns benefícios e serviços são isentos de carência;
4) Cumprir os requisitos específicos de cada benefício.
Quando formos conversar sobre benefícios e serviços dos
beneficiários (segurados e dependentes) na PARTE 4 deste livro, esses
conceitos tem que estar claros na cabeça do leitor. Se tiver dúvidas, volte
nesta PARTE 2.

65
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Manutenção da qualidade de segurado


A qualidade de segurado é mantida, em regra, com o pagamento das
contribuições.
Embora a contribuição previdenciária seja fundamental para
manutenção da qualidade de segurado, a legislação prevê situações em que
o trabalhador permanecerá protegido, por tempo indeterminado ou por
prazo determinado, mesmo sem contribuir.

A manutenção da qualidade de segurado sem que haja


contribuições é conhecida como “período de graça”.
A manutenção da qualidade de segurado sem contribuição ou “o
período de graça” está bem definido no art. 15 da Lei n. 8.213/91, transcrito
abaixo.
Segue abaixo seis situações em que o segurado preserva o direito aos
benefícios da previdência mesmo sem contribuir:

• Sem limite de prazo. O contribuinte que estiver recebendo benefício


mantido pelo INSS manterá a qualidade de segurado por prazo
indeterminado1 até que esse benefício seja suspenso, exceto se o
benefício mantido for o auxílio-acidente (Lei n. 13.846/2019).2
• 3 Meses. O segurado incorporado às Forças Armadas para prestar
serviço militar, após o licenciamento, pode ficar três meses sem contribuir,
que mesmo assim não perderá o direito às prestações mantidas pelo
INSS.

1 Tema 251 da TNU. O início da contagem do período de graça para o segurado que
se encontra em gozo de auxílio-doença, para fins de aplicação do disposto no artigo 15,
inciso II e parágrafos 1º e 2° da lei nº 8.213/91, é o primeiro dia do mês seguinte à data
de cessação do benefício previdenciário por incapacidade.
2
Tema 245 da TNU. A invalidação do ato de concessão de benefício previdenciário não
impede a aplicação do art. 15, I da Lei 8.213/91 ao segurado de boa-fé.

66
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• 6 Meses. O segurado facultativo, mesmo sem contribuir, continuará


tendo direito aos benefícios e serviços, durante seis meses, após a última
contribuição.
• 12 Meses. Qualquer segurado obrigatório, excluído, portanto o segurado
facultativo, manterá a qualidade de segurado pelo período de doze meses
computados a partir das seguintes situações:
 após a cessação das contribuições, o segurado que deixar de exercer
atividade remunerada abrangida pela Previdência Social ou estiver
suspenso ou licenciado sem remuneração;
 após cessar a segregação, o segurado acometido de doença de
segregação compulsória;
 após o livramento, o segurado retido ou recluso;

• 24 Meses. O prazo de doze meses acima referido será prorrogado para até
24 meses, desde que o trabalhador comprove ter contribuído mais de
cento e vinte contribuições mensais (equivalente a dez anos), sem
interrupção que acarrete a perda da qualidade de segurado.

• 36 Meses. Este longo espaço de tempo sem contribuição, para garantir a


qualidade de segurado, exige três condições especiais:
a) possuir pelo menos dez anos de contribuição, com ou sem
interrupção, sem que tenha havido a perda da quali-dade de
segurado;
b) estar involuntariamente desempregado; e
c) comprovar, mediante assentamento em órgão oficial do Ministério
do Trabalho e do Emprego ou do Ministério da Previdência e
Assistência Social, a condição de desempregado.

Perda da qualidade de segurado

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O trabalhador perde a condição de segurado quando deixa de


contribuir e permanece sem contribuir depois de escoado o período de
graça.

Reaquisição da qualidade de segurado


Quando o segurado deixa de pagar a contribuição previdenciária ou
ultrapassa os períodos de graça, ele perde a qualidade de segurado.
Quando isso ocorrer, para que possa ter direito novamente à
concessão dos benefícios de auxílio-doença, de aposentadoria por
invalidez, de salário-maternidade e de auxílio-reclusão, o segurado deverá
contar, a partir da data da nova filiação à Previdência Social, com metade
dos períodos de carência exigidos para cada uma das espécies desses
benefícios.
Somente depois de cumprir este novo ciclo de contribuições é que o
segurado readquire a o acesso aos benefícios previdenciários.
Quando retoma o pagamento restabelece-se a condição de segurado,
mas as contribuições anteriores à perda da qualidade de segurado só serão
somadas às mais recentes após o pagamento de metade do período de
carência.
A concessão dos benefícios de aposentadoria por tempo de
contribuição, aposentadoria por idade e aposentadoria especial não exigem
a prova da qualidade de segurado.

Carência
Para conseguir benefícios não basta ser inscrito,
não basta estar filiado. É preciso ter carência.
Tem que cumprir um número mínimo de contribuições
indispensáveis para acessar o benefício pretendido e, em alguns, casos o
acesso à prestação pode ser isento de carência.

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A lei prevê cada uma das situações e o número de contribuições


necessário.

Benefício Contribuições exigidas


10 contribuições para o contribuinte
individual e facultativo.
Isento para a seguradas empregadas,
Salário-maternidade trabalhadoras avulsas e empregadas
domésticas.
Isento para segurada especial. É
preciso provar dez meses de trabalho.
12 contribuições
Isento nos casos de acidente de
Auxílio-doença e qualquer natureza, acidente do
Aposentadoria por invalidez trabalho ou de doenças listadas pelo
Ministério da Saúde e da Previdência
Social (abaixo)
Aposentadoria especial;
Aposentadoria por idade;
Aposentadoria por tempo de 180 contribuições
contribuição; Aposentadoria
proporcional
Auxílio-acidente; Salário-
família; Pensão por morte;
Aposentadoria por idade do
Isento
segurado especial; serviço
social, reabilitação
profissional
Auxílio-reclusão 24 contribuições

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Os meses são computados a partir da filiação e não da inscrição. Viu


como é importante saber a diferença entre elas!
A carência do salário-maternidade é a única flexível, podendo ser
reduzida se o parto for antecipado, sendo certo que a redução do período
de carência será proporcional ao número de meses da antecipação do parto.
Regra de transição de 5 para 15 anos (Lei n. 8.213/91)
Até 24/07/1991 a carência para os benefícios que exigem 180
contribuições mensais era de 60 meses.
Para os segurados que já estavam contribuindo quando esta lei mudou
foi criada uma regra de transição que aumentou seis meses a cada ano,
conforme tabela abaixo.

Ano de Meses de Ano de Meses de


implemento contribuição implemento contribuição
das condições exigidos das condições exigidos
1991 60 meses 2002 126 meses
1992 60 meses 2003 132 meses
1993 66 meses 2004 138 meses
1994 72 meses 2005 144 meses
1995 78 meses 2006 150 meses
1996 90 meses 2007 156 meses
1997 96 meses 2008 162 meses
1998 108 meses 2009 168 meses
1999 102 meses 2010 174 meses
2000 114 meses 2011 180 meses
2001 120 meses

A aplicação da tabela é simples. O segurado que pretende se


aposentar por idade, por exemplo, além da idade mínima exigida, terá que
pagar 180 contribuições para ter direito ao benefício, mas esse número de
contribuições pode ser reduzido levando-se em consideração a data que
completou a idade para se aposentar (60 anos para a mulher e 65 para o
homem).

70
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Assim, se uma mulher completou 60 anos de idade em


2001, poderá requerer o benefício de aposentadoria
por idade depois de pagar 120 contribuições, isso
porque a tabela acima evidencia que em 2001 eram
exigidas apenas 120 meses de contribuição.
Em resumo, o interessado no benefício deve
constatar em que ano completou a idade mínima exigida para ter acesso ao
benefício e depois verificar, na tabela acima, quantos meses precisa
contribuir.

Doenças que geram benefícios sem carência


A lista de doenças que podem gerar benefícios por incapacidade
independentemente de carência é exemplificativa.
O Art. 151 da Lei n. 8.213 elenca algumas doenças: tuberculose ativa,
hanseníase, alienação mental, esclerose múltipla, hepatopatia grave,
neoplasia maligna, cegueira, paralisia irreversível e incapacitante,
cardiopatia grave, doença de Parkinson, espondiloartrose anquilosante,
nefropatia grave, estado avançado da doença de Paget (osteíte deformante),
síndrome da deficiência imunológica adquirida (aids) ou contaminação por
radiação, com base em conclusão da medicina especializada.
O AVC – Acidente Vascular Cerebral, por exemplo, desde que cause
paralisia irreversível e incapacitante, dispensa a carência.3
A Portaria INSS n. 22/2022 acrescentou outras situações: esclerose
múltipla, acidente vascular encefálico (agudo) e abdome agudo cirúrgico.

Quanto você vai receber?


Esta é a parte mais complicada do planejamento previdenciário, por
dois motivos:
 tem várias formas de calcular as aposentadorias.

3
Cf. PUIL n. 0033626-77.2016.4.01.3300/BA

71
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 nem todos benefícios são calculados da mesma forma.

Existem 14 modalidades de benefícios. Esses benefícios


previdenciários e assistenciais, dependendo das características dos
segurados, geram pelo menos 32 possibilidades de ter renda futura.
Agora imagine todas essas possibilidades sendo calculadas de forma
diferente!

Você acredita que a Previdência ajuda definir qual


aposentadoria é melhor?
Se não acredita, então você tem que conhecer todas essas
possibilidades de benefícios e a forma como cada um deles é calculada
antes de bater o martelo e resolver pegar o dinheiro.
Vamos começar evitando o maior erro de todos: nada vai dar certo se
quiser saber ao mesmo tempo quando vai aposentar e quanto vai receber.

Não dá para saber as


duas coisas ao mesmo tempo!

É fácil entender, mas tem que ter paciência.


Vamos com calma.

Como os benefícios são calculados?

Os benefícios pagos pelo INSS, exceto o salário-família, a pensão por


morte, o salário-maternidade, o auxílio-reclusão e benefícios de legislação
especial, são calculados com base no salário-de-benefício.
Salário-de-benefício é a média dos salários que serviram de base
para contribuição do INSS: salários-de-contribuição.

72
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A média é feita considerando os salários dos


anos de julho/1994 até a data em que o benefício
iniciar.
Este período de contribuição que será utilizado
para o cálculo chama-se Período Básico de Cálculo
(PBC).
Serão considerados para cálculo do salário-de-
benefício todos os ganhos habituais do segurado empregado, a qualquer
título, sob forma de moeda corrente ou de utilidades, sobre os quais tenha
incidido contribuições previdenciárias, exceto o décimo-terceiro salário
(gratificação natalina).

Benefícios concedidos até 13/11/2019, podem ser


calculados com salários anteriores a julho/1994,
conforme decisão do STF na Revisão da Vida Toda.

Nenhum benefício será superior ao teto, exceto o salário-


maternidade pagos às trabalhadoras avulsa e empregada (excluindo-se a
doméstica) e quando houver incidência de 25% dos aposentados por
invalidez que necessitarem de auxílio permanente de terceiros.
Poderão ser inferiores ao salário mínimo os benefícios de auxílio-
acidente de qualquer natureza e acidentário.
Também poderão ser inferiores ao salário mínimo os benefícios
concedido com base em acordo internacional, a exemplo do acordo entre
Brasil/Portugal já apreciado pelo Judiciário Brasileiro.4

4
Tema 262 da TNU. 1) Nos casos de benefícios por totalização concedidos na forma do
acordo de seguridade social celebrado entre Brasil e Portugal (Decreto n. 1.457/1995),
o valor pago pelo INSS poderá ser inferior ao salário-mínimo nacional, desde que a soma
dos benefícios previdenciários devidos por cada estado ao segurado seja igual ou
superior a esse piso; 2) Enquanto não adquirido o direito ao benefício devido por
Portugal ou se o somatório dos benefícios devidos por ambos os estados não atingir o

73
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Para fins de cálculo do salário de benefício, será utilizada a média


aritmética simples de 100% (cem por cento) dos salários de contribuição e
das remunerações constantes no PBC (art. 228 IN/INSS n. 128), mas há
regras de transição e direito adquirido com possibilidade de regras de
cálculo mais vantajosas.

Tabela prática para definição do valor


dos benefícios por incapacidade5
Média 80%
maiores Média 100%
Salário Acréscimo
salários (todos) salários
mínimo 25%
desde desde julho/1994
julho/1994
Aposentadoria por A partir
invalidez Quando 14/11/2019
Previdenciária necessitar de 100% até 60% + 2%
Aposentadoria por auxílio de 13/11/2019
A partir
invalidez terceiros
Garantido 14/11/2019 100%
Acidentária
Auxílio doença 91% sem Fator Previdenciário
Previdenciário Não pode superar a média dos
Auxílio doença últimos 12 meses, para fato
Não há
Acidentário gerador após 01/03/2015
Auxílio-acidente Não se 50% do salário-de-benefício que
Qualquer Natureza aplica serviu ou serviria (caso não tenha

valor do salário-mínimo no Brasil, a diferença até esse piso deverá ser custeada pelo
INSS para beneficiários residentes no Brasil.
5
Tema 1 da TNU. O valor da aposentadoria por invalidez e do auxílio-doença, bem como
das pensões destes derivados ou calculadas com base no art. 75, da Lei n. 8.213/91, será
obtido, na forma do art. 29, II, do mesmo diploma, por meio da média aritmética simples
dos 80% maiores salários de contribuição, considerado todo o período contributivo,
independentemente do momento de inscrição do segurado e do número de contribuições
mensais do período contributivo.

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ficado afastado – art. 233, § 3º IN


Auxílio-acidente
128) de base para cálculo do
Acidentário
auxílio-doença

O valor base da pensão por morte e do auxílio reclusão é o valor


da aposentadoria recebida pelo segurado ou daquela a que teria direito se
fosse aposentado por incapacidade permanente na data do óbito ou da
privação da liberdade.

Tabela prática para definição do valor


da Pensão Por Morte e Auxílio Reclusão
Valor base da
Salário Valor base da pensão
pensão por
mínimo por morte
morte
50% + 10% por
Pensão por morte, ausência ou
dependente, limitado a
desaparecimento
100%
garantido 100%
Dependente inválido ou com
deficiência intelectual, mental 100%
ou grave

Para fins do cálculo das aposentadorias programadas


(aposentadoria por idade, especial e tempo de contribuição) para as
quais seja exigido tempo mínimo de contribuição, poderão ser excluídas da
média as contribuições que resultem em redução do valor do benefício,
desde que mantido o tempo mínimo de contribuição exigido.
O tempo excluído do cálculo não pode ser utilizado para qualquer
finalidade, nem para a averbação em outro regime previdenciário ou para a
obtenção dos proventos de inatividade.
O tempo aproveitado permitirá o acréscimo de 2% por ano
completo de atividade que superar 15 anos para as mulheres e 20 anos
para os homens (exceto na aposentadoria especial com 15 anos de
contribuição, cujo acréscimo será computado a partir do 15º ano).

75
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Aposentadoria por tempo de serviço, de contribuição, inclusive


do Professor e Regras de Transição
Até 13/11/2019
Após 13/11/2019
Média 80% maiores
Média todos salários desde
salários de julho/1994
julho/1994
sem descarte entre 60% e
Descarte limitado
80% do PBC
Aposentadoria Proporcional
por Tempo de Serviço – 70% + 5% Com FP
Direito Adquirido
Aposentadoria por tempo de
100%
contribuição - Direito
Com FP
Adquirido
Aposentadoria por tempo de
100%
contribuição Transição: 50%
Com FP
Pedágio
Aposentadoria por tempo de
100%
contribuição Transição:
Sem FP
100% Pedágio
Aposentadoria por tempo de
contribuição Transição:
Pontos
60% + 2%
Aposentadoria por tempo de
contribuição Transição:
Idade Reduzida
Aposentadoria por tempo de
100% 100%
contribuição da Pessoa com
Com FP Sem FP
deficiência (PcD)

Aposentadoria Especial
Até 13/11/2019
Após 13/11/2019
Média 80% maiores
Média todos salários desde
salários de julho/1994
julho/1994
sem descarte entre 60% e
Descarte limitado
80% do PBC
Aposentadoria Especial 100% Sem FP 60% + 2%

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sem Idade Mínima (Na hipótese de


Aposentadoria Especial aposentadoria especial
com Idade Mínima com 15 anos de atividade
especial, o acréscimo de
Aposentadoria Especial
2% é a partir dos 15 anos
Pontos
de contribuição)

Aposentadoria por idade


Até 13/11/2019 Após Após
Após
Média 80% 13/11/2019 13/11/2019
05/05/2022
maiores salários Média todos até
Divisor
de julho/1994 salários 05/05/2022
mínimo
sem descarte desde Contribuição
(108)
entre 60% e julho/1994 única
80% do PBC Descartes de contribuições
Aposentadoria por
idade, inclusive do
70% + 1%
Professor e 60% + 2%
FP se aumentar
Pessoa com
Deficiência (PcD)

O PBC sofreu grande alteração em 28.11.1999, com a edição


Lei n. 9.876, e em 13/11/2019, com a Emenda Constitucional n.
103/2019, criando quatro situações bem definidas, que seguem
abaixo:
a) Para quem poderia se aposentar até 28.11.1999
O cálculo do valor dos benefícios será feito com base nas últimas 36
contribuições anteriores à data em que o benefício for requerido.
b) Para quem começou a contribuir após 28.11.1999
O cálculo do valor dos benefícios será feito com base em todas as
contribuições efetuadas pelo segurado desde a filiação ao INSS até
o mês anterior à data em que o benefício for requerido.
c) Para quem contribuía antes 28.11.1999

77
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O cálculo do valor dos benefícios será feito com base nas


contribuições efetuadas pelo segurado desde julho de 1994 até o
mês anterior à data em que o benefício for requerido.
Nas hipóteses das letras b) e c) o segurado poderá excluir da média
de cálculo 20% dos menores salários de contribuição de qualquer
mês.
Alguns benefícios não são calculados com base no salário-de-
benefício, mas com base no salário-mínimo (Ex.: aposentadoria do
segurado especial, aposentadoria das contribuições de baixa renda
ou de MEI – Microempreendedor Individual); no salário de
contribuição (Ex.: salário-maternidade) ou em quotas fixadas em lei
(Ex.: salário-família).
Para facilitar o entendimento do leitor acerca de como os benefícios
são calculados, quando estudarmos cada um dos benefícios,
explicaremos como eles são calculados, um a um.
d) Para quem vai se aposentar após a EC 103/2019
O novo salário-de-benefício não permite que o trabalhador exclua da
média das contribuições desde julho de 1994 as menores
contribuições (20%).
Porém permite, nos benefícios programáveis, a exclusão de
salários-de-contribuição desde que não seja esvaziado o
cumprimento dos requisitos básicos para ter acesso ao benefício
pretendido.
Quem tem direito adquirido ou vai utilizar a regra de
transição de pedágio de 50% continua podendo excluir 20% dos
menores salários. Isso aumenta a média salarial.
Quem vai aposentar com as novas regras aprovadas a partir
da reforma de novembro/2019 não pode excluir todas essas
contribuições, então a média pode cair.
A aposentadoria por idade tem fórmula de cálculo diferente e
pode ser a melhor forma de conseguir a aposentadoria de ouro,

78
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sem se falar do milagre da contribuição única que continua valendo


para quem completou a idade entre 13/11/2019 e 05/05/2022.
O segurado tem que definir, primeiro, “Quando” vai aposentar
antes de querer saber “Quanto” será o valor do benefício por que
existem as regras de transição e de direito adquirido que podem
proporcionar melhor rendimento, inclusive com a recuperação de
tempo de serviço do passado.

Percebeu!
 Direito adquirido
 Novas regras
 Regras de transição
 Momentos futuros (aposentadoria do dia seguinte)
Valor dos benefícios com mais de uma atividade
O salário de benefício do segurado que contribuir em razão de
atividades concomitantes será calculado com base na soma dos
salários de contribuição das atividades exercidas na data do
requerimento ou do óbito, ou no período básico de cálculo (PBC).
Esta regra de somatória de todos os salários-de-contribuição
foi criada pela Lei n. 13.846 de 18/06/2019, mas desde 1999 é
possível somar.6
As pessoas que se sentirem prejudicadas têm o prazo de 10
anos contados da data do recebimento do primeiro mês de
benefício para pedir a revisão do benefício.

Fator previdenciário

6
Tema 1070 do STJ. Após o advento da Lei 9.876/99, e para fins de cálculo do benefício
de aposentadoria, no caso do exercício de atividades concomitantes pelo segurado, o
salário-de-contribuição deverá ser composto da soma de todas as contribuições
previdenciárias por ele vertidas ao sistema, respeitado o teto previdenciário.

79
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O salário-de-benefício, resultante da média dos salários de


contribuição, é que define o valor do benefício previdenciário.
Fator previdenciário é o índice resultante da operação
matemática (fórmula abaixo) que leva em consideração a idade (Id),
o tempo de contribuição (Tc), a expectativa de vida (Ev) fixada
anualmente pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE)7, e a alíquota de 0,31 (a).

Tc x a 1 + (Id + Tc x a)
f= X
Es 100

O fator previdenciário opera no valor do benefício da seguinte


forma:
 Quanto maior a idade do segurado, menor será a
expectativa de vida.
 Quanto menor a expectativa de vida, maior será o
fator previdenciário.
 Quanto maior o fator previdenciário, maior será o
valor do benefício.
Assim, quanto mais cedo o trabalhador se aposentar, menor
será o valor do seu benefício.
Assista: https://youtu.be/NJoG17bGw5U

Este salário-de-benefício será multiplicado pelo fator


previdenciário nas seguintes situações:
Benefício Aplicação Fator
Aposentadoria por tempo de contribuição Sim

7
Tema 25 da TNU. Para o cálculo do fator previdenciário deve ser observada a tábua
de mortalidade elaborada pelo IBGE vigente na data do requerimento do benefício
previdenciário, e não aquela utilizada anteriormente, quando preenchidos os requisitos
necessários à concessão da aposentadoria.

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Aposentadoria do professor
Aposentadoria por idade
Só se aumentar o
Aposentadoria PcD
valor do benefício
Lei Complementar 142, 08/05/2013, art. 9º.
Aposentadoria especial
Aposentadoria por pontos 85/95 Não
A partir da MP 676, 17/06/2015 (Lei 13.183/2015)

Após a reforma da previdência de 2019 o fator é aplicável


somente na regra de transição de pedágio de 50%.

Qual benefício é o melhor?


O segurado que completar os requisitos para obtenção de
mais de uma aposentadoria pode escolher a regra mais
vantajosa.
O INSS deveria informar o trabalhador sobre isso, pelo menos
é o que está escrito na lei e nos precedentes do próprio INSS.8

8
Enunciado 1 do CRPS. A Previdência Social deve conceder o melhor benefício a que o
segurado fizer jus, cabendo ao servidor orientá-lo nesse sentido.
I - Satisfeitos os requisitos para a concessão de mais de um tipo de benefício, o INSS
oferecerá ao interessado o direito de opção, mediante a apresentação dos demonstrativos
financeiros de cada um deles.
II - Preenchidos os requisitos para mais de uma espécie de benefício na Data de Entrada
do Requerimento (DER) e em não tendo sido oferecido ao interessado o direito de opção
pelo melhor benefício, este poderá solicitar revisão e alteração para espécie que lhe é
mais vantajosa, cujos efeitos financeiros remontarão à DER do benefício concedido
originariamente, observada a decadência e a prescrição quinquenal.
III - Implementados os requisitos para o reconhecimento do direito em momento posterior
ao requerimento administrativo, poderá ser reafirmada a DER até a data do cumprimento
da decisão do CRPS.
IV - Retornando os autos ao INSS, cabe ao interessado a opção pela reafirmação da DER
mediante expressa concordância, aplicando-se a todas as situações que resultem em
benefício mais vantajoso ao interessado.
81
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Caberá ao INSS conceder o benefício mais vantajoso ao


requerente ou benefício diverso do requerido, desde que
os elementos constantes do processo administrativo
assegurem o reconhecimento desse direito.

Aposentadoria do dia seguinte


Como a Previdência não informa se há regras futuras mais
vantajosas em todas as possibilidades possíveis, o desafio é
descobrir com antecedência qual aposentadoria é ou será a mais
vantajosa, assim dá para resolver logo “Como” as contribuições
devem ser feitas evitando-se pagar mais do que vai receber.
É o que eu chamo de “aposentadoria do dia seguinte”.
O Segurado deve estar atento para a situação mais vantajosa,
não só na data em que vai solicitar o benefício, mas também em
datas futuras, no dia seguinte, no mês seguinte, no ano seguinte.
Às vezes vale a pena esperar um pouco.
Em alguns casos “não pagar ou parar de contribuir”
pode ser melhor que pagar.
A Previdência não dá esta informação.
Por isso o planejamento previdenciário é
importante.
Só tem um jeito de fazer isso: “Quando” versus “Quanto”.
Agora que você já sabe quais são as possibilidades de todos
benefícios e como eles são calculados, é hora de exercitar.
Faça seu cálculo no nosso simulador CALCULE AQUI
de aposentadoria e obtenha as principais
datas dos benefícios que você já pode ter ou que está próximo de
adquirir.

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Preste atenção nos benefícios para os quais já


preencheu os requisitos para aposentar e aqueles
que estão próximos de acontecer.

Simulação em 3 Situações
Depois de saber quando irá aposentar, faça a simulação de
cálculo de cada um desses benefícios.
Caso tenha benefícios que acontecerão em datas futuras,
simule pelo menos três situações:
1. Considerando o valor da média salarial que já possui
nos meses que faltam para atingir cada uma das
aposentadorias;
2. Considerando o valor do teto do INSS nesses meses
que faltam;
3. Considerando nesses mesmos meses o valor do
salário mínimo.
Assista o vídeo do Planejamento Previdenciário

Aposento agora ou espero mais um pouco?


Esta pergunta vai ser inevitável quando você perceber que terá
benefício com valor maior em data posterior àquela que pretende aposentar.
O Segurado deve fazer a seguinte conta:
 Qual é o valor do benefício mais próximo (de menor valor)
 Qual é o valor futuro do benefício (de valor maior)
 Qual é a diferença entre o valor do maior e do menor
 Quanto tempo vai demorar para recuperar o valor que deixará de
receber.
Veja neste exemplo: compensa esperar o benefício mais vantajoso,
mesmo deixando de receber com antecedência o benefício de menor valor.

83
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Considere, por exemplo, que o segurado teria direito imediato a um


benefício de R$ 2.000,00 e que daqui 10 meses completaria os requisitos
para outra regra de aposentadoria que lhe asseguraria um benefício de R$
3.000,00.
Qual é o melhor benefício?
QUANDO versus QUANTO
Valor do benefício menor R$ 2.000,00
Valor do benefício maior R$ 3.000,00
Diferença entre o maior e o menor R$ 1.000,00
Para conseguir o valor maior vai demorar 10 meses
Vai deixar de receber (com abono 13º ) R$ 21.666,67
Como vai receber R$ 1.000,00 a mais,
a recuperação do que deixou de ganhar será em 22 meses,
então Vale a pena esperar

Já deu para perceber que a diferença é de R$ 1.000,00, e é para o resto


da vida e ainda pode repercutir nos benefícios para os dependentes.
O segurado deixará de receber em torno de R$ 22.000,00, porém com
o aumento do valor do benefício, em menos de 2 anos recuperará tudo que
deixou de receber e terá benefício bem maior para sempre.
Neste caso, vai valer a pena esperar o benefício mais vantajoso,
mesmo deixando de receber com antecedência o benefício de menor valor.
Em alguns casos o Segurado poderá optar por um benefício menor,
mesmo que o de valor maior esteja mais próximo, quando esta escolha lhe
trouxer alguma vantagem pessoal.
Esta situação é muito comum nas áreas em que o Segurado abdica de
receber a aposentadoria especial para continuar trabalhando e prefere
receber um benefício de valor menor.

Como contribuir até chegar aposentadoria


Chegamos na parte final da Estratégia dos 3Qc da Aposentadoria: no
“Como”.

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6 Destinos para as futuras contribuições


É agora a hora de saber quais são os 6 Caminhos para como você vai
pagar as contribuições até chegar na hora da melhor aposentadoria:
1) manter o valor médio das contribuições que vem sendo
feitas depois de apurar o salário-de-benefício;
2) aumentar o valor das contribuições para ter benefício
maior;
3) diminuir o valor da contribuição:
 se o valor do benefício for o salário mínimo ou próximo
dele;
 se for constatado que o valor do benefício não vai
aumentar;
 para manter a qualidade de segurado; ou
 completar o período de carência.
4) alternar o valor das contribuições para manter a condição
de segurado ou aumentar o valor do benefício;
5) parar de contribuir se já tiver preenchido os requisitos para
aposentadoria ou faltar apenas a idade mínima;
6) acrescer 2% para cada ano de atividade que exceder os 15
anos (mulher) ou os 20 anos (homem).
Este exercício lhe permitirá definir o exato valor da contribuição, a
alíquota que você escolher dependendo de como está vinculado à
Previdência Social, por isso te convido a conhecer a PARTE 3 do Louco
Pra Aposentar.

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PARTE 3
NÃO INVISTA MAIS DO QUE VAI RECEBER
6 Tipos de Segurados

O investimento na Previdência Social está relacionado à forma


de como as pessoas a ela se vinculam.
As pessoas contribuem para a previdência por dois motivos:
 por que querem ou
 por que são obrigadas.
A forma de contribuir é que vai definir qual será o valor da
contribuição, quais benefícios serão devidos e quanto as pessoas
(segurados e dependentes) irão receber em razão dessas
contribuições.
Vou começar esta parte do livro com três exemplos: do
Microempreendedor Individual (MEI), da Dona de Casa de baixa
renda e do Segurado Facultativo que contribuem com alíquota de
5% ou com base no Plano Simplificado (11%), que não terão direito
à aposentadoria por tempo de contribuição, nem a benefício com
valor superior ao salário mínimo, ainda que tenham pago com valor
maior ao longo da vida profissional.
Isso é muito sério!

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Muitas pessoas mudam a forma de contribuir sem


planejamento e por isso não sabem as consequências dessa
mudança.
Na maioria das vezes é por falta de informação, mas apesar
da boa-fé, no futuro não vai dar para voltar atrás.
Vai ter que amargar um benefício com valor baixo para o resto
da vida e, para além dela também, por que os dependentes também
receberão valores menores e ficarão sem a efetiva proteção social.
O sistema previdenciário é contributivo. Isso significa que
somente quem contribui para o INSS, e seus dependentes, têm
direito aos benefícios e serviços.
Todas as pessoas que são passíveis de direitos perante o
INSS são chamadas de beneficiários.
Os beneficiários são os segurados e os dependentes. O
segurado pode ser obrigatório (aquele que têm alguma renda
oriunda do trabalho e por isso é obrigado a contribuir) ou facultativo
(contribuem para previdência por que quer).
Os segurados obrigatórios têm a obrigação de contribuir. Os
empregados têm as contribuições descontadas na fonte pelo
empregador, os contribuintes individuais que prestam serviços para
as empresas terão a retenção de 11% da remuneração dos seus
serviços e aqueles que trabalham por conta própria têm a obrigação
legal de fazer suas próprias contribuições.
Repeti abaixo a imagem que usamos na Parte 2 “Quando você
vai aposentar?” para evidenciar que só existem 6 FORMAS de
contribuir para o INSS.
1. Empregado
2. Empregado doméstico
3. Trabalhador avulso
4. Contribuinte individual
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5. Segurado especial
6. Segurado facultativo

Empregado

Trabalhador
Avulso
Empregado
Obrigatório
Doméstico
SEGURADO
BENEFICIAÁRIO

Segurado
Facultativo
Especial
Contribuinte
Preferencial
Individual

DEPENDENTE Secundário

Especial

Vamos abordar cada uma dessas espécies de contribuintes e


como as contribuições deles devem ser feitas e, em seguida, vamos
tratar dos benefícios que lhes são devidos, na PARTE 4.

1. Empregado
Público, Privado, Urbano e Rural.
São empregados os trabalhadores com carteira de trabalho
assinada, trabalhadores temporários; diretores-empregados; quem
foi eleito para exercer cargo público, inclusive ministros, secretários
e cargos em comissão não concursados; quem trabalha no exterior
em empresas nacionais; multinacionais que funcionam no Brasil e
em organismos internacionais e missões diplomáticas instaladas no
país.

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Os servidores públicos, concursados ou não, que


estão vinculados a um instituto próprio de
previdência (RPPS) não são segurados
obrigatórios do INSS (RGPS), mas podem
contribuir para este Regime se exercerem outra
atividade profissional concomitante, exceto como
facultativo e MEI. Cuidado!
O segurado, ainda que tenha trabalhado para empregador
rural ou para empresa prestadora de serviço rural, será considerado
como filiado ao regime urbano, empregado ou contribuinte
individual, se exercer atividades que não sejam rurais (art. 6º
Instrução Normativa n. 128/2022).
A caracterização do trabalho como urbano ou
rural, para fins previdenciários, depende da
natureza das atividades efetivamente exercidas
pelos segurados obrigatórios e não da natureza da
atividade do seu empregador.
A contribuição do segurado empregado é feita por meio da
folha de pagamento da empresa.

Servidor público
A rigor, o servidor público é filiado a um Regime Próprio de
Previdência (RPPS) da União, dos Estados, do Distrito Federal ou dos
Municípios.
A União, o Distrito Federal e todos os Estados possuem instituto
próprio, todavia, nem todos os municípios possuem.
O servidor público municipal que não estiver amparado por RPPS
será segurado obrigatório do INSS na condição de empregado, lhe sendo
assegurado todos os direitos, inclusive acidente do trabalho e aposentadoria
especial (Súmula Vinculante n. 33 do STF).

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Por outro lado, mesmo estando amparado por RPPS, o servidor


público também poderá ser filiado ao RGPS se exercer concomitantemente
com o cargo público outra atividade privada (múltipla filiação).
RPPS

PÚBLICO RGPS

RPPS e RGPS
EMPREGADO

URBANO
PRIVADO
RURAL

Um erro muito comum e que pode ser evitado pelos servidores


públicos que querem contribuir para mais de um regime de previdência é o
de que ele não pode, para fins de obter outro benefício (obedecidas as
restrições legais), se filiar como segurado facultativo nem
Microempreendedor Individual (MEI).
Isso significa que o servidor público que também pretende se
aposentar pelo INSS deve pagar suas contribuições como segurado
obrigatório, ou seja, como empregado, doméstico, avulso ou contribuinte
individual.

2. Empregado doméstico
O doméstico é aquele que trabalha pessoalmente, com
habitualidade, subordinação e remuneração na residência de outra
pessoa ou família exercendo atividades para empregador que não
têm fins lucrativos (domésticas, diarista, governanta, motorista,
caseiro, etc.).
A contribuição do Empregado Doméstico, desde outubro/2015
(Lei Complementar n. 150/2015) deve ser feita por meio do eSocial

90
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(www.esocial.gov.br) por meio da Guia DAS – Documento de


Arrecadação do eSocial.
As contribuições anteriores a outubro de 2015 eram feitas na
Guia da Previdência Social (GPS) de forma mensal ou trimestral.
A responsabilidade pelo pagamento é do Empregador.

Códigos para recolhimento – Empregado doméstico


1600 Empregado doméstico – Mensal
1651 Empregado doméstico – Trimestral
1619 Empregado doméstico – Patronal 12% Mensal (afastamento do
empregado para salário maternidade)
1678 Empregado doméstico – Patronal 12% Trimestral (afastamento do
empregado para salário maternidade)

3. Trabalhador avulso
É o segurado que presta serviço para mais de uma empresa
por intermediação de sindicatos ou órgãos gestores de mão de obra
(OGMO). Exemplos: estivador, carregador, amarrador de
embarcações, vigia, empregados de movimentação de
mercadorias, e outros.
Na indústria de
extração de sal e no
ensacamento de
cacau e café, também
há trabalhador avulso.
A contribuição do
segurado empregado
é feita por meio da
folha de pagamento do sindicato da categoria ou do órgão gestor
de mão de obra.

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Contribuição do Empregado (público vinculado


ao INSS e privado), Empregado Doméstico e
Trabalhador Avulso.
As alíquotas de contribuição para o segurado Empregado,
para o Empregado Doméstico e para o Trabalhador Avulso são
iguais e variam de acordo com a remuneração do trabalhador.
As alíquotas são progressivas: 7,5%, 9%, 12% e 14% e
incidem sobre o salário que é atualizado anualmente (Veja a Tabela
no site oficial da Receita Federal).
As contribuições do Empregado e do Empregado Doméstico
serão retidas pelo Empregador e este tem a obrigação legal de
repassá-las ao INSS, daí por que o empregado não pode ser
prejudicado pela falta das contribuições, visto que cabe ao INSS
fiscalizar e cobrar as contribuições que não forem feitas.
O mesmo critério é adotado com o Trabalhador Avulso,
todavia quem retém a contribuição é o intermediador da mão de
obra: Sindicato ou Órgão Gestor de Mão de Obra (OGMO).

4. Contribuinte individual
É a pessoa que trabalha por conta própria (equiparado a
autônomo) e o trabalhador urbano ou rural que presta serviços de
natureza eventual a empresas, sem vínculo empregatício.
Exemplos: empresários, comerciantes, sócios de empresas,
profissionais liberais (médicos, dentistas, engenheiros, advogados,
arquitetos, etc.); diretores de empresas; motoristas de táxi;
ambulantes; pedreiros; os associados de cooperativas de trabalho;
e outros.

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Mensal
20% Sem vínculo PJ
PLANO 11% vinculado PJ
Trimestral
NORMAL

Com redução
45%
CONTRIBUINTE
INDIVIDUAL
URBANO - RURAL Mensal
5% MEI (partir 05/2011)
11% MEI (até 04/2011)
Trimestral
PLANO 11% sem vínculo PJ
SIMPLIFICADO Complementação
9%

Complementação
15%

4.1 Planos de contribuição


A alíquota de contribuição não pode ser inferior ao salário
mínimo, nem superior ao valor máximo das contribuições (teto).
As contribuições podem ser feitas mensalmente, por meio da
GPS – Guia da Previdência Social gerada no Meu INSS ou por meio
de carnê que pode ser comprado em papelarias, em Dois Planos
assim classificado pelo INSS:

 Plano normal: Os recolhimentos efetuados neste plano


servirão para contagem de tempo e concessão de todos
os benefícios previdenciários e devem ser feitos nos
seguintes códigos.

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Códigos para recolhimento – Contribuinte Individual


1007 Contribuinte Individual – Mensal
1104 Contribuinte Individual – Trimestral
1120 Contribuinte Individual – Mensal – Com dedução de 45% (Lei
9.876/1999)
1147 Contribuinte Individual – Trimestral – Com dedução de 45% (Lei
9.876/1999)
1287 Contribuinte Individual – Rural Mensal
1228 Contribuinte Individual – Rural Trimestral
1805 Contribuinte Individual – Rural Mensal – Com dedução de 45% (Lei
9.876/1999)
1813 Contribuinte Individual – Rural Trimestral – Com dedução de 45% (Lei
9.876/1999)

 Plano simplificado: Poderá contribuir neste plano


apenas o Contribuinte Individual e o Facultativo que
não prestem serviços e nem possuam relação de
emprego com Pessoa Jurídica, a partir da competência
abril/2007, com cálculo exclusivamente sobre o valor do
salário mínimo vigente no momento do recolhimento.
As contribuições devem obedecer a esses códigos:

Códigos para recolhimento – Contribuinte Individual


1163 Contribuinte Individual – Mensal
1180 Contribuinte Individual – Trimestral
1295 Contribuinte Individual – Mensal – Complementação 9% (para plano
normal)
1198 Contribuinte Individual – Trimestral – Complementação 9% (para
plano normal)
1910 Micro Empreendedor Individual. MEI Mensal. Complementação 15%
(para plano normal)
1236 Contribuinte Individual – Rural Mensal
1252 Contribuinte Individual – Rural Trimestral
1244 Contribuinte Individual – Rural Mensal – Complementação 9% (para
plano normal)
1260 Contribuinte Individual – Rural Trimestral – Complementação 9%
(para plano normal)

Contribuição trimestral

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Quem paga sobre o salário mínimo pode optar pelo


pagamento trimestral (valor mensal multiplicado por três), mas deve
apontar o código de contribuição específico e agrupar as
contribuições por trimestre.
1º trimestre: janeiro, fevereiro e março (competência março)
2º trimestre: abril, maio e junho (competência junho)
3º trimestre: julho, agosto e setembro (competência setembro)
4º trimestre: outubro, novembro e dezembro (competência dezembro)

O pagamento deverá ser feito até o dia 15 do mês seguinte ao


de cada trimestre civil encerrado, prorrogando-se para o dia útil
subsequente, quando não houver expediente bancário na data do
vencimento.

Contribuinte Individual que presta serviço à Pessoa


Jurídica
O Contribuinte Individual que prestar serviços à Pessoa
Jurídica terá descontado e retido na fonte o valor de 11% da sua
remuneração.
A empresa é responsável pelo repasse deste valor ao INSS
através da sua folha de pagamento e tem a obrigação de fornecer
ao prestador de serviços o comprovante de pagamento
discriminando o valor da remuneração e do desconto para o INSS.
A ausência do repasse da contribuição ao INSS, desde que
descontada do prestador de serviço, não prejudicará o acesso aos
benefícios e serviços da previdência social.
Caso o total de remunerações do mês deste contribuinte
individual seja inferior ao valor mínimo vigente, ele terá que
completar a contribuição.
O Contribuinte Individual que prestar serviço a uma ou mais
empresas poderá deduzir da sua contribuição mensal o percentual
de 45% da contribuição patronal da contratante, que foi

95
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efetivamente recolhida ou declarada, limitada a 9% do respectivo


salário-de-contribuição.

Microempreendedor Individual (MEI)


A inscrição como Microempreendedor Individual pode ser feita
no Portal do Empreendedor, mas nem todas as atividades
profissionais são contempladas, por isso é preciso consultar a
lista de profissões que podem ser inscritas como MEI.

VEJA A LISTA

Existem vantagens de ser MEI, como por exemplo o


enquadramento no Simples Nacional, a isenção de tributos federais
(imposto de renda, PIS, Cofins e CSLL), além do mais, com o CNPJ
o contribuinte pode abrir conta em banco e ter acesso a crédito com
juros mais baratos.
Apesar de ter acesso ao auxílio-maternidade, auxílio por
incapacidade temporária (auxílio-doença), benefício por
incapacidade permanente (aposentadoria por invalidez) e
aposentadoria por idade, bem como garantir para seus
dependentes a pensão por morte e auxílio reclusão, o valor desses
benefícios será igual ao salário mínimo.

Detalhe importante: Quando começa a contribuir


como MEI, o contribuinte perderá o direito de ter a
aposentadoria por tempo de contribuição, por isso
a decisão por esta opção deve ser muito bem
planejada.

Vídeos sobre MEI: clique e assista


 Aposentadoria MEI 2023

96
Clique aqui para receber atualização LOUCO PRA APOSENTAR

 Pago INSS como MEI, tá certo?


 Aposentadoria do Microempreendedor Individual
 Vale a pena pagar como MEI?

A complementação do valor das contribuições pode ser


feita de duas formas:
 Até abril/2011 quando a contribuição do MEI era de
11%, deverá ser utilizado o código 1295 (diferença de
9%) para complementação para o plano normal e,
 A partir de maio/2011, quando passou a recolher
através da guia DAS-MEI sobre a alíquota de 5%,
utilizará o código de complementação 1910 (diferença
de 15%).

Como o MEI deve pagar as contribuições que estão


atrasadas?
Um levantamento feito em 2023 mostrou que mais de 28% dos
Microempreendores Individuais (MEI) estão devendo para o INSS.
Dos 17,7 milhões de MEI´s, 5 milhões têm dívidas.
Quando o trabalhador deixa de pagar o INSS ele preserva o
direito aos benefícios por um período de 12 meses. Pode ficar doze
meses sem pagar que mesmo assim não vai perder os direitos
previdenciários.
Quem está devendo tem que resolver esta situação em dois
tempos:
 Primeiro: volte a pagar a Guia DAS para readquirir a
condição de segurado, aí será novamente protegido
pela Previdência, mesmo que haja contribuições em
atraso.
 Segundo: As contribuições que não foram pagas não
serão computadas para nenhum fim no INSS, mas

97
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correr atrás do que está atrasado e esquecer as que


irão vencer não é a melhor conduta. Então, somente no
segundo momento comece a colocar em ordem o
passado.
O INSS não pode deixar de pagar qualquer benefício mesmo
quando há dívida do Microempreendedor se as contribuições atuais
estiverem sendo pagas, demonstrar que possui a qualidade de
segurado e a carência para ter acesso ao benefício pretendido.
Dica: pague, primeiro, as contribuições daqui para frente e, só
depois, acerte o passado, e não o inverso.

Contribuição do Contribuinte individual e do Facultativo


A contribuição do Contribuinte individual e do Facultativo pode
ser de 5%, 11% e 20%, dependendo da forma como se filia à
Previdência.
As contribuições com alíquotas reduzidas não geram direito de
acesso a todos os benefícios.
Os valores da tabela abaixo são para o ano de 2022.
A tabela é atualizada anualmente e pode ser acessada no site
www.gov.br.
Salário de
Alíquota Valor
contribuição
5% Alíquota exclusiva para
Facultativo de Baixa Renda (não dá
R$ 1.320,00 direito a Aposentadoria por Tempo R$ 66,00
de Contribuição e Certidão de
Tempo de Contribuição)
11% Alíquota exclusiva para Plano
Simplificado de Previdência (não dá
R$ 1.320,00 direito a Aposentadoria por Tempo R$ 145,20
de Contribuição e Certidão de
Tempo de Contribuição)

98
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Entre R$ 264,00 (salário


R$ 1.320,000
20% mínimo) e R$ 1.501,50
até R$ 7.507,49
(teto)

5. Segurado especial
São os trabalhadores rurais, pescadores artesanais e índios
que produzem individualmente ou em regime de economia
familiar, sem utilização de empregados permanentes.
Incluem-se nesta definição todos os membros da família
(cônjuges, companheiros, filhos, genros e noras, irmãos, outros)
que trabalham com a família em atividade rural.
Entende-se por regime de economia familiar a atividade em
que o trabalho dos membros da família é indispensável à própria
subsistência e é exercido em condições de mútua dependência e
colaboração, sem a utilização de empregados.
O termo “sem utilização de empregados” deve ser
interpretado de forma a amparar a finalidade social da legislação
previdenciária, admitindo-se como tal, sem descaracterizar a
natureza do regime de economia familiar, o auxílio eventual de
terceiros para execução de tarefas tidas como excepcionais, a
exemplo da utilização de mão de obra específica para conserto de
cercas, preparo da terra e colheita da produção em períodos
sazonais, serviços prestados por profissionais especializados e
outros, pois o que é proibido é apenas a contratação de
empregados permanentes.
proprietário, usufrutuário, possuidor, assentado, parceiro ou meeiro
outorgados, comodatário ou arrendatário rurais, que explore atividade
Produtor agropecuária em área contínua ou não de até quatro módulos fiscais; e
rural atividade de seringueiro ou extrativista vegetal na coleta e extração, de modo
sustentável, de recursos naturais renováveis, e faça dessa atividade o seu
principal meio de vida;
Pescador Pescador artesanal ou a esse assemelhado, que faça da pesca sua profissão
artesanal habitual ou principal meio de vida;

99
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Cônjuge ou companheiro, bem como filho maior de 16 anos de idade ou a esse


Cônjuge ou equiparado do segurado de que tratam os itens acima e que,
companheiro comprovadamente, tenham participação ativa nas atividades rurais do grupo
familiar;

Índio reconhecido pela Fundação Nacional do Índio (FUNAI), inclusive o


artesão que utilize matéria-prima proveniente de extrativismo vegetal,
independentemente do local onde resida ou exerça suas atividades, sendo
Índio irrelevante a definição de indígena aldeado, indígena não-aldeado, índio em
vias de integração, índio isolado ou índio integrado, desde que exerça a
atividade rural em regime de economia familiar e faça dessas atividades o
principal meio de vida e de sustento.
Fonte: INSS

Autodeclaração rural
A inscrição do segurado especial deverá vinculá-lo ao seu grupo
familiar e deverá conter, além das informações pessoais:
 a identificação da propriedade em que é desenvolvida a
atividade e a informação de a que título ela é ocupada;9
 a informação sobre a residência ou não do segurado na
propriedade em que é desenvolvida a atividade, e, em caso
negativo, sobre o Município onde reside; e
 quando for o caso, a identificação e a inscrição da pessoa
responsável pelo grupo familiar.
O segurado especial integrante de grupo familiar que não seja
proprietário do imóvel rural ou da embarcação em que desenvolve sua
atividade deve informar, no ato da inscrição, conforme o caso, o nome e o
CPF do parceiro ou meeiro outorgante, arrendador, comodante ou
assemelhado.

9
Tema 1115 do STJ. O tamanho da propriedade não descaracteriza, por si só, o regime
de economia familiar, quando preenchidos os demais requisitos legais exigidos para a
concessão da aposentadoria por idade rural.

100
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A autodeclaração é o modo de comprovar o exercício da atividade de


segurado especial do respectivo gruo familiar.
Saiba como fazer a autodeclaração: https://youtu.be/x34Lc5aSQjU

6. Segurado facultativo
É qualquer cidadão com mais de 16 anos, que, apesar de não
exercer atividade remunerada, contribui para o sistema para se
beneficiar dos direitos previdenciários.
A contribuição decorre da vontade do interessado. O
presidiário e o estagiário podem recolher contribuições nessa
condição.
Desempregados, “dona de casa”, estudantes, bolsistas,
síndicos de condomínio não remunerados, são outros exemplos de
segurados facultativos.
O Segurado facultativo poderá contribuir de acordo com o
Plano normal, com alíquota de 20% sobre o valor calculado entre
o salário mínimo e o teto do INSS e assim ter acesso a todos os
benefícios da previdência social.
Neste caso a contribuição deverá ser feita observando-se os
códigos de recolhimento abaixo:
Códigos para recolhimento – Facultativo
1406 Facultativo – Mensal
1457 Facultativo – Trimestral
1821 Facultativo / Exercente de Mandato Eletivo / Recolhimento
Complementar

A contribuição também poderá ser feita com alíquota reduzida


de 11% do Plano Simplificado, porém o valor do benefício ficará
indexado ao salário mínimo e sem direito à aposentadoria por
tempo de contribuição e sem poder utilizar o tempo de contribuição
para fins de certidão de tempo em Regime Próprio de Previdência
(CTC).
Códigos para recolhimento – Facultativo
101
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1473 Facultativo – Mensal


1490 Facultativo – Trimestral
1686 Facultativo – Mensal – Complementação 9% (para plano normal)
1694 Facultativo – Trimestral – Complementação 9% (para plano normal)

Facultativo de baixa renda (Dona de casa)


A Constituição Federal garante um sistema especial de
inclusão previdenciária para atender aos trabalhadores de baixa
renda e àqueles sem renda própria que se dediquem
exclusivamente ao trabalho doméstico no âmbito de sua residência,
desde que pertencentes a famílias de baixa renda, garantindo-lhes
acesso a benefícios de valor igual a um salário-mínimo.
A “dona de casa” de baixa renda precisa ter o Cadastro
Único (atualizado) para Programas Sociais do Governo Federal –
CadÚnico atualizado para que as contribuições com valor menor
possam valer.
A dona de casa deverá estar inscrita no
CadÚnico, para usufruir dos benefícios
previdenciários mediante a contribuição
reduzida de 5% do salário mínimo.

O CadÚnico identifica e caracteriza as famílias de baixa renda,


assim consideradas aquelas com renda mensal de até meio salário-
mínimo por pessoa ou de três
salários-mínimos no total.
Ele contém informações do
núcleo familiar e das características
do domicílio e serve como base para
avaliação de acessibilidade a
serviços públicos essenciais, seleção de beneficiários e integração
de programas sociais do Governo Federal, como o Auxílio Brasil,
antigo Bolsa Família.

102
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A contribuição reduzida de 5% do salário-mínimo gera


benefício com valor de um salário-mínimo, de forma que o
contribuinte que pretende obter benefício com valor maior
(decorrente da média salarial desde julho/1994) deverá contribuir
com alíquota maior (20%) ou complementar as contribuições.
As pessoas de baixa renda que se beneficiarem desta
contribuição não terão direito à aposentadoria por tempo de
contribuição. Apenas terão acesso à aposentadoria por idade,
aposentadoria por invalidez, auxílio-doença, salário-maternidade,
pensão por morte e auxílio-reclusão.
Para contribuir o trabalhador deve imprimir a Guia da
Previdência Social (GPS), disponível na página da Previdência
Social na internet (www.gov.br), especificando o código de
pagamento de acordo com a tabela abaixo.
Código Percentual Facultativo de baixa renda
1929 5% Recolhimento Mensal
1937 5% Recolhimento Trimestral
1830 6% Complemento Mensal
(para plano simplificado 11%)
1848 6% Complemento Trimestral
(para plano simplificado 11%)
1945 15% Recolhimento Mensal. Complemento
1953 15% Recolhimento Trimestral. Complemento

Aposentado que continua trabalhando ou retorna


ao trabalho
Todas as pessoas que exercem atividade remunerada devem
contribuir.
O fato de estar aposentado não exclui o trabalhador dessa
obrigação; assim, o aposentado que continuar trabalhando, ou que
retornar ao trabalho após a concessão de benefício, continua sendo

103
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segurado obrigatório da Previdência Social e terá que contribuir de


acordo com a categoria do trabalho que executar.
Dentre as 6 formas de contribuir que colocamos acima, o
aposentado só não pode ser segurado facultativo.

7 Tipos de Dependentes
Os dependentes dos segurados também têm direitos na
Previdência Social (pensão por morte e o auxílio-reclusão), todavia
esses dependentes não podem ser escolhidos ou incluídos pelos
segurados por que a lei estabelece uma relação exaustiva (que não
admite inclusão de quem não estiver previsto na legislação).
A existência de dependente está diretamente relacionada à
condição de segurado do contribuinte. Quem deixa de ser
segurado, automaticamente deixa de ter dependentes.
Os dependentes são divididos em três grupos:
1. PREFERENCIAIS. Aqueles que não precisam
comprovar a dependência econômica por que ela é
presumida;
2. SECUNDÁRIOS. Os que precisam comprovar a
dependência econômica, mas são excluídos se houver
dependentes preferenciais;
3. ESPECIAIS. Os que precisam comprovar a
dependência econômica, e concorrem com os
dependentes preferenciais.
Existe também uma ordem de exclusão de dependentes em
razão de suas prioridades.
O cônjuge, companheiro(a), filhos, enteado e menor tutelado
têm preferência em relação aos dependentes secundários, de modo
que os pais e os irmãos somente poderão se beneficiar dos direitos
dos segurados se não existirem dependentes preferenciais e
especiais.
104
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Os dependentes secundários e especiais precisam comprovar


a dependência econômica.

1. Cônjuge
A condição de cônjuge se dá exclusivamente com a
apresentação da certidão de casamento, não valendo para tanto o
casamento apenas religioso e pela comprovação da existência do
casamento há pelo menos dois anos.
A condição de dependente extingue-se pela separação judicial
ou divórcio; no entanto, se for atribuído o pagamento de alimentos
ou ajuda econômica/financeira, persiste a relação de dependência,
ainda que o ex-cônjuge contraia novo matrimônio.
A partir de 14/07/2010, o casamento só pode ser dissolvido
pelo divórcio.
A condição de dependente também termina com a anulação
do casamento e pelo óbito do dependente.

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2. Companheiro(a)
Considera-se companheira ou companheiro a pessoa que
mantém união estável com o segurado ou segurada, sejam eles de
que sexo for.
Por força de decisão judicial (Ação Civil Pública n.
2000.71.00.00 9347-0), ficou garantido o direito à pensão por morte
ao companheiro ou companheira homoafetivos, para óbitos
ocorridos a partir de 05/04/1991.
União estável é o vínculo entre duas pessoas que se
relacionam publicamente e assumem responsabilidade recíproca
como se “casados fossem” não importando se tal união acontece
entre pessoas do mesmo sexo ou diferentes.10
É muito comum a situação de casais divorciados voltarem a
conviver. Essa situação, se não for legalmente documentada, será
interpretada como de companheirismo.11

10
Enunciado 77 do VIII Encontro de Juízes Federais TRF3. Para fins de
comprovação da união estável e de dependência econômica, a exigência de início de
prova material contemporânea aos fatos aplica-se somente para os óbitos ocorridos
após a vigência da MP 871 de 18 de janeiro de 2019, convertida na L. 13.846/2019.
11
Enunciado 4 do CRPS. A comprovação de união estável e de dependência econômica,
mediante ação judicial transitada em julgado, somente produzirá efeitos para fins
previdenciários quando baseada em início de prova material contemporânea aos fatos,
constantes nos autos do processo judicial ou administrativo.
I - A dependência econômica pode ser parcial, devendo, no entanto, representar um
auxílio substancial, permanente e necessário, cuja falta acarretaria desequilíbrio dos
meios de subsistência do dependente.
II - O recebimento de ajuda econômica ou financeira, sob qualquer forma, ainda que
superveniente, poderá caracterizar a dependência econômica parcial, observados os
demais elementos de prova no caso concreto.
III - A habilitação tardia de beneficiários menores, incapazes ou ausentes, em benefícios
previdenciários já com dependentes anteriormente habilitados, somente produzirá efeitos
financeiros a contar da Data de Entrada do Requerimento (DER), sendo incabível a

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Companheiros(as) possuem dependência econômica


presumida. Não há necessidade de comprová-la, mas deverá ser
provada a convivência de pelo menos dois anos.
O cônjuge ou companheiro do sexo masculino, que não é
inválido, passou a ser dependente da companheira ou da esposa
somente a partir de 05/04/1991.

3. Filhos
A básica afirmação de que somente o filho(a) menor de 21
anos e o maior inválido (incluídos os filhos adotivos e nascidos fora
do casamento) devem ter acesso aos benefícios previdenciários
como dependentes é coisa do passado.
O novo conceito de família (filiação socioafetiva) e o Estatuto
da Pessoa com Deficiência trouxeram novas possibilidades de
implementação de benefícios.

21 anos e prorrogação ao estudante até 24 anos de idade


Até hoje vigora a lei de que os filhos menores de 21 anos
podem ser dependentes na previdência social, apesar da redução
da maioridade civil e penal.

retroação da Data do Início do Pagamento (DIP) para permitir a entrega de valores a


partir do fato gerador do benefício.
IV - É devida a pensão por morte aos dependentes do segurado que, apesar de ter perdido
essa qualidade, preencheu os requisitos legais para a obtenção de benefício
previdenciário até a data do seu óbito.
V - A concessão da pensão por morte ao cônjuge ou companheiro do sexo masculino, no
período compreendido entre a promulgação da Constituição Federal de 1988 e o advento
da Lei nº 8.213 de 1991, rege-se pelas normas do Decreto nº. 83.080, de 24 de janeiro de
1979, seguido pela Consolidação das Leis da Previdência Social (CLPS) expedida pelo
Decreto nº. 89.312, de 23 de janeiro de 1984, que continuaram a viger até o advento da
Lei nº. 8.213/91, aplicando-se tanto ao trabalhador do regime previdenciário rural
quanto ao segurado do regime urbano.
107
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Nunca, em tempo algum no INSS, foi permitida a extensão


deste direito até 24 anos de idade, esteja ou não o interessado
envolvido em algum processo educacional.
O filho, se quiser, dependendo da sua necessidade e da
capacidade de quem vai pagar, pode pedir esta pensão alimentícia
na Justiça Comum contra os próprios pais (ascendentes), mas não
em relação à Previdência Social.

Filho maior (de 21 anos) e inválido


A exceção à regra da idade de 21 anos é a da incapacidade
total do filho para trabalhar, mas a prova desta incapacidade deve
ser feita na data do óbito ou da prisão do segurado, tanto no caso
de pensão por morte como no de auxílio-reclusão.
Caso a incapacidade tenha sido adquirida depois do óbito ou
da prisão, o filho não terá acesso aos benefícios. Por outro lado, se
a incapacidade for preexistente a esses eventos (morte ou
reclusão), mas for provada em data posterior, os direitos serão
preservados.
Em alguns casos há até a possibilidade de recebimento do
benefício com data retroativa. Esta é uma dica importante.

Filho que não é inválido, mas que possui deficiência


A legislação até 2011 sempre foi muito clara quanto aos filhos:
ou é menor ou é inválido.
Os avanços sociais e o Estatuto das Pessoas com Deficiência,
antecedido pela Convenção Internacional da Pessoa com
Deficiência, trouxeram novos ares para a legislação previdenciária.
Finalmente.
A Lei 12.470/2011 estendeu à pessoa com deficiência a
condição de dependente incluindo na legislação a expressão: “ou
que tenha deficiência intelectual ou mental que o torne

108
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absoluta ou relativamente incapaz, assim declarado


judicialmente”.
Apesar da evolução da lei, esta situação de deficiência
intelectual ou mental tinha de ser declarada judicialmente para ter
plena validade, e ainda havia a exclusão de outras deficiências
como as físicas e sensoriais.
A Lei n. 13.146/2015 passou a dispor de forma diferente: “ou
que tenha deficiência intelectual ou mental ou deficiência
grave”, trazendo então para o seio da sociedade a possibilidade de
um filho, com deficiência intelectual ou mental, ou com qualquer
outra deficiência grave (Observe que a lei não especifica qual o tipo
de deficiência. Como a lei especifica qual é o tipo da deficiência,
então pode ser de qualquer natureza, desde que seja grave).

Efeitos retroativos das leis de proteção das Pessoas com


Deficiência
Acredito que os benefícios negados anteriormente à
instituição das leis protetivas das Pessoas com Deficiência possam
ser rediscutidos por inegável omissão legislativa do Poder
competente, visto que a proteção dessas pessoas já estava
assegurada desde o implemento da Constituição Federal.
É certo, por outro lado, que os princípios da dignidade da
pessoa humana, do valor social do trabalho, da integração e da
proteção social, da cidadania e principalmente da contrapartida por
meio do qual as contribuições dos pais servem para assegurar a
proteção social dos filhos, jamais poderiam ser relegados por culpa
exclusiva do Estado em retardar o regulamento dos direitos das
Pessoas com Deficiência.

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4. Pais
A condição de dependência dos pais se dá com a certidão de
nascimento do filho segurado ou por meio de sentença em
processos de investigação de paternidade ou maternidade.
Os pais adotivos têm os mesmos direitos dos naturais.
A dependência econômica dos pais em relação aos filhos
precisa ser comprovada, não necessita ser absoluta, mas apenas
habitual e relevante.

5. Irmãos
Os irmãos serão dependentes da mesma forma que os filhos,
isto é, até completarem 21 anos de idade, exceto se forem inválidos
ou que tenha deficiência intelectual ou mental ou deficiência grave.
A emancipação, o casamento e a colação de grau em curso
superior também extinguem a condição de dependente, e o fato de
estudar em curso superior não lhe garante a condição de
dependência até os 24 anos.
A única diferença entre o irmão e o filho é que este tem
preferência na obtenção dos benefícios previdenciários e não
precisa comprovar a dependência econômica em relação ao
segurado.

6. Enteado
O § 2º do art. 16 da Lei n. 8.213/91 equipara o Enteado e o
Menor tutelado ao filho, porém com a necessidade de comprovação
da dependência econômica.

7. Menor Tutelado e Menor sob Guarda


A antiga redação do § 2º do art. 16 da Lei n. 8.213/91 também
equiparava ao filho o menor que, por ordem judicial, estivesse sob

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guarda do segurado, desde que comprovada a dependência


econômica.
A exclusão do menor sob guarda da Lei n. 8.213/91 foi mantida
no § 6º da Emenda Constitucional n. 103/2019 que equiparou ao
filho apenas o enteado e o menor tutelado.
Todavia, o STF nas Ações Diretas de Inconstitucionalidade n.
4878 e 5083 reconheceu que deve ser contemplado na legislação
previdenciária, em seu âmbito de proteção, com base no princípio
da prioridade absoluta, o “menor sob guarda”.

111
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PARTE 4
QUAIS BENEFÍCIOS VOCÊ TEM DIREITO?
13 previdenciários, 1 assistencial e 3 serviços à sua disposição

Considerando os benefícios previdenciários (13) e


assistenciais (1) estão disponíveis 14 possibilidades de diferentes
para proteção social, além de 3 Serviços.
Benefícios Previdenciários
1. Aposentadoria por idade 8. Aposentadoria do Professor
2. Aposentadoria por tempo de contribuição 9. Benefício por Incapacidade Permanente
3. Pedágio 50% 10. Auxílio por incapacidade Provisória
4. Pedágio 100% 11. Auxílio-Acidente
5. Pontos 12. Pensão por Morte
6. Idade Reduzida 13. Auxílio Reclusão
7. Aposentadoria Especial
Serviços
1. Reabilitação profissional 3. Serviço Social
2. Habilitação
Benefício Assistencial
BPC-LOAS – Benefício de Prestação Continuada

Todavia, considerando as particularidades de cada


trabalhador, o local onde trabalha e o risco da atividade, a
deficiência, o grau e a origem da incapacidade, esses 14 benefícios
geram 32 possibilidades de ter renda no futuro.

112
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Assistencial BPC LOAS

Direito Adquirido

Regra de transição

Programada
Idade
Trabalhador rural

PcD

Compulsória

Direito Adquirido
Benefícios e serviços

Professor Novas Regras


Programável

Regras de transição
Pedágio 50%
Direito adquirido
Tempo de
Pedágio 100%
contribuição
Regra transição
Proporcional 85/95 Pontos

Previdenciário Sem idade mínima


Idade reduzida
Aposentadoria
Especial
Com idade mínima

Incapacidade
permanente
Pontos

Incapacidade
provisória

Risco Auxílio-acidente

Reabilitação Pensão por morte

Serviços Habilitação Auxílio reclusão

Serviço social

113
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BPC-LOAS: Benefício Assistencial


Apesar de ser um benefício pago pelo INSS, o BPC-LOAS não é um
benefício previdenciário, por isso não é necessário ter contribuição.

Idade
O benefício é devido à pessoa
portadora de deficiência de qualquer
natureza ou com incapacidade de longa
duração e ao idoso com 65 ou mais,
homem ou mulher, desde que comprove
não possuir meios de se manter, nem ter
alguém da família que possa ajudar.
O valor mensal do benefício é um salário-mínimo e não tem
décimo terceiro (abono anual).

Incapacidade
Considera-se pessoa portadora de deficiência aquela incapacitada
para a vida independente e para o trabalho, em razão de anomalias ou lesões
irreversíveis de natureza hereditária, congênita ou adquirida,
independentemente da idade.
O grau e a duração da incapacidade são fatores determinantes na
avaliação clínica do interessado.
Para apuração da incapacidade, em razão da natureza social do
benefício assistencial, não são só os fatores clínicos que devem ser levados
em consideração, aliás, a Turma Nacional de Uniformização (TNU), que é
uma espécie de tribunal, decidiu na Súmula n. 80 que:

“Nos pedidos de benefício de prestação continuada


(LOAS), tendo em vista o advento da Lei 12.470/2011,
para adequada valoração dos fatores ambientais,
sociais, econômicos e pessoais que impactam na

114
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participação da pessoa com deficiência na sociedade,


é necessária a realização de avaliação social por
assistente social ou outras providências aptas a
revelar a efetiva condição vivida no meio social pelo
requerente.”

A Justiça já reconheceu o direito ao benefício no caso de


incapacidade parcial e temporária quando esses elementos indicarem a
inviabilidade da inserção do trabalhador em alguma atividade profissional
que lhe garanta a subsistência.

Pessoa com deficiência (PcD)


A lei também garante o pagamento do BPC-LOAS à Pessoa com
Deficiência (PcD) 12, inclusive define quando esta prestação deve ser
condida.
Considera-se pessoa com deficiência aquela que tem impedimento de
longo prazo (dois anos) de natureza física, mental, intelectual ou sensorial,
o qual, em interação com uma ou mais barreiras, pode obstruir sua
participação plena e efetiva na sociedade em igualdade de condições com
as demais pessoas.13

12
Súmula 48 da TNU. Para fins de concessão do benefício assistencial de prestação
continuada, o conceito de pessoa com deficiência, que não se confunde necessariamente
com situação de incapacidade laborativa, exige a configuração de impedimento de longo
prazo com duração mínima de 2 (dois) anos, a ser aferido no caso concreto, desde o início
do impedimento até a data prevista para a sua cessação.
13
Tema 173 da TNU. Para fins de concessão do benefício assistencial de prestação
continuada, o conceito de pessoa com deficiência, que não se confunde necessariamente
com situação de incapacidade laborativa, exige a configuração de impedimento de longo
prazo com duração mínima de 2 (dois) anos, a ser aferido no caso concreto, desde o início
do impedimento até a data prevista para a sua cessação (tese alterada em sede de
embargos de declaração).

115
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A avaliação da deficiência e do grau de impedimento será feita por


avaliação médica e avaliação social realizadas por médicos peritos e por
assistentes sociais do INSS (perícia biopsicossocial).

Renda familiar de 1/4 do Salário mínimo


O requisito econômico de 1/4 do salário mínimo por membro da
entidade familiar do interessado previsto na LOAS para obtenção do
benefício deve ser interpretada junto com os programas de renda mínima e
de acesso à alimentação, que aumentaram esse limiar para 1/2 (metade) do
salário mínimo.
Não se trata de valores objetivos, mas apenas parâmetros para fixação
da presunção de miserabilidade. Renda inferior ao parâmetro legalmente
fixado torna a miserabilidade presumida. Caso o ultrapasse, ela deve ser
demonstrada.14

Cadastro Único – CadÚnico


A renda familiar será informada mediante declaração do interessado
no momento da inscrição da família do requerente no CadÚnico.
A irregularidade ou ausência da inscrição no CadÚnico pode gerar a
suspensão do pagamento do BPC-LOAS.

Negativa do INSS e saídas na Justiça.


A renda superior ao limite de acesso ao BPC não exclui o direito ao
benefício, visto que a condição de miserabilidade também poderá ser
aferida por outros meios de prova em face das peculiaridades de cada caso
concreto, consoante a prova produzida.

14
Tema 185 do STJ. A limitação do valor da renda per capita familiar não deve ser
considerada a única forma de se comprovar que a pessoa não possui outros meios para
prover a própria manutenção ou de tê-la provida por sua família, pois é apenas um
elemento objetivo para se aferir a necessidade, ou seja, presume-se absolutamente a
miserabilidade quando comprovada a renda per capita inferior a 1/4 do salário mínimo.

116
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A demonstração deste requisito econômico pode ser feita com base


na Súmula 79 da TNU que diz:

“Nas ações em que se postula benefício assistencial, é


necessária a comprovação das condições
socioeconômicas do autor por laudo de assistente
social, por auto de constatação lavrado por oficial de
justiça ou, sendo inviabilizados os referidos meios, por
prova testemunhal.”

Apuração da renda familiar


Para aferição da renda familiar não deve ser computada a renda da
pessoa que não viva sob o mesmo teto do interessado, do curador, nem do
tutor.
Computa-se na renda, no entanto, o valor da pensão alimentícia paga
e recebida por uma dessas pessoas.
A Lei n. 12.435, vigente desde 07/07/2011, alterou os §§ 1º e 2º do
artigo 20 da Lei n. 8.742/1993 e estabeleceu que a família, para fins de
concessão do benefício assistencial, deve ser aquela composta pelo
requerente, pelo cônjuge ou companheiro, pelos pais e, na ausência de um
deles, pela madrasta ou pelo padrasto, pelos irmãos solteiros, pelos filhos e
enteados solteiros e pelos menores tutelados, desde que vivam sob o mesmo
teto.
O INSS deve deduzir do cálculo da renda familiar, para fins de
verificação da necessidade do benefício, as despesas que decorram
diretamente da deficiência, incapacidade ou idade avançada, como
medicamentos, alimentação especial, fraldas descartáveis e consultas na
área da saúde, requeridos e negados pelo Estado.
Os valores recebidos por componentes do grupo familiar, idoso,
acima de 65 anos de idade, ou pessoa com deficiência, de BPC/LOAS
ou de benefício previdenciário de até um salário-mínimo, ficam excluídos

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da aferição da renda familiar mensal per capita para fins de análise do


direito ao BPC/LOAS.15
A condição de acolhimento em instituições de longa permanência não
prejudica o direito do idoso ou da pessoa com deficiência ao benefício de
prestação continuada.

Pessoal. Inacumulável. Vitalício e intrasferível


O benefício assistencial é pessoal e vitalício. Cessa com a morte do
beneficiário.
É intransferível, logo não gera direito à pensão por morte, exceto se
houver direito adquirido16, e não pode ser acumulado com qualquer outro
benefício mantido pela Previdência Social.

Óbito do requerente do BPC-LOAS no curso do processo judicial


Apesar de se tratar de um benefício inacumulável, vitalício e
intransferível, quando o benefício for requerido administrativamente e
negado, os herdeiros e sucessores têm o direito de prosseguir com o
processo e receber as prestações vencidas e não pagas até a data do
falecimento do beneficiário.

Mais de um benefício na mesma família


O Estatuto do Idoso permite que o valor do benefício de prestação
continuada recebida por outro idoso não seja computado para fixação da
renda familiar.17

15
Portaria INSS Nº 374 de 05/05/2020.
16
Tema 225 da TNU. É possível a concessão de pensão por morte quando o instituidor,
apesar de titular de benefício assistencial, tinha direito adquirido a benefício
previdenciário não concedido pela Administração.
17
Tema 640 do STJ. Aplica-se o parágrafo único do artigo 34 do Estatuto do Idoso (Lei
n. 10.741/03), por analogia, a pedido de benefício assistencial feito por pessoa com
deficiência a fim de que benefício previdenciário recebido por idoso, no valor de um

118
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A lei não proíbe que o BPC seja pago a mais de uma pessoa da família
desde que a somatória da renda familiar, inclusive com o recebimento do
benefício que já está sendo pago, não seja suficiente para suprir a
necessidade do interessado.
A lei prevê que essa exceção se aplica apenas quando se pleiteia dois
BPC-LOAS, todavia a Justiça permite que essa regra também seja aplicada
a qualquer espécie de aposentadoria com valor igual ou próximo do salário-
mínimo.

Fim do pagamento do benefício


A cessação do pagamento do benefício ocorrerá quando ao menos
uma das condições que deu origem à concessão do benefício deixar de
existir:
 aumento da renda familiar;
 fim da incapacidade ou deficiência; ou
 quando o beneficiário falecer.
A extinção do benefício em decorrência do óbito do beneficiário não
gera direito à pensão por morte, exceto se o falecido tenha preenchido os
requisitos para concessão de algum benefício previdenciário antes da
concessão do BPC-LOAS.
A contratação de pessoa com deficiência como aprendiz não acarreta
a suspensão do benefício de prestação continuada, limitado a 2 (dois) anos
o recebimento concomitante da remuneração e do benefício.

Acidente do trabalho
Acidente do trabalho é aquele que acontece dentro da empresa,
durante a jornada de trabalho e a serviço do empregador.
Este é o acidente do trabalho típico.

salário mínimo, não seja computado no cálculo da renda per capita prevista no artigo 20,
§ 3º, da Lei n. 8.742/93.

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Algumas situações também podem ser equiparadas ao acidente do


trabalho, ainda que a lesão ou a doença não tenha ocorrido dentro da
empresa e durante a jornada de trabalho.
O reconhecimento do acidente do trabalho passou a ter maior
importância depois da reforma da previdência de novembro de 2019,
quando foi aprovada a Emenda Constitucional n. 103/2019.
A aposentadoria por invalidez concedida antes de nov/2019 era
calculada com alíquota de 100% do salário-de-benefício (veja na Parte 2
como os benefícios são calculados).
Depois de nov/2019 a forma de calcular o valor da aposentadoria por
invalidez passou a ser diferente:
 Benefícios previdenciários: a partir de 60% da média
salarial para benefícios sem relação com acidente do trabalho.
 Benefícios acidentários: 100% da média salarial quando a
doença ou lesão tiver relação com a atividade profissional.
Os segurados que começaram receber aposentadoria
por invalidez depois da reforma da previdência, cuja
incapacidade tem alguma relação com o trabalho,
ainda que seja agravamento da lesão ou da doença, e
que tiveram o benefício com alíquota inferior a 100%
da média salarial, podem pedir a revisão do benefício.
Este é apenas um dos exemplos da importância da comprovação do
acidente do trabalho. Alguns benefícios podem ter aumento superior a 40%.
O elemento fundamental para caracterização do acidente do trabalho
é o nexo causal, também conhecido como nexo etiológico ou nexo de causa
e efeito.
Entende-se que o nexo causal é existente quando a incapacidade é
causada ou agravada pelas condições em que o trabalho é (ou foi)
desenvolvido.

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Tipos de acidente do trabalho


Os acidentes do trabalho podem ser típicos, uma doença ocupacional
(do trabalho ou profissional) ou ser considerado um acidente do trabalho
por equiparação.
A hipótese da
ocorrência do
acidente do trabalho
não pode ser
descartada antes de
investigação apurada.
Acidente do
trabalho típico
Acidente do trabalho é aquele que ocorre pelo exercício do
trabalho a serviço da empresa ou pelo exercício da atividade do
segurado especial, provocando lesão corporal ou perturbação
funcional que cause a morte ou a perda ou redução, permanente ou
temporária, da capacidade para o trabalho.
Esta modalidade de acidente do trabalho é chamada de
acidente do trabalho típico.
Doença ocupacional
A doença ocupacional também é uma modalidade de acidente
do trabalho e é dividida em duas espécies: doença profissional e
doença do trabalho.
Quando a doença for profissional, o nexo causal é presumido:
o trabalhador não precisa comprovar que a incapacidade tem
relação com o trabalho.
Quando a doença for do trabalho, o nexo causal tem que ser
comprovado: o trabalhador precisa produzir provas que a
incapacidade tem alguma relação com o trabalho.

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Já deu para perceber que a gente tem que entender qual é a


diferença entre doença profissional e doença ocupacional.
Doença profissional
Doença profissional é aquela produzida ou desencadeada
pelo exercício do trabalho de alguma das atividades que constam
em uma lista de doenças elaborada pelo Ministério do Trabalho e
da Previdência Social.
Caso a doença esteja nesta lista, ela será automaticamente
considerada um acidente do trabalho.
Exemplo:
Saturnismo é uma doença relacionado com o chumbo.
Caso o segurado, no exercício das suas atividades
profissionais, tenha contato com chumbo (não importa se o contato
é habitual e permanente) e é detectado por exames médicos que
houve intoxicação pelo chumbo, a caracterização de acidente do
trabalho será presumida.
Doença do trabalho
Doença do trabalho é aquela adquirida ou desencadeada em
função de condições especiais em que o trabalho é realizado e que
com ele se relacione diretamente.
Qualquer doença pode ser enquadrada como doença do
trabalho e, consequentemente, um acidente do trabalho.
Exemplo:
A lesão decorrente de esforços repetitivos (LER) como as
tendinites, ou Doença Osteomuscular Relacionada com o Trabalho
(DORT).
Imagine que um trabalhador que exerça atividade repetitiva
durante a jornada do trabalho, mas nos horários de lazer pratica
outras atividades que demandam os mesmos movimentos
repetitivos.

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A pergunta que se segue é: a lesão de esforço repetitivo


decorreu em razão das atividades desenvolvidas no trabalho ou no
lazer?
Caso fique demonstrado que a incapacidade decorreu das
condições do trabalho, ou pelo menos foi agravada pelo trabalho,
ficará comprovado o nexo causal e poderá haver a indenização
acidentária.
Percebeu? No caso da doença profissional o
nexo causal é presumido e no caso da doença do
trabalho o nexo causal tem que ser comprovado.
Acidentes do trabalho por equiparação
Finalmente, há situações que a princípio não seriam
consideradas acidente do trabalho, mas, em razão das
circunstâncias que acontecem, a lei as equipara com acidente do
trabalho e gera todos os efeitos de um acidente do trabalho,
inclusive das consequências que advém da incapacidade
acidentária.
Equipara-se ao acidente do trabalho:
 o acidente ligado ao trabalho que, embora não tenha sido a
causa única, contribuiu diretamente para a morte do
segurado, para redução ou perda da sua capacidade para o
trabalho, ou produziu lesão incapacitante;
 o acidente sofrido pelo segurado no local e no horário do
trabalho em consequência de:
• agressão, sabotagem ou terrorismo praticado por
terceiro ou companheiro de trabalho;
• ofensa física intencional, inclusive de terceiro, por
motivo de disputa relacionada ao trabalho;
• ato de imprudência, de negligência ou de imperícia
de terceiro ou de companheiro de trabalho;

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ato de pessoa privada do uso da razão;

desabamento, inundação, incêndio e outros casos
fortuitos ou decorrentes de força maior.
 o acidente sofrido fora do local e horário de trabalho pelo
segurado, desde que esteja:
• executando ordem ou realizando serviço a mando
da empresa;
• prestando qualquer serviço à empresa, ainda que
espontaneamente para proteger os interesses do
patrão;
• em viagem a serviço da empresa, inclusive para
estudo, independentemente do meio de locomoção
utilizado, inclusive veículo de propriedade do
segurado;
• no percurso da residência para o local de trabalho
ou deste para aquela, qualquer que seja o meio de
locomoção, inclusive veículo de propriedade do
segurado.
Causa concorrente ou concausa
Pode acontecer ainda que uma doença que não tem qualquer
relação com o trabalho possa ser agravada (de alguma forma) por
um acidente do trabalho ou pelas condições em que o trabalho foi
desenvolvido, e neste caso também é classificada como acidente
do trabalho.
A concausa pode ser preexistente, concomitante ou
superveniente.
A concausa preexistente se caracteriza pela existência de uma
doença ou lesão anterior à ocorrência do acidente do trabalho, cujas
consequências desse não geraria a incapacidade ou morte, mas em
razão da doença preexistente tal evento se efetiva.

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Como exemplo dessa modalidade, elegemos a hipótese de


um diabético vítima de um corte no membro inferior. Essa lesão
poderia ser facilmente tratada e curada em uma pessoa sadia, mas
poderá levar à incapacidade um trabalhador diabético.
Na concausa superveniente ocorre o contrário, o acidente do
trabalho pode não gerar incapacidade, mas a doença que ele
desencadeia pode levar à caracterização do acidente do trabalho.
Exemplificamos essa situação com um caso concreto com o
qual já me deparei: um pedreiro feriu-se com um prego enferrujado e,
a princípio, não observou qualquer dano; todavia, desenvolveu
infecção (tétano) que acabou gerando a amputação da perna, a
incapacidade e a caracterização do acidente do trabalho.
Na concausa concomitante ou simultânea o acidente e o mal
sem relação com o trabalho ocorrem ao mesmo tempo.
A literatura jurídica cita como exemplo o trabalhador que
exerce sua atividade em grande altura, desmaia e sofre a queda. Essa
concausa se confunde com o acidente do trabalho típico.
Não é considerado acidente do trabalho
Para ser considerado acidente do trabalho, um fato tem que
gerar três consequências simultâneas:
(a) existir uma lesão ou doença,
(b) esta lesão ou doença tem que ter relação com o trabalho,
e
(c) tem que gerar algum tipo de dano (incapacidade: total ou
parcial, temporária ou permanente).
Assim, não se caracteriza como acidente do trabalho:
 a doença degenerativa;
 a inerente a grupo etário;
 a que não produza incapacidade para o trabalho;

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 a doença endêmica adquirida por segurado habitante de


região em que ela se desenvolva, salvo comprovação
de que é resultante de exposição ou contato direto
determinado pela natureza do trabalho (Ex.: COVID-
19).
Quem tem direito à indenização
Somente têm direito à indenização decorrente do acidente do
trabalho e a cargo do INSS o segurado empregado, o trabalhador
avulso, o segurado especial e o empregado doméstico.
Esses segurados contribuem, direta ou indiretamente, para o
financiamento do Seguro por Acidentes do Trabalho (SAT) ou Risco
de Acidente do Trabalho (RAT). É justamente essa contribuição que
financia os benefícios acidentários.

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Comunicação do Acidente do Trabalho (CAT)


A Comunicação do Acidente do Trabalho é o documento que registra
a ocorrência de um acidente relacionado com o trabalho e que pode ser
emitido pela:
a) Empresa
b) Acidentado ou seus dependentes
c) Sindicato
d) Médico que o atendeu o acidentado
e) Qualquer autoridade

Nexo Técnico Epidemiológico (NTep)


O médico-perito do INSS, mesmo sem a emissão da CAT, pode
atestar a existência do acidente do trabalho e declarar e estabelecer o Nexo
Técnico Epidemiológico (NTep).
É o método que analisa, mediante cruzamento de informações, se a
doença do segurado definida na Classificação Internacional de Doenças
(CID) tem alguma relação com atividade profissional definida no Cadastro
Nacional de Atividades Econômicas (CNAE).
A existência de nexo entre a doença e o trabalho desenvolvido pelo
segurado proporciona o reconhecimento de doença ocupacional e, via reflexa,
o acidente do trabalho.
O trabalhador não pode ser penalizado pela omissão da empresa em
não cumprir sua obrigação legal, muito menos pela omissão da Previdência
em não proceder a fiscalização que lhe compete.
Pelo NTEP, a perícia do INSS pode considerar como acidente do
trabalho uma doença ou lesão, mesmo que a empresa não emita a
Comunicação de Acidente do Trabalho (CAT).
O INSS, o trabalhador e as empresas ganham com este novo sistema.
O INSS, porque potencializa sua fiscalização na higiene e segurança do
trabalho e, quando detecta situações irregulares, ainda aumenta sua
arrecadação.
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As empresas que investem na saúde e segurança do trabalhador e em


um ambiente de trabalho salubre são beneficiadas, pois a nova conduta do
INSS penaliza os maus empresários.
O trabalhador é o mais beneficiado, visto que terá melhores
condições do ambiente de trabalho.

Reconhecimento judicial do Nexo etiológico


Com efeito, se a empresa não emitiu a CAT, se o INSS não
reconheceu o NTep e o processo judicial iniciar sem a CAT ou o NTep,
compete ao Juiz o dever legal de reconhecer o acidente do trabalho quando
as provas dos autos indicarem este caminho, aliás o § 2º do art. 22 da Lei
n. 8.213/91 e o § 4º do Decreto n. 3.048/99 dizem que “qualquer autoridade
pública” pode reconhecer o acidente do trabalho.
Em um processo judicial, o Juiz pode (senão, tem o dever legal) de
declarar o fato, a incapacidade e o nexo causal entre a lesão e o trabalho,
bem como suprir a ausência formal do documento.
O fato de o art. 129, II da Lei n. 8.213/91 induzir que na via judicial
é obrigatória a apresentação da Comunicação de Acidente do Trabalho
(CAT) não é empecilho à petição ao Poder Público para, no seu dever
discricionário de dizer o direito, se valer das provas do processo para
declarar um direito não documentado, principalmente quando as evidências
da causa não deixam dúvidas sobre a ocorrência do infortúnio.
A ausência da CAT não prejudica o trabalhador na conquista de
seus direitos sociais e previdenciários. É possível fazer a prova do acidente
do trabalho com base em documentos, perícias e testemunhas.

Gatilho de direitos em caso de caracterização do acidente do trabalho


Ausência de carência. A concessão de qualquer benefício (por
incapacidade ou morte) decorrente de acidente do trabalho independe de
carência.

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FGTS. Durante o período de afastamento é devido o pagamento, pelo


empregador, dos depósitos do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço
(FGTS).
Estabilidade. Em caso de retorno ao trabalho, a estabilidade no
emprego será de doze meses e não de apenas um mês, como ocorre com as
doenças ou lesões que não têm relação com o acidente do trabalho.
Isenção no pagamento do Imposto de Renda. Todos os benefícios
acidentários geram isenção no pagamento do imposto de renda.
Seguro privado. Na hipótese de o acidentado possuir seguro
privado, o valor das indenizações decorrentes de acidente do trabalho é
sempre maior.
Indenização por dano moral e material. Tendo o empregador
causado o acidente, ou com ele concorrido para a ocorrência, o acidentado
ainda poderá obter indenização por danos materiais e/ou morais.

Ação de regresso do INSS contra a empresa


A lei de benefícios da previdência social diz que o INSS pode cobrar
das empresas o valor que ele paga a título de pensão por morte ou
benefícios por incapacidade às vítimas de acidentes do trabalho ocorridos
dentro da empresa.
A legislação prevê que aquele que, por ação ou omissão voluntária,
negligência ou imprudência, violar direitos e causar dano a alguém é obrigado
a repará-lo.
É certo que em caso de acidente do trabalho é o INSS que paga o
benefício.
Mas, se ficar provado que a empresa concorreu de alguma forma,
ainda que por omissão, para causar dano a algum funcionário, deve
reembolsar esse dinheiro ao INSS.
A forma que o INSS tem para cobrar esse dinheiro chama-se ação
regressiva.

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3 Indenizações para o acidentado ou dependente


O Supremo Tribunal Federal (STF) já decidiu que o fato de o
trabalhador, ou o dependente dele, receber algum benefício da previdência
social (incapacidade ou morte) não exclui o direito de eles receberem
também outra indenização da empresa, desde que a empresa tenha alguma
espécie de culpa na ocorrência do acidente do trabalho, além do seguro
privado ou coletivo.
Percebeu? São três indenizações diferentes decorrentes do mesmo
fato.
A culpa pode ser um ato de ação ou de omissão,
inclusive dolo. Não importa o grau. Pode até ser uma
culpa levíssima. Mas se gerar algum dano, nasce
também o dever de indenizar.

A indenização por conta do INSS

Pode ser um benefício por incapacidade (aposentadoria por invalidez,


auxílio doença ou auxílio-acidente) ou a pensão por morte caso haja
falecimento do segurado.

Indenização por conta da empresa


Varia de caso a caso. Pode ser uma reparação pelos da danos morais,
materiais e até estéticos, ou de todos eles juntos.18
Por dano material entende-se toda lesão ao patrimônio da vítima,
tudo que seja passível de valoração pecuniária.
O dano material compreende o dano emergente (prejuízo imediato e
definitivo. É aquilo que a vítima efetivamente perdeu) e o lucro cessante (a
perda de ganhos futuros que a vítima do dano ficará privada de ganhar).

18
Súmula 278 do STJ. O termo inicial do prazo prescricional, na ação de indenização, é
a data em que o segurado teve ciência inequívoca da incapacidade laboral.

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Compreende-se como dano moral toda violação a um bem integrante


da personalidade da pessoa como a honra, a reputação, a intimidade, a
imagem, a privacidade, a saúde, etc.) e que cause reações desagradáveis ou
constrangimento que não seja mero dessabor ou mero desconforto, gerando
angústia, aflição vexame, desgosto, mágoa, sofrimento, humilhação,
desequilíbrio do bem estar, dentre outras consequências.

O Superior Tribunal de Justiça já decidiu na Súmula


n. 37 que “São cumuláveis as indenizações por dano
material e dano moral oriundos do mesmo fato.”

A culpa da empresa pode partir de ato praticado por ela própria ou


por algum de seus funcionários que estão sob sua responsabilidade.
Ainda que a culpa da empresa na ocorrência do acidente do trabalho
seja mínima, mesmo assim poderá ter que devolver ao INSS o que este
pagou ao beneficiário e poderá ser condenada a indenizar o acidentado em
caso de incapacidade (parcial ou total, provisória ou permanente) ou os
dependentes no caso de morte.
Por exemplo. a simples falta do fornecimento de Equipamentos de
Proteção Individual (EPI) ou de Equipamentos de Proteção Coletiva (EPC)
no ambiente de trabalho pode conduzir a empresa ao banco dos réus.
A empresa deve avaliar seu ambiente de trabalho por um profissional
especializado (médico ou engenheiro de segurança do trabalho) e tomar todas
as providências necessárias para evitar acidentes.

Seguro privado, individual ou coletivo.


Além da indenização a cargo do INSS e a de responsabilidade da
empresa, o trabalhador ainda pode receber o seguro privado.
É inquestionável que o trabalhador pode receber mais de uma
indenização pelos danos que nascem de um único acidente.

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Benefícios por incapacidade


Os benefícios por incapacidade podem ser concedidos em razão da
incapacidade previdenciária (espécies 31, 32 e 36) quando não têm relação
com as atividades profissionais do segurado, ou em razão de incapacidade
de natureza acidentária, quando tiver alguma relação com o trabalho ou
com as condições em que ele é ou foi exercido (Acidente do trabalho:
espécies 91, 92 e 94).
 Benefício por incapacidade permanente
(Aposentadoria por invalidez)
 Auxílio por incapacidade temporário (Auxílio-doença)
 Auxílio-acidente do trabalho ou de qualquer natureza
 Reabilitação profissional

Benefícios por incapacidade

Auxílio-doença

Consolidação da lesão ou da doença

Auxílio-acidente Aposentadoria por invalidez

Reabilitação Profissional

Na prática, as ferramentas para exercer esses direitos são as


mesmas:
 Requerimento no INSS
 Pedido de Prorrogação
 Recursos administrativos
 Ações Judiciais
 Mandado de Segurança

132
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O principal elemento para conquistar benefícios por incapacidade é


a prova da incapacidade e a fixação da DII – Data do Início da
Incapacidade19, além da qualidade de segurado e da carência.
Em caso de processo judicial o termo inicial do benefício deve recair
na data do requerimento administrativo e na ausência de requerimento, no
dia da citação válida20, devendo serem repudiados outros eventos criativos
do Judiciário, principalmente porque não há lacuna na lei.21
Caso haja exercício de alguma atividade profissional durante o
período de discussão judicial para concessão do benefício por
incapacidade, este fato não impede o recebimento.22

19
Tema 556 do STJ. Para fins de fixação do momento em que ocorre a lesão
incapacitante em casos de doença profissional ou do trabalho, deve ser observada a
definição do art. 23 da Lei 8.213/1991, segundo a qual 'considera-se como dia do
acidente, no caso de doença profissional ou do trabalho, a data do início da incapacidade
laborativa para o exercício da atividade habitual, ou o dia da segregação compulsória,
ou o dia em que for realizado o diagnóstico, valendo para este efeito o que ocorrer
primeiro'.

20
Tema 626 do STJ. A citação válida informa o litígio, constitui em mora a autarquia
previdenciária federal e deve ser considerada como termo inicial para a implantação da
aposentadoria por invalidez concedida na via judicial quando ausente a prévia
postulação administrativa.
21
Súmula 576 do STJ. Ausente requerimento administrativo no INSS, o termo inicial para
a implantação da aposentadoria por invalidez concedida judicialmente será a data da
citação válida.
22
Tema 1013 do STJ. No período entre o indeferimento administrativo e a efetiva
implantação de auxílio-doença ou de aposentadoria por invalidez, mediante decisão
judicial, o segurado do RPGS tem direito ao recebimento conjunto das rendas do trabalho
exercido, ainda que incompatível com sua incapacidade laboral, e do respectivo benefício
previdenciário pago retroativamente.

133
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Também é possível o recebimento do benefício mesmo que tenha


havido exercício de atividade remunerada no período em que o segurado
estava incapacitado para o trabalho.23
Incapacidade para fins previdenciários
É a duração e o grau da incapacidade que define qual
benefício deve ser pago ao segurado.

Duração Grau Benefício


Provisória Total ou Parcial Auxílio-doença
Permanente Total Aposentadoria por invalidez
Auxílio-acidente
Permanente Parcial
Aposentadoria por invalidez

Pode parecer estranho que uma incapacidade parcial e permanente


possa gerar a concessão da aposentadoria por invalidez, mas este
entendimento de incapacidade social é comum nos Tribunais.
É o caso do segurado portador do vírus HIV.24
A lei é clara ao dispor que o segurado deve receber o auxílio por
incapacidade temporária ou o benefício por incapacidade permanente
sempre quando for considerado incapaz e insusceptível de reabilitação para
o exercício de atividade que lhe garanta a subsistência, e deve ser pago
enquanto permanecer nesta condição.

23
Enunciado 72 da TNU. É possível o recebimento de benefício por incapacidade durante
período em que houve exercício de atividade remunerada quando comprovado que o
segurado estava incapaz para as atividades habituais na época em que trabalhou.
24
Tema 274 da TNU. É possível a concessão de aposentadoria por invalidez, após análise
das condições sociais, pessoais, econômicas e culturais, existindo incapacidade parcial e
permanente, no caso de outras doenças, que não se relacionem com o vírus HIV, mas, que
sejam estigmatizantes e impactem significativa e negativamente na funcionalidade social
do segurado, entendida esta como o potencial de acesso e permanência no mercado de
trabalho.

134
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A lei não exige incapacidade clínica, mas uma “incapacidade social”.


A Previdência pode dispensar a emissão de parecer conclusivo da
perícia médica federal e analisar a incapacidade laboral por meio de
documentos, incluídos atestados ou laudos médicos.
Não são raras as decisões na Justiça que reconhecem a
aposentadoria por invalidez para segurados que não estão totalmente
incapacitados, mas não conseguem se colocar no mercado de trabalho
diante da recessão, da dificuldade de acesso ao emprego, em razão da idade
e do histórico da vida laboral, do grau de instrução e das características
socioeconômicas regionais.25
Vamos começar pela aposentadoria por invalidez ou benefício por
incapacidade permanente.

Benefício por incapacidade permanente (aposentadoria por


invalidez)
Este benefício é concedido ao trabalhador que, comprovada a
condição de segurado e cumprida a carência exigida, for considerado
incapaz pela perícia médica da Previdência Social, de forma total e
permanente, de exercer suas atividades ou qualquer outro tipo de trabalho
que lhe garanta a sobrevivência.
Não tem direito à aposentadoria por invalidez quem, ao se filiar à
Previdência Social, já possuir doença ou lesão que geraria o benefício, a
não ser que a incapacidade resulte de agravamento da enfermidade
preexistente.

25
Súmula 47 da TNU. Uma vez reconhecida a incapacidade parcial para o trabalho, o
juiz deve analisar as condições pessoais e sociais do segurado para a concessão de
aposentadoria por invalidez.

135
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Quem recebe aposentadoria por invalidez poderá ser convocado para


ser submetido a nova perícia médica. O pagamento do benefício poderá ser
suspenso se o segurado não comparecer às perícias.
As perícias têm por finalidade a constatação da continuidade da
invalidez.
Mensalidade de recuperação
Havendo recuperação do incapacitado, o benefício será cessado.
Quando a recuperação ocorrer dentro de 5 (cinco) anos, contados da
data do início da aposentadoria por invalidez ou do auxílio-doença que a
antecedeu sem interrupção, o benefício cessará:
 de imediato, para o segurado empregado que tiver direito a
retornar à função que desempenhava na empresa quando se
aposentou, na forma da legislação trabalhista, valendo como
documento, para tal fim, o certificado de capacidade
fornecido pela Previdência Social; ou
 depois de um mês para cada ano de recebimento do auxílio-
doença ou da aposentadoria por invalidez, para os demais
segurados
Quando a recuperação for parcial ou ocorrer depois de 5 (cinco) anos
ou ainda quando o segurado for declarado apto para o exercício de trabalho
diverso do qual habitualmente exercia, contados da data do início da
aposentadoria por invalidez ou do auxílio-doença que a antecedeu sem
interrupção, o benefício será mantido por durante 18 (dezoito) meses, ainda
que o trabalhador volte à atividade:

Período de recebimento Valor do benefício


Primeiros 6 meses Integral
Entre o 7º e 12º mês 50%
A partir do 13º ao 18º mês 25%
Valor do benefício

136
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O Valor do benefício por incapacidade permanente será calculado


com base no salário-de-benefício26 definido de acordo com a média dos
salários-de-contribuição que os segurados fizeram entre julho de 1994 até
o dia do afastamento do trabalho.27
Antes das alterações da reforma da previdência de novembro/2019
era possível excluir deste período base de cálculo 20% das menores
salários-de-contribuição. Após esta data isso não é possível. O resultado é
uma sensível perda, mas não é só isso.
O percentual da aposentadoria por incapacidade permanente
(aposentadoria por invalidez) caiu de 100% para 60% da média sem excluir
20% das menores contribuições.
Esta redução está sendo contestada na Justiça.28
Haverá um acréscimo de 2% por ano completo de atividade que
superar 15 anos para mulheres e 20 anos para os homens.
Aposentadoria por invalidez 100% Integral
O segurado que provar que a incapacidade permanente tem relação
com o trabalho (acidente do trabalho ou doença ocupacional – ver o item

26
Súmula 557 do STJ. A renda mensal inicial (RMI) alusiva ao benefício
de aposentadoria por invalidez precedido de auxílio-doença será apurada na forma do
art. 36, § 7º, do Decreto n. 3.048/1999, observando-se, porém, os critérios previstos no
art. 29, § 5º, da Lei n. 8.213/1991, quando intercalados períodos de afastamento e de
atividade laboral.
27
Tema 704 do STJ. A aposentadoria por invalidez decorrente da conversão de auxílio-
doença, sem retorno do segurado ao trabalho, será apurada na forma estabelecida no art.
36, § 7º, do Decreto 3.048/99, segundo o qual a renda mensal inicial - RMI da
aposentadoria por invalidez oriunda de transformação de auxílio-doença será de cem por
cento do salário-de-benefício que serviu de base para o cálculo da renda mensal inicial
do auxílio-doença, reajustado pelos mesmos índices de correção dos benefícios em geral.
28
Tema 318 da TNU. Pendente de julgamento. Definir se os benefícios de aposentadoria
por incapacidade permanente, sob a vigência da EC nº 103/2019, devem ser concedidos
ou revistos, de forma a se afastar a forma de cálculo prevista no art. 26, §2º, III, da EC
nº 103/2019, ao argumento de que seria inconstitucional.

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Acidente do Trabalho) não terá redução de 100% para 60%. O benefício


será integral.
Outra forma de ter o benefício concedido de forma
integral é provar que a Data do Início da Incapacidade
(DII) aconteceu antes de novembro/2019. Os segurados
que foram aposentados com valor menor, podem fazer
um pedido de revisão para corrigir o valor do
benefício.
Acréscimo de 25% do valor do benefício
A aposentadoria por invalidez pode ser acrescida de 25% no valor do
benefício. O acréscimo somente é devido em caso de aposentado por
invalidez previdenciária ou acidentária que necessite do amparo
permanente de outra pessoa (inclusive da própria família),
independentemente do valor do benefício.29
A lei descreve algumas situações em que o acréscimo é devido; por
exemplo: cegueira total, paralisia dos dois membros superiores ou
inferiores, doença que exija permanência contínua no leito e incapacidade
permanente para as atividades da vida diária, entre outras que deverão ser
apuradas pela perícia médica.
Esta lista permite a inclusão de outras doenças, desde que
comprovada a necessidade do amparo de terceiro por meio de perícia
médica.
Início do pagamento do acréscimo de 25%
A data do início do pagamento do adicional de 25%, de acordo com
o art. 45 da Lei 8.213/91 e com base no que ficou decidido no Tema 275
da Turma Nacional de Uniformização (TNU), será:

29
Tema 1095 do STF. No âmbito do Regime Geral de Previdência Social (RGPS),
somente lei pode criar ou ampliar benefícios e vantagens previdenciárias, não havendo,
por ora, previsão de extensão do auxílio da grande invalidez a todas às espécies de
aposentadoria. (Trânsito em Julgado: 11/06/2022)

138
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 a data de início da aposentadoria por invalidez


(aposentadoria por incapacidade permanente),
independentemente de requerimento específico, se nesta data
já estiver presente a necessidade da assistência permanente de
outra pessoa;
 a data do primeiro exame médico de revisão da
aposentadoria por invalidez no âmbito administrativo, na
forma do art. 101 da Lei 8.213/91, independentemente de
requerimento específico, no qual o INSS tenha negado ou
deixado de reconhecer o direito ao adicional, se nesta data já
estiver presente a necessidade da assistência permanente de
outra pessoa;
 a data do requerimento administrativo específico do
adicional, se nesta data já estiver presente a necessidade da
assistência permanente de outra pessoa;
 a data da citação, na ausência de qualquer dos termos iniciais
anteriores, se nesta data já estiver presente a necessidade da
assistência permanente de outra pessoa;
 a data da realização da perícia judicial, se não houver
elementos probatórios que permitam identificar
fundamentadamente a data de início da necessidade da
assistência permanente de outra pessoa em momento anterior.
Fim do pagamento do acréscimo de 25%
O fim do pagamento do acréscimo, que será pago mensalmente, junto
com a aposentadoria, deverá coincidir com o fim da necessidade do amparo
de outra pessoa ou com o óbito do segurado, mas também deverá ser
apurado por meio de perícia, sendo proibido ao INSS cessar o pagamento
sem reavaliar o aposentado.
No caso do falecimento do aposentado, o valor do acréscimo não será
incorporado à pensão por morte.

139
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As pessoas que recebem o Benefício de Prestação continuada da Lei


Orgânica da Assistência Social (BPC-LOAS) não terão acesso ao
acréscimo.

Auxílio por incapacidade temporária (Auxílio-doença)


Este benefício será concedido ao segurado incapaz, de forma total ou
parcial, que possuir carência e estiver impossibilitado de trabalhar.
Trata-se de um benefício provisório que será mantido enquanto a
doença ou a lesão do segurado não se consolidar.
Uma vez consolidada pode ocorrer três situações:
 Aptidão para o trabalho
 Incapacidade parcial
 Incapacidade total
O benefício será cessado quando o segurado for considerado apto
para o exercício das atividades profissionais, observado o período da
mensalidade de recuperação (veja o item aposentadoria por invalidez,
acima).
Em caso de incapacidade total e permanente o benefício a ser
concedido é a aposentadoria por invalidez, que poderá ser de natureza
previdenciária (espécie 32) ou acidentária (espécie 92), se a lesão ou a
doença tiver alguma relação com o trabalho.
Isso é importante para definir o valor do benefício. Aposentadoria por
invalidez acidentária é 100% da média salarial e a de natureza
previdenciária pode variar entre 60 e 100%.
Se a incapacidade for parcial e permanente, em regra, o benefício a
ser concedido é o auxílio-acidente, todavia, considerando as condições
sociais do segurado, mesmo constatando-se a incapacidade parcial é
possível ser concedida a aposentadoria por invalidez.
Início do benefício

140
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No caso de segurado empregado, os primeiros 15 dias de afastamento


devem ser pagos pelo empregador. A partir do 16º dia de afastamento, a
responsabilidade será do INSS.
No caso de segurado contribuinte individual (profissionais liberais,
empresários, trabalhadores por conta própria, entre outros) ou facultativo,
a previdência paga o benefício desde o dia do início da incapacidade;
porém, se o benefício for requerido após trinta dias do início da
incapacidade, ele será pago somente a partir da data em que for requerido.
A data de início do benefício por incapacidade deve ser a do
momento em que devidamente comprovada a incapacidade para o trabalho,
podendo coincidir com a data do requerimento e/ou indeferimento
administrativo, ou cessação administrativa indevida.
Na falta de requerimento administrativo, o benefício deve ser o da
citação, desde quando o INSS foi constituído em mora.
Carência
O número de contribuições para conquista do auxílio-doença é de
doze meses (carência), em regra.
Terá direito ao benefício sem a necessidade de cumprir o prazo
mínimo de contribuição – desde que tenha qualidade de segurado – o
trabalhador vítima de acidente do trabalho e o acometido de tuberculose
ativa, hanseníase, alienação mental, neoplasia maligna, cegueira, paralisia
irreversível e incapacitante, cardiopatia grave, doença de Parkinson,
espondiloartrose anquilosante, nefropatia grave, doença de Paget (osteíte
deformante) em estágio avançado, síndrome da deficiência imunológica
adquirida (Aids) ou contaminado por radiação (comprovada em laudo
médico).
Doença preexistente

141
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A doença preexistente é aquela que já existia quando o segurado se


filiou à previdência social.30
Tal condição impede a concessão do benefício de auxílio-doença, a
não ser que após a filiação ao INSS a doença tenha progredido ou se
agravado.31
Qualidade de segurado
Quando o trabalhador perde a qualidade de segurado, as
contribuições anteriores a essa perda somente serão consideradas para
concessão do auxílio-doença após nova filiação à previdência social, e se

30
Súmula 53 da TNU. Não há direito a auxílio-doença ou a aposentadoria por invalidez
quando a incapacidade para o trabalho é preexistente ao reingresso do segurado no
Regime Geral de Previdência Social.
31
Enunciado 7 da TNU. Não há direito a benefício por incapacidade quando o seu fato
gerador é preexistente ao reingresso do segurado no Regime Geral da Previdência Social
(RGPS), salvo agravamento ou progressão da doença.
I - Fixada a Data de Início da Incapacidade (DII) antes da perda da qualidade de
segurado, a falta de contribuição posterior não prejudica o seu direito às prestações
previdenciárias.
II - Não será considerada a perda da qualidade de segurado decorrente da própria
moléstia incapacitante para a concessão de prestações previdenciárias.
III - A revisão dos parâmetros médicos efetuada em sede de benefício por incapacidade
não enseja a devolução dos valores recebidos, se presente a boa-fé objetiva.
IV - É devido o auxílio-doença ao segurado temporariamente incapaz, de forma total ou
parcial, atendidos os demais requisitos legais, entendendo-se por incapacidade parcial
aquela que permita sua reabilitação para outras atividades laborais.
V - Para a acumulação do auxílio-acidente com proventos de aposentadoria, a
consolidação das lesões decorrentes de acidentes de qualquer natureza que resulte
sequelas definitivas e a concessão da aposentadoria devem ser anteriores a 11/11/1997,
data da publicação da Medida Provisória nº 1.596-14, convertida na Lei nº 9.528/97.
VI - Não se aplica o disposto no artigo 76 do Regulamento da Previdência Social,
aprovado pelo Decreto 3048/99, para justificar a retroação do termo inicial do benefício
auxílio doença requerido após o trigésimo dia do afastamento da atividade, nos casos em
que a perícia médica fixar o início da atividade anterior à data de entrada do
requerimento, tendo em vista que esta hipótese não implica em ciência pretérita da
Previdência Social.

142
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houver ao menos seis novas contribuições sem a perda da qualidade de


segurado.

Como conseguir o benefício?


a) Análise documental. O Segurado pode solicitar ao INSS a análise
documental ao invés de solicitar a perícia (Portaria INSS n. 38/2023) para
benefícios cuja manutenção não exceda 180 dias.
b) Perícia médica. O trabalhador que recebe auxílio-doença é
obrigado a realizar exame médico periódico e a participar do programa de
reabilitação profissional indicado e custeado pela previdência social, sob
pena de ter o benefício suspenso.
Pedido de prorrogação (PP)
O segurado, ao ser avaliado pela perícia a cargo do INSS, terá fixada
a DCB – Data da Cessação do Benefício32 como sendo a data em que a
incapacidade cessará, momento em que o benefício deverá ser cessado e o
segurado poderá retornar ao trabalho.
Até quinze dias antes dessa data fixada para cessação do benefício, o
segurado afastado poderá, mediante prova de que ainda está incapacitado

32
Tema 164 da TNU. Por não vislumbrar ilegalidade na fixação de data estimada para
a cessação do auxílio-doença, ou mesmo na convocação do segurado para nova avaliação
da persistência das condições que levaram à concessão do benefício na via judicial, a
Turma Nacional de Uniformização, por unanimidade, firmou as seguintes teses: a) os
benefícios de auxílio-doença concedidos judicial ou administrativamente, sem Data de
Cessação de Benefício (DCB), ainda que anteriormente à edição da MP nº 739/2016,
podem ser objeto de revisão administrativa, na forma e prazos previstos em lei e demais
normas que regulamentam a matéria, por meio de prévia convocação dos segurados pelo
INSS, para avaliar se persistem os motivos de concessão do benefício; b) os benefícios
concedidos, reativados ou prorrogados posteriormente à publicação da MP nº 767/2017,
convertida na Lei n.º 13.457/17, devem, nos termos da lei, ter a sua DCB fixada, sendo
desnecessária, nesses casos, a realização de nova perícia para a cessação do benefício;
c) em qualquer caso, o segurado poderá pedir a prorrogação do benefício, com garantia
de pagamento até a realização da perícia médica."

143
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para o trabalho, solicitar Pedido de Prorrogação (PP) do auxílio-doença,


quando será reavaliado pelo perito da previdência social, prorrogando-se o
pagamento do benefício em caso de constatação da incapacidade.
Observa-se que a Turma Nacional de Uniformização no processo n.
PEDILEF 05007744920164058305 decidiu que “em qualquer caso, o
segurado poderá pedir a prorrogação do benefício, com garantia de
pagamento até a realização da perícia médica”, ou seja, o INSS não poderá
cessar a prestação antes da realização de perícia médica.
Recurso do indeferimento
É a última forma de tentar administrativamente, junto ao Instituto
Previdenciário, a concessão do benefício por incapacidade, ainda quando
se tenha ou não utilizado do PP previamente.
Meu entendimento é o de que não é viável a apresentação de recurso
quando o benefício é negado em razão de a perícia médica ter concluído
pela capacidade para o trabalho, visto que nesses casos dificilmente haverá
nova perícia médica que possa ensejar a reforma da decisão que indeferiu
o pagamento do benefício.
Nesse caso, a melhor solução é buscar o pronunciamento do Poder
Judiciário.
Perícia judicial
Finalmente, se persistir a incapacidade para o trabalho devidamente
atestada pelo médico do segurado e o INSS, em nenhuma das hipóteses (de
Pedido de Prorrogação ou Recurso Administrativo) reconhecer a
incapacidade, não restará alternativa senão apelar para a Justiça, solicitando
nova avaliação pericial, o que desta vez será feito por médico de confiança
do Juiz33, e não do INSS.

33
Tema 1044 do STJ. Nas ações de acidente do trabalho, os honorários periciais,
adiantados pelo INSS, constituirão despesa a cargo do Estado, nos casos em que
sucumbente a parte autora, beneficiária da isenção de ônus sucumbenciais, prevista no
parágrafo único do art. 129 da Lei 8.213/91.

144
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Valor do benefício
O auxílio por incapacidade temporária (auxílio-doença) continua
sendo 91% da média salarial mesmo depois da reforma da previdência de
novembro/2019, mas este percentual será calculado sobre a média sem a
exclusão de 20% dos menores salários-de-contribuição se o benefício tiver
a Data do Início da Incapacidade (DII) posterior à 13/11/2019. E tem outro
limitador: esta média não pode ser superior à média dos últimos doze
meses.
Auxílio-doença conta como tempo de serviço e carência
O período de afastamento com recebimento de auxílio por
incapacidade temporária, desde que intercalado com atividade
laborativa34, conta para fins previdenciários, inclusive como carência35,
conforme art. 153 da Instrução Normativa INSS n. 86/201636 e ACP n.
0004103-29.2009.4.03.7100.
A lei exige e o STF afirmou que para contagem do tempo de
afastamento o segurado deve comprovar que após a cessação do benefício
houve contribuição para a previdência.

34
Súmula 73 da TNU. O tempo de gozo de auxílio-doença ou de aposentadoria por
invalidez não decorrentes de acidente de trabalho só pode ser computado como tempo de
contribuição ou para fins de carência quando intercalado entre períodos nos quais houve
recolhimento de contribuições para a previdência social.
35
Tema 1125 do STF. É constitucional o cômputo, para fins de carência, do período no
qual o segurado esteve em gozo do benefício de auxílio-doença, desde que intercalado
com atividade laborativa.
36
Instrução Normativa n. 86/2016: Art. 153. Considera-se para efeito de carência:
1º Por força da decisão judicial proferida na Ação Civil Pública nº2009.71.00.004103- 4
(novo nº 0004103-29.2009.4.04.7100) é devido o cômputo, para fins de carência, do
período em gozo de benef ício por incapacidade, inclusive os decorrentes de acidente do
trabalho, desde que intercalado com períodos de contribuição ou atividade, observadas
as datas a seguir: ( Nova redação dada pela IN INSS/PRES nº 86, de 26/04/2016)

145
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Conversão do auxílio por incapacidade temporária em outros


benefícios por incapacidade (auxílio-doença)
Quando o segurado está em gozo de auxílio-doença, pela
particularidade do benefício cuja natureza é provisória, significa que não
houve consolidação da lesão ou da doença.
Ainda pende a possibilidade de o segurado ser submetido ao processo
de reabilitação profissional, o que garantiria a prorrogação automática do
benefício.
Dentro deste contexto não é recomendável a solicitação da conversão
do auxílio por incapacidade temporária em benefício por incapacidade
permanente (aposentadoria por invalidez)37, tampouco em auxílio-
acidente, pouco importando a natureza do benefício: previdenciária
(espécies 31, 32, 36) ou acidentária (espécies 91, 92, 94).
Caso o segurado entenda que a lesão ou doença
incapacitante tenha se consolidado, que não será mais agravada ou
atenuada, poderá solicitar o retorno voluntário ao trabalho e, aí sim,
exercer o direito de pedir a conversão do auxílio-acidente do
trabalho ou de qualquer natureza.
Por outro lado, se não houver consolidação da lesão ou
doença e a pretensão seja a aposentadoria por invalidez, o
acompanhamento do processo de auxílio-doença é imprescindível.
Limbo previdenciário (sem salário e sem benefício)
O limbo previdenciário é um dos piores momentos da vida do
trabalhador. Quando ele fica sem salário, por que não tem condições de

37
Enunciado 78 do VIII Encontro de Juízes Federais TRF3. Nos casos de conversão de
auxílio por incapacidade temporária em aposentadoria por incapacidade permanente
com retroação da Data de Início da Incapacidade (DII), o tema 979 STJ impede que o
INSS cobre do segurado, cuja boa-fé se presume, a diferença entre o cálculo da renda
mensal inicial dos benefícios da aposentadoria e do auxílio por incapacidade temporária.

146
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trabalhar, e sem benefício, quando o INSS não o considera incapacitado


para o trabalho.
Essas avaliações, aparentemente contraditórias, podem coexistir.
Mas a conta não pode ser paga pelo Segurado.
A proteção previdenciária tem por finalidade a substituição do
salário.
Uma vez submetido à perícia médica e constatada a capacidade para
o trabalho, ainda que parcial, o segurado deve retomar suas atividades
profissionais, com ou sem a concessão do benefício de auxílio-acidente,
que é devido em caso de incapacidade parcial e permanente, com ou sem
readaptação profissional.
A empresa, que tem a obrigação de arcar com o pagamento do salário
nos primeiros quinze dias de afastamento do trabalho, quando recebe o
empregado em razão da recusa da Previdência (concessão parcial ou
cessação do benefício previdenciário) deve fazer outra avaliação e emitir
novo ASO – Atestado de Saúde Ocupacional.
Esta avaliação leva em conta, além da aptidão funcional do
empregado, a segurança do ambiente do trabalho e dos demais empregados.
A qualidade de segurado no INSS se mantém até o encerramento do
vínculo de trabalho.38
O Tribunal Superior do Trabalho (TST) firmou entendimento de que
“nos casos em que o empregado não apresenta aptidão para o trabalho e
o INSS se recusa a conceder-lhe o benefício previdenciário, incidem os
princípios da função social da empresa e do contrato, da solidariedade
social e da justiça social, que asseguram o pagamento dos salários, ainda
que não tenha havido prestação de serviço”, ou seja, o empregador deve

38
Tema 300 da TNU. Quando o empregador não autorizar o retorno do segurado, por
considerá-lo incapacitado, mesmo após a cessação de benefício por incapacidade pelo
INSS, a sua qualidade de segurado se mantém até o encerramento do vínculo de trabalho,
que ocorrerá com a rescisão contratual, quando dará início a contagem do período de
graça do art. 15, II, da Lei n. 8.213/1991.
147
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arcar com o pagamento dos salários e, eventualmente, requerer o regresso


face ao INSS.

Em situação semelhante o Tribunal Superior do


Trabalho destacou que o abalo psicológico vivenciado
pelo trabalhador pode ser traduzido em dano moral e
receber uma indenização.

A decisão do Tribunal revelou que a conduta da empresa em não


recepcionar o trabalhador pode caracterizar abuso de direito, pois não pode
deixa-lo economicamente desamparado no momento em que mais
necessita, sem o pagamento de salários, o que pode configurar efetiva lesão
ao seu patrimônio imaterial passível de reparação por danos morais.

Auxílio-acidente e de Qualquer Natureza (incapacidade


parcial e permanente)
O auxílio-acidente pode ser acidentário ou de qualquer natureza.
Esses benefícios são devidos ao segurado empregado, inclusive o
doméstico, trabalhador avulso e segurado especial39.
Auxílio-acidente acidentário, quando decorrer de um acidente do
trabalho ou de qualquer lesão ou doença que tenha relação com o trabalho
ou que tenha sido agravas pelas condições do trabalho.
Auxílio-acidente de qualquer natureza não precisa ter relação com
o trabalho. Entende-se como de qualquer natureza “o evento súbito e de
origem traumática, por exposição a agentes exógenos físicos, químicos ou

39
Tema 627 do STJ. O segurado especial, cujo acidente ou moléstia é anterior à vigência
da Lei n. 12.873/2013, que alterou a redação do inciso I do artigo 39 da Lei n. 8.213/91,
não precisa comprovar o recolhimento de contribuição como segurado facultativo para
ter direito ao auxílio-acidente.

148
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biológicos” que não tem relação com o trabalho40. Foi criado em


29/04/1995.
O auxílio-acidente será concedido como indenização quando após a
consolidação da lesão ou da doença resultar sequela definitiva que implique
redução da capacidade para o trabalho, ainda que a lesão seja mínima41,
sendo irrelevante o fato de a doença ser reversível.42
Caso haja recusa ou resistência da Previdência no
reconhecimento da limitação funcional, o segurado
poderá pedir a reanálise do fato na Justiça.
A lista que o INSS apresenta como condição para o recebimento do
benefício é exemplificativa, de modo que se determinada doença ou lesão
não estiver relacionada, mesmo assim pode existir o direito ao recebimento
do benefício.

40
Tema 269 da TNU. O conceito de acidente de qualquer natureza, para os fins do art.
86 da Lei 8.213/91 (auxílio-acidente), consiste em evento súbito e de origem traumática,
por exposição a agentes exógenos físicos, químicos ou biológicos, ressalvados os casos
de acidente do trabalho típicos ou por equiparação, caracterizados na forma dos arts. 19
a 21 da Lei 8.213/91.
41
Tema 416 do STJ. Exige-se, para concessão do auxílio-acidente, a existência de lesão,
decorrente de acidente do trabalho, que implique redução da capacidade para o labor
habitualmente exercido. O nível do dano e, em consequência, o grau do maior esforço,
não interferem na concessão do benefício, o qual será devido ainda que mínima a lesão.
42
Tema 156 do STJ. Será devido o auxílio-acidente quando demonstrado o nexo de
causalidade entre a redução de natureza permanente da capacidade laborativa e a
atividade profissional desenvolvida, sendo irrelevante a possibilidade de reversibilidade
da doença.

149
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No caso de perda auditiva ou surdez induzida pelo ruído há


necessidade de comprovar a relação com o trabalho43, independentemente
do grau44.
Valor do benefício e acumulação
O auxílio-acidente de origem acidentária e o de qualquer natureza são
equivalentes a 50% do salário-de-benefício, que é a média dos salários-de-
contribuição desde julho/1994 até a data do início do auxílio doença,
previdenciário ou acidentário.
O auxílio-acidente não pode ser acumulado com qualquer outra
espécie de benefício ou auxílio, exceto em caso de direito adquirido.45
Carência e qualidade de segurado
O tempo de recebimento de auxílio-acidente não é computado para
fins de carência, nem serve para manter a qualidade de segurado, por isso
muitas pessoas perdem direito a outros benefícios por confundirem este
auxílio, que tem caráter indenizatório, com outros benefícios da
previdência.
Início e cessação do pagamento do auxílio-acidente

43
Tema 213 do STJ. Para a concessão de auxílio-acidente fundamentado na perda de
audição (...), é necessário que a sequela seja ocasionada por acidente de trabalho e que
acarrete uma diminuição efetiva e permanente da capacidade para a atividade que o
segurado habitualmente exercia.
44
Tema 22 do STJ. Comprovados o nexo de causalidade e a redução da capacidade
laborativa, mesmo em face da disacusia em grau inferior ao estabelecido pela Tabela
Fowler, subsiste o direito do obreiro ao benefício de auxílio-acidente.
45
Tema 555 do STJ. A acumulação do auxílio-acidente com proventos de aposentadoria
pressupõe que a eclosão da lesão incapacitante, apta a gerar o direito ao auxílio-acidente,
e a concessão da aposentadoria sejam anteriores à alteração do art. 86, §§ 2º e 3º, da Lei
8.213/1991, promovida em 11.11.1997 pela Medida Provisória 1.596-14/1997,
posteriormente convertida na Lei 9.528/1997.

150
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A data do início do pagamento do auxílio-acidente é o dia seguinte


ao da cessação do auxílio-doença46 que lhe deu origem47.
O benefício pode ser cessado a qualquer momento, mesmo antes da
concessão da aposentadoria, quando for constatado por meio de perícia
médica que o segurado não possui a incapacidade parcial e permanente que
gerou a concessão.
Caso o segurado, se convocado, não comparecer à perícia de
constatação da manutenção da incapacidade, o benefício será suspenso. O
segurado poderá recorrer se não concordar com a decisão do INSS.
Em caso de concessão de auxílio-doença para segurado que está
recebendo o auxílio-acidente, o beneficiário poderá optar pelo benefício
mais vantajoso, sendo-lhe assegurado, em caso de opção pelo auxílio-
doença, o restabelecimento do auxílio-acidente quando cessar o auxílio-
doença.
Caso ocorra novo acidente durante a manutenção do pagamento do
auxílio-acidente, o segurado fará jus a um único benefício48, podendo
escolher o mais vantajoso.
Inclusão no cálculo do valor da aposentadoria
O valor recebido a título de auxílio-acidente será incluído no cálculo
do valor de qualquer aposentadoria, somando-o aos salários que tiverem
sido recebidos no período.

46
Tema 862 do STJ. O termo inicial do auxílio-acidente deve recair no dia seguinte ao
da cessação do auxílio-doença que lhe deu origem, conforme determina o art. 86, § 2º, da
Lei 8.213/91, observando-se a prescrição quinquenal da Súmula 85/STJ.
47
Tema 315 da TNU. (Em julgamento). Saber se, nos casos de ausência de pedido de
prorrogação, o início dos efeitos financeiros do auxílio-acidente, decorrente da cessação
do auxílio-doença, deve ser fixado na data da citação válida ou no dia seguinte ao da
cessação do auxílio-doença.
48
Súmula 146 do STJ. O segurado, vítima de novo infortúnio, faz jus a um único benefício
somado ao salário de contribuição vigente no dia do acidente.

151
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Reabilitação profissional
O INSS oferece um serviço, que independe de carência, para
ajudar as pessoas a voltarem ao trabalho, especialmente se tiverem
dificuldades para trabalhar devido à sua situação social.
Este serviço pode incluir ajuda para reeducação e
readaptação profissional para pessoas que tem capacidade residual
de trabalho, inclusive para os dependentes, quando for o caso.
A reabilitação profissional é obrigatória?
A reabilitação profissional é obrigatória para o segurado
afastado sob pena de suspensão do benefício que estiver
recebendo, e, depois de reabilitado, o INSS não tem a obrigação de
mantê-lo no emprego para o qual foi readaptado.
Tem o lado bom, que é pouco explorado:
enquanto o segurado estiver submetido ao
processo de reabilitação profissional, deve ser
mantido o pagamento do auxílio por
incapacidade temporária (auxílio-doença).
O processo é desenvolvido em quatro fases:
• avaliação do potencial de trabalho do destinatário;
• orientação e acompanhamento da programação profissional;
• articulação com a comunidade, inclusive mediante a
celebração de convênio para reabilitação física restrita a
segurados que cumpriram os pressupostos de elegibilidade
ao programa de reabilitação profissional, com vistas ao
reingresso no mercado de trabalho;
• acompanhamento e pesquisa da fixação no mercado de
trabalho.
Certificado individual de reabilitação profissional

152
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O certificado individual de reabilitação profissional será


fornecido pelo INSS após a conclusão do processo de reabilitação
profissional apontando quais atividades podem ser desenvolvidas.
O Certificado poderá ser utilizado como evidência de
limitação funcional para o recebimento de auxílio-acidente, bem
como para concessão dos benefícios da Pessoa com Deficiência
(PcD), tanto aposentadoria por idade com 60 anos para os homens
e 55 anos para a mulher, como aposentadoria por tempo de
contribuição com redução de 2, 6 ou 10 anos, dependendo do grau
da deficiência (leve, moderada ou grave).

Câncer de Mama
A retirada dos linfonodos (gânglios linfáticos) da axila, chamado de
“esvaziamento axilar” é invasivo e tem por função não só livrar o
organismo de células tumorais, mas também permitir ao médico fazer um
prognóstico da doença, já que, quanto mais gânglios estiverem
comprometidos, maior a chance de o câncer ter se espalhado e voltar a se
manifestar como metástase.
Assista: https://youtu.be/nCJwbFnYFT0

Recomendação médica
A recomendação médica de evitar esforços físicos e atividades
repetitivas pode repercutir em algum benefício por incapacidade (total ou
parcial, definitivo ou provisório) ou a reabilitação profissional.
A trabalhadora não pode ficar exposta a picadas de insetos, cortes e
queimaduras. Não retirar cutícula, tomar injeções no braço lesado, nem se
expor ao calor, tendo que evitar o contato com fogões e fornos, mesmo em
domicílio, o que limita sensivelmente o exercício da atividade profissional.

Sintomas
O inchaço do braço em razão da retirada dos linfonodos que ocasiona
linfedema, derivado da falta de órgãos do sistema linfático, que atuariam

153
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na defesa do organismo contra infecções, produz este efeito colateral


(inca.gov.br).
A dor, o desconforto e o formigamento são outros efeitos colaterais
secundários que impedem ou dificultam o exercício das atividades
profissionais.

Linfedema
A parte do corpo que ficou sem uma forma eficiente de drenar a linfa,
normalmente os membros superiores, necessita de fisioterapia e drenagem
linfática manual constantes, além de serem evitados esforços físicos e
atividades de repetição com o braço do lado do esvaziamento.
O linfedema ou inchaço do braço (que pode ser detectado pela
linfocintilografia) caracteriza-se pelo acúmulo de líquidos, principalmente
nos braços, devido ao bloqueio do sistema linfático.

O linfedema pode ser agudo ou crônico.


O linfedema agudo desenvolve-se geralmente alguns dias ou semanas
após a radioterapia ou cirurgia e dura menos de seis meses. Com o retorno
da circulação normal da linfa, o inchaço tende a desaparecer.
O linfedema crônico ocorre quando as alterações do sistema linfático
já não satisfazem as necessidades do corpo em relação à drenagem da linfa,
podendo ocorrer logo após a cirurgia ou radioterapia, ou meses ou anos
após o tratamento do câncer. Não há cura para o linfedema crônico, no
entanto, existem maneiras de controlá-lo.

Classificação
 Grau I - Linfedema reversível com elevação do membro e
repouso no leito durante 24-48 horas, edema depressível à
pressão.
 Grau II - Linfedema irreversível com repouso prolongado,
fibrose no tecido subcutâneo de moderada a grave e edema
não depressível à pressão.
 Grau III – Linfedema irreversível com fibrose acentuada no
tecido subcutâneo e aspecto elefantiásico do membro.

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Causas
As causas mais comuns do linfedema são:
 Cirurgia com remoção dos linfonodos.
 Radioterapia na região dos linfonodos.
 Câncer metastático.
 Infecção bacteriana ou por fungos.
 Danos no sistema linfático.
 Outras doenças relacionadas com o sistema linfático.

Efeitos colaterais
O tratamento do câncer com medicamentos (quimioterapia, terapia
alvo, hormonioterapia), cirúrgicos e radioterápicos podem provocar
efeitos colaterais e secundários incapacitantes para o trabalho.
O que causa a limitação funcional não é a doença em si, o câncer de
mama, mas agentes exógenos físicos (cirurgia e radioterapia) e os agentes
exógenos químicos (quimioterapia e hormonioterapia), daí porque, além
do benefício por incapacidade definitivo e do auxílio por incapacidade
temporário, deve-se observar também a possibilidade do recebimento do
auxílio-acidente, bem como da reabilitação profissional.

Benefícios programáveis
Os benefícios com data certa para acontecer são chamados
de programáveis. Dá para saber quando vai aposentar, simular
valor, organizar os documentos e definir as futuras contribuições.

155
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Se a aposentadoria vai acontecer no futuro, é fundamental


estar atento a todas possíveis mudanças, fazer um planejamento
previdenciário e mantê-lo atualizado.
Basta acompanhar o que está acontecendo no Congresso
Nacional e ficar ligado nas decisões do judiciário, que na maioria
das vezes se antecipa às mudanças.
É nesta toada que devemos pensar na aposentadoria.
O nascimento de uma regra não é, necessariamente, a morte
da outra. Ver o item “Direito adquirido, novas regras e regras de
transição” na PARTE 2.

Aposentadoria por tempo de contribuição


A aposentadoria por tempo de contribuição deixou de existir
com a Reforma da Previdência.
O acesso a este benefício ainda é possível para quem tem
direito adquirido ou se enquadrar em uma das quatro regras de
transição.
Homens continuam se aposentando com 35 anos e Mulheres
com 30, sem idade mínima, se comprovarem ter somado o tempo
de serviço até o dia 13/11/2019.
Nesta modalidade de benefício é possível excluir 20% dos
menores salários na apuração do valor da renda mensal.
Após a data da Reforma da Previdência, só é possível ter
aposentadoria por tempo de contribuição nas regras de transição.
O segurado que tiver direito a mais de uma espécie de
aposentadoria (com direito adquirido, regras de transição ou
novas regras) pode escolher a mais vantajosa.
Em alguns casos há possibilidade de acúmulo de benefícios.
O segurado deve conhecer as vantagens e desvantagens de
todas as regras antes de solicitar e começar a receber o benefício.

156
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Aposentadoria Proporcional: 4 Requisitos


Para quem começou trabalhar antes de 1998 o menu de
benefícios é maior.
A idade e o pedágio são menores e o valor do benefício pode
ser maior.
Até 1998 os homens aposentavam por tempo de serviço a
partir dos 30 anos de serviço e as mulheres a partir dos 25.
A aposentadoria por tempo de serviço passou a ser por
tempo de contribuição: a partir dos 30 anos para mulheres e 35
para os homens.
Nesta mudança foi criada a regra de transição da
aposentadoria proporcional. Tempo de serviço
Alíquota
O valor do benefício Homem Mulher
30 25 70%
começava com a alíquota de 70%
31 26 76%
e aumentava 6% a cada ano 32 27 82%
completo de atividade até chegar 33 28 88%
à aposentadoria integral com 34 29 94%
alíquota de 100% aos 35 anos 35 30 100%
para o homem e 30 anos para a mulher.
Para quem já tinha começado a trabalhar antes da mudança
de 15/12/11998 (data da Emenda Constitucional n. 20), a reforma
da previdência assegurou o direito de continuar aposentando
proporcionalmente (mulheres com 25 anos e homens com 30) com
o acréscimo de 40% do tempo de serviço que faltava para aposentar
além da idade mínima.
4 requisitos para conquistar o benefício proporcional
Os requisitos para exercício desta regra transitória de
aposentadoria proporcional são cumulativos:
 Ter iniciado as contribuições antes de 15/12/1998;

157
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 Ter idade mínima de 48 anos (mulher) e 53 anos


(homem);
 Cumprir o pedágio de 40% do tempo de serviço que
faltava na EC n. 20/98;
 Cumprir todos esses requisitos até o dia 13/11/2019
(data da Emenda Constitucional n. 103).
Como calcular o adicional tempo de serviço (pedágio 40%)
Exemplo de um segurado (homem) que no dia 15/12/1998,
quando a regra mudou, tinha mais de 53 anos de idade e possuía
29 anos e 2 meses de contribuição.
Tempo de serviço exigido em 15.12.1998 30 anos
Tempo cumprido pelo segurado 29 anos e 2 meses
Tempo de serviço a ser cumprido
10 meses
É sobre este período que será aplicado o pedágio.
Tempo de pedágio a cumprir: 10 meses * 40% 4 meses
Tempo exigido com pedágio 30 anos e 4 meses
Esse tempo não lhe permitia aposentar por tempo de serviço,
pois não tinha todos os requisitos legais necessários antes de
15/12/1998 (30 anos de serviços).
Também não lhe permitiria aposentar pela nova regra criada
pela EC n. 20/1998 (35 anos); então cairia na regra de transição.
Pela regra de transição, seu benefício seria concedido
somente quando completasse com 30 anos e 4 meses de serviço
ou contribuição (30 anos, mais 40% do tempo que faltava quando a
lei mudou em 15/12/1998) e a idade mínima de 53 anos de idade.

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Regra de transição: Pedágio 50% - art. 17 EC 103/2019


Quem estava há dois anos da aposentadoria quando as regras
foram alteradas com a reforma da previdência (em 13/11/2019)
pode aposentar com acréscimo de metade do tempo que faltava.
Também dá para recuperar tempo de serviço do passado para
aproveitar esta oportunidade.
Considerando que a aposentadoria por tempo de contribuição
era concedida para o homem que possuía 35 anos de contribuição
e para a mulher que já tinha 30, e considerando que esta regra é
aplicável para quem estava há dois anos da obtenção deste
benefício, podemos concluir que esta regra se aplica para:
 O homem que tinha pelo menos 33 anos de contribuição em
13/11/2019;
 A mulher que tinha pelo menos 28 anos de contribuição em
13/11/2019.

O segurado poderá aposentar antes e sem idade mínima, com


exclusão de 20% dos menores salários na apuração da média
salarial, porém com a aplicação do fator previdenciário (saiba mais
sobre o fator previdenciário na PARTE 2).
O adicional de tempo de serviço de 50% (pedágio) deve ser
calculado com base no tempo de contribuição que estava faltando
para o segurado ter acesso ao benefício quando a reforma
constitucional foi aprovada.
Nos exemplos abaixo são de uma mulher com 28 anos e de
um homem com 33 anos de contribuição na data em que a Reforma
foi aprovada (13/11/2019).

REGRA 50% PEDÁGIO (HOMEM)


Tempo de contribuição exigido 35 anos
Tempo contribuído 33 anos
Tempo que faltava 2 anos
Pedágio 50% 1 ano
Tempo contribuído + faltava + Pedágio 50% 33 + 2 + 1 =
159
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Com quantos anos de contribuição vai aposentar? 36 anos

Tanto para um, como para o outro, faltavam dois anos para
chegar na aposentadoria.
Percebe-se que no exemplo da mulher, que aposentaria com
30 anos, poderá se aposentar com 31 anos de contribuição e, no do
homem, que aposentaria com 35 anos, poderá se aposentar com
36 anos de contribuição, ou seja, com 50% a mais do tempo de
faltava e sem idade mínima.
REGRA 50% PEDÁGIO (MULHER)
Tempo de contribuição exigido 30 anos
Tempo contribuído 28 anos
Tempo que faltava 2 anos
Pedágio 50% 1 ano
Tempo contribuído + faltava + Pedágio 50% 28 + 2 + 1 =
Com quantos anos de contribuição vai aposentar? 31 anos

Caso tenha dificuldade de fazer esta conta, clique no botão


abaixo e utilize nossa calculadora de aposentadoria.

CALCULE AQUI

Regra de transição: Pedágio 100% - art. 20 EC 103/2019


A regra de 100% é para quem estava há mais de dois anos,
mas se for mais vantajosa também pode ser utilizada por quem
estava há menos de dois anos da aposentadoria ou já tinha direito
adquirido para aposentar.
Nesta regra de transição com pedágio de 100%, que se aplica
tanto para os servidores da iniciativa privada, como para os
servidores públicos, há também o requisito de idade mínima.
 57 anos para a mulher
 60 anos para o homem
São, portanto, exigidos dois requisitos: tempo de
contribuição com pedágio de 100% e a idade mínima.

160
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Nos exemplos abaixo dá para perceber que o tempo de


serviço que faltava para atingir os requisitos para concessão da
aposentadoria será dobrado (100% do tempo que faltava para
aposentar).
REGRA 100% PEDÁGIO (HOMEM)
Tempo de contribuição exigido 35 anos
Tempo contribuído 32 anos
Tempo que faltava 3 anos
Pedágio 100% 3 anos
Tempo contribuído + faltava + Pedágio 100% 32 + 3 + 3 =
Com quantos anos de contribuição vai aposentar? 38 anos
Idade mínima exigida 60 anos

REGRA 100% PEDÁGIO (MULHER)


Tempo de contribuição exigido 30 anos
Tempo contribuído 27 anos
Tempo que faltava 3 anos
Pedágio 100% 3 anos
Tempo contribuído + faltava + Pedágio 100% 27 + 3 + 3 =
Com quantos anos de contribuição vai aposentar? 33 anos
Idade mínima exigida 57 anos

Regra de pontos: de 85/95 até 100/105 - art. 15 EC 103/2019


A aposentadoria conhecida como “Regra de Pontos”, leva em
consideração a somatória da idade e do tempo de contribuição.
A dica para chegar antes na pontuação é que a cada ano que
passa são somados dois pontos: um pela idade e outro pelo
tempo de contribuição.
Esta regra começou em 12/06/2015 (MP 676) e foi alterada na
Reforma da Previdência (EC 103).

Diferencial no valor do benefício por pontos


Nesta regra de 85/95 pontos não tem a aplicação do fator
previdenciário.
O valor do benefício não é reduzido por causa da expectativa
de vida do segurado.
A pontuação aumentava um ponto a cada dois anos. Depois
de 2019 passou a aumentar um ponto a cada ano.
161
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Tabela progressiva da pontuação


No ano de 2019, quando
foi aprovada a reforma da
previdência, exigia-se 96
pontos para os homens e 86
pontos para a mulher como
requisito de acesso à
aposentadoria por tempo de
contribuição sem aplicação
do fator previdenciário.
Por esta regra a
pontuação de 85/95
aumentaria um ponto a cada
dois anos, todavia, depois da
reforma da previdência
ocorrida em 2019 o aumento
da pontuação passou a ser
anual até o limite de 100
pontos para a mulher e 105
pontos para o homem.

Dois pontos a cada ano


O segurado que contribuir regularmente somará um ponto a
cada ano e terá outro ponto por completar a idade anualmente,
assim, a somatória anual será de dois pontos.
Exemplo:
Idade: 61 anos = 61
pontos
Tempo de contribuição: 35 anos = 35 pontos
E as frações
Total de dias e meses 96
também
pontos contam na pontuação.
Isso significa que a cada seis meses o segurado completa um
ponto.

162
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Exemplo:
Idade: 61,5 anos = 61,5 pontos
Tempo de contribuição: 35,5 anos = 35,5 pontos

Totalefeito de concessão de
Para 97aposentadoria por tempo de
pontos
contribuição para professores, a pontuação será acrescida de 5
pontos à soma da idade quando ficar comprovado que professor ou
a professora exercerem atividade exclusivamente em tempo de
efetivo exercício de magistério na educação infantil e no ensino
fundamental e médio.49

49
Enunciado 9 do CRPS. O segurado que exerça funções de magistério, nos termos da
Lei de Diretrizes Básicas da Educação, poderá ser considerado professor para fins de
redução do tempo de contribuição necessário à aposentadoria (B-57), observados os
demais elementos de prova no caso concreto.
I - Consideram-se funções de magistério as efetivamente exercidas nas instituições de
educação básica, incluídas, além do exercício da docência, as de direção de unidade
escolar e as de coordenação e assessoramento pedagógico, inclusive nos casos de
reintegração trabalhista transitada em julgado.
II - As funções de direção, coordenação e assessoramento pedagógico integram a
carreira do magistério, desde que exercidas, em estabelecimentos de ensino básico, por
professores de carreira, excluídos os especialistas em educação.
III - Os estabelecimentos de educação básica não se confundem com as secretarias ou
outros órgãos municipais, estaduais ou distritais de educação.
IV - É vedada a conversão de tempo de serviço especial em comum na função de
magistério após 09/07/1981, data da publicação da Emenda Constitucional nº 18/1981.
163
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Tempo de contribuição com idade progressiva ou reduzida -


art. 16 EC 103/2019
Nesta regra de transição, além do tempo mínimo de
contribuição (30 anos para
mulher e 35 anos para o
homem) é preciso
comprovar a idade mínima
de 56 anos para as mulheres
e 61 anos para os homens.
Haverá acréscimo de
seis meses a cada ano, a
partir de 2019.

Aumento da Idade
O aumento da idade
será até os 62 anos para as
mulheres e 65 anos para os
homens, quando atingiram a
aposentadoria por idade.
Isso vai acontecer 2031
para as mulheres e em 2027
para os homens, conforme
tabela abaixo.
Para o professor que comprovar exclusivamente tempo de
efetivo exercício das funções de magistério na educação infantil e
no ensino fundamental e médio, o tempo de contribuição e a idade
serão reduzidos em 5 anos, sendo, a partir de 01/01/2020
acrescidos 6 meses a cada ano até atingirem 57 anos, se mulher, e
60 anos, se homem.

Aposentadoria por tempo de contribuição da Pessoa com


Deficiência (PcD)
A aposentadoria por tempo de contribuição da Pessoa com
Deficiência continua existindo, sem alteração, mesmo depois da Reforma
164
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da Previdência, a qual não revogou o Estatuto da Pessoa com Deficiência,


nem a Lei Complementar n. 142/2013.

O tempo de contribuição exigido é menor:


 Deficiência Leve, redutor de 2 anos: homens com 33 anos e mulheres
com 28 anos;
 Deficiência Moderada, redutor de 6 anos: homens com 29 anos e
mulheres com 24 anos; e
 Deficiência Grave, redutor de 10 anos: homens com 25 anos e
mulheres com 20 anos.

A Lei Complementar n. 142/2013 não exige que a deficiência exista


há mais de 15 anos nesta modalidade de benefício, como exige no inciso
IV do art. 3º para fins de aposentadoria por idade.
O valor do benefício é 100% da média salarial calculada com base
em 80% dos maiores salários-de-contribuição desde julho/1994 até o mês
anterior ao início do benefício, sem aplicação do fator previdenciário.

Aposentadoria por idade


O acesso à aposentadoria por idade se dá com o cumprimento de dois
requisitos: idade mínima e carência.
A idade varia de acordo com o tipo da aposentadoria (rural, urbana,
híbrida, da Pessoa com Deficiência e compulsória) e do sexo do segurado
(homem ou mulher).
Tipo de Aposentadoria Homem Mulher
Urbana
65 anos 62 anos
Híbrida
Rural
60 anos 55 anos
Pessoa com Deficiência
Compulsória 70 anos 65 anos

A carência será sempre de 180 meses ou 15 anos, exceto para homens


que se filiarem à Previdência após 13/11/2019 (20 anos). Nem sempre
necessitará a prova de que as contribuições foram feitas.

165
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A conjugação desses dois requisitos gera 4 SITUAÇÕES que devem


ser pensadas no planejamento previdenciário:
1) Ter idade e não ter 15 anos de carência
2) Ter 15 anos e não tenho idade
3) Ter idade e os 15 anos de carência
4) Não ter idade, nem carência
Voltaremos neste assunto na PARTE 5, onde trataremos cada uma
dessas situações.

Aposentadoria por idade urbana


A aposentadoria por idade urbana, além da carência, exige:
 65 anos para os homens
 62 anos para mulheres
A idade mínima com direito adquirido de 65 anos para os homens
e 60 anos para a mulher está garantida para as pessoas que preencheram os
requisitos para aposentar até 13/11/2019.

Aposentadoria por idade rural


A aposentadoria por idade do trabalhador rural, além da idade, exige:
 60 anos para os homens
 55 anos para mulheres
 Prova da atividade rural
O Empregador Rural se aposenta pelas regras do trabalhador urbano,
assim como as pessoas que trabalham na roça, mas exercem atividades
administrativas.

Aposentadoria por idade híbrida


O segurado pode somar tempo de serviço urbano e rural50, todavia
nesta hipótese de aposentadoria por idade híbrida, os empregados e

50
Tema 1007 do STJ. O tempo de serviço rural, ainda que remoto e descontínuo, anterior
ao advento da Lei 8.213/1991, pode ser computado para fins da carência necessária à

166
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segurados especiais rurais perdem o benefício de ter a idade reduzida e se


aposentam com as mesmas regras da aposentadoria por idade urbana,
observadas as alterações impostas pela EC n. 103/2019 (Reforma da
Previdência) conforme tabela abaixo.

DIREITO ADQUIRIDO REGRA DE TRANSIÇÃO REGRA DEFINITIVA


Requisitos até 13.11.2019 Requisitos após 13.11.2019 Filiados após 13.11.2019

Homens Homens Homens


65 anos de idade 65 anos de idade 65 anos de idade
15 anos de carência 15 anos de carência 20 anos de carência

Mulheres Mulheres Mulheres


60 anos de idade 60 a 62 anos de idade 62 anos de idade
15 anos de carência 15 anos de carência 15 anos de carência

A Instrução Normativa n. 151, 15/07/2023, editada por força de Ação


Civil Pública – ACP 5038261-15.2015.4.04.7100/RS, assegura o direito à
aposentadoria por idade híbrida:
 Não importa qual tenha sido a última atividade profissional
desenvolvida (rural ou urbana) ao tempo do requerimento
administrativo ou do implemento dos requisitos; e
 Ainda que não tenha sido feitas as contribuições relativas ao
tempo de atividade comprovada como trabalhador rural.
 Quando a manutenção da qualidade de segurado tiver sido
garantida em razão de percepção de benefício concedido em
decorrência de qualidade de segurado resultante do exercício de
atividade de natureza urbana (§ 1º).

obtenção da aposentadoria híbrida por idade, ainda que não tenha sido efetivado o
recolhimento das contribuições, nos termos do art. 48, § 3o. da Lei 8.213/1991, seja qual
for a predominância do labor misto exercido no período de carência ou o tipo de
trabalho exercido no momento do implemento do requisito etário ou do requerimento
administrativo.

167
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 Serão computados como carência os períodos anteriores a


01/11/1991 (§ 2º).

Aposentadoria por idade da Pessoa com Deficiência (PcD)


A aposentadoria por idade da Pessoa com Deficiência (PcD) se dá
com a prova dos seguintes requisitos:
 60 anos para os homens
 55 anos para mulheres
 Prova da contribuição na condição de PcD por pelo menos
15 anos
Não importa o grau da deficiência (leve, moderada ou grave), nem o
tipo: física, mental, intelectual ou sensorial.
O valor do benefício corresponderá a 70% da média salarial calculada
com base em 80% dos maiores salários-de-contribuição desde julho/1994
até o mês anterior ao início do benefício, sem aplicação do fator
previdenciário.
A cada ano contribuído haverá acréscimo de 1%.

Aposentadoria por idade compulsória


A aposentadoria por idade compulsória pode ser requerida pela
empresa, desde que o segurado empregado tenha cumprido o período de
carência, nas seguintes condições:
 70 anos para os homens
 65 anos para mulheres
Será garantido ao empregado a indenização prevista na legislação
trabalhista, considerada como data da rescisão do contrato de trabalho a
imediatamente anterior à do início da aposentadoria.

Aposentadoria por idade de ouro


As regras de acesso são as mesmas de todas as hipóteses de
aposentadoria acima.

168
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O que muda neste caso é a forma de calcular o valor do benefício.


É possível calcular o valor do benefício com base em apenas 9 anos
de contribuição a partir de julho/1994, desde que o trabalhador tenha outros
6 anos, pelo menos, antes de julho/1994.
Trata-se da aplicação do divisor mínimo de 108 meses e da
possibilidade de excluir da média do cálculo todos os salários que
ultrapassarem o tempo do período de carência de 15 anos.
Este assunto será aprofundado na PARTE 5 – CHEGOU A HORA
DO PLANEJAMENTO.

Aposentadoria especial (três regras)


O INSS, na nova Instrução Normativa n. 128/2022 (art. 263)
excluiu o contribuinte individual do rol dos segurados destinatários
da aposentadoria especial, mantendo o cômputo deste período
apenas para períodos até 28/04/1995 ou na condição de
cooperados, o que fere o art. 57 da Lei n. 8.213/91 que não faz esta
distinção.
Em razão da aplicação da Lei, tem acesso ao benefício de
aposentadoria especial os seguintes segurados:
 empregado;
 trabalhador avulso;
 contribuinte individual por categoria profissional até 28/04/95
e após esta data mediante a demonstração do exercício de
atividade de risco à saúde e à integridade física;
 contribuinte individual cooperado filiado à cooperativa de
trabalho ou de produção, para períodos trabalhados a partir
de 13/12/2002, por exposição a agentes prejudiciais à saúde.
Existem 3 Regras de aposentadoria especial, 2 sem idade
mínima.
 Sem idade mínima com direito adquirido;

169
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 Sem idade mínima por pontos, que é a de transição;


 Com idade mínima que começou valer depois de 2019
Em todas elas o trabalhador ou a trabalhadora tem que ter
exercido atividade de risco à saúde ou à integridade física por pelo
menos 15 anos, 20 anos ou 25 anos, dependendo do grau de risco
da atividade profissional.

Tempo especial Pontuação


15 anos
20 anos Sem idade mínima
25 anos
A forma de provar a atividade especial está tratada na Parte 5
desde livro no item “Tempo de serviço especial”.

Sem idade mínima, com direito adquirido


Quem tiver completado o tempo de serviço mínimo (15, 20 ou
25 anos) antes de 13/11/2019, dá para se aposentar sem idade
mínima na regra de direito adquirido.
Se não somar o tempo mínimo até a data da reforma da
previdência, o trabalhador pode se enquadrar na regra de
aposentadoria especial com idade mínima ou na regra de transição
de pontos.

Sem idade mínima, por pontos


Na regra de transição de pontos o trabalhador tem que provar
66, 76 ou 86 pontos, dependendo do tipo de atividade que exerceu
e do grau de risco dela.

Tempo especial Pontuação


15 anos 66 Pontos

170
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20 anos 76 Pontos
25 anos 86 Pontos

A pontuação é atingida a partir da somatória da idade com o


tempo de contribuição.
O tempo de serviço não precisa ser especial para ser somado,
pode ser um tempo de serviço comum.
Exemplo de um caso de “quem tem direito a aposentadoria
especial de 25 anos”.
É do Roberto Antônio.
Ele conseguiu aposentar na regra de 86 pontos com 51 anos
de idade.
Ele trabalhou desde cedo como guarda mirim, aluno aprendiz
e como trabalhador rural. Depois passou a exercer atividade de
risco.
Somando todo o tempo trabalhado, chegou a 35 anos. Então
anota aí: cada ano de serviço vale um ponto. Então 35 anos de
serviço são 35 pontos.
Quando ele completou 51 anos de idade, chegou aos 86
pontos. Para cada ano de idade tem um ponto.
Então 51 anos de idade é igual a 51 pontos.
Agora é só somar os 35 anos de serviço e os 51 de idade, para
concluir que ele tem 86 pontos.
Atingida a pontuação, é só provar que desses 35 anos de
serviço ele trabalhou 25 em atividades de risco à saúde ou à
integridade física.
Pronto!
Por isso eu afirmo que dá para se aposentar com 51 anos, 53
anos de idade, 55 anos, 50 anos de idade. Não importa a idade: se
completar 86 pontos e ter 25 de atividade especial, a aposentadoria
está assegurada.
171
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Com idade mínima depois de 2019


Com a reforma da previdência, a nova regra de aposentadoria
especial tem idade mínima, que varia de acordo com o tempo
especial exigido para cada uma das três modalidades de
aposentadoria especial:

Tempo especial Pontuação


15 anos 55 Anos
20 anos 58 Anos
25 anos 60 Anos

A constitucionalidade da idade mínima está sendo


questionada na Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI 6309) no
STF.
Depois de 2 Votos contrários aos trabalhadores e 1 Voto
favorável, o Ministro Dias Toffoli pediu Destaque para que o
julgamento não seja virtual, mas presencial, em Plenário.

Ministro Roberto Barroso (Relator) Julgou improcedente


Ministro Edson Fachin Julgou procedente
Ministro Gilmar Mendes Acompanhou o relator
Ministro Dias Toffoli Pedido de Destaque

Início do benefício e continuidade do trabalho


A data do início do benefício está prevista em lei como sendo
a do dia do requerimento, não podendo o segurado continuar
exercendo atividade de risco após a concessão da aposentadoria
especial, sendo permitido o exercício de qualquer outra atividade
profissional em que não haja exposição a risco que enquadre a
atividade como especial.

172
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O Art. 267, § 3º, da Instrução Normativa n. 128/2022


disciplinou que “Não serão considerados como permanência ou
retorno à atividade os períodos:”
I. entre a data do requerimento e a data da ciência da
concessão do benefício, portanto o segurado pode
receber todos os valores atrasados enquanto aguarda
a decisão do processo judicial ou administrativo mesmo
que esteja trabalhando em atividade de risco;51 e
II. de cumprimento de aviso prévio consequente do pedido
de demissão do segurado após a ciência da concessão
do benefício.

Aposentadoria especial do servidor público


O art. 40 da Constituição Federal assegura o direito à
aposentadoria especial para o servidor público que desempenhar
atividade de risco à saúde ou à integridade física.
A União, o Distrito Federal, cada um dos Estados e os
Municípios devem fazer as leis que asseguram o acesso a este tipo
de aposentadoria.
É certo que isso não aconteceu. Desta omissão surgiu a
Súmula Vinculante n. 33 do STF que determinou que seja aplicada

51
Tema 709 do STF. I) É constitucional a vedação de continuidade da percepção de
aposentadoria especial se o beneficiário permanece laborando em atividade especial ou
a ela retorna, seja essa atividade especial aquela que ensejou a aposentação precoce ou
não. II) Nas hipóteses em que o segurado solicitar a aposentadoria e continuar a exercer
o labor especial, a data de início do benefício será a data de entrada do requerimento,
remontando a esse marco, inclusive, os efeitos financeiros. Efetivada, contudo, seja na
via administrativa, seja na judicial a implantação do benefício, uma vez verificado o
retorno ao labor nocivo ou sua continuidade, cessará o pagamento do benefício
previdenciário em questão.

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ao servidor público a regra da aposentadoria especial do INSS, até


que cada Ente Estatal edite a lei para seus servidores.
Veja-se o que diz a Súmula Vinculante n. 33:
“Aplicam-se ao servidor público, no que couber, as
regras do Regime Geral de Previdência Social sobre
aposentadoria especial de que trata o artigo 40,
parágrafo 4º, inciso III, da Constituição Federal, até
edição de lei complementar específica”.
Aplica-se a integralidade e paridade ao Servidor Público
admitido antes da EC n. 41 de 19/11/20033.52

Salário-maternidade
As situações que geram o salário-maternidade (o fato gerador)
são: Parto, Aborto não criminoso, Adoção e Guarda judicial para fins
de adoção
O benefício na situação de adoção ou guarda judicial para fins de
adoção pode ser solicitado pelo segurado do sexo masculino, a partir
de 25 de outubro de 2013 (Lei nº 12.873/2013).
Assista o vídeo: https://youtu.be/3oYGUQBOHhc
O benefício será devido ao adotante mesmo que os pais
biológicos tenham recebido, e será devido um único benefício ainda
que haja mais de uma adoção.
O benefício só será pago para quem se afastar das atividades
profissionais, senão será suspenso.
É devido durante 120 dias a contar das seguintes ocorrências:

52
Tema 1019 do STF. (pendente de julgamento) Direito de servidor público que exerça
atividades de risco de obter, independentemente da observância das regras de transição
das Emendas Constitucionais 41/03 e 47/05, aposentadoria especial com proventos
calculados com base na integralidade e na paridade.

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 No caso de parto, inclusive natimorto, o início do


benefício pode ser fixado na Data do Afastamento do
Trabalho (DAT) caso o(a) segurado(a) tenha se afastado
até 28 dias antes do nascimento da criança, exceto para
os(as) segurados (as) em período de manutenção da
qualidade de segurado para as quais o benefício será
devido a partir do nascimento da criança; ou
 No caso de adoção do menor até 12 anos, a contar da
data do trânsito em julgado da decisão judicial, ou
havendo guarda judicial para fins de adoção, a contar da
data do termo de guarda ou da data do deferimento da
medida liminar nos autos de adoção.
O aposentado que permanecer ou retornar às atividades
profissionais, desde que filiado na condição de segurado obrigatório
terá direito ao salário-maternidade.
Será um único benefício para cada fato gerador, inclusive em
caso de gravidez múltipla ou gêmeos.
No caso de vínculos concomitantes ou de atividade simultânea,
o segurado fará jus ao salário-maternidade relativo a cada
emprego ou atividade, não sendo considerado para este fim os
vínculos ou atividades em prazo de manutenção da qualidade de
segurado decorrente de uma das atividades (art. 361 da Instrução
Normativa n. 128/2022).
Esta regara não se aplica a atividades simultâneas de
contribuinte individual ou de empregos intermitentes concomitantes.
Em caso de aborto não criminoso, comprovado mediante
atestado médico, a segurada terá direito ao salário-maternidade
correspondente a 2 semanas, a partir da data do aborto.

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O período de recebimento será de 180 dias no caso de mães


de crianças nascidas até 31/12/2019, acometidas por sequelas
neurológicas decorrentes da Síndrome Congênita do Zika Vírus
transmitido pela picada do mosquito Aedes aegypti.

Valor do benefício
O valor do benefício não poderá ser inferior ao salário-mínimo e
pode superar o teto do INSS em situações específicas.
O abono anual também será devido proporcionalmente ao
período de duração do benefício e será pago juntamente com a última
parcela (art. 619 da Instrução Normativa n. 128/2022).
O benefício de salário-maternidade devido aos segurados
trabalhador avulso e empregado, exceto o doméstico, terá a renda
mensal sujeita ao teto do subsídio em espécie dos Ministros do
Supremo Tribunal Federal (STF), em observância ao art. 248 da
Constituição Federal (§ 3º do art. 240 da Instrução Normativa n.
128/2022).

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Para a segurada com vínculos concomitantes ou atividades


simultâneas serão observadas as seguintes situações.
a) Se a somatória de todas as remunerações ou salários for
inferior ao salário mínimo, não será devido o benefício.
b) Se a somatória superar o salário mínimo, o valor global do
salário-maternidade não poderá ser inferior ao salário
mínimo.
O valor do benefício é calculado de acordo com a categoria do
contribuinte, de acordo com o gráfico abaixo:

Não se entende como salário variável a modificação do valor


exclusivamente por aumento de salário por iniciativa do empregador,
reajuste, dissídio ou acordo coletivo.
Caso a segurada não possua salário de contribuição no período
indicado, o valor da Renda Mensal Inicial (RMI) deverá ser fixado no
salário mínimo.

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O valor do benefício concedido de forma errada pode ser


corrigido no prazo de dez anos (prazo de revisão), mas como não se
trata de prestação sucessiva e considerando que o prazo para
pagamento do INSS é de cinco anos, as parcelas reclamadas após
cindo anos não serão recebidas, então, na prática o prazo é de cinco
anos.
Segurada desempregada
Caso o segurado esteja no período de graça em decorrência do
fim do contrato de trabalho de empregado53, empregado doméstico ou
trabalhador avulso na data do fato gerador fará jus ao salário-
maternidade independentemente de carência, mesmo que tenha
feito contribuições ou tenha tido vínculos posteriores em outras
categorias de segurado que exigem 10 contribuições mensais.
Segurada afastada
A segurada que estiver em gozo de auxílio por incapacidade
temporária poderá receber o salário-maternidade, mas não poderá
acumular os dois benefícios.
 Se o valor do salário maternidade for maior, poderá
solicitar este benefício com a suspensão do auxílio por
incapacidade temporária, podendo restabelece-lo depois
de cessado o salário-maternidade, se persistir a
incapacidade.

53
Enunciado 6 do CRPS. Cabe ao INSS conceder o salário-maternidade à gestante
demitida sem justa causa no curso da gravidez, preenchidos os demais requisitos legais,
pagando-o diretamente.
I - É vedado, em qualquer caso, o pagamento do salário maternidade em duplicidade,
caso a segurada tenha sido indenizada pelo empregador.
II - Poderá ser solicitada diligência a fim de comprovar se houve pagamento do valor
correspondente ao salário-maternidade pelo ex-empregador, enquanto não transcorrer o
prazo prescricional para pretensão de créditos trabalhistas.
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 Se o valor do salário maternidade for menor, poderá


continuar recebendo o auxílio por incapacidade
temporária.
Empregada doméstica
O contrato de trabalho do empregado doméstico é um dos mais
visados pela Previdência para a análise quando a regularidade na
situação de recebimento de salário-maternidade, devido ao seu valor
(valor integral do último salário) e da ausência de carência.
Trabalhador intermitente
Na hipótese de empregos intermitentes concomitantes, a média
aritmética que servirá de cálculo para o benefício será calculada em
relação a todos os empregos e será pago somente um salário-
maternidade.
Trabalhador rural
Considera-se para efeito de carência para fins de aposentadoria
rural o período em que o segurado recebeu salário-maternidade,
exceto o do segurado especial que não contribui facultativamente (art.
193, I do Decreto n. 3.048/99).
Auxílio reclusão
É vedado o recebimento de auxílio-reclusão durante o
recebimento pelo instituidor de salário-maternidade, o qual poderá
ser restabelecido após o fim do pagamento do salário-maternidade
(arts. 385 e 391 da Instrução Normativa n. 128/2022).
Tempo de contribuição
O período de recebimento do salário-maternidade deve ser
considerado como período de contribuição para fins de aposentadoria
por idade, especial, professor e tempo de contribuição (art. 184, II do

179
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Decreto 3.048/99), quando se tratar de segurado empregado,


doméstico ou trabalhador avulso.
Não é computado como tempo de contribuição o período de
recebimento do salário-maternidade do contribuinte individual,
facultativo ou em prazo de manutenção da qualidade de segurado
dessas categorias, concedido em decorrência das contribuições
efetuadas com base na alíquota reduzida de 5% ou 11%, salvo se
efetuar a complementação das contribuições para o percentual de 20%
(art. 216, inciso V, letra b, da Instrução Normativa n. 128/2022).
Prazo para requerer no INSS
O salário-maternidade poderá ser requerido no prazo de 5 anos,
a contar da data do fato gerador, exceto na situação em que houver
falecimento da gestante, em que o cônjuge ou companheiro(a)
sobrevivente deverá solicitar o benefício até o último dia do prazo
previsto para o término do salários-maternidade originário.
Estabilidade no emprego
A Constituição Federal proíbe a dispensa arbitrária ou sem justa
causa da empregada gestante, desde a confirmação da gravidez até
cinco meses após o parto.
A empresa deverá pagar o benefício e compensar junto à
previdência social o valor que desembolsou, mas esta será a
responsável pelo pagamento caso haja pedido de demissão por parte
da empregada.
Suspensão do benefício
Uma vez concedido, o benefício não poderá ser suspenso,
exceto no caso de a segurada passar a receber auxílio-doença,
inclusive o decorrente de acidente de trabalho, podendo, no entanto,
optar pelo mais vantajoso.
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Benefícios dos dependentes


Pensão por morte
Em construção.
A pensão por morte deve ser concedida com base nos critérios54 que
estavam valendo no momento de cada uma das três situações que geram o
acesso ao benefício:
 Falecimento: mediante apresentação da Certidão de óbito
 Desaparecimento: em caso de desaparecimento do segurado
por motivo de catástrofe, acidente ou desastre, a contar da
data da ocorrência, mediante prova hábil.
 Ausência: mediante sentença declaratória de ausência,
expedida por autoridade judiciária, a contar da data de sua
emissão.
Este benefício será devido aos dependentes do segurado que falecer,
aposentado ou não, independentemente de carência.
Caso o falecido, no momento do óbito, não esteja contribuindo para
a Previdência Social e não estiver dentro do período que garante o acesso
aos benefícios mesmo sem contribuição, os dependentes não terão direito
à pensão por morte, exceto se tiver preenchido os requisitos para a
concessão de algum benefício.55
Essa particularidade do benefício de pensão por morte gera uma
situação interessante: tem muita gente que contribuiu durante muito tempo,

54
Súmula 340 do STJ. A lei aplicável à concessão de pensão previdenciária por morte é
aquela vigente na data do óbito do segurado.
55
Súmula 416 do STJ. É devida a pensão por morte aos dependentes do segurado que,
apesar de ter perdido essa qualidade, preencheu os requisitos legais para a obtenção
de aposentadoria até a data do seu óbito.

181
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mas deixou de contribuir pouco antes do falecimento e por isso não garante
o benefício para os dependentes, e aquelas que com poucas contribuições
garantem o acesso ao benefício aos seus dependentes.
Para o dependente ter direito a essa espécie de prestação o trabalhador
que falecer deve estar em pelo menos em uma de três situações:
a) Estar contribuindo para o INSS;
b) Estar dentro do período que mantém sua condição de segurado
mesmo sem contribuir (ver item a manutenção e perda da
qualidade de segurado);
c) Estar recebendo benefício que garanta a condição de segurado
d) Ter direito a algum benefício, apesar de não tê-lo requerido.
O benefício também poderá ser provisoriamente concedido nas
hipóteses de desaparecimento ou ausência do segurado.

Início do benefício
O pagamento do benefício se inicia na data do óbito quando for
requerido em até 180 dias após o óbito, para os filhos menores de 16 anos,
ou em até 90 dias após o óbito, para os demais dependentes (inclusive
dependente inválidos ou que tenham deficiência intelectual ou mental ou
deficiência grave.
Caso o pedido do pagamento da pensão não seja feito nesses prazos,
a data do início será a do requerimento.
A pensão provisória, decorrente de morte presumida, inicia-se a partir
da decisão judicial que reconhecer a ausência do segurado; e, quanto ao
desaparecido, o início do benefício será a data da ocorrência do fato, no
caso de catástrofe, acidente ou desastre.

Valor mensal da pensão por morte

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O valor da pensão por morte não pode ser superior ao teto, nem inferior
ao salários mínimo, exceto em caso de rateio.
Até 13/11/2019 (Reforma da Previdência) o valor mensal da pensão por
morte era 100% do valor da aposentadoria do segurado falecido, ou, caso não
fosse aposentado, o valor da aposentadoria por invalidez a que teria direito na
data do óbito.
Após a Reforma da Previdência o valor passou a ser 50% do salário
base da pensão, mais uma cota de 10% por dependente, limitado a 100% (5
cotas). 56
As cotas de pensão serão alteradas sempre quando um
dos beneficiários perder a qualidade de segurado ou
outro for habilitado ao recebimento do benefício.
Na hipótese de existir dependente inválido ou com deficiência
intelectual, mental ou grave, a renda mensal inicial da pensão por morte
corresponderá a 100% do salário base da pensão por morte.

Rateio em caso de existência de mais de um dependente


O valor da pensão por morte, havendo mais de um pensionista, será
rateado entre todos, em partes iguais, sendo revertida em favor dos demais
dependentes a parte daquele cujo direito à pensão cessar.
Assim, se a composição do núcleo de dependentes compreender dois
dependentes, um cônjuge e um filho, a pensão do segurado que falecer
compreenderá um rateio do valor da pensão entre os dois dependentes
existentes, ou seja, ½ do valor do benefício para o cônjuge e ½ do valor do
benefício para o filho.

56
ADI 7051 do STF. É constitucional o art. 23, caput, da Emenda Constitucional n.
103/2019, que fixa novos critérios de cálculo para a pensão por morte no Regime Geral
e nos Regimes Próprios de Previdência Social.

183
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Quando a composição do núcleo de dependentes incluir, além do


cônjuge e um filho, uma companheira ou companheiro, inclusive
homoafetivo, a pensão por morte será rateada entre todos na mesma
proporção: 1/3 para o cônjuge, 1/3 para o filho e 1/3 para o companheiro.

Extinção do benefício
A cota de pensão por morte cessará observadas as seguintes condições:
Pela morte do pensionista;
1. Para o filho, a pessoa a ele equiparada ou o irmão, de ambos os sexos, ao
completar vinte e um anos de idade, salvo se for inválido ou tiver deficiência
intelectual ou mental ou deficiência grave
2. Para filho ou irmão inválido, pela cessação da invalidez
3. Para filho ou irmão que tenha deficiência intelectual ou mental ou deficiência
grave, pelo afastamento da deficiência
4. Para cônjuge ou companheiro:
a) se inválido ou com deficiência, pela cessação da invalidez ou pelo
afastamento da deficiência, respeitados os períodos mínimos decorrentes da aplicação
das alíneas “b” e “c” abaixo;
b) em 4 (quatro) meses, se o óbito ocorrer sem que o segurado tenha vertido
18 contribuições mensais ou se o casamento ou a união estável tiverem sido iniciados
em menos de 2 (dois) anos antes do óbito do segurado;
c) transcorridos os seguintes períodos, estabelecidos de acordo com a idade do
beneficiário na data de óbito do segurado, se o óbito ocorrer depois de vertidas 18
(dezoito) contribuições mensais e pelo menos 2 (dois) anos após o início do casamento
ou da união estável:

3 (três) anos, com menos de 21 anos de idade;

184
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6 (seis) anos, entre 21 e 26 anos de idade;


10 (dez) anos, entre 27 e 29 anos de idade;
15 (quinze) anos, entre 30 e 40 anos de idade;
20 (vinte) anos, entre 41 e 43
Vitalícia, com 44 ou mais anos de idade.
5. Pela perda do direito na forma das situações abaixo definidas
Perde o direito à pensão por morte o condenado criminalmente por
sentença com trânsito em julgado, como autor, coautor ou partícipe de
homicídio doloso, ou de tentativa desse crime, cometido contra a pessoa do
segurado, ressalvados os absolutamente incapazes e os inimputáveis.
Perde também o direito à pensão por morte o cônjuge, o companheiro
ou a companheira se comprovada, a qualquer tempo, simulação ou fraude no
casamento ou na união estável, ou a formalização desses com o fim exclusivo
de constituir benefício previdenciário, apuradas em processo judicial no qual
será assegurado o direito ao contraditório e à ampla defesa.

Habilitação judicial de dependentes


Depois de iniciado o pagamento da pensão por morte, outros dependentes
poderão ser habilitados para também receber o benefício, o que poderá ser admitido,
ou não, pela Previdência Social.
Havendo negativa da Previdência e se for ajuizada a ação judicial para
reconhecimento da condição do dependente, o pretendente ao benefício poderá
requerer a sua habilitação provisória ao benefício de pensão por morte, exclusivamente
para preservar seus direitos e impedir que os valores que devem ser rateados sejam
recebidos integralmente pelos demais dependentes, o que asseguraria, no final do
processo, o recebimento de todos os seus direitos.
O próprio INSS, nos processos em que for parte, poderá aceitar a habilitação do
pretendente a pensão para resguardar o seu direito de não pagar o benefício à pessoa
185
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errada e depois, se a ação for julgada procedente, ter que pagar em dobro. Neste caso
o valor de parte da pensão seria reservada para pagamento no final da causa (trânsito
em julgado), para o dependente que já vinha recebendo o benefício no caso do
processo ser julgado improcedente ou para quem ganhou a ação, tudo, devidamente
corrigido.
Em qualquer caso, se perder ou ganhar a causa, caso a Previdência pague
equivocadamente um ou outro dependente, poderá efetuar a cobrança dos valores que
pagou à pessoa errada.

O filho universitário
Só existe uma possibilidade de o filho maior de 21 anos continuar recebendo o
benefício de pensão por morte: se for inválido, mas essa incapacidade deve ser
comprovada desde quando houve o falecimento do segurado.
A regra de receber pensão até 24 anos de idade, ou até quando terminar o curso
superior, é aquela da pensão alimentícia devida pelos pais separados ao filho do casal.
Essa pensão do direito de família não se confunde com a pensão da Previdência Social.

Novo casamento extingue a pensão por morte?


Embora não permita a acumulação da pensão por morte de mais de um
cônjuge, a lei não trata sobre a extinção do benefício no caso de novo casamento.
O próprio INSS já escreveu em seu site que “em alguns casos, por
desconhecimento, os beneficiários do segurado falecido deixam de oficializar uma
nova união temendo perder o benefício já adquirido. Caso o novo companheiro
venha a falecer, a viúva ou viúvo poderá escolher a pensão de maior valor”, mas
nunca poderá ter o benefício suspenso.

Acumulação de mais de uma pensão por morte


Não é permitido o recebimento de mais de uma pensão por morte, todavia esta
situação era tratada de forma diferente antes de 28/04/1995. Era permitida a

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acumulação de mais de uma pensão por morte em decorrência do óbito do cônjuge ou


do companheiro.
O dependente poderia (e continua podendo) receber tantos benefícios quantos
fossem os cônjuges ou companheiros falecidos, desde que tenham falecido antes de
28/04/1995.
Neste caso não haverá a necessidade de escolher o benefício mais vantajoso,
pois poderá receber ambos.

Casais separados ou divorciados


Os casais separados ou divorciados continuarão sendo dependentes um do
outro, caso na sentença ou no acordo haja atribuição de pensão alimentícia.
Na hipótese de reatarem o casamento, voltam à condição de cônjuges e
restabelecem a condição de dependentes.
Caso esse restabelecimento não esteja oficialmente documentado, ainda
assim serão dependentes um do outro, mas não na condição de cônjuge e sim na
condição de companheiros.

Auxílio reclusão
Em construção.

Quem tem direito?


O benefício de auxílio reclusão é devido aos dependentes do segurado de baixa
renda recolhido à prisão em regime fechado que não receber remuneração da empresa
nem estiver em gozo de auxílio-doença, de pensão por morte, de salário-maternidade,
de aposentadoria ou de abono de permanência em serviço.
O beneficiário dependente tem direito de receber o abono anual (13º).
O segurado deverá comprovar que contribui para o INSS por período igual ou
superior a 24 meses, sem perder a qualidade de segurado. Caso tenha perdido a

187
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qualidade de segurado, somente poderá somar as contribuições anteriores à esta perda


depois de 12 novas contribuições sem perde-la novamente.

Renda do segurado
Considera-se de baixa renda, no ano de 2019, o segurado recluso cuja
remuneração for igual ou inferior a R$ 1.319,18. Este valor é atualizado anualmente. 57
A aferição da renda mensal bruta para enquadramento do segurado como de
baixa renda ocorrerá pela média dos salários de contribuição apurados no período de
12 meses anteriores ao mês do recolhimento à prisão.58
O exercício de atividade remunerada do segurado recluso, em cumprimento de
pena em regime fechado, não acarreta a perda do direito ao recebimento do auxílio-
reclusão para seus dependentes.59

Documentos necessários

57
Tema 896 do STJ. Para a concessão de auxílio-reclusão (art. 80 da Lei 8.213/1991) no
regime anterior à vigência da MP 871/2019, o critério de aferição de renda do segurado
que não exerce atividade laboral remunerada no momento do recolhimento à prisão é a
ausência de renda, e não o último salário de contribuição.
58
Tema 169 da TNU. "É possível a flexibilização do conceito de “baixa-renda” para o
fim de concessão do benefício previdenciário de auxílio-reclusão desde que se esteja
diante de situações extremas e com valor do último salário-de-contribuição do segurado
preso pouco acima do mínimo legal – “valor irrisório”."

Tema 1162 do STJ. Em análise. Definir se é possível flexibilizar o critério econômico


para deferimento do benefício de auxílio- reclusão, ainda que o salário-de-contribuição
do segurado supere o valor legalmente fixado como critério de baixa renda.
59
Tema 310 da TNU. (Em julgamento). Questão submetida a julgamento: Para fins de
enquadramento de segurado de baixa renda em pedido de auxílio-reclusão, o cálculo da
renda média do segurado recluso deve considerar a soma dos salários de contribuição
vertidos no período de 12 meses anteriores à prisão, divididos pelo divisor 12, ou se
admite a redução do divisor, caso não tenha havido, nesse período, algum mês sem
recolhimento de contribuição?

188
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Além dos documentos pessoais do segurado e dos dependentes, o


requerimento do auxílio-reclusão deverá ser instruído com certidão judicial que ateste o
recolhimento efetivo à prisão, e será obrigatória a apresentação de prova de
permanência na condição de presidiário para a manutenção do benefício.60
A certidão judicial e a prova de permanência na condição de presidiário poderão
ser substituídas pelo acesso à base de dados, por meio eletrônico, a ser disponibilizada
pelo Conselho Nacional de Justiça, com dados cadastrais que assegurem a
identificação plena do segurado e da sua condição de presidiário.

Seguro-desemprego
O seguro-desemprego é um benefício pago em dinheiro pelo Governo
ao trabalhador demitido sem justa causa, inclusive com dispensa indireta,
e ao trabalhador resgatado de regime de trabalho forçado ou da condição
análoga à de escravo.

Quais são as regras para receber o seguro-desemprego?


As regras para receber o seguro-desemprego do trabalhador demitido
sem justa causa ou dispensa indireta é provar que trabalhou imediatamente
à data da dispensa durante períodos que variam de 6 a 12 meses,
dependendo de quantas solicitações já fez.

Quantos meses de trabalho para receber o seguro desemprego?


A quantidade de meses de trabalho para receber o seguro-desemprego
para o trabalhador dispensado sem justa causa depende de ele comprovar
que recebeu salários de pessoa física ou jurídica:
a) pelo menos 12 meses nos últimos 18 meses imediatamente
anteriores à data de dispensa, quando da 1ª solicitação;
b) pelo menos 9 meses nos últimos 12 meses imediatamente anteriores
à data de dispensa, quando da 2ª solicitação; e

60
Enunciado 24 do CRPS. A mera progressão da pena do instituidor do benefício ao
regime semi-aberto não ilide o direito dos seus dependentes ao auxílio reclusão, salvo se
for comprovado exercer ele atividade remunerada que lhes garanta a subsistência
(revogado).
189
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c) cada um dos 6 meses imediatamente anteriores à data de dispensa,


quando das demais solicitações;
O benefício do seguro-desemprego poderá ser retomado a cada novo
período aquisitivo.

Quem recebe benefício do INSS pode receber seguro desemprego?


Não. Quem receber qualquer aposentadoria ou benefício de prestação
continuada da Previdência Social não terá direito ao seguro-desemprego,
exceto o auxílio-acidente e o auxílio suplementar.

Quem tem direito a seguro-desemprego e quantas parcelas?


O seguro-desemprego será pago em período que varia entre 3 e 5
meses, de forma contínua ou alternada, a cada período aquisitivo, contados
da data da dispensa ou da última habilitação.

1ª Solicitação
 4 parcelas, se o trabalhador comprovar vínculo
empregatício de, no mínimo, 12 meses e, no máximo, 23 meses, no
período de referência
 5 parcelas, se o trabalhador comprovar vínculo
empregatício de, no mínimo, 24 meses, no período de referência;

2ª Solicitação
 3 parcelas, se o trabalhador comprovar vínculo
empregatício de, no mínimo, 9 meses e, no máximo, 11 meses, no
período de referência;
 4 parcelas, se o trabalhador comprovar vínculo
empregatício de, no mínimo, 12 meses e, no máximo, 23 meses, no
período de referência; ou
 5 parcelas, se o trabalhador comprovar vínculo
empregatício de, no mínimo, 24 meses, no período de referência;

3ª Solicitação
 3 parcelas, se o trabalhador comprovar vínculo
empregatício de, no mínimo, 6 meses e, no máximo, 11 meses, no
período de referência;

190
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 4 parcelas, se o trabalhador comprovar vínculo


empregatício de, no mínimo, 12 meses e, no máximo, 23 meses, no
período de referência; ou
 5 parcelas, se o trabalhador comprovar vínculo
empregatício de, no mínimo, 24 meses, no período de referência.

Tabela prática para identificação das parcelas de recebimento do


seguro-desemprego
A determinação do período de recebimento observará a relação entre
o número de parcelas mensais do benefício do seguro-desemprego e o
tempo de serviço do trabalhador nos 36 meses que antecederem a data de
dispensa que originou o requerimento do seguro-desemprego, vedado o
cômputo de vínculos empregatícios utilizados em períodos aquisitivos
anteriores:

1ª Solicitação 2ª Solicitação 3ª Solicitação


Parcelas Meses de vínculo de emprego
com pessoa física ou jurídica
3 meses - 9 a 11 meses 6 a 11 meses
4 meses 12 a 23 meses
5 meses Mais de 24 meses
A fração igual ou superior a 15 dias de trabalho será havida como
mês integral.

Qual é o valor do seguro-desemprego?


O valor mínimo das parcelas do seguro-desemprego é o salário
mínimo, que a partir de maio/2023 é R$ 1.320,00, e o valor máximo R$
2.230,97.

O valor do seguro-desemprego é calculado pela média dos salários


recebidos pelo trabalhador nos três meses anteriores à demissão. Depois, é
aplicado um redutor.

Salário Redutor e regras


Até R$ 1.968,36 Multiplica-se por 0,8

191
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De R$ 1.968,37 O valor que exceder R$ 1.968,36 multiplica-se


até R$ 3.280,93 por 0,5 e soma-se com R$ 1.574,69
Acima de R$
O valor será fixo, invariável, de R$ 2.230,97
3.280,93

192
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PARTE 5
CHEGOU A HORA DO PLANEJAMENTO

Agora você já sabe dos problemas que vai enfrentar para estruturar
suas finanças no futuro (Parte 1), já conheceu a Estratégia dos 3Qc da
Aposentadoria (Parte 2), está consciente que não deve investir mais do
que vai receber (Parte 3), sabe exatamente quais são os benefício que você
tem direito e conhece o Método da Aposentadoria de Ouro (Parte 4),
chegou a hora de fazer o Planejamento Previdenciário (parte 5) e em
seguida vamos entender como colocar todo seu conhecimento em prática e
exigir seus direitos (Parte 6).

O que é Planejamento Previdenciário?


O Planejamento Previdenciário é o estudo feito por um advogado
especialista em direito previdenciário que analisa as contribuições feitas
pelo contribuinte, identifica defeitos que precisam ser ajustados e orienta
quais são os benefícios mais vantajosos e como conquista-los.

O Planejamento Previdenciário deve ser revisado


periodicamente.
A execução do plano é tão importante quanto o planejamento e o
interessado precisa se engajar nas 6 Fases da Jornada da Aposentadoria.

193
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Direitos em construção
Alguns fatos que geram direitos na aposentadoria e concorrem para
benefícios mais vantajosos podem estar em construção ou dependem de
tempo para serem consolidados. O Planejamento Previdenciário pode ser
projetado para ser executado depois do início da aposentadoria.
É o caso, por exemplo, de uma reclamação trabalhista que ainda não
foi concluído, mas que pode ser considerado em futura revisão em caso de
procedência do processo.
Outras situações, muito comuns que podem ser analisadas depois do
início do recebimento do benefício, é a prova da condição de PcD – Pessoa
com Deficiência e a demora das empresas no fornecimento do PPP e do
LTCAT, do não fornecimento ou fornecer com erro.

O CNIS deve ser corrigido, mas nem sempre!


A jornada rumo à aposentadoria começa com um passo fundamental:
a análise, revisão e ajuste do CNIS – Cadastro Nacional de Informações
Sociais. No entanto esta correção deve ser realizada apenas quando for mais
vantajosa ao Segurado.

No CNIS pode ter erro (dados pessoais, informação errada ou de


terceiros) ou omissão.

194
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A dica de ouro é não corrigir os erros que irão reduzir


o valor do benefício.
Exemplo: os períodos anotados na Carteira de Trabalho e não
lançados no CNIS podem ser incluídos61, mas há situações em que os
salários desses novos períodos são menores e, mesmo tendo mais tempo, a
média salarial pode reduzir.
Outro exemplo muito comum é a complementação do valor de
contribuições ou o pagamento de contribuições do passado que podem
reduzir o valor do benefício.
Certa vez fui contratado para trabalhar em um caso em que o erro era
tão óbvio que não foi identificado pelo INSS, nem pela cliente: no CNIS
dela constava que ela era homem e a aposentadoria foi negada porque não
tinha o tempo de contribuição mínimo, que é maior para o homem.
Por esses motivos, e por muitos outros que devem ser analisados no
planejamento previdenciário, é que a revisão e o ajuste do CNIS devem ser
feitos com muito cuidado.
O INSS aponta indicadores no CNIS, que são
observações de situações já consolidadas ou que merecem a
atenção do contribuinte para evitar erros e indeferimento do
benefício.

61
Processo n. 5010578-89.2020.4.03.6183. “O contrato de trabalho registrado
na CTPS, independente de constar ou não dos dados assentados no CNIS - Cadastro
Nacional de Informações Sociais, deve ser contado, pela Autarquia Previdenciária, como
tempo de contribuição, em consonância com o comando expresso no Art. 19, do Decreto
3.048/99 e no Art. 29, § 2º, letra "d", da Consolidação das Leis do Trabalho.

195
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Recuperação de tempo de serviço do passado


O tempo de serviço e o tempo de contribuição são os principais
instrumentos para cumprir regras de acesso e aumentar o valor dos
benefícios da previdência social.
Quando não são exigidos como requisito essencial para obter uma
prestação, como acontece na aposentadoria por tempo de contribuição,
professor e especial, eles ainda são fundamentais para o cômputo da
carência no caso dos benefícios por incapacidade e aposentadoria por
idade.
Qualquer período do passado em que houve trabalho pode ser
recuperado para fins previdenciários.
Preste atenção: qualquer período em que houve trabalho. A lei não
permite a recuperação de períodos em que não houve trabalho.

Pulo do gato: O trabalhador não pode pagar as


contribuições do passado para salvar os períodos em que
não contribuiu sem antes fazer um processo na
Previdência que autorize este pagamento.
Caso a Previdência não aceitar o tempo que o segurado
trabalhou, é possível recuperar este período na Justiça.

Tempo de serviço anterior a julho/1994


Quando o tempo de serviço a ser recuperado for anterior a
julho/1994 não haverá influência na média salarial.
Assim, sempre compensa recuperar este tempo de serviço, visto que
nenhuma contribuição será incluída no Período Base de Cálculo (PBC) do
benefício, exceto no caso da revisão da vida toda.

Tempo de serviço posterior a julho/1994

196
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Quando o tempo de serviço a ser recuperado for posterior


julho/1994, as contribuições do período conquistado serão contabilizadas
na apuração do valor do benefício.
A recuperação do tempo de serviço do passado, neste caso, deve ser
avaliada de acordo com a condição em que o trabalho foi executado e a
remuneração do segurado.
 Se se tratar de empregado, trabalhador avulso, empregado
doméstico e Contribuinte Individual com período a ser resgatado
após 2003 não será preciso indenizar as contribuições para o tempo
de serviço valer. O tempo trabalhado e o valor das contribuições
serão validados automaticamente.62

62
Enunciado 2 do CRPS. Não se indefere benefício sob fundamento de falta de
recolhimento de contribuição previdenciária quando a responsabilidade tributária não
competir ao segurado.
I - Considera-se presumido o recolhimento das contribuições do segurado empregado,
inclusive o doméstico, do trabalhador avulso e, a partir da competência abril de 2003, do
contribuinte individual prestador de serviço.
II - Não é absoluto o valor probatório da Carteira de Trabalho e Previdência Social
(CTPS), mas é possível formar prova suficiente para fins previdenciários se esta não tiver
defeito formal que lhe comprometa a fidedignidade, salvo existência de dúvida
devidamente fundamentada.
III - A concessão de benefícios no valor mínimo ao segurado empregado doméstico
independe de prova do recolhimento das contribuições, inclusive a primeira sem atraso,
desde que atendidos os demais requisitos legais exigidos, exceto para fins de contagem
recíproca.
IV - O vínculo do segurado como empregado doméstico será computado para fins de
carência, ainda que esteja filiado ao Regime Geral de Previdência Social (RGPS) em
categoria diversa na Data de Entrada do Requerimento (DER).
V - É permitida a contagem, como tempo de contribuição, do tempo exercido na condição
de aluno-aprendiz, exceto para fins de contagem recíproca, referente ao período de
aprendizado profissional realizado em escolas técnicas, desde que comprovada a
remuneração, mesmo que indireta, à conta do orçamento público e o vínculo
empregatício, admitindo-se, como confirmação deste, o trabalho prestado na execução de
atividades com vistas a atender encomendas de terceiros.

197
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Será considerado o período e o valor da remuneração anotado na


Carteira de Trabalho (CTPS)63, nos registros da empresa, no extrato
analítico do FGTS. Poderá ser considerado o valor da remuneração
conforme o acordo, convenção ou dissídio coletivo da categoria ou em
qualquer outro documento idôneo.
O valor da contribuição sindical também pode ser tomado como base.
Caso o empregado não consiga comprovar o valor da remuneração
no período de tempo de serviço resgatado, o INSS considerará o valor do
salário mínimo.
 Tratando-se de trabalhador por conta própria (contribuinte
individual ou equiparado a autônomo) considerar-se-á presumido
o recolhimento das contribuições do contribuinte individual
prestador de serviço a pessoa jurídica, a partir da competência abril
de 2003 (MP nº 83, de 12/12/2002 convertida na Lei nº 10.666, de
08/05/2003).
O segurado que trabalhou por conta própria somente terá o tempo
de serviço validado no INSS depois de pagar as contribuições, por isso é
importante calcular (antes) o valor que terá que indenizar para depois
começar o processo de recuperação do tempo de serviço que se pretende
recuperar.
E tem outro detalhe, as contribuições pagas em atraso não são
computadas para fins de carência, exceto se forem decorrentes da relação
de emprego (empregado, trabalhador avulso, empregado doméstico,

63
Súmula 75 da TNU. A Carteira de Trabalho e Previdência Social (CTPS) em relação
à qual não se aponta defeito formal que lhe comprometa a fidedignidade goza de
presunção relativa de veracidade, formando prova suficiente de tempo de serviço para
fins previdenciários, ainda que a anotação de vínculo de emprego não conste no Cadastro
Nacional de Informações Sociais (CNIS).

198
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segurado especial e contribuinte individual após 2003, em alguns casos),


observadas as formalidades previstas em lei.

Antes de o trabalhador começar o processo de


recuperação do tempo de serviço que está irregular,
deve avaliar se isso (de fato) vai trazer vantagem.
A inclusão de novos períodos trabalhados dentro do histórico de vida
do trabalhador também incluirá novos salários-de-contribuição. É aí é que
mora o perigo.
Nem sempre a conquista de novos períodos de trabalho traz
vantagens para o contribuinte.
O que pode acontecer quando o segurado recupera tempo de serviço
do passado:
 antecipar e reduzir o valor do benefício
 antecipar e aumentar o valor do benefício
 Não conseguir o benefício
Detalhe: Os salários-de-contribuição anteriores a julho/1994 não
entram no cálculo da aposentadoria.

Efeitos das contribuições em atraso


As contribuições atrasadas pagas a título de complementação serão
válidas para todos os efeitos.
As contribuições pagas em atraso não valerão para fins de carência,
exceto se efetuadas dentro do período da manutenção da qualidade de
segurado (art. 3º da Portaria n. 1.382/2021).
As contribuições em atraso valerão para fins de aposentadoria por
tempo de contribuição desde que efetuadas antes do fato gerador do
benefício, facultada a alteração da DER – Data da Entrada do
Requerimento do Benefício.
Outra novidade trazida por esta Portaria (§ 6º do art. 9º) é a
impossibilidade de utilização do tempo de contribuição de período
199
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anterior a 13/11/2019 pago em atraso quando se pretender utilizá-lo para


enquadramento nas regras de transição da aposentadoria por tempo de
contribuição:
 Pedágio de 50%
 Pedágio de 100%
O valor mensal da contribuição em atraso será calculado com base na
média de 80% dos maiores salários desde julho/1994, corrigidos mês a mês,
não podendo ser inferior ao salário mínimo, nem superar o teto do INSS
(art. 101, Instrução Normativa n. 128/2022), e não com base no salário que
o beneficiário recebia na época do trabalho comprovado, nem no do salário
mínimo.
A contribuição sobre esta média será de 20% com juros de 05% ao
mês limitado a 50% e multa de 10%.64
Caso o trabalhador não contribua, o tempo não será validado para fins
de obtenção de benefícios previdenciários.
 Se for Servidor Público
O valor mensal da contribuição será de 20% sobre o salário que
atualmente recebe no Serviço Público, acrescido dos juros e multa.
Empregado Doméstico
Para os requerimentos de benefícios realizados a partir de
01/07/2020, o período de filiação como empregado doméstico até maio de
2015, ainda que sem a comprovação do recolhimento ou sem a
comprovação da primeira contribuição em dia, será reconhecido para
todos os fins desde que devidamente comprovado o vínculo laboral.

64
Tema 1103 do STJ. As contribuições previdenciárias não recolhidas no momento
oportuno sofrerão o acréscimo de multa e de juros apenas quando o período a ser
indenizado for posterior à edição da Medida Provisória n.º 1.523/1996 (convertida na Lei
n.º 9.528/1997).

200
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Na ausência de comprovação do recolhimento deverá ser informado


o valor do salário mínimo no período básico de cálculo.
Como se vê, não é uma tarefa fácil decidir se vale a pena recuperar
tempo de serviço para fins previdenciários.

Prova testemunhal e indício de prova material


A lei autoriza a prova de fatos perante a Previdência só com
testemunhas quando houver ocorrência de motivo de força maior ou de
caso fortuito.
Caracteriza motivo de força maior ou caso fortuito a verificação de
ocorrência notória que tenha atingido a empresa na qual o segurado alegue
ter trabalhado, tais como:
 Incêndio
 Inundação
 desmoronamento
Dever ser apresentado o comprovante da ocorrência mediante
registro da ocorrência policial feito em época própria ou apresentação de
documentos contemporâneos dos fatos, e verificada a correlação entre a
atividade da empresa e a profissão do segurado.
Além desta exceção, não é possível a utilização de prova unicamente
testemunhal65, exceto em situações específicas, para comprovar tempo de
serviço ou de contribuição perante a Previdência Social.
A Lei exige, pelo menos, a apresentação de um indício de prova
material da época do período que se quer provar que dê segurança de que
realmente houve a prestação de serviço.
Tanto no processo judicial como no processo administrativo, a prova
do exercício de atividade deverá ser feita com base em documento
contemporâneo do período que se pretende comprovar.

65
Súmula 149 do STJ. A prova exclusivamente testemunhal não basta a comprovação da
atividade rurícola, para efeito da obtenção de benefício previdenciário.

201
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Esse documento contemporâneo, denominado início de prova, deve


ser suficiente para demonstrar a verdade do fato alegado ou que possa levar
o julgador à convicção do que se pretende comprovar.
O início de prova se configura quando se apresenta qualquer
documento, seja ele público ou particular, inclusive fotografia, que traga
elementos que evidenciem ou torne verdadeiro o fato que se pretende
comprovar, como, por exemplo, a profissão, o local de trabalho ou outros
dados, devendo, no entanto, ser contemporâneo ao evento.

Tempo de serviço do menor de idade


Guarda mirim. Patrulheiro. Aluno aprendiz em escolas
técnicas, industriais e agrícolas.
O que define o vínculo ao INSS é a contribuição.
Nem sempre as empresas fazem essas contribuições, nem
são descontadas dos trabalhadores e, algumas vezes, porque não
recebem salário em espécie (dinheiro).
A falta de remuneração impede a prova da existência da
contribuição e, por sua vez, o vínculo com a Previdência Social.
Por outro lado, como ocorre com o aluno aprendiz, com o
guarda mirim e o patrulheiro, a remuneração pode ser indireta ou
em forma de benefícios, como o fornecimento de vestuário,
alimentação, material didático, atendimento médico, odontológico
ou moradia.
Todavia, quando o caráter pedagógico da atividade deixa de
prevalecer sobre o aspecto produtivo, principalmente quando há
algum produto ou serviço resultante dessa atividade, e quando o
caráter pedagógico não está exclusiva e diretamente relacionado
com o desenvolvimento pessoal e social do adolescente, mas
diretamente ligado com a produção ou serviços, não há como deixar

202
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de reconhecer a existência de um vínculo de trabalho e, em


consequência, previdenciário.66
A Constituição Federal não permite o trabalho do menor de 16
anos, exceto como aprendiz a partir dos 14 anos de idade. Mas o
que fazer quando o menor trabalhou? É justo que ele perca este
tempo de serviço?
Essas normas têm como fundamento a necessidade de
assegurar ao menor condições de desenvolvimento físico, mental,
moral e social adequado, todavia algumas precisam empregar de
toda força de trabalho para prover suas necessidades, inclusive dos
menores.
A Justiça já decidiu, nos casos em que o trabalho de fato
aconteceu, que o menor não pode ser duplamente penalizado: ter
trabalhado enquanto não poderia e não reconhecer o trabalho
desenvolvido.
Assim, desde que comprovado que houve o trabalho, ele deve
ser reconhecido pelo INSS, pouco importando a idade do
trabalhador.67

66
Súmula 18 da TNU. Para fins previdenciários, o cômputo do tempo de serviço prestado
como aluno-aprendiz exige a comprovação de que, durante o período de aprendizado,
houve simultaneamente: (i) retribuição consubstanciada em prestação pecuniária ou em
auxílios materiais; (ii) à conta do Orçamento; (iii) a título de contraprestação por labor;
(iv) na execução de bens e serviços destinados a terceiros.
67
Súmula 5 da TNU. A prestação de serviço rural por menor de 12 a 14 anos, até o
advento da Lei 8.213, de 24 de julho de 1991, devidamente comprovada, pode ser
reconhecida para fins previdenciários.

203
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Tempo de serviço rural


O plano de benefícios da previdência social assegura a
aposentadoria por idade, mesmo sem contribuição68, ao segurado

68
Enunciado 8 do CRPS. O tempo de trabalho rural do segurado especial e do
contribuinte individual, anterior à Lei nº 8.213/91, pode ser utilizado, independente do
recolhimento das contribuições, para fins de benefícios no RGPS, exceto para carência.
I - O tempo de trabalho rural do segurado especial e do contribuinte individual, anterior
à Lei nº 8.213/91, pode ser utilizado para contagem recíproca, desde que sejam
indenizadas as respectivas contribuições previdenciárias.
II - A atividade agropecuária efetivamente explorada em área de até 4 módulos fiscais,
individualmente ou em regime de economia familiar na condição de produtor,
devidamente comprovada nos autos do processo, não descaracteriza a condição de
segurado especial, independente da área total do imóvel rural.
III - O exercício de atividade urbana por um dos integrantes do grupo familiar não
implica, por si só, na descaracterização dos demais membros como segurado especial,
condição que deve ser devidamente comprovada no caso concreto.
IV - Quem exerce atividade rural em regime de economia familiar, além das tarefas
domésticas em seu domicílio, é considerado segurado especial, aproveitando-se-lhe as
provas em nome de seu cônjuge ou companheiro (a), corroboradas por outros meios de
prova.
V - O início de prova material - documento contemporâneo dotado de fé pública, sem
rasuras ou retificações recentes, constando a qualificação do segurado ou de membros
do seu grupo familiar como rurícola, lavrador ou agricultor - deverá ser corroborado por
outros elementos, produzindo um conjunto probatório harmônico, robusto e convincente,
capaz de comprovar os fatos alegados.
VI - Não se exige que o início de prova material corresponda a todo o período equivalente
à carência do benefício, porém deve ser contemporâneo à época dos fatos a provar,
inclusive podendo servir de começo de prova documental anterior a este período.

204
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especial69 e ao trabalhador rural70, sendo certo que os trabalhadores


empregados de empresas agroindustriais são considerados
trabalhadores rurais.71
A data do início da prestação do serviço pode retroagir à data
do documento mais antigo.72

O Segurado Especial tem que comprovar apenas o tempo de


serviço igual ao número de meses de contribuição necessário para
obtenção do benefício73, e o documento de um dos membros do

69
Tema 301 da TNU. Cômputo do Tempo de Trabalho Rural I. Para a aposentadoria por
idade do trabalhador rural não será considerada a perda da qualidade de segurado nos
intervalos entre as atividades rurícolas. Descaracterização da condição de segurado
especial II. A condição de segurado especial é descaracterizada a partir do 1º dia do mês
seguinte ao da extrapolação dos 120 dias de atividade remunerada no ano civil (Lei
8.213/91, art. 11, § 9º, III); III. Cessada a atividade remunerada referida no item II e
comprovado o retorno ao trabalho de segurado especial, na forma do art. 55, parag. 3o,
da Lei 8.213/91, o trabalhador volta a se inserir imediatamente no VII, do art. 11 da Lei
8.213/91, ainda que no mesmo ano civil.
70
Tema 115 da TNU. Não é ramo de exploração de atividade econômica do empregador
que define a natureza do trabalho desempenhado pelo empregado, se rural ou urbano,
para fins de concessão do benefício previdenciário de aposentadoria.
71
Súmula 578 do STJ. Os empregados que laboram no cultivo da cana-de-açúcar para
empresa agroindustrial ligada ao setor sucroalcooleiro detêm a qualidade de rurícola,
ensejando a isenção do FGTS desde a edição da Lei Complementar n. 11/1971 até a
promulgação da Constituição Federal de 1988.
72
Súmula 577 do STJ. É possível reconhecer o tempo de serviço rural anterior ao
documento mais antigo apresentado, desde que amparado em convincente prova
testemunhal colhida sob o contraditório.
73
Tema 18 da TNU. A certidão do INCRA ou outro documento que comprove propriedade
de imóvel em nome de integrantes do grupo familiar do segurado é razoável início de
prova material da condição de segurado especial para fins de aposentadoria rural por
idade, inclusive dos períodos trabalhados a partir dos 12 anos de idade, antes da

205
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núcleo familiar pode servir de prova para o outro74, mesmo que


tenha menos de 12 anos de idade.75
Há disposição especial para mulheres que exercem tarefas
domésticas e atividades rurais junto com cônjuge ou
companheiro(a).76
Não há necessidade de pagar as contribuições, apenas de comprovar
o tempo de serviço igual ao número de contribuições exigido para
concessão do benefício (ver aposentadoria por idade).77

Tempo de serviço militar obrigatório (Tiro de Guerra)


A contagem do tempo de Serviço Militar do Reservista terá início no
dia da incorporação78 e será computado para fins de aposentadoria todo o

publicação da Lei n. 8.213/91. Desnecessidade de comprovação de todo o período de


carência.
74
Súmula 6 da TNU. A certidão de casamento ou outro documento idôneo que evidencie
a condição de trabalhador rural do cônjuge constitui início razoável de prova material
da atividade rurícola.
75
Tema 219 da TNU. É possível o cômputo do tempo de serviço rural exercido por pessoa
com idade inferior a 12 (doze) anos na época da prestação do labor campesino.
76
Enunciado 22 do CRPS. Considera-se segurada especial a mulher que, além das
tarefas domésticas, exerce atividades rurais com o grupo familiar respectivo,
aproveitando-se-lhe as provas materiais apresentadas em nome de seu cônjuge ou
companheiro, corroboradas por meio de pesquisa e entrevista.
77
Súmula 272 do STJ. O trabalhador rural, na condição de segurado especial, sujeito à
contribuição obrigatória sobre a produção rural comercializada, somente faz jus
à aposentadoria por tempo de serviço, se recolher contribuições facultativas.
78
Art. 8º da Lei n. 4.375/1964. A contagem de tempo de Serviço Militar terá início no
dia da incorporação.

206
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período enquanto estiver incorporado79 até o dia do licenciamento ou


conclusão do serviço militar.
O licenciamento é o termo final da incorporação. Não é por outro
motivo que o período de graça80 se inicia após o licenciamento.
O tempo é contado de data a data81, ou seja, desde o dia
incorporação até o dia do licenciamento82, visto que o Reservista fica à
disposição em tempo integral das Forças Armadas, sob pena de
deserção83, situação em que o tempo será computado proporcionalmente.
A ausência de contribuição ou contrapartida não é obstáculo para o
cômputo do tempo de serviço, manutenção da qualidade de segurado ou
carência, visto tratar-se de situação excepcional de incorporação
obrigatória por previsão legal.

79
Art. 63 da Lei n. 4.375/1964. Os convocados contarão, de acordo com o estabelecido
na Legislação Militar, para efeito de aposentadoria, o tempo de serviço ativo prestado
nas Forças Armadas, quando a elas incorporados.
80
Art. 15 da Lei n. 8.213/91. Mantém a qualidade de segurado, independentemente de
contribuições:
V - até 3 (três) meses após o licenciamento, o segurado incorporado às Forças Armadas
para prestar serviço militar;
81
Instrução Normativa INSS n. 128/2022:
Art. 217. Até 13 de novembro de 2019, data da publicação da Emenda Constitucional nº
103, podem ser contados como tempo de contribuição, entre outros:
I - o de serviço militar obrigatório, voluntário e o alternativo, que serão certificados na
forma da lei, por autoridade competente; e
Parágrafo único. O período de que trata o inciso I do caput, inferior a 18 (dezoito) meses,
comprovado por meio do certificado de reservista, será contado de data a data.
82
Tanto que é a partir do dia do licenciamento em que se inicia o período de graça
previsto no art. 15, V da Lei n. 8.213/91.

83
Cf. Decreto n. 57.654/1966.

207
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Inclusão de direitos trabalhistas nos benefícios do INSS


A inclusão de direitos trabalhistas nos benefícios do INSS serve para
antecipar a conquista de um benefício e/ou para aumentar o valor dele.
Isso pode ser feito em 2 Situações, quando o trabalhador:
 ganha direitos no processo trabalhista;
 perde o processo.
E podem ser utilizadas em 2 Momentos:
 Antes de aposentar, no planejamento previdenciário;
 Depois de aposentar, nos processos de revisão.
Direitos como hora extra, adicional noturno, equiparação salarial,
decorrentes de convenções, acordos ou dissídios coletivos, adicionais de
insalubridade e periculosidade, quinquênio, sexta parte, devem ser
considerados no planejamento ou na revisão.
Esta lista é exemplificativa. Todas as verbas salariais devem ser
consideradas. Reconhecimento de vínculo de emprego, laudos médicos e
de segurança do trabalho podem antecipar benefícios.
O prazo para entrar com processo trabalhista é de 2 anos, mas
não tem prazo quando o pedido não tiver conteúdo econômico, como a
retificação do PPP, por exemplo.
No processo trabalhista o empregado pode reclamar o pagamento de
tudo que deixou de receber nos últimos 5 anos, mas a declaração judicial
de direitos pode retroagir para todo o contrato de trabalho.

O INSS não é obrigado a aceitar a decisão do Juiz do Trabalho


O Juiz do Trabalho é do trabalho. Quem decide sobre aposentadoria
é outro tipo de Juiz. Nem tudo o que um decide o outro tem que acatar.
Além do mais a reclamação trabalhista é contra o patrão, não contra o INSS.
E é justamente isso que o INSS alega para não aceitar o que ficou decidido
no processo trabalhista.

208
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Mas nem tudo está perdido. Ao receber um processo trabalhista como


prova para conquista de um direito previdenciário, o INSS deve analisa-lo
e pode aceitar o processo, mas tem condições:
Início de prova material. No processo trabalhista ou no
requerimento administrativo do benefício deve haver um indício de prova
material contemporâneo aos fatos que foram julgados.
Sem início de prova e sem pagamento de contribuições. Os valores
de remunerações ou complementação de remunerações conquistadas em
reclamação trabalhista serão validados, mesmo sem início de prova
material, e independentemente do recolhimento das contribuições devidas
à Previdência Social (Art. 172, III da IN 128/2022).
Reintegração do empregado. O Empregador deve atualizar as
informações do eSocial e o Empregado deve apresentar no INSS a cópia
integral do processo trabalhista, sendo desnecessária a produção de prova
documental.
É preciso demonstrar com provas documentais que o trabalho existiu
e que houve o vínculo empregatício entre o empregado e o patrão 84, bem
como todas as particularidades decorrentes deste vínculo.

84
Enunciado 3 do CRPS. A comprovação do tempo de contribuição, mediante ação
trabalhista transitada em julgado, somente produzirá efeitos para fins previdenciários
quando baseada em início de prova material contemporânea aos fatos, constantes nos
autos do processo judicial ou administrativo.
I - Não será admitida, para os fins previstos na legislação previdenciária, prova
exclusivamente testemunhal, exceto na ocorrência de motivo de força maior caso fortuito.
II - Não será exigido início de prova material se o objeto da ação trabalhista for a
reintegração ou a complementação de remuneração, desde que devidamente comprovado
o vínculo anterior em ambos os casos.

209
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Há ainda a possibilidade de o próprio processo trabalhista constituir


indício de prova e não prova plena dos direitos que foram declarados85 e,
desta forma, também precisam ser avaliados pelo INSS para aceitação.

O que pode ser computado nos benefícios quando o trabalhador


perde a Reclamação Trabalhista?
Alguns direitos não conquistados pelo trabalhador na Justiça do
Trabalho podem gerar fatos com validade perante a Previdência Social.
Contribuinte Individual. A contratação de mão-de-obra sem
anotação em Carteira de Trabalho pode culminar em processo trabalhista
de reconhecimento de vínculo de emprego.
A defesa mais comum do Reclamado é a ausência de subordinação
ou da pessoalidade.
Decisões que não reconhecem a relação de emprego não descarta o
reconhecimento da filiação, tempo de serviço e carência de prestadores de
serviços a empresas ou cooperativas (art. 4º, Lei nº 10.666/2003), tendo em
vista que o recolhimento da contribuição é presumido e de responsabilidade
do tomador de serviço.
O próprio processo trabalhista e a defesa do Reclamado podem servir
de prova para provar a condição de prestador de serviço sem vínculo de
emprego.
Atividade especial. Nos processos com pedido de adicional de
insalubridade ou periculosidade julgados improcedentes pode haver laudo
pericial reconhecendo a atividade de risco à saúde ou a integridade física
do trabalhador que garanta a prova da atividade especial, mas sem a

85
Tema 1188 do STJ. (em julgamento). Definir se a sentença trabalhista, assim como a
anotação na CTPS e demais documentos dela decorrentes, constitui início de prova
material para fins de reconhecimento de tempo de serviço.

210
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condenação do pagamento do adicional por falta de legislação ou por


eficácia do EPI – Equipamento de Proteção Individual.
Em construção: Doença ocupacional. Acordo antes e depois da
sentença. Lei que dá oportunidade ao INSS concordar ou questionar o
acordo. Laudo de insalubridade, antes e depois da produção da prova.

Tempo de serviço especial


Quem trabalhou em atividade de risco pode antecipar a
aposentadoria.
Tanto o segurado do INSS, inclusive o contribuinte individual ou
equiparado a autônomo86, como o Servidor Público vinculado a um
Instituto Próprio de Previdência podem ter direito à aposentadoria especial.
Quando o segurado não atinge o tempo mínimo trabalhado necessário
para aposentadoria especial, o tempo de serviço (insalubre, perigoso ou
penoso) pode ser convertido em atividade comum e gerar um bônus que
antecipa outra espécie de benefício ou aumenta o valor dele.
É considerada especial a atividade que coloca em risco a saúde ou
a integridade física do trabalhador.
O trabalhador pode ter direito à aposentadoria especial, mesmo sem
receber o adicional de insalubridade ou periculosidade. Como também
pode ter esses adicionais e não conseguir a aposentadoria com tempo
reduzido.
O PPP e o LTCAT são os documentos que comprovam qual atividade
é considerada especial.

86
Assim, é possível o reconhecimento de tempo de serviço especial ao segurado
contribuinte individual não cooperado, desde que comprovado, nos termos da lei vigente
no momento da prestação do serviço, que a atividade foi exercida sob condições especiais
que prejudiquem a sua saúde ou sua integridade física” (AgRg no Resp 1.540.164, Relator
Ministro Mauro Campbell Marques, Segunda Turma, julgado em 27/10/2015).

211
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Vou dar um exemplo fazendo uma comparação entre duas


trabalhadoras que têm a mesma profissão: lavadeira de roupas.
Se uma lavadeira trabalha em uma casa de família, lavando roupas
dos moradores desta residência, a resposta à pergunta sobre o direito à
aposentadoria especial seria não.
Certamente a resposta não seria a mesma caso a pergunta sobre o
direito à esta espécie de aposentadoria fosse feita de outra forma: se uma
lavadeira trabalha em uma lavanderia de um hospital, lavando roupas de
pacientes com doenças infectocontagiosas, ela poderia ter direito à
aposentadoria especial.
Quando analisamos apenas a profissão (lavadeira) a resposta poderia
ser a mesma para as duas, mas quando analisamos o que cada uma delas
faz e onde trabalha, a resposta pode ser diferente.
Por isso no PPP deve conter a descrição das atividades do
trabalhador, o ambiente de trabalho, quais são os agentes nocivos que
colocam em risco a saúde ou a integridade física do trabalhador e se a
exposição acontece de forma habitual e permanente.

Enquadramento por categoria profissional


Até 28/04/1995 o enquadramento da atividade especial acontecia
quando a categoria profissional estava descrita nos Decretos 53.831/1964
e 83.080/79, mesmo sem a apresentação do PPP ou outro formulário para

212
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enquadramento por categoria profissional.87, sendo certo que a lista das


atividades profissionais era meramente exemplificativa88.

O que aconteceu em 28/04/1995?


A Lei n. 9.032/95 alterou o § 3º do art. 57 da Lei n. 8.213/91 passando
a exigir, para concessão da aposentadoria especial, a comprovação da
atividade em condições especiais de forma permanente, não ocasional nem
intermitente.
Até 28/04/1995, é admissível o reconhecimento da especialidade por
categoria profissional ou por sujeição a agentes nocivos, aceitando-se
qualquer meio de prova (exceto para ruído).
A partir de 29/04/1995 não mais é possível o enquadramento por
categoria profissional, devendo existir comprovação da sujeição a agentes
nocivos por qualquer meio de prova até 05/03/1997, quando o § 1º do art.
57 da Lei n. 8.213/91 com a redação da Lei n. 9.528/97) passou a exigir o
LTCAT – Laudo Técnico das Condições Ambientais do Trabalho.

87
Enunciado 14 do CRPS. A atividade especial efetivamente desempenhada pelo
segurado, permite o enquadramento por categoria profissional até 28/04/1995 nos anexos
dos Decretos nº 53.831/64 e 83.080/79, ainda que divergente do registro em Carteira de
Trabalho e Previdência Social (CTPS), Ficha ou Livro de Registro de Empregados, desde
que comprovado o exercício nas mesmas condições de insalubridade, periculosidade ou
penosidade.
I - É dispensável a apresentação de PPP ou outro formulário para enquadramento de
atividade especial por categoria profissional, desde que a profissão ou atividade
comprovadamente exercida pelo segurado conste nos anexos dos Decretos nº 53.831/64
e 83.080/79.”

88
Tema 534 do STJ. Questão submetida a julgamento: Discute-se a possibilidade de
configuração do trabalho exposto ao agente perigoso eletricidade, exercido após a
vigência do Decreto 2.172/1997, como atividade especial, para fins do artigo 57 da Lei
8.213/1991.
Tese Firmada: As normas regulamentadoras que estabelecem os casos de agentes e
atividades nocivos à saúde do trabalhador são exemplificativas, podendo ser tido como
distinto o labor que a técnica médica e a legislação correlata considerarem como
prejudiciais ao obreiro, desde que o trabalho seja permanente, não ocasional, nem
intermitente, em condições especiais (art. 57, § 3º, da Lei 8.213/1991).

213
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Em 28/05/1998, o § 1º do art. 57, com a redação dada pela Lei n.


9.732/1998, passou a exigir que o LTCAT seja emitido nos termos da
legislação trabalhista.
Com o advento do Decreto n. 2.172/1997 não houve mais indicação
das atividades profissionais consideradas especiais, passando a ser listado
apenas os agentes considerados nocivos ao trabalhador (químicos, físicos e
biológicos).

Prova da atividade especial (PPP e LTCAT)


É a partir do LTCAT – Laudo Técnico das Condições Ambientais do
Trabalho89 que nasce o PPP – Perfil Profissiográfico Previdenciário.90

89
Enunciado 11 do CRPS. O Perfil Profissiográfico Previdenciário (PPP) é documento
hábil à comprovação da efetiva exposição do segurado a todos os agentes nocivos, sendo
dispensável o Laudo Técnico de Condições Ambientais de Trabalho (LTCAT) para
requerimentos feitos a partir de 1º/1/2004, inclusive abrangendo períodos anteriores a
esta data.
I - Poderá ser solicitado o LTCAT em caso de dúvidas ou divergências em relação às
informações contidas no PPP ou no processo administrativo.
II - O LTCAT ou as demonstrações ambientais substitutas extemporâneos que informem
quaisquer alterações no meio ambiente do trabalho ao longo do tempo são aptos a
comprovar o exercício de atividade especial, desde que a empresa informe expressamente
que, ainda assim, havia efetiva exposição ao agente nocivo.
III - Não se exigirá o LTCAT para períodos de atividades anteriores 14/10/96, data da
publicação da Medida Provisória nº 1.523/96, facultando-se ao segurado a comprovação
da efetiva exposição a agentes nocivos por qualquer meio de prova em direito admitido,
exceto em relação a ruído.

90
Tema 208 da TNU. 1. Para a validade do Perfil Profissiográfico Previdenciário (PPP)
como prova do tempo trabalhado em condições especiais nos períodos em que há
exigência de preenchimento do formulário com base em Laudo Técnico das Condições
Ambientais de Trabalho (LTCAT), é necessária a indicação do responsável técnico pelos
registros ambientais para a totalidade dos períodos informados, sendo dispensada a
informação sobre monitoração biológica. 2. A ausência total ou parcial da indicação no
PPP pode ser suprida pela apresentação de LTCAT ou por elementos técnicos
equivalentes, cujas informações podem ser estendidas para período anterior ou posterior

214
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Não é exigido o LTCAT, salvo para agente agressivo ruído,


para provar atividades especiais antes de 11/10/1996.91
A Empresa, o Sindicato e a Cooperativa deve fornecer ao
Empregado, Trabalhador Avulso e Cooperado, respectivamente,
esses dois documentos devidamente preenchido, mas para quem
trabalha por conta própria, basta o LTCAT.
O modelo válido aprovado pelo INSS é o da Instrução
Normativa n. 128/2022 com as alterações da Instrução Normativa
n. 133/2022.
O PPP eletrônico a partir de 2023 deve estar no ambiente e
no layout do eSocial e implementado a partir das informações dos
eventos de Segurança e Saúde no Trabalho - SST (S-2210, S2220
e S-2240).
O PPP foi criado em 30.10.2003 e serve para comprovar o
trabalho especial, mas antes de sua criação eram exigidos outros
documentos: SB-40, DISES BE-5235, DSS 8030 e DIRBEN 8030.
O PPP dispensa a apresentação do LTCAT quando as
informações estiverem adequadamente preenchidas e amparadas
em laudo técnico (art. 281, § 4º, IN 128/2022).

à sua elaboração, desde que acompanhados da declaração do empregador ou


comprovada por outro meio a inexistência de alteração no ambiente de trabalho ou em
sua organização ao longo do tempo. Tese com redação alterada em sede de embargos de
declaração.
91
Enunciado 20 do CRPS. Salvo em relação ao agente agressivo ruído, não será
obrigatória a apresentação de laudo técnico pericial para períodos de atividades
anteriores à edição da Medida Provisória 1.523-10/1996, de 11/10/1996.
Redação anterior a 12/11/2019 (Despacho 37/2020 DOU 12/11/2019). Salvo em relação
ao agente agressivo ruído, não será obrigatória a apresentação de laudo técnico pericial
para períodos de atividades anteriores à edição da Medida Provisória n. 1.523 -10, de
11/10/96, facultando-se ao segurado a comprovação de efetiva exposição a agentes
agressivos à sua saúde ou integridade física mencionados nos formulários SB-40 ou DSS-
8030, mediante o emprego de qualquer meio de prova em direito admitido.

215
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EPI e EPC – Equipamentos de Proteção


Nos casos de exposição do segurado ao agente nocivo ruído,
acima dos limites legais de tolerância, a declaração do empregador
o âmbito o Perfil Profissiográfico Previdenciário (PPP), sobre a
eficácia do Equipamento de Proteção Individual (EPI)92, não
descaracteriza o enquadramento como atividade especial para fins
de aposentadoria (art. 290, parágrafo único da Instrução Normativa
INSS n. 128/2022).
Somente será considerada a adoção de Equipamento de
Proteção Individual - EPI em demonstrações ambientais que
comprovadamente elimine ou neutralize a nocividade.93

92
Enunciado 12 do CRPS. O fornecimento de equipamento de proteção individual (EPI)
não descaracteriza a atividade exercida em condições especiais que prejudiquem a saúde
ou a integridade física, devendo ser considerado todo o ambiente de trabalho.
I - Se o EPI for realmente capaz de neutralizar a nocividade, não há direito à
aposentadoria especial.
II - A utilização de Equipamentos de Proteção Coletiva EPC e/ou EPI não elide a
exposição aos agentes reconhecidamente cancerígenos, a ruído acima dos limites de
tolerância, ainda que considerados eficazes.
III - A eficácia do EPI não obsta o reconhecimento de atividade especial exercida antes
de 3/12/1998, data de início da vigência da MP1.729/98, convertida na Lei n. 9.732/98,
para qualquer agente nocivo.

93
Tema 213 da TNU. I - A informação no Perfil Profissiográfico Previdenciário (PPP)
sobre a existência de equipamento de proteção individual (EPI) eficaz pode ser
fundamentadamente desafiada pelo segurado perante a Justiça Federal, desde que exista
impugnação específica do formulário na causa de pedir, onde tenham sido motivadamente
alegados: (i.) a ausência de adequação ao risco da atividade; (ii.) a inexistência ou
irregularidade do certificado de conformidade; (iii.) o descumprimento das normas de
manutenção, substituição e higienização; (iv.) a ausência ou insuficiência de orientação
e treinamento sobre o uso o uso adequado, guarda e conservação; ou (v.) qualquer outro
motivo capaz de conduzir à conclusão da ineficácia do EPI. II - Considerando que o
Equipamento de Proteção Individual (EPI) apenas obsta a concessão do reconhecimento
do trabalho em condições especiais quando for realmente capaz de neutralizar o agente
nocivo, havendo divergência real ou dúvida razoável sobre a sua real eficácia,

216
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O STF decidiu que ainda que o EPI seja eficaz e adequado é


incapaz, quando se trata de ruído, de neutralizar a nocividade por
que os danos à saúde do trabalhador continuarão existindo, daí por
que é assegurada a aposentadoria especial94, visto que “a potência
do som em tais ambientes causa danos ao organismo que vão muito
além daqueles relacionados à perda das funções auditivas” (ARE
664335, Ministro Luiz Fux, STF).
Quanto a outros agentes nocivos, exceto o ruído, a eficácia e
a adequação do EPI podem, se comprovada a neutralização do
agente nocivo, eliminar o direito à aposentadoria especial.
O Supremo Tribunal decidiu também que em caso de
divergência ou dúvida sobre a neutralização do agente nocivo, a
atividade deve ser considerada especial, fato que já vinha sendo
reconhecido pela própria Previdência.95
Quem não conseguiu o benefício em decisão proferida antes
de março de 2015 (julgamento do STF) pode pedir a revisão do
caso.

provocadas por impugnação fundamentada e consistente do segurado, o período


trabalhado deverá ser reconhecido como especial.
94
Tema 555 do STF. I - O direito à aposentadoria especial pressupõe a efetiva exposição
do trabalhador a agente nocivo à sua saúde, de modo que, se o EPI for realmente capaz
de neutralizar a nocividade não haverá respaldo constitucional à aposentadoria especial;
II - Na hipótese de exposição do trabalhador a ruído acima dos limites legais de
tolerância, a declaração do empregador, no âmbito do Perfil Profissiográfico
Previdenciário (PPP), no sentido da eficácia do Equipamento de Proteção Individual –
EPI, não descaracteriza o tempo de serviço especial para aposentadoria.
95
Enunciado 21 do CRPS. Simples fornecimento de equipamento de proteção
individual de trabalho pelo empregador não exclui a hipótese de exposição do
trabalhador aos agentes nocivos à saúde. Consideração de todo o ambiente de trabalho
(Suprimido).
Redação anterior Despacho 37/2010 DOU 12/11/2019: O simples fornecimento de
equipamento de proteção individual de trabalho pelo empregador não exclui a hipótese
de exposição do trabalhador aos agentes nocivos à saúde, devendo ser considerado todo
o ambiente de trabalho.

217
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O PPP pode ser contestado. Quando o PPP não retrata a


realidade do contrato de trabalho o segurado pode contestar o
documento e pedir a revisão. Isso já foi decidido pela Turma
Nacional de Uniformização (Tema 213).
A simples menção do uso do EPI não afasta o direito à
aposentadoria especial.
O trabalhador tem que demonstrar os motivos pelos quais o
EPI não atende à proteção:
 INADEQUADO. Não adequado para o risco que estava exposto
 CUIDADOS. Não tem manutenção, substituição ou higienização
 ORIENTAÇÃO. Defeito na orientação sobre o uso adequado, a
guarda e a conservação
 OUTROS. Qualquer outro motivo relevante

Ausência ou irregularidade do PPP e do LTCAT


A lição básica é que o PPP nasce das informações do LTCAT.
O LTCAT só tem validade se tiver os elementos informativos
básicos (art. 276, IN 128/2022), mas esta mesma norma reconhece
a dificuldade de ter o documento perfeito e lista situações em que
ele pode ser complementado ou substituído.

218
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1. laudos técnico-periciais realizados na mesma empresa,


emitidos por determinação da Justiça do Trabalho, em ações
trabalhistas, individuais ou coletivas, acordos ou dissídios
coletivos, ainda que o segurado não seja o reclamante,
desde que relativas ao mesmo setor, atividades, condições
e local de trabalho.
A atividade pode ser diversa, quando o
levantamento técnico for feito no mesmo setor (art.
278, parágrafo único, II, IN 128/2022).
O laudo pode ter data anterior ou posterior que se
pretende provar, desde que a empresa informe que
não houve alteração no ambiente de trabalhou (art.
279, IN 128/2022).
2. laudos emitidos pela FUNDACENTRO - Fundação Jorge
Duprat Figueiredo de Segurança e Medicina do Trabalho;
3. laudos emitidos por órgãos da Secretaria de Trabalho do
Ministério do Trabalho e Previdência - MTP;
4. laudos individuais acompanhados de:
a) autorização escrita da empresa para efetuar o
levantamento, quando o responsável técnico não for seu
empregado;
b) nome e identificação do acompanhante da empresa,
quando o responsável técnico não for seu empregado; e
c) data e local da realização da perícia.
5. demonstrações ambientais:
a) PPRA - Programa de Prevenção de Riscos Ambientais,
previsto na NR 9, até 02/01/2022;
b) PGR - Programa de Gerenciamento de Riscos, previsto
na NR 1, a partir de 3/01/2022;

219
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c) PGR - Programa de Gerenciamento de Riscos, na


mineração, previsto na NR 22;
d) PCMAT - Programa de Condições e Meio Ambiente de
Trabalho na Indústria da Construção, previsto na NR 18;
e) PCMSO - Programa de Controle Médico de Saúde
Ocupacional, previsto na NR 7; e
f) PGRTR - Programa de Gerenciamento de Riscos no
Trabalho Rural, previsto na NR 31.
A prova dos direitos previdenciários pode ser feita
administrativamente perante o INSS, ou
judicialmente perante o Poder Judiciário. Veja a
Parte 6 deste Livro.

As atividades especiais já aceitas pelo INSS em processos


anteriores não poderão ser alteradas, devendo ser respeitadas as
orientações vigentes à época em que foram analisadas, podendo o
segurado judicializar as situações com as quais não concorda (art.
270, IN 128/2022).
Caso sejam apresentados novos elementos, considerando-se
como tal nova documentação com informações diferentes, caberá
a reanálise do caso ou revisão (§ 1º e 2º).

Devem ser considerados para fins de aposentadoria


especial:
 Os períodos de descanso determinados pela legislação
trabalhista
 Férias
 Salário-maternidade
 Redução de jornada de trabalho definida por meio de
acordo, convenção coletiva ou sentença normativa da
Justiça do Trabalho
220
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 Os períodos de recebimento de benefícios por incapacidade quando


a atividade que precedeu o afastamento96 for considerada
especial.97

O trabalho em atividades concomitantes não impede o


acesso à aposentadoria especial, desde que comprovada a
nocividade do agente e a permanência em pelo menos um dos
vínculos.
Na hipótese de atividades concomitantes sob condições
especiais, no mesmo ou em outro vínculo, será considerada aquela
que exigir menor tempo para a aposentadoria especial (15, 20 ou
25 anos).
Chefes, gerentes, supervisores ou atividade equivalente
O exercício de funções de chefe, gerente, supervisor ou outra
atividade equivalente e servente, desde que observada a exposição
a agentes prejudiciais à saúde químicos, físicos, biológicos ou
associação de agentes, não impede o reconhecimento de

96
Tema 165 da TNU. O período de auxílio-doença de natureza previdenciária,
independente de comprovação da relação da moléstia com a atividade profissional do
segurado, deve ser considerado como tempo especial quando trabalhador exercia
atividade especial antes do afastamento. Tese no mesmo sentido do Tema 998/STJ: O
Segurado que exerce atividades em condições especiais, quando em gozo de auxílio-
doença, seja acidentário ou previdenciário, faz jus ao cômputo desse mesmo período
como tempo de serviço especial. Obs.: com base no § 1º do art. 1.036 do CPC, foi admitido
como representativo de controvérsia o recurso extraordinário interposto contra acórdão
proferido no julgamento do Recurso Especial n. 1.723.181/RS (Tema Repetitivo n.
998/STJ). OBS: O STF, no julgamento do Tema 1107 (RE 1279819), decidiu que não há
repercussão geral acerca da matéria.
97
Tema 998 do STJ. O Segurado que exerce atividades em condições especiais, quando
em gozo de auxílio-doença, seja acidentário ou previdenciário, faz jus ao cômputo desse
mesmo período como tempo de serviço especial.

221
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enquadramento do tempo de serviço exercido em condições


especiais (art. 287, § 5º, IN 128/2022).

Conversão do tempo especial (em comum e em especial)


O tempo especial vale mais porque durante o exercício das
atividades profissionais o trabalhador expõe a saúde e a integridade
física em risco.
Quando o segurado não completa o tempo de serviço para
aposentar com o tempo reduzido de 15, 20 ou 25 anos, ele pode
utilizar o tempo de serviço especial com o adicional proporcional ao
tempo do benefício que teria direito.
Por exemplo, se exerceu atividades que proporcionaria
aposentadoria com 25 anos de serviço e quer converter o tempo de
serviço para obtenção da aposentadoria por tempo de contribuição,
é possível encontrar o índice de conversão fazendo a seguinte
operação:
 Se o segurado for homem, a aposentadoria seria aos 35 anos,
então é só dividir
35 por 25 e
encontrar o índice
de conversão: 1,4.
Isso significa que
o tempo de serviço
comum será 40%
a mais que o
tempo de serviço
especial.
 Se se tratar de segurada, a aposentadoria por tempo de contribuição
seria com 30 anos, então é só dividir 30 por 25 e encontrar o índice
de conversão: 1,2.
Isso significa que o tempo de serviço comum será 20% a mais que
o tempo de serviço especial.

222
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Mesmo quando o segurado tem direito à aposentadoria especial de


15, 20 ou 25 anos, é bom simular a conversão do tempo especial
para verificar se terá acesso a outras hipóteses mais vantajosas de
benefício. Neste caso o planejamento previdenciário é essencial.
Fim da conversão do tempo especial em comum
Depois da reforma da previdência de 13/11/2019, aprovada
pela Emenda Constitucional n. 103/2019, não é possível converter
o tempo especial em comum.
O tempo de serviço trabalhado até o dia 13/11/2019 pode ser
convertido a qualquer tempo.
Conversão de tempo de serviço especial do Servidor Público
O tempo de serviço do Servidor Público vinculado a Regime Próprio
de Previdência (RPPS) pode ser convertido para fins de aposentadoria
especial no (RGPS) desde que conste na Certidão de Tempo de
Contribuição (CTC) tratar-se de atividade de risco para fins
previdenciários.98
Calculadora que converte tempo especial em comum
A calculadora de aposentadoria do site oficial do INSS não faz
a simulação de aposentadoria especial, nem a conversão do tempo
de serviço especial em comum.

98
Tema n. 942 do STF. Até a edição da Emenda Constitucional nº 103/2019, o direito à
conversão, em tempo comum, do prestado sob condições especiais que prejudiquem a
saúde ou a integridade física de servidor público decorre da previsão de adoção de
requisitos e critérios diferenciados para a jubilação daquele enquadrado na hipótese
prevista no então vigente inciso III do § 4º do art. 40 da Constituição da República,
devendo ser aplicadas as normas do regime geral de previdência social relativas à
aposentadoria especial contidas na Lei 8.213/1991 para viabilizar sua concretização
enquanto não sobrevier lei complementar disciplinadora da matéria. Após a vigência da
EC n.º 103/2019, o direito à conversão em tempo comum, do prestado sob condições
especiais pelos servidores obedecerá à legislação complementar dos entes federados, nos
termos da competência conferida pelo art. 40, § 4º-C, da Constituição da República.

223
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Isso dificulta que o trabalhador possa simular e planejar muitas


situações mais vantajosas de aposentadoria:
 Antecipar o início do benefício com a conversão do tempo de serviço
especial em comum;
 Inclusão nas regras de direito adquirido de outras espécies de
benefícios se, com a conversão, preenchesse os requisitos para
aposentadoria nas regras revogadas;
 Preenchimento
das condições
necessárias, em
razão do
acréscimo do
tempo de serviço
decorrente da
conversão, para
enquadramento
em regras de transição;
Conversão de tempo de serviço especial em especial
Quando o segurado tiver exercido alternadamente atividades
de risco que lhe garantam a concessão da aposentadoria especial
com menos tempo (15 anos, por exemplo), e tenha exercido
também, alternadamente, outra atividade especial com menor risco à
sua saúde ou integridade física (25 anos, por exemplo), que também
lhe permite aposentar com o benefício especial, deverá converter o
tempo de serviço de maior risco em atividade que demanda menor
risco, ou vice-versa, para que elas possam ser somadas.
Para elaborar essa conversão utilize a tabela que com os índices
de conversão de tempo de serviço especial de maior risco em tempo
de serviço especial de menor ou médio risco.
A aplicação do índice de conversão é muito simples:
Identifique se a aposentadoria será com 15, 20 ou 25 anos
de atividade. Esse será o tempo a converter.
224
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Depois de identificado o tempo que será convertido, identifique


qual será o tempo exigido para concessão da aposentadoria
especial que se pretende, e operar a multiplicação pelo índice
respectivo.
Exemplificando: caso o segurado queira o benefício de
aposentadoria especial com 25 anos de atividade e tenha exercido
alternadamente atividade que demandava a aposentadoria especial
com 15 anos, deverá, então, converter o tempo de serviço de 15
anos em 25 anos mediante a aplicação do multiplicador 1,67,
conforme a tabela abaixo.

Ruído
O limite de tolerância para configuração da especialidade do
tempo de serviço para o agente ruído deve ser: 99
 80 dB até 05/03/1997
 90 dB no período de 06/03/1997 a 18/11/2003
 85 dB a partir de 19/11/2003
Possibilidade de reconhecimento do exercício de atividade
sob condições especiais pela exposição ao agente ruído100, quando

99
Tema 694 do STJ. O limite de tolerância para configuração da especialidade do tempo
de serviço para o agente ruído deve ser de 90 dB no período de 6.3.1997 a 18.11.2003,
conforme Anexo IV do Decreto 2.172/1997 e Anexo IV do Decreto 3.048/1999, sendo
impossível aplicação retroativa do Decreto 4.882/2003, que reduziu o patamar para 85
dB, sob pena de ofensa ao art. 6º da LINDB (ex-LICC).
100
Enunciado 13 do CRPS. Atendidas as demais condições legais, considera-se especial,
no âmbito do RGPS, a atividade exercida com exposição a ruído superior a 80 decibéis
até 05/03/97, superior a 90 decibéis desta data até 18/11/2003, e superiora 85 decibéis a
partir de então.
I - Os níveis de ruído devem ser medidos, observado o disposto na Norma
Regulamentadora nº 15 (NR-15), anexos 1 e 2, com aparelho medidor de nível de pressão

225
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constatados diferentes níveis de efeitos sonoros, considerando-se


apenas o nível máximo aferido (critério "pico de ruído"), a média
aritmética simples ou o Nível de Exposição Normalizado (NEN).101
Ainda que o EPI elimine a insalubridade, no caso do ruído,
considerando os efeitos nocivos em todo o corpo do trabalhador, a atividade
ainda assim será especial caso a intensidade ultrapasse o limite de
tolerância.102

sonora, operando nos circuitos de compensação - dB (A) para ruído contínuo ou


intermitente ou dB (C) para ruído de impacto.
II - Até 31 de dezembro de 2003, para a aferição de ruído contínuo ou intermitente, é
obrigatória a utilização das metodologias contidas na NR-15, devendo ser aceitos ou o
nível de pressão sonora pontual ou a média de ruído, podendo ser informado
decibelímetro, dosímetro ou medição pontual no campo "Técnica Utilizada" do Perfil
Profissiográfico Previdenciário (PPP).
III - A partir de 1º de janeiro de 2004, para a aferição de ruído contínuo ou intermitente,
é obrigatória a utilização das metodologias contidas na Norma de Higiene Ocupacional
01 (NHO-01) da FUNDACENTRO ou na NR-15, que reflitam a medição de exposição
durante toda a jornada de trabalho, vedada a medição pontual, devendo constar do PPP
a técnica utilizada e a respectiva norma.
IV - Em caso de omissão ou dúvida quanto à indicação da metodologia ou técnica
utilizadas para aferição da exposição nociva ao agente ruído, o PPP não deve ser
admitido como prova da especialidade, devendo ser apresentado o respectivo Laudo
Técnico de Condições Ambientais do Trabalho (LTCAT) ou solicitada inspeção no
ambiente de trabalho, para fins de verificar a técnica utilizada na medição, bem como a
respectiva norma.

101
Tema 1083 do STJ. O reconhecimento do exercício de atividade sob condições
especiais pela exposição ao agente nocivo ruído, quando constatados diferentes níveis de
efeitos sonoros, deve ser aferido por meio do Nível de Exposição Normalizado (NEN).
Ausente essa informação, deverá ser adotado como critério o nível máximo de ruído (pico
de ruído), desde que perícia técnica judicial comprove a habitualidade e a permanência
da exposição ao agente nocivo na produção do bem ou na prestação do serviço.
102
Súmula 9 da TNU. O uso de Equipamento de Proteção Individual (EPI), ainda que
elimine a insalubridade, no caso de exposição a ruído, não descaracteriza o tempo de
serviço especial prestado.

226
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A partir de 19/11/2003 a técnica utilizada para aferição do ruído


deve indicar a metodologias contida na NHO-01 da FUNDACENTRO ou
na NR-15. Em caso de omissão deve ser apresentado o LTCAT.
A NR-15 foi publicada em 08/06/1978 pela Portaria n. 3.214/78, e
trata dos limites de tolerância, portanto não é possível exigir tal norma
como metodologia.
A Norma de Higiene Ocupacional (NHO-01) foi publicada em 1980
e adotada como método de aferir o agente nocivo ruído a partir de
19/11/2003 ou 01/01/2004 (como diz o art. 292, IV da IN 128/2022),
portanto esta metodologia não pode ser exigida para período anterior.103
Assim a NR-15 não exclui a NHO-01 e vice-versa, visto que a
NHO-01 traça a metodologia de aferição do ruído e a NR-15 estabelece os
limites de tolerância (Anexo 1 e 2 da Norma Regulamentadora), portanto
devem ser aplicadas em conjunto, e ainda assim alinhadas com a
habitualidade e a permanência da exposição ao agente nocivo ruído na
produção do bem ou da prestação do serviço, o que, caso não haja efetiva
demonstração, deve ser superado por perícia técnica judicial conforme
Tema 1083 do STJ.
A validade das expressões “dosimetria” ou “dosímetro” mencionadas
no PPP estão sob análise no Tema 317 do STJ.104

103
Tema 174 da TNU. (Em revisão). (a) "A partir de 19 de novembro de 2003, para a
aferição de ruído contínuo ou intermitente, é obrigatória a utilização das metodologias
contidas na NHO-01 da FUNDACENTRO ou na NR-15, que reflitam a medição de
exposição durante toda a jornada de trabalho, vedada a medição pontual, devendo
constar do Perfil Profissiográfico Previdenciário (PPP) a técnica utilizada e a respectiva
norma"; (b) "Em caso de omissão ou dúvida quanto à indicação da metodologia
empregada para aferição da exposição nociva ao agente ruído, o PPP não deve ser
admitido como prova da especialidade, devendo ser apresentado o respectivo laudo
técnico (LTCAT), para fins de demonstrar a técnica utilizada na medição, bem como a
respectiva norma".
104
Tema 317 do STJ. Questão submetida a julgamento: A menção à técnica da dosimetria
ou ao dosímetro no PPP é suficiente para se concluir pela observância das determinações
da Norma de Higiene Ocupacional (NHO-01) da FUNDACENTRO e/ou da NR-15, nos
termos do Tema 174 da TNU?

227
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Eletricidade – 250 Volts


O tempo de serviço exposto a tensão elétrica superior a 250 Volts
garante a especialidade nas operações em locais com contato com
eletricidade em condições de perigo de vida (eletricistas, ajudantes e
atividades afins), independente do tempo mínimo de exposição durante a
jornada105, visto que a intermitência não afasta a especialidade da atividade
desempenhada. ratificando a disposição legal prevista na Consolidação das
Leis do Trabalho (CLT)106.
Até 28/04/1995 a atividade especial era enquadrada por categoria
profissional (Código 1.1.8 e 2.1.1 do Decreto n. 53.831/64) e após esta data
há pronunciamento do Superior Tribunal de Justiça mantendo o
enquadramento, visto que a relação de atividades especiais é
exemplificativa.107
Importante esclarecer que, nos casos em que resta comprovado o
exercício de atividades com alta eletricidade (tensão acima de 250 volts), a

105
Tema 210 da TNU. Para aplicação do artigo 57, §3.º, da Lei n.º 8.213/91 à tensão
elétrica superior a 250 V, exige-se a probabilidade da exposição ocupacional, avaliando-
se, de acordo com a profissiografia, o seu caráter indissociável da produção do bem ou
da prestação do serviço, independente de tempo mínimo de exposição durante a jornada.
106
Art. 193 da CLT. São consideradas atividades ou operações perigosas, na forma da
regulamentação aprovada pelo Ministério do Trabalho e Emprego, aquelas que, por sua
natureza ou métodos de trabalho, impliquem risco acentuado em virtude de exposição
permanente do trabalhador a:
I – inflamáveis, explosivos ou energia elétrica;

107
Tema 534 do STJ. Questão submetida a julgamento: Discute-se a possibilidade de
configuração do trabalho exposto ao agente perigoso eletricidade, exercido após a
vigência do Decreto 2.172/1997, como atividade especial, para fins do artigo 57 da Lei
8.213/1991.
Tese Firmada: As normas regulamentadoras que estabelecem os casos de agentes e
atividades nocivos à saúde do trabalhador são exemplificativas, podendo ser tido como
distinto o labor que a técnica médica e a legislação correlata considerarem como
prejudiciais ao obreiro, desde que o trabalho seja permanente, não ocasional, nem
intermitente, em condições especiais (art. 57, § 3º, da Lei 8.213/1991).

228
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sua natureza já revela, por si só, diante do risco de morte, que mesmo na
utilização de equipamentos de proteção individual (EPI), tido por
eficazes, não é possível afastar o trabalho em condições especiais, tendo
em vista a periculosidade a que fica exposto o profissional (cf. Processo n.
5002563-11.2020.4.03.6126).

Área da saúde (agentes biológicos)


A Turma Nacional de Uniformização (TNU) definiu a regra para
avaliar o tempo de serviço especial que favoreceu o trabalhador que ficou
exposto aos agentes biológicos, “independentemente de tempo mínimo de
exposição durante a jornada”.108
Assim, trabalhadores que se expõe ao risco por pouco tempo durante
a jornada de trabalho a agentes nocivos podem garantir o acesso à
aposentadoria especial, ainda quando a profissão não esteja indicada na
relação de atividades expostas a agentes biológicos.109
Isso pode englobar todos os trabalhadores de hospitais, por exemplo,
atendentes, recepcionistas, pessoal da limpeza110, dentre outros, mesmo
que não tenham contato direto com o paciente.

108
Tema 211 da TNU. Para aplicação do artigo 57, §3.º, da Lei n.º 8.213/91 a agentes
biológicos, exige-se a probabilidade da exposição ocupacional, avaliando-se, de acordo
com a profissiografia, o seu caráter indissociável da produção do bem ou da prestação
do serviço, independente de tempo mínimo de exposição durante a jornada.
109
Tema 205 da TNU. a) para reconhecimento da natureza especial de tempo laborado
em exposição a agentes biológicos não é necessário o desenvolvimento de uma das
atividades arroladas nos Decretos de regência, sendo referido rol meramente
exemplificativo; b) entretanto, é necessária a comprovação em concreto do risco de
exposição a microorganismos ou parasitas infectocontagiosos, ou ainda suas toxinas, em
medida denotativa de que o risco de contaminação em seu ambiente de trabalho era
superior ao risco em geral, devendo, ainda, ser avaliado, de acordo com a profissiografia,
se tal exposição tem um caráter indissociável da produção do bem ou da prestação do
serviço, independentemente de tempo mínimo de exposição durante a jornada (Tema
211/TNU).
110
Súmula 82 da TNU. O código 1.3.2 do quadro anexo ao Decreto n.º 53.831/64, além
dos profissionais da área da saúde, contempla os trabalhadores que exercem atividades
de serviços gerais em limpeza e higienização de ambientes hospitalares.

229
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Trabalhador rural - agropecuária


O Decreto nº 53.831/64, no seu item 2.2.1, considera como insalubre
somente os serviços e atividades profissionais desempenhados
na agropecuária, o que já foi reconhecido pelo Conselho de Recursos da
Previdência Social no Enunciado n. 15.111

Trabalhador rural na lavoura canavieira


Em construção.

Vigilantes e transporte de valores (área da segurança)


A atividade especial no caso dos Vigilantes, vigias, guardas, dos
profissionais da área de segurança pessoal ou patrimonial regidos pela
CLT112, inclusive de porteiros, dependendo da profissiografia) e transporte

111
Enunciado 15 do CRPS. Para os efeitos de reconhecimento de tempo especial, o
enquadramento do tempo de atividade do trabalhador rural, segurado empregado, sob o
código 2.2.1 do Quadro anexo ao Decreto nº 53.831/64, é possível quando o regime de
vinculação for o da Previdência Social Urbana, e não o da Previdência Rural
(PRORURAL), para os períodos anteriores à unificação de ambos os regimes pela Lei nº
8.213/91, e aplica-se ao tempo de atividade rural exercido até 28/04/95,
independentemente de ter sido prestado exclusivamente na lavoura ou na pecuária.
I - Até a edição da Lei nº 8.213, de 24/07/91, é possível o enquadramento como especial
do labor prestado na agricultura (cód 2.2.1 do Decreto nº 53.831/64) desde que o
trabalhador estivesse vinculado ao setor rural da agroindústria e a respectiva empresa
necessariamente inscrita no extinto Instituto de Aposentadoria e Pensões dos
Industriários - IAPI.
II - Após a Lei nº 8.213/91 e até a Lei 9.032/95, admite-se o reconhecimento como especial
o trabalho exercido pelo empregado rural na agropecuária, agricultura ou pecuária.
112
Art. 193 da CLT. São consideradas atividades ou operações perigosas, na forma da
regulamentação aprovada pelo Ministério do Trabalho e Emprego, aquelas que, por sua
natureza ou métodos de trabalho, impliquem risco acentuado em virtude de exposição
permanente do trabalhador a:
II - roubos ou outras espécies de violência física nas atividades profissionais de segurança
pessoal ou patrimonial.

230
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de valores, é regida por três temas repetitivos: dois já foram julgados, o


1031 no STJ e 282 na TNU. No STF é o Tema 1209, que está pendente de
julgamento.
 Tema 282 da TNU, que foi julgado em 18/08/2022 a favor dos
vigilantes e reconheceu as atividades especiais até 1995,
independentemente do uso de arma de fogo.113
 Tema 1031 do STJ114, que foi julgado em 28/09/2021 reconheceu
a possibilidade de aposentadoria especial mesmo depois da reforma
da previdência de 2019.115
 Tema 1209 do STF, vai analisar a constitucionalidade da decisão
do Tema 1031 do STJ.116

113
Tema 282 da TNU. A atividade de vigia ou de vigilante é considerada especial por
equiparação à atividade de guarda prevista no código 2.5.7 do Decreto 53.831/64, até a
edição da Lei n. 9.032/1995, independentemente do uso de arma de fogo, desde que haja
comprovação da equiparação das condições de trabalho, por qualquer meio de prova.

114
Tema 128 da TNU. É admissível o reconhecimento da especialidade da atividade de
Vigilante, com ou sem o uso de arma de fogo, em data posterior à Lei 9.032/1995 e ao
Decreto 2.172/1997, desde que haja a comprovação da efetiva nocividade da atividade,
por qualquer meio de prova até 5.3.1997, momento em que se passa a exigir apresentação
de laudo técnico ou elemento material equivalente, para comprovar a permanente, não
ocasional nem intermitente, exposição à atividade nociva, que coloque em risco a
integridade física do Segurado. (Entendimento superado, em face da decisão do STJ no
tema 1031)
115
Tema 1031 do STJ. É possível o reconhecimento da especialidade da atividade de
Vigilante, mesmo após EC 103/2019, com ou sem o uso de arma de fogo, em data
posterior à Lei 9.032/1995 e ao Decreto 2.172/1997, desde que haja a comprovação da
efetiva nocividade da atividade, por qualquer meio de prova até 5.3.1997, momento em
que se passa a exigir apresentação de laudo técnico ou elemento material equivalente,
para comprovar a permanente, não ocasional nem intermitente, exposição à atividade
nociva, que coloque em risco a integridade física do Segurado.
116
Tema 1209 do STF (em julgamento) Reconhecimento da atividade de vigilante como
especial, com fundamento na exposição ao perigo, seja em período anterior ou posterior
à promulgação da Emenda Constitucional 103/2019.

231
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Está em trâmite no Legislativo o Projeto de Lei (PLP n. 245/2019)


que garante aposentadoria especial nas atividades de “vigilância ostensiva
e transporte de valores, ainda que sem o uso de arma de fogo, bem como
proteção de bens, serviços, logradouros públicos municipais e instalações
de município”.
As regras para vigilância ostensiva e transporte de valores estão
definias na Lei n. 7.102/1983 e Decreto n. 89.056/1983.

Trabalho em Postos de Combustível


A atividade em postos de combustível pode ser considerada especial
nos moldes do item 1.2.11 do Decreto 53.831/64 (operações executadas
com derivados tóxicos de carbono I. Hidrocarbonetos - gasolina e óleo
diesel; e III. Álcoois - álcool etílico ou etanol), vez que a o exercício da
profissão demanda contato direto com líquidos inflamáveis.117
A Portaria SIT n. 308/2012 da Secretaria de Inspeção do Trabalho
vinculada ao Ministério do Trabalho, alterou a NR-20 que, além do
hidrocarboneto, especifica que o exercício das atividades em Postos de
Serviços Revendedores de Combustíveis Automotivos (PRC) expõe o
trabalhador a Atmosfera inflamável (20.13.4) e líquidos combustíveis, com
riscos de vazamento, derramamento, incêndio, explosões (20.14) e vapores
(14.1 do Anexo IV), com exposição à contaminação por via respiratória e
cutânea.
O item 2.1.1 do Anexo IV, que trata da exposição ocupacional ao
benzeno, define onde ele está presente:
“consideram-se Postos de Serviço Revendedores de Combustíveis
Automotivos contendo benzeno o estabelecimento localizado em
terra firme que revende, a varejo, combustíveis automotivos e
abastece tanque de consumo dos veículos automotores terrestres ou
em embalagens certificadas pelo INMETRO.”

117
Tema 157 da TNU. Não há presunção legal de periculosidade da atividade do
frentista, sendo devida a conversão de tempo especial em comum, para concessão de
aposentadoria por tempo de contribuição, desde que comprovado o exercício da atividade
e o contato com os agentes nocivos por formulário ou laudo, tendo em vista se tratar de
atividade não enquadrada no rol dos Decretos n. 53.831/64 e 83.080/79.

232
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O próprio Ministério do trabalho alça à categoria de fato público e


notório, que a exposição a agentes noviços em PRC´s são cancerígenos,
conforme itens 3.3 e 13.1.
No item 3.3 escreve que “São direitos dos trabalhadores, além do
previsto no item 1.4.4 da NR-01, serem informados sobre os riscos potenciais de
exposição ao benzeno que possam afetar sua segurança e saúde, bem como as
medidas preventivas necessárias.”
E no item 13.1 deixa claro que “Os PRC devem manter sinalização, em local
visível, na altura das bombas de abastecimento de combustíveis líquidos contendo
benzeno, indicando os riscos dessa substância, nas dimensões de 20 x 14 cm com os
dizeres: “A GASOLINA CONTÉM BENZENO, SUBSTÂNCIA CANCERÍGENA. RISCO
À SAÚDE.”

Esta situação já foi admitida pela TNU nos autos do processo n.


0001874-42.2011.4.01.3501.
31. Note-se que houve o reconhecimento pelo STJ e também por esta TNU
(PEDILEF nº 50012383420124047102, rel. Juiz Federal Bruno Leonardo
Câmara Carrá, j. 06.08.2014) quanto à condição de risco não prevista no
regulamento (perigosa), o que torna muito mais lógica a extensão ao frentista
da possibilidade de enquadramento da atividade de manuseio de hidrocarboneto
com aquela normalmente aceita pelo INSS (de produção de hidrocarboneto),
posto que aqui se trata de mero caso de extensão da hipótese de exposição
nociva já prevista a caso similar. 32. Veja-se que o próprio Ministério do
Trabalho, nos termos da Portaria nº 308/2012, que alterou a Norma
Regulamentara nº 20 (NR-20), que trata da "segurança e saúde no trabalho com
inflamáveis e combustíveis", entendeu que estão sujeitos à norma
regulamentadora as atividades, dentre outras, relacionadas a "postos de serviço
com inflamáveis e/ou líquidos combustíveis", cuja definição entendo alcançar
os postos de combustíveis de venda no varejo, donde concluo pela natureza
insalubre/perigosa da atividade de frentista. 33. Fixadas essas premissas, chego
ao caso concreto, no qual o julgado da instância anterior apontou a
comprovação do agente nocivo insalubridade/periculosidade, situação fática
sobre a qual não comporta rediscussão (Súmula 42 da TNU).

233
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CTC – Certidão de tempo de Contribuição


Em construção. Tempo especial vale em qualquer regime.118

Conversão do tempo de PCD em comum e vice-versa


Em construção.

Deficiência MULHER De PcD para Comum De Comum para PcD


Leve 1,07 0,93
Moderada 1,25 0,80
Grave 1,50 0,66

Deficiência HOMEM De PcD para Comum De Comum para PcD


Leve 1,06 0,94
Moderada 1,20 0,82
Grave 1,40 0,71

Tempo de afastamento ou de B32 conta como PCD


Em construção.

Diferença da deficiência da incapacidade


Em construção.

118
Tema 278 da TNU. I - O(A) segurado(a) que trabalhava sob condições especiais e
passou, sob qualquer condição, para regime previdenciário diverso, tem direito à
expedição de certidão desse tempo identificado como especial, discriminado de data a
data, ficando a conversão em comum e a contagem recíproca à critério do regime de
destino, nos termos do art. 96, IX, da Lei n.º 8.213/1991; II - Na contagem recíproca entre
o Regime Geral da Previdência Social - RGPS e o Regime Próprio da União, é possível a
conversão de tempo especial em comum, cumprido até o advento da EC n.º 103/2019.

234
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Quem é considerado “Pessoa com Deficiência – PcD”


O Estatuto da Pessoa com Deficiência considera pessoa com
deficiência aquela que tem algum impedimento de longo prazo de
natureza física, mental, intelectual ou sensorial.
Este impedimento deve ser associado a alguma barreira,
entrave, obstáculo ou qualquer limitação que impeça a participação
plena e efetiva da pessoa na sociedade e em igualdade de
condições com as demais pessoas.

Como é feita a avaliação


A avaliação da deficiência nem sempre é necessária, visto que
diante de situações extremas dá para se lembrar do ditado de que
“contra fatos não há argumentos”, todavia, quando necessária, a
avaliação deve ser biopsicossocial, realizada por equipe
multiprofissional e interdisciplinar, que levará em consideração:
 os impedimentos nas funções e nas estruturas do corpo;
 os fatores socioambientais, psicológicos e pessoais;
 a limitação no desempenho de atividades; e
 a restrição de participação.

Verificação da Estabilidade pré-aposentadoria


Em construção.

Como escolher o melhor benefício


Em construção.

Quanto vai deixar de receber


Em construção.

Quanto vai ter que contribuir


Em construção.

235
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Acúmulo de benefícios
O planejamento previdenciário, observando o direito adquirido,
deve prever os benefícios que o contribuinte pode ter, inclusive
aqueles que podem e os que não podem ser acumulados.
É permito o acúmulo de:
 pensão por morte deixada por cônjuge ou companheiro do RGPS
com pensão por morte concedida por outro regime de
previdência social ou com pensões decorrentes das atividades
militares
 pensão por morte deixada por cônjuge ou companheiro do RGPS
com aposentadoria do mesmo regime e de regime próprio de
previdência social ou com proventos de inatividade decorrentes
das atividades militares
 aposentadoria concedida no âmbito do RGPS com pensão
deixada por cônjuge ou companheiro de regime próprio de
previdência social ou com proventos de inatividade decorrentes
das atividades militares
Nessas hipóteses de acumulação, fica assegurada a percepção
do valor integral do benefício mais vantajoso e de uma parte de cada
um dos demais benefícios, apurada cumulativamente de acordo com
as seguintes faixas:
60% do valor que exceder um salário mínimo, até o limite
de dois salários mínimos;
40% do valor que exceder dois salários mínimos, até o
limite de três salários mínimos;
20% do valor que exceder três salários mínimos, até o limite
de quatro salários mínimos; e
10% do valor que exceder quatro salários mínimos.
Os benefícios concedidos antes da Reforma da Previdência de
13/11/2019 podem ser integralmente acumulados.

236
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Saque do FGTS
A aprovação da aposentadoria autoriza o segurado sacar o todo
saldo da conta vinculada do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço
(FGTS).
Mesmo depois de aposentado, o segurado empregado deverá ter
depositado em sua conta vinculada os 8% da remuneração, por conta
do empregador. É como se o aposentado tivesse um aumento salarial
de 8%.
Aliás, se o aposentado continuar trabalhando (na mesma
empresa) poderá receber mensalmente os novos depósitos que forem
feitos, mas se sair da empresa e for contratado por outra o saque não
poderá mais ser feito.
Nesta hipótese o saque somente poderá ser feito nas condições
previstas pela lei fundiária, por exemplo, por demissão sem justa
causa.
Particularidades relacionadas ao saque do FGTS:
 FGTS não depositado pela empresa.
Caso os depósitos não estejam sendo feitos, o primeiro passo é
tentar resolver isso diretamente no departamento de pessoal da
empresa.
Há a possibilidade de cobrança na Justiça, mas se o trabalhador
não quiser se identificar, pode pedir ajuda do sindicato da categoria ou
do Ministério do Trabalho.
O prazo para reclamar a ausência dos depósitos é de cinco anos
por que se trata de um direito trabalhista.
Isso foi decidido pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e esta
decisão tem repercussão geral, o que significa que todos os juízes e
tribunais devem julgar dessa forma.
 FGTS do saque aniversário
O trabalhador que deseja optar pelo saque aniversário precisa
informar a Caixa sobre o interesse por esta modalidade de saque.

237
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A opção não é obrigatória e pode ser realizada pelo aplicativo do


FGTS, no site da Caixa ou nas agências.
Os trabalhadores que optarem pelo saque aniversário até o
último dia do mês de seu aniversário poderão receber o valor no
mesmo ano da opção. O valor é variável de acordo com o saldo do
FGTS.
Quem fizer a opção fica 24 meses sem poder sacar o saldo do
FGTS em caso de rescisão, mas é permitido o saque da multa de 40%.
Quem não fizer a opção, permanece no sistema do saque
rescisão.

 FGTS de trabalhadores falecidos


Os herdeiros e dependentes dos trabalhadores falecidos, que
não sacaram o FGTS enquanto estavam vivos, podem receber o saldo
do valor depositado.
Não é preciso seguir o calendário divulgado pela Caixa para
receber o dinheiro.
Isso pode ser resolvido com uma certidão de dependência
emitida pela Previdência Social.
Quando o dependente for menor de idade, o valor do saque ficará
retido até quando ele completar a maioridade.
As situações que não forem resolvidas administrativamente
poderão ser avaliadas por um juiz e os herdeiros e dependentes
receberão os valores por meio de alvará judicial ou inventário.

 Doença grave e por pessoas com deficiência


Não tem sentido o trabalhador não poder sacar o seu FGTS
quando ele (ou algum dos seus dependentes) for acometido de uma
doença grave. A Justiça tem autorizado.
Existe uma lista de doenças que permitem que a própria Caixa
autorize o saque, ocorre que esta lista é exemplificativa e, por isso, não
abrange todas as situações que podem gerar o acesso ao saque.

238
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Caso a doença seja grave e não esteja incluída nesta lista, o


trabalhador pode fazer a prova desta gravidade na Justiça e pedir
autorização de acesso ao saque do saldo do FGTS ou parte do saldo.
Um decreto recente autorizou o saque do FGTS para pessoas
que possuem algum tipo de deficiência física, sensorial, como a
auditiva e a visual, para aquisição, por exemplo, de muletas,
andadores, aparelho de ampliação sonora, prótese ocular, óculos, e
tem decisões da Justiça autorizando tratamento dentário do
trabalhador e dos seus dependentes.

 Onde reclamar a ausência e a diferença do FGTS


Quando o trabalhador tem problemas na hora do saque ele pode
reclamar na Justiça.
Mas contra quem ele faz esta reclamação: Caixa Econômica
Federal ou a empresa?
Se houver recusa ao pagamento do saldo do FGTS o trabalhador
pode reclamar na Justiça contra a Caixa Econômica Federal.
E se a empresa não fez os depósitos aí o processo é contra a
empresa, mas um detalhe. O trabalhador tem o prazo de 5 anos para
cobrar cada um dos depósitos que não foram efetuados.

 Impenhorabilidade do saldo do FGTS


A lei prevê a impenhorabilidade do saldo de conta vinculada ao
FGTS, mas o Superior Tribunal de Justiça entende que esta proibição
deve ser abrandada quando objetivo é satisfazer, por exemplo, dívida
de pensão alimentícia, ante a prevalência do princípio constitucional
da dignidade da pessoa humana e do direito à vida.

Multa de 40% do FGTS


A multa de 40% sobre o valor dos depósitos do FGTS será paga
em duas situações: em caso de demissão sem justa causa ou em caso
de dispensa arbitrária.

239
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No extrato da conta vinculada do FGTS tem dois saldos.

 Um é referente ao valor de todos os depósitos que foram


feitos durante o contrato de trabalho, ainda que tenha
havido saques.

 Outro referente aos valores que não foram sacados.


A multa de 40% é calculada sobre o valor de todos os
depósitos do contrato de trabalho, computando inclusive os valores
que já foram sacados.

Empréstimo consignado
O INSS não tem responsabilidade pelos danos patrimoniais e
extrapatrimoniais decorrentes do empréstimo consignado.119

Planejamento Previdenciário Familiar


Em construção. Aguarde!
Você já está pensando na aposentadoria ou já se aposentou
e quer ajudar seu marido, sua esposa, seu companheiro ou
companheira a ter uma renda também?

119
Tema 183 da TNU. I - O INSS não tem responsabilidade civil pelos danos patrimoniais
ou extrapatrimoniais decorrentes de “empréstimo consignado”, concedido mediante
fraude, se a instituição financeira credora é a mesma responsável pelo pagamento do
benefício previdenciário, nos termos do art. 6º, da Lei n. 10.820/03; II – O INSS pode ser
civilmente responsabilizado por danos patrimoniais ou extrapatrimoniais, se
demonstrada negligência, por omissão injustificada no desempenho do dever de
fiscalização, se os “empréstimos consignados” forem concedidos, de forma fraudulenta,
por instituições financeiras distintas daquelas responsáveis pelo pagamento dos
benefícios previdenciários. A responsabilidade do INSS, nessa hipótese, é subsidiária em
relação à responsabilidade civil da instituição financeira.

240
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Já pensou que em pouco tempo pode ter mais de uma


aposentadoria na mesma casa e, se um ou outro faltar, dá para
receber dois benefícios?

Previdência privada é a saída?


A Previdência Complementar, conhecida como Previdência
Privada, não tem qualquer relação direta com o INSS ou com o
Regime de Previdência dos Servidores Públicos.
Ela é autônoma e gerida por Entidades que também são
autônomas:
 EAPC – Entidades Abertas de Previdência Complementar
Têm fins lucrativos.
As Entidades Abertas são fiscalizadas pela Superintendência
de Seguros Privados - Susep.120
 EFPC – Entidades Fechadas de Previdência Complementar
Não tem fins lucrativos.
As Entidades Fechadas, conhecidas como Fundos de Pensão,
são fiscalizadas pela Superintendência Nacional de Previdência
Complementar – Previc.
O que é Previdência Privada?
É uma forma facultativa de investimento com o objetivo de
conquistar proteção previdenciária adicional durante a
aposentadoria.
A adesão não é obrigatória, como acontece no RGPS a cargo
do INSS e nos RPPS dos Servidores Públicos.

120
Súmula 563 do STF. O Código de Defesa do Consumidor é aplicável às entidades
abertas de previdência complementar, não incidindo nos contratos previdenciários
celebrados com entidades fechadas.

241
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O Regime de Previdência Complementar (RPC) possui regras


específicas previstas nas Leis Complementares n. 108 e 109,
ambas de 2001.

Como os benefícios da Previdência Privada são calculados?


O benefício de aposentadoria será calculado e mantido com
base nas contribuições de cada participante (contribuinte) que
forem acumuladas ao longo da vida profissional, a chamada reserva
matemática.
O benefício será pago e limitado aos valores acumulados por
cada participante.
Esse sistema é conhecido como Regime de Capitalização.
Tanto o prazo de cobrança de parcelas que não foram
pagas121, como a cobrança das diferenças pagas a menor, é de 5
anos122.
Quem pode ter Previdência Privada Aberta?
Qualquer pessoa física pode aderir a um plano de previdência
privada aberta (participantes individuais).
Também tem os participantes coletivos, quando Empresas
contratam esse benefício para seus colaboradores, sindicatos,
entidades de classe, associações, dentre outras.
As empresas contratantes dos planos podem ser:
 Averbadores: quando não participam do custeio.
 Instituidores: quando participam do custeio.
Esse segmento de previdência privada é oferecido por
bancos, entidades e/ou seguradoras.

121
Súmula 291 do STJ. A ação de cobrança de parcelas de complementação
de aposentadoria pela previdência privada prescreve em cinco anos.
122
Súmula 427 do STJ. A ação de cobrança de diferenças de valores de complementação
de aposentadoria prescreve em cinco anos contados da data do pagamento.

242
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Quais são os Planos de Previdência Privada Aberta mais


negociados?
 PGBL - Plano Gerador de Benefício Livre
 VGBL - Vida Gerador de Benefício Livre
Qual é a diferença entre o PGBL e o VGBL?
A principal diferença entre eles é o tratamento tributário de
cada um.
No PGBL, mais recomendado para quem faz a declaração do
imposto de renda no modelo completo, permite o abatimento de até
12% da renda tributável da base de cálculo do Imposto de Renda
(IR). É o chamado benefício fiscal.
No momento do resgate ou recebimento dos benefícios, o IR
incide sobre todo o valor pago.
No VGBL, que é indicado para quem faz declaração no
modelo simplificado, não tem como se beneficiar do abatimento do
IR, por outro lado a tributação é só sobre os rendimentos.
A Portabilidade e o Resgate são garantias do investidor.
Quem pode ter Previdência Privada Fechada?
Esta previdência privada é destinada para pessoas que
possuam vínculo empregatício ou associativo com empresas,
órgãos públicos, sindicatos e/ou associações representativas.
Os Planos são criados por Empresas (Patrocinadoras)123 para
seus Empregados (Participantes) em razão do vínculo
empregatício ou por pessoas jurídicas de caráter profissional,
classista ou setorial (Instituidores) para seus associados
(Participantes) em função do vínculo associativo.

123
Súmula 290 do STJ. Nos planos de previdência privada, não cabe ao beneficiário a
devolução da contribuição efetuada pelo patrocinador.

243
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Quais são as modalidades de Planos de Benefícios na


Previdência Privada Fechada?
 CD – Contribuição Definida
Neste plano os valores dos benefícios programados serão
calculados com base no saldo de conta acumulado do participante
de acordo com o valor das contribuições, do tempo de contribuição
e da rentabilidade.
O valor das contribuições é definido pelo participante e pelo
patrocinador no ato da contratação.
 BD – Benefício Definido
Neste plano o valor da contribuição e do benefício são
definidos na contratação do plano.
As contribuições serão ajustadas para assegurar o pagamento
do benefício que foi previamente definido.
Essa modalidade de plano é mutualista: é solidário entre os
participantes, sendo importante manter o equilíbrio atuarial.
 CV – Contribuição Variável
Este plano é uma reunião dos Planos BD e CD.
Os benefícios programados, na fase em que o dinheiro está
sendo juntado (fase de acumulação), tem características de CD
(contas individuais) e na fase de recebimento (fase de inatividade)
tem as características de BD (rendas vitalícias).
Também podem oferecer benefícios de riscos (que não tem
previsibilidade: morte, invalidez, doença ou reclusão).
Quais são os direitos de quem investe em Previdência
Complementar Fechada?
 Benefício Proporcional Diferido – BPD
É a faculdade de o participante (empregado ou associado)
interromper as contribuições quando termina o vínculo empregatício
ou associativo antes da aquisição do direito ao benefício contratado.

244
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Neste caso o participante receberá, no futuro, o benefício


programado, quando do preenchimento dos requisitos de
recebimento, proporcional ao valor contribuído.
 Portabilidade
É a faculdade de o participante transferir os recursos
financeiros acumulados para outro plano de benefícios de caráter
previdenciário operado por entidade de previdência complementar
ou sociedade seguradora autorizada a operar o referido plano.
 Resgate
É a faculdade de o participante receber o valor acumulado em
caso de desligamento do plano de benefícios, de acordo com o
regulamento.
 Autopatrocínio
É a possibilidade de o participante permanecer contribuindo
no plano previdenciário, pagando a parte dele e a do patrocinador
ou do instituidor, quando houver perda do vínculo empregatício ou
associativo.

Servidor Público pode ter mais de uma aposentadoria


O Servidor Público, aposentado ou não, pode ter ou planejar ter mais
de uma aposentadoria, inclusive em regimes diferentes:
 RPPS - Regime Próprio de Previdência Social
 RGPS - Regime Geral de Previdência Social (INSS)
Pode ter duas aposentadorias de regimes diferentes?
O Servidor Público pode ter duas, ou mais, aposentadorias em
regimes diferentes, por isso, antes de averbar o tempo de serviço vinculado
ao INSS no RPPS o Servidor Público deve avaliar quais seriam as
vantagens decorrentes da Certidão de Tempo de Contribuição (CTC) e, se
elas existirem, se superarão o valor de um salário mínimo, que é o valor
mínimo que o Servidor conseguiria perante o INSS.

245
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Vale a pena investir no INSS


O investimento na maioria dos casos é vantajoso, visto que a adição
do tempo e das contribuições vinculadas ao INSS no RPPS nem sempre
representam ganho significativo, ainda mais depois da reforma da
previdência em que o Servidor Público terá que trabalhar mais e ter mais
idade para conquistar aposentadoria.
Planejamento Previdenciário do Servido Público no INSS
O Planejamento Previdenciário pode demonstrar que:
 não compensa averbar o tempo de serviço no RPPS
 compensa desaverbar o tempo já averbado, caso não tenha
sido utilizado para conquista de qualquer vantagem
(benefício previdenciário ou vantagem salarial)
Na hipótese de a simulação do planejamento previdenciário apontar
para vantagem de contribuir para o INSS, o Servidor Público tem que estar
ciente das possibilidades de benefícios:
a) Auxílio por Incapacidade Temporária
b) Benefício por Incapacidade Permanente
c) Aposentadoria por idade
d) Aposentadoria por tempo de contribuição
e) Aposentadoria do professor
f) Pensão por morte e auxílio reclusão
g) Salário maternidade
Em todos esses benefícios há garantia do recebimento de pelo menos
o salário mínimo, o recebimento do benefício pelo segurado e pelos
dependentes de forma vitalícia e a proteção social a partir do décimo mês
de contribuição.
As contribuições não podem ser feitas como segurado facultativo,
nem como MEI – Microempreendedor Individual. Pode contribuir como:
 Empregado
 Doméstico

246
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 Trabalhador Avulso
 Contribuinte Individual

Tesouro RendA+
O Tesouro RendA+ é uma aplicação segura, garantida pelo Tesouro
Nacional, começou a valer em janeiro/2023 e pode servir para
complementar aposentadoria de qualquer Regime, público ou privado.
O investimento, que tem proteção da inflação, com IP|CA e ganho real
de juros, garante renda pelo período de 20 anos. Pode ser feito por quem
trabalha ou está desempregado.
Os objetivos do Tesouro RendA+ são:
a) Fornecer um produto simples, rentável e com baixo custo
b) Democratizar o planejamento de renda extra na aposentadoria

Recebe sobre o que investe


A renda é proporcional ao valor que for investido. Quanto mais investir,
maior será o valor da renda.
É o que você talvez sempre tenha querido: uma aposentadoria só sua que
você recebe de acordo com o que você contribui, sem depender de ninguém
e sem a tradicional dúvida se haverá dinheiro para garantir sua renda.

Simplicidade e Planejamento Previdenciário


O Secretário do Tesouro Nacional explicou que “a principal inovação é
a simplicidade”. O produto foi criado para atrair investidores de todas as
classes sociais e com a simplicidade de poder pagar até por PIX. É de fato
uma ótima oportunidade.
As pessoas mais jovens têm preferido investir menos no INSS,
observando a garantia do salário mínimo, e aplicando o valor remanescente
no Tesouro RendA+ por que não tem as taxas, nem a de custódia para quem
não sacar o dinheiro antes do prazo de vencimento.

8 datas para começar receber


O Tesouro RendA+ possui 8 Planos com recebimento a partir de 2030.
 RendA+ 2030: vencimento em 15/01/2030
247
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 RendA+ 2035: vencimento em 15/01/2035


 RendA+ 2040: vencimento em 15/01/2040
 RendA+ 2045: vencimento em 15/01/2045
 RendA+ 2050: vencimento em 15/01/2050
 RendA+ 2055: vencimento em 15/01/2055
 RendA+ 2060: vencimento em 15/01/2060
 RendA+ 2065: vencimento em 15/01/2065

Rentabilidade segura à longo prazo


Quanto maior for o tempo de acumulação, maior será o rendimento e,
por consequência, maior será a renda futura.
O investidor, quando chegar no momento de resgatar o dinheiro, ao
invés de resgatar o dinheiro de uma única vez, passa a receber um valor
mensal por 20 anos. É uma verdadeira aposentadoria. Uma forma de ter
uma renda extra no futuro.
O investimento é de baixo risco, ou totalmente livre de risco, por se
tratar de um título público, emitido e garantido pelo Governo.

Carência e liquidez
Depois de 60 dias do início do investimento já é possível sacar o valor
investido, vendendo o que conseguiu guardar pelo preço de mercado. Então
o título tem liquidez depois de 60 dias, que é a carência.
Neste caso haverá taxa de custódia porque o investidor não cumprirá o
prazo de resgate previamente combinado, porém a taxa ainda assim é
menor do que os demais títulos do Tesouro Direto.

Cadastro Simplificado
Com o “Cadastro Simplificado” você vai ter mais segurança ao fazer
seus depósitos.
O ambiente é seguro. Isso pode ser feito no site Gov.br, que é do
Governo Federal.
Depois de responder algumas perguntas de segurança, tem a tela para
escolher uma instituição financeira parceira do Tesouro RendA+ que está
preparada para receber e guardar seu dinheiro.

248
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Aí é só definir quanto vai investir e quando quer começar a receber.


Simples assim!

Imposto
Até 6 salários-mínimos de renda não haverá pagamento de qualquer taxa
de custódia se o investidor cumprir o prazo de início de recebimento e não
vender o título antes do vencimento.
Acima desse limite vai ter a cobrança de 0,10% sobre o que exceder, só
sobre o que exceder.
Caso o investidor desista de prosseguir com o Título do Tesouro
RendA+ e decidir vender antecipadamente o que receberia na data
programada, haverá uma taxa decrescente, dependendo do tempo que
resolver antecipar o recebimento.
Mas tem uma vantagem a mais: o valor investido não é tributado.
Somente o valor do rendimento é que será tributado.

Método da Aposentadoria de Ouro


Em construção.
Os requisitos para acessar a aposentadoria por idade são simples:
idade e carência.
A partir desta composição é possível identificar 4 Situações que
serão tratadas abaixo:
a) Ter Idade e não ter 15 anos de carência
b) Ter carência de 15 anos e não ter Idade
c) Ter Idade e Carência
d) Não ter Idade, nem Carência
Requisitos ideais para ter Aposentadoria de Ouro

 Idade Mínima para aposentadoria por idade. Ter 65 anos, se for


homem e 62 anos, se mulher.

249
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 6 anos de contribuições válidas antes de julho/1994, pelo menos.


Não importa o valor das contribuições. Este é o cenário perfeito, mas
pode ser adaptado para quem tem menos tempo de contribuição.
 Carência de 15 anos ou completar este número até chegar a idade
mínima.

Método da Aposentadoria de Ouro


HOMEM MULHER 1994 Carência Teto Sal Mín RMI ROI
55 53 Estratégia dos 3Q´s da Aposentadoria
56 54 6 15 9 0 4.504,49 3,41
57 55 6 15 8 1 4.091,99 3,10
58 56 6 15 7 2 3.679,50 2,79
59 57 6 15 6 3 3.267.00 2,47
60 58 6 15 5 4 2.854,50 2,16
61 59 6 15 4 5 2.442,00 1,85
62 60 6 15 3 6 2.029,50 1,54
63 61 6 15 2 7 1.617,00 1,22
64 62 6 15 1 8
Não se aplica
65 63 6 15 0 9
Ter idade e não ter carência (15 anos)
O segurado que tem idade mínima e não tem carência, precisa somar
tempo de serviço ou de contribuição que falta para cumprir todos os
requisitos para ter acesso ao benefício.
Tem duas formas de somar tempo de carência:
 continuar contribuindo
 recuperar tempo do passado
Em qualquer uma dessas formas o segurado tem que ficar
atento às regras que definem quais são os períodos que valem
como carência.

250
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Em caso de novas contribuições deve-se definir qual é a


quantidade de meses remanescentes até a aposentadoria, o valor
das contribuições e a projeção do valor da RMI – Renda Mensal

Inicial, conforme tabela acima.

Como já ressaltei na Parte 3 deste livro, existem 6 tipos de


segurados (obrigatórios e facultativo) e alguns deles têm a carência

251
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garantida ainda que não tenham sido feitas as contribuições ou


sejam feitas com atraso.

O empregado,
inclusive o doméstico
e o trabalhador
avulso, pode
recuperar tempo de
serviço do passado,
não tem que indenizar
o INSS e o período
recuperado serve para fins de carência.
A obrigação de pagar a Previdência era do empregador e está
escrito na Lei que esta omissão não pode prejudicar o segurado,
além do mais o INSS tinha o dever de fiscalizar.
O segurado especial não precisa contribuir para ter direito à
aposentadoria por idade, de modo que basta comprovar esta

252
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condição (a qualquer época) para ter o período comprovado válido


para fins de carência.

O contribuinte individual, como ele próprio deve pagar as


contribuições dele, quando recupera tempo de serviço do passado,
mesmo indenizando com juros e correção monetária, o período não
pode ser somado como carência, portanto não terá serventia para
fins de aposentadora por idade. Mas este período recuperado pode
ser utilizado para aumentar o valor do benefício ou para conquistar
outros tipos de benefícios (tempo de contribuição e aposentadoria
especial, por exemplo).
O contribuinte individual que teve ou deveria ter a retenção de
11% do valor da remuneração pelos serviços prestados para
empresa tomadora de serviço, a partir do ano de 2003 (MP n.
83/2022, convertida na Lei n. 10.666 de 08/05/2003), pode
recuperar o tempo de serviço do passado, mesmo sem ter que
indenizar, e computá-lo para fins de carência, desde que
comprovada a prestação do serviço.
O segurado facultativo jamais poderá recuperar tempo de
serviço do passado, por não ser segurado obrigatório. Se era
desempregado (facultativo) não tem como provar que trabalhou!

Ter 15 anos de contribuição e não ter idade

253
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Quem já tem a
carência, mas não tem
a idade, pode escolher
1 de 6 caminhos, que
vão desde o aumento
das contribuições à
possibilidade de parar
de contribuir e esperar
a idade chegar, mas
tem que fazer isso com responsabilidade e orientação profissional,
visto que depende da qualidade de segurado e da forma que
contribui.
1. Aumentar o valor das contribuições
2. Diminuir
3. Manter a média
4. Parar de contribuir
5. Alternar contribuições
6. Aumentar 2% por ano contribuído

O risco de parar de contribuir está


associado à perda da qualidade de
segurado.

A aposentadoria por idade não exige que o beneficiário tenha


qualidade de segurado para aposentar, mas se o trabalhador
necessitar de algum benefício de risco e tiver perdido a qualidade
de segurado por falta de contribuição, respeitado o período de
graça, não terá acesso aos benefícios por incapacidade e seus
dependentes poderão ficar privados da pensão por morte e do
auxílio-reclusão.
A decisão de parar de contribuir ou de alternar
contribuições deve ser cercada de alguns cuidados:
254
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Ter certeza que o período de carência já foi cumprido;


Ter atenção para não perder a qualidade de segurado
caso necessite de um benefício de risco;
 Planejar o valor do benefício, observando a média
salarial.
A falta da observação desses detalhes pode frustrar o plano
de parar de pagar ou alternar as contribuições e ganhar mais. Então
tem que ser tudo muito bem planejado.
Em paralelo ao risco da perda da qualidade de segurado está
a possibilidade de o valor do benefício ser reduzido caso as
contribuições sejam menores.
Caso o segurado contribua com valor menor que a média
histórica das contribuições que já efetuou, este valor menor de
contribuição reduzirá a média que possui.
Disso se conclui que não pagar pode ser melhor que
pagar valor inferior à média quando o segurado já tiver preenchido
o período de carência e está apenas esperando atingir a idade
mínima para concessão do benefício.
Se tiver que contribuir, o ideal é que as
novas contribuições sejam, pelo menos,
maiores que a média salarial, exceto se as
contribuições forem feitas
estrategicamente com a pretensão de
serem descartadas.
Caso o segurado seja facultativo, há a hipótese de contribuir
alternadamente para garantir a qualidade de segurado até chegar a
idade mínima para obtenção do benefício.
O segurado facultativo mantém a qualidade de segurado por
período de seis meses sem contribuir (período de graça).
A hipótese de fazer uma contribuição a cada seis meses é uma
ótima opção, principalmente por que o segurado facultativo pode
255
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escolher o valor da contribuição que quer fazer, desde o salário


mínimo até o teto do INSS, e ainda escolher ser quer contribuir com
11% ou 20% do salário-de-contribuição.
A simulação das contribuições a cada seis meses pelo valor
máximo, considerando o salário mínimo e o teto do INSS do ano de
2022 como exemplo, revela que o investimento para aumentar o
valor do benefício será menor se comparado com o pagamento de
valor menor que repercutirá em redução da média salarial.
Outro risco é a
redução do valor do
benefício.
O pagamento de
contribuições com
valor menor que a
média salarial
conquistada ao longo
da história de vida reduzirá o valor do salário-de-benefício, portanto,
além de pagar é necessário estar seguro do valor que deverá ser
contribuído.
A sugestão, neste caso, é o planejamento previdenciário
(Parte 5) para definir.

Ter carência e ter idade


Quem já tem a idade e a carência, tem que definir o momento
certo de pedir a aposentadoria.
É possível utilizar-se das regras de direito adquirido que
valiam antes de 13/11/2019 que beneficia a mulher com idade de
60 anos, com a possibilidade da exclusão de 20% dos menores
salários na hora de fazer o cálculo para apurar o valor do benefício.
Ainda é possível utilizar-se da regra nova que permite
exclusão de mais contribuições, desde que seja preservado o limite
256
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de quinze anos de contribuição ou o acréscimo de 2% no valor do


benefício para cada ano que superar os quinze ou analisar a
possibilidade de se enquadrar no milagre da aposentadoria ou
contribuição única e da nova média considerando menos tempo de
contribuição.

Não ter idade, nem carência


Quem não tem a idade, nem a carência, vai ter que esperar,
mas “esperar” não significa “não fazer nada”.
Tem que fazer um levantamento de todas as contribuições do
passado e planejar como vai pagar enquanto a idade não chega.

Regra de transição
Para os segurados e
seguradas que iniciaram
as contribuições antes da
reforma da previdência,
fica assegurado o direito
adquirido de aposentar
com carência de 15 anos.
Neste caso o homem
precisa comprovar a idade
de 65 anos e a mulher 60
anos em 2019, 60,5 anos
em 2020, 61 anos de idade
no ano de 2021, 61,5 anos
no ano de 2022 e a partir
de 2023 a idade será fixada em 62 anos.

Regra Definitiva (Aposentadoria programada)

257
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Pela nova regra a aposentadoria por idade definitiva exige que


o segurado possua 65 anos de idade e 20 anos de carência
(contribuições válidas) e que a segurada tenha 62 anos de idade e
15 anos de carência.
Esta regra é aplicável para os segurados que se filiaram ou
ainda irão se filiar à Previdência a partir de 13/11/2019, data da
reforma da previdência.

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259
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Aposentadoria por idade depois de 13/11/2019 e antes de


04/05/2022
 com contribuição única até 04/05/2022 ou
 com contribuições com valores maiores
Como a aposentadoria por idade é calculada com base nas
contribuições de julho/1994 até a data da aposentadoria, e o
trabalhador pode excluir quantas contribuições quiser, desde que
mantenha a base de quinze anos de contribuição (que é a carência),
se o segurado excluir da média todas as contribuições baixas desde
julho de 1994 e tiver (ou fizer) uma única contribuição pelo teto,
apenas uma contribuição pelo teto, poderá ter o valor da
aposentadoria superior a três vezes ao salário mínimo.
Esta regra vale para quem completou os requisitos para
aposentar por idade entre 13/11/2019 e 04/05/2022.

260
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INSS TEM QUE PAGAR COM JUROS E CORREÇÃO


Em construção.
Efeitos financeiros devem retroagir à data do requerimento
administrativo.124

Revisão de pensão por morte125

Não force a barra: a Previdência pode reduzir ou cortar


benefícios
O INSS tem o direito de rever os benefícios. Isso está escrito
na lei. O prazo é de dez anos.
Caso o benefício tenha sido concedido há mais de dez anos,
o INSS não pode revê-lo.
O trabalhador também pode rever o valor do benefício. O
prazo é igual: de dez anos. Isso chama-se paridade de armas.
Quando duas pessoas estão debatendo um direito, há um
conflito. Os interesses são diferentes e geram consequências
desiguais:

124
Tema 102 da TNU. Os efeitos financeiros da revisão da RMI de benefício
previdenciário devem retroagir à data do requerimento administrativo do próprio
benefício, e não à data do pedido revisional.
125
Tema 125 da TNU."(i) o marco inicial para a contagem do prazo decadencial do
benefício de pensão por morte transcorre independentemente do benefício do segurado
instituidor. Portanto, a partir da data do início (DIB) do benefício [ derivado]; e (ii) em
alinhamento com a jurisprudência do STJ acima destacada , caso o direito de revisão
específico do pensionista não seja alcançado pela decadência, o beneficiário não poderá
receber eventual diferença oriunda do recálculo do benefício do instituidor [originário],
em relação ao qual houve o transcurso do prazo decadencial, mas fará jus ao reflexo
financeiro correspondente na pensão concedida."
261
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 INSS: cancelar ou diminuir o valor dos benefícios.


Cobrar a devolução dos valores recebidos.
 Beneficiário: manter e até aumentar o valor da
aposentadoria ou da pensão. Manter as conquistas e
receber as diferenças das prestações atrasadas.

Então, além de se defender, o trabalhador pode atacar. É hora


de analisar se tem algo errado para corrigir e surpreender o INSS.

MOB e Operação pente-fino

A Previdência tem o dever de verificar a regularidade de todos os atos


praticados pelos Servidores e por isso existe um trabalho constante que visa
encontrar erros nos benefícios (aposentadorias e serviços) e corrigi-los,
podendo reduzir o valor da prestação ou até cancelar o pagamento.
Este procedimento está previsto na Instrução Normativa n. 128/2022:
Monitoramento Operacional de Benefícios (MOB).

Ninguém, nem qualquer benefício, escapa desta


operação de fiscalização da Previdência.

Também podem ser revisadas as aposentadorias por idade, tempo de


contribuição, especial, pensão por morte, enfim, todos os benefícios
urbanos e rurais. Inclusive revisão de Certidão de Tempo de Serviço (CTC)
obtidas por servidores públicos.

Devolução de valores
Caso o INSS encontre erro no benefício, o segurado ou o pensionista
não tem que devolver os valores recebidos caso o erro tenha sido da
262
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Previdência e se o trabalhador não fez nenhuma fraude, nem quis enganar


a Previdência.126

Fica esta lição: não tem que devolver nenhum


dinheiro se não foi feito nada de errado.
Todavia, se o trabalhador agir de má-fé, utilizar de algum meio para
obter vantagem indevida, mediante fraude, simulação, indução ao erro ou
qualquer outro vício, a responsabilização pode ocorrer em vários âmbitos:
civil, criminal e patrimonial.

Motivos para cancelar benefícios


Um benefício pode ser cancelado por vários motivos.
Cada tipo de benefício tem requisitos específicos e justamente nisso
que o INSS foca.
Se for uma aposentadoria por tempo de contribuição, a Previdência
vai focar em verificar se o tempo de serviço foi calculado corretamente.
Se for uma aposentadoria especial ou conversão de tempo especial
em comum, a Previdência pode verificar se as condições ambientais do
trabalho correspondem à realidade e se estão corretos os documentos que
deram origem ao benefício ou ao aumento do tempo de serviço após a
conversão do período especial em comum em comum.
Em sua defesa, o trabalhador pode pedir a inclusão de novos períodos
ou provar períodos especiais que não foram computados.
Se for uma aposentadoria por idade o foco da Previdência é a
regularidade da carência, que é o tempo mínimo necessário para conquistar

126
Tema 979 do STJ. Com relação aos pagamentos indevidos aos segurados decorrentes
de erro administrativo (material ou operacional), não embasado em interpretação
errônea ou equivocada da lei pela Administração, são repetíveis, sendo legítimo o
desconto no percentual de até 30% (trinta por cento) de valor do benefício pago ao
segurado/beneficiário, ressalvada a hipótese em que o segurado, diante do caso concreto,
comprova sua boa-fé objetiva, sobretudo com demonstração de que não lhe era possível
constatar o pagamento indevido.
263
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o benefício, que normalmente são os 180 meses (ou quinze anos) de


contribuição.
Se for um benefício por incapacidade (auxílio doença, auxílio-
acidente ou aposentadoria por invalidez), que passaram a ter novo nome
(auxílio por incapacidade temporária e benefício por incapacidade
permanente) o foco da Previdência vai ser na incapacidade, mesmo depois
de dez anos.127
Mas o trabalhador também pode provar que a incapacidade foi
agravada e aumentar 25% o valor do benefício.
Caso a incapacidade tenha relação com o trabalho, há possibilidade
de ter outras indenizações.
Para cada situação tem uma defesa e a possibilidade de ganhar mais
um pouquinho.

127
Enunciado n. 10 CRPS. A decadência prevista no art. 103-A da Lei nº 8.213/91 não
se aplica aos atos administrativos praticados pela Administração Previdenciária tendentes
à cessação da manutenção de benefícios ou quotas cuja continuidade da percepção seja
indevida em face da legislação previdenciária de regência.
I - O prazo decadencial previsto no art. 103-A da Lei 8.213/91, para revisão dos atos
praticados pela Previdência Social antes da Lei nº 9.784/99, somente começa a correr a
partir de 1º/02/99.
II - Não se aplica o instituto da decadência às revisões de reajustamento e às estabelecidas
em dispositivo legal.
III - A má-fé afasta a decadência, mas não a prescrição, e deve ser comprovada em
procedimento próprio, no caso concreto, assegurado o contraditório e a ampla defesa.
IV - Não se aplica a decadência prevista no art. 103-A da Lei nº 8.213/91 ao auxílio por
incapacidade temporária, à aposentadoria por incapacidade permanente e aos benefícios
assistenciais sujeitos a revisão periódica prevista na legislação.
V - A decadência prevista do art. 103 da Lei 8.213/91 não se aplica à revisão de atos de
indeferimento, cancelamento ou cessação de benefícios.
VI - Transcorridos mais de dez anos da data da concessão do benefício, não poderá haver
sua suspensão ou cancelamento na hipótese de o interessado não mais possuir a
documentação que instruiu o pedido, exceto em caso de fraude ou má-fé.
VII - O pecúlio previsto no inciso II do artigo 81 da Lei nº 8.213/91, em sua redação
original, que não foi pago em vida ao segurado aposentado que retornou à atividade
quando dela se afastou, é devido aos seus dependentes ou sucessores, relativamente às
contribuições vertidas até 14/04/94, salvo se prescrito.
264
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Benefício cancelado
Tem males que vem para o bem.
Quando um benefício é cortado, o trabalhador pode pedir outro.
Com as novas regras, com o aumento da idade, com as novas
contribuições, com o novo tempo de serviço e a reforma da previdência, o
valor de uma nova aposentadoria pode ser mais vantajoso.
Então aceitar a decisão do INSS e pedir outra
aposentadoria pode ser uma boa saída. Tem que olhar
o lado bom das coisas.
A ausência do comparecimento não pode gerar o cancelamento do
benefício, mas ele pode ser suspenso até a regularização da situação.
Caso seja constatada regularidade do benefício suspenso, o
pagamento será automaticamente restabelecido.

A única saída é a defesa


Caso a única saída seja a defesa, o beneficiário que não concordar
com a decisão da Previdência, pode apresentar recurso no próprio INSS,
mas pode ficar sem receber o benefício enquanto o processo é analisado.
Nesta hipótese é possível apresentar a defesa na Justiça e pedir para
o Juiz manter o pagamento do benefício enquanto a causa não for julgada.
A convocação vai ser feita no endereço de contato informado ao
INSS, então é bom entrar no site MEU INSS para confirmar se está tudo
atualizado para não perder a oportunidade de se defender.

Quem não pode ser atingido


As investidas da Previdência por meio das operações pente-fino
normalmente apresentam duas situações em que o aposentado por invalidez
e o pensionista inválido não precisam ser reavaliados pela perícia médica:
 a de quem já completou 55 anos de idade, desde que estejam
recebendo o benefício há mais de 15 anos e,
265
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 em qualquer situação, a de quem já completou 60 anos de


idade.
Diante de cada novo evento que pode ser disparado pela Previdência,
o trabalhador deve ficar atento para outras características e particularidades
das pessoas eleitas para revisão do ato administrativo ou daquelas que estão
isentas ou dispensadas.
É imprescindível manter atualizado os dados pessoais no banco de
dados oficial da Previdência.

266
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PARTE 6
BOTANDO A MÃO NA MASSA!
Como executar o plano e exigir seus direitos

Neste Capítulo vou abordar os benefícios programáveis e os


benefícios de risco.
Agora que você já sab

Como fazer o protocolo no INSS


O INSS conta com os seguintes canais de atendimento: pelo
Site e Aplicativo Meu INSS, presencialmente nas agências (APS)
e pelo número de fone INSS 135.
Por ser considerado um serviço de utilidade pública
(essencial), as chamadas de voz, a partir de telefones fixos e
telefones públicos (orelhões) para o número 135, são gratuitas e,
pelo celular, o custo é o de uma ligação local.
Siga o passo a passo do atendimento e fique atento: o INSS
não solicita qualquer dado financeiro confidencial ou senhas.
1. Ligar para o número 135, por telefone fixo ou celular.
2. Você será informado dos custos da ligação e poderá
desligar se não concordar.

267
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3. Se concordar, depois de
solicitado, informe o seu número do
CPF ou da pessoa para quem
deseja informações/serviços.
4. Será informado seu número de
protocolo (a ligação será gravada).
5. Se quiser que o número seja
repetido, digite 1, ou aguarde na
linha para prosseguir com o
atendimento.
6. Escolha o serviço que deseja,
digitando o número respectivo.

Documentos necessários para


atendimento pelo Telefone 135
A maioria das informações e
serviços pode ser realizada com os
seguintes documentos:
1. número do CPF;
2. número do NIS/PIS (para
empregados com carteira
assinada);
3. número do NIT (para
contribuintes individuais e
domésticos);
4. CNPJ ou CPF do empregador;
5. número do benefício ou número de inscrição na Previdência
Social.
O benefício será analisado e a resposta encaminhada para o
Beneficiário ou seu Representante Legal.

268
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Caso a resposta seja negativa a decisão do INSS pode ser


contestada por recurso na própria Previdência ou na Justiça.128

Justificação administrativa
A Justificação Administrativa (JÁ) é o meio processual
adequado para comprovar o exercício de atividade profissional
ou qualquer outra situação irregular perante a Previdência
Social.
É isenta de qualquer custo para o segurado ou dependente e
deve sempre ser acompanhada do requerimento de um benefício,
de uma Certidão de Tempo de Contribuição (CTC) ou de
atualização de dados do Cadastro Nacional de Informações Sociais
(CNIS), de modo que não pode ser processada isoladamente.
O requerente deverá apresentar documentos que comprovem
o direito a ser comprovado e a relação das testemunhas que
pretende ouvir.
As testemunhas deverão ser, preferencialmente, colegas de
trabalho da época em que o requerente exerceu a atividade que
deseja comprovar, ou o ex-empregador, quando a prova envolver a
regularização de tempo de serviço ou das condições ambientais em
que o trabalho foi desenvolvido.
O servidor do INSS interrogará as testemunhas, e o
interessado também poderá formular perguntas.
Ao final dos depoimentos testemunhais, a justificação deverá
ser homologada pelo servidor público na hipótese de se convencer
do que inicialmente foi alegado pelo interessado.

128
Tema 283 da TNU. A coisa julgada administrativa não exclui a apreciação da matéria
controvertida pelo poder judiciário e não é oponível à revisão de ato administrativo para
adequação aos requisitos previstos na lei previdenciária, enquanto não transcorrido o
prazo decadencial.

269
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Prazo para o INSS analisar o pedido


Quem vai se aposentar, sabe que vai demorar. E quem está
com processo no INSS, já sente na pele esta demora.
A fila do INSS sempre foi notória e um problema que está
longe de ser resolvido.
O prazo de 45 dias definido na lei não é cumprido e o INSS
ainda ganhou um aval do STF para analisar os processos em mais
tempo.
10 Dicas para o pedido ser analisado com mais rapidez:

Dica 1. Benefícios por Incapacidade. O segurado deve


anexar os documentos que demonstram a evolução da doença; os
relatórios e atestados médicos devem ter data; a Classificação
Internacional de Doenças (CID), a identificação do médico e,
principalmente, o tempo que o segurado precisa ficar afastado das
atividades.
Dica 2. No caso de benefícios programáveis,
aposentadoria especial, por idade e tempo de contribuição, o
segurado deve anexar ao protocolo todos os documentos em
ORDEM CRONOLÓGICA, da data mais antiga para a data mais
recente, verificar se os documentos estão legíveis e na hora de
fazer o requerimento, fazer o pedido CERTO, DA
APOSENTADORIA DEFINIDA e com bastante clareza
especificando todas as particularidades do caso.
Dica 3. Não esqueça de nenhum documento, por que caso
falte algum documento ou esclarecimentos para solução do
processo, o INSS pode pedir explicações ao trabalhador e, neste
caso, o prazo para análise do processo vai ser suspenso.
Quando se tratar de tempo de serviço, principalmente com
atividades especiais, os documentos devem ser apresentados na
270
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ordem cronológica (Carteira de trabalho, carnês de contribuição


(GPS), PPP e outros).
Dica 4. O prazo para analisar é de 45 dias, então, não fique
esperando muito. O trabalhador pode contratar um Advogado para
ajuizar Mandado de Segurança e pedir para o Juiz determinar que
a avaliação do processo seja concluída.
Dica 5. Reafirmação da DER - Data da Entrada do
Requerimento. Durante o tempo de análise do processo o
trabalhador pode pedir que o INSS considere as novas
contribuições e a idade que somar, se o valor do benefício
aumentar.129
Dica 6. Quase tudo é digital. Os documentos devem estar
legíveis. O trabalhador que não domina esta tecnologia deve pedir
a ajuda de um amigo, alguém da família ou até de um profissional.
Dica 7. CNIS e dados cadastrais. Os benefícios são
concedidos e calculados com base nas informações que estão no
Cadastro Nacional de Informações Sociais (CNIS).
A Previdência pode exigir que o segurado regularize e corrija
imperfeições no CNIS e isso certamente vai retardar a análise do
processo, e o que é pior, o benefício pode ser negado ou concedido
errado.
É importante que todos os dados sejam analisados e
corrigidos antes do requerimento do benefício.
Dica 8. Resumo do pedido. Além do requerimento padrão
fornecido pela Previdência, o segurado ou o dependente podem

129
Tema 995 do STJ. É possível a reafirmação da DER (Data de Entrada do
Requerimento) para o momento em que implementados os requisitos para a concessão do
benefício, mesmo que isso se dê no interstício entre o ajuizamento da ação e a entrega da
prestação jurisdicional nas instâncias ordinárias, nos termos dos arts. 493 e 933 do
CPC/2015, observada a causa de pedir.

271
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fazer um resumo detalhado do que pretendem. Isso ajudará o


Servidor na hora da análise do processo.
Apontar o tempo de serviço; os períodos que precisam ser
comprovados; o valor de contribuições omitidas, bem como
detalhes sobre eventual doença ou deficiência, se for o caso,
podem tornar a análise menos complexa.

Dica 9. Saber o que quer. Quando o segurado faz o pedido


de um benefício no MEU INSS ele marca a aposentadoria que ele
quer.
Os Servidores com quem conversei me disseram que o
sistema do INSS deveria ser mais específico porque eles têm que
analisar em qual regra o trabalhador vai se enquadrar.
Assim, para ganhar velocidade no processo, até mesmo para
conseguir o benefício pretendido (evitando-se recurso e mais
demora na análise) é bom deixar bem claro em qual regra o
contribuinte quer se aposentar: no direito adquirido, regra de
transição ou com base nas novas regras.

Dica 10. Conhecer os recursos. Apesar de existirem muitos


recursos para se discutir a decisão da Previdência quando a
aposentadoria é negada, existem muitas ferramentas à disposição
do segurado para ter resposta mais rápida: novo requerimento,
alterar a data do requerimento (reafirmação da DER) ou entrar com
processo na Justiça.

Benefício Aprovado: o que fazer?


É possível desistir do benefício concedido se o segurado não
usufruir de qualquer vantagem decorrente da concessão da
aposentadoria.
 Não sacar o benefício;
 Não pedir empréstimo consignado
 Não receber o PIS/PASEP
 Não receber o FGTS
272
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A desaposentação, que é a utilização das contribuições


efetuadas após a aposentadoria para revisar o valor do benefício foi
afastada pelo Supremo Tribunal Federal, mas é objeto de análise
do Congresso Nacional: Projeto de Lei n. 299/2023.

É possível optar pelo benefício mais vantajoso, então antes


de receber verifique se está correto, ou se em algum momento
próximo vai preencher os requisitos para acessar outra modalidade
de aposentadoria.

Benefício Negado: o que fazer?


Em construção.

Solicitar no INSS os motivos

Identificar os pontos que foram aceitos e os que foram


negados

Como entrar com processo na Justiça


Não há prazo para entrar com processo na Justiça para
obtenção de benefício previdenciário.130 O prazo decadencial de 10
anos é só para revisão.

130
Tema 313 do STF. I – Inexiste prazo decadencial para a concessão inicial do benefício
previdenciário; II – Aplica-se o prazo decadencial de dez anos para a revisão de
benefícios concedidos, inclusive os anteriores ao advento da Medida Provisória
1.523/1997, hipótese em que a contagem do prazo deve iniciar-se em 1º de agosto de 1997.

273
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O INSS só paga as parcelas dos últimos 5 anos que


antecederam o termo inicial do requerimento administrativo do
benefício (DER)131 ou da revisão.132
Somente em casos excepcionais133 os Juízes aceitam
processos sem antes passar pelo INSS. Fazer o prévio
requerimento é a regra.
A inclusão de novos documentos também pode afetar a data
do pagamento das parcelas em atraso.134
Depois de a Previdência apreciar o pedido, caso o interessado
se sentir prejudicado poderá encaminhar o processo para vários
Tribunais.

 Justiça Federal. Para benefícios previdenciários ou


assistenciais nos processos cujo valor da causa superar 60
salários mínimos.
 Juizado Especial Federal (JEF). Para benefícios
previdenciários ou assistenciais nas causas de pequeno
valor, até 60 salários mínimos.

131
Súmula 33 da TNU. Quando o segurado houver preenchido os requisitos legais para
concessão da aposentadoria por tempo de serviço na data do requerimento
administrativo, esta data será o termo inicial da concessão do benefício.

132
Súmula 85 do STJ. Nas relações jurídicas de trato sucessivo em que a Fazenda
Pública figure como devedora, quando não tiver sido negado o próprio direito reclamado,
a prescrição atinge apenas as prestações vencidas antes do quinquênio anterior à
propositura da ação.

133
Tema 350 do STF. “A exigência de prévio requerimento administrativo não deve
prevalecer quando o entendimento da Administração for notória e reiteradamente
contrário à postulação do segurado”.
134
Tema 1124 do STJ (pendente de julgamento). Definir o termo inicial dos efeitos
financeiros dos benefícios previdenciários concedidos ou revisados judicialmente, por
meio de prova não submetida ao crivo administrativo do INSS: se a contar da data do
requerimento administrativo ou da citação da autarquia previdenciária.

274
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 Justiça Estadual. Para acidentes do trabalho135 e para


benefícios previdenciários ou assistenciais quando não
houver na cidade de residência do interessado Vara da
Justiça Federal, nem Juizado Especial.
 Justiça do Trabalho. Reconhecimento de vínculo de
emprego, insalubridade, periculosidade, adicional de tempo
de serviço, adicional noturno e outras verbas de natureza
salarial, podem fazer a diferença na hora da aposentadoria.
Isso pode antecipar e aumentar o valor do benefício.

A correção do PPP e do LTCAT – Laudo


Técnico das Condições Ambientais do
Trabalho pode ser feita a qualquer tempo na
Justiça do Trabalho.

O INSS não aceita, sem prévia análise, as decisões da Justiça


do Trabalho. A Instrução Normativa n. 128/2022 define os
procedimentos para análise dos processos trabalhistas.

Ações declaratórias

Ações declaratórias136 servem para o beneficiário obter uma decisão


da Justiça sobre a existência ou inexistência de uma relação jurídica, direito
ou obrigação que envolva a Previdência.

Essas ações são meramente declaratório. O objetivo principal de uma


declaração judicial sobre um fato: a existência de um vínculo de emprego,
de um acerto do CNIS, do reconhecimento de União Estável, de

135
Súmula 15 do STJ. Compete à Justiça Estadual processar e julgar os litígios
decorrentes de acidente do trabalho.
136
Súmula 242 do STJ. Cabe ação declaratória para reconhecimento de tempo de serviço
para fins previdenciários.

275
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reconhecimento de atividade especial de um período laboral, enfim


qualquer fato duvidoso ou ainda não comprovado que possa ser resolvido
pela Justiça e ajudar na hora da concessão do benefício.

Justificação Judicial

Em construção.137

Mandado de Segurança

Em construção.138

“O Mandado de Segurança não é substitutivo de ação de cobrança.”


(Súmula 269 do STF).

Modificação no estado de fato ou de direito


Quando um processo é julgado o Trabalhador só pode
rediscutir a causa quando houver modificação no estado de fato ou
de direito e se tratar de uma relação jurídica de trato continuado,
como ocorre com a relação que envolve a Previdência e o
Contribuinte (art. 505, I do CPC).
A ausência de documentos essenciais ao julgamento da causa
implica a extinção do feito sem a análise do mérito, facultando ao

137
Súmula 32 do STJ. Compete à Justiça Federal processar justificações judiciais
destinadas a instruir pedidos perante entidades que nela tem exclusividade de foro,
ressalvada a aplicação do art. 15, II da Lei 5010/66.
138
Súmula 628 do STJ. A teoria da encampação é aplicada no mandado de segurança
quando presentes, cumulativamente, os seguintes requisitos:
a) existência de vínculo hierárquico entre a autoridade que prestou informações e a que
ordenou a prática do ato impugnado;
b) manifestação a respeito do mérito nas informações prestadas; e
c) ausência de modificação de competência estabelecida na Constituição Federal.

276
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Segurado a oportunidade de rediscutir a questão com novas provas


e outra causa de pedir.139

Recurso quanto às provas requeridas e não produzidas


Embora os recursos dirigidos à Turma Nacional de
Uniformização não possam gerar o reexame de matéria de fato140,
aqueles questionando a não produção de prova para análise da
questão de mérito, como por exemplo a prova pericial, podem gerar
a nulidade do processo141 para que as provas requeridas sejam
produzidas ou analisadas pela Instância inferior142, exceto se o

139
Tema 629 do STJ. A ausência de conteúdo probatório eficaz a instruir a inicial,
conforme determina o art. 283 do CPC, implica a carência de pressuposto de constituição
e desenvolvimento válido do processo, impondo sua extinção sem o julgamento do mérito
(art. 267, IV do CPC) e a consequente possibilidade de o autor intentar novamente a ação
(art. 268 do CPC), caso reúna os elementos necessários à tal iniciativa.
140
Súmula 42 da TNU. Não se conhece de incidente de uniformização que implique
reexame de matéria de fato.
141
Enunciado 76 do VIII Encontro de Juízes Federais TRF3. O juiz da Turma Recursal
ao apreciar a sentença que enfrentou o mérito priorizará converter o julgamento para fim
de complementação de prova à anulação, inclusive com baixa ao JEF apenas para
realização da diligência (nova redação do Enunciado n. 20).
142
Questão de Ordem n. 20 da TNU. Se a Turma Nacional decidir que o incidente de
uniformização deva ser conhecido e provido no que toca a matéria de direito e se tal
conclusão importar na necessidade de exame de provas sobre matéria de fato, que foram
requeridas e não produzidas, ou foram produzidas e não apreciadas pelas instâncias
inferiores, a sentença ou acórdão da Turma Recursal deverá ser anulado para que tais
provas sejam produzidas ou apreciadas, ficando o juiz de 1º grau e a respectiva Turma
Recursal vinculados ao entendimento da Turma Nacional sobre a matéria de
direito.(Aprovada na 6ª Sessão Ordinária da Turma Nacional de Uniformização, do dia
14.08.2006).

277
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entendimento da TNU já tiver sido firmado nos termos do acórdão


recorrido.143

Recebimento de parcelas atrasadas


Durante o curso do processo judicial, se o segurado conseguir
outro benefício administrativamente, poderá continuar recebendo o
benefício administrativo sem perder o direito de receber as parcelas
atrasadas do processo judicial.144

Devolução de valores recebidos no processo judicial


Os valores de benefícios previdenciários e assistenciais por
ordem judicial antes do trânsito em julgado devem ser devolvidos,
sendo facultado ao INSS descontar até 30%.145

Revisão de Benefícios (aposentadorias e pensões)


No prazo de 10 anos, tanto a Previdência, como o Beneficiário, pode
rever o valor e os requisitos de acesso aos benefícios.

143
Questão de ordem n. 13 da TNU. Não se admite o Pedido de Uniformização, quando
a jurisprudência da Turma Nacional de Uniformização dos Juizados Especiais Federais
se firmou no mesmo sentido do acórdão recorrido.
144
Tema 1018 do STJ. O Segurado tem direito de opção pelo benefício mais vantajoso
concedido administrativamente, no curso de ação judicial em que se reconheceu benefício
menos vantajoso. Em cumprimento de sentença, o segurado possui o direito à manutenção
do benefício previdenciário concedido administrativamente no curso da ação judicial e,
concomitantemente, à execução das parcelas do benefício reconhecido na via judicial,
limitadas à data de implantação daquele conferido na via administrativa.
145
Tema 692 do STJ. A reforma da decisão que antecipa os efeitos da tutela final obriga
o autor da ação a devolver os valores dos benefícios previdenciários ou assistenciais
recebidos, o que pode ser feito por meio de desconto em valor que não exceda 30% (trinta
por cento) da importância de eventual benefício que ainda lhe estiver sendo pago.

278
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O INSS utiliza-se do MOB – Monitoramento Operacional de


Benefício e dos programas de revisão criados pela Lei n. 13.846/2019146,
não podendo os benefícios serem suspensos ou cancelados sem a apuração
em regular procedimento administrativo.147
Os Beneficiários utilizam os processos de revisão: administrativo e
judicial.
Qualquer fato ou direito pode ser revisto, inclusive aqueles que não
foram analisados pelo INSS. 148
Na análise do pedido de revisão administrativo o INSS tem o dever
de analisar:
 No primeiro pedido de revisão: todos os critérios que
embasaram a concessão do benefício, inclusive os pedidos
que não foram feitos (efeito devolutivo integral, art. 584 da
IN 128/2022).
 Nos pedidos subsequentes: a análise deve se ater ao objeto
do pedido (efeito devolutivo específico, parágrafo único).

146
Enunciado 19 do CRPS. Seguridade social. CRPS. Benefício. Transcorridos mais de
5 anos da data da concessão do benefício, deferido sob a égide da legislação anterior
à Lei 8.213/1991, não poderá haver sua suspensão ou cancelamento na hipótese de o
interessado não mais possuir a documentação que instruiu o pedido.
147
Enunciado 16 do CRPS. A suspeita de fraude na concessão de benefício
previdenciário ou assistencial não enseja, de plano, a sua suspensão ou cancelamento,
mas dependerá de apuração em procedimento administrativo, observados os princípios
do contraditório e da ampla defesa e as disposições do art. 69 da Lei nº 8.212/91.
148
Tema 126 da TNU. Tese firmada no Tema 975/STJ: Aplica-se o prazo decadencial de
dez anos estabelecido no art. 103, caput, da Lei 8.213/1991 às hipóteses em que a questão
controvertida não foi apreciada no ato administrativo de análise de concessão de
benefício previdenciário.

279
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O prazo de 10 anos, quando se trata de inclusão de direitos


conquistados em reclamação trabalhista, inicia-se com o fim do
processo trabalhista149. Este entendimento também pode ser utilizado para
processos de origem previdenciária quando há averbação de tempo de
serviço reconhecido judicialmente, principalmente por ter o INSS
participado do processo.

Revisão Completa
Depois de concedido, o benefício previdenciário ou acidentário, pode ser
revisto.
A análise do processo que deu origem ao benefício deve ser
minuciosa. Todos os detalhes devem ser estudados antes de a revisão ser
solicitada.
Este cuidado evita que o INSS revise o benefício para valor menor ou até
cancele a aposentadoria ou a pensão em caso de erro na concessão.
Lembre-se: não troque o certo pelo duvidoso.
Devem ser analisadas questões comuns a todos os segurados e
dependentes e também as situações específicas.
As situações comuns, por exemplo, são as leis que mudaram ou que
podem mudar depois de o benefício começar a ser pago, bem como as decisões
da Justiça que repercutem no valor do benefício, como é o caso da Revisão da
Vida toda, dentre muitas.

149
Tema 1117 do STJ. O marco inicial da fluência do prazo decadencial, previsto no
caput do art. 103 da Lei n. 8.213/1991, quando houver pedido de revisão da renda mensal
inicial (RMI) para incluir verbas remuneratórias recebidas em ação trabalhista nos
salários de contribuição que integraram o período básico de cálculo (PBC) do benefício,
deve ser o trânsito em julgado da sentença na respectiva reclamatória.

280
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A análise da Carta de Concessão e do CNIS – Cadastro Nacional de


Informações Sociais também é ato obrigatório em todos os benefícios a serem
revisados.

Leis que mudaram ou


que podem mudar

Análise das decisões da


Situações comuns
Justiça
REVISÃO COMPLETA

Análise da Carta de
Concessão e do CNIS

Revisão da Vida Toda

Reclamações
trabalhistas

Periculosidade,
Situações específicas Insalubridade e
Penosidade

Recuperação de tempo
de serviço

Descartes de salários-
de-contribuição

Há também situações específicas de cada segurado, como a revisão da


vida toda para aqueles que tiveram remuneração maior antes de julho de 1994,
ajuizaram reclamação trabalhista cujo resultado (positivo ou negativo) tenham
influência no cálculo ou nos requisitos de acesso ao benefício.
A inclusão de situações especiais de trabalho (insalubridade,
periculosidade e penosidade) e a recuperação de tempo de serviço não
281
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computado nos benefícios (urbano ou rural) também são elementos que devem
ser explorados nas revisões.
Os descartes de salários de contribuição, principalmente para benefícios
concedidos depois de maio de 2022 é outro fator, dentre muitos, que podem
alterar o valor da renda mensal dos benefícios.

Passo a passo da Revisão Completa


É claro que ninguém quer ter o benefício reduzido ou cancelado.
A análise completa deve seguir um ritual que garanta segurança ao
beneficiário.
1. Levantamento de todas informações
2. Elaboração de cálculo para apuração de valores
3. Caso haja diferença a receber, fazer a revisão do benefício
perante o INSS, ressalta-se: “só se tiver diferença”. O pedido de
revisão deve ser seguro.
4. Caso o INSS não proceda a revisão no prazo legal ou recuse a
correção do valor do benefício, protocolar pedito na Justiça.
5. Reanalisar o caso até o fim do prazo de revisão (10 anos)

Revisões já apreciadas pelo Judiciário


Em construção.

Revisão da vida toda


Os beneficiários do INSS tiveram aprovação STJ150 e do STF para
revisarem o valor de seus benefícios a fim de que sejam incluídos na

150
Tema 999 do STJ. (sobrestado) Aplica-se a regra definitiva prevista no art. 29, I e II
da Lei 8.213/1991, na apuração do salário de benefício, quando mais favorável do que a

282
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apuração do valor do benefício todas as contribuições da vida contributiva,


desde a primeira contribuição até aquela que antecedeu a concessão da
aposentadoria ou pensão.
A questão foi definitivamente decidida no Tema 1102 do STF151.
Após a edição da Lei n. 9.876/1999 foram criadas duas formas de
calcular os benefícios:
 Para quem começou contribuir após 28/11/1999 utilizando
todos os salários-de-contribuição desde a primeira
contribuição até o mês anterior ao do início do benefício;
 Para quem já estava contribuindo, utilizando-se os salários
desde julho de 1994 até o mês anterior ao do início do
benefício, o que foi corrigido pelo Tema 1102.
Quem tem direito à Revisão da Vida Toda
Pode ter direito à Revisão da Vida Toda quem:
1) Aposentou até 12/11/2019 (EC 103/2029);
2) Começou receber benefício nos últimos 10 anos;
3) Tiver maiores salários antes de julho/1994;
4) Começou contribuir depois da Lei 9.876, de 26/11/1999;

regra de transição contida no art. 3o. da Lei 9.876/1999, aos Segurado que ingressaram
no Regime Geral da Previdência Social até o dia anterior à publicação da Lei 9.876/1999.
151
Tema 1102 do STF. O segurado que implementou as condições para o benefício
previdenciário após a vigência da Lei 9.876, de 26.11.1999, e antes da vigência das novas
regras constitucionais, introduzidas pela EC 103/2019, tem o direito de optar pela regra
definitiva, caso esta lhe seja mais favorável.

283
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5) Apresentar planilha de cálculo demonstrando com correção


monetária dos salários152, observando-se a média salarial153,
demonstrando que o valor do benefício vai aumentar, não
havendo prejuízo para o beneficiário se o valor diminuir154;
Como fazer o processo da Revisão da Vida Toda
O processo pode ser feito direto na Justiça155, mas se tiver
necessidade de retificação do banco de dados do INSS será necessário o
prévio requerimento administrativo156.
Para entra com processo na Justiça o interessado precisa apresentar
cópia integral do processo que deu origem ao benefício, cópia dos pedidos

152
Enunciado 75 do VIII Encontro de Juízes Federais TRF3. Nas ações em que se
discute a revisão objeto do tema 1.102 do STF, para a atualização dos salários-de-
contribuição no cálculo da RMI, aplicam-se os seguintes indexadores: ORTN-OTN até
04-1979, INPC de 05-1979 a 12-1992, IRSM de 01-1993 a 06- 1994, IPC-r de 07-1994 a
06-1995, INPC de 07-1995 a 04-1996, IGP-DI de 05-1996 a 01-2004 e INPC a partir de
02-2004.
153
Enunciado 73 do VIII Encontro de Juízes Federais TRF3. Nas ações em que se
discute a revisão objeto do tema 1.102 do STF, não se aplica o divisor mínimo
correspondente a 60% do período contributivo estabelecido no art. 3º, § 2º, da Lei
9.876/99, uma vez que é atinente à regra transitória, que se afasta ao se deferir a
mencionada revisão.
154
Enunciado 74 do VIII Encontro de Juízes Federais TRF3. Se no cálculo de
cumprimento de sentença de procedência de processos cujo objeto é a revisão do tema
1.102 do STF, a renda mensal inicial revisada resultar menor do que a renda mensal
atual, o título executivo é inexequível.
155
Enunciado 6470 CJF: A Revisão da Vida Toda não exige prévio requerimento
administrativo.
156
Enunciado 69 do VIII Encontro de Juízes Federais TRF3. Havendo pedido de revisão
relativa ao tema 1.102 do STF cumulado com pedido de retificação de dados de salários-
de-contribuição constantes do CNIS, é necessária a demonstração de prévio requerimento
administrativo de inclusão dos referidos salários-de-contribuição no CNIS, nos termos do
art. 29-A, § 2º, da Lei nº 8.213-91.

284
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de revisão157 e da planilha de cálculo provando que o valor do benefício vai


aumentar158, podendo apurar os salários que entrarão no cálculo:
a) Com base nos dados do INSS, como CNIS e Microfichas;159
b) Com base nos registros da CTPS; 160
c) Na falta da prova dos salários, será utilizado o salário-mínimo
da época;161
O recebimento do crédito162 apurado no processo será apurado em
processo de cumprimento de sentença e pago mediante Requisição de
Pequeno Valor (RPV) ou Precatório (PRC).

157
Enunciado 70 do VIII Encontro de Juízes Federais TRF3. São documentos
indispensáveis à propositura da ação que objetiva a revisão relativa ao tema 1.102 do
STF: cópia integral do processo administrativo de concessão do benefício, cópia integral
de eventual processo administrativo de revisão para inclusão de salários-de-contribuição
no CNIS e planilha de cálculo.
158
Enunciado 67 do VIII Encontro de Juízes Federais TRF3. Nas ações em que se
discute a revisão objeto do tema 1.102 do STF, a parte autora deve demonstrar o interesse
processual mediante a apresentação de planilha de cálculo, comprovando que a revisão
lhe é favorável.
159
Enunciado 68 do VIII Encontro de Juízes Federais TRF3. A revisão relativa ao tema
1.102 do STF deve levar em conta os salários-de-contribuições constantes de bancos de
dados do Instituto Nacional do Seguro Social, tais como CNIS e microfichas, nos termos
do art. 29-A, caput, da Lei n. 8.213/91.
160
Enunciado 6471 CJF: As alterações salariais registradas na CTPS podem ser
utilizadas no cálculo de revisão de benefício previdenciário.
161
Enunciado 71 do VIII Encontro de Juízes Federais TRF3. Nas ações em que se
discute a revisão objeto do tema 1.102 do STF, quando não constar do CNIS o valor do
salário-de-contribuição e o segurado não puder comprová-lo, será ulizado o valor do
salário mínimo da época, na forma do art. 36, § 2º, do Decreto 3.048/99.
162
Enunciado 72 do VIII Encontro de Juízes Federais TRF3. Considera-se líquida a
sentença de procedência das ações em que se discute a revisão objeto do tema 1.102
STF, desde que contenha os parâmetros para elaboração dos cálculos, nos termos do
Enunciado 32 do FONAJEF, do art. 38, parágrafo único, e do art. 52, I, ambos da Lei n.
9.099/95.

285
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O fato de o segurado já ter ajuizado ação contra o INSS, e o Poder Judiciário ter
se posicionado a respeito do que foi pleiteado, favoravelmente ou não, não é motivo
suficiente para acreditar que o benefício está correto.
Os pronunciamentos judiciais estão limitados àquilo que é colocado para ser
analisado e na maioria das vezes o pedido não abrange todas as situações de erro no
cálculo do benefício. Ele pode continuar defasado, mesmo após ter solicitado sua
correção judicialmente.
Somente a análise do processo que deu origem à aposentadoria ou pensão
pode garantir a certeza de que o benefício está correto.

Benefícios do INSS iniciados entre 01.03.1994 e 28.02.1997


Em construção.
No mês de fevereiro de 1994 foi instituída a Unidade Referência de Valor (URV),
que deu início ao Plano de Estabilização Econômica com a posterior mudança da
moeda para Real.
Nessa oportunidade as contribuições que entraram no cálculo do valor das
aposentadorias e pensões deixaram de ser corrigidas com base na aplicação do Índice
de Reajuste do Salário-Mínimo (IRSM), de 39,67%, do mês de fevereiro de 1994.
O valor do benefício aumentará de acordo com a data de seu início. Quanto mais
próximo do mês de março de 1994, maior será a correção.
Todos os beneficiários que contribuíram com valor superior ao salário-mínimo
têm direito a essa revisão.

Conversão do auxílio-doença em aposentadoria por


invalidez
Em construção.

286
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Na maioria das vezes o segurado, antes de se aposentar por invali-dez, recebe


o benefício de auxílio-doença.
O auxílio-doença é calculado com base na média das contribuições que
antecederam sua concessão, o que também deveria acontecer com a aposentadoria
por invalidez.
Acontece que o cálculo deste benefício é feito levando-se em con-ta
exclusivamente o aumento da alíquota para 100%, sem o recálculo do salário de
benefício baseado nas contribuições que o segurado pagou.
O pedido dessa diferença na Justiça deve ser precedido de cálculos para
constatação da existência de diferenças.

Auxílio-acidente como salário de contribuição


Em construção.
Quando um benefício é concedido, ele é calculado com base nas contribuições
pagas pelo segurado no período que antecede sua aposentadoria.
Se dentro do Período Básico de Cálculo (PBC) (nome dado às contribuições que
entram no cálculo da aposentadoria) houve pagamento de auxílio-acidente, o segurado
tem o direito garantido de calcular seu benefício com base na somatória do valor do
auxílio-acidente que recebeu e as contribuições.
A diferença do valor do benefício será maior, quanto maior for o número de
meses recebidos de auxílio-acidente dentro do PBC.
O benefício pode aumentar em até 50% do valor que é pago ao segurado, além
de poder receber as parcelas vencidas.

Equiparação ao salário-mínimo
Em construção.
A queixa mais comum sobre valor dos benefícios previdenciários está
relacionada à sua vinculação à quantidade de salários-mínimos.

287
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Até janeiro de 1992, o valor das aposentadorias e pensões era reajustado na


mesma época e pelo mesmo índice de reajuste do salário-mínimo, mas a partir de então
isso mudou.
Sugerimos que não se promova qualquer pedido de revisão com essa alegação,
visto que o Supremo Tribunal Federal já se pronunciou contrariamente.

Desaposentação
Em construção.
Desaposentação é a renúncia da aposentadoria e o requerimento de outra, mais
vantajosa.
Esta questão foi amplamente discutida nos Tribunais e o STF concluiu que quem
contribuiu após a concessão da aposentadoria, o valor dessas novas contribuições não
pode ser utilizado para aumentar o valor do benefício.
Na mesma decisão ficou decidido também que essas novas contribuições, além
de não poderem ser utilizadas para aumentar o valor do benefício, também não seriam
devolvidas.

Inclusão de atividade especial na aposentadoria


Em construção.
Os aposentados por tempo de contribuição que trabalharam em condições que
colocaram em risco sua saúde ou integridade física, por conta de trabalho insalubre,
penoso ou perigoso, recebendo ou não adicional de insalubridade ou periculosidade,
podem tentar aumentar o valor de seus benefícios.
Nesse caso o benefício poderá aumentar em até 30% do valor que está sendo
pago, mas o segurado deverá comprovar as condições especiais em que o trabalho foi
desenvolvido.

Inclusão de tempo de serviço na aposentadoria


Em construção.
288
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Algumas espécies de benefícios são calculadas com base no tempo de


contribuição pago pelo trabalhador.
O tempo de serviço que não foi computado porque o INSS não considerou a
natureza especial dele; porque o trabalhador não foi registrado ou porque não pagou
as contribuições previdenciárias. Mas pode ser recuperado.
A comprovação do tempo de serviço que não foi utilizado na concessão do
benefício repercutirá diretamente no valor da aposenta-doria.
Isenção do Imposto de Renda
Em construção.
163
Sobre a apresentação de laudo médico oficial , e a manutenção da
isenção do imposto de renda.164

Importâncias não recebidas em vida pelo segurado


Em construção

163
Súmula 598 do STJ. É desnecessária a apresentação de laudo médico oficial para o
reconhecimento judicial da isenção do imposto de renda, desde que o magistrado entenda
suficientemente demonstrada a doença grave por outros meios de prova.
164
Súmula 627 do STJ. O contribuinte faz jus à concessão ou à manutenção da isenção
do imposto de renda, não se lhe exigindo a demonstração da contemporaneidade dos
sintomas da doença nem da recidiva da enfermidade.

289
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