Livro Louco para Se Aposentar
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APOSENTAR
LOUCO PRA
APOSENTAR
Transformar o sonho da
aposentadoria em realidade.
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Sumário
INTRODUÇÃO ........................................................................................................ 10
O AUTOR ................................................................................................................... 10
O MAIOR DESAFIO .................................................................................................. 11
A LOCURA COMEÇA AQUI.................................................................................... 13
COMO O LIVRO É DIVIDIDO .............................................................................. 15
PARTE 1 – VOCÊ SABE QUE TEM UM PROBLEMA? .......................................... 15
PARTE 2 – DEFINA SUA ESTRATÉGIA................................................................. 16
PARTE 3 – NÃO INVESTIR MAIS DO QUE VAI RECEBER ................................. 17
PARTE 4 – QUAIS BENEFÍCIOS VOCÊ TEM DIREITO ........................................ 18
PARTE 5 – CHEGOU A HORA DO PLANEJAMENTO .......................................... 19
PARTE 6 – BOTANDO A MÃO NA MASSA ........................................................... 20
PARTE 1 ................................................................................................................... 22
VOCÊ SABE QUE TEM UM PROBLEMA? .......................................................... 22
QUER VIVER OU SOBREVIVER? .................................................................................. 22
Veja como é vantajoso para você ........................................................................... 27
Recupere todo seu dinheiro a partir de 9 meses..................................................... 28
O QUE É PREVIDÊNCIA SOCIAL? ............................................................................... 31
Previdência pública................................................................................................ 32
Previdência complementar ..................................................................................... 33
Investimento ........................................................................................................... 35
4 formas de ter renda no futuro ........................................................................................ 39
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INTRODUÇÃO
O AUTOR
Advogado há mais de 38 anos e há 45 anos na área previdenciária.
Aposentado sim, parado não! O processo de aposentadoria me fez
entender ainda mais, e sentir na pele, as dores e as dificuldades do
trabalhador na hora de conquistar o benefício do INSS. E me qualificou
ainda mais no propósito de fazer a diferença na vida das pessoas.
Sempre trabalhei com aposentadorias mesmo antes de ser sócio da
firma Bocchi Advogados Associados e sempre mantive intensa atuação na
área de educação previdenciária.
O Louco Pra Aposentar nasceu das perguntas que recebo nas redes
sociais e das dúvidas colhidas em sala de aulas dos Colegas Advogados,
Estagiários e Estudantes de Direito, aliás, lecionei como professor em
diversos cursos, graduação e pós-graduação em direito previdenciário.
Outras atividades me credenciaram para escrever o Louco Pra
Aposentar: escritor de cinco livros na área previdenciária, de jornalista e
comentarista em rádio (CBN e Jovem Pan), Portais como o G1 e A Cidade
ON e em TV Aberta nas afiliadas à Rede Globo de Campinas, Ribeirão
Preto, São Carlos e Sul de Minas.
A educação previdenciária está no meu sangue do Hilário. O
propósito com este livro é ajudar as pessoas a terem renda.
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O MAIOR DESAFIO
O maior desafio é fazer as pessoas perceberem que o
problema é não planejar a aposentadoria e incentivá-
las a agir imediatamente.
Conscientizar as pessoas que não conhecem seus direitos da
importância do planejamento previdenciário. A garantir uma renda futura
é fundamental para ter qualidade de vida.
O Louco Pra Aposentar vai transformar as pessoas que irão se
aposentar e que sequer conhecem os problemas e as dificuldades da
aposentadoria em pessoas:
Conscientes de seus direitos
Conhecedores do Planejamento Previdenciário
Multiplicadores desta informação
Vamos adaptar os 5 Níveis de Consciência do Cliente de
Eugene Schamartz, em seu livro “Breakthrough Advertising”
(Publicidade Inovadora - 1966) à dinâmica da aposentadoria e
do planejamento previdenciário. Clique ou
Aponte
5 PASSOS: Do Sonho ao Poder de realização. Celular
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São 6 Partes.
Parte 1. Você sabe que tem um problema?
Parte 2. Defina sua estratégia
Parte 3. Não invista mais do que vai receber
Parte 4. Quais benefícios você pode ter Clique ou
Parte 5. Chegou a hora do planejamento Aponte Celular
Parte 6. Botando a mão na massa
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Você tem a Justiça à sua disposição e ela é mais simples do que muita
gente pensa.
Por isso, não desista!
Espero que a leitura traga conforto e confiança na busca dos direitos
sociais.
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PARTE 1
VOCÊ SABE QUE TEM UM PROBLEMA?
Quer viver ou sobreviver?
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Não dá pra ser feliz com tantas angústias. Imagine, então, para uma
pessoa idosa? É assim que, infelizmente, muitos vivem.
Eu conheço casos e mais casos de senhorzinhos e senhorinhas
totalmente dependentes de Igrejas. Não fossem os religiosos, estariam
desamparados.
É triste. Mas não é só o avanço da idade que os torna velhos
entristecidos.
O desgosto nasce quando os anos aumentam, a falta
qualidade de vida diminui e, às vezes, são esquecidos e até vem
o abandono material, sentimental e emocional.
Clique ou
Viver é o contrário disso tudo. Viver é ter qualidade de
Aponte Celular
vida.
Por mais simples que a vida seja, o que importa é ser feliz, aproveitar
a vida, sorrir, comer, beber, trabalhar, viajar, ser útil, ter bons momentos
com a família, amigos, ter um tempo livre para fazer o que você gosta, ter
intensidade.
“...Eu vim para que tenham vida,
e a tenham com abundância.”
João 10:10
Bom!
Acho que já sabe o que você quer né?
Pois é!
Existem 4 Formas de ter renda no futuro sem precisar trabalhar.
Antes de explicar isso detalhadamente, quero deixar ainda mais claro
a importância de se proteger.
Este livro foi escrito para ajudar pessoas a resolver questões
relacionadas à aposentadoria e obter renda, mas aqueles que não desejam
se proteger têm um problema que deve ser resolvido antes de ler o livro.
Eu posso ajudar a encontrar um remédio para o seu desânimo caso
ele esteja relacionado com as objeções mais comuns:
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Então, já decidiu?
Vamos começar a pensar em previdência?
Ainda não?
Caso a ideia seja a de que a sua previdência não tem mais jeito
ou que nunca vai se aposentar, é hora de começar a entender que se você
iniciar as contribuições agora, depois de doze meses de contribuições
válidas, se ficar doente, poderá ter uma renda para te auxiliar enquanto
permanecer incapacitado.
Então eu te pergunto: tem jeito ou não tem?
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Ah tá!
Se vamos viver mais, então podemos trabalhar mais e ganhar
mais dinheiro, certo?
Então pra que pensar em aposentadoria?
você, e de uma pensão por morte com valor de pelo menos um salário-
mínimo, vitalício, para seus dependentes.
Se conseguir preço menor que o da Previdência Social e com a
mesma proposta de proteção que ela prevê, me avisa. Quero saber como
conseguiu esta proeza.
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Caro leitor!
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Depois disso tudo, se você não quer fazer parte desta rede de proteção
social, esta sua decisão só tem um motivo: o de você não querer mesmo.
Respeito sua decisão, mas vamos combinar uma coisa: Este livro não
é para você. Ele é para quem está Louco Pra aposentar.
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Previdência pública
Todas as pessoas que exercem atividade remunerada são obrigadas a
contribuir para o Sistema previdenciário, seja militar, servidor público ou
trabalhador da iniciativa privada.
A diferença é que os militares, por suas características especiais,
possuem um instituto de previdência só para eles, da mesma forma que os
servidores públicos.
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Previdência
Social
Pública Complementar
RGPS
Militares RPPS Pública Privada
(INSS)
União
Legislativo Aberta
Federal
Vínculo
Municípios Judiciário
Empregatício
Distrito Vínculo
Federal Institucional
Previdência complementar
A previdência complementar pode ser pública ou privada.
A previdência complementar pública se destina apenas aos servidores
públicos concursados dos Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário, ao
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passo que a previdência complementar privada pode ser acessada por todos
os cidadãos, inclusive os próprios servidores públicos concursados com ou
sem regime próprio de previdência.
A previdência complementar privada pode ser aberta ou
fechada.
A fechada, também chamada de fundos de pensão, tem esse nome
porque é destinada a determinado grupo de pessoas.
É permitida exclusivamente aos empregados de uma empresa e aos
servidores da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios,
denominados patrocinadores; e aos associados ou membros de pessoas
jurídicas de caráter profissional, classista ou setorial, denominados
instituidores.
A vinculação à previdência complementar privada fechada pode se
dar por meio de vínculo empregatício, quando o trabalhador tem uma
relação de emprego com o Instituidor do fundo de pensão, como por
exemplo no caso da Previ, Economus, Funcef, dentre outros, ou por meio
de vínculo institucional ou associativo, como por exemplo a OABPrev.
A aberta é negociada livremente entre qualquer interessado e uma
empresa de previdência aberta.
Para saber mais sobre Previdência Complementar leia a PARTE 5
deste livro.
Pode parecer complicado e até dá um desânimo quando a gente pensa
que vai ter que pagar durante muito tempo para depois ter que receber uma
renda futura.
Concordo que isso seja desafiador, mas entender o que é investimento
pode te animar.
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Investimento
Agora preste atenção: o dinheiro gasto com o INSS, quando faz uma
poupança, compra uma máquina ou veículo para trabalhar, não é custo ou
despesa, é INVESTIMENTO.
ATIVOS CUSTOS
VOCÊ
PASSIVOS DESPESAS
INVESTIMENTOS
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bolsinha tão pequena que cabia na minha mão, isso quando eu era criança
ainda…
Era ali, na bolsinha que a véia carregava todo o dinheiro que tinha!
Ela sonhava e jogava no bicho (para quem não sabe, é um jogo
ilegal) e conseguia ganhar o dinheiro para comprar a mistura na feira-livre.
E olha que a “Véia” era boa nisso, viu.
Ela tinha uma tática: quando ela sonhava com alguma coisa, logo
relacionava o sonho com um dos 25 bichos do jogo e aí “aplicava” uns
trocados na banca de aposta.
Lembro de algumas dessas relações que ela fazia:
sonhar com o trabalho, joga no burro;
sonhar com um amigo, joga no cachorro;
sonhar com a sogra, joga na cobra;
sonhar com dinheiro, joga no elefante.
Tinha sonhos que faziam alusão à vaca, ao veado,
ao urso. Um monte de bicho.
Tinha um detalhe: ela dizia que não podia pentear o cabelo antes de
lembrar do sonho, senão esquecia tudo. Dá para acreditar?
Quando não sonhava, ela olhava as nuvens e sempre “enxergava” um
bicho. Só ela via isso, mas fazer o quê, né?
E nos dias que não lembrava do sonho e o céu estava limpo. A vó
Rosa ainda tinha outro jeito de acertar o bicho. Mas esse segredo não
contou pra ninguém. O fato é que todo dia, apostava. Sempre um valor bem
baixinho. Acertava muito e ganhava pouco.
Assista: https://youtu.be/QLS8xJjMj0E
Minha avó paterna era costureira das boas. Fazia enxoval e tudo.
Mas nunca empreendeu.
A geração delas não tinha informação. Eram brasileiros que só
podiam se virar e contar com as próprias habilidades.
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Custos são os desembolsos ligados a tudo que está à sua volta e que
é necessário: material de limpeza, mão de obra de terceiros, insumos.
Já deu para perceber que a nossa casa e a nossa vida parecem uma
empresa. E é assim que devemos encarar nossos ativos e nossos passivos.
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Quantidade Salários-mínimos
12
10
8
6
4
2
0
1991 2021 2051 2081
Quantidade Salários-mínimos
Vou voltar a falar sobre este assunto na PARTE 3 deste livro, mas
quero evidenciar desde já que em 60 anos o maior benefício do Regime
Geral da Previdência Social (INSS) e que será também a base nos Regimes
Próprios de Previdência, não ultrapassará 2 salários-mínimos.
Esta constatação meramente comparativa é suficiente para
entender a necessidade de um planejamento previdenciário
responsável.
Vislumbrar desde cedo a possibilidade de manter ou melhorar o
padrão de vida no futuro é o primeiro passo para definir seus investimentos
ou iniciar a redução do padrão de vida no presente.
Análise e tendências pós-reforma de novembro/2019
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regressivo), benefício fiscal, mas pelo menos – agora – entrega o que vende.
Se bem planejada, pode valer a pena ter uma ou duas (VGBL e PGBL)
dependendo da declaração do imposto de renda (completo ou simplificado).
Desta forma o planejamento previdenciário será mais financeiro do
que necessariamente previdenciário, porém com foco fino na questão
securitária (seguros).
Na PARTE 5 vamos aprofundar mais neste assunto.
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PARTE 2
DEFINA SUA ESTRATÉGIA
Estratégia dos 3Qc da Aposentadoria
Qual é mais
vantajoso?
Quanto vai
receber?
Quando vai
aposentar?
Assista: https://youtu.be/NhbItVHiGX8
A estratégia de acesso aos benefícios e serviços da Previdência e da
Assistência Social deve seguir orientações relacionadas com o tempo
(vigência das leis) observando:
Direito Adquirido: as regras que estavam valendo;
Regras Atuais: as regras que estão valendo;
Regras Transitórias: as que deixarão de valer; e
Regras que podem ser aprovadas: as que já estão no
Congresso Nacional que seguirão tendências nacionais e
mundiais.
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Agora que você já sabe que os requisitos gerais são tão importantes
quanto os específicos para ter acesso a um benefício, vamos começar
analisar os requisitos gerais mais comuns e que dão acesso às prestações.
Empregado
Empregado
Doméstico
Trabalhador
Obrigatório
Avulso
BENEFICIAÁRIO
SEGURADO
Segurado
Facultativo
Especial
Contribuinte
Preferencial
Individual
DEPENDENTE Secundário
Especial
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Segurados obrigatórios
Os empregados (urbanos e rurais), empregado doméstico,
trabalhador avulso, segurado especial, contribuinte individual
(autônomo, sócio, empresário, MEI – Microempreendedor
Individual e outros assemelhados), aposentado que retorna ao
trabalho e o servidor público que não está vinculado a Regime
Próprio de Previdência Social (RPPS).
A atividade prestada de forma gratuita, bem como o serviço
voluntário, não gera filiação obrigatória à Previdência.
O aposentado que retorna ao trabalho ou continua
trabalhando é segurado obrigatório e deve contribuir. As novas
contribuições não geram direito à revisão do valor do benefício.
Segurado facultativo
É qualquer cidadão com mais de 16 anos, que, apesar de não
exercer atividade remunerada, contribui para o sistema para se
beneficiar dos direitos previdenciários.
A contribuição decorre da vontade do interessado. O
presidiário e o estagiário podem recolher contribuições nessa
condição.
Desempregados, “dona de casa”, estudantes, bolsistas,
síndicos de condomínio não remunerados, são outros exemplos de
segurados facultativos.
Por este motivo, quando for feita a prova perante a previdência com
a finalidade de provar que se trata de segurado-obrigatório-empregado será
necessário provar a existência da empresa no período que se pretende
comprovar.
Não se pode exigir do trabalhador a prova cabal de que a empresa
tenha existido, mas um indício de sua existência, sob pena de transferir para
o segurado a obrigação de fiscalizar.
Dentro deste contexto, as empresas que não registram empregados
são, em maioria, aquelas que trabalham na clandestinidade, logo não se
pode exigir prova do CPF, do CNPJ ou da inscrição na Junta Comercial,
embora possam existir.
O segurado pode solicitar uma certidão municipal de existência da
firma, o que normalmente há por causa da cobrança dos tributos municipais
e do alvará ou licença de funcionamento, ou outros elementos de prova
como fotografias, holerites de pagamento, dentre outros.
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1 Tema 251 da TNU. O início da contagem do período de graça para o segurado que
se encontra em gozo de auxílio-doença, para fins de aplicação do disposto no artigo 15,
inciso II e parágrafos 1º e 2° da lei nº 8.213/91, é o primeiro dia do mês seguinte à data
de cessação do benefício previdenciário por incapacidade.
2
Tema 245 da TNU. A invalidação do ato de concessão de benefício previdenciário não
impede a aplicação do art. 15, I da Lei 8.213/91 ao segurado de boa-fé.
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• 24 Meses. O prazo de doze meses acima referido será prorrogado para até
24 meses, desde que o trabalhador comprove ter contribuído mais de
cento e vinte contribuições mensais (equivalente a dez anos), sem
interrupção que acarrete a perda da qualidade de segurado.
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Carência
Para conseguir benefícios não basta ser inscrito,
não basta estar filiado. É preciso ter carência.
Tem que cumprir um número mínimo de contribuições
indispensáveis para acessar o benefício pretendido e, em alguns, casos o
acesso à prestação pode ser isento de carência.
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3
Cf. PUIL n. 0033626-77.2016.4.01.3300/BA
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4
Tema 262 da TNU. 1) Nos casos de benefícios por totalização concedidos na forma do
acordo de seguridade social celebrado entre Brasil e Portugal (Decreto n. 1.457/1995),
o valor pago pelo INSS poderá ser inferior ao salário-mínimo nacional, desde que a soma
dos benefícios previdenciários devidos por cada estado ao segurado seja igual ou
superior a esse piso; 2) Enquanto não adquirido o direito ao benefício devido por
Portugal ou se o somatório dos benefícios devidos por ambos os estados não atingir o
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valor do salário-mínimo no Brasil, a diferença até esse piso deverá ser custeada pelo
INSS para beneficiários residentes no Brasil.
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Tema 1 da TNU. O valor da aposentadoria por invalidez e do auxílio-doença, bem como
das pensões destes derivados ou calculadas com base no art. 75, da Lei n. 8.213/91, será
obtido, na forma do art. 29, II, do mesmo diploma, por meio da média aritmética simples
dos 80% maiores salários de contribuição, considerado todo o período contributivo,
independentemente do momento de inscrição do segurado e do número de contribuições
mensais do período contributivo.
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Aposentadoria Especial
Até 13/11/2019
Após 13/11/2019
Média 80% maiores
Média todos salários desde
salários de julho/1994
julho/1994
sem descarte entre 60% e
Descarte limitado
80% do PBC
Aposentadoria Especial 100% Sem FP 60% + 2%
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Percebeu!
Direito adquirido
Novas regras
Regras de transição
Momentos futuros (aposentadoria do dia seguinte)
Valor dos benefícios com mais de uma atividade
O salário de benefício do segurado que contribuir em razão de
atividades concomitantes será calculado com base na soma dos
salários de contribuição das atividades exercidas na data do
requerimento ou do óbito, ou no período básico de cálculo (PBC).
Esta regra de somatória de todos os salários-de-contribuição
foi criada pela Lei n. 13.846 de 18/06/2019, mas desde 1999 é
possível somar.6
As pessoas que se sentirem prejudicadas têm o prazo de 10
anos contados da data do recebimento do primeiro mês de
benefício para pedir a revisão do benefício.
Fator previdenciário
6
Tema 1070 do STJ. Após o advento da Lei 9.876/99, e para fins de cálculo do benefício
de aposentadoria, no caso do exercício de atividades concomitantes pelo segurado, o
salário-de-contribuição deverá ser composto da soma de todas as contribuições
previdenciárias por ele vertidas ao sistema, respeitado o teto previdenciário.
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Tc x a 1 + (Id + Tc x a)
f= X
Es 100
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Tema 25 da TNU. Para o cálculo do fator previdenciário deve ser observada a tábua
de mortalidade elaborada pelo IBGE vigente na data do requerimento do benefício
previdenciário, e não aquela utilizada anteriormente, quando preenchidos os requisitos
necessários à concessão da aposentadoria.
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Aposentadoria do professor
Aposentadoria por idade
Só se aumentar o
Aposentadoria PcD
valor do benefício
Lei Complementar 142, 08/05/2013, art. 9º.
Aposentadoria especial
Aposentadoria por pontos 85/95 Não
A partir da MP 676, 17/06/2015 (Lei 13.183/2015)
8
Enunciado 1 do CRPS. A Previdência Social deve conceder o melhor benefício a que o
segurado fizer jus, cabendo ao servidor orientá-lo nesse sentido.
I - Satisfeitos os requisitos para a concessão de mais de um tipo de benefício, o INSS
oferecerá ao interessado o direito de opção, mediante a apresentação dos demonstrativos
financeiros de cada um deles.
II - Preenchidos os requisitos para mais de uma espécie de benefício na Data de Entrada
do Requerimento (DER) e em não tendo sido oferecido ao interessado o direito de opção
pelo melhor benefício, este poderá solicitar revisão e alteração para espécie que lhe é
mais vantajosa, cujos efeitos financeiros remontarão à DER do benefício concedido
originariamente, observada a decadência e a prescrição quinquenal.
III - Implementados os requisitos para o reconhecimento do direito em momento posterior
ao requerimento administrativo, poderá ser reafirmada a DER até a data do cumprimento
da decisão do CRPS.
IV - Retornando os autos ao INSS, cabe ao interessado a opção pela reafirmação da DER
mediante expressa concordância, aplicando-se a todas as situações que resultem em
benefício mais vantajoso ao interessado.
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Simulação em 3 Situações
Depois de saber quando irá aposentar, faça a simulação de
cálculo de cada um desses benefícios.
Caso tenha benefícios que acontecerão em datas futuras,
simule pelo menos três situações:
1. Considerando o valor da média salarial que já possui
nos meses que faltam para atingir cada uma das
aposentadorias;
2. Considerando o valor do teto do INSS nesses meses
que faltam;
3. Considerando nesses mesmos meses o valor do
salário mínimo.
Assista o vídeo do Planejamento Previdenciário
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PARTE 3
NÃO INVISTA MAIS DO QUE VAI RECEBER
6 Tipos de Segurados
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5. Segurado especial
6. Segurado facultativo
Empregado
Trabalhador
Avulso
Empregado
Obrigatório
Doméstico
SEGURADO
BENEFICIAÁRIO
Segurado
Facultativo
Especial
Contribuinte
Preferencial
Individual
DEPENDENTE Secundário
Especial
1. Empregado
Público, Privado, Urbano e Rural.
São empregados os trabalhadores com carteira de trabalho
assinada, trabalhadores temporários; diretores-empregados; quem
foi eleito para exercer cargo público, inclusive ministros, secretários
e cargos em comissão não concursados; quem trabalha no exterior
em empresas nacionais; multinacionais que funcionam no Brasil e
em organismos internacionais e missões diplomáticas instaladas no
país.
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Servidor público
A rigor, o servidor público é filiado a um Regime Próprio de
Previdência (RPPS) da União, dos Estados, do Distrito Federal ou dos
Municípios.
A União, o Distrito Federal e todos os Estados possuem instituto
próprio, todavia, nem todos os municípios possuem.
O servidor público municipal que não estiver amparado por RPPS
será segurado obrigatório do INSS na condição de empregado, lhe sendo
assegurado todos os direitos, inclusive acidente do trabalho e aposentadoria
especial (Súmula Vinculante n. 33 do STF).
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PÚBLICO RGPS
RPPS e RGPS
EMPREGADO
URBANO
PRIVADO
RURAL
2. Empregado doméstico
O doméstico é aquele que trabalha pessoalmente, com
habitualidade, subordinação e remuneração na residência de outra
pessoa ou família exercendo atividades para empregador que não
têm fins lucrativos (domésticas, diarista, governanta, motorista,
caseiro, etc.).
A contribuição do Empregado Doméstico, desde outubro/2015
(Lei Complementar n. 150/2015) deve ser feita por meio do eSocial
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3. Trabalhador avulso
É o segurado que presta serviço para mais de uma empresa
por intermediação de sindicatos ou órgãos gestores de mão de obra
(OGMO). Exemplos: estivador, carregador, amarrador de
embarcações, vigia, empregados de movimentação de
mercadorias, e outros.
Na indústria de
extração de sal e no
ensacamento de
cacau e café, também
há trabalhador avulso.
A contribuição do
segurado empregado
é feita por meio da
folha de pagamento do sindicato da categoria ou do órgão gestor
de mão de obra.
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4. Contribuinte individual
É a pessoa que trabalha por conta própria (equiparado a
autônomo) e o trabalhador urbano ou rural que presta serviços de
natureza eventual a empresas, sem vínculo empregatício.
Exemplos: empresários, comerciantes, sócios de empresas,
profissionais liberais (médicos, dentistas, engenheiros, advogados,
arquitetos, etc.); diretores de empresas; motoristas de táxi;
ambulantes; pedreiros; os associados de cooperativas de trabalho;
e outros.
92
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Mensal
20% Sem vínculo PJ
PLANO 11% vinculado PJ
Trimestral
NORMAL
Com redução
45%
CONTRIBUINTE
INDIVIDUAL
URBANO - RURAL Mensal
5% MEI (partir 05/2011)
11% MEI (até 04/2011)
Trimestral
PLANO 11% sem vínculo PJ
SIMPLIFICADO Complementação
9%
Complementação
15%
93
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Contribuição trimestral
94
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95
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VEJA A LISTA
96
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97
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98
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5. Segurado especial
São os trabalhadores rurais, pescadores artesanais e índios
que produzem individualmente ou em regime de economia
familiar, sem utilização de empregados permanentes.
Incluem-se nesta definição todos os membros da família
(cônjuges, companheiros, filhos, genros e noras, irmãos, outros)
que trabalham com a família em atividade rural.
Entende-se por regime de economia familiar a atividade em
que o trabalho dos membros da família é indispensável à própria
subsistência e é exercido em condições de mútua dependência e
colaboração, sem a utilização de empregados.
O termo “sem utilização de empregados” deve ser
interpretado de forma a amparar a finalidade social da legislação
previdenciária, admitindo-se como tal, sem descaracterizar a
natureza do regime de economia familiar, o auxílio eventual de
terceiros para execução de tarefas tidas como excepcionais, a
exemplo da utilização de mão de obra específica para conserto de
cercas, preparo da terra e colheita da produção em períodos
sazonais, serviços prestados por profissionais especializados e
outros, pois o que é proibido é apenas a contratação de
empregados permanentes.
proprietário, usufrutuário, possuidor, assentado, parceiro ou meeiro
outorgados, comodatário ou arrendatário rurais, que explore atividade
Produtor agropecuária em área contínua ou não de até quatro módulos fiscais; e
rural atividade de seringueiro ou extrativista vegetal na coleta e extração, de modo
sustentável, de recursos naturais renováveis, e faça dessa atividade o seu
principal meio de vida;
Pescador Pescador artesanal ou a esse assemelhado, que faça da pesca sua profissão
artesanal habitual ou principal meio de vida;
99
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Autodeclaração rural
A inscrição do segurado especial deverá vinculá-lo ao seu grupo
familiar e deverá conter, além das informações pessoais:
a identificação da propriedade em que é desenvolvida a
atividade e a informação de a que título ela é ocupada;9
a informação sobre a residência ou não do segurado na
propriedade em que é desenvolvida a atividade, e, em caso
negativo, sobre o Município onde reside; e
quando for o caso, a identificação e a inscrição da pessoa
responsável pelo grupo familiar.
O segurado especial integrante de grupo familiar que não seja
proprietário do imóvel rural ou da embarcação em que desenvolve sua
atividade deve informar, no ato da inscrição, conforme o caso, o nome e o
CPF do parceiro ou meeiro outorgante, arrendador, comodante ou
assemelhado.
9
Tema 1115 do STJ. O tamanho da propriedade não descaracteriza, por si só, o regime
de economia familiar, quando preenchidos os demais requisitos legais exigidos para a
concessão da aposentadoria por idade rural.
100
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6. Segurado facultativo
É qualquer cidadão com mais de 16 anos, que, apesar de não
exercer atividade remunerada, contribui para o sistema para se
beneficiar dos direitos previdenciários.
A contribuição decorre da vontade do interessado. O
presidiário e o estagiário podem recolher contribuições nessa
condição.
Desempregados, “dona de casa”, estudantes, bolsistas,
síndicos de condomínio não remunerados, são outros exemplos de
segurados facultativos.
O Segurado facultativo poderá contribuir de acordo com o
Plano normal, com alíquota de 20% sobre o valor calculado entre
o salário mínimo e o teto do INSS e assim ter acesso a todos os
benefícios da previdência social.
Neste caso a contribuição deverá ser feita observando-se os
códigos de recolhimento abaixo:
Códigos para recolhimento – Facultativo
1406 Facultativo – Mensal
1457 Facultativo – Trimestral
1821 Facultativo / Exercente de Mandato Eletivo / Recolhimento
Complementar
102
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103
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7 Tipos de Dependentes
Os dependentes dos segurados também têm direitos na
Previdência Social (pensão por morte e o auxílio-reclusão), todavia
esses dependentes não podem ser escolhidos ou incluídos pelos
segurados por que a lei estabelece uma relação exaustiva (que não
admite inclusão de quem não estiver previsto na legislação).
A existência de dependente está diretamente relacionada à
condição de segurado do contribuinte. Quem deixa de ser
segurado, automaticamente deixa de ter dependentes.
Os dependentes são divididos em três grupos:
1. PREFERENCIAIS. Aqueles que não precisam
comprovar a dependência econômica por que ela é
presumida;
2. SECUNDÁRIOS. Os que precisam comprovar a
dependência econômica, mas são excluídos se houver
dependentes preferenciais;
3. ESPECIAIS. Os que precisam comprovar a
dependência econômica, e concorrem com os
dependentes preferenciais.
Existe também uma ordem de exclusão de dependentes em
razão de suas prioridades.
O cônjuge, companheiro(a), filhos, enteado e menor tutelado
têm preferência em relação aos dependentes secundários, de modo
que os pais e os irmãos somente poderão se beneficiar dos direitos
dos segurados se não existirem dependentes preferenciais e
especiais.
104
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1. Cônjuge
A condição de cônjuge se dá exclusivamente com a
apresentação da certidão de casamento, não valendo para tanto o
casamento apenas religioso e pela comprovação da existência do
casamento há pelo menos dois anos.
A condição de dependente extingue-se pela separação judicial
ou divórcio; no entanto, se for atribuído o pagamento de alimentos
ou ajuda econômica/financeira, persiste a relação de dependência,
ainda que o ex-cônjuge contraia novo matrimônio.
A partir de 14/07/2010, o casamento só pode ser dissolvido
pelo divórcio.
A condição de dependente também termina com a anulação
do casamento e pelo óbito do dependente.
105
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2. Companheiro(a)
Considera-se companheira ou companheiro a pessoa que
mantém união estável com o segurado ou segurada, sejam eles de
que sexo for.
Por força de decisão judicial (Ação Civil Pública n.
2000.71.00.00 9347-0), ficou garantido o direito à pensão por morte
ao companheiro ou companheira homoafetivos, para óbitos
ocorridos a partir de 05/04/1991.
União estável é o vínculo entre duas pessoas que se
relacionam publicamente e assumem responsabilidade recíproca
como se “casados fossem” não importando se tal união acontece
entre pessoas do mesmo sexo ou diferentes.10
É muito comum a situação de casais divorciados voltarem a
conviver. Essa situação, se não for legalmente documentada, será
interpretada como de companheirismo.11
10
Enunciado 77 do VIII Encontro de Juízes Federais TRF3. Para fins de
comprovação da união estável e de dependência econômica, a exigência de início de
prova material contemporânea aos fatos aplica-se somente para os óbitos ocorridos
após a vigência da MP 871 de 18 de janeiro de 2019, convertida na L. 13.846/2019.
11
Enunciado 4 do CRPS. A comprovação de união estável e de dependência econômica,
mediante ação judicial transitada em julgado, somente produzirá efeitos para fins
previdenciários quando baseada em início de prova material contemporânea aos fatos,
constantes nos autos do processo judicial ou administrativo.
I - A dependência econômica pode ser parcial, devendo, no entanto, representar um
auxílio substancial, permanente e necessário, cuja falta acarretaria desequilíbrio dos
meios de subsistência do dependente.
II - O recebimento de ajuda econômica ou financeira, sob qualquer forma, ainda que
superveniente, poderá caracterizar a dependência econômica parcial, observados os
demais elementos de prova no caso concreto.
III - A habilitação tardia de beneficiários menores, incapazes ou ausentes, em benefícios
previdenciários já com dependentes anteriormente habilitados, somente produzirá efeitos
financeiros a contar da Data de Entrada do Requerimento (DER), sendo incabível a
106
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3. Filhos
A básica afirmação de que somente o filho(a) menor de 21
anos e o maior inválido (incluídos os filhos adotivos e nascidos fora
do casamento) devem ter acesso aos benefícios previdenciários
como dependentes é coisa do passado.
O novo conceito de família (filiação socioafetiva) e o Estatuto
da Pessoa com Deficiência trouxeram novas possibilidades de
implementação de benefícios.
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109
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4. Pais
A condição de dependência dos pais se dá com a certidão de
nascimento do filho segurado ou por meio de sentença em
processos de investigação de paternidade ou maternidade.
Os pais adotivos têm os mesmos direitos dos naturais.
A dependência econômica dos pais em relação aos filhos
precisa ser comprovada, não necessita ser absoluta, mas apenas
habitual e relevante.
5. Irmãos
Os irmãos serão dependentes da mesma forma que os filhos,
isto é, até completarem 21 anos de idade, exceto se forem inválidos
ou que tenha deficiência intelectual ou mental ou deficiência grave.
A emancipação, o casamento e a colação de grau em curso
superior também extinguem a condição de dependente, e o fato de
estudar em curso superior não lhe garante a condição de
dependência até os 24 anos.
A única diferença entre o irmão e o filho é que este tem
preferência na obtenção dos benefícios previdenciários e não
precisa comprovar a dependência econômica em relação ao
segurado.
6. Enteado
O § 2º do art. 16 da Lei n. 8.213/91 equipara o Enteado e o
Menor tutelado ao filho, porém com a necessidade de comprovação
da dependência econômica.
110
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111
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PARTE 4
QUAIS BENEFÍCIOS VOCÊ TEM DIREITO?
13 previdenciários, 1 assistencial e 3 serviços à sua disposição
112
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Direito Adquirido
Regra de transição
Programada
Idade
Trabalhador rural
PcD
Compulsória
Direito Adquirido
Benefícios e serviços
Regras de transição
Pedágio 50%
Direito adquirido
Tempo de
Pedágio 100%
contribuição
Regra transição
Proporcional 85/95 Pontos
Incapacidade
permanente
Pontos
Incapacidade
provisória
Risco Auxílio-acidente
Serviço social
113
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Idade
O benefício é devido à pessoa
portadora de deficiência de qualquer
natureza ou com incapacidade de longa
duração e ao idoso com 65 ou mais,
homem ou mulher, desde que comprove
não possuir meios de se manter, nem ter
alguém da família que possa ajudar.
O valor mensal do benefício é um salário-mínimo e não tem
décimo terceiro (abono anual).
Incapacidade
Considera-se pessoa portadora de deficiência aquela incapacitada
para a vida independente e para o trabalho, em razão de anomalias ou lesões
irreversíveis de natureza hereditária, congênita ou adquirida,
independentemente da idade.
O grau e a duração da incapacidade são fatores determinantes na
avaliação clínica do interessado.
Para apuração da incapacidade, em razão da natureza social do
benefício assistencial, não são só os fatores clínicos que devem ser levados
em consideração, aliás, a Turma Nacional de Uniformização (TNU), que é
uma espécie de tribunal, decidiu na Súmula n. 80 que:
114
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12
Súmula 48 da TNU. Para fins de concessão do benefício assistencial de prestação
continuada, o conceito de pessoa com deficiência, que não se confunde necessariamente
com situação de incapacidade laborativa, exige a configuração de impedimento de longo
prazo com duração mínima de 2 (dois) anos, a ser aferido no caso concreto, desde o início
do impedimento até a data prevista para a sua cessação.
13
Tema 173 da TNU. Para fins de concessão do benefício assistencial de prestação
continuada, o conceito de pessoa com deficiência, que não se confunde necessariamente
com situação de incapacidade laborativa, exige a configuração de impedimento de longo
prazo com duração mínima de 2 (dois) anos, a ser aferido no caso concreto, desde o início
do impedimento até a data prevista para a sua cessação (tese alterada em sede de
embargos de declaração).
115
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14
Tema 185 do STJ. A limitação do valor da renda per capita familiar não deve ser
considerada a única forma de se comprovar que a pessoa não possui outros meios para
prover a própria manutenção ou de tê-la provida por sua família, pois é apenas um
elemento objetivo para se aferir a necessidade, ou seja, presume-se absolutamente a
miserabilidade quando comprovada a renda per capita inferior a 1/4 do salário mínimo.
116
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117
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15
Portaria INSS Nº 374 de 05/05/2020.
16
Tema 225 da TNU. É possível a concessão de pensão por morte quando o instituidor,
apesar de titular de benefício assistencial, tinha direito adquirido a benefício
previdenciário não concedido pela Administração.
17
Tema 640 do STJ. Aplica-se o parágrafo único do artigo 34 do Estatuto do Idoso (Lei
n. 10.741/03), por analogia, a pedido de benefício assistencial feito por pessoa com
deficiência a fim de que benefício previdenciário recebido por idoso, no valor de um
118
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A lei não proíbe que o BPC seja pago a mais de uma pessoa da família
desde que a somatória da renda familiar, inclusive com o recebimento do
benefício que já está sendo pago, não seja suficiente para suprir a
necessidade do interessado.
A lei prevê que essa exceção se aplica apenas quando se pleiteia dois
BPC-LOAS, todavia a Justiça permite que essa regra também seja aplicada
a qualquer espécie de aposentadoria com valor igual ou próximo do salário-
mínimo.
Acidente do trabalho
Acidente do trabalho é aquele que acontece dentro da empresa,
durante a jornada de trabalho e a serviço do empregador.
Este é o acidente do trabalho típico.
salário mínimo, não seja computado no cálculo da renda per capita prevista no artigo 20,
§ 3º, da Lei n. 8.742/93.
119
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123
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•
ato de pessoa privada do uso da razão;
•
desabamento, inundação, incêndio e outros casos
fortuitos ou decorrentes de força maior.
o acidente sofrido fora do local e horário de trabalho pelo
segurado, desde que esteja:
• executando ordem ou realizando serviço a mando
da empresa;
• prestando qualquer serviço à empresa, ainda que
espontaneamente para proteger os interesses do
patrão;
• em viagem a serviço da empresa, inclusive para
estudo, independentemente do meio de locomoção
utilizado, inclusive veículo de propriedade do
segurado;
• no percurso da residência para o local de trabalho
ou deste para aquela, qualquer que seja o meio de
locomoção, inclusive veículo de propriedade do
segurado.
Causa concorrente ou concausa
Pode acontecer ainda que uma doença que não tem qualquer
relação com o trabalho possa ser agravada (de alguma forma) por
um acidente do trabalho ou pelas condições em que o trabalho foi
desenvolvido, e neste caso também é classificada como acidente
do trabalho.
A concausa pode ser preexistente, concomitante ou
superveniente.
A concausa preexistente se caracteriza pela existência de uma
doença ou lesão anterior à ocorrência do acidente do trabalho, cujas
consequências desse não geraria a incapacidade ou morte, mas em
razão da doença preexistente tal evento se efetiva.
124
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18
Súmula 278 do STJ. O termo inicial do prazo prescricional, na ação de indenização, é
a data em que o segurado teve ciência inequívoca da incapacidade laboral.
130
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131
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Auxílio-doença
Reabilitação Profissional
132
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19
Tema 556 do STJ. Para fins de fixação do momento em que ocorre a lesão
incapacitante em casos de doença profissional ou do trabalho, deve ser observada a
definição do art. 23 da Lei 8.213/1991, segundo a qual 'considera-se como dia do
acidente, no caso de doença profissional ou do trabalho, a data do início da incapacidade
laborativa para o exercício da atividade habitual, ou o dia da segregação compulsória,
ou o dia em que for realizado o diagnóstico, valendo para este efeito o que ocorrer
primeiro'.
20
Tema 626 do STJ. A citação válida informa o litígio, constitui em mora a autarquia
previdenciária federal e deve ser considerada como termo inicial para a implantação da
aposentadoria por invalidez concedida na via judicial quando ausente a prévia
postulação administrativa.
21
Súmula 576 do STJ. Ausente requerimento administrativo no INSS, o termo inicial para
a implantação da aposentadoria por invalidez concedida judicialmente será a data da
citação válida.
22
Tema 1013 do STJ. No período entre o indeferimento administrativo e a efetiva
implantação de auxílio-doença ou de aposentadoria por invalidez, mediante decisão
judicial, o segurado do RPGS tem direito ao recebimento conjunto das rendas do trabalho
exercido, ainda que incompatível com sua incapacidade laboral, e do respectivo benefício
previdenciário pago retroativamente.
133
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23
Enunciado 72 da TNU. É possível o recebimento de benefício por incapacidade durante
período em que houve exercício de atividade remunerada quando comprovado que o
segurado estava incapaz para as atividades habituais na época em que trabalhou.
24
Tema 274 da TNU. É possível a concessão de aposentadoria por invalidez, após análise
das condições sociais, pessoais, econômicas e culturais, existindo incapacidade parcial e
permanente, no caso de outras doenças, que não se relacionem com o vírus HIV, mas, que
sejam estigmatizantes e impactem significativa e negativamente na funcionalidade social
do segurado, entendida esta como o potencial de acesso e permanência no mercado de
trabalho.
134
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25
Súmula 47 da TNU. Uma vez reconhecida a incapacidade parcial para o trabalho, o
juiz deve analisar as condições pessoais e sociais do segurado para a concessão de
aposentadoria por invalidez.
135
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136
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26
Súmula 557 do STJ. A renda mensal inicial (RMI) alusiva ao benefício
de aposentadoria por invalidez precedido de auxílio-doença será apurada na forma do
art. 36, § 7º, do Decreto n. 3.048/1999, observando-se, porém, os critérios previstos no
art. 29, § 5º, da Lei n. 8.213/1991, quando intercalados períodos de afastamento e de
atividade laboral.
27
Tema 704 do STJ. A aposentadoria por invalidez decorrente da conversão de auxílio-
doença, sem retorno do segurado ao trabalho, será apurada na forma estabelecida no art.
36, § 7º, do Decreto 3.048/99, segundo o qual a renda mensal inicial - RMI da
aposentadoria por invalidez oriunda de transformação de auxílio-doença será de cem por
cento do salário-de-benefício que serviu de base para o cálculo da renda mensal inicial
do auxílio-doença, reajustado pelos mesmos índices de correção dos benefícios em geral.
28
Tema 318 da TNU. Pendente de julgamento. Definir se os benefícios de aposentadoria
por incapacidade permanente, sob a vigência da EC nº 103/2019, devem ser concedidos
ou revistos, de forma a se afastar a forma de cálculo prevista no art. 26, §2º, III, da EC
nº 103/2019, ao argumento de que seria inconstitucional.
137
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29
Tema 1095 do STF. No âmbito do Regime Geral de Previdência Social (RGPS),
somente lei pode criar ou ampliar benefícios e vantagens previdenciárias, não havendo,
por ora, previsão de extensão do auxílio da grande invalidez a todas às espécies de
aposentadoria. (Trânsito em Julgado: 11/06/2022)
138
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140
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141
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30
Súmula 53 da TNU. Não há direito a auxílio-doença ou a aposentadoria por invalidez
quando a incapacidade para o trabalho é preexistente ao reingresso do segurado no
Regime Geral de Previdência Social.
31
Enunciado 7 da TNU. Não há direito a benefício por incapacidade quando o seu fato
gerador é preexistente ao reingresso do segurado no Regime Geral da Previdência Social
(RGPS), salvo agravamento ou progressão da doença.
I - Fixada a Data de Início da Incapacidade (DII) antes da perda da qualidade de
segurado, a falta de contribuição posterior não prejudica o seu direito às prestações
previdenciárias.
II - Não será considerada a perda da qualidade de segurado decorrente da própria
moléstia incapacitante para a concessão de prestações previdenciárias.
III - A revisão dos parâmetros médicos efetuada em sede de benefício por incapacidade
não enseja a devolução dos valores recebidos, se presente a boa-fé objetiva.
IV - É devido o auxílio-doença ao segurado temporariamente incapaz, de forma total ou
parcial, atendidos os demais requisitos legais, entendendo-se por incapacidade parcial
aquela que permita sua reabilitação para outras atividades laborais.
V - Para a acumulação do auxílio-acidente com proventos de aposentadoria, a
consolidação das lesões decorrentes de acidentes de qualquer natureza que resulte
sequelas definitivas e a concessão da aposentadoria devem ser anteriores a 11/11/1997,
data da publicação da Medida Provisória nº 1.596-14, convertida na Lei nº 9.528/97.
VI - Não se aplica o disposto no artigo 76 do Regulamento da Previdência Social,
aprovado pelo Decreto 3048/99, para justificar a retroação do termo inicial do benefício
auxílio doença requerido após o trigésimo dia do afastamento da atividade, nos casos em
que a perícia médica fixar o início da atividade anterior à data de entrada do
requerimento, tendo em vista que esta hipótese não implica em ciência pretérita da
Previdência Social.
142
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32
Tema 164 da TNU. Por não vislumbrar ilegalidade na fixação de data estimada para
a cessação do auxílio-doença, ou mesmo na convocação do segurado para nova avaliação
da persistência das condições que levaram à concessão do benefício na via judicial, a
Turma Nacional de Uniformização, por unanimidade, firmou as seguintes teses: a) os
benefícios de auxílio-doença concedidos judicial ou administrativamente, sem Data de
Cessação de Benefício (DCB), ainda que anteriormente à edição da MP nº 739/2016,
podem ser objeto de revisão administrativa, na forma e prazos previstos em lei e demais
normas que regulamentam a matéria, por meio de prévia convocação dos segurados pelo
INSS, para avaliar se persistem os motivos de concessão do benefício; b) os benefícios
concedidos, reativados ou prorrogados posteriormente à publicação da MP nº 767/2017,
convertida na Lei n.º 13.457/17, devem, nos termos da lei, ter a sua DCB fixada, sendo
desnecessária, nesses casos, a realização de nova perícia para a cessação do benefício;
c) em qualquer caso, o segurado poderá pedir a prorrogação do benefício, com garantia
de pagamento até a realização da perícia médica."
143
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33
Tema 1044 do STJ. Nas ações de acidente do trabalho, os honorários periciais,
adiantados pelo INSS, constituirão despesa a cargo do Estado, nos casos em que
sucumbente a parte autora, beneficiária da isenção de ônus sucumbenciais, prevista no
parágrafo único do art. 129 da Lei 8.213/91.
144
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Valor do benefício
O auxílio por incapacidade temporária (auxílio-doença) continua
sendo 91% da média salarial mesmo depois da reforma da previdência de
novembro/2019, mas este percentual será calculado sobre a média sem a
exclusão de 20% dos menores salários-de-contribuição se o benefício tiver
a Data do Início da Incapacidade (DII) posterior à 13/11/2019. E tem outro
limitador: esta média não pode ser superior à média dos últimos doze
meses.
Auxílio-doença conta como tempo de serviço e carência
O período de afastamento com recebimento de auxílio por
incapacidade temporária, desde que intercalado com atividade
laborativa34, conta para fins previdenciários, inclusive como carência35,
conforme art. 153 da Instrução Normativa INSS n. 86/201636 e ACP n.
0004103-29.2009.4.03.7100.
A lei exige e o STF afirmou que para contagem do tempo de
afastamento o segurado deve comprovar que após a cessação do benefício
houve contribuição para a previdência.
34
Súmula 73 da TNU. O tempo de gozo de auxílio-doença ou de aposentadoria por
invalidez não decorrentes de acidente de trabalho só pode ser computado como tempo de
contribuição ou para fins de carência quando intercalado entre períodos nos quais houve
recolhimento de contribuições para a previdência social.
35
Tema 1125 do STF. É constitucional o cômputo, para fins de carência, do período no
qual o segurado esteve em gozo do benefício de auxílio-doença, desde que intercalado
com atividade laborativa.
36
Instrução Normativa n. 86/2016: Art. 153. Considera-se para efeito de carência:
1º Por força da decisão judicial proferida na Ação Civil Pública nº2009.71.00.004103- 4
(novo nº 0004103-29.2009.4.04.7100) é devido o cômputo, para fins de carência, do
período em gozo de benef ício por incapacidade, inclusive os decorrentes de acidente do
trabalho, desde que intercalado com períodos de contribuição ou atividade, observadas
as datas a seguir: ( Nova redação dada pela IN INSS/PRES nº 86, de 26/04/2016)
145
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37
Enunciado 78 do VIII Encontro de Juízes Federais TRF3. Nos casos de conversão de
auxílio por incapacidade temporária em aposentadoria por incapacidade permanente
com retroação da Data de Início da Incapacidade (DII), o tema 979 STJ impede que o
INSS cobre do segurado, cuja boa-fé se presume, a diferença entre o cálculo da renda
mensal inicial dos benefícios da aposentadoria e do auxílio por incapacidade temporária.
146
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38
Tema 300 da TNU. Quando o empregador não autorizar o retorno do segurado, por
considerá-lo incapacitado, mesmo após a cessação de benefício por incapacidade pelo
INSS, a sua qualidade de segurado se mantém até o encerramento do vínculo de trabalho,
que ocorrerá com a rescisão contratual, quando dará início a contagem do período de
graça do art. 15, II, da Lei n. 8.213/1991.
147
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39
Tema 627 do STJ. O segurado especial, cujo acidente ou moléstia é anterior à vigência
da Lei n. 12.873/2013, que alterou a redação do inciso I do artigo 39 da Lei n. 8.213/91,
não precisa comprovar o recolhimento de contribuição como segurado facultativo para
ter direito ao auxílio-acidente.
148
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40
Tema 269 da TNU. O conceito de acidente de qualquer natureza, para os fins do art.
86 da Lei 8.213/91 (auxílio-acidente), consiste em evento súbito e de origem traumática,
por exposição a agentes exógenos físicos, químicos ou biológicos, ressalvados os casos
de acidente do trabalho típicos ou por equiparação, caracterizados na forma dos arts. 19
a 21 da Lei 8.213/91.
41
Tema 416 do STJ. Exige-se, para concessão do auxílio-acidente, a existência de lesão,
decorrente de acidente do trabalho, que implique redução da capacidade para o labor
habitualmente exercido. O nível do dano e, em consequência, o grau do maior esforço,
não interferem na concessão do benefício, o qual será devido ainda que mínima a lesão.
42
Tema 156 do STJ. Será devido o auxílio-acidente quando demonstrado o nexo de
causalidade entre a redução de natureza permanente da capacidade laborativa e a
atividade profissional desenvolvida, sendo irrelevante a possibilidade de reversibilidade
da doença.
149
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43
Tema 213 do STJ. Para a concessão de auxílio-acidente fundamentado na perda de
audição (...), é necessário que a sequela seja ocasionada por acidente de trabalho e que
acarrete uma diminuição efetiva e permanente da capacidade para a atividade que o
segurado habitualmente exercia.
44
Tema 22 do STJ. Comprovados o nexo de causalidade e a redução da capacidade
laborativa, mesmo em face da disacusia em grau inferior ao estabelecido pela Tabela
Fowler, subsiste o direito do obreiro ao benefício de auxílio-acidente.
45
Tema 555 do STJ. A acumulação do auxílio-acidente com proventos de aposentadoria
pressupõe que a eclosão da lesão incapacitante, apta a gerar o direito ao auxílio-acidente,
e a concessão da aposentadoria sejam anteriores à alteração do art. 86, §§ 2º e 3º, da Lei
8.213/1991, promovida em 11.11.1997 pela Medida Provisória 1.596-14/1997,
posteriormente convertida na Lei 9.528/1997.
150
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46
Tema 862 do STJ. O termo inicial do auxílio-acidente deve recair no dia seguinte ao
da cessação do auxílio-doença que lhe deu origem, conforme determina o art. 86, § 2º, da
Lei 8.213/91, observando-se a prescrição quinquenal da Súmula 85/STJ.
47
Tema 315 da TNU. (Em julgamento). Saber se, nos casos de ausência de pedido de
prorrogação, o início dos efeitos financeiros do auxílio-acidente, decorrente da cessação
do auxílio-doença, deve ser fixado na data da citação válida ou no dia seguinte ao da
cessação do auxílio-doença.
48
Súmula 146 do STJ. O segurado, vítima de novo infortúnio, faz jus a um único benefício
somado ao salário de contribuição vigente no dia do acidente.
151
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Reabilitação profissional
O INSS oferece um serviço, que independe de carência, para
ajudar as pessoas a voltarem ao trabalho, especialmente se tiverem
dificuldades para trabalhar devido à sua situação social.
Este serviço pode incluir ajuda para reeducação e
readaptação profissional para pessoas que tem capacidade residual
de trabalho, inclusive para os dependentes, quando for o caso.
A reabilitação profissional é obrigatória?
A reabilitação profissional é obrigatória para o segurado
afastado sob pena de suspensão do benefício que estiver
recebendo, e, depois de reabilitado, o INSS não tem a obrigação de
mantê-lo no emprego para o qual foi readaptado.
Tem o lado bom, que é pouco explorado:
enquanto o segurado estiver submetido ao
processo de reabilitação profissional, deve ser
mantido o pagamento do auxílio por
incapacidade temporária (auxílio-doença).
O processo é desenvolvido em quatro fases:
• avaliação do potencial de trabalho do destinatário;
• orientação e acompanhamento da programação profissional;
• articulação com a comunidade, inclusive mediante a
celebração de convênio para reabilitação física restrita a
segurados que cumpriram os pressupostos de elegibilidade
ao programa de reabilitação profissional, com vistas ao
reingresso no mercado de trabalho;
• acompanhamento e pesquisa da fixação no mercado de
trabalho.
Certificado individual de reabilitação profissional
152
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Câncer de Mama
A retirada dos linfonodos (gânglios linfáticos) da axila, chamado de
“esvaziamento axilar” é invasivo e tem por função não só livrar o
organismo de células tumorais, mas também permitir ao médico fazer um
prognóstico da doença, já que, quanto mais gânglios estiverem
comprometidos, maior a chance de o câncer ter se espalhado e voltar a se
manifestar como metástase.
Assista: https://youtu.be/nCJwbFnYFT0
Recomendação médica
A recomendação médica de evitar esforços físicos e atividades
repetitivas pode repercutir em algum benefício por incapacidade (total ou
parcial, definitivo ou provisório) ou a reabilitação profissional.
A trabalhadora não pode ficar exposta a picadas de insetos, cortes e
queimaduras. Não retirar cutícula, tomar injeções no braço lesado, nem se
expor ao calor, tendo que evitar o contato com fogões e fornos, mesmo em
domicílio, o que limita sensivelmente o exercício da atividade profissional.
Sintomas
O inchaço do braço em razão da retirada dos linfonodos que ocasiona
linfedema, derivado da falta de órgãos do sistema linfático, que atuariam
153
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Linfedema
A parte do corpo que ficou sem uma forma eficiente de drenar a linfa,
normalmente os membros superiores, necessita de fisioterapia e drenagem
linfática manual constantes, além de serem evitados esforços físicos e
atividades de repetição com o braço do lado do esvaziamento.
O linfedema ou inchaço do braço (que pode ser detectado pela
linfocintilografia) caracteriza-se pelo acúmulo de líquidos, principalmente
nos braços, devido ao bloqueio do sistema linfático.
Classificação
Grau I - Linfedema reversível com elevação do membro e
repouso no leito durante 24-48 horas, edema depressível à
pressão.
Grau II - Linfedema irreversível com repouso prolongado,
fibrose no tecido subcutâneo de moderada a grave e edema
não depressível à pressão.
Grau III – Linfedema irreversível com fibrose acentuada no
tecido subcutâneo e aspecto elefantiásico do membro.
154
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Causas
As causas mais comuns do linfedema são:
Cirurgia com remoção dos linfonodos.
Radioterapia na região dos linfonodos.
Câncer metastático.
Infecção bacteriana ou por fungos.
Danos no sistema linfático.
Outras doenças relacionadas com o sistema linfático.
Efeitos colaterais
O tratamento do câncer com medicamentos (quimioterapia, terapia
alvo, hormonioterapia), cirúrgicos e radioterápicos podem provocar
efeitos colaterais e secundários incapacitantes para o trabalho.
O que causa a limitação funcional não é a doença em si, o câncer de
mama, mas agentes exógenos físicos (cirurgia e radioterapia) e os agentes
exógenos químicos (quimioterapia e hormonioterapia), daí porque, além
do benefício por incapacidade definitivo e do auxílio por incapacidade
temporário, deve-se observar também a possibilidade do recebimento do
auxílio-acidente, bem como da reabilitação profissional.
Benefícios programáveis
Os benefícios com data certa para acontecer são chamados
de programáveis. Dá para saber quando vai aposentar, simular
valor, organizar os documentos e definir as futuras contribuições.
155
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158
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Tanto para um, como para o outro, faltavam dois anos para
chegar na aposentadoria.
Percebe-se que no exemplo da mulher, que aposentaria com
30 anos, poderá se aposentar com 31 anos de contribuição e, no do
homem, que aposentaria com 35 anos, poderá se aposentar com
36 anos de contribuição, ou seja, com 50% a mais do tempo de
faltava e sem idade mínima.
REGRA 50% PEDÁGIO (MULHER)
Tempo de contribuição exigido 30 anos
Tempo contribuído 28 anos
Tempo que faltava 2 anos
Pedágio 50% 1 ano
Tempo contribuído + faltava + Pedágio 50% 28 + 2 + 1 =
Com quantos anos de contribuição vai aposentar? 31 anos
CALCULE AQUI
160
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162
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Exemplo:
Idade: 61,5 anos = 61,5 pontos
Tempo de contribuição: 35,5 anos = 35,5 pontos
Totalefeito de concessão de
Para 97aposentadoria por tempo de
pontos
contribuição para professores, a pontuação será acrescida de 5
pontos à soma da idade quando ficar comprovado que professor ou
a professora exercerem atividade exclusivamente em tempo de
efetivo exercício de magistério na educação infantil e no ensino
fundamental e médio.49
49
Enunciado 9 do CRPS. O segurado que exerça funções de magistério, nos termos da
Lei de Diretrizes Básicas da Educação, poderá ser considerado professor para fins de
redução do tempo de contribuição necessário à aposentadoria (B-57), observados os
demais elementos de prova no caso concreto.
I - Consideram-se funções de magistério as efetivamente exercidas nas instituições de
educação básica, incluídas, além do exercício da docência, as de direção de unidade
escolar e as de coordenação e assessoramento pedagógico, inclusive nos casos de
reintegração trabalhista transitada em julgado.
II - As funções de direção, coordenação e assessoramento pedagógico integram a
carreira do magistério, desde que exercidas, em estabelecimentos de ensino básico, por
professores de carreira, excluídos os especialistas em educação.
III - Os estabelecimentos de educação básica não se confundem com as secretarias ou
outros órgãos municipais, estaduais ou distritais de educação.
IV - É vedada a conversão de tempo de serviço especial em comum na função de
magistério após 09/07/1981, data da publicação da Emenda Constitucional nº 18/1981.
163
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Aumento da Idade
O aumento da idade
será até os 62 anos para as
mulheres e 65 anos para os
homens, quando atingiram a
aposentadoria por idade.
Isso vai acontecer 2031
para as mulheres e em 2027
para os homens, conforme
tabela abaixo.
Para o professor que comprovar exclusivamente tempo de
efetivo exercício das funções de magistério na educação infantil e
no ensino fundamental e médio, o tempo de contribuição e a idade
serão reduzidos em 5 anos, sendo, a partir de 01/01/2020
acrescidos 6 meses a cada ano até atingirem 57 anos, se mulher, e
60 anos, se homem.
165
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50
Tema 1007 do STJ. O tempo de serviço rural, ainda que remoto e descontínuo, anterior
ao advento da Lei 8.213/1991, pode ser computado para fins da carência necessária à
166
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obtenção da aposentadoria híbrida por idade, ainda que não tenha sido efetivado o
recolhimento das contribuições, nos termos do art. 48, § 3o. da Lei 8.213/1991, seja qual
for a predominância do labor misto exercido no período de carência ou o tipo de
trabalho exercido no momento do implemento do requisito etário ou do requerimento
administrativo.
167
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168
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169
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170
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20 anos 76 Pontos
25 anos 86 Pontos
172
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51
Tema 709 do STF. I) É constitucional a vedação de continuidade da percepção de
aposentadoria especial se o beneficiário permanece laborando em atividade especial ou
a ela retorna, seja essa atividade especial aquela que ensejou a aposentação precoce ou
não. II) Nas hipóteses em que o segurado solicitar a aposentadoria e continuar a exercer
o labor especial, a data de início do benefício será a data de entrada do requerimento,
remontando a esse marco, inclusive, os efeitos financeiros. Efetivada, contudo, seja na
via administrativa, seja na judicial a implantação do benefício, uma vez verificado o
retorno ao labor nocivo ou sua continuidade, cessará o pagamento do benefício
previdenciário em questão.
173
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Salário-maternidade
As situações que geram o salário-maternidade (o fato gerador)
são: Parto, Aborto não criminoso, Adoção e Guarda judicial para fins
de adoção
O benefício na situação de adoção ou guarda judicial para fins de
adoção pode ser solicitado pelo segurado do sexo masculino, a partir
de 25 de outubro de 2013 (Lei nº 12.873/2013).
Assista o vídeo: https://youtu.be/3oYGUQBOHhc
O benefício será devido ao adotante mesmo que os pais
biológicos tenham recebido, e será devido um único benefício ainda
que haja mais de uma adoção.
O benefício só será pago para quem se afastar das atividades
profissionais, senão será suspenso.
É devido durante 120 dias a contar das seguintes ocorrências:
52
Tema 1019 do STF. (pendente de julgamento) Direito de servidor público que exerça
atividades de risco de obter, independentemente da observância das regras de transição
das Emendas Constitucionais 41/03 e 47/05, aposentadoria especial com proventos
calculados com base na integralidade e na paridade.
174
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175
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Valor do benefício
O valor do benefício não poderá ser inferior ao salário-mínimo e
pode superar o teto do INSS em situações específicas.
O abono anual também será devido proporcionalmente ao
período de duração do benefício e será pago juntamente com a última
parcela (art. 619 da Instrução Normativa n. 128/2022).
O benefício de salário-maternidade devido aos segurados
trabalhador avulso e empregado, exceto o doméstico, terá a renda
mensal sujeita ao teto do subsídio em espécie dos Ministros do
Supremo Tribunal Federal (STF), em observância ao art. 248 da
Constituição Federal (§ 3º do art. 240 da Instrução Normativa n.
128/2022).
176
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177
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53
Enunciado 6 do CRPS. Cabe ao INSS conceder o salário-maternidade à gestante
demitida sem justa causa no curso da gravidez, preenchidos os demais requisitos legais,
pagando-o diretamente.
I - É vedado, em qualquer caso, o pagamento do salário maternidade em duplicidade,
caso a segurada tenha sido indenizada pelo empregador.
II - Poderá ser solicitada diligência a fim de comprovar se houve pagamento do valor
correspondente ao salário-maternidade pelo ex-empregador, enquanto não transcorrer o
prazo prescricional para pretensão de créditos trabalhistas.
178
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179
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54
Súmula 340 do STJ. A lei aplicável à concessão de pensão previdenciária por morte é
aquela vigente na data do óbito do segurado.
55
Súmula 416 do STJ. É devida a pensão por morte aos dependentes do segurado que,
apesar de ter perdido essa qualidade, preencheu os requisitos legais para a obtenção
de aposentadoria até a data do seu óbito.
181
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mas deixou de contribuir pouco antes do falecimento e por isso não garante
o benefício para os dependentes, e aquelas que com poucas contribuições
garantem o acesso ao benefício aos seus dependentes.
Para o dependente ter direito a essa espécie de prestação o trabalhador
que falecer deve estar em pelo menos em uma de três situações:
a) Estar contribuindo para o INSS;
b) Estar dentro do período que mantém sua condição de segurado
mesmo sem contribuir (ver item a manutenção e perda da
qualidade de segurado);
c) Estar recebendo benefício que garanta a condição de segurado
d) Ter direito a algum benefício, apesar de não tê-lo requerido.
O benefício também poderá ser provisoriamente concedido nas
hipóteses de desaparecimento ou ausência do segurado.
Início do benefício
O pagamento do benefício se inicia na data do óbito quando for
requerido em até 180 dias após o óbito, para os filhos menores de 16 anos,
ou em até 90 dias após o óbito, para os demais dependentes (inclusive
dependente inválidos ou que tenham deficiência intelectual ou mental ou
deficiência grave.
Caso o pedido do pagamento da pensão não seja feito nesses prazos,
a data do início será a do requerimento.
A pensão provisória, decorrente de morte presumida, inicia-se a partir
da decisão judicial que reconhecer a ausência do segurado; e, quanto ao
desaparecido, o início do benefício será a data da ocorrência do fato, no
caso de catástrofe, acidente ou desastre.
182
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O valor da pensão por morte não pode ser superior ao teto, nem inferior
ao salários mínimo, exceto em caso de rateio.
Até 13/11/2019 (Reforma da Previdência) o valor mensal da pensão por
morte era 100% do valor da aposentadoria do segurado falecido, ou, caso não
fosse aposentado, o valor da aposentadoria por invalidez a que teria direito na
data do óbito.
Após a Reforma da Previdência o valor passou a ser 50% do salário
base da pensão, mais uma cota de 10% por dependente, limitado a 100% (5
cotas). 56
As cotas de pensão serão alteradas sempre quando um
dos beneficiários perder a qualidade de segurado ou
outro for habilitado ao recebimento do benefício.
Na hipótese de existir dependente inválido ou com deficiência
intelectual, mental ou grave, a renda mensal inicial da pensão por morte
corresponderá a 100% do salário base da pensão por morte.
56
ADI 7051 do STF. É constitucional o art. 23, caput, da Emenda Constitucional n.
103/2019, que fixa novos critérios de cálculo para a pensão por morte no Regime Geral
e nos Regimes Próprios de Previdência Social.
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Extinção do benefício
A cota de pensão por morte cessará observadas as seguintes condições:
Pela morte do pensionista;
1. Para o filho, a pessoa a ele equiparada ou o irmão, de ambos os sexos, ao
completar vinte e um anos de idade, salvo se for inválido ou tiver deficiência
intelectual ou mental ou deficiência grave
2. Para filho ou irmão inválido, pela cessação da invalidez
3. Para filho ou irmão que tenha deficiência intelectual ou mental ou deficiência
grave, pelo afastamento da deficiência
4. Para cônjuge ou companheiro:
a) se inválido ou com deficiência, pela cessação da invalidez ou pelo
afastamento da deficiência, respeitados os períodos mínimos decorrentes da aplicação
das alíneas “b” e “c” abaixo;
b) em 4 (quatro) meses, se o óbito ocorrer sem que o segurado tenha vertido
18 contribuições mensais ou se o casamento ou a união estável tiverem sido iniciados
em menos de 2 (dois) anos antes do óbito do segurado;
c) transcorridos os seguintes períodos, estabelecidos de acordo com a idade do
beneficiário na data de óbito do segurado, se o óbito ocorrer depois de vertidas 18
(dezoito) contribuições mensais e pelo menos 2 (dois) anos após o início do casamento
ou da união estável:
184
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errada e depois, se a ação for julgada procedente, ter que pagar em dobro. Neste caso
o valor de parte da pensão seria reservada para pagamento no final da causa (trânsito
em julgado), para o dependente que já vinha recebendo o benefício no caso do
processo ser julgado improcedente ou para quem ganhou a ação, tudo, devidamente
corrigido.
Em qualquer caso, se perder ou ganhar a causa, caso a Previdência pague
equivocadamente um ou outro dependente, poderá efetuar a cobrança dos valores que
pagou à pessoa errada.
O filho universitário
Só existe uma possibilidade de o filho maior de 21 anos continuar recebendo o
benefício de pensão por morte: se for inválido, mas essa incapacidade deve ser
comprovada desde quando houve o falecimento do segurado.
A regra de receber pensão até 24 anos de idade, ou até quando terminar o curso
superior, é aquela da pensão alimentícia devida pelos pais separados ao filho do casal.
Essa pensão do direito de família não se confunde com a pensão da Previdência Social.
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Auxílio reclusão
Em construção.
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Renda do segurado
Considera-se de baixa renda, no ano de 2019, o segurado recluso cuja
remuneração for igual ou inferior a R$ 1.319,18. Este valor é atualizado anualmente. 57
A aferição da renda mensal bruta para enquadramento do segurado como de
baixa renda ocorrerá pela média dos salários de contribuição apurados no período de
12 meses anteriores ao mês do recolhimento à prisão.58
O exercício de atividade remunerada do segurado recluso, em cumprimento de
pena em regime fechado, não acarreta a perda do direito ao recebimento do auxílio-
reclusão para seus dependentes.59
Documentos necessários
57
Tema 896 do STJ. Para a concessão de auxílio-reclusão (art. 80 da Lei 8.213/1991) no
regime anterior à vigência da MP 871/2019, o critério de aferição de renda do segurado
que não exerce atividade laboral remunerada no momento do recolhimento à prisão é a
ausência de renda, e não o último salário de contribuição.
58
Tema 169 da TNU. "É possível a flexibilização do conceito de “baixa-renda” para o
fim de concessão do benefício previdenciário de auxílio-reclusão desde que se esteja
diante de situações extremas e com valor do último salário-de-contribuição do segurado
preso pouco acima do mínimo legal – “valor irrisório”."
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Seguro-desemprego
O seguro-desemprego é um benefício pago em dinheiro pelo Governo
ao trabalhador demitido sem justa causa, inclusive com dispensa indireta,
e ao trabalhador resgatado de regime de trabalho forçado ou da condição
análoga à de escravo.
60
Enunciado 24 do CRPS. A mera progressão da pena do instituidor do benefício ao
regime semi-aberto não ilide o direito dos seus dependentes ao auxílio reclusão, salvo se
for comprovado exercer ele atividade remunerada que lhes garanta a subsistência
(revogado).
189
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1ª Solicitação
4 parcelas, se o trabalhador comprovar vínculo
empregatício de, no mínimo, 12 meses e, no máximo, 23 meses, no
período de referência
5 parcelas, se o trabalhador comprovar vínculo
empregatício de, no mínimo, 24 meses, no período de referência;
2ª Solicitação
3 parcelas, se o trabalhador comprovar vínculo
empregatício de, no mínimo, 9 meses e, no máximo, 11 meses, no
período de referência;
4 parcelas, se o trabalhador comprovar vínculo
empregatício de, no mínimo, 12 meses e, no máximo, 23 meses, no
período de referência; ou
5 parcelas, se o trabalhador comprovar vínculo
empregatício de, no mínimo, 24 meses, no período de referência;
3ª Solicitação
3 parcelas, se o trabalhador comprovar vínculo
empregatício de, no mínimo, 6 meses e, no máximo, 11 meses, no
período de referência;
190
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191
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192
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PARTE 5
CHEGOU A HORA DO PLANEJAMENTO
Agora você já sabe dos problemas que vai enfrentar para estruturar
suas finanças no futuro (Parte 1), já conheceu a Estratégia dos 3Qc da
Aposentadoria (Parte 2), está consciente que não deve investir mais do
que vai receber (Parte 3), sabe exatamente quais são os benefício que você
tem direito e conhece o Método da Aposentadoria de Ouro (Parte 4),
chegou a hora de fazer o Planejamento Previdenciário (parte 5) e em
seguida vamos entender como colocar todo seu conhecimento em prática e
exigir seus direitos (Parte 6).
193
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Direitos em construção
Alguns fatos que geram direitos na aposentadoria e concorrem para
benefícios mais vantajosos podem estar em construção ou dependem de
tempo para serem consolidados. O Planejamento Previdenciário pode ser
projetado para ser executado depois do início da aposentadoria.
É o caso, por exemplo, de uma reclamação trabalhista que ainda não
foi concluído, mas que pode ser considerado em futura revisão em caso de
procedência do processo.
Outras situações, muito comuns que podem ser analisadas depois do
início do recebimento do benefício, é a prova da condição de PcD – Pessoa
com Deficiência e a demora das empresas no fornecimento do PPP e do
LTCAT, do não fornecimento ou fornecer com erro.
194
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61
Processo n. 5010578-89.2020.4.03.6183. “O contrato de trabalho registrado
na CTPS, independente de constar ou não dos dados assentados no CNIS - Cadastro
Nacional de Informações Sociais, deve ser contado, pela Autarquia Previdenciária, como
tempo de contribuição, em consonância com o comando expresso no Art. 19, do Decreto
3.048/99 e no Art. 29, § 2º, letra "d", da Consolidação das Leis do Trabalho.
195
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196
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62
Enunciado 2 do CRPS. Não se indefere benefício sob fundamento de falta de
recolhimento de contribuição previdenciária quando a responsabilidade tributária não
competir ao segurado.
I - Considera-se presumido o recolhimento das contribuições do segurado empregado,
inclusive o doméstico, do trabalhador avulso e, a partir da competência abril de 2003, do
contribuinte individual prestador de serviço.
II - Não é absoluto o valor probatório da Carteira de Trabalho e Previdência Social
(CTPS), mas é possível formar prova suficiente para fins previdenciários se esta não tiver
defeito formal que lhe comprometa a fidedignidade, salvo existência de dúvida
devidamente fundamentada.
III - A concessão de benefícios no valor mínimo ao segurado empregado doméstico
independe de prova do recolhimento das contribuições, inclusive a primeira sem atraso,
desde que atendidos os demais requisitos legais exigidos, exceto para fins de contagem
recíproca.
IV - O vínculo do segurado como empregado doméstico será computado para fins de
carência, ainda que esteja filiado ao Regime Geral de Previdência Social (RGPS) em
categoria diversa na Data de Entrada do Requerimento (DER).
V - É permitida a contagem, como tempo de contribuição, do tempo exercido na condição
de aluno-aprendiz, exceto para fins de contagem recíproca, referente ao período de
aprendizado profissional realizado em escolas técnicas, desde que comprovada a
remuneração, mesmo que indireta, à conta do orçamento público e o vínculo
empregatício, admitindo-se, como confirmação deste, o trabalho prestado na execução de
atividades com vistas a atender encomendas de terceiros.
197
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63
Súmula 75 da TNU. A Carteira de Trabalho e Previdência Social (CTPS) em relação
à qual não se aponta defeito formal que lhe comprometa a fidedignidade goza de
presunção relativa de veracidade, formando prova suficiente de tempo de serviço para
fins previdenciários, ainda que a anotação de vínculo de emprego não conste no Cadastro
Nacional de Informações Sociais (CNIS).
198
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64
Tema 1103 do STJ. As contribuições previdenciárias não recolhidas no momento
oportuno sofrerão o acréscimo de multa e de juros apenas quando o período a ser
indenizado for posterior à edição da Medida Provisória n.º 1.523/1996 (convertida na Lei
n.º 9.528/1997).
200
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65
Súmula 149 do STJ. A prova exclusivamente testemunhal não basta a comprovação da
atividade rurícola, para efeito da obtenção de benefício previdenciário.
201
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202
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66
Súmula 18 da TNU. Para fins previdenciários, o cômputo do tempo de serviço prestado
como aluno-aprendiz exige a comprovação de que, durante o período de aprendizado,
houve simultaneamente: (i) retribuição consubstanciada em prestação pecuniária ou em
auxílios materiais; (ii) à conta do Orçamento; (iii) a título de contraprestação por labor;
(iv) na execução de bens e serviços destinados a terceiros.
67
Súmula 5 da TNU. A prestação de serviço rural por menor de 12 a 14 anos, até o
advento da Lei 8.213, de 24 de julho de 1991, devidamente comprovada, pode ser
reconhecida para fins previdenciários.
203
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68
Enunciado 8 do CRPS. O tempo de trabalho rural do segurado especial e do
contribuinte individual, anterior à Lei nº 8.213/91, pode ser utilizado, independente do
recolhimento das contribuições, para fins de benefícios no RGPS, exceto para carência.
I - O tempo de trabalho rural do segurado especial e do contribuinte individual, anterior
à Lei nº 8.213/91, pode ser utilizado para contagem recíproca, desde que sejam
indenizadas as respectivas contribuições previdenciárias.
II - A atividade agropecuária efetivamente explorada em área de até 4 módulos fiscais,
individualmente ou em regime de economia familiar na condição de produtor,
devidamente comprovada nos autos do processo, não descaracteriza a condição de
segurado especial, independente da área total do imóvel rural.
III - O exercício de atividade urbana por um dos integrantes do grupo familiar não
implica, por si só, na descaracterização dos demais membros como segurado especial,
condição que deve ser devidamente comprovada no caso concreto.
IV - Quem exerce atividade rural em regime de economia familiar, além das tarefas
domésticas em seu domicílio, é considerado segurado especial, aproveitando-se-lhe as
provas em nome de seu cônjuge ou companheiro (a), corroboradas por outros meios de
prova.
V - O início de prova material - documento contemporâneo dotado de fé pública, sem
rasuras ou retificações recentes, constando a qualificação do segurado ou de membros
do seu grupo familiar como rurícola, lavrador ou agricultor - deverá ser corroborado por
outros elementos, produzindo um conjunto probatório harmônico, robusto e convincente,
capaz de comprovar os fatos alegados.
VI - Não se exige que o início de prova material corresponda a todo o período equivalente
à carência do benefício, porém deve ser contemporâneo à época dos fatos a provar,
inclusive podendo servir de começo de prova documental anterior a este período.
204
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69
Tema 301 da TNU. Cômputo do Tempo de Trabalho Rural I. Para a aposentadoria por
idade do trabalhador rural não será considerada a perda da qualidade de segurado nos
intervalos entre as atividades rurícolas. Descaracterização da condição de segurado
especial II. A condição de segurado especial é descaracterizada a partir do 1º dia do mês
seguinte ao da extrapolação dos 120 dias de atividade remunerada no ano civil (Lei
8.213/91, art. 11, § 9º, III); III. Cessada a atividade remunerada referida no item II e
comprovado o retorno ao trabalho de segurado especial, na forma do art. 55, parag. 3o,
da Lei 8.213/91, o trabalhador volta a se inserir imediatamente no VII, do art. 11 da Lei
8.213/91, ainda que no mesmo ano civil.
70
Tema 115 da TNU. Não é ramo de exploração de atividade econômica do empregador
que define a natureza do trabalho desempenhado pelo empregado, se rural ou urbano,
para fins de concessão do benefício previdenciário de aposentadoria.
71
Súmula 578 do STJ. Os empregados que laboram no cultivo da cana-de-açúcar para
empresa agroindustrial ligada ao setor sucroalcooleiro detêm a qualidade de rurícola,
ensejando a isenção do FGTS desde a edição da Lei Complementar n. 11/1971 até a
promulgação da Constituição Federal de 1988.
72
Súmula 577 do STJ. É possível reconhecer o tempo de serviço rural anterior ao
documento mais antigo apresentado, desde que amparado em convincente prova
testemunhal colhida sob o contraditório.
73
Tema 18 da TNU. A certidão do INCRA ou outro documento que comprove propriedade
de imóvel em nome de integrantes do grupo familiar do segurado é razoável início de
prova material da condição de segurado especial para fins de aposentadoria rural por
idade, inclusive dos períodos trabalhados a partir dos 12 anos de idade, antes da
205
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206
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79
Art. 63 da Lei n. 4.375/1964. Os convocados contarão, de acordo com o estabelecido
na Legislação Militar, para efeito de aposentadoria, o tempo de serviço ativo prestado
nas Forças Armadas, quando a elas incorporados.
80
Art. 15 da Lei n. 8.213/91. Mantém a qualidade de segurado, independentemente de
contribuições:
V - até 3 (três) meses após o licenciamento, o segurado incorporado às Forças Armadas
para prestar serviço militar;
81
Instrução Normativa INSS n. 128/2022:
Art. 217. Até 13 de novembro de 2019, data da publicação da Emenda Constitucional nº
103, podem ser contados como tempo de contribuição, entre outros:
I - o de serviço militar obrigatório, voluntário e o alternativo, que serão certificados na
forma da lei, por autoridade competente; e
Parágrafo único. O período de que trata o inciso I do caput, inferior a 18 (dezoito) meses,
comprovado por meio do certificado de reservista, será contado de data a data.
82
Tanto que é a partir do dia do licenciamento em que se inicia o período de graça
previsto no art. 15, V da Lei n. 8.213/91.
83
Cf. Decreto n. 57.654/1966.
207
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208
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84
Enunciado 3 do CRPS. A comprovação do tempo de contribuição, mediante ação
trabalhista transitada em julgado, somente produzirá efeitos para fins previdenciários
quando baseada em início de prova material contemporânea aos fatos, constantes nos
autos do processo judicial ou administrativo.
I - Não será admitida, para os fins previstos na legislação previdenciária, prova
exclusivamente testemunhal, exceto na ocorrência de motivo de força maior caso fortuito.
II - Não será exigido início de prova material se o objeto da ação trabalhista for a
reintegração ou a complementação de remuneração, desde que devidamente comprovado
o vínculo anterior em ambos os casos.
209
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85
Tema 1188 do STJ. (em julgamento). Definir se a sentença trabalhista, assim como a
anotação na CTPS e demais documentos dela decorrentes, constitui início de prova
material para fins de reconhecimento de tempo de serviço.
210
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86
Assim, é possível o reconhecimento de tempo de serviço especial ao segurado
contribuinte individual não cooperado, desde que comprovado, nos termos da lei vigente
no momento da prestação do serviço, que a atividade foi exercida sob condições especiais
que prejudiquem a sua saúde ou sua integridade física” (AgRg no Resp 1.540.164, Relator
Ministro Mauro Campbell Marques, Segunda Turma, julgado em 27/10/2015).
211
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212
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87
Enunciado 14 do CRPS. A atividade especial efetivamente desempenhada pelo
segurado, permite o enquadramento por categoria profissional até 28/04/1995 nos anexos
dos Decretos nº 53.831/64 e 83.080/79, ainda que divergente do registro em Carteira de
Trabalho e Previdência Social (CTPS), Ficha ou Livro de Registro de Empregados, desde
que comprovado o exercício nas mesmas condições de insalubridade, periculosidade ou
penosidade.
I - É dispensável a apresentação de PPP ou outro formulário para enquadramento de
atividade especial por categoria profissional, desde que a profissão ou atividade
comprovadamente exercida pelo segurado conste nos anexos dos Decretos nº 53.831/64
e 83.080/79.”
88
Tema 534 do STJ. Questão submetida a julgamento: Discute-se a possibilidade de
configuração do trabalho exposto ao agente perigoso eletricidade, exercido após a
vigência do Decreto 2.172/1997, como atividade especial, para fins do artigo 57 da Lei
8.213/1991.
Tese Firmada: As normas regulamentadoras que estabelecem os casos de agentes e
atividades nocivos à saúde do trabalhador são exemplificativas, podendo ser tido como
distinto o labor que a técnica médica e a legislação correlata considerarem como
prejudiciais ao obreiro, desde que o trabalho seja permanente, não ocasional, nem
intermitente, em condições especiais (art. 57, § 3º, da Lei 8.213/1991).
213
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89
Enunciado 11 do CRPS. O Perfil Profissiográfico Previdenciário (PPP) é documento
hábil à comprovação da efetiva exposição do segurado a todos os agentes nocivos, sendo
dispensável o Laudo Técnico de Condições Ambientais de Trabalho (LTCAT) para
requerimentos feitos a partir de 1º/1/2004, inclusive abrangendo períodos anteriores a
esta data.
I - Poderá ser solicitado o LTCAT em caso de dúvidas ou divergências em relação às
informações contidas no PPP ou no processo administrativo.
II - O LTCAT ou as demonstrações ambientais substitutas extemporâneos que informem
quaisquer alterações no meio ambiente do trabalho ao longo do tempo são aptos a
comprovar o exercício de atividade especial, desde que a empresa informe expressamente
que, ainda assim, havia efetiva exposição ao agente nocivo.
III - Não se exigirá o LTCAT para períodos de atividades anteriores 14/10/96, data da
publicação da Medida Provisória nº 1.523/96, facultando-se ao segurado a comprovação
da efetiva exposição a agentes nocivos por qualquer meio de prova em direito admitido,
exceto em relação a ruído.
90
Tema 208 da TNU. 1. Para a validade do Perfil Profissiográfico Previdenciário (PPP)
como prova do tempo trabalhado em condições especiais nos períodos em que há
exigência de preenchimento do formulário com base em Laudo Técnico das Condições
Ambientais de Trabalho (LTCAT), é necessária a indicação do responsável técnico pelos
registros ambientais para a totalidade dos períodos informados, sendo dispensada a
informação sobre monitoração biológica. 2. A ausência total ou parcial da indicação no
PPP pode ser suprida pela apresentação de LTCAT ou por elementos técnicos
equivalentes, cujas informações podem ser estendidas para período anterior ou posterior
214
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215
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92
Enunciado 12 do CRPS. O fornecimento de equipamento de proteção individual (EPI)
não descaracteriza a atividade exercida em condições especiais que prejudiquem a saúde
ou a integridade física, devendo ser considerado todo o ambiente de trabalho.
I - Se o EPI for realmente capaz de neutralizar a nocividade, não há direito à
aposentadoria especial.
II - A utilização de Equipamentos de Proteção Coletiva EPC e/ou EPI não elide a
exposição aos agentes reconhecidamente cancerígenos, a ruído acima dos limites de
tolerância, ainda que considerados eficazes.
III - A eficácia do EPI não obsta o reconhecimento de atividade especial exercida antes
de 3/12/1998, data de início da vigência da MP1.729/98, convertida na Lei n. 9.732/98,
para qualquer agente nocivo.
93
Tema 213 da TNU. I - A informação no Perfil Profissiográfico Previdenciário (PPP)
sobre a existência de equipamento de proteção individual (EPI) eficaz pode ser
fundamentadamente desafiada pelo segurado perante a Justiça Federal, desde que exista
impugnação específica do formulário na causa de pedir, onde tenham sido motivadamente
alegados: (i.) a ausência de adequação ao risco da atividade; (ii.) a inexistência ou
irregularidade do certificado de conformidade; (iii.) o descumprimento das normas de
manutenção, substituição e higienização; (iv.) a ausência ou insuficiência de orientação
e treinamento sobre o uso o uso adequado, guarda e conservação; ou (v.) qualquer outro
motivo capaz de conduzir à conclusão da ineficácia do EPI. II - Considerando que o
Equipamento de Proteção Individual (EPI) apenas obsta a concessão do reconhecimento
do trabalho em condições especiais quando for realmente capaz de neutralizar o agente
nocivo, havendo divergência real ou dúvida razoável sobre a sua real eficácia,
216
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96
Tema 165 da TNU. O período de auxílio-doença de natureza previdenciária,
independente de comprovação da relação da moléstia com a atividade profissional do
segurado, deve ser considerado como tempo especial quando trabalhador exercia
atividade especial antes do afastamento. Tese no mesmo sentido do Tema 998/STJ: O
Segurado que exerce atividades em condições especiais, quando em gozo de auxílio-
doença, seja acidentário ou previdenciário, faz jus ao cômputo desse mesmo período
como tempo de serviço especial. Obs.: com base no § 1º do art. 1.036 do CPC, foi admitido
como representativo de controvérsia o recurso extraordinário interposto contra acórdão
proferido no julgamento do Recurso Especial n. 1.723.181/RS (Tema Repetitivo n.
998/STJ). OBS: O STF, no julgamento do Tema 1107 (RE 1279819), decidiu que não há
repercussão geral acerca da matéria.
97
Tema 998 do STJ. O Segurado que exerce atividades em condições especiais, quando
em gozo de auxílio-doença, seja acidentário ou previdenciário, faz jus ao cômputo desse
mesmo período como tempo de serviço especial.
221
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222
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98
Tema n. 942 do STF. Até a edição da Emenda Constitucional nº 103/2019, o direito à
conversão, em tempo comum, do prestado sob condições especiais que prejudiquem a
saúde ou a integridade física de servidor público decorre da previsão de adoção de
requisitos e critérios diferenciados para a jubilação daquele enquadrado na hipótese
prevista no então vigente inciso III do § 4º do art. 40 da Constituição da República,
devendo ser aplicadas as normas do regime geral de previdência social relativas à
aposentadoria especial contidas na Lei 8.213/1991 para viabilizar sua concretização
enquanto não sobrevier lei complementar disciplinadora da matéria. Após a vigência da
EC n.º 103/2019, o direito à conversão em tempo comum, do prestado sob condições
especiais pelos servidores obedecerá à legislação complementar dos entes federados, nos
termos da competência conferida pelo art. 40, § 4º-C, da Constituição da República.
223
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Ruído
O limite de tolerância para configuração da especialidade do
tempo de serviço para o agente ruído deve ser: 99
80 dB até 05/03/1997
90 dB no período de 06/03/1997 a 18/11/2003
85 dB a partir de 19/11/2003
Possibilidade de reconhecimento do exercício de atividade
sob condições especiais pela exposição ao agente ruído100, quando
99
Tema 694 do STJ. O limite de tolerância para configuração da especialidade do tempo
de serviço para o agente ruído deve ser de 90 dB no período de 6.3.1997 a 18.11.2003,
conforme Anexo IV do Decreto 2.172/1997 e Anexo IV do Decreto 3.048/1999, sendo
impossível aplicação retroativa do Decreto 4.882/2003, que reduziu o patamar para 85
dB, sob pena de ofensa ao art. 6º da LINDB (ex-LICC).
100
Enunciado 13 do CRPS. Atendidas as demais condições legais, considera-se especial,
no âmbito do RGPS, a atividade exercida com exposição a ruído superior a 80 decibéis
até 05/03/97, superior a 90 decibéis desta data até 18/11/2003, e superiora 85 decibéis a
partir de então.
I - Os níveis de ruído devem ser medidos, observado o disposto na Norma
Regulamentadora nº 15 (NR-15), anexos 1 e 2, com aparelho medidor de nível de pressão
225
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101
Tema 1083 do STJ. O reconhecimento do exercício de atividade sob condições
especiais pela exposição ao agente nocivo ruído, quando constatados diferentes níveis de
efeitos sonoros, deve ser aferido por meio do Nível de Exposição Normalizado (NEN).
Ausente essa informação, deverá ser adotado como critério o nível máximo de ruído (pico
de ruído), desde que perícia técnica judicial comprove a habitualidade e a permanência
da exposição ao agente nocivo na produção do bem ou na prestação do serviço.
102
Súmula 9 da TNU. O uso de Equipamento de Proteção Individual (EPI), ainda que
elimine a insalubridade, no caso de exposição a ruído, não descaracteriza o tempo de
serviço especial prestado.
226
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103
Tema 174 da TNU. (Em revisão). (a) "A partir de 19 de novembro de 2003, para a
aferição de ruído contínuo ou intermitente, é obrigatória a utilização das metodologias
contidas na NHO-01 da FUNDACENTRO ou na NR-15, que reflitam a medição de
exposição durante toda a jornada de trabalho, vedada a medição pontual, devendo
constar do Perfil Profissiográfico Previdenciário (PPP) a técnica utilizada e a respectiva
norma"; (b) "Em caso de omissão ou dúvida quanto à indicação da metodologia
empregada para aferição da exposição nociva ao agente ruído, o PPP não deve ser
admitido como prova da especialidade, devendo ser apresentado o respectivo laudo
técnico (LTCAT), para fins de demonstrar a técnica utilizada na medição, bem como a
respectiva norma".
104
Tema 317 do STJ. Questão submetida a julgamento: A menção à técnica da dosimetria
ou ao dosímetro no PPP é suficiente para se concluir pela observância das determinações
da Norma de Higiene Ocupacional (NHO-01) da FUNDACENTRO e/ou da NR-15, nos
termos do Tema 174 da TNU?
227
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105
Tema 210 da TNU. Para aplicação do artigo 57, §3.º, da Lei n.º 8.213/91 à tensão
elétrica superior a 250 V, exige-se a probabilidade da exposição ocupacional, avaliando-
se, de acordo com a profissiografia, o seu caráter indissociável da produção do bem ou
da prestação do serviço, independente de tempo mínimo de exposição durante a jornada.
106
Art. 193 da CLT. São consideradas atividades ou operações perigosas, na forma da
regulamentação aprovada pelo Ministério do Trabalho e Emprego, aquelas que, por sua
natureza ou métodos de trabalho, impliquem risco acentuado em virtude de exposição
permanente do trabalhador a:
I – inflamáveis, explosivos ou energia elétrica;
107
Tema 534 do STJ. Questão submetida a julgamento: Discute-se a possibilidade de
configuração do trabalho exposto ao agente perigoso eletricidade, exercido após a
vigência do Decreto 2.172/1997, como atividade especial, para fins do artigo 57 da Lei
8.213/1991.
Tese Firmada: As normas regulamentadoras que estabelecem os casos de agentes e
atividades nocivos à saúde do trabalhador são exemplificativas, podendo ser tido como
distinto o labor que a técnica médica e a legislação correlata considerarem como
prejudiciais ao obreiro, desde que o trabalho seja permanente, não ocasional, nem
intermitente, em condições especiais (art. 57, § 3º, da Lei 8.213/1991).
228
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sua natureza já revela, por si só, diante do risco de morte, que mesmo na
utilização de equipamentos de proteção individual (EPI), tido por
eficazes, não é possível afastar o trabalho em condições especiais, tendo
em vista a periculosidade a que fica exposto o profissional (cf. Processo n.
5002563-11.2020.4.03.6126).
108
Tema 211 da TNU. Para aplicação do artigo 57, §3.º, da Lei n.º 8.213/91 a agentes
biológicos, exige-se a probabilidade da exposição ocupacional, avaliando-se, de acordo
com a profissiografia, o seu caráter indissociável da produção do bem ou da prestação
do serviço, independente de tempo mínimo de exposição durante a jornada.
109
Tema 205 da TNU. a) para reconhecimento da natureza especial de tempo laborado
em exposição a agentes biológicos não é necessário o desenvolvimento de uma das
atividades arroladas nos Decretos de regência, sendo referido rol meramente
exemplificativo; b) entretanto, é necessária a comprovação em concreto do risco de
exposição a microorganismos ou parasitas infectocontagiosos, ou ainda suas toxinas, em
medida denotativa de que o risco de contaminação em seu ambiente de trabalho era
superior ao risco em geral, devendo, ainda, ser avaliado, de acordo com a profissiografia,
se tal exposição tem um caráter indissociável da produção do bem ou da prestação do
serviço, independentemente de tempo mínimo de exposição durante a jornada (Tema
211/TNU).
110
Súmula 82 da TNU. O código 1.3.2 do quadro anexo ao Decreto n.º 53.831/64, além
dos profissionais da área da saúde, contempla os trabalhadores que exercem atividades
de serviços gerais em limpeza e higienização de ambientes hospitalares.
229
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111
Enunciado 15 do CRPS. Para os efeitos de reconhecimento de tempo especial, o
enquadramento do tempo de atividade do trabalhador rural, segurado empregado, sob o
código 2.2.1 do Quadro anexo ao Decreto nº 53.831/64, é possível quando o regime de
vinculação for o da Previdência Social Urbana, e não o da Previdência Rural
(PRORURAL), para os períodos anteriores à unificação de ambos os regimes pela Lei nº
8.213/91, e aplica-se ao tempo de atividade rural exercido até 28/04/95,
independentemente de ter sido prestado exclusivamente na lavoura ou na pecuária.
I - Até a edição da Lei nº 8.213, de 24/07/91, é possível o enquadramento como especial
do labor prestado na agricultura (cód 2.2.1 do Decreto nº 53.831/64) desde que o
trabalhador estivesse vinculado ao setor rural da agroindústria e a respectiva empresa
necessariamente inscrita no extinto Instituto de Aposentadoria e Pensões dos
Industriários - IAPI.
II - Após a Lei nº 8.213/91 e até a Lei 9.032/95, admite-se o reconhecimento como especial
o trabalho exercido pelo empregado rural na agropecuária, agricultura ou pecuária.
112
Art. 193 da CLT. São consideradas atividades ou operações perigosas, na forma da
regulamentação aprovada pelo Ministério do Trabalho e Emprego, aquelas que, por sua
natureza ou métodos de trabalho, impliquem risco acentuado em virtude de exposição
permanente do trabalhador a:
II - roubos ou outras espécies de violência física nas atividades profissionais de segurança
pessoal ou patrimonial.
230
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113
Tema 282 da TNU. A atividade de vigia ou de vigilante é considerada especial por
equiparação à atividade de guarda prevista no código 2.5.7 do Decreto 53.831/64, até a
edição da Lei n. 9.032/1995, independentemente do uso de arma de fogo, desde que haja
comprovação da equiparação das condições de trabalho, por qualquer meio de prova.
114
Tema 128 da TNU. É admissível o reconhecimento da especialidade da atividade de
Vigilante, com ou sem o uso de arma de fogo, em data posterior à Lei 9.032/1995 e ao
Decreto 2.172/1997, desde que haja a comprovação da efetiva nocividade da atividade,
por qualquer meio de prova até 5.3.1997, momento em que se passa a exigir apresentação
de laudo técnico ou elemento material equivalente, para comprovar a permanente, não
ocasional nem intermitente, exposição à atividade nociva, que coloque em risco a
integridade física do Segurado. (Entendimento superado, em face da decisão do STJ no
tema 1031)
115
Tema 1031 do STJ. É possível o reconhecimento da especialidade da atividade de
Vigilante, mesmo após EC 103/2019, com ou sem o uso de arma de fogo, em data
posterior à Lei 9.032/1995 e ao Decreto 2.172/1997, desde que haja a comprovação da
efetiva nocividade da atividade, por qualquer meio de prova até 5.3.1997, momento em
que se passa a exigir apresentação de laudo técnico ou elemento material equivalente,
para comprovar a permanente, não ocasional nem intermitente, exposição à atividade
nociva, que coloque em risco a integridade física do Segurado.
116
Tema 1209 do STF (em julgamento) Reconhecimento da atividade de vigilante como
especial, com fundamento na exposição ao perigo, seja em período anterior ou posterior
à promulgação da Emenda Constitucional 103/2019.
231
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117
Tema 157 da TNU. Não há presunção legal de periculosidade da atividade do
frentista, sendo devida a conversão de tempo especial em comum, para concessão de
aposentadoria por tempo de contribuição, desde que comprovado o exercício da atividade
e o contato com os agentes nocivos por formulário ou laudo, tendo em vista se tratar de
atividade não enquadrada no rol dos Decretos n. 53.831/64 e 83.080/79.
232
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233
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118
Tema 278 da TNU. I - O(A) segurado(a) que trabalhava sob condições especiais e
passou, sob qualquer condição, para regime previdenciário diverso, tem direito à
expedição de certidão desse tempo identificado como especial, discriminado de data a
data, ficando a conversão em comum e a contagem recíproca à critério do regime de
destino, nos termos do art. 96, IX, da Lei n.º 8.213/1991; II - Na contagem recíproca entre
o Regime Geral da Previdência Social - RGPS e o Regime Próprio da União, é possível a
conversão de tempo especial em comum, cumprido até o advento da EC n.º 103/2019.
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Acúmulo de benefícios
O planejamento previdenciário, observando o direito adquirido,
deve prever os benefícios que o contribuinte pode ter, inclusive
aqueles que podem e os que não podem ser acumulados.
É permito o acúmulo de:
pensão por morte deixada por cônjuge ou companheiro do RGPS
com pensão por morte concedida por outro regime de
previdência social ou com pensões decorrentes das atividades
militares
pensão por morte deixada por cônjuge ou companheiro do RGPS
com aposentadoria do mesmo regime e de regime próprio de
previdência social ou com proventos de inatividade decorrentes
das atividades militares
aposentadoria concedida no âmbito do RGPS com pensão
deixada por cônjuge ou companheiro de regime próprio de
previdência social ou com proventos de inatividade decorrentes
das atividades militares
Nessas hipóteses de acumulação, fica assegurada a percepção
do valor integral do benefício mais vantajoso e de uma parte de cada
um dos demais benefícios, apurada cumulativamente de acordo com
as seguintes faixas:
60% do valor que exceder um salário mínimo, até o limite
de dois salários mínimos;
40% do valor que exceder dois salários mínimos, até o
limite de três salários mínimos;
20% do valor que exceder três salários mínimos, até o limite
de quatro salários mínimos; e
10% do valor que exceder quatro salários mínimos.
Os benefícios concedidos antes da Reforma da Previdência de
13/11/2019 podem ser integralmente acumulados.
236
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Saque do FGTS
A aprovação da aposentadoria autoriza o segurado sacar o todo
saldo da conta vinculada do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço
(FGTS).
Mesmo depois de aposentado, o segurado empregado deverá ter
depositado em sua conta vinculada os 8% da remuneração, por conta
do empregador. É como se o aposentado tivesse um aumento salarial
de 8%.
Aliás, se o aposentado continuar trabalhando (na mesma
empresa) poderá receber mensalmente os novos depósitos que forem
feitos, mas se sair da empresa e for contratado por outra o saque não
poderá mais ser feito.
Nesta hipótese o saque somente poderá ser feito nas condições
previstas pela lei fundiária, por exemplo, por demissão sem justa
causa.
Particularidades relacionadas ao saque do FGTS:
FGTS não depositado pela empresa.
Caso os depósitos não estejam sendo feitos, o primeiro passo é
tentar resolver isso diretamente no departamento de pessoal da
empresa.
Há a possibilidade de cobrança na Justiça, mas se o trabalhador
não quiser se identificar, pode pedir ajuda do sindicato da categoria ou
do Ministério do Trabalho.
O prazo para reclamar a ausência dos depósitos é de cinco anos
por que se trata de um direito trabalhista.
Isso foi decidido pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e esta
decisão tem repercussão geral, o que significa que todos os juízes e
tribunais devem julgar dessa forma.
FGTS do saque aniversário
O trabalhador que deseja optar pelo saque aniversário precisa
informar a Caixa sobre o interesse por esta modalidade de saque.
237
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238
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239
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Empréstimo consignado
O INSS não tem responsabilidade pelos danos patrimoniais e
extrapatrimoniais decorrentes do empréstimo consignado.119
119
Tema 183 da TNU. I - O INSS não tem responsabilidade civil pelos danos patrimoniais
ou extrapatrimoniais decorrentes de “empréstimo consignado”, concedido mediante
fraude, se a instituição financeira credora é a mesma responsável pelo pagamento do
benefício previdenciário, nos termos do art. 6º, da Lei n. 10.820/03; II – O INSS pode ser
civilmente responsabilizado por danos patrimoniais ou extrapatrimoniais, se
demonstrada negligência, por omissão injustificada no desempenho do dever de
fiscalização, se os “empréstimos consignados” forem concedidos, de forma fraudulenta,
por instituições financeiras distintas daquelas responsáveis pelo pagamento dos
benefícios previdenciários. A responsabilidade do INSS, nessa hipótese, é subsidiária em
relação à responsabilidade civil da instituição financeira.
240
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120
Súmula 563 do STF. O Código de Defesa do Consumidor é aplicável às entidades
abertas de previdência complementar, não incidindo nos contratos previdenciários
celebrados com entidades fechadas.
241
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121
Súmula 291 do STJ. A ação de cobrança de parcelas de complementação
de aposentadoria pela previdência privada prescreve em cinco anos.
122
Súmula 427 do STJ. A ação de cobrança de diferenças de valores de complementação
de aposentadoria prescreve em cinco anos contados da data do pagamento.
242
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123
Súmula 290 do STJ. Nos planos de previdência privada, não cabe ao beneficiário a
devolução da contribuição efetuada pelo patrocinador.
243
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244
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245
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246
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Trabalhador Avulso
Contribuinte Individual
Tesouro RendA+
O Tesouro RendA+ é uma aplicação segura, garantida pelo Tesouro
Nacional, começou a valer em janeiro/2023 e pode servir para
complementar aposentadoria de qualquer Regime, público ou privado.
O investimento, que tem proteção da inflação, com IP|CA e ganho real
de juros, garante renda pelo período de 20 anos. Pode ser feito por quem
trabalha ou está desempregado.
Os objetivos do Tesouro RendA+ são:
a) Fornecer um produto simples, rentável e com baixo custo
b) Democratizar o planejamento de renda extra na aposentadoria
Carência e liquidez
Depois de 60 dias do início do investimento já é possível sacar o valor
investido, vendendo o que conseguiu guardar pelo preço de mercado. Então
o título tem liquidez depois de 60 dias, que é a carência.
Neste caso haverá taxa de custódia porque o investidor não cumprirá o
prazo de resgate previamente combinado, porém a taxa ainda assim é
menor do que os demais títulos do Tesouro Direto.
Cadastro Simplificado
Com o “Cadastro Simplificado” você vai ter mais segurança ao fazer
seus depósitos.
O ambiente é seguro. Isso pode ser feito no site Gov.br, que é do
Governo Federal.
Depois de responder algumas perguntas de segurança, tem a tela para
escolher uma instituição financeira parceira do Tesouro RendA+ que está
preparada para receber e guardar seu dinheiro.
248
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Imposto
Até 6 salários-mínimos de renda não haverá pagamento de qualquer taxa
de custódia se o investidor cumprir o prazo de início de recebimento e não
vender o título antes do vencimento.
Acima desse limite vai ter a cobrança de 0,10% sobre o que exceder, só
sobre o que exceder.
Caso o investidor desista de prosseguir com o Título do Tesouro
RendA+ e decidir vender antecipadamente o que receberia na data
programada, haverá uma taxa decrescente, dependendo do tempo que
resolver antecipar o recebimento.
Mas tem uma vantagem a mais: o valor investido não é tributado.
Somente o valor do rendimento é que será tributado.
249
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250
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251
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O empregado,
inclusive o doméstico
e o trabalhador
avulso, pode
recuperar tempo de
serviço do passado,
não tem que indenizar
o INSS e o período
recuperado serve para fins de carência.
A obrigação de pagar a Previdência era do empregador e está
escrito na Lei que esta omissão não pode prejudicar o segurado,
além do mais o INSS tinha o dever de fiscalizar.
O segurado especial não precisa contribuir para ter direito à
aposentadoria por idade, de modo que basta comprovar esta
252
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253
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Quem já tem a
carência, mas não tem
a idade, pode escolher
1 de 6 caminhos, que
vão desde o aumento
das contribuições à
possibilidade de parar
de contribuir e esperar
a idade chegar, mas
tem que fazer isso com responsabilidade e orientação profissional,
visto que depende da qualidade de segurado e da forma que
contribui.
1. Aumentar o valor das contribuições
2. Diminuir
3. Manter a média
4. Parar de contribuir
5. Alternar contribuições
6. Aumentar 2% por ano contribuído
Regra de transição
Para os segurados e
seguradas que iniciaram
as contribuições antes da
reforma da previdência,
fica assegurado o direito
adquirido de aposentar
com carência de 15 anos.
Neste caso o homem
precisa comprovar a idade
de 65 anos e a mulher 60
anos em 2019, 60,5 anos
em 2020, 61 anos de idade
no ano de 2021, 61,5 anos
no ano de 2022 e a partir
de 2023 a idade será fixada em 62 anos.
257
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258
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259
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260
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124
Tema 102 da TNU. Os efeitos financeiros da revisão da RMI de benefício
previdenciário devem retroagir à data do requerimento administrativo do próprio
benefício, e não à data do pedido revisional.
125
Tema 125 da TNU."(i) o marco inicial para a contagem do prazo decadencial do
benefício de pensão por morte transcorre independentemente do benefício do segurado
instituidor. Portanto, a partir da data do início (DIB) do benefício [ derivado]; e (ii) em
alinhamento com a jurisprudência do STJ acima destacada , caso o direito de revisão
específico do pensionista não seja alcançado pela decadência, o beneficiário não poderá
receber eventual diferença oriunda do recálculo do benefício do instituidor [originário],
em relação ao qual houve o transcurso do prazo decadencial, mas fará jus ao reflexo
financeiro correspondente na pensão concedida."
261
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Devolução de valores
Caso o INSS encontre erro no benefício, o segurado ou o pensionista
não tem que devolver os valores recebidos caso o erro tenha sido da
262
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126
Tema 979 do STJ. Com relação aos pagamentos indevidos aos segurados decorrentes
de erro administrativo (material ou operacional), não embasado em interpretação
errônea ou equivocada da lei pela Administração, são repetíveis, sendo legítimo o
desconto no percentual de até 30% (trinta por cento) de valor do benefício pago ao
segurado/beneficiário, ressalvada a hipótese em que o segurado, diante do caso concreto,
comprova sua boa-fé objetiva, sobretudo com demonstração de que não lhe era possível
constatar o pagamento indevido.
263
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127
Enunciado n. 10 CRPS. A decadência prevista no art. 103-A da Lei nº 8.213/91 não
se aplica aos atos administrativos praticados pela Administração Previdenciária tendentes
à cessação da manutenção de benefícios ou quotas cuja continuidade da percepção seja
indevida em face da legislação previdenciária de regência.
I - O prazo decadencial previsto no art. 103-A da Lei 8.213/91, para revisão dos atos
praticados pela Previdência Social antes da Lei nº 9.784/99, somente começa a correr a
partir de 1º/02/99.
II - Não se aplica o instituto da decadência às revisões de reajustamento e às estabelecidas
em dispositivo legal.
III - A má-fé afasta a decadência, mas não a prescrição, e deve ser comprovada em
procedimento próprio, no caso concreto, assegurado o contraditório e a ampla defesa.
IV - Não se aplica a decadência prevista no art. 103-A da Lei nº 8.213/91 ao auxílio por
incapacidade temporária, à aposentadoria por incapacidade permanente e aos benefícios
assistenciais sujeitos a revisão periódica prevista na legislação.
V - A decadência prevista do art. 103 da Lei 8.213/91 não se aplica à revisão de atos de
indeferimento, cancelamento ou cessação de benefícios.
VI - Transcorridos mais de dez anos da data da concessão do benefício, não poderá haver
sua suspensão ou cancelamento na hipótese de o interessado não mais possuir a
documentação que instruiu o pedido, exceto em caso de fraude ou má-fé.
VII - O pecúlio previsto no inciso II do artigo 81 da Lei nº 8.213/91, em sua redação
original, que não foi pago em vida ao segurado aposentado que retornou à atividade
quando dela se afastou, é devido aos seus dependentes ou sucessores, relativamente às
contribuições vertidas até 14/04/94, salvo se prescrito.
264
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Benefício cancelado
Tem males que vem para o bem.
Quando um benefício é cortado, o trabalhador pode pedir outro.
Com as novas regras, com o aumento da idade, com as novas
contribuições, com o novo tempo de serviço e a reforma da previdência, o
valor de uma nova aposentadoria pode ser mais vantajoso.
Então aceitar a decisão do INSS e pedir outra
aposentadoria pode ser uma boa saída. Tem que olhar
o lado bom das coisas.
A ausência do comparecimento não pode gerar o cancelamento do
benefício, mas ele pode ser suspenso até a regularização da situação.
Caso seja constatada regularidade do benefício suspenso, o
pagamento será automaticamente restabelecido.
266
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PARTE 6
BOTANDO A MÃO NA MASSA!
Como executar o plano e exigir seus direitos
267
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3. Se concordar, depois de
solicitado, informe o seu número do
CPF ou da pessoa para quem
deseja informações/serviços.
4. Será informado seu número de
protocolo (a ligação será gravada).
5. Se quiser que o número seja
repetido, digite 1, ou aguarde na
linha para prosseguir com o
atendimento.
6. Escolha o serviço que deseja,
digitando o número respectivo.
268
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Justificação administrativa
A Justificação Administrativa (JÁ) é o meio processual
adequado para comprovar o exercício de atividade profissional
ou qualquer outra situação irregular perante a Previdência
Social.
É isenta de qualquer custo para o segurado ou dependente e
deve sempre ser acompanhada do requerimento de um benefício,
de uma Certidão de Tempo de Contribuição (CTC) ou de
atualização de dados do Cadastro Nacional de Informações Sociais
(CNIS), de modo que não pode ser processada isoladamente.
O requerente deverá apresentar documentos que comprovem
o direito a ser comprovado e a relação das testemunhas que
pretende ouvir.
As testemunhas deverão ser, preferencialmente, colegas de
trabalho da época em que o requerente exerceu a atividade que
deseja comprovar, ou o ex-empregador, quando a prova envolver a
regularização de tempo de serviço ou das condições ambientais em
que o trabalho foi desenvolvido.
O servidor do INSS interrogará as testemunhas, e o
interessado também poderá formular perguntas.
Ao final dos depoimentos testemunhais, a justificação deverá
ser homologada pelo servidor público na hipótese de se convencer
do que inicialmente foi alegado pelo interessado.
128
Tema 283 da TNU. A coisa julgada administrativa não exclui a apreciação da matéria
controvertida pelo poder judiciário e não é oponível à revisão de ato administrativo para
adequação aos requisitos previstos na lei previdenciária, enquanto não transcorrido o
prazo decadencial.
269
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129
Tema 995 do STJ. É possível a reafirmação da DER (Data de Entrada do
Requerimento) para o momento em que implementados os requisitos para a concessão do
benefício, mesmo que isso se dê no interstício entre o ajuizamento da ação e a entrega da
prestação jurisdicional nas instâncias ordinárias, nos termos dos arts. 493 e 933 do
CPC/2015, observada a causa de pedir.
271
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130
Tema 313 do STF. I – Inexiste prazo decadencial para a concessão inicial do benefício
previdenciário; II – Aplica-se o prazo decadencial de dez anos para a revisão de
benefícios concedidos, inclusive os anteriores ao advento da Medida Provisória
1.523/1997, hipótese em que a contagem do prazo deve iniciar-se em 1º de agosto de 1997.
273
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131
Súmula 33 da TNU. Quando o segurado houver preenchido os requisitos legais para
concessão da aposentadoria por tempo de serviço na data do requerimento
administrativo, esta data será o termo inicial da concessão do benefício.
132
Súmula 85 do STJ. Nas relações jurídicas de trato sucessivo em que a Fazenda
Pública figure como devedora, quando não tiver sido negado o próprio direito reclamado,
a prescrição atinge apenas as prestações vencidas antes do quinquênio anterior à
propositura da ação.
133
Tema 350 do STF. “A exigência de prévio requerimento administrativo não deve
prevalecer quando o entendimento da Administração for notória e reiteradamente
contrário à postulação do segurado”.
134
Tema 1124 do STJ (pendente de julgamento). Definir o termo inicial dos efeitos
financeiros dos benefícios previdenciários concedidos ou revisados judicialmente, por
meio de prova não submetida ao crivo administrativo do INSS: se a contar da data do
requerimento administrativo ou da citação da autarquia previdenciária.
274
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Ações declaratórias
135
Súmula 15 do STJ. Compete à Justiça Estadual processar e julgar os litígios
decorrentes de acidente do trabalho.
136
Súmula 242 do STJ. Cabe ação declaratória para reconhecimento de tempo de serviço
para fins previdenciários.
275
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Justificação Judicial
Em construção.137
Mandado de Segurança
Em construção.138
137
Súmula 32 do STJ. Compete à Justiça Federal processar justificações judiciais
destinadas a instruir pedidos perante entidades que nela tem exclusividade de foro,
ressalvada a aplicação do art. 15, II da Lei 5010/66.
138
Súmula 628 do STJ. A teoria da encampação é aplicada no mandado de segurança
quando presentes, cumulativamente, os seguintes requisitos:
a) existência de vínculo hierárquico entre a autoridade que prestou informações e a que
ordenou a prática do ato impugnado;
b) manifestação a respeito do mérito nas informações prestadas; e
c) ausência de modificação de competência estabelecida na Constituição Federal.
276
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139
Tema 629 do STJ. A ausência de conteúdo probatório eficaz a instruir a inicial,
conforme determina o art. 283 do CPC, implica a carência de pressuposto de constituição
e desenvolvimento válido do processo, impondo sua extinção sem o julgamento do mérito
(art. 267, IV do CPC) e a consequente possibilidade de o autor intentar novamente a ação
(art. 268 do CPC), caso reúna os elementos necessários à tal iniciativa.
140
Súmula 42 da TNU. Não se conhece de incidente de uniformização que implique
reexame de matéria de fato.
141
Enunciado 76 do VIII Encontro de Juízes Federais TRF3. O juiz da Turma Recursal
ao apreciar a sentença que enfrentou o mérito priorizará converter o julgamento para fim
de complementação de prova à anulação, inclusive com baixa ao JEF apenas para
realização da diligência (nova redação do Enunciado n. 20).
142
Questão de Ordem n. 20 da TNU. Se a Turma Nacional decidir que o incidente de
uniformização deva ser conhecido e provido no que toca a matéria de direito e se tal
conclusão importar na necessidade de exame de provas sobre matéria de fato, que foram
requeridas e não produzidas, ou foram produzidas e não apreciadas pelas instâncias
inferiores, a sentença ou acórdão da Turma Recursal deverá ser anulado para que tais
provas sejam produzidas ou apreciadas, ficando o juiz de 1º grau e a respectiva Turma
Recursal vinculados ao entendimento da Turma Nacional sobre a matéria de
direito.(Aprovada na 6ª Sessão Ordinária da Turma Nacional de Uniformização, do dia
14.08.2006).
277
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143
Questão de ordem n. 13 da TNU. Não se admite o Pedido de Uniformização, quando
a jurisprudência da Turma Nacional de Uniformização dos Juizados Especiais Federais
se firmou no mesmo sentido do acórdão recorrido.
144
Tema 1018 do STJ. O Segurado tem direito de opção pelo benefício mais vantajoso
concedido administrativamente, no curso de ação judicial em que se reconheceu benefício
menos vantajoso. Em cumprimento de sentença, o segurado possui o direito à manutenção
do benefício previdenciário concedido administrativamente no curso da ação judicial e,
concomitantemente, à execução das parcelas do benefício reconhecido na via judicial,
limitadas à data de implantação daquele conferido na via administrativa.
145
Tema 692 do STJ. A reforma da decisão que antecipa os efeitos da tutela final obriga
o autor da ação a devolver os valores dos benefícios previdenciários ou assistenciais
recebidos, o que pode ser feito por meio de desconto em valor que não exceda 30% (trinta
por cento) da importância de eventual benefício que ainda lhe estiver sendo pago.
278
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146
Enunciado 19 do CRPS. Seguridade social. CRPS. Benefício. Transcorridos mais de
5 anos da data da concessão do benefício, deferido sob a égide da legislação anterior
à Lei 8.213/1991, não poderá haver sua suspensão ou cancelamento na hipótese de o
interessado não mais possuir a documentação que instruiu o pedido.
147
Enunciado 16 do CRPS. A suspeita de fraude na concessão de benefício
previdenciário ou assistencial não enseja, de plano, a sua suspensão ou cancelamento,
mas dependerá de apuração em procedimento administrativo, observados os princípios
do contraditório e da ampla defesa e as disposições do art. 69 da Lei nº 8.212/91.
148
Tema 126 da TNU. Tese firmada no Tema 975/STJ: Aplica-se o prazo decadencial de
dez anos estabelecido no art. 103, caput, da Lei 8.213/1991 às hipóteses em que a questão
controvertida não foi apreciada no ato administrativo de análise de concessão de
benefício previdenciário.
279
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Revisão Completa
Depois de concedido, o benefício previdenciário ou acidentário, pode ser
revisto.
A análise do processo que deu origem ao benefício deve ser
minuciosa. Todos os detalhes devem ser estudados antes de a revisão ser
solicitada.
Este cuidado evita que o INSS revise o benefício para valor menor ou até
cancele a aposentadoria ou a pensão em caso de erro na concessão.
Lembre-se: não troque o certo pelo duvidoso.
Devem ser analisadas questões comuns a todos os segurados e
dependentes e também as situações específicas.
As situações comuns, por exemplo, são as leis que mudaram ou que
podem mudar depois de o benefício começar a ser pago, bem como as decisões
da Justiça que repercutem no valor do benefício, como é o caso da Revisão da
Vida toda, dentre muitas.
149
Tema 1117 do STJ. O marco inicial da fluência do prazo decadencial, previsto no
caput do art. 103 da Lei n. 8.213/1991, quando houver pedido de revisão da renda mensal
inicial (RMI) para incluir verbas remuneratórias recebidas em ação trabalhista nos
salários de contribuição que integraram o período básico de cálculo (PBC) do benefício,
deve ser o trânsito em julgado da sentença na respectiva reclamatória.
280
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Análise da Carta de
Concessão e do CNIS
Reclamações
trabalhistas
Periculosidade,
Situações específicas Insalubridade e
Penosidade
Recuperação de tempo
de serviço
Descartes de salários-
de-contribuição
computado nos benefícios (urbano ou rural) também são elementos que devem
ser explorados nas revisões.
Os descartes de salários de contribuição, principalmente para benefícios
concedidos depois de maio de 2022 é outro fator, dentre muitos, que podem
alterar o valor da renda mensal dos benefícios.
150
Tema 999 do STJ. (sobrestado) Aplica-se a regra definitiva prevista no art. 29, I e II
da Lei 8.213/1991, na apuração do salário de benefício, quando mais favorável do que a
282
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regra de transição contida no art. 3o. da Lei 9.876/1999, aos Segurado que ingressaram
no Regime Geral da Previdência Social até o dia anterior à publicação da Lei 9.876/1999.
151
Tema 1102 do STF. O segurado que implementou as condições para o benefício
previdenciário após a vigência da Lei 9.876, de 26.11.1999, e antes da vigência das novas
regras constitucionais, introduzidas pela EC 103/2019, tem o direito de optar pela regra
definitiva, caso esta lhe seja mais favorável.
283
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152
Enunciado 75 do VIII Encontro de Juízes Federais TRF3. Nas ações em que se
discute a revisão objeto do tema 1.102 do STF, para a atualização dos salários-de-
contribuição no cálculo da RMI, aplicam-se os seguintes indexadores: ORTN-OTN até
04-1979, INPC de 05-1979 a 12-1992, IRSM de 01-1993 a 06- 1994, IPC-r de 07-1994 a
06-1995, INPC de 07-1995 a 04-1996, IGP-DI de 05-1996 a 01-2004 e INPC a partir de
02-2004.
153
Enunciado 73 do VIII Encontro de Juízes Federais TRF3. Nas ações em que se
discute a revisão objeto do tema 1.102 do STF, não se aplica o divisor mínimo
correspondente a 60% do período contributivo estabelecido no art. 3º, § 2º, da Lei
9.876/99, uma vez que é atinente à regra transitória, que se afasta ao se deferir a
mencionada revisão.
154
Enunciado 74 do VIII Encontro de Juízes Federais TRF3. Se no cálculo de
cumprimento de sentença de procedência de processos cujo objeto é a revisão do tema
1.102 do STF, a renda mensal inicial revisada resultar menor do que a renda mensal
atual, o título executivo é inexequível.
155
Enunciado 6470 CJF: A Revisão da Vida Toda não exige prévio requerimento
administrativo.
156
Enunciado 69 do VIII Encontro de Juízes Federais TRF3. Havendo pedido de revisão
relativa ao tema 1.102 do STF cumulado com pedido de retificação de dados de salários-
de-contribuição constantes do CNIS, é necessária a demonstração de prévio requerimento
administrativo de inclusão dos referidos salários-de-contribuição no CNIS, nos termos do
art. 29-A, § 2º, da Lei nº 8.213-91.
284
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157
Enunciado 70 do VIII Encontro de Juízes Federais TRF3. São documentos
indispensáveis à propositura da ação que objetiva a revisão relativa ao tema 1.102 do
STF: cópia integral do processo administrativo de concessão do benefício, cópia integral
de eventual processo administrativo de revisão para inclusão de salários-de-contribuição
no CNIS e planilha de cálculo.
158
Enunciado 67 do VIII Encontro de Juízes Federais TRF3. Nas ações em que se
discute a revisão objeto do tema 1.102 do STF, a parte autora deve demonstrar o interesse
processual mediante a apresentação de planilha de cálculo, comprovando que a revisão
lhe é favorável.
159
Enunciado 68 do VIII Encontro de Juízes Federais TRF3. A revisão relativa ao tema
1.102 do STF deve levar em conta os salários-de-contribuições constantes de bancos de
dados do Instituto Nacional do Seguro Social, tais como CNIS e microfichas, nos termos
do art. 29-A, caput, da Lei n. 8.213/91.
160
Enunciado 6471 CJF: As alterações salariais registradas na CTPS podem ser
utilizadas no cálculo de revisão de benefício previdenciário.
161
Enunciado 71 do VIII Encontro de Juízes Federais TRF3. Nas ações em que se
discute a revisão objeto do tema 1.102 do STF, quando não constar do CNIS o valor do
salário-de-contribuição e o segurado não puder comprová-lo, será ulizado o valor do
salário mínimo da época, na forma do art. 36, § 2º, do Decreto 3.048/99.
162
Enunciado 72 do VIII Encontro de Juízes Federais TRF3. Considera-se líquida a
sentença de procedência das ações em que se discute a revisão objeto do tema 1.102
STF, desde que contenha os parâmetros para elaboração dos cálculos, nos termos do
Enunciado 32 do FONAJEF, do art. 38, parágrafo único, e do art. 52, I, ambos da Lei n.
9.099/95.
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O fato de o segurado já ter ajuizado ação contra o INSS, e o Poder Judiciário ter
se posicionado a respeito do que foi pleiteado, favoravelmente ou não, não é motivo
suficiente para acreditar que o benefício está correto.
Os pronunciamentos judiciais estão limitados àquilo que é colocado para ser
analisado e na maioria das vezes o pedido não abrange todas as situações de erro no
cálculo do benefício. Ele pode continuar defasado, mesmo após ter solicitado sua
correção judicialmente.
Somente a análise do processo que deu origem à aposentadoria ou pensão
pode garantir a certeza de que o benefício está correto.
286
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Equiparação ao salário-mínimo
Em construção.
A queixa mais comum sobre valor dos benefícios previdenciários está
relacionada à sua vinculação à quantidade de salários-mínimos.
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Desaposentação
Em construção.
Desaposentação é a renúncia da aposentadoria e o requerimento de outra, mais
vantajosa.
Esta questão foi amplamente discutida nos Tribunais e o STF concluiu que quem
contribuiu após a concessão da aposentadoria, o valor dessas novas contribuições não
pode ser utilizado para aumentar o valor do benefício.
Na mesma decisão ficou decidido também que essas novas contribuições, além
de não poderem ser utilizadas para aumentar o valor do benefício, também não seriam
devolvidas.
163
Súmula 598 do STJ. É desnecessária a apresentação de laudo médico oficial para o
reconhecimento judicial da isenção do imposto de renda, desde que o magistrado entenda
suficientemente demonstrada a doença grave por outros meios de prova.
164
Súmula 627 do STJ. O contribuinte faz jus à concessão ou à manutenção da isenção
do imposto de renda, não se lhe exigindo a demonstração da contemporaneidade dos
sintomas da doença nem da recidiva da enfermidade.
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