Aula 20 - Arvores-Balanced
Aula 20 - Arvores-Balanced
Aula 20 - Arvores-Balanced
Controle de
Qualidade
Rafaela dos Santos Pereira
AUL A 20
Ferramentas que serão trabalhadas:
1. Fluxogramas 8. 5W2H 16. SIPOC
•Uma árvore decisória é uma representação visual de todos os possíveis caminhos de ações que se
pode seguir para tomar uma decisão. Ou seja, trata-se de uma ferramenta de representação visual
que auxilia na hora de tomar uma decisão, orientando por quais caminhos distintos se pode seguir.
Representa um direcionamento
Ramificação Negada existente, porém que não pode ser
seguido.
•As Árvores Decisórias são uma ferramenta de fácil interpretação, por serem representadas de uma forma
gráfica e ilustrativa. Além disso, os caminhos em uma árvore decisória são definidos de forma lógica, o que
facilita a compreensão das opções de que caminhos seguir. As Árvores Decisórias trazem várias vantagens
quando utilizadas, inclusive quando aplicadas no âmbito da Gestão da Qualidade. Dentre as suas principais
aplicações, pode-se destacar a sua utilização para:
•Os nós folhas podem se dividir em outros nós folhas, até chegar ao nó final (nó que representa o
resultado, solução, consequência, etc.). É importante destacar que os nós folhas podem ser
desdobrados quantas vezes for necessário para chegar ao nó final. O importante é considerar
todas as decisões e possibilidades durante o processo de construção da árvore.
•Na área de atendimento ao cliente, há registros de demora no atendimento. Foi constatado pelo gestor da área, que a
causa raiz da demora no atendimento era a demora para se tomar uma decisão de acordo com o contexto do contato
do cliente. São muitas demandas e as atendentes não sabem ao certo o que fazer quando o cliente faz contato.
•Para resolver esse problema, a seguinte árvore decisória (Figura 4) foi construída, considerando todos caminhos
possíveis que poderiam acontecer no setor de atendimento quando uma ligação acontecesse no setor.
•No cenário de análise da viabilidade de um projeto, se torna bem interessante adotar a abordagem de adicionar o custo de cada caminho.
Quando é possível calcular custos, pode-se ir além: adicionar os custos em cada ramificação da árvore. Assim, quando percorrer
determinado caminho, tomando determinadas decisões até chegar ao nó final, basta somar os custos de cada ramificação e o custo final
do caminho é obtido.
•No exemplo ilustrado na Figura 8, foi escolhido analisar o custo do desdobramento da ramificação de “Reclamação” por se tratar do
caminho mais crítico da árvore pois aborda a insatisfação do cliente. Nesse caso optou-se por apenas adicionar o custo nas ramificações
que levam ao nó final (de resultado). Entretanto, como mencionado, é possível detalhar ainda mais: basta adicionar o custo de cada
ramificação isoladamente e, ao percorrer essas ramificações, somar seus custos e consequentemente o custo final será obtido.
•Na obra A estratégia em ação: balanced scorecard (Gulf Professional Publishing, 1997), os autores
reuniram todos os elementos do método e resultados de pesquisas sobre sua implementação.
•Na época, o balanced scorecard ficou conhecido como “a forma de medir a performance das empresas
do futuro”.
•Não à toa, o método surgiu para superar a visão de que somente os indicadores financeiros e
contábeis importavam para medir o progresso de uma empresa.
•Para além das somas monetárias, as empresas devem ser avaliadas pelo ponto de vista dos
clientes, dos processos internos e de sua capacidade de inovação, por exemplo.
•Logo, o balanced scorecard consiste em uma ferramenta de gestão que amplia a visão sobre o
desempenho da empresa e otimiza seu crescimento.
•Os dois eram professores da Harvard Business School – uma das escolas de pós-graduação da universidade de Harvard com foco em administração de
empresas.
•No livro “A estratégia em ação: balanced scorecard”, os autores explicam que os estudos foram encomendados sob uma crença que existia na época.
•Naquela década, acreditava-se que o sucesso de um negócio dependia majoritariamente de indicadores financeiros e contábeis.
•Isso porque eles eram, até então, os métodos adotados para a medição de desempenho.
•A partir dessa ideia obsoleta, Kaplan e Norton desenvolveram um novo modelo de medição de desempenho, mais amplo, com quatro perspectivas
distintas.
•À medida que o tempo passou e as empresas adotaram o Balanced Scorecard, ele se transformou em um sistema de gestão estratégica.
•Toda essa evolução foi destacada pelos estudiosos em artigos publicados e, mais tarde, deu origem ao livro em que a história é contada.
•Como veremos mais à frente, ele se baseia em quatro perspectivas, cada qual devendo ser medida
pelos seus respectivos KPIs, do inglês Key Performance Indicator.
•Sendo assim, ele pode ser elaborado a qualquer momento, só necessitando de dados que possam
ser usados para analisar os indicadores de performance.
•Portanto, ele pode ser adotado a qualquer momento, até porque o BSC só traz benefícios para as
empresas que o utilizam como ferramenta de gestão.
•De quebra, ainda ter insights de iniciativas que podem ser desenvolvidas para que as metas
possam ser superadas com maior facilidade.
•Afinal, estamos falando de um processo que procura detalhar cada estratégia até o seu nível
operacional, sem nunca se esquecer da importância de medir cada resultado.
•Fatores financeiros, como lucro e faturamento, são evidentemente importantes, mas há diferentes
maneiras de avaliar a performance organizacional.
•Como tudo na vida, o segredo para o sucesso está no equilíbrio e, no caso da gestão estratégica
de uma empresa, no equilíbrio dos diferentes tipos de indicadores.
•Assim como não há negócio que não possa utilizar o Balanced Scorecard para melhorar a sua gestão e momento certo para para que a
metodologia possa ser adotada, também não existe setor que não possa participar do processo.
•O marketing, por exemplo, pode ser um dos grandes protagonistas na conquista dos objetivos traçados pela empresa.
•Para isso, ela vai ter que recorrer a indicadores que tem tudo a ver com o marketing, como tráfego, geração de leads e assim por diante.
•Mais do que ajudar a trazer esses dados e apresentar um diagnóstico sobre a situação, o setor pode apresentar insights e ações.
•Investir em estratégias de inbound, como produção de conteúdo para blogs e redes sociais, utilizar técnicas de SEO e criar campanhas
com mídia paga podem ser algumas das soluções a implementar.
•Aliado a isso, a metodologia trata sobre a necessidade de medir cada avanço em busca da melhoria contínua.
•Essa é a razão pela qual a primeira etapa na modelagem do BSC consiste justamente em fazer uma
análise crítica de tudo que orienta suas atividades, sem deixar de lado o que a empresa quer para o seu
futuro.
•Se não há um orientador comum ou ele não for consistente bastante, será necessário defini-lo antes de
avançar.
•Caso ele já exista e seja sólido o suficiente, os profissionais envolvidos no BSC deverão relacionar a
direção proposta e a visão de futuro às diretrizes estratégicas da empresa.
•O BSC começa a tomar forma quando os objetivos estratégicos anteriormente definidos são alocados em cada uma das suas
quatro perspectivas.
•Imagine que sua empresa definiu que quer aumentar sua participação no mercado.
•Esse objetivo deverá servir como referência na definição das perspectivas do BSC, orientando também a escolha dos KPIs.
•Pode ser uma tarefa difícil, afinal, é como montar um quebra-cabeças. Todas as peças devem se encaixar para que a imagem
final seja compreensível.
•Significa que, enquanto houver lacunas, não será possível avançar até que todas as perspectivas estejam inter-relacionadas às
metas estratégicas.
•Talvez a etapa de seleção dos KPIs seja a mais crítica para o sucesso do BSC a ser implementado.
•Afinal, é nela que os gestores envolvidos definem o que será usado para analisar o sucesso das medidas
adotadas conforme cada perspectiva.
•Quando abordo esse assunto, gosto sempre de destacar que as chamadas “métricas de vaidade” devem ser
evitadas a todo custo.
•Até porque para que um KPI ajude a empresa a crescer, ele deve estar diretamente relacionado aos seus
objetivos e alinhado à estratégia.
•Depois das três etapas preliminares de modelagem, chega o momento de desenhar o plano de ação.
•É também nessa fase que a empresa deve definir os responsáveis pela execução das rotinas dentro de cada
perspectiva do BSC.
•Cabe ressaltar que a escolha dos profissionais é decisiva para que o método de gestão gere os efeitos
esperados.
•Serão eles que manterão os colaboradores engajados em suas tarefas, sem jamais perder de vista os objetivos
estratégicos definidos no começo.
•O mapa estratégico é uma ferramenta útil para a visualização de objetivos, estratégias e propósitos do negócio.
•No balanced scorecard, esse diagrama é utilizado para resumir os objetivos da empresa e oferecer uma visão
geral dos caminhos a seguir.
•Basicamente, é uma ilustração do planejamento estratégico, que consegue explicar de forma simples e
acessível quais são os objetivos, metas, estratégias e ações necessárias ao sucesso da empresa.
•Cada uma das perspectivas do balanced scorecard tem seu espaço no mapa estratégico, que tem a vantagem de
integrar as informações e deixar claro o papel dos colaboradores no plano.
•O objetivo estratégico é simplesmente o que se deseja alcançar com o negócio, com base nas
aspirações de longo prazo da empresa.
•Por exemplo, na perspectiva financeira, o objetivo pode ser o crescimento da receita e aumento
da lucratividade.
•Já na dimensão de clientes, a criação de produtos inovadores ou aumento do NPS são bons
exemplos de objetivos estratégicos.
•As metas são tarefas e etapas necessárias para alcançar os objetivos estratégicos no balanced
scorecard.
•Quando você tem um objetivo, é preciso dividi-lo em metas para facilitar o progresso e garantir a
chegada ao estado desejado.
•Para isso, é importante considerar as metas SMART, que são específicas, mensuráveis, atingíveis,
relevantes e temporais.
•O indicador é a métrica para acompanhar o progresso em direção aos objetivos, que forma a base do balanced scorecard.
◦ Elaborados a partir de parâmetros numéricos que permitam uma avaliação exata do progresso (porcentagens, taxas e estatísticas)
•De modo geral, você pode seguir as boas práticas que já utiliza para elaborar e acompanhar seus KPIs (indicadores-chave de
desempenho).
•Por fim, o plano de ação é o roteiro completo para alcançar os objetivos na prática, a partir de
medidas concretas e tarefas.
•É fundamental que esse plano atribua responsáveis para cada ação necessária, assim como prazos
e diretrizes para o cumprimento das tarefas.
•De nada adianta ter um planejamento estratégico complexo se ninguém na sua empresa consegue compreendê-lo.
•Por isso, uma das principais vantagens do balanced scorecard é a representação visual simples, clara e intuitiva
de todos os aspectos importantes para o desempenho do negócio.
•Com um mapa estratégico, você e todos os colaboradores terão uma visão ampla dos objetivos, metas e
estratégias da empresa, sem margem para dúvidas.
•Além disso, o BSC é um dos únicos modelos que prioriza o equilíbrio entre os diferentes fatores que determinam
o sucesso de uma empresa, auxiliando os líderes na tomada de decisão.
•Um dos grandes desafios para as organizações é comunicar seus planos aos colaboradores de
forma acessível e eficaz.
•Com o balanced scorecard, seu planejamento estratégico não fica restrito aos gestores, pois pode
ser compartilhado com toda a empresa em um formato visual de compreensão imediata.
•Assim, você deixa para trás os problemas de comunicação interna e transmite a mensagem certa
sobre o futuro da empresa em um simples diagrama.
•O mapa estratégico do balanced scorecard oferece uma visão do todo e também mostra a função de cada área no
atingimento dos objetivos da empresa
•Dessa forma, a ferramenta é ideal para alinhar as estratégias em todas as áreas da organização, deixando os
colaboradores cientes da importância de seu trabalho para o sucesso do negócio.
•Ao ter acesso ao mapa, todos terão o mesmo horizonte adiante, mesmo que suas tarefas sejam completamente
diferentes.
•Com isso, os níveis de cooperação também aumentam e os profissionais reforçam seu espírito de equipe ao trabalhar
pelos mesmos objetivos.
•Além de ser eficiente na comunicação, o balanced scorecard também tem o poder de aumentar o engajamento dos colaboradores.
•Isso porque, quando os profissionais têm clareza das metas e de seu papel no sucesso da organização, a tendência é que se
dediquem com mais motivação e entusiasmo em seu trabalho.
•É comum que os funcionários fiquem insatisfeitos com a falta de informação sobre os planos e perspectivas do negócio.
•Com o balanced scorecard, você nunca terá esse problema, pois todos poderão acompanhar de perto as estratégias e ações da
empresa.
•O resultado é o aumento no engajamento e melhora do clima organizacional, que contribuem ainda mais para a realização dos
objetivos traçados.
•Um dos diferenciais do balanced scorecard é seu dinamismo, pois o mapa pode ser constantemente atualizado
para manter o ritmo das melhorias na empresa.
•A ideia é garantir que o aprimoramento seja contínuo, renovando os objetivos conforme o sucesso é alcançado.
•Dessa forma, você tem uma ferramenta de otimização de desempenho que nunca para de avançar,
acompanhando a evolução do negócio.
•Em um mercado ultracompetitivo e de rápidas transformações, é melhor que o seu método de gestão seja o
mais dinâmico e adaptável possível.
•O balanced scorecard se tornou famoso no mundo dos negócios por ser um dos primeiros modelos a integrar indicadores
tangíveis e intangíveis no mesmo método.
•Antes do BSC, somente os indicadores financeiros e contábeis eram considerados na mensuração de sucesso e progresso
da empresa.
•Hoje, essa visão se tornou obsoleta, pois o crescimento das empresas está ligado a fatores complexos que envolvem a
relação com o mercado, consumidores, colaboradores e seu próprio capital (humano, tecnológico e intelectual).
•Assim, o balanced scorecard permanece atual, com seu mérito de reunir múltiplos indicadores para avaliar o desempenho
da empresa.
•Como destaquei logo no início, o BSC procura analisar a performance de um negócio por uma perspectiva muito mais
ampla.
•Dessa maneira, é esperado que pessoas antes ignoradas no planejamento estratégico passem a ter uma relevância maior,
considerando os objetivos mais importantes da empresa.
•Sendo assim, até mesmo setores aparentemente à margem das decisões de maior impacto ganham um novo sentido, o
que é bom para elevar a autoestima e a motivação.
•Com isso, colaboradores e empresas tendem a caminhar em uma única direção, em uma troca saudável de interesses na
qual todos ganham.
•O processo de elaboração do BSC é, por si só, uma oportunidade de gerar insights e ter revelações sobre o negócio.
•Digamos que a empresa definiu como objetivo dentro da perspectiva de mercado e clientes a expansão para uma praça fora
do Brasil.
•Ao analisar se ela reúne os atributos necessários para isso, acaba descobrindo que não dispõe de dados sobre o mercado em
que pretende atuar.
•Portanto, aí está uma oportunidade de melhoria que, sem a análise provocada pelo BSC, dificilmente seria identificada.
•No caso, essa melhoria seria a implementação de um data warehouse e de rotinas de análise e tratamento de dados, o que
indiretamente leva à melhoria na própria gestão da informação.
•Toda empresa é, na verdade, a soma dos esforços de cada um de seus líderes e colaboradores.
•Nesse caso, quanto mais completa for a análise do cenário em que a empresa se encontra, mais preciso será o
diagnóstico da sua situação.
•Claro que dados contábeis e financeiros continuam sendo fundamentais, mas é um erro deixar de lado o fator
humano, o mercado e os processos quando estão em jogo os objetivos de um negócio.
•É por essa razão que o BSC traz como vantagem adicional a incorporação de análises muito mais abrangentes.
•ROI (Return on Investment) é hoje uma das siglas mais conhecidas no ambiente corporativo.
•Esse indicador mede o retorno alcançado com base no valor que foi investido.
•Basta subtrair o investimento pelo ganho obtido e depois dividir o resultado pelo investimento.
•Assim:
•Nesse caso, portanto, o resultado é positivo, uma vez que o ganho foi superior ao valor investido.
•O ROI pode ser aplicado em qualquer ocasião em que o objetivo seja avaliar se o desempenho superou o custo.
•Ao contrário do ROI, que pode ser usado para diversas situações, o EVA (Economic Value Added) é um
indicador que mede o desempenho financeiro da empresa a partir da riqueza agregada.
•Assim, leva em conta o resultado obtido no total menos os custos e despesas, além do capital investido.
•O EVA é usado, normalmente, para analisar se a empresa está gerando lucro ou prejuízo para os acionistas.
•Bastante usado pela área de Marketing e Vendas, o ticket médio indica o valor médio que um cliente gasta na sua empresa.
•Para chegar a esse número, é preciso somar o faturamento do período estipulado e dividi-lo pela quantidade de vendas
efetuadas.
•Dessa forma:
•O ticket médio ajuda a empresa a enxergar se os produtos mais vantajosos estão sendo vendidos e, com isso, pensar em
estratégias para aumentar os lucros.
•Se a sua empresa possui serviços com monetização baseada em mensalidades, é fundamental incluir este indicador na
sua rotina.
•O churn rate mensura a quantidade de clientes que foram perdidos durante determinado período de tempo.
•Basta dividir os cancelamentos pelos clientes atuais para obter a taxa e multiplicar por 100, como mostra o exemplo:
•Em comparação com os demais indicadores que já mostrei até aqui, este não utiliza nenhuma fórmula de cálculo.
•O caminho para descobrir a aceitação do público sobre o seu produto ou serviço é a pesquisa de opinião.
•Seja qual for o método utilizado, o importante é questionar os seus clientes de forma clara, encorajando-os a
responder com sinceridade.