O Sujeito Lacaniano
O Sujeito Lacaniano
O Sujeito Lacaniano
O Eu é um Outro
Cap. 1 – Linguagem e Alteridade
Freud x Lacan
Lacan nunca faz do inconsciente uma instância; este
permanece um discurso divorciado do consciente e do
envolvimento subjetivo – o discurso do Outro – mesmo
quando ele interrompe o discurso do eu que está
baseado em um falso sentido de self. Ao encarar a
subjetividade no inconsciente de Freud como um furo,
interrupção ou irrupção no discurso e em outras
atividades “intencionais”, de forma alguma trata-se da
especificidade do sujeito de Lacan.
O sujeito cartesiano e seu inverso
(p.64)
O que é mais notável a respeito do sujeito freudiano é que ele
desponta apenas para desaparecer quase instantaneamente.
Lacan ressalta que o sujeito de Descartes – o cogito – tem uma
existência igualmente efêmera. O sujeito cartesiano conclui que
ele é toda vez que diz para si mesmo, “Eu penso”. Ele precisa
repetir isso para convencer-se de que existe. E, tão logo, pare de
repetir essas palavras, sua convicção inevitavelmente se evapora.
Descartes é capaz de assegurar uma existência mais permanente
para o sujeito através da introdução de Deus – a garantia de
tantas coisas no universo cartesiano – mas Lacan concentra sua
análise na natureza pontual e evanescente do sujeito cartesiano.
O sujeito cartesiano e seu inverso
(p.64)