Cuidados Ao RN No AC
Cuidados Ao RN No AC
Cuidados Ao RN No AC
Ministério da Saúde
ALOJAMENTO CONJUNTO
HISTÓRICO
Partos domiciliares
Resultados positivos de sobrevida dos RN (PT) RN manuseados exclusivamente por pessoal hospitalar, sem visita,
horários para ser levado à mãe
instituídos os berçários
HISTÓRICO
Possibilitar o
Orientar e incentivar a
acompanhamento da Reduzir a ansiedade da
amamentação sem rigidez de mãe (ou pais) na Facilitar a
mãe (ou pais) frente a
horário visando esclarecer às observação de seu comunicação com a
dúvidas da mãe e incentivá-la experiência
filho, visando equipe de saúde
nos momentos de vivenciadas
insegurança esclarecer dúvidas
Segundo as Normas Básicas para Alojamento Conjunto aprovadas pelo Ministério da Saúde,6 todo
binômio mãe-filho, com as características descritas a seguir, deve permanecer em alojamento
conjunto até a alta hospitalar:
Mães livres de condições que impossibilitem ou contra-indiquem o contato com os RN.
RN com boa vitalidade, capacidade de sucção e controle térmico (RN > 2.000g, > 35 sem,
Apgar > 6 no 5º min)
Dentre as atribuições da equipe de saúde no alojamento conjunto estão:
Encorajar o aleitamento materno sob livre demanda
NORMAS BÁSICAS DO AC
Boas-vindas
Checagem de pulseiras
ADMISSÃO DO Acomodação no leito
BINÔMIO NO Leitura de prontuário
Primeiras orientações
Promover conforto
JÁ SE Avaliação materna
ENCONTRA NO Avaliação do RN
Avaliar puérpera
Condições emocionais
Condições físicas
Possibilidade de autocuidado
Nível de compreensão de
orientações
Apoio familiar
AVALIAÇÃO DO
BINÔMIO
Avaliação do RN
Exame físico completo
Amamentação
Vínculo
Cuidado
Choro Eliminações
Interação com o RN
Adequação de roupas
Posicionamento do RN para
Adequação do ambiente
COMPORTAMENTO
Interação com o bebê Seguir um objeto com os olhos e, às vezes, virar a cabeça
se colocados de encontro a seu tórax. Dessa maneira eles em especial a da mãe, e pelos sons agudos
Reconhecer e mostrar interesse por cores primárias Imitar expressões faciais logo após o nascimento
AMAMENTAÇÃO
Perda de peso
HU: pesar novamente se perda > 100g
Sinais de fome
Soluço
Náusea
Êmese
Engasgo
Cólica
PELE E UNHAS
Vérnix
Ressecamento
Eritema tóxico
Unha
RESPIRAÇÃO
Padrão respiratório
Sinais de desconforto
Espirros / tosse
Cuidados com o coto
Álcool 70% e cotonete
Frequência
Limpeza da base para o clamp
Tempo de queda
Sinais de alerta
Cuidados após queda
Atentar para sinais
flogísticos,
principalmente odor e
rubor
Higiene do Coto umbilical
https://www.youtube.com/watch?v=HC4OQ1WljoI
DIURESE
Troca de fralda (6 a
12/dia)
Higiene
Cristais de urato
Secreção vaginal e pseudomenstruação
DIGESTÃO
Mecônio
♥Desvantagens:
Precisa lavar
Investimento inicial alto
Carregar a fralda suja ao sair
ORIENTAÇÕES
Prevenção da dermatite
ORIENTAÇÕES
Banho
Frequência
Produtos higiene
Camomila, aveia
https://videos.bol.uol.com.br/
video/aprenda-a-dar-um-banh
o-humanizado-no-recemnasci
do-04020E9B3260E0915326?
debug=true
O banho do bebê: como fazer
https://tv.uol/cFIV
https://tv.uol/12766
https://videos.bol.uol.com.br/video/o-primeiro-banho-de-uma-recemnascida-04024E19326CD4A15326
COMPORTAMENTO
Comportamento normal do RN
Pode variar > cada bebê é único
Mamar com frequência, sem horários pré-estabelecidos
Choro
Trocar o dia pela noite
Exterogestação
Colo, Sling
Como fazer o wrap ou charutinho de
bebê
https://www.youtube.com/watch?v=w-QiMt0UiDI
https://www.youtube.com/watch?v=cn52BHFbXdE
OUTROS CUIDADOS
Está bem documentada a associação entre síndrome da morte súbita do lactente e posição prona
Existe temor entre pais e profissionais de saúde quanto à possibilidade de aspiração dos bebês quando colocados em decúbito dorsal. No entanto,
estudos mostram que não houve aumento da frequência de aspiração após a recomendação de colocar as crianças para dormir nessa posição
Acompanhamento da criança
Toda criança deveria sair da maternidade com a primeira consulta agendada em um serviço de saúde ou consultório, de preferência na primeira
semana de vida, segundo recomendação do Ministério da Saúde.
Os responsáveis pela criança devem ser orientados quanto à importância do Teste do Pezinho, que idealmente deve ser realizado entre o terceiro
e sétimo dia de vida.
A Caderneta de Saúde da Criança, do Ministério da Saúde,19 é uma importante ferramenta para o acompanhamento do crescimento e
desenvolvimento da criança e o cumprimento do calendário vacinal nas datas recomendadas
TRIAGENS NEONATAIS
Agravos: hipotonia muscular, dificuldades respiratórias, cianose, icterícia prolongada, constipação, bradicardi
anemia, sonolência excessiva, choro rouco, alargamento de fontanelas, sopro cardíaco, dificuldade na alimentação,
crescimento pondero-estatural deficiente, atraso na dentição, retardo na maturação óssea, pele seca e sem
elasticidade, atraso de desenvolvimento neuropsicomotor e lesão neurológica.
terapia de reposição hormonal seja iniciada no tempo oportuno: momento ideal para o diagnóstico > período
neonatal
FENILCETONÚRIA
Agravos: atraso global do desenvolvimento neuropsicomotor (DNPM), deficiência mental, comportamento agitado
ou padrão autista, convulsões, alterações eletroencefalográficas e odor característico na urina
DOENÇA FALCIFORME
Afecção genética com defeito na estrutura da cadeia beta da hemoglobina quando expostas a determinadas
condições, como febre alta, baixa tensão de oxigênio, infecções etc.
O paciente afetado apresenta as seguintes alterações clínicas: anemia hemolítica, crises vaso-oclusivas, crises de
dor, insuficiência renal progressiva, acidente vascular cerebral, maior susceptibilidade a infecções e sequestro
esplênico
Podem ocorrer também alterações no desenvolvimento neurológico, com provável etiologia vaso-oclusiva de
sistema nervoso central
FIBROSE CÍSTICA
Afeta especialmente os pulmões e o pâncreas num processo obstrutivo causado pelo aumento da viscosidade do muco
Nos pulmões: bloqueio das vias aéreas propiciando a proliferação bacteriana (especialmente pseudomonas e estafilococos)
> infecção crônica, à lesão pulmonar e ao óbito por disfunção respiratória
Índice de mortalidade muito elevado: 10% dos pacientes ultrapassavam os 30 anos de idade
75% de sobrevida até o final da adolescência e de 50% até a terceira década de vida
Muitas crianças com Fibrose Cística não apresentam nenhum sinal ou sintoma da doença ao nascimento. Isso pode
perdurar por semanas, meses ou mesmo anos
Cerca de 5% a 10% dos pacientes afetados nascem com obstrução intestinal por mecônio, a qual pode ser visualizada já
na avaliação ultrassonográfica
Sintomas mais graves e complicações incluem a desnutrição, o diabetes, a insuficiência hepática e a osteoporose,
puberdade tardia, azoospermia em até 95% dos homens, e infertilidade em 20% das mulheres
HIPERPLASIA ADRENAL CONGÊNITA
As manifestações clínicas na HAC dependem da enzima envolvida e do grau de deficiência enzimática (total ou
parcial)
RN do sexo feminino: virilização da genitália externa aumento de clitóris, fusão labial em graus variáveis e
formação de seio urogenital
RN sexo masculino: diferenciação normal da genitália externa na vida intrauterina, embora também sejam
descritos casos com macrogenitossomia ao nascimento
DEFICIÊNCIA DE BIOTINIDASE
depleção da biotina endógena devido a uma incapacidade do organismo fazer a sua reciclagem ou de usar a
biotina ligada à proteína fornecida pela dieta
Manifesta-se a partir da sétima semana de vida, com distúrbios neurológicos e cutâneos, tais como crises
epiléticas, hipotonia, microcefalia, atraso do desenvolvimento neuropsicomotor, alopécia e dermatite eczematoide.
Nos pacientes com diagnóstico tardio observam-se distúrbios visuais, auditivos, assim como atraso motor e de
linguagem
TESTE DO PEZINHO AMPLIADO
Mais ou Ampliado: É oferecido gratuitamente na maioria dos hospitais e maternidades particulares. Pode
detectar até 10 doenças. Além das seis já detectadas pelo teste básico, também pode indicar deficiência de G-6-
PD, galactosemia, leucinose e toxoplasmose congênita.
Super ou Expandido: É o mais completo dos exames disponíveis no Brasil. Pode detectar até 48 doenças. É
oferecido apenas em laboratórios, hospitais e maternidades particulares.
PRINCIPAIS
INTERCORRÊNCIAS NO
PERÍODO NEONATAL:
ICTERÍCIA E HIPOGLICEMIA
ICTERÍCIA (HIPERBILIRRUBINEMIA)
Definida como a concentração sérica de bilirrubina indireta (BI) maior que 1,5 mg/dL ou de bilirrubina
direta (BD) maior que 1,5 mg/dL
98% dos apresentam níveis séricos de BI acima de 1mg/dL durante a primeira semana de vida >
adaptação neonatal ao metabolismo da bilirrubina > hiperbilirrubinemia fisiológica
termo reservado à forma crônica da doença, com sequelas clínicas permanentes resultantes da
toxicidade da bilirrubina
ICTERÍCIA
antes de 24 horas de vida (precoce) deve ser considerada patológica e necessita de avaliação rigorosa
após 24 horas de vida (tardia) e a área acometida restringir-se à face e tórax, pode tratar-se de icterícia
fisiológica, sendo necessária reavaliação periódica para observar se a área ictérica se estendeu além do umbigo
ou para as extremidades
Avaliação por profissional experiente e ambiente iluminado
ICTERÍCIA
HIPOGLICEMIA Irritabilidade
Letargia
Crises de apneia, cianose, bradicardia
Taquipneia
Hipotermia
Crises convulsivas
HIPOGLICEMIA
Prevenção
Estímulo e o apoio ao início precoce da amamentação é uma importante estratégia para garantir aporte
necessário de calorias aos RN
Nas primeiras 24 horas de vida, a produção de colostro pela mãe ainda é baixa, mesmo naquelas que terão
sucesso na amamentação. Essa situação, entretanto, não representa qualquer risco para o RN a termo com peso
adequado para a idade gestacional > possuem reservas suficientes de carboidratos e são capazes de lançar mão
de mecanismos de controle da glicemia plasmática, o que pode não ocorrer nas crianças dos grupos de risco
HIPOGLICEMIA
Controle
Manejo
RN assintomático com glicemia baixa (entre 25 e 45 mg/dL): alimentar a criança, preferencialmente com leite materno.
Repetir a dosagem da glicemia em 30 – 60 minutos
RN sintomático ou com glicemia inferior a 25 mg/dL: UCIN para receber infusão de solução glicosada, repetir glicemia
novamente após 30 minutos e de hora em hora até que os níveis se mantenham estáveis e adequados
BOAS PRÁTICAS NO AC
BOAS PRÁTICAS NO AC
Acolhimento
O profissional de saúde deve prover atendimento humanizado e seguro às mulheres, RN, acompanhantes,
familiares e visitantes, e ser capaz de acolhê-los.
Acolher implica em recepcionar o usuário, desde sua chegada, responsabilizando-se integralmente por ele, ouvindo suas
queixas, permitindo que ele expresse suas preocupações e angústias, e dando-lhe respostas adequadas
Um dos princípios básicos do acolhimento é reconhecer o usuário como sujeito e participante ativo do processo,
valorizando as suas experiências, saberes e visão de mundo
Comunicação
Aconselhar não significa dizer o que o outro deve fazer; significa, por meio de diálogo, ajudá-lo, de forma empática, a
tomar decisões, após ouvi-lo, entendê-lo e discutir os prós e contras das opções
BOAS PRÁTICAS NO AC
Praticar a comunicação não verbal (por meio de gestos e expressões faciais). Por exemplo, sorrir, como sinal de
acolhimento; balançar a cabeça afirmativamente, como sinal de interesse; tocar na mulher ou no bebê, quando
apropriado, como sinal de empatia.
Remover barreiras físicas como mesa e papéis, promovendo maior aproximação entre o profissional de saúde,
as pessoas a quem ele assiste e seus acompanhantes.
Dar espaço para a mulher se expressar. Para isso, é necessário ouvir, prestando atenção no que ela está dizendo
e em seu significado.Algumas mulheres têm dificuldades de se expressar
Demonstrar empatia, ou seja, mostrar à mulher que seus sentimentos são compreendidos, colocando-a no centro
da situação e da atenção do profissional. Por exemplo, quando a mulher relata que está muito cansada, o
profissional pode comentar que entende porque ela está se sentindo assim
BOAS PRÁTICAS NO AC
Evitar palavras que soam como julgamentos, como “certo”,“errado”,“bem”,“mal” etc. Por exemplo, em vez de
perguntar à mãe se ela está amamentando bem, seria mais apropriado perguntar como ela está alimentando o seu filho.
Aceitar e respeitar os sentimentos e as opiniões das mães, sem, no entanto, precisar concordar ou discordar do
que ela pensa. Por exemplo, se uma mãe afirma que não tem leite, o profissional pode responder dizendo que entende
sua preocupação. E pode complementar esclarecendo sobre o tempo necessário para a “descida do leite”
Reconhecer e elogiar as situações em que a mãe e o bebê estão indo bem, por exemplo, quando a mãe atende
prontamente o bebê. Esta atitude aumenta a confiança da mãe, encoraja-a a manter práticas saudáveis e facilita sua
aceitação a sugestões
Oferecer poucas informações em cada aconselhamento, as mais importantes para cada momento.
Oferecer ajuda prática como, por exemplo, ajudar a mãe a encontrar uma posição confortável para amamentar
DÚVIDAS?
REFERÊNCIAS
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Ações Programáticas Estratégicas.
Atenção à saúde do recém-nascido : guia para os profissionais de saúde / Ministério da Saúde, Secretaria de
Atenção à Saúde, Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. – 2. ed. atual.– Brasília : Ministério da
Saúde, 2014. 4 v. : il. Conteúdo: v. 1. Cuidados gerais. v. 2. Intervenções comuns, icterícia e infecções. v. 3. Problemas
respiratórios, cardiocirculatórios, metabólicos, neurológicos, ortopédicos e dermatológicos.
Duarte ED, Braga PP. Anamnese e exame físico do recém-nascido.Proenf.. Saúde maternal e neonatal. SESCAD
BRASIL, MINISTÉRIO DA SAÚDE Secretaria do Estado da Saúde. Manual de Neonatologia,Brasil, 2015.
BRASIL, MINISTÉRIO DA SAÚDE, "Normas Básicas para Alojamento Conjunto", Portaria MS/GM no 1.016, 26 de
agosto de 1993. DOU no 167 de 1/9/93, seção I, p. 13.066.
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção a Saúde. Departamento de Atenção Especializada e Temática.
Triagem neonatal biológica: manual técnico / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção a Saúde, Departamento
de
Atenção Especializada e Temática. – Brasília: Ministério da Saúde, 2016.
MUITO OBRIGADA! [email protected]