Cuidados Ao RN No AC

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CUIDADOS AO RN NO AC :

TRIAGEM NEONATAL, HIPOGLICEMIA E ICTERÍCIA


PROFª PAMELA NAKAZONE
ALOJAMENTO  Alojamento Conjunto é o sistema hospitalar em que o
recém-nascido sadio, logo após o nascimento, permanece
CONJUNTO com a mãe, 24h por dia, num mesmo ambiente, até a alta
hospitalar.

Ministério da Saúde
ALOJAMENTO CONJUNTO
HISTÓRICO

Partos domiciliares

Primeiros hospitais (1890), berços junto à mãe

normas rígidas de isolamento (altas taxas de


Século XX, os hospitais-maternidades passaram a mortalidade infantil devido as epidemias de
ser dotados de enfermarias próprias para RN > diarreias e de doenças respiratórias, e outras
chamadas de berçários patologias consideradas infecciosas)

Resultados positivos de sobrevida dos RN (PT) RN manuseados exclusivamente por pessoal hospitalar, sem visita,
horários para ser levado à mãe
instituídos os berçários
HISTÓRICO

Anos 40-50: primeiras propostas de Unidades menores,infecções cruzadas,grandes


epidemias de diarréia infecciosa e altas taxas de
modificação deste esquema de assistência mortalidade

Década de 70-80: experiências sobre o


comportamento materno da separação mãe- Programas de alojamento conjunto
filho

1983: Resolução n0 18/INAMPS - normas e tornou obrigatória a permanência do filho ao


lado da mãe, 24h por dia, através do sistema de alojamento conjunto
HISTÓRICO

1985: Programa de reorientação da assistência obstétrica e pediátrica


• normas básicas de sistema de alojamento conjunto

Anos 90: Instituto Nacional de Alimentação e Nutrição (INAN), com


apoio da UNICEF: apontaram que 47% das 667 unidades pesquisadas
desconhecia a Resolução INAMPS 18/83.

Considerou-se fundamental a permanência do bebê junto mãe, e as


orientações adequadas por parte da equipe de saúde através das ações
educativas, com adequação à realidade local de cada serviço de saúde
 Dispõe sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente e dá
outras providências.
 Art. 10. Os hospitais e demais estabelecimentos de atenção à
saúde de gestantes, públicos e particulares,são obrigados a:
 I - manter registro das atividades desenvolvidas, através de
prontuários individuais, pelo prazo de dezoito anos;

ECA - LEI Nº  II - identificar o recém-nascido mediante o registro de sua


impressão plantar e digital e da impressão digital da mãe, sem
prejuízo de outras formas normatizadas pela autoridade
8.069 DE 13 DE administrativa competente;
 III - proceder a exames visando ao diagnóstico e terapêutica de
JULHO DE anormalidades no metabolismo do recém-nascido, bem como
prestar orientação aos pais;

1990  IV - fornecer declaração de nascimento onde constem


necessariamente as intercorrências do parto e do
desenvolvimento do neonato;
 V - manter alojamento conjunto, possibilitando ao
neonato a permanência junto à mãe.
 VI - acompanhar a prática do processo de amamentação,
prestando orientações quanto à técnica adequada, enquanto a
mãe permanecer na unidade hospitalar, utilizando o corpo
técnico já existente. (Incluído pela Lei nº 13.436, de 2017)
(Vigência)
OBJETIVOS DO ALOJAMENTO CONJUNTO

Aumentar os índices Estabelecer vínculo Reduzir o índice de Estimular a


de Aleitamento afetivo entre mãe e infecção hospitalar participação do pai no
Materno filho cruzada cuidado com RN

Possibilitar o
Orientar e incentivar a
acompanhamento da Reduzir a ansiedade da
amamentação sem rigidez de mãe (ou pais) na Facilitar a
mãe (ou pais) frente a
horário visando esclarecer às observação de seu comunicação com a
dúvidas da mãe e incentivá-la experiência
filho, visando equipe de saúde
nos momentos de vivenciadas
insegurança esclarecer dúvidas
 Segundo as Normas Básicas para Alojamento Conjunto aprovadas pelo Ministério da Saúde,6 todo
binômio mãe-filho, com as características descritas a seguir, deve permanecer em alojamento
conjunto até a alta hospitalar:
 Mães livres de condições que impossibilitem ou contra-indiquem o contato com os RN.
 RN com boa vitalidade, capacidade de sucção e controle térmico (RN > 2.000g, > 35 sem,
Apgar > 6 no 5º min)
 Dentre as atribuições da equipe de saúde no alojamento conjunto estão:
 Encorajar o aleitamento materno sob livre demanda

NORMAS BÁSICAS DO AC
 Boas-vindas

 Checagem de pulseiras
ADMISSÃO DO  Acomodação no leito
BINÔMIO NO  Leitura de prontuário

AC,  Aferição de SSVV (4/4h)

PROVENIENTE  Avaliação contínua do binômio

DO CO  Protocolo de prevenção de quedas

 Primeiras orientações

 Promover conforto

 Aprazamento de prescrição e SAE


 Leitura do prontuário

AVALIAÇÃO DE  Apresentação / Comunicação

BINÔMIO QUE  Checagem de pulseiras

JÁ SE  Avaliação materna

ENCONTRA NO  Avaliação do RN

AC  Realização de triagens neonatais

 Aprazamento de prescrição e SAE


AVALIAÇÃO DO
BINÔMIO

 Avaliar puérpera
 Condições emocionais
 Condições físicas
 Possibilidade de autocuidado
 Nível de compreensão de
orientações
 Apoio familiar
AVALIAÇÃO DO
BINÔMIO

 Avaliação do RN
 Exame físico completo
 Amamentação
 Vínculo
 Cuidado

Permitir que os pais participem


ativamente desse processo!
HU

 Após 6h, RN levado ao ‘berçarinho’


 1º banho
 Vacina Hepatite B - VL coxa D
 glicose VO
 Vitamina K – 1mL VO
 Sinais de fome dormir

 Choro  Eliminações

 Acolhimento  Cuidados de higiene (fralda e


banho)
 Exterogestação, sucção não
nutritiva  Icterícia

ORIENTAÇÕES  Aleitamento materno exclusivo e  Hipoglicemia


em livre demanda
 Produção láctea
 Cuidados com as mamas, pega
 Perda de peso/ ganho de peso
 Posicionamento
 Cuidados com o coto umbilical
 Bicos artificiais
 Náusea, êmese e engasgo

 Interação com o RN
 Adequação de roupas
 Posicionamento do RN para
 Adequação do ambiente
COMPORTAMENTO

Interação com o bebê  Seguir um objeto com os olhos e, às vezes, virar a cabeça

 A interação entre a mãe e seu bebê nos primeiros dias


em sua direção

 Distinguir tipos de sons, com preferência pela voz humana,


 Ir ao encontro da mama da mãe logo após o nascimento,

se colocados de encontro a seu tórax. Dessa maneira eles em especial a da mãe, e pelos sons agudos

decidem por si o momento da primeira mamada, que  Determinar a direção do som


ocorre em média aos 40 minutos de vida.
 Reconhecer e distinguir diferentes cheiros
 Reconhecer a face da mãe após quatro horas de vida
 Com um ou dois dias de vida reconhecem o cheiro da
 Fazer contato visual mãe

 Reconhecer e mostrar interesse por cores primárias  Imitar expressões faciais logo após o nascimento
AMAMENTAÇÃO

Amamentação  Prevenção de problemas relacionados à amamentação

 Importância do aleitamento materno  Manutenção de hábitos saudáveis da mãe tais como


alimentação e ingestão líquida adequadas e restrição ao
 Desvantagens da introdução precoce de qualquer
uso de fumo, drogas, bebidas alcoólicas e
outro alimento, solido ou líquido
medicamentos não prescritos, entre outros
 Recomendação quanto à duração da amamentação
 Ordenha do leite
 Importância do aleitamento materno sob livre
 Boa técnica de amamentação
demanda
 Uso de bicos artificiais
 Flexibilidade quanto ao tempo de permanência na
mama em cada mamada
DIGESTÃO E OUTROS

 Perda de peso
 HU: pesar novamente se perda > 100g
 Sinais de fome
 Soluço
 Náusea
 Êmese
 Engasgo
 Cólica
PELE E UNHAS

 Vérnix
 Ressecamento
 Eritema tóxico
 Unha
RESPIRAÇÃO

 Padrão respiratório
 Sinais de desconforto
 Espirros / tosse
 Cuidados com o coto
 Álcool 70% e cotonete
 Frequência
 Limpeza da base para o clamp
 Tempo de queda
 Sinais de alerta
 Cuidados após queda
Atentar para sinais
flogísticos,
principalmente odor e
rubor
Higiene do Coto umbilical

https://www.youtube.com/watch?v=HC4OQ1WljoI
DIURESE

 Troca de fralda (6 a
12/dia)
 Higiene
 Cristais de urato
 Secreção vaginal e pseudomenstruação
DIGESTÃO

 Mecônio

 Fezes Transicionais: 2 - 3º dia após o início da


amamentação

 Fezes do Leite: 4º dia

 Nos RN em AM: fezes são amarelas a douradas,


pastosa e cheiro semelhante ao do leite azedo

 Nos RN alimentados com F LT: amarelo-claras a


marrons, consistência mais firme e odor mais forte
Troca de fraldas
https://www.youtube.com/watch?v=6IQipCOMzxU
Fraldas ecológicas
♥Vantagens:
Ecológica (parte descartável é
biodegradável)
Dificilmente causam
assaduras ou alergias
Economia a longo prazo

♥Desvantagens:
Precisa lavar
Investimento inicial alto
Carregar a fralda suja ao sair
ORIENTAÇÕES

 Prevenção da dermatite
ORIENTAÇÕES
 Banho
 Frequência
 Produtos higiene
 Camomila, aveia

 https://videos.bol.uol.com.br/
video/aprenda-a-dar-um-banh
o-humanizado-no-recemnasci
do-04020E9B3260E0915326?
debug=true
O banho do bebê: como fazer

https://tv.uol/cFIV
https://tv.uol/12766
https://videos.bol.uol.com.br/video/o-primeiro-banho-de-uma-recemnascida-04024E19326CD4A15326
COMPORTAMENTO

Comportamento normal do RN
 Pode variar > cada bebê é único
 Mamar com frequência, sem horários pré-estabelecidos
 Choro
 Trocar o dia pela noite
 Exterogestação
Colo, Sling
Como fazer o wrap ou charutinho de
bebê

https://www.youtube.com/watch?v=w-QiMt0UiDI
https://www.youtube.com/watch?v=cn52BHFbXdE
OUTROS CUIDADOS

Posição da criança para dormir

 Está bem documentada a associação entre síndrome da morte súbita do lactente e posição prona

 Existe temor entre pais e profissionais de saúde quanto à possibilidade de aspiração dos bebês quando colocados em decúbito dorsal. No entanto,
estudos mostram que não houve aumento da frequência de aspiração após a recomendação de colocar as crianças para dormir nessa posição

Acompanhamento da criança

 Toda criança deveria sair da maternidade com a primeira consulta agendada em um serviço de saúde ou consultório, de preferência na primeira
semana de vida, segundo recomendação do Ministério da Saúde.

 Os responsáveis pela criança devem ser orientados quanto à importância do Teste do Pezinho, que idealmente deve ser realizado entre o terceiro
e sétimo dia de vida.

 A Caderneta de Saúde da Criança, do Ministério da Saúde,19 é uma importante ferramenta para o acompanhamento do crescimento e
desenvolvimento da criança e o cumprimento do calendário vacinal nas datas recomendadas
TRIAGENS NEONATAIS

Teste do coraçãozinho Teste do pezinho –


Teste do reflexo Teste da orelhinha –
Teste da linguinha – Triagem para Triagem neonatal –
vermelho Triagem auditiva
cardiopatia congênita PTN
 Visa detectar a catarata congênita
 Realizado antes da alta da maternidade ou dentro da primeira semana
TESTE DO de vida
REFLEXO  Normal quando se visualiza o reflexo vermelho através da pupila,
observado em fotografias com flash
VERMELHO
 Ausência do reflexo indica opacidade nos meios ópticos
 Profissional: médico ou enfermeiro
TESTE DA LINGUINHA

 Teste da Linguinha), obrigatório


segundo a Lei nº 13.002/2014, é
um procedimento utilizado para a
detecção da anquiloglossia, uma
alteração no tecido que se estende
da língua até a cavidade inferior da
boca
 Profissional: fonoaudiólogo,
médicos e enfermeiros habilitados
CONTROVERSO
TRIAGEM AUDITIVA

 Visa a detecção precoce da perda (total ou parcial) da audição


 Deve ser realizado na maternidade ou nas unidades de saúde nos primeiros meses de vida
 O Exame de Emissão Otoacústica Evocada - EOA é o método de escolha por ser simples, de rápida
realização e poder ser feito durante o sono, não exigindo sedação
 Profissional: fonoaudiólogo
TRIAGEM PARA C ARDIOPATIA CONGÊNITA

 Visa à identificação antecipada das Cardiopatias


antes da alta hospitalar minimizando assim a
morbidade e mortalidade associadas ao diagnóstico
tardio
 RN internados com idade entre 24 e 48 horas de
vida, IG>34 semanas, aparentemente saudáveis, sem
diagnostico prévio e sem sinais clínicos que
indiquem a presença de cardiopatia congênita
 Profissionais: médicos e equipe de enfermagem
habilitada
FLUXOGRAMA TESTE
DO
CORAÇÃOZINHO
TESTE DO PEZINHO

 PORTARIA GM/MS Nº 822 DE 6 DE JUNHO DE 2001 CRIOU O PROGRAMA NACIONAL


DE TRIAGEM NEONATAL (PNTN)
 Prevê o diagnóstico de quatro doenças
 Hipotireoidismo Congênito
 Fenilcetonúria
 Doença falciforme
 Fibrose Cística
 Hiperplasia adrenal congênita
 Deficiência de biotinidase
 Ação preventiva que permite diagnosticar diversas
doenças congênitas ou infecciosas, assintomáticas no
TRIAGEM período neonatal. Desta forma, é possível instituir
NEONATAL: tratamento precoce específico e a diminuição ou

TESTE DO eliminação das sequelas associadas à cada doença.


Momento ideal para a coleta entre o 3º e o 7º dia de vida,
PEZINHO não inferior a 48 horas de alimentação protéica
(amamentação) nem superior a 30 dias
HIPOTIREOIDISMO CONGÊNITO

 Considerado uma emergência pediátrica

 Incapacidade da glândula tireoide do RN em produzir quantidades adequadas de hormônios, que resulta em


redução generalizada dos processos metabólicos

 Agravos: hipotonia muscular, dificuldades respiratórias, cianose, icterícia prolongada, constipação, bradicardi
anemia, sonolência excessiva, choro rouco, alargamento de fontanelas, sopro cardíaco, dificuldade na alimentação,
crescimento pondero-estatural deficiente, atraso na dentição, retardo na maturação óssea, pele seca e sem
elasticidade, atraso de desenvolvimento neuropsicomotor e lesão neurológica.

 terapia de reposição hormonal seja iniciada no tempo oportuno: momento ideal para o diagnóstico > período
neonatal
FENILCETONÚRIA

 A Fenilcetonúria (PKU) é um dos erros inatos do metabolismo

 Defeito metabólico causado pela enzima Fenilalanina Hidroxilase

 Acúmulo do aminoácido Fenilalanina (FAL) no sangue e ao aumento da Fenilalanina e da excreção urinária de


Ácido Fenilpirúvico

 Doença genética a ter tratamento estabelecido com terapêutica dietética específica

 Agravos: atraso global do desenvolvimento neuropsicomotor (DNPM), deficiência mental, comportamento agitado
ou padrão autista, convulsões, alterações eletroencefalográficas e odor característico na urina
DOENÇA FALCIFORME

 Afecção genética com defeito na estrutura da cadeia beta da hemoglobina quando expostas a determinadas
condições, como febre alta, baixa tensão de oxigênio, infecções etc.

 O paciente afetado apresenta as seguintes alterações clínicas: anemia hemolítica, crises vaso-oclusivas, crises de
dor, insuficiência renal progressiva, acidente vascular cerebral, maior susceptibilidade a infecções e sequestro
esplênico

 Podem ocorrer também alterações no desenvolvimento neurológico, com provável etiologia vaso-oclusiva de
sistema nervoso central
FIBROSE CÍSTICA
 Afeta especialmente os pulmões e o pâncreas num processo obstrutivo causado pelo aumento da viscosidade do muco

 Nos pulmões: bloqueio das vias aéreas propiciando a proliferação bacteriana (especialmente pseudomonas e estafilococos)
> infecção crônica, à lesão pulmonar e ao óbito por disfunção respiratória

 No pâncreas: perda de enzimas digestivas, levando à má nutrição

 Índice de mortalidade muito elevado: 10% dos pacientes ultrapassavam os 30 anos de idade

 75% de sobrevida até o final da adolescência e de 50% até a terceira década de vida

 Muitas crianças com Fibrose Cística não apresentam nenhum sinal ou sintoma da doença ao nascimento. Isso pode
perdurar por semanas, meses ou mesmo anos

 Cerca de 5% a 10% dos pacientes afetados nascem com obstrução intestinal por mecônio, a qual pode ser visualizada já
na avaliação ultrassonográfica

 Sintomas mais graves e complicações incluem a desnutrição, o diabetes, a insuficiência hepática e a osteoporose,
puberdade tardia, azoospermia em até 95% dos homens, e infertilidade em 20% das mulheres
HIPERPLASIA ADRENAL CONGÊNITA

 Deficiências enzimáticas na síntese dos esteróides adrenais

 As manifestações clínicas na HAC dependem da enzima envolvida e do grau de deficiência enzimática (total ou
parcial)

 RN do sexo feminino: virilização da genitália externa aumento de clitóris, fusão labial em graus variáveis e
formação de seio urogenital

 RN sexo masculino: diferenciação normal da genitália externa na vida intrauterina, embora também sejam
descritos casos com macrogenitossomia ao nascimento
DEFICIÊNCIA DE BIOTINIDASE

 Defeito no metabolismo da biotina > gorduras, carboidratos e proteínas

 depleção da biotina endógena devido a uma incapacidade do organismo fazer a sua reciclagem ou de usar a
biotina ligada à proteína fornecida pela dieta

 Manifesta-se a partir da sétima semana de vida, com distúrbios neurológicos e cutâneos, tais como crises
epiléticas, hipotonia, microcefalia, atraso do desenvolvimento neuropsicomotor, alopécia e dermatite eczematoide.

 Nos pacientes com diagnóstico tardio observam-se distúrbios visuais, auditivos, assim como atraso motor e de
linguagem
TESTE DO PEZINHO AMPLIADO

 Mais ou Ampliado: É oferecido gratuitamente na maioria dos hospitais e maternidades particulares. Pode
detectar até 10 doenças. Além das seis já detectadas pelo teste básico, também pode indicar deficiência de G-6-
PD, galactosemia, leucinose e toxoplasmose congênita.

 Super ou Expandido: É o mais completo dos exames disponíveis no Brasil. Pode detectar até 48 doenças. É
oferecido apenas em laboratórios, hospitais e maternidades particulares.
PRINCIPAIS
INTERCORRÊNCIAS NO
PERÍODO NEONATAL:

ICTERÍCIA E HIPOGLICEMIA
ICTERÍCIA (HIPERBILIRRUBINEMIA)

 Definida como a concentração sérica de bilirrubina indireta (BI) maior que 1,5 mg/dL ou de bilirrubina
direta (BD) maior que 1,5 mg/dL

 98% dos apresentam níveis séricos de BI acima de 1mg/dL durante a primeira semana de vida >
adaptação neonatal ao metabolismo da bilirrubina > hiperbilirrubinemia fisiológica

 Hiperbilirrubinemia patológica: concentrações elevadas de bilirrubinas lesivas ao cérebro, instalando-se


o quadro de encefalopatia bilirrubínica > kernicterus

 termo reservado à forma crônica da doença, com sequelas clínicas permanentes resultantes da
toxicidade da bilirrubina
ICTERÍCIA

 Clinicamente visível quando os níveis séricos de bilirrubina estão acima de 4-5mg/dL

 Gravidade relacionada ao momento do aparecimento e a sua intensidade

 antes de 24 horas de vida (precoce) deve ser considerada patológica e necessita de avaliação rigorosa

 após 24 horas de vida (tardia) e a área acometida restringir-se à face e tórax, pode tratar-se de icterícia
fisiológica, sendo necessária reavaliação periódica para observar se a área ictérica se estendeu além do umbigo
ou para as extremidades
 Avaliação por profissional experiente e ambiente iluminado
ICTERÍCIA

 A figura mostra a classificação do grau


de icterícia, baseada na inspeção do RN

 Auxilia na estimativa empírica dos


níveis de bilirrubina no sangue e pode
ser útil principalmente nos locais onde
não há disponibilidade de dosagens
laboratoriais
ICTERÍCIA
ICTERÍCIA
FOTOTERAPIA
 Definição clínica de hipoglicemia inclui:

• Níveis de glicose plasmática inferiores a 45 mg/dL

HIPOGLICEMIA • Sinais clínicos

• Desaparecimento dos sinais com a correção da glicemia

 Pode produzir dano cerebral irreversível – principal fonte de


energia do neurônio (corpos cetônicos transformam-se em substrato
energético alternativo)
HIPOGLICEMIA

Fatores de risco (aumento da utilização da glicose e diminuição de reservas)


 Baixo peso ao nascer
 RN GIG (incidência 8,1%)
 RN PIG (incidência15%)
 Filhos de mãe diabética
 Portadores de eritroblastose fetal
 Uso materno de tocolíticos

 Situações de estresse (asfixia, sepse, hipotermia, dificuldade respiratória grave)


Manifestações clínicas
 Em muitos casos é assintomática (diagnóstico diferencial)
 Inespecíficas e confundem-se com outras doenças do RN
 Tremores
 Hipotonia

HIPOGLICEMIA  Irritabilidade
 Letargia
 Crises de apneia, cianose, bradicardia
 Taquipneia
 Hipotermia
 Crises convulsivas
HIPOGLICEMIA

Prevenção

 Estímulo e o apoio ao início precoce da amamentação é uma importante estratégia para garantir aporte
necessário de calorias aos RN

 Nas primeiras 24 horas de vida, a produção de colostro pela mãe ainda é baixa, mesmo naquelas que terão
sucesso na amamentação. Essa situação, entretanto, não representa qualquer risco para o RN a termo com peso
adequado para a idade gestacional > possuem reservas suficientes de carboidratos e são capazes de lançar mão
de mecanismos de controle da glicemia plasmática, o que pode não ocorrer nas crianças dos grupos de risco
HIPOGLICEMIA

Controle

 RN GIG - dosar glicemia com 1, 2, 4, 8, 12 e 24 horas de vida

 RN PIG- dosar glicemia com 2, 4, 6, 12, 24, 48 e 72 horas de vida

Manejo

 RN assintomático com glicemia baixa (entre 25 e 45 mg/dL): alimentar a criança, preferencialmente com leite materno.
Repetir a dosagem da glicemia em 30 – 60 minutos

 RN sintomático ou com glicemia inferior a 25 mg/dL: UCIN para receber infusão de solução glicosada, repetir glicemia
novamente após 30 minutos e de hora em hora até que os níveis se mantenham estáveis e adequados
BOAS PRÁTICAS NO AC
BOAS PRÁTICAS NO AC

Acolhimento

 O profissional de saúde deve prover atendimento humanizado e seguro às mulheres, RN, acompanhantes,
familiares e visitantes, e ser capaz de acolhê-los.

 Acolher implica em recepcionar o usuário, desde sua chegada, responsabilizando-se integralmente por ele, ouvindo suas
queixas, permitindo que ele expresse suas preocupações e angústias, e dando-lhe respostas adequadas

 Um dos princípios básicos do acolhimento é reconhecer o usuário como sujeito e participante ativo do processo,
valorizando as suas experiências, saberes e visão de mundo

Comunicação

 Aconselhar não significa dizer o que o outro deve fazer; significa, por meio de diálogo, ajudá-lo, de forma empática, a
tomar decisões, após ouvi-lo, entendê-lo e discutir os prós e contras das opções
BOAS PRÁTICAS NO AC
 Praticar a comunicação não verbal (por meio de gestos e expressões faciais). Por exemplo, sorrir, como sinal de
acolhimento; balançar a cabeça afirmativamente, como sinal de interesse; tocar na mulher ou no bebê, quando
apropriado, como sinal de empatia.

 Remover barreiras físicas como mesa e papéis, promovendo maior aproximação entre o profissional de saúde,
as pessoas a quem ele assiste e seus acompanhantes.

 Usar linguagem simples, acessível a quem está ouvindo

 Dar espaço para a mulher se expressar. Para isso, é necessário ouvir, prestando atenção no que ela está dizendo
e em seu significado.Algumas mulheres têm dificuldades de se expressar

 Demonstrar empatia, ou seja, mostrar à mulher que seus sentimentos são compreendidos, colocando-a no centro
da situação e da atenção do profissional. Por exemplo, quando a mulher relata que está muito cansada, o
profissional pode comentar que entende porque ela está se sentindo assim
BOAS PRÁTICAS NO AC

 Evitar palavras que soam como julgamentos, como “certo”,“errado”,“bem”,“mal” etc. Por exemplo, em vez de
perguntar à mãe se ela está amamentando bem, seria mais apropriado perguntar como ela está alimentando o seu filho.

 Aceitar e respeitar os sentimentos e as opiniões das mães, sem, no entanto, precisar concordar ou discordar do
que ela pensa. Por exemplo, se uma mãe afirma que não tem leite, o profissional pode responder dizendo que entende
sua preocupação. E pode complementar esclarecendo sobre o tempo necessário para a “descida do leite”

 Reconhecer e elogiar as situações em que a mãe e o bebê estão indo bem, por exemplo, quando a mãe atende
prontamente o bebê. Esta atitude aumenta a confiança da mãe, encoraja-a a manter práticas saudáveis e facilita sua
aceitação a sugestões

 Oferecer poucas informações em cada aconselhamento, as mais importantes para cada momento.

 Fazer sugestões em vez de dar ordens

 Oferecer ajuda prática como, por exemplo, ajudar a mãe a encontrar uma posição confortável para amamentar
DÚVIDAS?
REFERÊNCIAS

 Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Ações Programáticas Estratégicas.
Atenção à saúde do recém-nascido : guia para os profissionais de saúde / Ministério da Saúde, Secretaria de
Atenção à Saúde, Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. – 2. ed. atual.– Brasília : Ministério da
Saúde, 2014. 4 v. : il. Conteúdo: v. 1. Cuidados gerais. v. 2. Intervenções comuns, icterícia e infecções. v. 3. Problemas
respiratórios, cardiocirculatórios, metabólicos, neurológicos, ortopédicos e dermatológicos.
 Duarte ED, Braga PP. Anamnese e exame físico do recém-nascido.Proenf.. Saúde maternal e neonatal. SESCAD
 BRASIL, MINISTÉRIO DA SAÚDE Secretaria do Estado da Saúde. Manual de Neonatologia,Brasil, 2015.
 BRASIL, MINISTÉRIO DA SAÚDE, "Normas Básicas para Alojamento Conjunto", Portaria MS/GM no 1.016, 26 de
agosto de 1993. DOU no 167 de 1/9/93, seção I, p. 13.066.
 Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção a Saúde. Departamento de Atenção Especializada e Temática.
 Triagem neonatal biológica: manual técnico / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção a Saúde, Departamento
de
 Atenção Especializada e Temática. – Brasília: Ministério da Saúde, 2016.
MUITO OBRIGADA! [email protected]

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