Esf e o Nasf

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PSF/ESF E O NASF

Daniele Carmo Queiroz


 Ações Integradas de Saúde (AIS), o qual foi
seguido pelo movimento denominado
Reforma Sanitária – amplamente debatido por
ocasião da VIII Conferência Nacional de
Saúde, cujas repercussões culminaram na
redação do artigo 196 da Constituição de 1988
–, a efetiva consolidação do Sistema Único de
Saúde (SUS)
 O PSF elege como ponto central o
estabelecimento de vínculos e a criação de
laços de compromisso e de coresponsabilidade
entre os profissionais de saúde e a população.

reversão do modelo assistencial vigente


mudança do objeto de
atenção

forma
de atuação

organização geral dos


serviços
 A família passa a ser o objeto precípuo de atenção,
entendida a partir do ambiente onde vive. Mais que
uma delimitação geográfica, é nesse espaço que se
constróem as relações intra e extrafamiliares e onde
se desenvolve a luta pela melhoria das condições de
vida – permitindo, ainda, uma compreensão
ampliada do processo saúde/doença e, portanto, da
necessidade de intervenções de maior impacto e
significação social
 O PSF não é uma estratégia desenvolvida para
atenção exclusiva ao grupo mulher e criança,
haja vista que se propõe a trabalhar com o
princípio da vigilância à saúde, apresentando
uma característica de atuação inter e
multidisciplinar e responsabilidade integral
sobre a população que reside na área de
abrangência de suas unidades de saúde.
 Outro equívoco – que merece negativa – é a identificação
do PSF como um sistema de saúde pobre para os pobres,
com utilização de baixa tecnologia. Tal assertiva não
procede, pois o Programa deve ser entendido como
modelo substitutivo da rede básica tradicional – de
cobertura universal, porém assumindo o desafio do
princípio da eqüidade – e reconhecido como uma prática
que requer alta complexidade tecnológica nos campos do
conhecimento e do desenvolvimento de habilidades e de
mudanças de atitudes.
OBJETIVOS
 Contribuir para a reorientação do modelo
assistencial a partir da atenção básica, em
conformidade com os princípios do Sistema
Único de Saúde, imprimindo uma nova
dinâmica de atuação nas unidades básicas de
saúde, com definição de responsabilidades
entre os serviços de saúde e a população.
OBJETIVOS
 Prestar, na unidade de saúde e no domicílio,
assistência integral, contínua, com resolubilidade
e boa qualidade às necessidades de saúde da
população adscrita .
 Intervir sobre os fatores de risco aos quais a
população está exposta .
 Eleger a família e o seu espaço social como núcleo
básico de abordagem no atendimento à saúde
OBJETIVOS
 Humanizar as práticas de saúde através do
estabelecimento de um vínculo entre os
profissionais de saúde e a população. Proporcionar
o estabelecimento de parcerias através do
desenvolvimento de ações intersetoriais .
 Contribuir para a democratização do conhecimento
do processo saúde/doença, da organização dos
serviços e da produção social da saúde
OBJETIVOS
 Fazer com que a saúde seja reconhecida como
um direito de cidadania e, portanto, expressão
da qualidade de vida. Estimular a organização
da comunidade para o efetivo exercício do
controle social
DIRETRIZES OPERACIONAIS
 Caráter substitutivo
 Complementariedade
 Hierarquização
CARACTERISTICAS DOS PSF
 Adscrição da clientela
 Cadastramento
 Instalação das unidades de Saúde da Família
 Composição das equipes
 Atribuições das equipes
ATIVIDADES DA EQUIPE
 Visitas Domiciliares
 Internação domiciliar
 Participação em grupos comunitários
REORGANIZAÇÃO DAS PRÁTICAS DE
TRABALHO
 Diagnóstico da saúde da comunidade
 Planejamento/programação local
 Complementariedade
 Abordagem multiprofissional
 Educação continuada
 Estímulo à ação intersetorial
 Acompanhamento e avaliação
 Controle social
APS
 Atributos essenciais:
 o acesso de primeiro contato do indivíduo com
o sistema de saúde
 a continuidade e a integralidade da atenção
 a coordenação da atenção dentro do sistema.
APS
 Atributos derivados:
 a atenção à saúde centrada na família
(orientação familiar)
 a orientação comunitária
 a competência cultural.
ESF
 A Estratégia de Saúde da Família (ESF), vertente
brasileira da APS, caracteriza-se como a porta de
entrada prioritária de um sistema de saúde
constitucionalmente fundado no direito à saúde e na
equidade do cuidado e, além disso, hierarquizado e
regionalizado, como é o caso do SUS.
 A ESF vem provocando, de fato e de direito, um
importante movimento de reorientação do modelo
de atenção à saúde em nosso país.
NASF
 Um Nasf deve ser constituído por uma equipe, na qual
profissionais de diferentes áreas de conhecimento atuam em
conjunto com os profissionais das equipes de Saúde da Família,
compartilhando e apoiando as práticas em saúde nos territórios
sob responsabilidade das equipes de SF.
 A composição deve ser definida pelos próprios gestores
municipais e as equipes de SF, mediante critérios de prioridades
identificadas a partir das necessidades locais e da disponibilidade
de profissionais de cada uma das diferentes ocupações.
 O Nasf não se constitui porta de entrada do sistema para os
usuários, mas sim de apoio às equipes de SF.
NASF
 O Nasf deve atuar dentro de algumas diretrizes
relativas à APS, a saber:
 Ação interdisciplinar e intersetorial;
 educação permanente em saúde dos profissionais e
da população;
 desenvolvimento da noção de território;
 integralidade, participação social, educação popular;
 promoção da saúde
 humanização.
Processos de trabalho dos Nasf
 Deve ser estruturada priorizando o
atendimento compartilhado e interdisciplinar,
com troca de saberes, capacitação e
responsabilidades mútuas, gerando experiência
para todos os profissionais envolvidos,
mediante amplas metodologias, tais como
estudo e discussão de casos e situações,
projetos terapêuticos, orientações e
atendimento conjunto etc
Processos de trabalho dos Nasf
 Intervenções diretas do Nasf frente a usuários e famílias podem ser
realizadas, mas sempre sob encaminhamento das equipes de SF com
discussões e negociação a priori entre os profissionais responsáveis
pelo caso. Tal atendimento direto e individualizado pelo Nasf
ocorrerá apenas em situações extremamente necessárias.
 Devem ser lembradas ainda as diversas modalidades de intervenção
no território, por exemplo, no desenvolvimento de projetos de saúde
no território; no apoio a grupos; nos trabalhos educativos e de
inclusão social; no enfrentamento de situações de violência e ruptura
social; nas ações junto aos equipamentos públicos.
 Todas são tarefas a serem desenvolvidas de forma articulada com
as equipes de SF e outros setores interessados.
Processos de trabalho dos Nasf
Apoio Matricial,

Clínica Ampliada

Projeto Terapêutico
Singular (PTS)

Projeto de Saúde no
Território (PST)

Pactuação do Apoio
Processos de trabalho dos Nasf
 A constituição de uma rede de cuidados é uma das estratégias
essenciais dentro da lógica de trabalho de um Nasf.
 Para tanto, sua equipe e as equipes de SF deverão criar espaços de
discussões internos e externos, visando o aprendizado coletivo.
 Dentro de tal perspectiva, o Nasf deve buscar superar a lógica
fragmentada da saúde para a construção de redes de atenção e
cuidado, de forma corresponsabilizada com a ESF.
 É necessário que os profissionais do Nasf assumam suas
responsabilidades em regime de cogestão com as equipes de SF e
sob a coordenação do gestor local, em processos de constante
construção.
Processos de trabalho dos Nasf
 O Nasf é composto de nove áreas estratégicas:
 saúde da criança/do adolescente e do jovem;
 saúde mental;
 reabilitação/saúde integral da pessoa idosa;
 alimentação e nutrição;
 serviço social;
 Saúde da mulher;
 assistência farmacêutica;
 atividade física/ práticas corporais; práticas integrativas e
complementares.
 O Nasf é uma estratégia inovadora que tem por objetivo apoiar,
ampliar, aperfeiçoar a atenção e a gestão da saúde na Atenção
Básica/Saúde da Família. Seus requisitos são, além do conhecimento
técnico, a responsabilidade por determinado número de equipes de
SF e o desenvolvimento de habilidades relacionadas ao paradigma da
Saúde da Família.
 Deve estar comprometido, também, com a promoção de mudanças
na atitude e na atuação dos profissionais da SF e entre sua própria
equipe (Nasf), incluindo na atuação ações intersetoriais e
interdisciplinares, promoção, prevenção, reabilitação da saúde e cura,
além de humanização de serviços, educação permanente, promoção
da integralidade e da organização territorial dos serviços de saúde.
APOIO MATRICIAL
 O correto entendimento da expressão “apoio”,
que é central na proposta dos Nasf, remete à
compreensão de uma tecnologia de gestão
denominada “apoio matricial”, que se
complementa com o processo de trabalho em
“equipes de referência”.
APOIO MATRICIAL
 O apoio matricial será formado por um conjunto de profissionais
que não têm, necessariamente, relação direta e cotidiana com o
usuário, mas cujas tarefas serão de prestar apoio às equipes de
referência (equipes de SF).
 Assim, se a equipe de referência é composta por um conjunto de
profissionais considerados essenciais na condução de problemas
de saúde dos clientes, eles deverão acionar uma rede assistencial
necessária a cada caso. Em geral é em tal “rede” que estarão
equipes ou serviços voltados para o apoio matricial (no caso, os
Nasf), de forma a assegurar, de modo dinâmico e interativo, a
retaguarda especializada nas equipes de referência (no caso, as
equipes de Saúde da Família).
APOIO MATRICIAL
 O apoio matricial apresenta as dimensões de
suporte: assistencial e técnico-pedagógico.
 A dimensão assistencial é aquela que vai produzir
ação clínica direta com os usuários
 E a ação técnico-pedagógica vai produzir ação de
apoio educativo com e para a equipe.
 A rigor, as equipes do Nasf terão dois tipos de
responsabilidades: sobre a população e sobre a
equipe de SF.
O NASF E SUA MISSÃO
 I - CONHECIMENTO
 Esse primeiro pressuposto é fundamental porque dá direcionalidade para
a proposta do Nasf, ratificando sua complementaridade em relação às
equipes da Saúde da Família e possibilitando a compreensão da
importância da contratação de seus profissionais.
 A constituição de um Nasf pressupõe um processo de discussão,
negociação e análise dos gestores juntamente com as equipes de SF, uma
vez que são elas que conhecem as necessidades em saúde de seu território
e podem identificar os temas/situações em que precisarão de apoio.
 O Nasf, então, poderá contribuir também com as equipes de SF nos temas
menos prevalentes em que ela considere fundamental acrescentar
competências
O NASF E SUA MISSÃO
 II: GESTÃO DAS EQUIPES
 Essa equipe de saúde terá, no Nasf, o apoio
matricial, seja pela modalidade de atendimento
compartilhado, pela discussão de
casos/formulação de projetos terapêuticos, seja
pelos projetos de saúde no território.
O NASF E SUA MISSÃO
 II: GESTÃO DAS EQUIPES
 Implantar o Nasf implica, portanto, a necessidade de estabelecer espaços
rotineiros de reunião para pactuar e negociar o processo de trabalho:
discussão de casos, definição de objetivos, critérios de prioridade, gestão
das filas de compartilhamento (encaminhamento), critérios de avaliação
dos trabalhos, resolução de conflitos etc.
 Nada disso acontece automaticamente e torna-se necessário que os
profissionais assumam sua responsabilidade na cogestão e os gestores
coordenem esses processos, em constante construção, do trabalho
transdisciplinar.ssa equipe de saúde terá, no Nasf, o apoio matricial, seja
pela modalidade de atendimento compartilhado, pela discussão de
casos/formulação de projetos terapêuticos, seja pelos projetos de saúde
no território.
O NASF E SUA MISSÃO
 III: COORDENAÇÃO DO CUIDADO
 A coordenação de casos é uma de suas
características mais importantes da APS, pois
possibilita definição clara de responsabilidade
pela saúde do usuário, considerando-o como
sujeito em seu contexto e no decorrer do tempo
em oposição a uma abordagem fragmentada por
recortes disciplinares (estômago, emoção,
alimentação etc.).
O NASF E SUA MISSÃO
 III: COORDENAÇÃO DO CUIDADO
 A coordenação de casos ocorre em três cenários:
 1) Dentro do estabelecimento de Atenção Primária, quando os
usuários são vistos por vários membros da equipe e as
informações a respeito do usuário são geradas em diferentes
lugares (por exemplo, laboratórios).
 2) Com outros especialistas chamados para fornecer
aconselhamento ou intervenções de curta duração.
 3) Com outros especialistas que tratam de um usuário
específico por um longo período de tempo, devido à presença
de um distúrbio específico.
O NASF E SUA MISSÃO
 III: COORDENAÇÃO DO CUIDADO
 A coordenação do cuidado significa para a equipe assumir
o usuário, mesmo (ou talvez principalmente) quando há
procedimentos ou aspectos do problema de saúde que ela
não domina totalmente, ou não lhe caiba executar (cirurgia
ou tratamento prolongado, por exemplo).
 A equipe de SF tem mais chances de conhecer a família ao
longo do tempo, conhecer a situação afetiva, as
consequências e o significado do adoecimento de um de
seus membros
O NASF E SUA MISSÃO
 a) O Nasf não se constitui porta de entrada do sistema para os
usuários, mas apoio às equipes de Saúde da Família;
 b) Vincula-se a um número de equipes de Saúde da Família em
territórios definidos, conforme sua classificação;
 c) A equipe do Nasf e as equipes de Saúde da Família criarão
espaços de discussões para gestão do cuidado: reuniões e
atendimentos compartilhados constituindo processo de aprendizado
coletivo;
 d) O Nasf deve ter como eixos de trabalho a responsabilização,
gestão compartilhada e apoio à coordenação do cuidado, que se
pretende pela Saúde
 da Família.
NASF: PRINCÍPIOS E DIRETRIZES GERAIS
 A integralidade pode ser considerada a principal diretriz
a ser praticada pelos Nasf.
 (a) a abordagem integral do indivíduo levando em
consideração seu contexto social, familiar e cultural e com
garantia de cuidado longitudinal;
 (b) as práticas de saúde organizadas a partir da integração
das ações de promoção, prevenção, reabilitação e cura;
 (c) a organização do sistema de saúde de forma a garantir
o acesso às redes de atenção, conforme as necessidades de
sua população.
NASF: PRINCÍPIOS E DIRETRIZES GERAIS

A integralidade deve ser considerada como um


valor e estar presente na atitude do profissional
no encontro com seus usuários, no qual deverá
reconhecer demandas e necessidades de saúde,
bem como incorporar ações de promoção,
prevenção, assim como ações curativas e
reabilitadoras.
NASF: PRINCÍPIOS E DIRETRIZES GERAIS
 TERRITÓRIO
 O território é um conjunto de sistemas naturais e artificiais que
engloba indivíduos e instituições, independentemente de seu
poder. Deve ser considerado em suas divisões jurídicas e políticas,
suas heranças históricas e seus aspectos econômicos e normativos.
 É nele que se processa a vida social e nele tudo possui
interdependência, acarretando no seu âmbito a fusão entre o local
e o global. Como decorrência, as equipes de SF precisam conhecer
a realidade do território em suas várias dimensões, identificando
as suas fragilidades e possibilidades, figurando-a como algo vivo e
dinâmico.
NASF: PRINCÍPIOS E DIRETRIZES GERAIS
 TERRITÓRIO
 A ideia de território requer amplo conhecimento de necessidades de projetos e
servi ços de saúde relativos às condições concretas de vida da população
adstrita. O território pode ser visto em conexão direta com atuais perspectivas
da Psicologia em relação direta da sociedade com a subjetividade, pois a AB:
 Considera a pessoa em sua singularidade e inserção sociocultural, buscando
produzir a atenção integral, incorporar as ações de vigilância em saúde — a
qual constitui um processo contínuo e sistemático de coleta, consolidação,
análise e disseminação de dados sobre eventos relacionados à saúde — além
disso, visa a o planejamento e a implementação de ações públicas para a
proteção da saúde da população, a prevenção e o controle de riscos, agravos e
doenças, bem como para a promoção da saúde (POLÍTICA NACIONAL DE
ATENÇÃO BÁSICA, 2017).
NASF: PRINCÍPIOS E DIRETRIZES GERAIS

 EDUCAÇÃO POPULAR EM SAÚDE


 Tem como finalidade a apuração, a
sistematização de modos de sentir, pensar,
sonhar, querer, agir e se expressar das pessoas.
Deve ser um modo orgânico, participativo e
prazeroso de cuidar da saúde e de fazer a gestão
dos territórios, por meio dos indivíduos, como
sujeitos do seu próprio processo de trabalho, do
seu conhecimento.
NASF: PRINCÍPIOS E DIRETRIZES GERAIS
 INTERDISCIPLINARIDADE
 É o trabalho em que as diversas ações, saberes e práticas se
complementam. Disciplinas implicam condutas, valores, crenças,
modos de relacionamento que incluem tanto modos de relacionamento
humano quanto de modos de relação entre sujeito e conhecimento. O
prefixo “inter” indica movimento ou processo instalado tanto “entre”
quanto “dentro” das disciplinas. A interdisciplinaridade envolve
relações de interação dinâmica entre saberes. “No projeto
interdisciplinar não se ensina, nem se aprende: vive-se, exerce-se”. Ela
deve ser entendida também como uma atitude de permeabilidade aos
diferentes conhecimentos que podem auxiliar o processo de trabalho e a
efetividade do cuidado num determinado momento e espaço.
NASF: PRINCÍPIOS E DIRETRIZES GERAIS

 PARTICIPAÇÃO SOCIAL
 Envolve o fortalecimento dos espaços sociais,
comunitários e locais em geral, com foco na
gestão participativa. Trata-se, portanto, de
fortalecer os processos de produção das
necessidades da vida por seus próprios
protagonistas, partilhando poder e construindo
um processo político-pedagógico de conquista
de cidadania e fortalecimento da sociedade civil.
NASF: PRINCÍPIOS E DIRETRIZES GERAIS
 INTERSETORIALIDADE
 O conceito ampliado de saúde e o reconhecimento de uma
complexa rede de condicionantes e determinantes sociais da saúde
e da qualidade de vida exigem dos profissionais e equipes
trabalho articulado com redes/instituições que estão fora do seu
próprio setor. A intersetorialidade é essa articulação entre sujeitos
de setores sociais diversos e, portanto, de saberes, poderes e
vontades diversos, a fim de abordar um tema ou situação em
conjunto. Essa forma de trabalhar, governar e construir políticas
públicas favorece a superação da fragmentação dos conhecimentos
e das estruturas sociais para produzir efeitos mais significativos na
saúde da população.
NASF: PRINCÍPIOS E DIRETRIZES GERAIS
 EDUCAÇÃO PERMANENTE EM SAÚDE
 As necessidades do serviço e das equipes que nele atuam exigem trabalhar com
a aprendizagem significativa, envolvendo os fatores cognitivos, relacionais e de
atitudes, visando qualificar e (re)organizar os processos de trabalho. O processo
de educação permanente possibilita principalmente a análise coletiva do
processo de trabalho para efetivar a ação educativa. Assim, a aprendizagem
deverá ocorrer em articulação com o processo de (re)organização do sistema de
saúde. O processo de trabalho envolve múltiplas dimensões organizacionais,
técnicas, sociais e humanas. Portanto, o saber técnico é apenas um dos aspectos
para a transformação das práticas, e a formação dos profissionais deve envolver
os aspectos humanos e pessoais, os valores, os sentimentos, a visão de mundo
de cada um, bem como cada um percebe e representa o SUS.
 Deve-se trabalhar com a transformação das práticas profissionais e da
organização do trabalho simultaneamente.
NASF: PRINCÍPIOS E DIRETRIZES GERAIS
 HUMANIZAÇÃO
 Entendida como uma possibilidade de transformar as práticas de
atenção e gestão no SUS, a partir de construções coletivas entre
gestores, trabalhadores e usuários, atores sociais implicados com a
produção de saúde. É efetivada quando os princípios do SUS são
traduzidos a partir da experiência concreta do trabalhador e do
usuário num campo do trabalho concreto e, nesse caso, o usuário
deve ser entendido como cidadão em todas suas dimensões e
redes de relações. Implica apostar na capacidade criativa, na
possibilidade de reinventar formas de relação entre pessoas,
equipes, serviços e políticas, atuando em redes, de modo a
potencializar o outro, a defender a vida de todos e qualquer um.
NASF: PRINCÍPIOS E DIRETRIZES GERAIS
 PROMOÇÃO DA SAÚDE
 É uma das estratégias de organização da gestão e das
práticas em saúde, não deve ser compreendida apenas
como um conjunto de procedimentos que informam e
capacitam indivíduos e organizações, ou que buscam
controlar as condições de saúde em grupos populacionais
específicos. Sua maior contribuição a profissionais e
equipes é a compreensão de que os modos de viver de
homens e mulheres são produtos e produtores de
transformações econômicas, políticas, sociais e culturais.
NASF: PRINCÍPIOS E DIRETRIZES GERAIS
 PROMOÇÃO DA SAÚDE
 Dessa maneira, as condições econômicas, sociais e políticas do existir
não devem ser tomadas, tão somente, como meros contextos – para
conhecimento e possível intervenção na realidade –, e sim como
práticas sociais em transformação, exigindo constante reflexão das
práticas do setor saúde. Para a promoção da saúde, é fundamental
organizar o trabalho vinculado à garantia de direitos de cidadania e à
produção de autonomia de sujeitos e coletividades. Trata-se de
desenvolver ações cotidianas que preservem e aumentem o potencial
individual e social de eleger formas de vida mais saudáveis. Ações que
ocorrerão tanto ao nível da clínica quanto na realização e/ou condução
de grupos participativos sobre as suas necessidades específicas ou na
comunidade.

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