Esf e o Nasf
Esf e o Nasf
Esf e o Nasf
forma
de atuação
Clínica Ampliada
Projeto Terapêutico
Singular (PTS)
Projeto de Saúde no
Território (PST)
Pactuação do Apoio
Processos de trabalho dos Nasf
A constituição de uma rede de cuidados é uma das estratégias
essenciais dentro da lógica de trabalho de um Nasf.
Para tanto, sua equipe e as equipes de SF deverão criar espaços de
discussões internos e externos, visando o aprendizado coletivo.
Dentro de tal perspectiva, o Nasf deve buscar superar a lógica
fragmentada da saúde para a construção de redes de atenção e
cuidado, de forma corresponsabilizada com a ESF.
É necessário que os profissionais do Nasf assumam suas
responsabilidades em regime de cogestão com as equipes de SF e
sob a coordenação do gestor local, em processos de constante
construção.
Processos de trabalho dos Nasf
O Nasf é composto de nove áreas estratégicas:
saúde da criança/do adolescente e do jovem;
saúde mental;
reabilitação/saúde integral da pessoa idosa;
alimentação e nutrição;
serviço social;
Saúde da mulher;
assistência farmacêutica;
atividade física/ práticas corporais; práticas integrativas e
complementares.
O Nasf é uma estratégia inovadora que tem por objetivo apoiar,
ampliar, aperfeiçoar a atenção e a gestão da saúde na Atenção
Básica/Saúde da Família. Seus requisitos são, além do conhecimento
técnico, a responsabilidade por determinado número de equipes de
SF e o desenvolvimento de habilidades relacionadas ao paradigma da
Saúde da Família.
Deve estar comprometido, também, com a promoção de mudanças
na atitude e na atuação dos profissionais da SF e entre sua própria
equipe (Nasf), incluindo na atuação ações intersetoriais e
interdisciplinares, promoção, prevenção, reabilitação da saúde e cura,
além de humanização de serviços, educação permanente, promoção
da integralidade e da organização territorial dos serviços de saúde.
APOIO MATRICIAL
O correto entendimento da expressão “apoio”,
que é central na proposta dos Nasf, remete à
compreensão de uma tecnologia de gestão
denominada “apoio matricial”, que se
complementa com o processo de trabalho em
“equipes de referência”.
APOIO MATRICIAL
O apoio matricial será formado por um conjunto de profissionais
que não têm, necessariamente, relação direta e cotidiana com o
usuário, mas cujas tarefas serão de prestar apoio às equipes de
referência (equipes de SF).
Assim, se a equipe de referência é composta por um conjunto de
profissionais considerados essenciais na condução de problemas
de saúde dos clientes, eles deverão acionar uma rede assistencial
necessária a cada caso. Em geral é em tal “rede” que estarão
equipes ou serviços voltados para o apoio matricial (no caso, os
Nasf), de forma a assegurar, de modo dinâmico e interativo, a
retaguarda especializada nas equipes de referência (no caso, as
equipes de Saúde da Família).
APOIO MATRICIAL
O apoio matricial apresenta as dimensões de
suporte: assistencial e técnico-pedagógico.
A dimensão assistencial é aquela que vai produzir
ação clínica direta com os usuários
E a ação técnico-pedagógica vai produzir ação de
apoio educativo com e para a equipe.
A rigor, as equipes do Nasf terão dois tipos de
responsabilidades: sobre a população e sobre a
equipe de SF.
O NASF E SUA MISSÃO
I - CONHECIMENTO
Esse primeiro pressuposto é fundamental porque dá direcionalidade para
a proposta do Nasf, ratificando sua complementaridade em relação às
equipes da Saúde da Família e possibilitando a compreensão da
importância da contratação de seus profissionais.
A constituição de um Nasf pressupõe um processo de discussão,
negociação e análise dos gestores juntamente com as equipes de SF, uma
vez que são elas que conhecem as necessidades em saúde de seu território
e podem identificar os temas/situações em que precisarão de apoio.
O Nasf, então, poderá contribuir também com as equipes de SF nos temas
menos prevalentes em que ela considere fundamental acrescentar
competências
O NASF E SUA MISSÃO
II: GESTÃO DAS EQUIPES
Essa equipe de saúde terá, no Nasf, o apoio
matricial, seja pela modalidade de atendimento
compartilhado, pela discussão de
casos/formulação de projetos terapêuticos, seja
pelos projetos de saúde no território.
O NASF E SUA MISSÃO
II: GESTÃO DAS EQUIPES
Implantar o Nasf implica, portanto, a necessidade de estabelecer espaços
rotineiros de reunião para pactuar e negociar o processo de trabalho:
discussão de casos, definição de objetivos, critérios de prioridade, gestão
das filas de compartilhamento (encaminhamento), critérios de avaliação
dos trabalhos, resolução de conflitos etc.
Nada disso acontece automaticamente e torna-se necessário que os
profissionais assumam sua responsabilidade na cogestão e os gestores
coordenem esses processos, em constante construção, do trabalho
transdisciplinar.ssa equipe de saúde terá, no Nasf, o apoio matricial, seja
pela modalidade de atendimento compartilhado, pela discussão de
casos/formulação de projetos terapêuticos, seja pelos projetos de saúde
no território.
O NASF E SUA MISSÃO
III: COORDENAÇÃO DO CUIDADO
A coordenação de casos é uma de suas
características mais importantes da APS, pois
possibilita definição clara de responsabilidade
pela saúde do usuário, considerando-o como
sujeito em seu contexto e no decorrer do tempo
em oposição a uma abordagem fragmentada por
recortes disciplinares (estômago, emoção,
alimentação etc.).
O NASF E SUA MISSÃO
III: COORDENAÇÃO DO CUIDADO
A coordenação de casos ocorre em três cenários:
1) Dentro do estabelecimento de Atenção Primária, quando os
usuários são vistos por vários membros da equipe e as
informações a respeito do usuário são geradas em diferentes
lugares (por exemplo, laboratórios).
2) Com outros especialistas chamados para fornecer
aconselhamento ou intervenções de curta duração.
3) Com outros especialistas que tratam de um usuário
específico por um longo período de tempo, devido à presença
de um distúrbio específico.
O NASF E SUA MISSÃO
III: COORDENAÇÃO DO CUIDADO
A coordenação do cuidado significa para a equipe assumir
o usuário, mesmo (ou talvez principalmente) quando há
procedimentos ou aspectos do problema de saúde que ela
não domina totalmente, ou não lhe caiba executar (cirurgia
ou tratamento prolongado, por exemplo).
A equipe de SF tem mais chances de conhecer a família ao
longo do tempo, conhecer a situação afetiva, as
consequências e o significado do adoecimento de um de
seus membros
O NASF E SUA MISSÃO
a) O Nasf não se constitui porta de entrada do sistema para os
usuários, mas apoio às equipes de Saúde da Família;
b) Vincula-se a um número de equipes de Saúde da Família em
territórios definidos, conforme sua classificação;
c) A equipe do Nasf e as equipes de Saúde da Família criarão
espaços de discussões para gestão do cuidado: reuniões e
atendimentos compartilhados constituindo processo de aprendizado
coletivo;
d) O Nasf deve ter como eixos de trabalho a responsabilização,
gestão compartilhada e apoio à coordenação do cuidado, que se
pretende pela Saúde
da Família.
NASF: PRINCÍPIOS E DIRETRIZES GERAIS
A integralidade pode ser considerada a principal diretriz
a ser praticada pelos Nasf.
(a) a abordagem integral do indivíduo levando em
consideração seu contexto social, familiar e cultural e com
garantia de cuidado longitudinal;
(b) as práticas de saúde organizadas a partir da integração
das ações de promoção, prevenção, reabilitação e cura;
(c) a organização do sistema de saúde de forma a garantir
o acesso às redes de atenção, conforme as necessidades de
sua população.
NASF: PRINCÍPIOS E DIRETRIZES GERAIS
PARTICIPAÇÃO SOCIAL
Envolve o fortalecimento dos espaços sociais,
comunitários e locais em geral, com foco na
gestão participativa. Trata-se, portanto, de
fortalecer os processos de produção das
necessidades da vida por seus próprios
protagonistas, partilhando poder e construindo
um processo político-pedagógico de conquista
de cidadania e fortalecimento da sociedade civil.
NASF: PRINCÍPIOS E DIRETRIZES GERAIS
INTERSETORIALIDADE
O conceito ampliado de saúde e o reconhecimento de uma
complexa rede de condicionantes e determinantes sociais da saúde
e da qualidade de vida exigem dos profissionais e equipes
trabalho articulado com redes/instituições que estão fora do seu
próprio setor. A intersetorialidade é essa articulação entre sujeitos
de setores sociais diversos e, portanto, de saberes, poderes e
vontades diversos, a fim de abordar um tema ou situação em
conjunto. Essa forma de trabalhar, governar e construir políticas
públicas favorece a superação da fragmentação dos conhecimentos
e das estruturas sociais para produzir efeitos mais significativos na
saúde da população.
NASF: PRINCÍPIOS E DIRETRIZES GERAIS
EDUCAÇÃO PERMANENTE EM SAÚDE
As necessidades do serviço e das equipes que nele atuam exigem trabalhar com
a aprendizagem significativa, envolvendo os fatores cognitivos, relacionais e de
atitudes, visando qualificar e (re)organizar os processos de trabalho. O processo
de educação permanente possibilita principalmente a análise coletiva do
processo de trabalho para efetivar a ação educativa. Assim, a aprendizagem
deverá ocorrer em articulação com o processo de (re)organização do sistema de
saúde. O processo de trabalho envolve múltiplas dimensões organizacionais,
técnicas, sociais e humanas. Portanto, o saber técnico é apenas um dos aspectos
para a transformação das práticas, e a formação dos profissionais deve envolver
os aspectos humanos e pessoais, os valores, os sentimentos, a visão de mundo
de cada um, bem como cada um percebe e representa o SUS.
Deve-se trabalhar com a transformação das práticas profissionais e da
organização do trabalho simultaneamente.
NASF: PRINCÍPIOS E DIRETRIZES GERAIS
HUMANIZAÇÃO
Entendida como uma possibilidade de transformar as práticas de
atenção e gestão no SUS, a partir de construções coletivas entre
gestores, trabalhadores e usuários, atores sociais implicados com a
produção de saúde. É efetivada quando os princípios do SUS são
traduzidos a partir da experiência concreta do trabalhador e do
usuário num campo do trabalho concreto e, nesse caso, o usuário
deve ser entendido como cidadão em todas suas dimensões e
redes de relações. Implica apostar na capacidade criativa, na
possibilidade de reinventar formas de relação entre pessoas,
equipes, serviços e políticas, atuando em redes, de modo a
potencializar o outro, a defender a vida de todos e qualquer um.
NASF: PRINCÍPIOS E DIRETRIZES GERAIS
PROMOÇÃO DA SAÚDE
É uma das estratégias de organização da gestão e das
práticas em saúde, não deve ser compreendida apenas
como um conjunto de procedimentos que informam e
capacitam indivíduos e organizações, ou que buscam
controlar as condições de saúde em grupos populacionais
específicos. Sua maior contribuição a profissionais e
equipes é a compreensão de que os modos de viver de
homens e mulheres são produtos e produtores de
transformações econômicas, políticas, sociais e culturais.
NASF: PRINCÍPIOS E DIRETRIZES GERAIS
PROMOÇÃO DA SAÚDE
Dessa maneira, as condições econômicas, sociais e políticas do existir
não devem ser tomadas, tão somente, como meros contextos – para
conhecimento e possível intervenção na realidade –, e sim como
práticas sociais em transformação, exigindo constante reflexão das
práticas do setor saúde. Para a promoção da saúde, é fundamental
organizar o trabalho vinculado à garantia de direitos de cidadania e à
produção de autonomia de sujeitos e coletividades. Trata-se de
desenvolver ações cotidianas que preservem e aumentem o potencial
individual e social de eleger formas de vida mais saudáveis. Ações que
ocorrerão tanto ao nível da clínica quanto na realização e/ou condução
de grupos participativos sobre as suas necessidades específicas ou na
comunidade.