O documento descreve os principais tipos de tumores cerebrais, incluindo: 1) gliomas, que se originam das células gliais do cérebro e incluem glioblastomas e oligodendrogliomas; 2) meningiomas, que se originam das membranas que revestem o cérebro; 3) tumores da hipófise, que secretam hormônios em excesso. É fornecida uma classificação e descrição breve de cada tipo, sintomas, fatores de risco e opções de tratamento.
O documento descreve os principais tipos de tumores cerebrais, incluindo: 1) gliomas, que se originam das células gliais do cérebro e incluem glioblastomas e oligodendrogliomas; 2) meningiomas, que se originam das membranas que revestem o cérebro; 3) tumores da hipófise, que secretam hormônios em excesso. É fornecida uma classificação e descrição breve de cada tipo, sintomas, fatores de risco e opções de tratamento.
O documento descreve os principais tipos de tumores cerebrais, incluindo: 1) gliomas, que se originam das células gliais do cérebro e incluem glioblastomas e oligodendrogliomas; 2) meningiomas, que se originam das membranas que revestem o cérebro; 3) tumores da hipófise, que secretam hormônios em excesso. É fornecida uma classificação e descrição breve de cada tipo, sintomas, fatores de risco e opções de tratamento.
O documento descreve os principais tipos de tumores cerebrais, incluindo: 1) gliomas, que se originam das células gliais do cérebro e incluem glioblastomas e oligodendrogliomas; 2) meningiomas, que se originam das membranas que revestem o cérebro; 3) tumores da hipófise, que secretam hormônios em excesso. É fornecida uma classificação e descrição breve de cada tipo, sintomas, fatores de risco e opções de tratamento.
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TUMORES CRANIANOS
Prof. Jean Charles
O QUE É?
Tumor cerebral é o crescimento anormal
de células dentro do crânio que leva à compressão e lesão de células normais do cérebro. Podem ser "benignos" ou malignos, sendo que apenas os tumores malignos são denominados de câncer. • No mundo há um aumento na quantidade de indivíduos com tumores cerebrais; • Afetam duas categorias distintas: 1. crianças entre 0 e 15 anos; 2. adultos entre 50 e 70 anos; INCIDÊNCIA E ETIOLOGIA De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA), no Brasil, 4% das mortes por câncer no Brasil estão relacionadas com os tumores cerebrais. Nos Estados Unidos, 1 em cada 5 mil pessoas desenvolve um tumor cerebral ao longo da vida. Além dos tumores próprios do cérebro, 25% dos tumores de origem em outras regiões do corpo dão metástases (se espalham) no cérebro. TIPOS • Existem quase 100 tipos de tumores cerebrais, que geralmente recebem o nome do tipo da célula da qual se desenvolve. A maioria dos tumores no cérebro origina-se nas células gliais, que sustentam as células nervosas do órgão. Um tumor de células gliais é denominado glioma. • Os tumores cerebrais são classificados em grupos e de acordo com a rapidez com que se desenvolvem. Como regra geral, o tumor de menor grau é considerado menos agressivo, enquanto o de maior grau é o mais agressivo. AGRESSIVIDADE O tumor menos agressivo, geralmente é: De crescimento relativamente lento Improvável que retorne, em caso de remoção completa Improvável que tenha se espalhado para outras regiões Pode apenas necessitar de cirurgia.
Um tumor agressivo, geralmente:
Cresce relativamente rápido É provável que retorne após a cirurgia, mesmo que completamente removido Pode apresentar metástase em outras regiões Não podem ser tratados apenas cirurgicamente, são necessários os tratamentos radioterápicos e quimioterápicos para evitar a recidiva. CLASSIFICAÇÃO DOS TUMORES • TUMORES PRIMARIOS: Têm origem no SNC.
• TUMORES SECUNDARIOS: Metastáticos ou
secundários, disseminam para o SNC a partir de um câncer fora do SNC. TUMORES CEREBRAIS GLIOMAS • Tumores primários; • Formados a partir de tecido de sustentação do cérebro; • Localizam-se nos hemisférios cerebrais; • Podem ainda ter inicio no tronco encéfalico, no nervo optico e na medula espinhal; • Em crianças o local mais comum é o cerebelo; • Compreendem 04 categorias e são classificados por seus componentes celulares predominantes. CLASSIFICAÇÃO DOS GLIOMAS 1. ASTROCITOMAS: derivados dos astrócitos, que são células gliais estreladas, são os tumores mais comuns em adultos e crianças; • Podem ser tumores difusos que invadem as estruturas cerebrais circunjacentes ou tumores circunscritos com menor probabilidade de progressão. • São encontrados no lobo frontal do cérebro em adultos (30 a 50 anos) e no cerebelo, em crianças. CONT.
• Os astrocitomas são divididos em 4 graus: A –
baixo grau (grau 1 e 2), B – Anaplastico, grau médio (grau 3), C – Gliobastoma multiforme, grau alto (grau 4). • São tratados com cirurgia, radioterapia e quimioterapia, dependendo do grau, da localização e da idade; • Sobrevida de 5 a 10 anos; 1.1 - GLIOBLASTOMA MULTIFORME • Altamente maligno, astrocitomas grau 4; • Crescimento rápido invadindo tecidos próximos; • Localizam-se predominantemente na substância branca profunda nos hemisférios cerebrais, mas podem ser encontradas no tronco encefálico, no cerebelo ou na medula; • Cerca de 50% são bilaterais ou ocupam mais de um lobo de um hemisfério. CONTINUAÇÃO • Inicia-se na média idade, com incidência maior em homens (2:1); • Prognóstico sombrio, menos de 20% sobrevivem por mais de 1 ano, e apenas 2% por 5 anos após detectada a doença; • São tratados por cirurgias, radioterapia, radiocirurgia e quimioterapia. 2 - OLIGODENDROGLIOMAS • Crescimento lento, mas progressivo, que se desenvolvem ao longo dos anos; • 50% acometem vários lobos, sendo 50% ocorrem no lobo frontal, 42% no lobo temporal e 32% no lobo parietal; • Muitos pacientes têm convulsões como única manifestação clinica; • Surgem entre os 40 e 60 anos, na proporção de 2 homens para 1 mulher; CONTINUAÇÃO • Prognósticos: 1.FAVORAVEIS: Idade de menos de 40 anos, grau de malignidade 1 ou 2; 2.DESFAVORAVEIS: Idade superior a 40 anos, hemiparesia e alterações cognitivas; • Nos favoráveis os indivíduos podem ter uma sobrevida media de 10 a 5 anos; • Nos desfavoráveis os indivíduos podem ter uma sobrevida media de 5 anos; • Tratamento depende dos sintomas, vai desde a observação ate controle das convulsões, radioterapia, cirurgias e quimio. 3 - EPENDINOMAS E EPENDIMOBLASTOMA • Provenientes de células ependimais que revestem os ventrículos; • Crescem dentro dos ventrículos ou no tecido cerebral adjacente; • Os ependinoblastomas geralmente são encontrados em crianças e tendem à disseminação metastáticas por meio do LCS; • Iniciam-se geralmente aos 10 anos e outros no decorrer da vida; • Tratamento com cirurgia, radioterapia e quimioterapia; • Esses tumores recidivam com frequência e o prognóstico vai depender do sucesso da cirurgia, a sobrevida é de 5 anos em 68% dos casos. MEDULOBLASTOMAS • Derivados de células primitivas da camada granulosa do cerebelo; • Localizam-se lateralmente nos hemisférios de adultos jovens e no vermis em crianças; • Crescem geralmente dentro do 4º ventrículo, bloqueando o fluxo do LCS, causando hidrocefalia e aumento da PIC; • Ocorrem principalmente em crianças e a sobrevida é de 5 anos; • Crianças com menos de 4 anos o prognóstico é sombrio devido as metástases MENINGIOMAS • Se formam a partir de células da Dura-máter ou da Aracnóide; • Crescimento lento; • São encontrados por acaso; • 25% são sintomáticos e a incidência aumenta com a idade, mais em homens (2:1); • Sobrevida de 5 anos; • Podem ser benignos ou malignos. ADENOMAS HIPOFISÁRIOS A hipófise, localizada na base do crânio, controla grande parte do sistema endócrino do corpo. Usualmente, os tumores da hipófise são benignos e secretam quantidades excessivas de hormônios: o aumento do hormônio do crescimento acarreta uma estatura extrema (gigantismo) ou um crescimento desproporcional da cabeça, rosto, mãos, pés e tórax (acromegalia), o aumento de corticotropina resulta na Síndrome de Cushing.
Síndrome de Cushing é o aumento do hormônio estimulante da
tireoide acarreta o hipertireoidismo, o aumento de prolactina interrompe os períodos menstruais (amenorreia), causa produção de leite na mama de mulheres que não estão amamentando (galactorreia) e causa crescimento das mamas em homens (ginecomastia). SCHWANNOMAS • Tumores encapsulados, compostos por células de schwann neoplásticas e que podem se formar a partir de qualquer nervo craniano ou espinal; • Geralmente o nervo acometido é o VIII par (vestibulococlear), e o tumor é chamado de neuroma acústico; • Prognóstico é bom, podendo deixar sequelas; Neuroma Acústico
• Este tumor cresce no nervo auditivo que
controla a audição e o equilíbrio localizado entre o cerebelo e a ponte. Geralmente é de crescimento lento, não se espalha e é encontrado com mais frequência em pessoas de meia idade, duas vezes mais em mulheres do que em homens. A perda de audição em um dos ouvidos pode ser um sinal de neuroma acústico. Craniofaringioma • Os craniofaringiomas são tumores que crescem na base do cérebro, logo acima da hipófise e são frequentemente diagnosticados em crianças, adolescentes e adultos jovens. • Eles não costumam se espalhar, mas estão perto de estruturas importantes no cérebro e podem causar problemas à medida que se desenvolvem. • Os craniofaringiomas podem causar alterações na visão e desequilíbrio hormonal. Crianças com craniofaringioma podem ser obesas e apresentarem problemas de crescimento. Tumores da Região Pineal
• A glândula pineal ou epífise está no meio do
cérebro, logo atrás da parte superior do tronco cerebral, e produz a melatonina. Estes tumores são raros, apenas 1% dos tumores cerebrais diagnosticados são tumores da glândula pineal. Vários tipos diferentes de tumores podem crescer na região pineal, incluindo gliomas. Os tipos mais comuns são chamados de tumores de células germinativas. Linfomas
• Ocasionalmente, os linfomas se iniciam no
cérebro, e são chamados de linfoma cerebral. Podem ser múltiplos. Os sintomas iniciais podem ser alterações na personalidade e convulsões ou alterações neurológicas. Os fatores de risco são a AIDS ou a imunossupressão como a que ocorre no câncer, transplante de órgãos ou tratamento de desordens autoimunes. A incidência é de 3 pessoas em cada 1 milhão. Tumores da Medula Espinhal
• São tumores raros do sistema nervoso central e
estão localizados na medula, são capazes de comprometer varias funções dependendo da localização podendo causar dor, dormência, formigamento e fraqueza, espasmos, fraqueza, má coordenação e diminuição ou alterações da sensibilidade. O tumor também pode causar dificuldade miccional, incontinência urinária ou constipação intestinal. Muitos tumores podem ser removidos cirurgicamente. TUMORES CEREBRAIS METASTÁTICOS
• São secundários, disseminados para o cérebro
por meio da circulação arterial, a partir de um câncer sistêmico primário de outro lugar do corpo. • O lobo frontal é o local mais atingido. FATORES DE RISCO • O câncer do sistema nervoso central (que inclui o cérebro e a medula espinhal), assim como os cânceres de outros órgãos, é causado por anormalidades (mutações) dos genes nesse tecido. Embora a grande maioria dos casos ocorra ao acaso, há alguns fatores relacionados a um risco aumentado para estas mutações, e consequentemente para o câncer do SNC. • Gênero: o câncer do SNC é mais comum em homens do que em mulheres • Idade: embora possa desenvolver-se em qualquer idade, é mais comum nos idosos (acima de 65 anos) • Radiação: maior frequência em pessoas que fizeram tratamento de radioterapia na cabeça anteriormente • É mais frequente em pessoas que tenham tido tratamento de leucemia durante a infância • Exposição ao cloreto de vinil (utilizado na produção de plástico) • Pacientes com baixa imunidade ou Pacientes com infecções pelo HIV. SINAIS E SINTOMAS GERAIS • Maior lentidão de compreensão ou discreta alteração de personalidade; • Hemiparesia progressiva ou convulsão; • Cefaleia (na maioria dos casos no mesmo lado da localização do tumor), sinais neurológicos focais; • Alguns apresentam um sinal geral, um sintoma neurológico especifico ou combinação dos dois. • Dor de cabeça, náuseas e vômitos persistentes • Alterações visuais e auditivas • Convulsão • Agitação motora • Fraqueza ou rigidez muscular • Perda de sensibilidade em qualquer parte do corpo • Falta de coordenação • Dificuldade para falar ou entender o que é dito • Esquecimento das palavras • Problemas com leitura e escrita de modo inexplicável • Movimentos involuntários. DIAGNÓSTICO • Anamnese criteriosa a seguir, deverá realizar um exame neurológico, que permite a avaliação das funções nervosas e suas alterações. • O médico suspeita de um tumor cerebral quando o paciente apresenta um conjunto de sintomas característicos. Nesse caso ele deverá pedir exames complementares, tais como: eletroencefalograma, tomografia computadorizada, ressonância magnética, entre outros. Radiografias simples do crânio e do cérebro não ajudam muito no diagnóstico da grande maioria de tumores cerebrais. • O tumor cerebral pode ser identificado em uma tomografia computadorizada ou ressonância magnética. Esses dois exames podem dimensionar o tumor e indicar a sua exata localização. • A Tomografia Computadorizada utiliza raios X e um computador de varredura que reproduz imagens realçadas do cérebro. A Ressonância Magnética combina um forte magnetismo e ondas de rádio para reproduzir imagens realçadas do cérebro. • Biópsia Estereotáxica: Durante a biópsia, uma amostra do tumor é retirada e examinada em laboratório para determinar se é benigno ou maligno. A biópsia estereostática é normalmente utilizada quando o tumor está em uma parte do cérebro difícil de ser alcançada. Geralmente utiliza-se uma estrutura especial para ajudar a segurar a cabeça do paciente. Depois de aplicada uma anestesia local, o cirurgião irá inserir uma agulha estreita através do crânio até chegar ao tumor e remover células tumorais para exame em laboratório. TRATAMENTO • Nem todos os tumores cerebrais são câncer, mas como o crânio é uma "caixa fechada", mesmo os tumores benignos do SNC podem ser muito graves, pois comprimem estruturas vitais do cérebro. • O tratamento do tumor cerebral é feito de modo multidisciplinar, com a decisão conjunta entre um neurocirurgião, um radioterapêuta, um oncologista, e frequentemente um neurologista. • A combinação individualizada das diversas modalidades de tratamento (cirurgia, radioterapia, tratamento sistêmico) oferece as melhores possibilidades terapêuticas aos pacientes.