Programa de Saúde Mental No Sus

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PROGRAMA DE SAÚDE MENTAL NO SUS

Alunos: Leonardo Chaves, Ana Luiza Gomes e Isabela Henz Tonial


Evolução no processo saúde doença
 Analisar a saúde sob uma perspectiva de universalidade, equidade e integralidade.
 O conceito do processo saúde-doença deixa de ser baseado nas doenças e mortes para basear nas concepções
voltadas para a qualidade de vida, produção social da saúde, estilo de vida, meio ambiente e sistema de saúde.
 Novo conceito de saúde: Saúde é então resultado de um processo de produção social que expressa a qualidade
de vida de uma população, entendendo-se qualidade de vida como uma condição de existência dos homens no
seu viver cotidiano, um “viver desimpedido”, um modo de “andar a vida” prazeroso, seja individual seja
coletivamente
 Introdução de novas propostas de prática e de organização de serviços: estratégia da atenção primária à saúde
(APS)/atenção básica(AB) e o Programa de Saúde da Família (PSF).
Atenção Básica em Saúde
 A atenção básica é a porta de entrada para o SUS.
 A universalidade e acessibilidade são essenciais para que feito o manejo e tratamento de transtornos
mentais no contexto da atenção primária, pois possibilita que maior número de pessoas tenha acesso mais
fácil e rápido aos serviços, fortalecendo a necessidade da articulação entre saúde mental e atenção básica.
 Cabe à atenção básica a efetivação de diversas formas de integralidade: integração de ações programáticas e
demanda espontânea; articulação das ações de promoção à saúde, prevenção de agravos, vigilância à saúde,
tratamento e reabilitação; trabalho de forma interdisciplinar e em equipe, e coordenação do cuidado na rede de
serviços.
 O princípio da equidade torna essencial para que as pessoas mais necessitadas tenham acesso aos serviços de
saúde mental na atenção básica.
 O Relatório Final da III Conferência Nacional de Saúde Mental reafirma as recomendações da 8ªConferência
Nacional de Saúde, que indicam a responsabilidade da UBS por 80% das necessidades de saúde da população,
incluindo atenção em saúde mental.
Estratégia de Saúde da Família(ESF)
 Principal modalidade de atuação da atenção básica.
 A ESF tem como princípios: atuação no território através do diagnóstico situacional, enfrentamento dos
problemas de saúde de maneira pactuada com a comunidade, buscando o cuidado dos indivíduos e das
famílias ao longo do tempo; buscar a integração com instituições e organizações sociais e ser espaço de
construção da cidadania.
 A ESF necessita da integração multiprofissional para tratar melhor as questões relativas à saúde mental.
 Os profissionais que trabalham na ESF também precisam de um treinamento voltado para o tratamento da
saúde mental, pois até nas unidades de saúde existe muito conhecimento na melhor forma de conduzir o
paciente e sua família no tratamento.
Reforma Psiquiátrica
 O início do processo de Reforma Psiquiátrica no Brasil é contemporâneo da eclosão do “movimento sanitário”
nos anos 70.
 Vai contra o modelo institucionalizado de atenção, que possuía práticas assistenciais que violentavam e
centralizavam o cuidado em instituições produtoras de exclusão social (Manicômios).
 Priorizou as ações voltadas para a inclusão social, cidadania e autonomia de pessoas portadoras de transtornos
mentais.
 Movimento social de profissionais, usuários e familiares para superar o modelo biomédico e hospitalocêntrico.
 Diminuir o estigma relacionado às doenças mentais na nossa sociedade.
Política de Saúde Mental
 Direcionada para o cuidado com os pacientes com transtornos severos e persistentes.
 A Coordenação Geral da Saúde Mental desenvolve, em 2001, uma série de documentos sobre a articulação
entre saúde mental e atenção básica.
 A OMS, em 2001, publica dez recomendações para o enfrentamento dos problemas de saúde mental
reforçando a importância do aspecto emocional na atenção à saúde.
 A atenção básica tem potencial para promover dois tipos e ações de saúde mental:
1. detectar queixas relativas ao sofrimento psíquico e prover uma escuta qualificada desse tipo de problemática.
2. Oferecer tratamento na própria atenção básica ou encaminhar os pacientes para serviços especializados
 Em 2007 é aprovada a inclusão da Saúde Mental como prioridade no Pacto pela Vida.
Saúde Mental Infantil na Atenção Básica
 Altas taxas de prevalência de transtornos mentais na população infantil.
 Os pais não costumam queixar-se dos problemas emocionais ou de comportamento de seus filhos aos
pediatras;
 Os pediatras têm dificuldade de identificar os problemas ou valorizar sua importância;
 Eles têm receio de colocar “rótulos deletérios” em seus pequenos pacientes;
 Além disso, os pediatras são relutantes em expressar o diagnóstico para os pais por recear não ter tempo ou
habilidade suficiente para lidar com o problema.
 
 
Ações desenvolvidas pelas equipes do PSF
 Visita domiciliar ao doente mental e seus familiares:
1. A visita domiciliar se destacou entre as ações realizadas pelos trabalhadores da ESF. Os profissionais realizam
atividades de acompanhamento no uso adequado da medicação , aquisição de receitas de psicotrópicos , esclarecem
dúvidas de familiares e orientam para o manejo do comportamento familiar com sofrimento mental, com o objetivo
de melhorar o convívio entre os familiares e incluir a família no tratamento. 
2. Ela também possibilita conhecer a realidade do portador de transtorno mental e de sua família.
3.  A equipe de saúde da família deve reconhecer que o núcleo familiar também necessita de apoio por parte do
serviço.
4. As ações de saúde mental na saúde da família devem fundamentar-se nos princípios do SUS e da Reforma
Psiquiátrica
5. A Reforma Psiquiátrica pressupõe a manutenção do doente mental em seu território, evitando a internação.
6. As Equipes de Saúde da Família devem estabelecer vínculos de compromisso e corresponsabilidade entre
seus profissionais de saúde e a população ligada por meio do conhecimento dos indivíduos, famílias e recursos
disponíveis nas comunidades; da busca ativa dos usuários e suas famílias para o acompanhamento ao longo do
tempo dos processos de saúde-doença, que os acometem ou poderão acometer; do acolhimento e do atendimento
humanizado e contínuo ao longo do tempo.
• Encaminhamento dos doentes mentais:

1. Os profissionais do PSF realizam encaminhamentos, como:

• Consultas com o médico clínico para o atendimento de queixas físicas e aquisição de receitas

• Encaminhamento para consultas especializadas para centro de convivência

• Encaminhamento para o CAP

• Encaminhamento para ambulatório

2. Alguns profissionais realizam a empurroterapia: encaminham o doente para outro profissional ou para outro
município sem a resolução do problema
 Oficinas terapêuticas, vínculo e acolhimento:
1. São atividades grupais desenvolvidas pela equipe da ESF e são desenvolvidas na UBS ou na própria
comunidade. 
2. Exemplos de atividades: oficinas de artesanato, oficinas de trabalhos manuais, grupos de caminhada,
terapia comunitária, oficina de pintura, recepção de saúde mental , atendimentos individuais e , quando
necessário, incorporação e participação da família. 
3. Oficinas com atividades manuais contribuem na efetivação do princípio da humanização no SUS.
4. As atividades promovem o ensino de habilidades, minimizando os sintomas da desabilitação dos
pacientes .
5. O processo terapêutico da Reabilitação Psicossocial ocorre através da construção da cidadania do
indivíduo, procurando a reabilitação e a convivência do paciente na sociedade.
6. O acolhimento e o vínculo na atenção básica são eixos norteadores na assistência e proporcionam um
atendimento humanizado aos pacientes
Os centros de Atenção Psicossocial (CAPS)
 O que são os CAPS:
Os Centros de Atenção Psicossocial são um serviço de saúde aberto e comunitário vinculado ao SUS. É
um lugar de tratamento para pessoas que sofrem de transtornos mentais. O objetivo é oferecer
atendimento à população de sua área de abrangência, criado para ser substitutivo às internações em
hospitais psiquiátricos.
 Como surgiram os CAPS:
O primeiro Centro de Atenção Psicossocial do Brasil foi inaugurado em março de 1986 em São Paulo.
Sua criação fez parte de um intenso movimento social que buscavam melhoria na assistência aos
doentes mentais. No decorrer do tempo, foram se consolidando como dispositivos eficazes na
diminuição de internações em hospitais psiquiátricos.

 Objetivos dos CAPS:


1. Prestar atendimento diário;
2. Promover a inserção social;
3. Dar suporte e supervisionar a saúde mental na rede básica;
4. Coordenar atividades de supervisão em unidades psiquiátricas.
 Requisitos físicos para os CAPS:
1. Consultórios;
2. Salas para atividades em grupo;
3.Espaços destinados à convivência;
4. Refeitórios e sanitários;
5. Espaço externo.

 Quem pode ser atendido pelos CAPS:


Pessoas com intenso sofrimento psíquico, que lhes impossibilita viver ou realizar atividades diárias.
Também podem ser atendidas pessoas com transtornos relacionais às substâncias psicoativas.
 Processos terapêuticos oferecidos pelos CAPS:
1. Atendimento intensivo: diário;
2. Atendimento semi-intensivo: até 12 dias por mês;
3. Atendimento não-intensivo: até três dias por mês.

 Recursos terapêuticos oferecidos pelos CAPS:


1. Atendimento individual;
2. Atendimento em grupo;
3. Atendimento para a família;
4. Atividades comunitárias.
 Os CAPS e a dinâmica de medicamentos:
Os CAPS podem organizar a rotina de distribuição de medicamentos, aquisição ou administração de
acordo com o diagnóstico e projeto terapêutico de cada um. Poderão dar cobertura às receitas prescritas
por médicos das equipes de Saúde da Família. O credenciamento na dispersão dos medicamentos deve
estar sujeito às normas de vigilância.

 Como podem ser divididas as oficinas terapêuticas:


1. Oficinas expressivas;
2. Oficinas geradoras de renda;
3. Oficinas de alfabetização.
 Diferença entre os CAPS:
1. I e II: atendimento diário de adultos;
2. III: atendimento diário e noturno de adultos durante sete dias da semana;
3. CAPSi: atendimento diário para infância e adolescência;
4. CAPSad: para usuários de substâncias psicoativas.
 Os CAPS na Saúde Pública e Atenção Básica:
São considerados dispositivos estratégicos para a organização da rede de atenção em saúde mental.
Suas ações devem estar fundamentadas nos princípios do SUS e da Reforma psiquiátrica.

• Profissionais que atuam:

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