Aula de Metabolismo Do Ferro

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FACULDADE MAURÍCIO DE NASSAU

CURSO DE BIOMEDICINA
DISCIPLINA DE BIOQUÍMICA CLÍNICA

METABOLISMO DO FERRO

PROFº: EDUARDO MACIEL, Esp, M.Sc.


FERRO
Importância Biológica

OXIDAÇÃO

Fe +2 REDUÇÃO
Fe +3

Participam de diversos
processos metabólicos ENZIMAS E
celulares COENZIMAS

Pode causar injúria tecidual Radicais Livres


BALANÇO DO FERRO

EXCESSO DEFICIÊNCIA
DISTRIBUIÇÃO DO FERRO CORPORAL

LOCALIZAÇÃO CONTEÚDO DE FERRO (mg)


Hemácias 3000
Músculo 400
Outros Tecidos 500
Plasma e Fluidos Extravasculares 5
Fígado, Baço e Medula Óssea Até 1000

Homem: 70 Kg de peso corporal


METABOLISMO DO FERRO

Cerca de 1 – 2 mg de ferro são O Controle da absorção


absorvidos diariamente intestinal de ferro é crítico
Regulação – Dieta; Estoque e
Eritropoiética
METABOLISMO DO FERRO
No plasma, todo o ferro
TRANSPORTE está ligado a
transferrina
+
Fe +3
APOTRANSFERRITINA

Fe +3
TRANSFERRITINA
METABOLISMO DO FERRO

MEDULA ÓSSEA
A principal via representa um
PLASMA
ciclo virtualmente fechado.

Hematopoiese: 20 – 25 mg de 80% do Ferro


ferro/ dia
SRE
A maior parte deste ferro
provém da destruição de
hamácias pelas células do
SER. Macrófago
METABOLISMO DO FERRO
Receptores Solúveis de Transferrina
Células não-
eritróides

Canal do íon Hemosiderina


ferro

Ferritina

Mitocôndria

A entrada de ferro nas células precursores dos eritrócitos é mediada por


proteínas transmembrana: receptor de transferrina
Sua expressão reflete: necessidades de ferro e a atividade eritropoiética.
METABOLISMO DO FERRO

ARMAZENAMENTO

+
Fe +3
APOFERRITINA

Encontrada em quase todas as células do


organismo

Hepatócitos e macrófagos da M.O. =


reserva de ferro prontamente disponível.
Fe +3
FERRITINA Quantidades de Ferritina no plasma são
proporcionais ao total de ferro
armazenado.
METABOLISMO DO FERRO

ARMAZENAMENTO

HEMOSSIDERINA – ferritina parcialmente desnaturada por


ação lisossomal.

Encontrada nas células do fígado, baço e M.O.

Menos eficaz que a ferritina na liberação do ferro.


METABOLISMO DO FERRO

EXCREÇÃO

Não há via fisiológica de excreção do ferro.

Em média, 1-2 mg de ferro são perdidos por dia.

MESTRUAÇÃO OUTRAS PERDAS DE


SANGUE

DESCAMAÇÃO DE CÉLULAS
DA MUCOSA INTESTINAL
MÉTODOS DE INVESTIGAÇÃO DO
METABOLISMO DO FERRO

EXCESSO DEFICIÊNCIA

Anemia por
Hemocromatose
deficiência de
hereditária
ferro

Anemia por Siderose


doença crônica Transfusional
INVESTIGAÇÃO LABORATORIAL

Hemoglobina e Índices Hematimétricos

Primeiro passo para investigação de anemia


Método padronizado
Gravidade da deficiência de ferro e resposta terapêutica
Redução do suprimento de ferro para eritropoiese

Ferro Sérico - PRINCÍPIO

Redução do pH
Transferrina – Fe3+ Transferrina + Fe3+

Agente Redutor
Fe3+ Fe2+

Fe2+ + Cromogênio Cromogênio-Fe2+


INVESTIGAÇÃO LABORATORIAL

Condições capazes de afetar a dosagem de


ferro sérico

ANTICONCEPCIONAIS
ORAIS
VARIAÇÃO PROCESSOS
NOTURNA CONTAMINAÇÃO INFAMATÓRIOS
DA AMOSTRA COM
FERRO
CICLO GRAVIDEZ
MENSTRUAL HEPATITE
AGUDA
INVESTIGAÇÃO LABORATORIAL

Capacidade Total de Ligação do Ferro - PRINCÍPIO

Fe3+
Transferrina Transferrina - Fe3+

Agente Redutor
Excesso de Fe3+ Fe2+

Fe2+ + Cromogênio Cromogênio-Fe2+

Capacidade Latente de Capacidade Total de


+ Ferro Sérico =
Ligação do Ferro Ligação do Ferro

V.R. = 140 – 280 µcg/dL V.R. = 60 – 160 µcg/dL V.R. = 240 – 410 µcg/dL
INVESTIGAÇÃO LABORATORIAL

Capacidade Total de Ligação do Ferro

Medida Indireta da Transferrina


Influenciada pelos mesmos fatores que afetam a dosagem
de ferro sérico

DIMINUIÇÃO AUMENTO

Sobrecarga de Processos Deficiência de


Ferro inflamatórios Ferro
crônicos
INVESTIGAÇÃO LABORATORIAL

TRANSFERRINA

Pode ser medida diretamente através de ensaios


imunométricos - NEFELOMETRIA

Parece haver boa correlação da Transferrina e CTLF

Transferrina (mg/L) = 0,7 x CTLF (µg/dL)

Ensaios carecem de padronização

V.R. = 130 – 275 µcg/dL (RN)


220 – 400 µcg/dL (ADULTO)
INVESTIGAÇÃO LABORATORIAL

ESTOQUE DE FERRO

Biópsia de
Medula Óssea Método Histoquímico

Medida do estoque
Ferritina corporal de ferro

Anemia por deficiência de ferro x


Diferenciação anemia de doença crônica
INVESTIGAÇÃO LABORATORIAL

V.R. 20 – 200 ng/dL


FERRITINA

Encontrada em pequena concentração no plasma

Pode ser medida através de imunoensaios

Quantidade plasmática reflete variações do estoque


corporal de ferro

Diminuída na deficiência de ferro

Aumentada na anemia de doença crônica, sobrecarga de


ferro, jejum prolongado, lesão hepática e nos processos
inflamatórios.
INVESTIGAÇÃO LABORATORIAL

RECEPTORES SOLÚVEIS DE
TRANSFERRITINA

Quantidade plasmática é proporcional à quantidade


presente na superfície das células

Medidas por ensaios imunométricos

Aumento da concentração ocorre precocemente na


deficiência de ferro

Não se observa aumento da concentração na anemia


de doença crônica ou infecções aguda
INVESTIGAÇÃO LABORATORIAL

RECEPTORES SOLÚVEIS DE
TRANSFERRITINA

Talassemia, mielodisplasias, anemias megaloblásticas e


hemolítica afetam os resultados.

Ensaios imunométricos carecem de padronização; unidades de


medição, intervalo de referência.
INVESTIGAÇÃO LABORATORIAL

VARIAÇÃO BIOLÓGICA
LOCAL ( CV INTRA-INDIVÍDUO)
Hemoglobina 3%
Ferro Sérico 27%
CTLF 11%
Ferritina 13%

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