O Mito Da Desterritorialização

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O Mito da

Desterritorialização.
Do “Fim dos Territórios à
Multiterritórrialidade.

Autor: Rogério Haesbaert


Biografia Acadêmica.
 Graduado em Licenciatura (1979) e Bacharelado (1980) em Geografia pela Universidade Federal de

Santa Maria, Mestre em Geografia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1986), Doutor em

Geografia Humana pela Universidade de São Paulo (1995, com Doutorado-Sandwich no Instituto de

Estudos Políticos de Paris), Pós-Doutorado em Geografia na Open University (Milton Keynes, Inglaterra,

2003). Professor (Associado) da Universidade Federal Fluminense, onde trabalha desde 1986. Professor

do Curso de Pós-Graduação em Políticas Ambientales y Territoriales da Universidade de Buenos Aires.

Professor Visitante da Open University (Milton Keynes, Inglaterra), da Universidade de Toulouse Le

Mirail (França), da Universidade de Paris VIII (Paris-St Denis), da UNAM-CRIM (México) e da Universidade

de Tucumán (Argentina). Pesquisador nível 1 do CNPq. Experiência nas áreas de Geografia Humana

(ênfase em Geografia Política e Cultural), Geografia Regional e Teoria da Geografia, atuando

principalmente nos seguintes temas: território, desterritorialização e globalização, identidade territorial,

região e regionalização. Entre suas publicações destacam-se os livros "O Mito da Desterritorialização:

do 'fim dos territórios' à multiterritorialidade" (edição espanhola por Siglo XXI Editores do México),

"Regional-Global: dilemas da região e da regionalização na Geografia contemporânea", "Des-

Territorialização e Identidade: a rede 'gaúcha' no Nordeste", "Territórios Alternativos" e "RS: Latifúndio

e Identidade Regional". Participou do comitê assessor do CNPq como representante de área de

Geografia Humana e foi membro da comissão de avaliação da Pós-Graduação em Geografia da

CAPES. (Texto informado pelo autor). http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?metodo=apresentar&id=K4783249D9


INTRODUÇÃO
 O AUTOR FAZ UM LEVANTAMENTO COM AUTORES DE OUTRAS
AREAS FORA DA GEOGRAFIA (SOCIOLOGIA, ANTROPOLOGIA,
FILOSOFIA, BIOLOGIA, ARQUITETURA E OUTROS)PESQUISANDO O
CONCEITO DE TERRITORIOS QUE ESSES PESQUISADORES
DISCUTEM, QUE MUITASVEZES DICOTOMICOS E SE REFEREM A
NOVOS TERRITORIOS E DA FORMA MAIS COMPLEXA O
FENOMENO DA MULTITERRITORIEDADE.
 O MUNDO ESTARIA SE DESTERRITORIALIZANDO ? SOB O
IMPACTO DOS PROCESSOS DE GLOBALIZAÇÃO QUE
“COMPRIMIRAM” O ESPAÇO E TEMPO, ERRADICANDO AS
DISTÂNCIAS PELA COMUNICAÇÃO INSTANTÂNEA E
PROMOVENDO A INFLUÊNCIA DE LUGARES MAIS DISTANTES UNS
SOBRE OUTRO.
¨¨

 O MUNDO DAS DIVISÕES TERRITORIAIS DOS


ESTADOS NAÇÕES NA FORMA DE COLCHA DE
RETALHOS, ESTARIA CONDENADO FRENTE AO
MUNDOS DA REDES, A “SOCIEDADE DA REDE” COMO
DENOMINOU MANUEL CASTELLS.

 “DESENHA-SE UM MUNDO “SEM FORNTEIRAS”,


ONDE FOI DECRETADO O “FIM DAS DISTÂNCIAS”,
TANTO PELA VELOCIDADE PERMITIDA AO NOSSO
DESLOCAMENTO FÍSICO PELO TRANSPORTES
QUANTO A INSTANTANIEDADE PROPORCIONADA
PELAS COMUNICAÇÕES, ESPECIALMENTE A
INTERNET.
...

 PARA ENTENDER A DESTERRITORIALIZAÇÃO


TEM DEFINIR O CONCEITO DE TERRRITORIO
PRIMEIRAMENTE.
 ELE TRABALHA EM CONCEITO MULTIPLOS:
 POLITICA – A REALAÇÃO ENTRE ESPAÇO E
PODER
 CONCEPÇÃO DE POLITICA-JURIDICA
RELACIONADO ESPAÇO E PODER
INSTITUCIONALIZADO OU SEJA
RELACIONADO O PORDE POLITICO DE
ESTADO.
...

 CULTURAL: PRIORIZA A DIMENSÃO SIMBÓLICA E


A MAIS SUBJETIVA/ O PRODUTO DA APROPIAÇÃO/
VALORAZAÇÃO SIMBÓLICA DE UM GRUPO EM
RELAÇÃO DO SEU ESPAÇO VIVIDO.
 NA CONCEPÇÃO ECONÔMICA – TENDO COMO
TERRITÓRIO COMO FONTE DE RERCURSOS E /OU
INCORPORADO NO EMBATE ENTRE CLASSES
SOCIAIS E NA RELAÇÃO DE CAPITAL E
TRABALHO, COMO PRODUTO DA DIVISÃO
“TERRITORIAL” DO TRABALHO POR EXEMPLO.
 O TERRITÓRIO NA PERPECTIVA MATERIALISTA
COMO CONOTAÇÃO VINCULADO AO ESPAÇO
FÍSICO.
...

 NA CONCEPÇÃO IDEALISTA O ESPAÇO COMO


REFERÊNCIA DE IDENTIDADE/ OU ESPAÇO MULTI-
IDENTIDADE QUE OBSERVAMOS NO TERRITÓRIO
CULTURAL, TOMANDO COMO EXEMPLO A
SOCIEDADE INDÍGENAS

 O CONTEITO DE TERRITÓRIO NAS CONCEPÇÕES


NATURALISTAS, SEJA QUE NO SENTIDO NO
COMPORTAMENTO DO ANIMAIS, DENTRO DO
ENTEDIMENTO DO COMPORTAMENTO “NATURAL”
DO HOMEM NA RELAÇÃO DA SOCIEDADE E
NATUREZA.
...
...
...

 DESTERRITORIALIZAÇÃO E MOBILIDADE

 NESTE CAPÍTULO O AUTOR SE PREOCUPA EM


RELACIONAR O PROCESSO DE
DESTERRITORIALIZAÇÃO COM A MOBILIDADE E A
IMOBILIDADE, MAS NECESSITA RETOMAR PROCESSOS
ABORDADOS NOS CAPÍTULOS ANTERIORES COMO
TERRITORIALIAZAÇÃO, RETERRITORIALIZAÇÃO E A
DES-RETORRITORIALIZAÇÃO. DIDATICAMENTE O
AUTOR INICIA A EXPLANAÇÃO FAZENDO A RELAÇÃO
ENTRE MOBILIDADE HUMANA E
DESTERRITORIALIZAÇÃO, TRAZENDO QUESTÕES COMO
O NOMADISMO E MIGRAÇÃO, EM SEGUIDA
COMPLEMENTA A DISCUSSÃO PONDERANDO A
DESTERRITORIALIZAÇÃO NA IMOBILIDADE
....

 O AUTOR AVALIA QUE NAS INTERPRETAÇÕES SOBRE


DESTERRITORIALIZAÇÃO, CITADAS NO CAPÍTULO 4, ONDE
TERRITÓRIO E AS DES-TERRITORIALIZAÇÃO COMPÕE UMA
DIMENSÃO ESPACIAL OU GEOGRÁFICA, FREQUENTEMENTE,
SÃO DESVINCULADAS DE SUA CONTRAPARTE
INDISSOCIÁVEL, A DIMENSÃO TEMPORAL E HISTÓRICA.
 PARA O AUTOR É NECESSÁRIO IR ALÉM DAS ABORDAGENS
QUE CONSIDERAM QUE MOBILIDADE É SINÔNIMO DE
DESTERRITORIALIZAÇÃO OU QUE ESTABILIDADE
SIGNIFICA, OBRIGATORIAMENTE, TERRITORIALIZAÇÃO.
TORNA-SE IMPORTANTE TRABALHAR COM UMA
CONCEPÇÃO MAIS DINÂMICA DE TERRITÓRIO, UMA
CONCEPÇÃO QUE INCORPORE A NOÇÃO DE
TERRITORIALIZAÇÃO NO MOVIMENTO.
...

 O AUTORDIALOGA COM AUTORES COMO DELEUZE E


GUATTARI PARA PONDERAR SOBRE A QUESTÃO DO
MOVIMENTO E CONCLUI QUE ASSIM COMO A
TERRITORIALIZAÇÃO PODE SER CONSTRUÍDA NO
MOVIMENTO A DESTERRITORIALIZAÇÃO TAMBÉM
PODE SE DESENVOLVER NA IMOBILIDADE.
 AO FALAR DA RELAÇÃO ENTRE MOBILIDADE HUMANA
E DESTERRITORIALIZAÇÃO O AUTOR FORMULA UMA
PERGUNTA: “ATÉ QUE PONTO MOBILIDADE
GEOGRÁFICA PODE SER VINCULADA A
DESTERRITORIALIZAÇÃO?” E INICIA A RESPOSTA
ALERTANDO QUE NÃO IRÁ ABORDAR A MOBILIDADE,
NEM NO SENTIDO RESTRITO DE MERO DESLOCAMENTO
NEM NO SEU EXTREMO COMO ABSTRAÇÃO.
...

 NESTE ITEM, A QUESTÃO DO NOMADISMO É


ABORDADA COM BASE EM DELEUZE E GUATTARI
(1996) E CRESWELL (1997), ESTE ÚLTIMO ATENTA
PARA O FATO DE QUE A FIGURA DO NÔMADE TER
MUDADO COMPLETAMENTE DE VALOR NOS
DISCURSOS MODERNOS PARA OS DISCURSOS PÓS-
MODERNOS.
MODERNIDADE “FIGURA AMEAÇADORA, QUE ROMPIA
COM O MODELO MAIS SAUDÁVEL DE
VIDA.”

PÓS-MODERNIDADE “METÁFORA GEOGRÁFICA POR


EXCELÊNCIA DA PÓS-MODERNIDADE.”
“ROMANTIZAÇÃO PROBLEMÁTICA DE UMA
FIGURA MARGINAL”
O AUTOR CONCLUI A DISCUSSÃO SOBRE O
...


NOMADISMO PONDO EM CHEQUE AS
INTERPRETAÇÕES TRADICIONAIS DE
MOBILIDADE E TERRITORIALIDADE
PONDERANDO QUE A TERRITORIALIDADE DO
NÔMADE É CONSTRUÍDA NA PRÓPRIA
MOBILIDADE ESPACIAL.
 O AUTOR TAMBÉM INICIA UMA DISCUSSÃO
SOBRE A CATEGORIA MIGRAÇÃO, QUE AVALIA
SER UMA CATEGORIA COMPLEXA QUE NÃO
PODERÁ SER TRABALHADA DE FORMA
SIMPLISTA. A MIGRAÇÃO, PARA O AUTOR,
PODERÁ SER VISTA COMO UM PROCESSO EM
DIVERSOS NÍVEIS DE DES-
TERRITORIALIZAÇÃO.
...

 O AUTOR REFORÇA, FREQUENTEMENTE DURANTE O


TEXTO, QUE É NECESSÁRIO RECONHECER A
ESPECIFICIDADE DA DINÂMICA SOCIEDADE-NATUREZA,
ESPECIALMENTE EM DETERMINADOS CONTEXTOS
POLÍTICOS E SOCIOCULTURAIS.
 PARA O AUTOR, “MIGRANTE” É UMA ENTIDADE
ABSTRATA, UM SOMATÓRIO DAS MAIS DIVERSAS
CONDIÇÕES SOCIAIS E IDENTIDADES ÉTNICO-
CULTURAIS. AO TRABALHAR O PROCESSO DE DES-
TERRITORIALIZAÇÃO DO MIGRANTE O AUTOR ENUMERA
VÁRIOS DETERMINANTES QUE DEVERÃO SER
ANALISADOS, DENTRE ELES AS CLASSES
SOCIOECONÔMICAS E OS GRUPOS CULTURAIS QUE
PERTENÇA. É EM MEIO A ESTA DISCUSSÃO QUE O AUTOR
EXPRESSA A NECESSIDADE DE DIVIDIR OS PROCESSOS
DE DESTERRITORIALIZAÇÃO EM:
...
 DESTERRITORIALIZAÇÃO DOS GRUPOS DOMINANTES: NESTE
PROCESSO A MOBILIDADE É OPCIONAL. É SEGURA
 DESTERRITORIALIZAÇÃO DAS CLASSES MAIS EXPROPRIADAS:
ESTE É O RESULTADO DA TOTAL FALTA DE ALTERNATIVAS. É A
BUSCA DA SIMPLES SOBREVIVÊNCIA.
 FINALIZANDO O DEBATE SOBRE MOBILIDADE HUMANA E
DESTERRITORIALIZAÇÃO O AUTOR INICIA A DISCUSSÃO
SOBRE DESTERRITORIALIZAÇÃO NA IMOBILIDADE. POIS PARA
ESTE AUTOR MUITOS GRUPOS SOCIAIS PODEM ESTAR
“DESTERRITORIALIZADOS” SEM DESLOCAMENTO FÍSICO,
BASTANDO PARA ISTO QUE VIVENCIEM UMA PRECARIZAÇÃO
DAS SUAS CONDIÇÕES BÁSICAS DE VIDA E/OU A NEGAÇÃO DE
SUA EXPRESSÃO SIMBÓLICO-CULTURAL. O QUE O AUTOR
DENOMINA CATEGORICAMENTE DE DESTERRITORIALIZAÇÃO IN
SITU.
 EXEMPLOS:
 PRISIONEIROS EM PRESÍDIO
 CAMPO DE CONCENTRAÇÃO
...

 O AUTOR PROPÕE PENSAR A


DESTERRITORIALIZAÇÃO COMO
MOVIMENTO QUE, LONGE DE ESTAR
FAZENDO DESAPARECER TERRITÓRIOS, OU
MESMO DE CORRER “PARALELO” A UM
MOVIMENTO TERRITORIALIZADOR. DEVE
SER INTERPRETADO COMO UM PROCESSO
RELACIONAL, DES-
RETERRITORIALIZADOR.
TERRITÓRIOS REDES E AGLOMERAÇÕES DE
EXCLUSÃO
 ONDE OCORRE CONTROLE DE FLUXO E CONEXÃO
 TERRITÓRIOS DESCONTINUOS (COMERCIANTES, AS
ROMARIAS).
 CONFORME O AUTOR MARCELO DE SOUZA UM EXEMPLO
CLARO DE TERRITÓRIOS REDES, É O CONTROLE DOS
TRAFICANTES DO RIO DE JANEIRO EM DETERMINADA
REGIÃO/ZONA, ONDE QUE CONTROLAM A FAVELA DA
ROCINHA QUE PERTECEM A ZONA SUL DO RIO DE
JANEIRO, E CONTROLAM UMA OUTRA FAVELA NA ZONA
NORTE DA CIDADE , E QUE MUITAS DA VEZES É
COMANDADA DENTRO DE PRESIDIOS FLUMINENSES POR
CELULARES.
 AS EMPRESAS TRANSNACIONAIS E O TERRORISMO
... GLOBALIZADO SÃO CONSIDERADOS TERRITÓRIOS
REDES.
 O AUTOR FALA DA VISÃO DA DICOTÔMICA ENTRE
TERRITÓRIO-REDE.
...

 AGLOMERADOS DE EXCLUSÃO
MULTITERRITÓRIALIDADE
 DIFERENTES TERRITÓRIOS, COMO AUTOR FALA SOBRE
ENCAIXE ( TERRITÓRIO MUNICIPAL/ESTADUAL/ESTADO
NAÇÃO)
 OS INDIGENAS DA MESMA ETNIA QUE VIVEM NA
FRONTEIRAS DE PAISES VIZINHOS CONVIVE COM A
MULTITERRITÓRIALIDADE, NO SENTIDO QUE A
MOBILIDADE E TEMA CENTRAL PARA SOBREVIVÊNCIA DOS
INDIGENAS ROMPENDO FRONTEIRAS NACIONAIS.
 O HIBRIDISMO CULTURAL QUE PODEMOS TIRAR COMO
EXEMPLO EM UM BAIRRO TEMOS TEMPLOS MULÇUMANOS
E OUTRA PARTE ENCONTRAMOS A DEVOÇÃO DA FÉ
CATOLICA . OU MESMO O BAIRROS COM NACIOLIDADES
(JAPONES, ALEMAES ,CHINESES E OUTROS)
O MITOO DA DESTERRITÓRIALIZAÇÃO

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