Proteção Do Sistema Elétrico de Potência - Aula 2

Fazer download em pptx, pdf ou txt
Fazer download em pptx, pdf ou txt
Você está na página 1de 98

Proteção do

Sistema Elétrico
de Potência
Prof. Msc. Wemerson Rocha Ferreira
Unidade 1:
Introdução à proteção dos
sistemas elétricos
Seção 2:
Característica de operação dos
relés
Unidade 1 – Seção 2

Origens do releamento digital

1
Unidade 1 – Seção 2

Funções de
segurança

Velocidade
X Implementação
Capacidade de computacional
processamento

Substituição de
Estímulo
ferramentas
intelectual
analíticas

Falta de

1
Evolução de
incentivos
algorítmos
econômicos
Unidade 1 – Seção 2

Fundamentos básicos sobre relés


digitais

1
Unidade 1 – Seção 2

O relé digital é um sistema microprocessado composto por


subsistemas com funções bem definidas.

A Figura 1.12 mostra os subsistemas de um relé digital.

1
Unidade 1 – Seção 2

1
Unidade 1 – Seção 2

1
Unidade 1 – Seção 2

O processador é o elemento central na arquitetura, pois


ele é responsável por executar os algoritmos e por se
comunicar com periféricos externos.

1
Unidade 1 – Seção 2

1
Unidade 1 – Seção 2

1
Unidade 1 – Seção 2

A memória RAM (Random-Access Memory) pode ser


interpretada como um buffer de dados que armazena
temporariamente as informações.

1
Unidade 1 – Seção 2

1
Unidade 1 – Seção 2

1
Unidade 1 – Seção 2

A memória ROM (Read-Only Memory) é utilizada para


armazenar permanentemente os algoritmos.

A memória PROM (Programmable Read-Only Memory) é


responsável por armazenar determinados parâmetros e
configurações do relé que podem ser alterados quando
necessário, contudo, uma vez definidos, esses parâmetros
permanecem inalterados mesmo se o suprimento de
energia for interrompido.

1
Unidade 1 – Seção 2

1
Unidade 1 – Seção 2

1
Unidade 1 – Seção 2

A memória EPROM (Erasable Programmable Read-Only


Memory) também não perde seu conteúdo quando o
suprimento de energia é cessado, porém os dados podem
ser apagados e a memória pode ser reutilizada quando
necessário.

1
Unidade 1 – Seção 2

1
Unidade 1 – Seção 2

1
Unidade 1 – Seção 2

A memória de massa (auxiliar ou externa) é capaz de


armazenar uma quantidade massiva de dados.

Ela é útil especialmente quando desejamos armazenar


registros de eventos, dados de falha, oscilografias e
alterações feitas na configuração do relé.

1
Unidade 1 – Seção 2

1
Unidade 1 – Seção 2

1
Unidade 1 – Seção 2

Tensões e correntes analógicas são fornecidas por


transformadores de potencial (TP) e de corrente (TC),
respectivamente.

Além de sinais analógicos, os relés também processam


entradas digitais. Usualmente, essas entradas
representam o status de chaves, ou seja, contatos abertos
ou fechados que são obtidos de outros relés ou
equipamentos presentes na subestação.

1
Unidade 1 – Seção 2

1
Unidade 1 – Seção 2

1
Unidade 1 – Seção 2

Esses sinais (analógicos ou digitais) devem passar por uma


etapa de condicionamento de sinal para que suas
magnitudes sejam compatíveis com o nível de tensão da
placa eletrônica do relé.

1
Unidade 1 – Seção 2

1
Unidade 1 – Seção 2

1
Unidade 1 – Seção 2

Uma vez condicionados, os sinais analógicos são


convertidos em digital pelo conversor analógico-digital
(CAD) que aplica o processo denominado
amostragem/retenção para aquisição de amostras do sinal
analógico.

Este processo é sincronizado por um clock de


amostragem.

1
Unidade 1 – Seção 2

Geralmente, o valor máximo do sinal que o conversor AD


pode processar é restrito ao fundo de escala de ±10 V,
contudo, esse valor pode variar de fabricante para
fabricante.

Os sinais analógicos de corrente e tensão oriundos dos


enrolamentos secundários do TC e do TP devem ser
condicionados adequadamente de modo a respeitarem o
fundo de escala do CAD.

Uma importante característica do CAD é a sua resolução


em bits. Salienta-se que a resolução impõe limites na
capacidade em descrever o sinal analógico através de uma
representação digital suficientemente detalhada. 1
Unidade 1 – Seção 2

A resolução de uma entrada analógica é o menor incremento de


sinal que pode ser detectado por um sistema de aquisição de
dados.

A resolução pode ser expressa em bits, em proporções ou em


porcentagem do fundo de escala.

1
Unidade 1 – Seção 2

Diante disso, todo CAD possui uma imprecisão denominada


erro de quantização (eq) ou ruído de quantização.

Em geral, se a resolução do CAD é de N bits, e a sua


tensão máxima de entrada é V volts, o erro de quantização
é dado pela Equação (1.7):

1
Unidade 1 – Seção 2

1
Unidade 1 – Seção 2

1
Unidade 1 – Seção 2

Tanto para o caso de processamento de sinais analógicos


quanto para as entradas digitais é necessária a aplicação
de filtros de supressão de surtos, visando isolar o relé
contra interferência eletromagnética proveniente da
subestação.

1
Unidade 1 – Seção 2

Antes do processo de amostragem, no caso de


processamento de sinais analógicos, estes devem ser
filtrados por um filtro especial denominado filtro anti-
aliasing, cujo objetivo é evitar ou minimizar o efeito
aliasing, também conhecido como recobrimento de
frequência.

1
Unidade 1 – Seção 2

O falseamento de frequência é o efeito da amostragem que


ocorre quando duas funções tipo seno ou cosseno não podem
ser discriminadas a partir de suas amostras.

O falseamento de frequência é também conhecido como


aliasing (do inglês alias = apelido)

1
Unidade 1 – Seção 2

1
Unidade 1 – Seção 2

1
Unidade 1 – Seção 2

1
Unidade 1 – Seção 2

O relé é responsável por acionar disjuntores de proteção,


então, ele comanda saídas digitais para essa finalidade.

1
Unidade 1 – Seção 2

1
Unidade 1 – Seção 2

1
Unidade 1 – Seção 2

A comunicação e a interoperabilidade do relé são


asseguradas por portas de comunicação (serial ou
paralela) que habilitam a troca de dados com o sistema
SCADA, assim como para outros periféricos da subestação.

1
Unidade 1 – Seção 2

1
Unidade 1 – Seção 2

O processador do relé digital processa uma quantidade


limitada de amostras, oriundas do CAD, para realizar um
determinado cálculo.

Em outras palavras, o processador trata um número


limitado de amostras tomadas em intervalos uniformes
y(nTs); (n = 0, 1, 2, ..., N-1).

Quando lidamos com ondas periódicas de tempo-


contínuo, a informação contida nessas ondas se encontra
no seu intervalo de periodicidade, portanto, podemos
concluir que as amostras de um sinal analógico devem ser
tomadas dentro do seu período (T), também denominado de
janela de dados ou intervalo de observação. 1
Unidade 1 – Seção 2

Uma sequência discreta de amostras deve conter a


informação original contida no sinal de tempo-contínuo,
assim, a quantidade mínima de amostras que deve ser
extraída de um sinal de tempo-contínuo para que a
informação desse sinal seja preservada é dada pelo
teorema da amostragem de Nyquist-Shannon.

1
Unidade 1 – Seção 2

“A frequência de amostragem de um sinal analógico deve ser, no


mínimo, duas vezes maior que a máxima frequência encontrada
no sinal”.

Ou seja, um sinal cuja máxima frequência é 60 Hz, tem que ser


amostrado com uma frequência de no mínimo 120 Hz. Caso a
frequência de amostragem não obedeça a essa relação, ocorrerá
o efeito denominado aliasing, ou recobrimento de frequência.

1
Unidade 1 – Seção 2

Uma sequência discreta de amostras deve conter a


informação original contida no sinal de tempo-contínuo,
assim, a quantidade mínima de amostras que deve ser
extraída de um sinal de tempo-contínuo para que a
informação desse sinal seja preservada é dada pelo
teorema da amostragem de Nyquist-Shannon.

1
Unidade 1 – Seção 2

Qual o impacto em amostrar um


sinal analógico cuja frequência é
diferente de fo usando um CAD
cuja amostragem é um múltiplo
inteiro de fo ?

1
Unidade 1 – Seção 2

Se um sinal estiver operando na frequência fo e, por


exemplo, N=36 amostras são retiradas do seu período T, a
frequência de amostragem será igual a 2160 Hz (valor
inteiro), assim, para essa condição, os cálculos executados
pelo processador com base nessas amostras estarão livres
de erros.

1
Unidade 1 – Seção 2

Contudo, se o sinal estiver operando na frequência, por


exemplo, de 60 + 0,02 Hz, a frequência de amostragem
será igual a 2160,72 Hz (valor racional), que não pode ser
obtida fielmente por um CAD com clock de amostragem
fixo.

Portanto, o resíduo de 0,72 Hz irá impor erros nos cálculos


executados pelo processador.

Tal erro é denominado de efeito leakage, que em essência


provoca o que denominamos de espalhamento espectral
de frequência.

1
Unidade 1 – Seção 2

Para a aplicação da transformada de Fourier é necessário definir


uma amostra do sinal (extrai-se uma parte do sinal com
comprimento finito).

Quando esta amostra não possui característica periódica,


estimativas incorretas de amplitude e freqüência ocorrem. Este
erro é conhecido como “Leakage” ou vazamento.

1
Unidade 1 – Seção 2

No “Leakage” a energia real do sinal é espalhada pelo espectro de


freqüência e a energia “vaza” de um Δf particular em Δfs
adjacentes.
Diferentemente do aliasing os efeitos do “Leakage” não podem
ser eliminados.

Sinal
periódico

Transformada
de Fourier

Sinal
não-periódico

1
Unidade 1 – Seção 2

De posse dos fundamentos básicos sobre relés digitais


abordaremos agora as características operativas dos
principais relés encontrados no sistema elétrico, dentre os
quais citam-se:

 Relé de sobrecorrente (51);


 Relé direcional (67); e
 Relé de distância (21).

Os números indicados entre parênteses são números que


caracterizam a função destes relés.

1
Unidade 1 – Seção 2

Funções de proteção

1
Unidade 1 – Seção 2

As funções de proteção e manobra são caracterizadas por


um código numérico que indica o tipo de proteção a que
se destina um relé.

Um relé pode ser fabricado para atuar somente na


ocorrência de um determinado tipo de evento, respondendo
a esse evento de uma única forma. Nesse caso, diz-se que
o relé é monofunção.

Outros relés, no entanto, são fabricados para atuar na


ocorrência de vários tipos de evento, respondendo a esses
eventos de duas ou mais formas. Nesse caso, diz-se que o
relé é multifunção.
1
Unidade 1 – Seção 2

Para padronizar e universalizar os vários tipos de funções


foi elaborada uma tabela pela ANSI – American National
Standards Institute – com a descrição da função de
proteção e do código numérico correspondente.

Esse código atualmente é aplicado em qualquer projeto de


proteção no Brasil e em grande parte dos países, facilitando
sobremaneira o entendimento pleno dos esquemas de
proteção.

1
Unidade 1 – Seção 2

Relé de sobrecorrente (51)

1
Unidade 1 – Seção 2

Quando uma falta ocorre no sistema elétrico, seja em redes


de transmissão ou de distribuição, a magnitude da
corrente de curto-circuito é quase sempre maior que a
magnitude da corrente de carga no instante anterior à falta
(corrente de pré-falta) em qualquer elemento do sistema.

Aproveitando-se dessa característica, um princípio simples


e efetivo de proteção consiste em avaliar a magnitude da
corrente como um indicador de falta.

Os relés de sobrecorrente (como são popularmente


conhecidos) são incumbidos de realizar tal tarefa.

1
Unidade 1 – Seção 2

Vamos tomar o sistema elétrico radial ilustrado na Figura


1.13, no qual é assumido a presença de um gerador
somente no lado esquerdo do sistema.

1
Unidade 1 – Seção 2

Para uma falta dentro da zona primária de proteção, a


corrente de curto-circuito é menor na extremidade final
da linha e maior na extremidade inicial onde está alocado
o relé.
Essa constatação é válida, pois, quanto mais longe for a
falta em relação à fonte, maior será a impedância
característica da linha de transmissão, ou seja, maior será a
oposição vista pela corrente de curto-circuito.

1
Unidade 1 – Seção 2

Se a corrente mínima de falta (iCC_MIN) > a corrente


máxima de carga (iMAX_CARGA), como mostra a Figura 1.14, é
possível definir o princípio de funcionamento de um relé de
sobrecorrente de acordo com a Equação (1.8):
Unidade 1 – Seção 2

A Equação (1.8) descreve a característica de operação ideal


mostrada na Figura 1.15 (a).
Unidade 1 – Seção 2

O relé não opera (tempo de operação infinito) enquanto |I|


é inferior a iLIMIAR.

Se |I| excede iLIMIAR , o relé opera levando um tempo de TMIN


para fechar seus contatos. Este tipo de relé é chamado de
relé instantâneo.
Unidade 1 – Seção 2

Não obstante, muitas vezes é desejável que o tempo de


operação dependa do valor da magnitude de corrente,
nesse caso, temos relé de sobrecorrente temporizado,
como ilustra a Figura 1.15 (b) .
Unidade 1 – Seção 2

Relé direcional (67) e


Relé de distância (21)

1
Unidade 1 – Seção 2

Quando o sistema elétrico não é radial e/ou possui


múltiplos geradores, o relé de sobrecorrente pode ter
dificuldades em fornecer uma proteção adequada, pois ele
pode operar indevidamente quando uma falta fora da zona
de proteção inverte o sentido do fluxo da corrente de
curto-circuito.

Esta situação é resolvida empregando-se um relé


direcional, de modo que ele não opere quando a corrente
de curto-circuito fluir para fora da zona de proteção, e opere
somente quando a corrente de curto-circuito fluir no
“sentido” da zona.

1
Unidade 1 – Seção 2

A identificação do sentido da corrente de falta é obtida


através da comparação entre o ângulo de fase da
corrente de falta e o ângulo de fase da tensão no
barramento no qual o relé está alocado.

Na ocorrência de um curto-circuito, a corrente de falta flui


apenas pelas LTs que possuem impedâncias quase que
puramente indutivas, como consequência a corrente de falta
fica defasada próximo de 90° da tensão do barramento.

1
Unidade 1 – Seção 2

Assim, assegurando que o ângulo da tensão seja a


referência angular, isto é 0°, e que o ângulo de fase da
corrente de curto-circuito seja θ, então o princípio de
operação do relé direcional pode ser descrito pela Equação
(1.9):

1
Unidade 1 – Seção 2

Vamos considerar a Figura 1.16. Pode-se observar que,


para um curto-circuito fora da zona de proteção, o ângulo
de fase do fasor da corrente de curto (îCC) tende a ficar
cerca de 90° adiantado em relação ao ângulo da tensão no
barramento de referência, portanto, o relé não deve operar.

1
Unidade 1 – Seção 2

Contudo, se o curto-circuito ocorrer dentro da zona de


proteção, o ângulo do fasor da corrente de falta estará
próximo de 90° atrasado em relação ao ângulo da tensão
no barramento de referência, dessa maneira, o relé deve
operar.

Salienta-se que os fasores computados pelo relé direcional


podem ser determinados pelo algoritmo da TDF.

1
Unidade 1 – Seção 2

1
Unidade 1 – Seção 2

1
Unidade 1 – Seção 2

Como mencionado no conteúdo sobre relés de


sobrecorrente, o valor da corrente iLIMIAR deve ser mantido
entre a corrente máxima de carga e a corrente mínima
de falta, contudo, em redes de alta e extra-alta tensão
esses parâmetros não são bem definidos, tampouco
suficientemente separados um do outro para permitir um
ajuste seguro dos relés.

Nesses casos, o relé de distância fornece a proteção


requerida.

1
Unidade 1 – Seção 2

Considere a LT mostrada na Figura 1.19.

1
Unidade 1 – Seção 2

Assumindo que haja um curto-circuito na distância W, a


Equação (1.10) é assumida como válida:

1
Unidade 1 – Seção 2

Em suma, ZEF deve ser ajustado no relé, pois ele representa


uma porção, ou fração, da impedância ZLT.

Assim, para toda impedância estimada cujo valor é


inferior a ZEF , o relé deve operar, caso contrário, ele não
deve atuar.

Os relés de distância recebem esse nome em virtude de


serem efetivamente empregados na determinação da
distância da falta em uma LT.

1
Unidade 1 – Seção 2

Devemos notar que a Equação (1.10) estabelece a relação


entre quantidades complexas (tensão e corrente), cujo
resultado também será uma quantidade complexa
(impedância).
Consequentemente, a análise deve ser realizada no plano
complexo, como mostra a Figura 1.20.

1
Unidade 1 – Seção 2

Para falhas em LTs, a relação mostrada em (1.10) é um


número complexo situado entre os barramentos A e B da LT.

No entanto, podem ocorrer imprecisões nos


transformadores de instrumentação e até mesmo nos relés
(efeito leakage), portanto, torna-se necessário delimitar uma
região de falha no plano complexo que englobe o
segmento A-B.

1
Unidade 1 – Seção 2

Um retângulo, um círculo ou um segmento de círculo


são formas aceitáveis e definem a zona de proteção no
plano R-X (resistência x reatância).

Quando a operação do relé é baseada na forma circular


tangente à origem, como mostrado na Figura 1.20, o relé é
denominado de “mho” ou de admitância.

1
Unidade 1 – Seção 2

Contudo, uma forma mais precisa pode ser definida de


modo a ocupar uma área mínima no plano complexo R-
X, para tanto, um quadrilátero envolvendo o segmento A-B
pode ser empregado, assim, relés cuja operação é baseada
nessa forma são denominados de quadrilaterais.

Ressaltamos que outras formas do plano R-X podem ser


encontradas na literatura, como mostra a Figura 1.21, além
disso, todas essas formas podem ser parametrizadas nos
relés de distância digitais.

1
Unidade 1 – Seção 2

Devemos lembrar que os relés de distância calculam a


impedância ZEF em função dos sinais oriundos do TP e do
TC.

Portanto, dizemos que ele executa o cálculo indireto da


impedância, ou seja, ZEF é uma impedância associada com
a tensão e a corrente do secundário do TP e do TC,
respectivamente.

1
Unidade 1 – Seção 2

Contudo, é imprescindível que ZEF seja associada a real


impedância (ZP) da linha, vista entre o relé e o ponto onde
ocorreu a falta.

Para tanto, devemos utilizar a Equação (1.11)

1
Unidade 1 – Seção 2

Situação-problema 1

1
Unidade 1 – Seção 2

Vamos assumir que você é o supervisor de uma empresa


de consultoria que elabora esquemas de proteção para LTs.

Um determinado cliente contratou a sua empresa para


elaborar um esquema de proteção que englobe 85% de
uma LT de 400 km, com impedância característica
ZCLT=(0,4+j0,8) Ω/km .

O cliente deseja utilizar um relé de distância tipo


reatância.

1
Unidade 1 – Seção 2

Esse dispositivo recebe sinais por um transformador de


potencial com relação 138kV/10V e por um transformador
de corrente de 1500A/5A.

Com base nos dados fornecidos, você precisa determinar o


valor da impedância a ser ajustada no relé.

1
Unidade 1 – Seção 2

 Quais os passos a serem seguidos para o correto


ajuste de um relé de distância assumindo uma dada
região do plano resistência-reatância (R-X)?

 Por que o relé de distância realiza o cálculo indireto


da impedância da LT?

1
Unidade 1 – Seção 2

Primeiramente, é necessário calcular a impedância da linha


relativa a 85% do seu comprimento.

Note que o comprimento da linha foi multiplicado por um


fator de 0,85 correspondente aos 85% desejados.

1
Unidade 1 – Seção 2

Após este cálculo, você precisa determinar a impedância


ZEF a ser ajustada no relé, portanto, isso pode ser feito
utilizando a Equação 1.11 que foi apresentada
anteriormente. Fazendo os cálculos apropriados, teremos a
impedância conforme indicado a seguir

1
Unidade 1 – Seção 2

A impedância obtida tem valores referentes à resistência e


reatância.

Entretanto, o desejo do cliente é utilizar um relé de


distância é do tipo reatância, de forma que o valor que
você deve ajustar para realizar a proteção solicitada é
5,913Ω .

Assim, você deverá proceder com este ajuste no relé antes


de realizar os testes com o sistema de proteção, de forma
que a tarefa de parametrização do relê pode ser concluída
com êxito.

1
Unidade 1 – Seção 2

Situação-problema 2

1
Unidade 1 – Seção 2

Frequentemente o profissional de proteção é incumbido de


avaliar o esquema de proteção de sistemas elétricos.

Ele deve possuir a capacidade de inferir quais tipos de relés


podem ou não ser empregados nos esquemas de proteção,
levando-se em conta a topologia do sistema e, acima de
tudo, da relação custo-benefício para implantação.

Imagine que você, como profissional de proteção que presta


serviços de consultoria, é contratado por uma grande
empresa do setor elétrico brasileiro para realizar a avaliação
da proteção do sistema elétrico genérico mostrado no
diagrama unifilar da Figura 1.22.
1
Unidade 1 – Seção 2

1
Unidade 1 – Seção 2

A empresa solicitou que a proteção seja feita,


preferencialmente, por relés direcionais para qualquer falta
que ocorrer nas LTs 1, 2, 3 e 4.

 Face ao exposto, quantos e quais relés podem ser


direcionais?

Você também pode gostar