Modelos Pedagógicos2
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Modelos Pedagógicos2
Formação Tecnológica
Disciplina: Planeamento e Desenvolvimento
UFCD 3276: Modelos Pedagógicos em Educação
Ano Letivo: 2017/18 Profª. Maria Margarida Soares
MODELOS PEDAGÓGICOS
PERCURSORES DA EDUCAÇÃO INFANTIL
Foram muitos os estudiosos da educação, destacando-se com as suas teorias e demonstrando grande interesse pela
formação de crianças.
Quanta se fala de reconhecimento da necessidade de uma atenção especial e diferenciada na educação infantil, destacam-se
alguns percursores da educação pré-escolar.
Os antigos gregos consideravam a educação infantil como uma “criação”; cabia às mães educarem os filhos até à idade de
sete anos e depois disso os meninos eram entregues à educação militar, as meninas permaneciam sobre a tutela das
mulheres, aprendendo em casa as tarefas domésticas.
O mesmo modelo de educação infantil informal foi usado na Roma Antiga, a educação familiar um instrumento de formação
para o futuro cidadão.
Durante vários períodos a educação tentou fazer da criança uma cópia do adulto, esquecendo-se que a infância existe e
precisa ser vivida.
Ainda antes de Cristo, os filósofos Sócrates e Platão se interessaram com a educação da criança, mas sem grandes resultados.
Depois, foi a partir do Século XVI e XVII que se iniciou um processo irreversível pelo interesse da educação, com grandes
precursores, dos quais destacamos, em particular, os que se interessaram pela Educação Pré-Escolar.
PERCURSORES DA EDUCAÇÃO INFANTIL
Já no final do século XVIII, surgem três educadores cuja pedagogia deu início a um trabalho em salas de
aulas diferentes das daquela época, mas que até hoje tem seus resultados evidenciados.
• Idealizou uma educação que pudesse mudar a terrível condição de miséria do povo e o seu entusiasmo
obrigou os governantes a interessarem-se pela educação das crianças das classes desfavorecidas.
•Acreditava na educação como um desenvolvimento total do indivíduo, num conjunto moral, intelectual e
físico, cuja potencialidade se encontra na criança, que deve ser estimulada, principalmente no lar em que
vive: "A escola deve ser a continuação do lar. É no lar que se encontra o fundamento de toda a cultura
verdadeiramente humana e social“.
•O indivíduo, desde criança, possui todos os meios necessários para a socialização plena e que o papel do
educador é justamente promover o desenvolvimento desses valores já existentes em cada indivíduo.
• Para ele, a mãe é a figura central do desenvolvimento educacional
•Foi dos educadores que mais valorizaram o afecto no ensino e tratamento com crianças.
PERCURSORES DA EDUCAÇÃO INFANTIL
•Os seus ideais na educação foram considerados politicamente radicais e, durante alguns anos, foram banidos.
•Em 1837 abriu o primeiro jardim-de-infância, onde as crianças eram consideradas como plantinhas de um jardim,
do qual o professor seria o jardineiro; de início foram chamados “viveiros infantis”.
•A criança expressar-se-ia através das actividades de percepção sensorial, da linguagem e do brinquedo. A linguagem
oral seria associada à natureza e à vida.
•Para ele o desenvolvimento ocorre segundo as seguintes etapas: a infância, a meninice, a puberdade, a mocidade e a
maturidade, todas elas igualmente importantes.
•Foi o primeiro educador a enfatizar o brinquedo, a actividade lúdica, a apreender o significado da família nas
relações humanas.
• Idealizou recursos sistematizados para as crianças se expressarem: blocos de construção que eram utilizados pelas
crianças nas suas actividades criadoras, papel, papelão, argila e serradura. O desenho e as actividades que envolvem
o movimento e os ritmos eram muito importantes. Para a criança se conhecer, o primeiro passo seria chamar a
atenção para os membros de seu próprio corpo, para depois chegar aos movimentos das partes do corpo. Valorizava
também a utilização de histórias, mitos, lendas, contos de fadas e fábulas, assim como as excursões e o contacto com a
natureza.
•Uma das melhores ideias com que Froebel contribuiu para a Pedagogia moderna foi a de que o ser humano é
essencialmente dinâmico e produtivo, e não meramente receptivo. O homem é uma força auto-geradora e não uma
esponja que absorve conhecimento do exterior.
PERCURSORES DA EDUCAÇÃO INFANTIL
•Por se basear no princípio de que a mente humana apenas apreende novos conhecimentos e só participa do aprendizado
passivamente, o herbartianismo resultou num ensino que hoje qualificamos de tradicional. “As escolas herbartianas
transmitiam um ensino totalmente receptivo, sem diálogo entre professor e aluno e com aulas que obedeciam a esquemas
rígidos e preestabelecidos”.
•Ele tinha o intuito de mecanizar a educação, que deveria seguir minuciosamente cinco etapas para o acto de ensinar:
- a preparação, que é o processo de relacionar o novo conteúdo a conhecimentos ou lembranças que o aluno já possua, para
que ele adquira interesse na matéria;
- a apresentação ou demonstração do conteúdo.
- a associação, na qual a assimilação ou aprendizagem do assunto se completa por meio de comparações minuciosas com
conteúdos anteriores.
- a generalização, que parte do conteúdo recém-aprendido para a formulação de regras globais; é especialmente importante
para desenvolver a mente além da percepção imediata.
- a aplicação, que tem como objectivo mostrar utilidade para o que se aprendeu.
•Apesar de tudo não se pode negar que Herbart foi um dos pensadores que mais se interessaram pela psicologia do educando e
PERCURSORES DA EDUCAÇÃO INFANTIL
•Crê que as crianças trazem dentro de si o potencial criador que permite que elas mesmas conduzam a sua aprendizagem e
encontrem um lugar no mundo.
•A pedagogia de Montessori insere-se no movimento das Escolas Novas, uma oposição aos métodos tradicionais que não
respeitavam as necessidades e os mecanismos evolutivos do desenvolvimento da criança.
• O método Montessori parte do concreto para o abstracto. Baseia-se na observação de que as crianças aprendem melhor
pela experiência directa de procura e descoberta.
•Estes materiais são constituídos por peças sólidas de diversos tamanhos e formas: caixas para abrir, fechar e encaixar;
botões para abotoar; séries de cores, de tamanhos, de formas e espessuras diferentes; colecções de superfícies de diferentes
texturas e campainhas com diferentes sons.
• O aluno usa, individualmente, os materiais à medida da sua necessidade. A livre escolha das actividades pela criança é
outro aspecto fundamental para que exista a concentração e para que a actividade seja formadora e imaginativa. Essa
escolha realiza-se com ordem, disciplina e com um relativo silêncio. O silêncio desempenha papel preponderante. A
criança fala quando o trabalho assim o exige e a professora não precisa falar alto.
PERCURSORES DA EDUCAÇÃO INFANTIL
O Método Montessori contempla doze pontos essenciais:
•Revelou que a criança pequena pode ser uma amante do trabalho intelectual, escolhido de forma espontânea, e assim,
realizado com muita alegria.
•Em cada etapa do crescimento mental da criança são proporcionadas actividades com as quais se desenvolvem as suas
faculdades.
•Ainda que ofereça à criança uma grande espontaneidade consegue capacitá-la para alcançar os mesmos níveis, ou até
mesmo níveis superiores de sucesso escolar, que os alcançados sobre os sistemas antigos.
•Consegue uma excelente disciplina apesar de prescindir de recompensas e castigos. Explica-se tal facto por se tratar de
uma disciplina que tem origem dentro da própria criança e não imposta de fora.
•Baseia-se num grande respeito pela personalidade da criança, concedendo-lhe espaço para crescer com maior
independência, dando-lhe mais liberdade que se constitui no fundamento de uma disciplina real.
• Permite ao professor tratar cada criança individualmente em cada matéria, e assim, fazê-lo de acordo com as suas
necessidades individuais.
• A teoria de Piaget do desenvolvimento cognitivo é uma teoria de etapas, uma teoria que pressupõe que os seres humanos
passam por uma série de mudanças ordenadas e previsíveis. Uma escola que se diga fundamentada na teoria de Jean
Piaget, deve ter a sua prática pedagógica orientada por alguns dos seus princípios básicos:
1-Acção -as crianças conhecem os objectos usando-os.
2-Representação -toda a actividade deve ser representada, de modo a permitir que a criança manifeste o seu simbolismo.
3-Actividades de Grupo -o desenvolvimento da criança acontece no contacto e na interacção com outras crianças, daí a
necessidade da promoção de actividades em grupo. Piaget pressupõe que o grupo se forme espontaneamente e que o tema
pesquisado seja como um verdadeiro problema do grupo. Cabe ao professor criar as situações problemáticas, mas nunca
impor um tema.
4-Organização -é adquirida através da actividade. É fazendo a actividade que a criança se organiza.
5-Professor problematizador -o professor é o desafiador da criança, ele cria dificuldades e problemas. Nas escolas com
essa fundamentação a pré-escola não é um passatempo mas sim um espaço que permite a diversificação e ampliação das
experiências das crianças, promovendo a sua autonomia.
6-Áreas do conhecimento integradas -no currículo da pré-escola de orientação fundada nas teorias piagetianas, as
diferentes áreas do conhecimento são integradas. O eixo central desse currículo são as actividades.
•Piaget é um defensor da Escola Nova que merece destaque pelas suas inovações que continuam actuais até hoje.
PERCURSORES DA EDUCAÇÃO INFANTIL
John Dewey (1859-1952)
• Tornou-se um dos maiores pedagogos americanos, contribuindo intensamente para a divulgação dos
princípios do que se chamou Escola Nova.
• Dewey não aceita a educação pela instrução proposta por Herbart, e propõe a educação pela acção;
critica severamente a educação tradicional, principalmente no que se refere à valorização dada ao
intelectualismo e à memorização.
• Quanto a ele, a educação tem como finalidade propiciar à criança condições para que resolva por si
própria os seus problemas, e não as tradicionais ideias de formar a criança de acordo com modelos
prévios.
•Atribui grande valor às actividades manuais, pois apresentam situações/problemas concretos para serem
resolvidos.
•O processo de ensino -aprendizagem para Dewey estaria baseado na compreensão de que o saber é
constituído por conhecimentos e vivências que se entrelaçam de forma dinâmica.
PERCURSORES DA EDUCAÇÃO INFANTIL
• crítico da Escola Tradicional, que considera fechada, contrária à descoberta, ao interesse e ao prazer da
criança, é também um crítico das Escolas Novas. Foi criador, na França, do Movimento da Escola
Moderna. O seu objectivo básico era desenvolver uma Escola Popular.
• A escola por ele concebida, é vista como elemento activo de mudança social e é também popular por não
marginalizar as crianças das classes menos favorecidas.
A escola tradicional é uma verdadeira escola de antigamente tal como um colégio católico,
com educação rígida bem conceituada.
Nestas escola mesmo todos tendo o direito a ter essa educação que é tão eficiente, existem
somente alguns privilegiados, infelizmente não são todos que tem acesso, por serem escolas
caras.
Os principais objectivos da formação não é só cultural mas como também espiritual, sendo o
que se falta nas escolas é isso, precisa-se de educação, cultura, gente que carregue com si
carácter, tenha índole. E estas escolas proporcionam, sendo um padrão de educação com
resultados surpreendentes.
Escola Nova
Este modelo aparece em final do século XIX, e desenvolve-se até aos anos 20. Foi
desde o início uma clara reacção contra o modelo da escola tradicional, e tudo o que
a mesma significava. Estamos perante uma escola aberta, descentralizada e crítica
da sociedade. A melhor forma de a identificar é ver o modo como nela são valorizada
as interacções com o meio social e se procura enriquecer as vivências do alunos
incorporando no curriculum a cultura circundante. Fala-se pouco em disciplina, mas
muito em convivência, dando-se uma enorme importância à participação, autogestão
e auto-responsabilidade.
Escola Moderna
Pedagogia de Projecto
High-Scope
João de Deus
Reggio Emília
Movimento da Escola Moderna (MEM)
PEDAGOGIA DE PROJECTO
Fases de um projecto
1) Intenção e Incentivo: Inicia-se um projecto quando se percebe um grande interesse por parte das
crianças por um determinado assunto ou situação concreta. O educador/professor deve aproveitar esse
interesse para desenvolver o assunto e propor questões (desafios) para a resolução do problema ou
situação.
2) Preparação do plano de trabalho: Realizam-se pesquisas, procurando os instrumentos necessários,
planeando as actividades para a solução dos problemas. Esse roteiro funcionará como referência para a
realização do trabalho.
3) Execução: É a fase da acção e a mais estimulante para as crianças. Nesta fase podem surgir dificuldades,
erros e imprevistos e as crianças serão orientadas a resolvê-los e a continuar o trabalho. O
educador/professor deve estar atento e estimular as crianças, valorizando o seu desenvolvimento e
acompanhando as suas dificuldades. O trabalho deve ser sempre feito pelas crianças.
4) Avaliação: Serão avaliados, pelas crianças, o objectivo, o planeamento, as actividades e o resultado final.
Com a ajuda e orientação do educador/professor, as crianças farão uma análise do seu trabalho,
apresentando críticas e comentários apropriados sobre o projecto.
5) Culminância: É o atingir do objectivo básico do projecto através de uma apresentação, exposição,
exibição do resultado obtido.
PEDAGOGIA DE PROJECTO
O educador/professor deve facilitar a integração dos conteúdos dos diversos materiais e oferecer
oportunidades para o exercício da liberdade e uso de direitos. A criança aprende fazendo e a
aprendizagem é mais consistente e duradoura.
A função do educador/professor é a de orientador, sensibilizador, conselheiro, desafiador, em que
exerce e controla as actividades, avaliando as crianças e o seu próprio desempenho.
Uma discussão na sala pode ser uma forma de avaliar um projecto, dando oportunidades para
reflectir sobre a contribuição e a validade do projecto.
A avaliação deve ser constante, através de observações, actividades, participação e colaboração.
HIGH-SCOPE
High-Scope é um currículo que inicialmente foi desenvolvido de forma a combater o insucesso escolar
dos bairros mais pobres de Ypsilanti.
David P. Weikard foi o principal responsável por toda esta iniciativa, como este era psicólogo e exercia
a sua actividade a sua actividade junto de crianças com necessidades educativas especiais, observando
também o insucesso que havia no ensino secundário, em crianças dos bairros mais pobres, e pensou
em solucionar esses mesmos problemas, agindo de maneira a que o ensino não começa-se só no ensino
primário, pois era importante iniciar a aprendizagem a partir dos 3,4 anos de idade.
Este projecto tem como objectivos, a aprendizagem que se faz através da acção da criança e não por
repetição e memorização; dirigindo-se também para o desenvolvimento intelectual da criança para
apoiar a sua realização escolar futura.
HIGH-SCOPE
Fundamentos Teóricos:
•J. Piaget
•JohnDewey
•ErickErikson
...
HIGH-SCOPE
JohnDeweyDewey
“Aprender Fazendo”
Pedagogia da Descoberta
HIGH-SCOPE
PRINCÍPIOS BÁSICOS
Rotina Diária:
Espaços e Materiais Processo Planear – Fazer -
Rever
O contexto Ambiental
O espaço organizam-se para que as crianças possam ter o maior número possível de oportunidades de
aprendizagem pela acção e exerçam o máximo controlo sobre o ambiente;
Desta forma, o espaço deve ter em atenção:
• Ser atraente para as crianças
• É dividido em áreas de interesse bem definidas
• Estão organizadas de forma a visualizar os objectos e materiais que incluem bem como a locomoção entre
s diferentes áreas
• Os materiais e objectos são numerosos de forma a permitir uma grande variedade de brincadeiras
• Os materiais e objectos reflectem o tipo de ida e experiências familiares das crianças
• A arrumação dos materiais permite a execução do ciclo “encontra – brinca – arruma”
Efeitos Positivos:
-As crianças envolvem-se na aprendizagem activa
- As crianças tomam iniciativa
- Os adultos ficam mais livres para interagir e aprender
HIGH-SCOPE
ROTINA DIÁRIA
Organização do Tempo
-Acolhimento
Neste tempo, é feita a recepção das crianças que vão sentando no tapete em roda. Iniciam um diálogo
normalmente sobre as novidades que trazem de casa, recados que queiram partilhar, até
estar o grande grupo. (Depois começam por cantar uma canção associada aos “Bons Dias” e outra aos
“dias da semana”, logo depois, o “responsável” marca as presenças. De seguida, para marcar o tempo,
é cantada uma canção”caixinha das surpresas”, com uma caixa que contém os
nomes do grupo. o nome que sair marca o quadro do tempo.)
Tempo de Pequeno Grupo
Os adultos planeiam este tempo de forma antecedência, com base nos interesses das crianças, em
materiais, temas e experiências – chave. Assim, dão os materiais às crianças para explorarem e faz
uma breve apresentação do trabalho. Á medida que vão avançando, os adultos dão apoio,
observam, ouvem, conversam com as crianças partilhando também as suas ideias, encorajam, trocam
informação e experiências já realizadas noutras alturas, no final reflectem sobre a conclusão final dos
trabalhos, tendo em conta o tempo de planear – fazer – rever.
HIGH-SCOPE
• Processo do Planear
Este processo, implica para a criança uma intenção pessoal, um objectivo, levando a
criança a pôr em prática as suas ideias e desejos, que quando realizado com sucesso
desenvolvem o sentido de iniciativa.
- planear estimula as crianças a articularem as suas ideias, escolhas e decisões;
o planeamento envolve a auto – confiança e o seu sentido de controlo
• Processo do Planear
- o planeamento leva ao envolvimento e concentração na brincadeira
- o planeamento apoia o envolvimento de actividades lúdicas progressivamente mais
complexas
HIGH-SCOPE
• Tempo de Trabalho
Neste tempo as crianças levam a cabo as suas intenções, brincam e resolvem problemas. Ou seja, levam a cabo uma
sequência intencional de acções que já pensaram e descreveram no tempo de planeamento
- as crianças concretizam intenções
- as crianças brincam de forma intencional
- as crianças fazem parte do contexto social
- as crianças resolvem problemas
- as crianças constroem conhecimento à medida que se envolvem
em experiências – chave
• Tempo de Revisão / Reflexão
O tempo de rever, tem lugar final da sequência planear – fazer – rever como forma de reflectir no final do trabalho ou
ao longo do dia. Durante o tempo de revisão as crianças, reflectem, falam e mostram o
que fizeram no tempo de trabalho;
- relembrar e reflectir sobre acções e intenções
- associar planos, acções e resultados
- falar com os outros sobre experiências com significado pessoal
- Formar imagens mentais e depois falar sobre elas
- Expandir a consciência para além do presente
HIGH-SCOPE
Tempo de Grande Grupo
É um tempo para que todo o grupo possa partilhar informação importante e participar em actividades que envolvem grande
número de crianças; permite:
- partilha de experiências comuns
- criar um sentido de comunidade
- criar o sentido de pertença ao grupo e liderança
- experiências de resolução de problemas de grupo
• Tempos de Transição
Os tempos de transição, são designados quando por ex: os pais levam as
crianças à escola, quando as crianças caminham da sala para o recreio,
quando vão para o almoço, quando terminam os trabalhos e arrumam as áreas, daí ser importantes:
- ter uma rotina consistente
- criar o mínimo de períodos de transição entre actividades
Tempo de arrumação:
- colocar etiquetas nos recipientes e prateleiras para indicar onde
arrumar os materiais
- à medida que as crianças vão utilizando os materiais e incutir o
hábito de arrumar ao mesmo tempo de pegam noutros
- ter em atenção os interesses das crianças durante o período de
arrumação
- ser flexível
HIGH-SCOPE
Experiências – Chave
As experiências – chave são um resultado directo das observações
e descobertas das crianças, e são parte integrante da abordagem de
aprendizagem através da acção, que descrevem o desenvolvimento
social, cognitivo e físico das crianças entre os 2 anos e meio e os 5
anos.
É um modelo que ainda hoje é usado nos Jardins-de-Infância que têm o mesmo
nome.
Rotina Diária
- Acolhimento
Organização do Espaço/Materiais:
• Loja
• Casa das bonecas
• Jogos de trânsito
Reggio Emília
Depois do fim da Segunda Guerra Mundial, um grupo de mulheres reuniu-se com o intuito de criar uma concepção
educativa, posta em prática na rede particular da cidade. No início dos anos 1960, ela havia se tornado tão interessante
que a administração municipal a encomendou.
Rotina Diária
Várias possibilidades tendo em atenção o Respeito pelo tempo de Interacção e ritmo da criança
- acolhimento;
- planificação em grupo;
- actividades e projectos;
- intercâmbio em grupo (de aprendizagens feitas)
- almoço;
Reggio Emília
Organização do Espaço
- Biblioteca
- Cozinha/refeitório
- Casas de banho
- Arquivo (memória do centro)
- Atelier
- Armazém materiais
- Espaço Exterior
- Sala de actividades
- Mini-Atelier
Movimento da Escola Moderna
1) Estruturas de cooperação
O processo de cooperação educativa tem-se revelado como a melhor estrutura social para aquisição de
competências. Na aprendizagem cooperativa o sucesso de um aluno contribui para o sucesso do
conjunto dos membros do grupo. A cooperação educativa, o trabalho a pares ou em pequenos grupos
para atingirem o mesmo fim contraria a tradição individualista e competitiva da escola. Pressupõe que
cada um dos membros do grupo só pode atingir o seu objectivo se cada um dos outros o tiver atingido
também
Movimento da Escola Moderna
2) Circuitos de Comunicação
Estabelecem-se circuitos múltiplos de comunicação que estimulam o desenvolvimento de
formas variadas de representação e de construção interactiva de conhecimento.
Esta matriz comunicativa é radicada por circuitos de comunicação das aprendizagens e de
fruição dos produtos culturais, para que todos possam aceder à informação de que cada
um dispõe e aos seus produtos de estudo e de criatividade artística e intelectual.
(a escrita, o desenho, o cálculo).
-Laboratório de ciências
-Área central polivalente
-Brinquedos e jogos fazer – de – conta
- Carpintaria e construções
Movimento da Escola Moderna
Organização do Tempo
-ACOLHIMENTO
-COMUNICAÇÃO
-PLANIFICAÇÃO /AVALIAÇÃO/ACTIVIDADES
-PROJECTOS
-ALMOÇO
-PASSEIOS
-TRABALHO DE TEXTO...(cópias)
Movimento da Escola Moderna
Material que sustenta a organização do tempo
• - Quadro de presenças: Mensal
Quadro de dupla entrada, com os nomes das crianças escritos por elas. Tem o
nome do mês no cimo e os dias (número) na horizontal. Tem assinalado os dias
importantes. As crianças assinalam com uma bolinha azul a presença e com uma
vermelha as faltas. Os fins-de-semana são assinalados com uma cruz verde. No
final, são contabilizadas as faltas de cada criança.
• O Diário
É uma folha dividida em 4 colunas. As duas primeiras recolhem os juízos
negativos e positivos, da educadora e das crianças, sobre as ocorrências mais
significativas ao longo da semana ('não gostei', 'gostei'). A terceira coluna
destina-se ao registo das realizações também consideradas mais significativas
('fizemos'). A quarta coluna é destinada ao registo de sugestões, aspirações e
projectos a realizar. Nas 3 primeiras colunas assenta a avaliação. Na última a
planificação.
Movimento da Escola Moderna
ESCOLHAS DAS ÁREAS
Na vertical estão escritos, pelas crianças, os seus nomes, na horizontal, no cimo do cartaz, estão todas
as áreas que as crianças têm possibilidade de escolher, com a fotografia de cada uma das áreas. No
importantes da vida da sala: visitas ao exterior, visitas de pessoas à sala, retratos das crianças, bilhetes
de autocarro ou de comboio que foram utilizados nas visitas, cartazes que foram feitos, recortes de
• REGRAS DA SALA
Regras que vão surgindo ao longo do ano, normalmente da Reunião de Conselho, e que são afixadas
na parede, junto ao local de realização da reunião, com as regras escritas pela educadora e ilustradas
pelas crianças. São relembradas aquando da leitura do Diário.
• QUADRO DO TEMPO
Quadro mensal, no qual as crianças vão desenhando, no dia correspondente, o tempo que faz. É
completado, no final do mês, com um gráfico de barras
• PROJECTOS DE SALA
Quadro com 3 colunas: 'O quê', 'Quem', 'Quantos dias'. O quê: enunciar a questão a investigar;
Quem: qual o grupo que vai investigar (geralmente 3 a 5 crianças); Quantos dias: previsão de quanto
tempo será necessário para realizar o projecto. Inclui ainda a data de início e de término e a contagem
dos dias que demorou. No final do projecto, é realizado um livro, que é apresentado ao restante grupo,
onde pode ser utilizado retroprojector, slides,
fantoches, etc..