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MANUAL DE FORMAÇÃO
Índice
OBJECTIVO(S) GERAL(AIS).................................................................................................................................................. 3
OBJECTIVO(S) ESPECÍFICO(S)............................................................................................................................................ 3
I. Modelos Pedagógicos em diferentes contextos educativos.......................................................................4
a. Modelos Pedagógicos...........................................................................................................................4
i. Movimento da Escola Moderna (MEM)............................................................................................4
ii. High-Scope........................................................................................................................................6
iii. João de Deus.....................................................................................................................................8
iv. Reggio Emília....................................................................................................................................9
PEDAGOGIA DE PROJETO..........................................................................................................................9
V. BIBLIOGRAFIA............................................................................................................................................................. 40
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OBJECTIVO(S) GERAL(AIS)
1. Identificar as principais correntes pedagógicas e seus autores.
2. Caracterizar os modelos pedagógicos.
3. Identificar as influências determinantes para a construção do pensamento atual, que
fundamenta a organização curricular na educação básica.
4. Reconhecer os pressupostos postulados por importantes figuras da educação e da
psicologia.
OBJECTIVO(S) ESPECÍFICO(S)
1. Conhecer os modelos pedagógicos em diferentes contextos educativos, assim como a sua
implicação na organização e funcionamento dos espaços educativos.
2. Reconhecer a implicação dos modelos pedagógicos na organização e funcionamento dos
espaços educativos.
3. Identificar as diferentes teorias da aprendizagem.
4. Conhecer as principais correntes pedagógicas.
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PEDAGOGIA
➢ Ciência que trata da educação dos jovens, que estuda os problemas relacionados com o seu
desenvolvimento como um todo.
determinado contexto.
➢ A pedagogia estuda os ideais de educação, segundo uma determinada conceção de vida e dos
processos e técnicas mais eficientes para realizá-los, visando aperfeiçoar e estimular a capacidade
das pessoas, seguindo objetivos definidos.
A. MODELOS PEDAGÓGICOS
✓ Partilha da informação
Este sistema desenvolve-se a partir de um conjunto de seis áreas básicas de atividades, distribuídas
à volta da sala (conhecidas também por oficinas ou ateliers na tradição de Freinet), e de uma área
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central polivalente para trabalho coletivo. Nos espaços pedagógicos que não dispõem de cozinha
acessível às crianças, organiza-se, também, uma área para cultura e educação alimentar. As áreas
Biblioteca e Documentação
A biblioteca dispõe, geralmente, de um tapete com almofadas que convidam à consulta dos documentos
que aquela contém, para além de livros e revistas, trabalhos produzidos no âmbito das atividades e
projetos das crianças que frequentam atualmente o jardim-de infância ou de outras crianças que já o
A oficina de escrita integra a máquina de escrever e, sempre que possível, o computador com impressora.
Nesse espaço expõem-se, de preferência, os textos enunciados pelas crianças e captados para a escrita
pela educadora e as tentativas várias de pré-escrita e escrita realizadas nesse espaço ou noutro qualquer.
coelhos, etc.), roteiros de experiências em ficheiros ilustrados, o registo das variações climatéricas (mapa
do tempo) e outros materiais de apoio ao registo de observações e à resolução de problemas no âmbito
da iniciação científica.
Carpintaria e Construções
A oficina de carpintaria serve para a produção de construções várias, improvisadas ou concebidas para
servir outros projetos, como, por exemplo, a montagem de maquetas ou de instrumentos musicais. A
se expõem, também, regras de higiene alimentar enunciadas e ilustradas pelas crianças e algumas normas
sociais de estar à mesa.
O atelier de atividades plásticas e outras expressões artísticas integra os dispositivos para a pintura,
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O canto dos brinquedos inclui outras atividades de “faz de conta” e jogos tradicionais de sala. É neste
espaço que as crianças dispõem de uma arca que guarda-roupas e adereços que as ajudam a compor as
suas personagens para atividades de “faz de conta” e projetos de representação dramática. Por vezes,
integra uma tradicional casa de bonecas. A área polivalente é constituída por um conjunto de mesas e
cadeiras suficientes para todo o tipo de encontros coletivos do grande grupo (acolhimento, conselho,
comunicações e outros encontros) e que vai servindo de suporte para outras atividades de pequeno
O ambiente geral da sala deve resultar agradável e altamente estimulante, utilizando as paredes
como expositores das produções das crianças onde rotativamente se reveem nas suas obras de
desenho, pintura, tapeçaria ou texto. Será também numa das paredes, de preferência perto de um
quadro preto à sua altura, que as crianças poderão encontrar todo o conjunto de mapas de registo
que ajudem a planificação, gestão e avaliação da atividade educativa participada por elas. Aí se
disporão o Plano de Atividades, a Lista Semanal dos Projetos, o Quadro Semanal de Distribuição
das Tarefas de manutenção da sala e de apoio às rotinas, o Mapa de Presenças e o Diário do
grupo, instrumentos orientadores e condutores da ação educativa que poderão ser completados
por outros, quando se justifique.
II. HIGH-SCOPE
Este é um modelo com base nas teorias de Piaget de orientação cognitivista e construtivista.
Começou a ser estruturado nos anos sessenta, em Ypsilanti (Michigan, USA), recebendo o nome da
instituição em que se desenvolveu.
Algumas características:
• Rotina diária estruturada (pouco flexível no início do ano letivo)
• A aprendizagem ativa e experiências chave
• A rotina diária com o ciclo: planear – fazer – rever
• A organização do espaço e materiais
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pela Ação
criança, ou seja, acredita que as vivências diretas e imediatas que as crianças
vivem no seu dia-a-dia, são muito importantes se essa criança retirar delas
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tenham que contar de forma oral todos os passos que deram dentro da área
aonde estiveram a fazer o que havia sido planeado. A criança pode fazer uma
primeiro jardim de infância João de Deus foi criado em Coimbra em 1911 e a metodologia usada é
sólida e consistente e assenta na cartilha maternal (1876) para a iniciação precoce da leitura e da
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Regionais. Existem diversos materiais para as atividades programadas em cada dia: para a
Educação sensorial, percetiva, motora e física, materiais para os trabalhos manuais e Atividades
plásticas, materiais de apoio para a aprendizagem da matemática como Tangran, calculador. Para
os mais pequenos existem materiais para imitar; para Aprender a viver e integrar se no meio social;
Itália, em Villa Cella, próximo da cidade de Reggio Emília, pela necessidade de se construir uma
escola para as crianças pequenas, após a destruição de todas as existentes, durante a guerra. Nesta
missão participaram as famílias, principalmente as Mães das crianças. Deste modo surge a primeira
escola daquele que virá a ser conhecido 8 como um dos Modelos pedagógicos de educação de
PEDAGOGIA DE PROJETO
Para que serve?
Todos nós trabalhamos com projetos em todos os momentos da nossa vida. Na escola ou no
jardim de infância, o Projeto é uma forma de ajudar a criança a aprender de maneira prática,
tornando a aprendizagem atraente e eficaz. A realização de um projeto exige processos mentais,
tarefas físicas e propostas de problemas e respostas a várias questões. O projeto parte de uma
situação problema, um desafio para o encontro da solução.
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Fases de um projeto
1) Intenção e incentivo: inicia se um projeto quando se percebe um grande interesse por parte das
crianças por um determinado assunto ou situação concreta. O educador/professor deve aproveitar
esse interesse para desenvolver o assunto e propor questões (desafios) para a resolução do
problema ou situação.
3) Execução: é a fase da ação e a mais estimulante para as crianças. Nesta fase podem surgir
desenvolvimento e acompanhando as suas dificuldades. O trabalho deve ser sempre feito pelas
crianças.
exibição do resultado obtido o educador/professor deve facilitar a integração dos conteúdos dos
diversos materiais e oferecer oportunidades para o exercício da liberdade e uso de direitos a
na sala pode ser uma forma de avaliar um projeto, dando oportunidades para refletir sobre a
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relação com os outros. Ele deverá ser um espaço onde a criança se possa movimentar, expressar,
criar, construir, explorar, experimentar, brincar, jogar e levar a cabo todos os seus projetos. Assim,
tendo em conta que a qualidade do meio que rodeia a criança é fundamental para a progressiva
conquista da sua autonomia, a organização do espaço constitui um dos suportes para a atividade
educativa, uma vez que o espaço é a condição básica para poder levar avante muitos outros
aspetos organização do espaço educativo em ATL. É por isso fundamental que o monitor/educador
reflita sobre as potencialidades educativas que oferece, planifique e avalie o modo como o espaço
contribui para o desenvolvimento efetivo das crianças. A organização do espaço não deve ser
rígida ao longo de todo o ano deve até ser bastante flexível, possibilitando a transformação do
mesmo, de modo a poder responder a posteriores necessidades que possam surgir (seja durante
um dia em que se tenha de fazer o recreio no interior, por motivos como sejam a alteração
climatérica, seja pelo facto de não existirem outros espaços para a realização de atividades de
quando não existe esta integração das crianças na organização do espaço, o trabalho acaba por ser
estruturado pelo monitor/educador, o que condiciona fortemente a autonomia da criança. Logo,
uma boa organização dos espaços pressupõe a existência de espaços abertos e amplos com
possibilidade de diferenciação em áreas de jogo bem definidas e identificadas, as quais promovem
uma maior dinâmica de trabalho pois as crianças podem ser divididas pelas várias áreas, passando,
no entanto, por todas elas, só que em tempos diferentes. A reflexão do espaço é assim
indispensável para evitar espaços estereotipados e padronizados que não sejam desafiadores para
as crianças. Apesar da possibilidade de existir uma grande diversidade de espaços, os materiais
existentes em cada um deles condicionam aquilo que as crianças podem fazer e aprender assim
sendo, cada área deverá incluir materiais adequados ao tipo de atividades que nela se podem
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realizar estes devem ir ao encontro das necessidades, níveis de desenvolvimento e interesses das
crianças. O espaço exterior é também outro aspeto a ter em conta este é igualmente um espaço
Áreas de conteúdo
É de referir que, seguindo qualquer um dos modelos pedagógicos, o monitor/educador ou
professor precisa de planificar as suas atividades usando, para isso, metodologias adequadas.
escrito.
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espacial: o equilíbrio;
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vivos.
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visam explicar o processo de aprendizagem pelos indivíduos. Embora desde a Grécia antiga se
hajam formulado diversas teorias sobre a aprendizagem, as de maior destaque na educação
I. COMPORTAMENTALISTA
O behavorismo, ou teoria comportamental, foi desenvolvido nos Estados Unidos da América John
Watson (1878-1958) e na Rússia por Ivan Petrovich Pavlov (1849-1936). Embora as bases desta
teoria tenham sido desenvolvidas por estes pesquisadores, foi Burrhus Frederic Skiiner (1904-1990)
que a popularizou, através de experimentos com ratos. Em seus experimentos, os ratos eram
condicionados a determinadas ações, com recompensas boas ou ruins pelos seus atos. Assim, se
Nesta teoria, o comportamento deve ser estudado e sistematizado para que se possa modificá-lo.
De acordo com esta teoria, a maneira como o indivíduo aprende é uma grandeza possível de ser
mensurada tal e qual um fenômeno físico. Nesta teoria, a aprendizagem, independente da pessoa,
– Identificação do problema
– Hipóteses
– Verificação
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II. COGNITIVISTA
Esta teoria defende que, a capacidade do aluno em aprender coisas novas depende diretamente
dos conhecimentos prévios que ele possui. Para estes teóricos, é necessário investigar quais os
saberes do aluno acerca do assunto que será ensinado. Depois, deve-se auxiliar o aluno para que
ele consiga sistematizar e organizar os novos conhecimentos, através de associações com o seu
conhecimento prévio.
III. CONSTRUTIVISTA
O construtivismo é uma abordagem psicológica desenvolvida a partir da teoria da epistemologia
genética, elaborada por Jean Piaget. Nesta teoria, o indivíduo aprende a partir da interação entre
ele e o meio em que ele vive. O professor é visto como um mediador do conhecimento.
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I. FROEBEL
Friedrich Wilhelm August Fröbel Oberweißbach 21 de abril de 1782 Schweina 21 de junho de 1852
foi um pedagogo e pedagogista alemão com raízes na escola Pestalozzi. Foi o fundador do
primeiro jardim de infância. Seu pai era um pastor protestante Seus princípios filosóficos teológicos
apontam um Fröbel (com um espírito profundamente religioso que desejava manifestar ao exterior
Esses princípios e sua crença determinaram alguns de seus postulados, tais como:
• o educando tem que ser tratado de acordo com sua dignidade de filho de Deus, dentro de um
clima de compreensão e liberdade
• o educador deve manifestar se como um guia experimentado e amigo fiel que exija e oriente
com mão flexível, mas firme. Não é somente um guia, mas também sujeito ativo da educação: dá e
recebe, orienta, mas deixa em liberdade, é firme, mas concede
•o educador deve conhecer os diversos graus de desenvolvimento do homem para realizar sua
tarefa com êxito, sendo três as fases de desenvolvimento, que vão desde quando o homem nasce
até a adolescência
Em 1837 Fröbel abriu o primeiro jardim de infância onde as crianças eram consideradas como
plantinhas de um jardim do qual o professor seria o jardineiro A criança se expressaria através das
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✓ A infância
✓ a meninice
✓ a puberdade
✓ a mocidade
✓ a maturidade
•a ação atividade importante para o desenvolvimento infantil, pois havia um termo utilizado por
Fröbel que era a ' auto atividade ', ou seja, dizia que a criança aprende através da ação dela sobre
determinado objeto.
•o jogo
•o trabalho
É interessante frisar que, para Froebel o brincar caracteriza a ação da criança e que o próprio ato
Blocos de construção que eram utilizados pelas crianças em suas atividades criadoras, papel,
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os membros de seu próprio corpo, para depois chegar aos movimentos das partes do corpo.
Valorizava também a utilização de histórias, mitos, lendas, contos de fadas e fábulas, assim como
“A educação é o processo pelo qual o indivíduo desenvolve a condição humana autoconsciente, com
todos os seus poderes funcionando completa e harmoniosamente, em relação à natureza e à
sociedade. Além do mais, era o mesmo processo pelo qual a humanidade, como um todo,
originariamente se elevara acima do plano animal e continuara a se desenvolver até a sua condição
Cada objeto é parte de algo mais geral e é também uma unidade, se for considerado em relação a
si mesmo. No campo das relações humanas, o indivíduo é, para ele, uma unidade, quando
considerado em si mesmo, mas mantém uma relação com o todo, isto é, incorpora se a outros
homens para atingir certos objetivos.
Esse conceito de parte todo foi um dos mais bem desenvolvidos por Fröbel.
• o objetivo do ensino é sempre extrair mais do homem do que colocar mais e mais dentro dele. A
criança não deve ser iniciada em nenhum novo assunto enquanto não estiver madura para ele.
•os currículos das escolas devem basear se nas atividades e interesses de cada fase da vida da
criança.
Sua proposta pode ser caracterizada como um "currículo por atividades", no qual o caráter
lúdico é o fator determinante da aprendizagem das crianças.
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A grande tarefa da educação consiste em ajudar o homem a conhecer a si próprio, a viver em paz
com a natureza e em união com Deus. É o que ele chamou de educação integral. Sua conceção de
ser humano era profundamente religiosa.
sua volta, com os objetos de aprendizagem. Logo, a Matemática só é entendida quando o sujeito
for capaz de estruturar a realidade.
Uma das melhores ideias com que Froebel contribuiu para a pedagogia moderna foi a de que o ser
humano é essencialmente dinâmico e produtivo, e não meramente articulável, recetivo e
depositário. O homem é uma força auto geradora e não uma esponja que absorve conhecimento
do exterior.
Outro acerto de Fröebel foi o de não esquecer as diferentes etapas que marcam a evolução do
homem, especialmente a infância. Cabe lembrar que sua doutrina pedagógica, em síntese, consiste
Friedrich Wilhelm August Fröbel (1782 1852) foi o fundador do primeiro Jardim de Infância
A ideia mais luminosa com que este visionário contribuiu para a pedagogia foi a de que o ser
humano é essencialmente dinâmico e produtivo e não meramente recetivo: «O homem é uma
força auto geradora e não uma esponja que absorve conhecimento do exterior».
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II. MONTESSORI
O método montessori é o resultado de pesquisas científicas e empíricas desenvolvidos pela médica
e pedagoga maria montessori. De acordo com sua criadora, o ponto mais importante do método é,
não tanto o seu material ou sua prática, mas a possibilidade criada pela utilização deste, de se
libertar a verdadeira natureza do indivíduo, para que esta possa ser observada, compreendida, e
para que a educação se desenvolva com base na evolução da criança. A criança é o centro do
É caracterizado por uma ênfase na autonomia, liberdade com limites e respeito pelo
desenvolvimento natural das habilidades físicas, sociais e psicológicas da criança.
A pedagogia Montessoriana insere se no movimento das Escolas Novas. Opõe se aos métodos
tradicionais que não respeitem as necessidades e os mecanismos evolutivos do desenvolvimento
da criança. Ocupa um papel de destaque neste movimento pelas novas técnicas que apresentou
para os jardins de infância e para o ensino fundamental do ensino tradicional.
O material criado por Montessori tem um papel preponderante no seu trabalho educativo partindo
do concreto (o material didático) para o pensamento abstrato.
• A criança literalmente vê e sente através do material didático preparado, o tema a ser aprendido
• A criança deixa de usar o material didático quando a abstração para o tema aprendido já é
completa
• O meio preparado e o material didático tem como função, estimular e desenvolver na criança um
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A Association Montessori Internationale (AMI) cita os seguintes elementos como essenciais a uma
escola montessoriana:
2. O ambiente é composto por materiais didáticos e utensílios da vida cotidiana (para fins didáticos
necessário
6. Cada aluno tem oportunidade de escolher o trabalho (a atividade) que mais lhe interesse
8. O aluno pode trabalhar o tempo que necessite num assunto que lhe interesse, sem que alguém
9. O aluno tem o direito de escolher um lugar para trabalhar em vez de um lugar fixo
10. A criança tem o direito de escolher se vai trabalhar só ou em grupo e com quem vai trabalhar
11. Os alunos são estimulados a ensinarem, colaborarem e ajudarem uns aos outros.
16. Aprender é o maior prêmio; não existe motivação através de prêmios e reconhecimentos
exteriores. Sem exageros, usando sempre o bom senso
17. Os alunos tendem a ser calmos, concentrados, felizes equilibrados). Para isso deve contribuir a
postura do educador
Materiais de Desenvolvimento
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• Material Sensorial
• Material de Linguagem
• Material de Matemática
Estes materiais são constituídos por peças sólidas de diversos tamanhos, formas e espessuras
diferentes; coleções de superfícies de diferentes texturas e diferentes sons. Tudo visando o prazer
O trabalho com o material montessoriano pode ser feito individualmente ou em grupo, de acordo
com a vontade da criança. A criança não está presa a um lugar fixo na sala de aula, portanto ela
pode trabalhar com o material em uma mesa de forma tradicional, ou em um tapete no chão. Com
a prévia autorização da professora ela também pode trabalhar em outra sala da escola.
No trabalho com esses materiais a concentração é um fator importante. As tarefas são precedidas
por uma intensa preparação, e, quando terminam, a criança se solta, feliz com sua concentração,
comunicando então com seus semelhantes num processo de socialização.
A livre escolha das atividades pela criança é outro aspeto fundamental para que exista a
concentração e para que a atividade seja formadora e imaginativa. Essa escolha realiza se com
frontal com sua classe, mas como orientador individual ou de pequenos grupos, este não tem
necessidade de trabalhar com tom de voz elevado.
Pés e mãos tem grande destaque nos exercícios sensoriais não se restringem apenas aos sentidos),
fornecendo oportunidade às crianças de manipular os objetos , sendo que a coordenação se
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criança, está sempre predisposta ao jogo. Além disso, permite o estabelecimento de relações de
graduação e de proporções, e finalmente, ajuda a contar e a calcular.
Material de linguagem
Material Sensorial
As Barras vermelhas, a escada marrom cilindros coloridos caixas de cores tubinhos de cheiro, caixa
dos rumores placas do tato caixa das fazendas (com panos de diferentes texturas sólidos
geométricos, a torre rosa e muitos outros.
Para os exercícios da vida prática são usados todos os utensílios da vida prática normal, tentando
levar em consideração o tamanho da criança. Exemplo: jarras pequenas para se aprender a servir
água, sapatos infantis para se aprender a amarrar e engraxar sapatos, etc. Deste método
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pedagógico vem a ideia de que os móveis no jardim de infância devem ser adequados ao tamanho
da criança, conceito este que usamos hoje no nosso ensino tradicional.
Segundo proponentes desta perspetiva pedagógica, o método Montessori contaria com seis
princípios responsáveis por formar a base da teoria e prática desta pedagogia. Seriam eles:
AUTOEDUCAÇÃO Seria a capacidade inata da criança para querer aprender. Por compreender
EDUCAÇÃO CÓSMICA É uma maneira de organizar o conhecimento. De acordo com este princípio, o
evidenciando que tudo no universo tem sua tarefa e que o ser humano deve
ser consciente de seu papel na manutenção e melhora do mundo.
AMBIENTE PREPARADO É o local onde a criança desenvolve sua autonomia e compreende sua
ADULTO PREPARADO É o nome que se dá em Montessori, para o profissional que auxilia a criança
em seu desenvolvimento completo Esse adulto deve conhecer
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ACOMPANHADO desenvolvimento infantil e não o que impõe ou dita o que e como deve ser
aprendido.
CRIANÇA EQUILIBRADA É qualquer criança em seu desenvolvimento natural. Por meio da utilização
correta do ambiente e da ajuda do adulto preparado, as crianças expressam
características que lhes são inatas. Entre outras, encontram-se o amor pelo
silêncio, pelo trabalho e pela ordem. Todas as crianças nascem com estas
III. DECROLY
Ovide Decroly nasceu em 1871, em Renaix, na Bélgica, filho de um industrial e de uma professora
de música. Como estudante, não teve dificuldade de aprendizagem, mas, por causa do seu mau
comportamento, foi expulso de várias escolas. Formou se em medicina e estudou neurologia na
bélgica e na Alemanha.
‘Escola Nova’. Esse movimento começou no final do século XIX e reúne uma série de princípios que
têm como objetivo a renovação das formas anteriores de educação tradicional.
Assim como alguns dos princípios básicos do movimento da Escola Nova, a proposta educacional
de Decroly baseia se no respeito à criança e à sua personalidade. Por isso, ele argumenta que a
educação tem como objetivo a preparação das crianças para que elas vivam em liberdade.
Decroly levanta a necessidade de uma base científica para a intervenção educacional. Assim, as
suas contribuições são baseadas em disciplinas relacionadas à infância e à sociedade, tais como
psicologia ou biologia. Ciências que ajudam a desenvolver a sua metodologia específica com base
Decroly argumenta que são o motor fundamental da educação e que devem ser mobilizados para
atender às necessidades próprias da fase infantil. Ou seja, é necessário saber quais são as
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necessidades das crianças e quais são os seus interesses para atrair a sua atenção e vontade de
saber e aprender.
Para Decroly, há quatro necessidades naturais fundamentais e é em torno delas que os centros de
interesse devem ser agrupados. Ele fala sobre as necessidades de:
• Alimentar se.
Embora o autor coloque essas quatro como as principais, ele também menciona a necessidade de
Os centros de interesse consistem na razão pela qual entra em jogo o que Decroly chama de ‘ação
dela e o que estimula o seu conhecimento, além de atender aos seus conhecimentos anteriores.
Portanto, para que a ação globalizada entre em ação, deve haver um interesse, e esse interesse não
Dessa forma, os estímulos ambientais adquirem importância para as crianças, alcançando, assim,
Primeiramente, Decroly sugere que, para que os centros de interesse funcionem corretamente, as
classes devem ser relativamente homogêneas. Ou seja, as crianças que as compõem devem ter
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Além disso, os centros de interesse devem seguir diferentes fases ou ser organizados de acordo
com três tipos de exercícios, que respondem ao nome de ‘tríptico decrolyano’ e são os:
• Observação. É essencial para despertar os sentidos e colocar as crianças em contato com objetos,
seres ou eventos. Esse é o ponto de partida para atividades intelectuais realizadas a partir do
temporais, como as relações de causa e efeito, por exemplo, devem estar interrelacionadas. Além
disso, também há comparações, classificações e a definição de semelhanças e diferenças.
• Expressão. Para comunicar o que foi aprendido, os conhecimentos. Refere se a dois tipos de
expressão, a concreta e a abstrata. A primeira trata de trabalhos manuais e desenhos, incluindo a
música. E a segunda trata da tradução do pensamento por meio de símbolos e códigos (letras,
números, sinais, etc.
É essencial que a aprendizagem seja organizada de acordo com os interesses das crianças e que
sejam o produto das suas necessidades. E não apenas isso, também devem fazer com que os
conhecimentos prévios que as crianças têm sejam considerados. Essa foi uma grande contribuição
que Decroly deu à educação atual.
Os centros de interesse concentram o ensino em torno de assuntos atraentes para os alunos e que
satisfazem as suas necessidades básicas. Necessidades como o descanso e a diversão, por exemplo,
Em suma, eles são unidades de trabalho que articulam toda a aprendizagem que a criança deve
IV. FREINET
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Freinet nasceu a 15 de outubro de 1896, em Gars, sul da França. Foi pastor de rebanhos antes de
estudar. Freinet lutou na Primeira Guerra Mundial em 1914, quando os gases tóxicos do campo de
Crítico da escola tradicional e das escolas novas, Freinet foi criador do movimento da escola
moderna.
O seu objetivo básico era desenvolver uma escola popular. Hoje em dia as suas propostas
continuam, ainda, a ser uma grande referência para a educação. A criança era considerada o centro
da educação, pois a educação não começa na idade da razão, mas sim desde que a criança nasce.
Em 1920, começou a lecionar na aldeia de Bar-sur Loup, onde pôs em prática algumas das suas
principais experiências, como a aula - passeio e o livro da vida. No ano de 1925, Freinet filiou-se ao
Partido Comunista Francês. Em 1928, Freinet e sua esposa (Élise Freinet, sua parceira e divulgadora)
mudaram-se para Saint – Paul de Vence, iniciando intensa atividade.
Passado cinco anos, foi exonerado do cargo de professor. No ano de 1935, o casal Freinet
construiu uma escola própria em Vence. Durante a Segunda Guerra Mundial o educador foi preso
e adoeceu num capo de concentração alemão. Após um ano, foi libertado e reorganizou a escola.
Proposta Pedagógica
Para Freinet, a educação deveria proporcionar ao aluno a realização de um trabalho real. A sua
carreira como docente teve início construindo os princípios educativos da sua prática. Ele
propunha uma mudança da escola, pois a considerava teórica e, portanto, desligada da vida.
onde e quando tinha que intervir e como despertar a vontade de aprender do aluno. De acordo
com Freinet, a aprendizagem através da experiência seria mais eficaz, porque se o aluno fizer uma
experiência e isso der certo, repeti-lo-á e avançará no processo; porém, não avançará sozinho, pois
precisará da cooperação do professor.
onde e quando tinha que intervir e como despertar a vontade de aprender do aluno. De acordo
com Freinet, a aprendizagem através da experiência seria mais eficaz, porque se o aluno fizer uma
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experiência e isso der certo, repeti-lo-á e avançará no processo; porém, não avançará sozinho, pois
precisará da cooperação do professor.
Invariantes pedagógicas
A obra de Freinet que apresenta as invariantes pedagógicas foi originalmente publicada em 1964.
Com esta obra ele pretendia realizar um guia de iniciação para novos professores… “que não varia
nem pode variar, quaisquer que sejam as atitudes pessoais. [...] A invariante constitui a base mais
sólida, evita tanto as deceções como os erros” Freinet considerava que apenas transmitir conselhos
técnicos para os professores poderia ser insuficiente e por este motivo resolveu dar instruções mais
exatas. Com este intuito elaborou as invariantes pedagógicas, estabelecendo uma nova gama de
valores escolares, numa busca pela verdade, que deveria ser feita a partir da experiência e do bom
senso. Freinet considerava que apenas transmitir conselhos técnicos para os professores poderia
ser insuficiente e por este motivo resolveu dar instruções mais exatas. Com este intuito elaborou as
invariantes pedagógicas, estabelecendo uma nova gama de valores escolares, numa busca pela
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Para sinalizar os resultados destes testes, foi utilizado o código pedagógico criado por Freinet,
como código de trânsito:
• Vermelho para quando a atitude for circunstancialmente benéfica, ou “quando mais se afastam
das invariantes”.
constitucional.
5. A criança e o adulto não gostam de uma disciplina rígida, quando isto significa obedecer
passivamente uma ordem externa.
6. Ninguém gosta de fazer determinado trabalho por coerção, mesmo que, em particular, ele não o
desagrade. Toda atitude imposta é paralisante.
7. Todos gostam de escolher o seu trabalho mesmo que essa escolha não seja a mais vantajosa.
8. Ninguém gosta de trabalhar sem objetivo, atuar como máquina, sujeitando-se a rotinas nas
10. É preciso abolir a escolástica. - Todos querem ser bem-sucedidos. O fracasso inibe, destrói o
ânimo e o entusiasmo. - Não é o jogo que é natural na criança, mas sim o trabalho.
natural e universal.
12. A memória, tão preconizada pela escola, não é válida, nem preciosa, a não ser quando está
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13. As aquisições não são obtidas pelo estudo de regras e leis, como às vezes se crê, mas sim pela
experiência. Estudar primeiro regras e leis é colocar o carro na frente dos bois.
14. A inteligência não é uma faculdade específica, que funciona como um circuito fechado,
independente dos demais elementos vitais do indivíduo, como ensina a escolástica.
15. A escola cultiva apenas uma forma abstrata de inteligência, que atua fora da realidade fica
fixada na memória por meio de palavras e ideias.
17. A criança não se cansa de um trabalho funcional, ou seja, que atende aos rumos de sua vida.
18. A criança e o adulto não gostam de ser controlados e receber sanções. Isso caracteriza uma
ofensa à dignidade humana, sobretudo se exercida publicamente.
21. A criança não gosta de sujeitar-se a um trabalho em rebanho. Ela prefere o trabalho individual
ou de equipe numa comunidade cooperativa.
23. Os castigos são sempre um erro. São humilhantes, não conduzem ao fim desejado e não
passam de paliativo.
24. A nova vida da escola supõe a cooperação escolar, isto é, a gestão da vida pelo trabalho escolar
pelos que a praticam, incluindo o educador.
26. A conceção atual das grandes escolas conduz professores e alunos ao anonimato, o que é
sempre um erro e cria barreiras.
28. Uma das primeiras condições da renovação da escola é o respeito à criança e, por sua vez, a
criança ter respeito aos seus professores; só assim é possível educar dentro da dignidade.
29. A reação social e política, que manifesta uma reação pedagógica, é uma oposição com o qual
temos que contar, sem que se possa evitá-la ou modificá-la.
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A técnicas da pedagogia freinetiana respeitam a livre expressão, sendo esta uma postura
pedagógica que torna a escola “um verdadeiro lugar de vida e produção, onde se faz a
aprendizagem da democracia pela participação cooperativa”.
A técnicas da pedagogia freinetiana respeitam a livre expressão, sendo esta uma postura
pedagógica que torna a escola “um verdadeiro lugar de vida e produção, onde se faz a
As técnicas se feitas separadamente ou fora do contexto da cooperativa escolar não podem ser
consideradas pedagogia Freinet. Devemos entendê-las como parte de uma totalidade. As técnicas
são:
• A Autoavaliação: fichas criadas por Freinet, preenchidas pelos alunos, como forma de registar a
própria aprendizagem
• O Fichário de consulta: fichas criadas por alunos e professores, para suprir as lacunas deixadas
• A Imprensa escolar: os textos escritos pelos alunos tinham uma função social real, já que não
serviam meramente como forma avaliativa, já que eram publicados e lidos pelos colegas
pensamentos em formas variadas, o qual fica como um registo de todo o ano escolar de cada
turma
de tempo
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• O Texto Livre: tipo de texto em que o aluno não é obrigado a escrever como nas escolas
tradicionais. É livre em formato e em tema. Relaciona-se com a técnica da Imprensa Escolar, Livro
• Cantos de atividades: divisões no espaço físico com diferentes propostas de trabalhos, onde os
alunos possam executar de maneira autônoma, socializando com outros alunos. “Este tipo de
organização possibilita a formação de grupos menores e assim há um aprofundamento maior dos
contatos. Sem a interferência direta dos adultos, a sociabilização das crianças ganha um ritmo
próprio.”
• O Jornal Mural: Mural feito pelas crianças em criação coletiva, fica em exposição na escola e
conta com os factos significativos para os alunos, acontecimentos, exposição de trabalhos e
projetos.
• Estudo do meio: Freinet levava os seus alunos para fora de sala de aula para conhecerem o
ambiente, as pessoas, a cultura local e para descobrir novos interesses que surgissem no caminho.
A aula passeio faz parte de uma proposta de estudo do meio que envolve muitas outras ações
pedagógicas
V. PIAGET
Jean Piaget, nasceu em 9 de agosto 1896, na Suíça, cidade de Neuchâtel, filho de uma família
abastada e culta. Aos sete anos de idade, Piaget já revelava sua capacidade científica e, aos 10,
publica um artigo sobre o Pardal Branco, na revista da Sociedade dos Amigos da Natureza de
Neuchâtel. Aos 11 anos, torna-se assessor do Museu de História Natural Local de sua cidade natal.
Desde o ensino ginasial, Piaget mostrava -se interessado por Filosofia e Psicologia, mas é em
Biologia que ele se forma, em 1915. Em 1918, defende sua tese de doutorado sobre moluscos e
inicia, em Zurique, estudos sobre Psicologia, especialmente Psicanálise. No ano seguinte, ingressa
na Universidade de Paris, onde é convidado a trabalhar com testes de inteligência infantil. Em 1921,
passa a fazer pesquisas destinadas à formação de professores no Instituto Jean Jacques Rousseau,
em Genebra. Em 1923, lança seu primeiro livro, intitulado A linguagem do pensamento da criança.
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Na década de 30, escreve vários trabalhos sobre as fases do desenvolvimento por meio de
observações diretas de seus filhos. Na década de 40, Piaget torna -se sucessor de Claperède e
de Educação.
Nos anos 50, publica a Epistemologia Genética, sua primeira tese sobre teoria do conhecimento.
Em 1967, Piaget escreve Biologia e Conhecimento, considerada a principal obra de sua maturidade.
A teoria do desenvolvimento cognitivo de Piaget foi um avanço na época ao colocar o ser humano
como sujeito ativo em sua aprendizagem. O seu foco principal era investigar o processo pelo qual
as pessoas adquirem o conhecimento, não em o quanto adquirem.
interagem com seu ambiente para interpretá-lo. Esta interação recíproca dá -se de forma pré-
determinada através de diversos estágios evolutivos, que irão se desenvolver progressivamente
O desenvolvimento cognitivo seria o processo pelo qual o ser humano obtém conhecimento,
através de sua interação com o meio que o rodeia. Segundo a teoria de Piaget, este processo se dá
através das várias etapas evolutivas que vão se sucedendo no ser humano, desde seu nascimento
até a fase adulta.
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desenvolvemos.
esquemas mentais do momento. Se ela diverge de nossos esquemas mentais atuais, os ajustamos
para acomodarem a informação nova.
herdadas, pelas experiências físicas com o ambiente, pela transmissão social de informação e pela
busca contínua de equilíbrio, que se dará através dos processos de assimilação e acomodação.
Piaget acreditava que o conhecimento evoluía no decorrer de uma série de estágios, diferentes
qualitativa e quantitativamente, e que compartilham quatro características:
•A sequência de aparição segue uma ordem fixa pré - determinada •Cada estágio apresenta uma
estrutura de conjunto e um modo de funcionamento próprios
•Os estágios são hierarquicamente inclusivos, isto é, cada estágio inclui os anteriores
•A transição entre os estágios é gradual, não abrupta e apresenta uma grande variabilidade
individual
Estágio sensório-motor (0-2 anos aprox.) O bebé interage com seu ambiente através dos
sentidos e das ações motoras que realiza através de seu corpo. A repetição dos reflexos inatos
permite que ele interaja com seu corpo, inicialmente, e com o exterior, posteriormente, através dos
sentidos e de ações concretas. Começa a criar os primeiros esquemas internos para estruturar as
aprendizagens que vai adquirindo do mundo que o rodeia.
Estágio pré-operacional (2-7 anos) Nesta etapa inicia-se uma integração mental de todas as
ações/reações realizadas no período anterior. Deste modo, começa a abstrair toda esta informação,
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simbólicos (utilizando gestos, palavras, números e imagens). O egocentrismo segue presente nesta
etapa, mas pouco a pouco vai evoluindo para uma abertura até o outro.
Estágio das operações concretas (7-11 anos) Neste estágio os processos de racionalização
tornam-se lógicos e podem ser aplicados para solucionar problemas concretos. Alguns dos
processos cognitivos que se desenvolvem neste período são a seriação, o ordenamento mental de
conjuntos e a classificação dos conceitos de casualidade, espaço, tempo e velocidade. A nível
Estágio das operações formais (a partir dos 11 anos) De acordo com a teoria de Piaget, nesta
etapa, que continua durante toda a vida adulta, os adolescentes já são capazes de realizar
Apesar das críticas feitas posteriormente à teoria de Piaget , e sem desconsidera-las, vale ressaltar
que ela gerou uma mudança de paradigma no que diz respeito à aprendizagem que as crianças
têm de suas experiências de vida. Comparado com a passividade que era atribuída a elas, sendo
modeladas unicamente através de sua relação com o ambiente ou condicionadas exclusivamente
por seus atributos genéticos, Piaget introduziu um modelo inovador que integra ambas as
influências.
Sua abordagem da criança como agente ativa de sua aprendizagem e a descrição de seus estágios
iluminaram a pedagogia, que orientou boa parte das aplicações educativas realizadas a partir deste
momento. Sendo assim, nunca devemos baixar a guarda; e revisar e repensar as teorias e
aplicações são uma parte primordial do processo educativo para garantir a nossos filhos uma
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V. BIBLIOGRAFIA
Carolyn Webster-Stratton (2010). Os Anos Incríveis: Guia para pais de crianças com problemas de
comportamento dos 2 aos 8 anos. Psiquilibrios.
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Costa J. e Santos, A. L. (2003). A falar como os bebés. O desenvolvimento linguístico das crianças.
Primeiros passos. Editorial Caminho, SA. Lisboa.
Diane E. Papalia, Ruth Duskin Feldman e Sally Wendkos Olds (2001). O Mundo da Criança. Mc
Graw-Hill.
Freire, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. São Paulo: Paz e
Terra, 1996.
Isabel Lopes da Silva (coord.) (2016). Orientações Curriculares para a Educação PréEscolar.
Ministério da Educação/Direção-Geral da Educação (DGE)
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