Validação de Limpeza - ANVISA
Validação de Limpeza - ANVISA
Validação de Limpeza - ANVISA
OBJETIVO
ELEMENTOS DA VALIDAÇÃO
1
INTRODUÇÃO
Não deve
Alterar a superfície do equipamento, como tal é necessário
conhecer os materiais de construção do equipamento
Transferir contaminação que possa causar contaminação
cruzada
POLÍTICA DE VALIDAÇÃO DE LIMPEZA
2. Procedimento de limpeza
3. Identificação do equipamento
8. Protocolo de Validação
9. Relatório de Validação
10
PROCEDIMENTO DE LIMPEZA
11
PROCEDIMENTO DE LIMPEZA
Um SOP de limpeza deve conter:
Objetivo
Alcance
Responsabilidades
Descrição do equipamento. Instruções de montagem e
desmontagem
Descrição de agentes de limpeza, utensílios de limpeza,
medidas de segurança
Descrição do método de limpeza
Descrição do sistema de registro da limpeza
12
PROCEDIMENTO DE LIMPEZA
Objetivo:
Descrever o procedimento para limpar o equipamento de forma
segura e eficaz até o nível de limpeza desejado.
Alcance:
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PROCEDIMENTO DE LIMPEZA
Simplificado
Grande complexidade
14
PROCEDIMENTO DE LIMPEZA
Responsabilidades:
- chefe de produção
- controle de qualidade
- garantia da qualidade
15
PROCEDIMENTO DE LIMPEZA
17
PROCEDIMENTO DE LIMPEZA
Descrição do método de limpeza:
Limpeza de repasse
19
PROCEDIMENTO DE LIMPEZA
Capacitação
FREQUENCIA DE LIMPEZA
24
MÉTODOS DE LIMPEZA
Manuais Pessoal
Semi-automáticos
Automáticos Instalações
MÉTODOS DE LIMPEZA
Métodos manuais:
Pessoal
Métodos manuais:
Pessoal
É necessária também a intervenção do operador
Instalações
O equipamento de limpeza é independente do equipamento a
lavar
A limpeza é descontinua e existem comandos para automatizar
e controlar o processo de limpeza
A maioria destes métodos encontram-se na área de lavagem
Alguns exemplos são, lavadoras, banhos de ultra sons,
aspiradores por vácuo, etc…
MÉTODOS DE LIMPEZA
Métodos automáticos: (CIP ou CIP-SIP)
Pessoal
A intervenção do operador é mínima: Iniciar o processo de limpeza,
controlar o correto funcionamento do processo e uma vez finalizado
o ciclo de limpeza, verificar o resultado e se necessário repeti-lo
Instalações
O equipamento a ser limpo tem incorporado na sua estrutura o
equipamento de limpeza
Mais seguros que os manuais; programa-se o tempo de duração da
pré-lavagem, lavagem e enxágüe, a dose de detergente, a
temperatura, a pressão e o tipo de água
Requerem ser qualificados (DQ, IQ, OQ e PQ)
MÉTODOS DE LIMPEZA
Métodos automáticos:
Quando?
Se realiza ao trocar de produto ou bem quando se supera o tempo
de atividade sem trocar de produto.
Ao finalizar uma serie de lotes nos processos assépticos se
realiza sempre uma limpeza radical acompanhada de uma
esterilização.
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MÉTODOS DE LIMPEZA
Limpeza Parcial:
Como?
Menos exaustiva que a radical.
Consiste em realizar o esvaziamento/ enxágüe do
equipamento.
No procedimento de limpeza deve ser descrito quando e
como se realiza esta limpeza.
Quando?
Geralmente se realiza entre lotes de mesmo produto.
Poderia ser realizada também num equipamento fixo,
localizado em uma área onde foi fabricado com outros
equipamentos. Este pode ser coberto por um plástico
durante a fabricação para evitar que se suje, mas para
assegurar sua limpeza ao finalizar a serie de lotes é
realizado uma limpeza parcial.
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MÉTODOS DE LIMPEZA
Limpeza de repasse
Como?
Normalmente basta realizar um enxágüe com água
purificada e finalmente uma secagem.
No procedimento de limpeza deve estar detalhado a
metodologia que será seguida.
Quando?
O estado de “equipamento limpo” não é permanente
X Y Z
X X X
38
AGENTES DE LIMPEZA
39
AGENTES DE LIMPEZA
ÁGUA E VAPOR
Umedece os resíduos de
1 sujidade
Dispersão do resíduo na
3 água
AGENTES DE LIMPEZA
DETERGENTES
As preparações comerciais de detergentes contem um ou mais
tenso ativos e podem conter:
Álcalis ou ácidos inorgânicos.
DESINFETANTES
Amostragem de superfícies
Amostragem por enxágüe
Amostragem por solventes
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M ÉTODOS DE AMOSTRAGEM
Swab
Solvente de enxágüe
MÉTODOS DE AMOSTRAGEM
AMOSTRAGEM POR SWAB
A amostragem por swab não cobre toda a superfície de contato do equipamento – escolher os
pontos de amostragem com cuidado
Amostragem de superfícies:
Malha
Junta
Junta
PULVERIZADOR
CUBA LAF
MÉTODOS DE AMOSTRAGEM
Pontos críticos
MÉTODOS DE AMOSTRAGEM
LIMITAÇÕES:
Pode exigir medidas de proteção e segurança do
operador/ambiental
Redução de amostras
Não existe um controle total da área de amostragem
58
METODOS ANALITICOS
59
MÉTODOS ANALÍTICOS
64
ENFOQUE DA VALIDAÇÃO
Pre-requisitos de Validação
Análises de risco
Estudo do pior caso
65
PRE REQUISITOS DA VALIDAÇÃO
Existe um SOP de limpeza escrito e aprovado
66
ANÁLISE DE RISCO
De acordo com a proposta apresentada no documento GMP do Século
21 – uma abordagem baseada em risco, é recomendável a utilização
de ferramentas para análises de risco.
67
ANÁLISE DE RISCO
68
RESÍDUOS POTENCIAIS
NIVEL DE LIMPEZA
69
RESÍDUOS POTENCIAIS
0 0
2 API B (purificação)
API A (purificação)
0 2 0
Operações físicas 2 Operações físicas
TÍPICO CENÁRIO DE TROCA DE
PRODUTO X NÍVEL DE LIMPEZA
Toxicidade
Dose terapêutica
Dificuldade de Remoção:
1 = fácil de limpar
3 = difícil de limpar
DEFINIÇÃO DOS PIORES CASOS
Abordagem por matriz de cruzamento envolvendo:
Solúvel
De 10 a 30 partes
2 Moderadamente Pouco Solúvel 3
De 30 a 100 partes
solúvel
Ligeiramente solúvel De 100 a 1000 partes
Muito pouco solúvel
De 1000 a 10.000 partes
3 Praticamente Insolúvel 5
insolúvel Mais de 10.000 partes
Insolúvel -
DEFINIÇÃO DOS PIORES CASOS
Toxicidade:
PROVÁVEL DOSE LETAL
PONTUAÇÃO
GRUPO CLASSIFICAÇÃO (oral) EM HUMANOS
SUGERIDA
(mg/Kg)
Extremamente tóxico
4 5 - 50 03
Dose terapêutica:
PONTUAÇÃO
GRUPO CLASSIFICAÇÃO
SUGERIDA
1 >1000 mg
2 100-1000 mg
00
3 10-99 mg
4 1-9 mg
5 <1 mg 01
DEFINIÇÃO DOS PIORES CASOS
NIVEL DE
PONTUAÇÃO
RISCO
BAIXO 0 – 2 pontos
MEDIO 3 – 7 pontos
ALTO 8 – 11 pontos
DEFINIÇÃO DOS PIORES CASOS
Nível de Risco
A 40 03 00 00 03 Médio
B 40 03 00 00 03 Médio
C 40 03 05 00 08 Alto
D 3 02 00 00 02 Baixo
DEFINIÇÃO DOS PIORES CASOS
Abordagem por matriz de cruzamento envolvendo:
Limites:
2
Limite Provavelmente detectado por inspeção
Moderadamente alto visual
3
Limite Possivelmente detectado por inspeção
Moderadamente baixo visual
Possivelmente não detectado por
4 Limite Baixo
inspeção visual
Impossível ser detectado por inspeção
5 Limite Muito baixo
visual
CRITÉRIOS PARA ESCOLHA DOS
PIORES CASOS
92
CRITÉRIOS DE ACEITAÇÃO
Resíduos Químicos:
Tópico:
10-100
Oral:
MACO = limite máximo permitido carregado no próximo produto
100-1000
MBS = menor tamanho de lote do próximo produto
Parenteral:
PRODUTO A
Indicações de Tiabendazol
Anti-helmíntico.
Como Usar (Posologia)
A dose usual recomendada é de 25 mg/kg de peso corporal, 2
vezes ao dia, durante 2-3 dias consecutivos. A dose máxima é
de 3 g (6 comprimidos).
Composição
Cada comprimido contém: tiabendazol 500 mg.
CRITÉRIOS DE ACEITAÇÃO
PRODUTO B
Indicações de Aciclovir
Episódio inicial de herpes simples (HSV).
Como Usar (Posologia)
HSV em adultos e em crianças imunodeprimidas com mais de 2 anos: 200mg VO, 5 vezes ao dia (intervalos de 4 horas) durante 10 dias, se episódio inicial, e
durante 5 dias, se recorrência. Em crianças menores de 2 anos, fazer metade da dose. Ou aplicação tópica 5 vezes ao dia (intervalos de 4 horas), durante 5 a 10
dias.thSV inicial severa em crianças e adultos acima de 12 anos: 5mg/kg IV, de 8/8h, por 5 a 10 dias; ou 400mg VO, 5 vezes ao dia (intervalos de 4 horas), durante 5
a 10 dias.thSV em crianças entre 3 meses e 12 anos: 250mg/m 2 IV, de 8/8h, por 5 a 10 dias. Em imunodeprimidas ou com meningoencefalite, a dose deve ser
duplicada.
Encefalite por HSV: 10mg/kg IV, de 8/8h, por 10 dias.
Profilaxia de HSV em adultos e em crianças imunodeprimidas com mais de 2 anos: 200mg VO, 5 vezes ao dia. Em crianças menores de 2 anos, fazer metade da
dose. A duração do tratamento vai depender do período de risco. Em adultos imunodeprimidos, 400mg VO, 4 vezes ao dia.
Supressão da recorrência de HSV em adultos: 200mg VO, 2 a 4 vezes ao dia, ou 400mg VO, 2 vezes ao dia, durante 6 a 12 meses.
Crianças: 250 a 600mg/m 2 VO, 4 a 5 vezes ao dia, durante 7 a 10 dias, ou 10mg/kg IV, de 8/8h, durante 7 a 10 dias. Em imunodeprimidas, tratar até que todas as
lesões estejam completamente secas.
Profilaxia de herpes zoster e varicela zoster em adultos imunodeprimidos: 400mg VO, 5 vezes ao dia (intervalos de 4 horas), durante 7 a 10 dias.
CRITÉRIOS DE ACEITAÇÃO
Exemplo prático:
MACO: 3 g x 50.000 g
1000 x 4 g
MACO: 37,5 g
CRITÉRIOS DE ACEITAÇÃO
Resultado: 37,5 g
Fator de
Segurança
Tópico:
10-100
Exemplo prático:
MACOppm:500mg
Resíduos Químicos :
É necessário avaliar também a capacidade do procedimento de
limpeza em remover os resíduos dos agentes de limpeza
utilizados
Resultado: 208,33µg/cm2
CRITÉRIOS DE ACEITAÇÃO
M = V * (C - CB)
M – média do resíduo no equipamento limpo em mg
V – volume do último enxágüe ou porção de solvente em L
C – concentração de impurezas na amostra em mg/L
CB – branco do solvente utilizado em mg/L
Valor Alvo
MACO (mg) CONC (ppm)
Área: 1500 dm2 (µg/dm2)
Oral Par Oral Par Oral Par
Substância A
Substância B
Substância D
Substância E
C x B (Parenteral)
MACO: 120mg x 50.000.000mg
1000 x 2500 mg
MACO: 2400mg
Valor Alvo
MACO (mg) CONC (ppm)
Área: 1500 dm2 (µg/dm2)
Oral Par Oral Par Oral Par
Substância A 800 000 4000 530 000
MACOppm: 500mg
Limite baseado
Valor de Limite 10 ppm
TDD/NOEL
Pior Caso
Avaliação microbiológica :
129
LIMPEZA MICROBIOLÓGICA
Método “Swab”
Método “Swab”
Vantagens: método mais comum, usado como meio
seletivo para isolar diretamente as diferentes populações
microbianas.
Desvantagens: dificuldades na recuperação
Método bioluminiscente
Vantagens: rápido, muito preciso, método seguro,
confiável.
Desvantagens: útil para cargas microbianas nos
intervalos de 104 – 108 organismos, mas insuficiente
sensibilidade para cargas microbianas menores.
LIMPEZA MICROBIOLÓGICA
Etc...
LIMPEZA MICROBIOLÓGICA
Procedimento:
Os limites microbiológicos em termos de ufc/25cm2 podem
ser determinados desde:
O conhecimento da área da superfície interna do
misturador
A quantidade fabricada
O limite microbiológico para o produto
LIMPEZA MICROBIOLÓGICA
Exercício prático
Caso não haja dados experimentais prévios, pode-se utilizar de forma orientativa os
seguintes limites:
Estéril 20 UFC/100 ml
Limite Limite
Endotoxinas Endotoxinas
Agua de enxague microbiológico microbiológico
< 0,250 UE/ml < 0,250 UE/ml
da agua da agua
(apenas (apenas
parenterais) parenterais)
144
DOCUMENTAÇAO DA VALIDAÇÃO
P
VM
145
PLANO MESTRE DE VALIDAÇÃO
P
VM
146
PLANO MESTRE DE VALIDAÇÃO
O PMV é um documento de síntese que define os
elementos chaves do programa de validação, explicando o
método, os meios e a programação a ser seguida para
validar a unidade.
Introdução
Estrutura organizacional
Descrição de instalações, sistemas, equipamentos,
processos a validar
Estratégia geral de validação
Critérios de aceitação
Documentação de validação
Planejamento de atividades de validação
Referências
Abreviaturas
Anexos
148
PLANO DE VALIDAÇÃO DE LIMPEZA
O Plano de Validação de Limpeza deve conter os seguintes
tópicos:
Política de validação
- Objetivos
- Alcance do projeto
- Definições
- Documentação de referência
Organização
- Descrição do pessoal de validação, funções e
responsabilidades
- Circuitos de revisão e aprovação de documentos de
149
validação
PLANO DE VALIDAÇÃO DE LIMPEZA
O Plano de Validação de Limpeza deve conter os seguintes
tópicos:
Procedimentos de limpeza
- Lista de SOPs
Critérios de aceitação
Tipos de amostragem
Métodos analíticos a utilizar
Fator de recuperação
Estudo do pior caso
Capacitação/qualificação do pessoal
Controle de mudanças / revalidação
150
PROTOCOLO
160
BIBLIOGRAFIA
- Pharmaceutical cGMPS for the 21ST century — A risk based approach, final report, September
2004
- Guidance for Industry, Q7A Good Manufacturing Practice Guidance for Active Pharmaceutical
Ingredients, FDA, August 2001 ICH.
- FDA, Guide to inspections of validating of cleaning processes. Rockville, MD, USA.
- Cleaning and Cleaning Validation: A Biotechnology Perspective, Brunkow et al, PDA, 1996.
- Validated Cleaning Technologies for Pharmaceutical Manufacturing, Destin LeBlanc, Interpharm
Press, 2000.
- Resolução da Diretoria Colegiada - RDC Nº. 249 – ANVISA – Setembro, 2005
- Q7A Good Manufacturing Practice Guidance for Active Pharmaceutical Ingredients – ICH – August,
2001
162
Este
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