Dureza Nace

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MINISTRIO DA EDUCAO

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL


Escola de Engenharia

Programa de Ps-Graduao em Engenharia de Minas, Metalrgica e de Materiais

PPGEM












DETERMINAO DE CRITRIOS PARA
ACEITAO DE MEDIES DE DUREZA REALIZADAS COM
DURMETROS PORTTEIS EM REGIES DE SOLDAS






Helton Claudio Bertol







Dissertao para obteno do ttulo de Mestre em Engenharia, Especialidade Engenharia de
Inspeo de Equipamentos











Porto Alegre
2009

II
MINISTRIO DA EDUCAO
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL
Escola de Engenharia

Programa de Ps Graduao em Engenharia de Minas, Metalrgica e de Materiais

PPGEM











DETERMINAO DE CRITRIOS PARA
ACEITAO DE MEDIES DE DUREZA REALIZADAS COM
DURMETROS PORTTEIS EM REGIES DE SOLDAS





Helton Claudio Bertol
Engenheiro Mecnico













Dissertao apresentada ao Programa de Ps-Graduao em Engenharia de Minas,
Metalrgica e de Materiais - PPGEM, como parte dos requisitos para a obteno do ttulo de
Mestre em Engenharia, Especialidade Engenharia de Inspeo de Equipamentos.






Porto Alegre
2009

III
Esta dissertao foi julgada adequada para obteno do ttulo de Mestre em
Engenharia, Especialidade Engenharia de Inspeo de Equipamentos e aprovada em sua
forma final pelo orientador e pela Banca Examinadora do Programa de Ps-Graduao.












Orientadora: Prof
a
. Dra. Juliane Vicenzi (UFRGS)













Banca Examinadora:

Dr. Alexander Hiroshi Kasama, CENPES/PETROBRAS
Dr. Carlos Eduardo Aguiar Lima Rodrigues UN-RNCE/PETROBRAS
Dr
a
. rika Santana Mota Nicoletti, ENGENHARIA/TRANSPETRO









Prof. Dr. Carlos Perez Bergmann
Coordenador do PPGEM







IV


















































Luciana e Ceclia.

V



AGRADECIMENTOS




Petrobras pela oportunidade para a realizao deste trabalho.
Professora Dra. Juliane Vicenzi pela orientao do trabalho.
Aos Engenheiros Humberto Silva Campinho e Wilson do Amaral Zaitune pela
orientao do trabalho no SEQUI/ Petrobrs, pelos ensinamentos, incentivo e pelo apoio.
Aos colegas do SEQUI So Jos dos Campos: Daniele Cristina Chagas, pela grande
colaborao em todas as etapas deste trabalho, Paulo Roberto da Silva, Cristiane Mariano
Zavatti, Celso Kawasaki e Tiago Kaspary pelas contribuies e sugestes para o trabalho.
Aos colegas Valmir Manoel e Helder Carreiro pelo auxlio na fabricao e preparao dos
corpos-de-prova e de dispositivos auxiliares.
Aos engenheiros Cristian Ramos Will, Genaro Zanon e Paulo Srgio Gomes Pinto
pelo companheirismo durante a realizao do estgio vivencial em So Jos dos Campos.
minha esposa Luciana pelo amor, incentivo e apoio em todos os momentos.
Aos meus pais Jaime e Lidir pelo amor e pelo exemplo de vida de trabalho e
honestidade.
empresa Tenaris Confab pelo fornecimento do material para a confeco de corpos-
de-prova e pela disponibilizao do laboratrio e de equipamentos para a realizao de
ensaios.
empresa GE Inspection Technologies pelo apoio tcnico e pela disponibilizao de
equipamentos para a realizao de ensaios.
Ao pessoal da oficina de manuteno da REVAP pela usinagem dos corpos-de-prova.
A todos que, direta ou indiretamente, contriburam para a realizao deste trabalho.

VI



SUMRIO


LISTA DE FIGURAS.....................................................................................................VIII
LISTA DE TABELAS....................................................................................................... XI
LISTA DE ABREVIATURAS E SMBOLOS.............................................................. XII
RESUMO.........................................................................................................................XIII
ABSTRACT .................................................................................................................... XIV
1.0 INTRODUO........................................................................................................ 1
2.0 OBJETIVOS ............................................................................................................ 4
3.0 LIMITAES DO TRABALHO DE PESQUISA............................................... 5
4.0 REVISO DA LITERATURA............................................................................... 6
4.1 Ensaios para medio de dureza .................................................................... 6
4.1.1 Aspectos Gerais.................................................................................. 6
4.1.2 Teste Vickers dureza e microdureza ............................................... 9
4.1.3 Medio de Dureza com Equipamentos Portteis............................ 12
4.2 Juntas Soldadas - Aspectos metalrgicos Bsicos ....................................... 19
4.2.1 Aspectos Gerais................................................................................ 19
4.2.2 Zona termicamente afetada pelo calor (ZTA).................................. 21

5.0 MATERIAIS E MTODOS......................................................................................23
5.1 Aspectos gerais.................................................................................................23
5.2 Levantamento e anlise sobre requisitos e recomendaes relativos a
ensaios de medio de dureza...........................................................................23
5.2.1 Recomendaes para realizao de ensaios de dureza..........................25
5.2.2 Recomendaes de procedimentos relativos a ensaios de dureza.........26
5.2.3 Recomendaes e requisitos para equipamentos e
dispositivos empregados em ensaios de dureza.....................................27
5.2.4 Recomendaes e requisitos para corpos-de-prova e
peas empregados em ensaios de dureza...........................................................27
5.3 Experimentos.................................................................................................... 27
5.3.1 Processos avaliados..................................................................................27
5.3.2 Corpos de prova........................................................................................28

VII
5.3.3 Planejamento e execuo de experimentos..............................................29

6.0 RESULTADOS E DISCUSSO................................................................................34
6.1 Anlise dos dados compilados sobre ensaios de medio de dureza......................34
6.1.1 Anlise sobre as recomendaes para realizao de ensaios ..................34
6.1.2 Anlise sobre recomendaes para procedimentos relativos
aos ensaios .......................................................................................................35
6.1.3 Anlise sobre recomendaes e requisitos para equipamentos
e dispositivos empregados em ensaios ...........................................................42
6.1.4 Anlise sobre as recomendaes para corpos-de-prova e
peas empregados em ensaios......................................................................... 43
6.2 Experimentos.......................................................................................................45
6.2.1 Avaliao do desempenho de equipamentos portteis em relao
exatido e repetitividade................................................................................46
6.2.2 Avaliao do desempenho de durmetros portteis em relao
posio de medio.........................................................................................49
6.2.3 Avaliao do desempenho de durmetros portteis em relao
medio de dureza na zona termicamente afetada de soldas..........................53

7.0 CONSIDERAES FINAIS.....................................................................................60
7.1 Consideraes sobre os resultados relativos aos principais aspectos abordados
no trabalho....................................................................................................................60
7.2 Sugestes de critrios de aceitao de medies de dureza com
equipamentos portteis..................................................................................................64

8.0 CONCLUSES.......................................................................................................... 65

9.0 SUGESTES PARA TRABALHOS FUTUROS.................................................... 66

REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS..................................................................................67

ANEXO I - Equipamentos utilizados no trabalho





VIII

LISTA DE FIGURAS




Figura 1.1 Esquema representativo do escopo do trabalho....................................................2
Figura 1.2 Esquema representativo da estruturao do trabalho............................................3
Figura 4.1 Indentadores utilizados nos processos de medio de dureza Brinell,
Rockwell e Vickers ..............................................................................................6
Figura 4.2 Visor, penetrador e mesa de equipamento para medio dureza...........................10
Figura 4.3 Equipamento para medio de microdureza..........................................................11
Figura 4.4 Equipamento para medio de dureza pelo princpio UCI...................................13
Figura 4.5 Esquema representativo do princpio de medio UCI.........................................14
Figura 4.6 Esquema representativo do princpio de medio Leeb Hardness........................16
Figura 4.7 Equipamentos para medio de dureza pelo mtodo Leeb Hardness....................16
Figura 4.8 Equipamento TIV para medio de dureza...........................................................17
Figura 4.9 Tela do equipamento de medio de dureza mtodo TIV..................................18
Figura 4.10 Macroestrutura esquemtica da seo transversal de uma solda em materiais
metlicos..............................................................................................................19
Figura 4.11 Estrutura da ZTA de um ao de baixo carbono (esquemtica) A regio de
crescimento de gro ............................................................................................21
Figura 5.1 Esquema ilustrativo das tabelas para compilao de dados..................................25
Figura 5.2 Planilha 1 Recomendaes para ensaios, condies para realizao e
critrios de aprovao..........................................................................................26
Figura 5.3 Esquema da diviso da junta soldada para obteno dos corpos-de-
prova....................................................................................................................30

IX
Figura 5.4 Esquema representativo dos corpos-de-prova utilizados para avaliao de
exatido, repetitividade .........................................................................................31
Figura 5.5 Representao esquemtica de posies de medio; Dispositivo utilizado para
posicionamento dos corpos-de-prova em ngulos de 45 e 135 graus................32
Figura 5.6 Esquema representativo de corpo de prova com solda...........................................33

Figura 6.1 N 133 - Perfil para medies de dureza para chanfro duplo V...............................35

Figura 6.2 N 133 - Perfil para medies de dureza para chanfro V ........................................36
Figura 6.3 NACE MR 0175 2003 / ISO 15156 -1 - Perfil para medies de dureza
para chanfro V .......................................................................................................37
Figura 6.4 Cdigo ASME IX - Perfil para medies de dureza para chanfro V ...................38
Figura 6.5 N 1706- Perfil para medies de microdureza para chanfro duploV.....................38
Figura 6.6 N 1706- Perfil para medies de microdureza para chanfro V..............................38
Figura 6.7 Esquema representativo do tamanho de indentaes proporcionadas pelos
processos Leeb Harness e UCI............................................................................41
Figura 6.8 Representao esquemtica - dureza nas diferentes regies da ZTA.....................41
Figura 6.9 Representao esquemtica - indentaes realizadas por diferentes processos na
zona de gros grosseiros da ZTA.........................................................................42
Figura 6.10 Mdias de valores medidos por diferentes processos corpos-de-prova da
junta soldada - posio horizontal..........................................................................47
Figura 6.11 Mdias de valores medidos por diferentes processos barras padro para
Poldi - posio horizontal....................................................................................48
Figura 6.12 Mdias de valores medidos por diferentes processos para diferentes
posies de medio corpos-de-prova da junta soldada...................................50

X
Figura 6.13 Diferenas das mdias de medidas por diferentes processos em relao s
medidas pelo processo Vickers. ..........................................................................53
Figura 6.14 Desvios padro para diferentes posies de medio..........................................53
Figura 6.15 Sondas utilizadas para medies atravs do processo Leeb Hardness................54
Figura 6.16 Corpo de prova utilizado para medies de dureza nas regies de soldas..........55

Figura 6.17 Corpo de prova utilizado para medies de dureza nas regies de soldas..........56
Figura 6.18 Medies realizadas na face lateral do corpo de prova........................................57










XI



LISTA DE TABELAS




Tabela 6.1 Distncias mnimas para indentaes, segundo ASTM E 92.................................36
Tabela 6.2 Tolerncias para medies de dureza atravs de diferentes mtodos................... 39
Tabela 6.3 Desvios das mdias e desvios padro de vrios processos em relao ao
processo Vickers corpos-de-prova da junta soldada - posio horizontal..........47
Tabela 6.4 Desvios das mdias e desvios padro de vrios processos em relao ao
processo Vickers barras para teste Poldi - posio horizontal ...........................49
Tabela 6.5 Mdias das medies de diferentes processos para diferentes posies
corpos-de-prova da junta soldada.........................................................................51
Tabela 6.6 Diferenas das mdias e desvios padro dos processos UCI, Leeb Hardness e
TIV em relao ao processo Vickers para diferentes posies .............................52
Tabela 6.7 Valores aproximados de diagonais medidas nos experimentos.............................58
Tabela 6.8 Distncias mnimas recomendadas para indentaes segundo normas..................58
Tabela 6.9 Estimativa para distncias mnimas recomendadas para indentaes ...................59

XII



LISTA ABREVIATURAS E SMBOLOS


d [mm] Mdia das diagonais de uma indentao
H [mm] Profundidade de penetrao do indentador
H
2
Hidrognio
H
2
S cido sulfdrico
HB Dureza Brinell
HL Dureza Leeb
HV Dureza Vickers
HRC Dureza Rockwell
MB Metal de base
P [kgf] Carga aplicada
R
a
[m]

Rugosidade mdia
UCI Ultrasonic Contact Impedance
TIV Throug Indenter Viewing
ZF Zona fundida
ZGG Zona de gros grosseiros
ZGM Zona de gros mistos
ZGF Zona de gros finos
ZTA Zona termicamente afetada
t Diferena de temperatura












XIII



RESUMO



A avaliao e verificao das propriedades mecnicas dos materiais empregados na
indstria uma das atividades de maior responsabilidade na engenharia. A realizao dessas
atividades depende do emprego de critrios estabelecidos por normas de associaes de
engenharia e tambm de normas internas de empresas, que determinam adaptaes e
exigncias em funo de caractersticas de projeto e de condies de utilizao particulares de
estruturas e equipamentos.
O objetivo principal deste trabalho a determinao de critrios para aceitao de
medies de dureza por meio de durmetros portteis dentro da empresa Petrleo Brasileiro
S.A.
A determinao destes critrios envolve, entre outros aspectos, a especificao de
princpios de medio de dureza apropriados para diferentes situaes, observao de recursos
tcnicos mnimos exigveis de equipamentos portteis e a observao, aprimoramento e
especificao de procedimentos para a execuo de medies de dureza.
apresentada no trabalho uma compilao das exigncias e recomendaes de normas
tcnicas, recomendaes da bibliografia e de fabricantes de equipamentos portteis sobre a
medio de dureza em metais com estes equipamentos.
apresentada tambm uma discusso sobre pontos conflitantes e pontos obscuros de
normas tcnicas vigentes de diferentes instituies. Alguns aspectos, como posio de
medio e avaliao de dureza na zona termicamente afetada de juntas soldadas, so
analisados e discutidos com base em resultados de ensaios realizados.
A realizao deste trabalho fornece subsdios para a reviso de normas da Petrobras,
relativas a medies de dureza em regies de solda, tanto em qualificaes de procedimentos
quanto para medies em campo.





XIV



ABSTRACT


Evaluation of the mechanical properties of materials used in industry is one of the
most important activities in engineering. It depends on the use of criteria, developed by
engineering associations, organizations for standardization and companies. The companies
determine internal standards, changes and requirements for particular aspects of design and
service of structures and equipment.
The main objective of this study is to determine criteria for acceptance of hardness
measurements by means of portable instruments in Petrobras. This involves, among other
aspects, the specification of principles for measuring hardness suitable for different situations,
observation of minimum technical resources required for mobile devices and the improvement
of measurement procedures.
Recomendation and requirements from different sources like standards, literature,
articles and catalogs were gathered, analysed and discussed. Some aspects, such as
measurement position, evaluation of hardness measurement in the HAZ of welded joints by
portable instruments are discussed based on results of experiments.
The results obtained can be used as a source of information for the revision and
improvement of internal standards in Petrobras, related to qualification of procedures and
measurements realized in field.

1




1. INTRODUO



A avaliao e verificao das propriedades mecnicas dos materiais
empregados na indstria uma das atividades de maior responsabilidade na engenharia. A
realizao dessas atividades depende do emprego de critrios estabelecidos por normas de
associaes de engenharia e tambm de normas internas de empresas, que determinam
adaptaes e exigncias em funo de caractersticas de projeto e de condies de utilizao
particulares de estruturas e equipamentos.
Um dos ensaios mecnicos mais difundidos na indstria metal-mecnica o
ensaio de dureza. Alm de ser um teste relativamente barato e rpido, considerado como no
destrutivo para muitas situaes. A medida da dureza fornece resultados confiveis a respeito
de vrias propriedades mecnicas dos materiais, como resistncia mecnica e resistncia ao
escoamento. Propriedades como tenacidade, resistncia ao desgaste e usinabilidade podem
tambm ser estimadas a partir dos resultados destes testes.
Em algumas situaes o ensaio de dureza aplicado como um dos critrios de
aprovao de peas e equipamentos, especialmente nas regies de soldas. Exemplos so os
vasos de presso que trabalham expostos ao cido sulfdrico (H
2
S). Em muitas outras
situaes este tipo de ensaio desempenha fator importante.
Dependendo da natureza e das dimenses das peas ou equipamentos a avaliar,
as medies de dureza podem ser realizadas em laboratrios ou em campo. Em laboratrios,
no caso de aplicao para equipamentos como vasos de presso, servem como parmetro para
a validao de procedimentos de soldagem. Fora do laboratrio, so teis em inspees de
fabricao e em campo, para verificaes de rotina ou aps a realizao de reparos em
equipamentos.
Para a medio de dureza em campo so necessrios equipamentos portteis.
H vrias marcas e modelos de equipamentos disponveis no mercado, que utilizam diferentes
princpios de funcionamento. Alguns durmetros portteis utilizam escalas para medio
diferentes das convencionais como Vickers, Brinell e Rockwell. A maioria faz
automaticamente a converso dos valores medidos para essas escalas.
A necessidade de definio de critrios para aceitao de medies realizadas
com equipamentos portteis foi o motivo gerador deste trabalho. Para alguns processos de
medio j existem normas especficas que regulamentam a utilizao. Entretanto, de modo
2

geral h carncia de informaes sistematizadas com o objetivo de esclarecer as vantagens e
limitaes de diferentes processos. A maior parte das informaes disponveis neste sentido
encontra-se em catlogos e artigos dos fabricantes de equipamentos.
O esquema apresentado na Figura 1.1 mostra o escopo deste trabalho.


Medio de dureza

- Propriedades mecnicas;
- Critrio de aprovao;
- Qualificao e Inspeo.
Passivo
Tecnolgico

- Estruturas;
- Equipamentos;
- Tubulaes;
- Dutos.
Unies -
Soldas

- Metal base;
- Metal de solda;
- ZTA.
- Vasos de presso;
- Materiais - H
2
S;
- Soldas / ZTA;
Determinao de
critrios para
aceitao de
medies de dureza
com equipamentos
portteis
FOCO


Figura 1.1 Esquema representativo do escopo do trabalho

Para a definio do foco foram considerados os seguintes fatos:
1) A dureza critrio de aceitao de equipamentos mecnicos no caso de
vasos de presso o limitante a dureza mxima;
2) As soldas so regies crticas para a avaliao dessa caracterstica;
3) A regio mais crtica da solda em relao dureza a zona termicamente
afetada;

Para a realizao deste trabalho foram empregados processos de medio de
dureza que apresentam caractersticas comprovadamente adequadas ao tipo de aplicao
proposto, (como Vickers) e processos cuja aplicao gera discusses a respeito da adequao
para medio de dureza em soldas (Leeb Hardness e Microdureza).
A Figura 1.2 mostra um esquema da estratgia adotada para realizao do
trabalho.

3

Bibliografia
- Livros;
- Artigos;
- Sites.
Normas tcnicas
- Associaes;
- Petrobras.
Fabricantes
- Caractersticas
tcnicas;
- Recomendaes.
- Compilao de dados;
- Ensaios.
- Anlise;
- Discusso.
Definio de
critrios
Prtica
- Constataes;
- Relatos.


Figura 1.2 Esquema representativo da estruturao do trabalho

Os quadros localizados na parte externa da Figura 1.2 (em amarelo)
representam as fontes de informao utilizadas para uma compilao, sistematizao e anlise
de dados relevantes relativos aos objetivos do trabalho. A partir desses dados e dentro das
possibilidades tcnicas, logsticas, financeiras e cronolgicas, foram planejados e realizados
ensaios de dureza visando verificao e complementao das informaes levantadas.
Atravs da anlise dos resultados dos ensaios e das informaes levantadas foi
possvel a sugesto de alguns critrios para a aceitao de resultados obtidos atravs de
medies realizadas com equipamentos portteis.


















4




2. OBJETIVOS


2.1 Objetivo Principal
O objetivo principal deste trabalho a determinao de critrios para aceitao de
medies de dureza por meio de durmetros portteis na empresa Petrleo Brasileiro S.A.

2.2 Objetivo Especfico
Levantamento, compilao e anlise de informaes sobre ensaios de dureza;
o Levantamento de informaes sobre recomendaes para ensaios de dureza na
fabricao e montagem de vasos de presso e sobre requisitos de materiais
utilizados para vasos sujeitos a H
2
S em normas tcnicas da Companhia e em
cdigos de projeto;
o Levantamento sobre recomendaes para a realizao de ensaios de dureza
literatura, sites, cdigos de projeto, normas relativas inspeo em juntas
soldadas e ensaios de dureza;
o Levantamento de informaes sobre equipamentos portteis para a medio de
dureza literatura, fabricantes, normas;
o Compilao e anlise das informaes utilizao de planilhas.
Realizao de experimentos
o Planejamento de experimentos com base na anlise das informaes levantadas
e na disponibilidade de materiais, recursos tcnicos e tempo;
o Realizao de experimentos em laboratrio, simulando algumas condies de
utilizao dos equipamentos portteis em campo;
o Tratamento e anlise dos resultados dos experimentos;
Anlise conjunta dos resultados do levantamento de informaes e dos experimentos
para a sugesto de critrios para a aceitao de resultados de medies de dureza
realizados atravs de equipamentos portteis.

5




3. LIMITAES DO TRABALHO DE PESQUISA


A investigao tcnica e cientfica realizada neste trabalho apresenta limitaes quanto
sua interpretao. Entre estas, destacam-se:
i) No foram esgotadas as fontes utilizadas para o levantamento de informaes.
Buscou-se, dentro do tempo disponvel, levantar, analisar e discutir o maior
nmero de informaes possvel. A realizao de um trabalho mais abrangente e
com maior tempo de durao e com abordagem mais ampla pode fornecer
informaes e resultados complementares aos apresentados aqui;
ii) Foram utilizados no trabalho equipamentos portteis para a medio de dureza de
apenas um fabricante. Procurou-se assim avaliar as diferenas de desempenho de
diferentes princpios e tcnicas de medio. Equipamentos de fabricantes
diferentes dos utilizados no trabalho podem fornecer respostas diferentes daquelas
aqui apresentadas;
iii) Os corpos-de-prova utilizados para a realizao dos experimentos foram
fabricados a partir de blocos de ao laminado, utilizado para a confeco de
esferas para armazenamento de gs. Esses materiais podem apresentar variaes
considerveis de dureza devido falta de homogeneidade, o que pode implicar em
limitaes nas anlises de alguns resultados. Tambm pode implicar na
necessidade de realizao de um maior nmero de ensaios para que se obtenham
resultados confiveis;
iv) O tratamento dos resultados baseado em conceitos estatsticos simples. A anlise
estatstica , portanto, limitada.

6




4. REVISO DA LITERATURA


4.1 Ensaios para medio de dureza
4.1.1 Aspectos Gerais
O termo dureza, como empregado na indstria, pode ser definido como a
capacidade do material de resistir a uma deformao permanente quando em contato com um
penetrador (ou indentador) sobre o qual aplicada uma carga. Em geral um teste de dureza
consiste na aplicao de carga em uma superfcie atravs do penetrador, que tem geometria e
propriedades conhecidas [1, 19].
A dureza dos materiais pode ser expressa atravs de vrias escalas que, direta
ou indiretamente, esto relacionadas presso aplicada para deformar a superfcie testada. Os
indentadores podem ser esfricos, piramidais ou cnicos [1, 19]. Pesquisadores e associaes
de engenharia desenvolveram mtodos para converso de escalas de dureza. Algumas normas
apresentam valores tabelados, com equivalentes para diferentes escalas. Entre as mais
utilizadas esto as normas ASTM E 140 e DIN EN ISO 18265.
Os testes de dureza mais difundidos para materiais metlicos so o Brinell, o
Vickers e o Rockwell (Figura 4.1). O teste Brinell utiliza ponta do indentador esfrica, o
Vickers piramidal e o rockwell cnica. Os materiais mais comuns para fabricao dos
penetradores so ao temperado, metal duro ou diamante [19].


Figura 4.1 Indentadores utilizados nos processos de medio de dureza Brinell (a),
Rockwell (b) e Vickers (c) [1].

Em processos como Brinell e Vickers, a dureza expressa pela relao entre a
carga suportada e a rea da indentao. A unidade dessas medidas kgf/mm
2
. No teste





(a) (b) (c)
7

Rockwell, a profundidade da indentao para uma determinada carga medida e convertida
em um valor de dureza que inversamente proporcional profundidade obtida [1, 19].
A determinao da dureza dos metais constitui um mtodo rpido, que permite
avaliar as condies de fabricao e tratamento das ligas metlicas, as diferenas estruturais
locais e a influncia de elementos de liga [19]. O Ensaio de dureza talvez o teste mais
simples e de mais baixo custo para caracterizao de materiais, pois no requer uma
preparao elaborada da amostra. Os equipamentos empregados tambm so de baixo custo
[1].
Embora a dureza no seja utilizada como parmetro de projeto de peas,
correlaciona-se com razovel aproximao com algumas propriedades mecnicas como
resistncia trao, particularmente no caso dos aos [19]. Para metais, a dureza
diretamente proporcional tenso de escoamento para a deformao imposta pela indentao.
Propriedades como tenacidade, resistncia ao desgaste e usinabilidade, podem ser estimadas
pela medio de dureza [1].
Investigaes tericas e empricas resultaram em relaes quantitativamente
precisas tambm entre dureza e outras propriedades dos materiais, como coeficiente de
encruamento, tenso de fadiga e de fluncia.
Estas relaes auxiliam na avaliao dessas propriedades com preciso
suficiente para o controle de qualidade durante estgios intermedirios e finais de fabricao.
Em muitas situaes o ensaio de dureza a nica alternativa disponvel de teste no destrutivo
para a qualificao e liberao de componentes para a aplicao ou operao.
Atravs de um conceito aparentemente simples, a dureza uma propriedade
que representa efeitos de complexos campos de tenses elsticas e plsticas induzidas no
material testado.
Eventos microscpicos como movimentos de discordncias e transformaes
de fases que podem ocorrer no material sob o indentador, no so necessariamente os mesmos
para o mesmo material em diferentes indentaes, mesmo que em condies idnticas.
Entretanto, a experincia tem mostrado que indentaes produzidas em condies idnticas de
teste so aproximadamente idnticas macroscopicamente e as medies de suas dimenses
produzem valores de dureza com repetitividade satisfatria [1].
Ensaios de dureza podem ser classificados atravs de vrios critrios. Entre
eles esto o tipo de medio, carga aplicada e natureza dos testes (por exemplo: estticos,
dinmicos, ou riscamento).
8

Em relao ao tipo de medio, os testes podem ser classificados como
medies que avaliam as dimenses das indentaes (ex: Brinell, Vickers) e medies que
avaliam a profundidade das indentaes (ex: Rockwell).
A classificao tambm pode ser feita pelas denominaes de testes
tradicionais e testes instrumentados. Nos testes tradicionais so medidas a rea de contato ou a
profundidade de penetrao para determinada carga aplicada. Os testes instrumentados
permitem medies contnuas de cargas e deslocamentos.
Outra forma de classificao de testes de dureza atravs da magnitude das
cargas aplicadas para produzir as indentaes. Em relao a esse aspecto, os testes de dureza
podem ser classificados como macrodureza, microdureza e nanodureza.
Os testes classificados como macrodureza so aqueles que utilizam cargas de 1
kgf ou maiores. Testes Vickers podem utilizar cargas de 1 a 120 kgf. As cargas aplicadas em
testes Rockwell variam de 15 a 150 kgf, dependendo do tipo de penetrador e da escala de
medio utilizados. Para os testes Brinell, as cargas tipicamente aplicadas variam entre 500 e
3000 kgf [1].
Os testes de microdureza (Vickers e Knoop) empregam cargas menores, na
faixa entre 1gf e 1 kgf, sendo mais comuns aplicaes de cargas entre 100 e 500 gf. Estes
testes so adequados para camadas de materiais com espessuras da ordem de 3mm.
O ensaio chamado nanoindentaco ou indentao instrumentada depende de
medio simultnea da carga e da profundidade da indentao produzida por cargas que
podem ser de at 0,1 mN, com faixa de medies de 20 nm.
Os ensaios de dureza ainda podem ser classificados como estticos, dinmicos
ou de riscamento. Todos os mencionados anteriormente so do tipo esttico. Nos testes
dinmicos o penetrador, usualmente esfrico ou cnico lanado sobre a superfcie do
material a ser testado. A altura do penetrador depois de rebatido pela superfcie utilizada
como parmetro para medio de dureza. O escleroscpio o ensaio mais popular desta
classificao.
No teste de riscamento, um material com dureza conhecida utilizado para
riscar a superfcie de outro material, com dureza desconhecida para determinar se este ltimo
mais ou menos duro que o material de referncia.
O teste que emprega correntes parasitas, que no est enquadrado em nenhuma
das categorias citadas um mtodo sem contato e no utiliza penetrador. O mtodo depende
da medio de permeabilidade de correntes parasitas da camada superficial do material
9

testado. Essa permeabilidade determinada pela estrutura do material e, portanto, pela dureza
[1].

4.1.2 Teste Vickers dureza e microdureza
O processo Vickers consiste na aplicao de um penetrador com ponta de
diamante na forma piramidal com base quadrada sobre a superfcie da pea de teste mediante
a aplicao de cargas determinadas. Os ngulos de abertura da pirmide so de 136 . Aps a
retirada da carga, as diagonais da indentao so medidas e o valor da dureza calculado pela
relao entre a fora aplicada e a rea da indentao [1, 19].
Ensaios Vickers podem ser realizados para macro e microindentao [1, 19,
45] segundo a norma ASTM E 384, a carga aplicada para ensaios de microindentao, ou
microdureza, varia entre 1 e 1000 gf. No teste padro (norma ASTM E 92) so aplicadas
cargas de 1 a 120 kgf. H diferentes interpretaes em relao s faixas de cargas utilizadas
para este tipo de teste. H registros na bibliografia de faixas que variam de 10 a 120 kg [19], 1
a 120 kgf [1] e 1 a 100 kgf [40].
A equao 4.1 representa a relao utilizada para determinao da dureza
Vickers:

HV = 1,8544 P/d
2
(Eq. 4.1)

Onde:
HV Dureza Vickers (kgf/mm
2
);
P Carga aplicada [kgf];
d mdia das diagonais da indentao [mm].

Tendo-se determinada a diagonal da indentao, a dureza Vickers pode ser
calculada pela frmula. Entretanto mais conveniente o uso de tabelas de converso. Alguns
equipamentos possuem mostradores digitais que apresentam diretamente o resultado das
medies (Figura 4.2). A indentao mostrada na Figura 4.2 foi realizada sobre um bloco
padro.

10


Figura 4.2 Visor, penetrador e mesa de equipamento para medio de dureza [1]

Para o processo Vickers, carregamentos diferentes fornecem resultados
praticamente idnticos para materiais homogneos. Essa uma vantagem em relao a outros
processos que, em geral, exigem escalas diferentes para faixas de cargas diferentes.
Entre as vantagens do processo Vickers esto a possibilidade de realizar
leituras precisas e o fato de que apenas um tipo de penetrador utilizado para todos os tipos
de metais e tratamentos de superfcie. Comparativamente, um durmetro Vickers tem custo
maior que equipamentos de medio semelhantes que empregam os processos Brinell e
Rockwell [40].
Equipamentos empregados para testes Vickers devem ser verificados para pelo
menos trs foras, incluindo a especificada para o teste a ser realizado. O equipamento
considerado calibrado se o erro apresentado no maior que 1%. As foras devem ser
aplicadas suave e gradualmente, de modo que sejam evitados impacto e sobrecarga. A carga
deve ser aplicada de modo a no causar nenhum movimento da pea durante a realizao do
teste.
A pirmide de diamante utilizada como indentador polida e fabricada com
tolerncias estreitas. Esta deve ser verificada periodicamente atravs da anlise das
caractersticas de indentaes realizadas em superfcies polidas, com equipamento capaz de
proporcionar aumento de 500 x.
Os exames visam deteco de arredondamento e lascamentos nas arestas e na
ponta do indentador de diamante ou outro tipo de dano. Uma imagem larga e brilhante da
11

ponta da indentao ou das diagonais indica desgaste excessivo. Manchas brilhantes que
ocorrem geralmente nas diagonais, indicam a presena de lascamentos. A deteco de
qualquer dano deve implicar na substituio do indentador.
O desenvolvimento do teste de microdureza se deve principalmente a fatores
como limitaes dos mtodos de dureza, principalmente no que se refere preciso dos
resultados para peas de pequenas espessuras, necessidade de medies de dureza em peas
de tamanho reduzido, necessidade de medies em pequenas reas e da determinao de
dureza de microconstituintes de ligas e de cristais simples [19].
O procedimento para a realizao dos testes de microdureza similar ao do
processo Vickers, exceto pelo fato de que realizado em escala microscpica e so utilizados
instrumentos de maior preciso. A superfcie a ser testada geralmente exige qualidade prpria
para ensaios metalogrficos. Quanto menor a carga utilizada para o teste, mais altas as
exigncias em relao qualidade da superfcie necessria para a realizao de testes.
Microscpios de preciso so empregados para as medies das indentaes.
Usualmente estes equipamentos possuem aumentos de 500 vezes e medem com exatido
de +0.5 micrometros. Nestes equipamentos, diferenas de +0.2 micrometros podem ser
detectadas por operadores experientes [40].
A Figura 4.3 mostra um equipamento para medio de microdureza totalmente
automatizado, com analisador de imagens e computador integrados para o tratamento dos
resultados.


Figura 4.3 - Equipamento para medio de microdureza [1].

12

O desempenho de equipamentos para testes de dureza Vickers geralmente
verificado indiretamente atravs da verificao peridica com blocos padro. Uma grande
variedade de blocos padro est disponvel em diferentes faixas de dureza, calibrados com
diferentes cargas de teste. recomendvel que cada carga empregada em um teste seja
verificada atravs do uso de pelo menos dois blocos padro de diferentes durezas.
As principais vantagens do processo Vickers so:
- Em geral a dureza Vickers independente da fora aplicada quando determinada em
materiais homogneos exceto para cargas menores que 5 kgf;
- As quinas e limites das diagonais das indentaes so em geral bem definidas;
- As indentaes so simtricas, independentemente do tamanho;
- Uma escala contnua utilizada para determinada fora, de valores menores para maiores;
- A deformao do penetrador desprezvel para materiais duros.
As principais desvantagens so:
- O teste lento. O tempo caracterstico para indentao e medio de aproximadamente 1
minuto
- H exigncias de cuidados em relao preparao da superfcie da pea a ser medida,
especialmente para pequenas indentaes.
- A exatido das medies das diagonais depende de fatores relacionados ao operador do
equipamento.

4.1.3 Medio de Dureza com Equipamentos Portteis

A) Mtodo da Impedncia Ultra-snica de Contato (UCI)

O mtodo da impedncia ultra-snica de contato um ensaio de dureza
desenvolvido pelo Dr. Claus Kleesattel em 1961. O mtodo baseado na medio da
alterao da freqncia de uma barra ressonante, causada pela natureza elstica da rea finita
de contato entre a pea e o penetrador durante a penetrao [10, 33].
Os equipamentos desenvolvidos para esse tipo de teste apresentam os valores
medidos em escalas convencionais de dureza, como Vickers, Rockwell e Brinell. Podem ser
empregados para componentes de diferentes tamanhos, em diferentes locaes e em posies
de difcil acesso.
Em geral, um equipamento para medio de dureza pelo princpio UCI
composto por:
13

- Uma sonda que contm uma barra com um penetrador (tipo Vickers, por exemplo)
- Um sistema de gerao de vibrao;
- Um sistema de deteco de vibrao;
- Sistemas eletrnicos para avaliao numrica;
- Mostrador digital.

A Figura 4.4 mostra um equipamento de dureza para testes pelo princpio UCI,
realizando a medio com a sonda fixada em um dispositivo auxiliar. Entretanto, nem sempre
possvel a utilizao desses dispositivos. Nesses casos, o posicionamento da sonda e a
aplicao da carga so feitos manualmente.


Figura 4.4 Equipamento para medio de dureza pelo princpio UCI [33]

Diferentes tipos de sondas podem ser empregados para esse tipo de teste. Esses
dispositivos tipicamente cobrem uma faixa de carga de 1 a 98 N. Podem ter tamanhos
variados, com sensores longos ou curtos para aplicaes especficas. Podem ainda ser
operadas manualmente ou equipadas com servo-motor para realizao de testes
automaticamente.
Neste tipo de teste, diferentemente dos testes convencionais, o tamanho das
indentaes produzidas no determinado opticamente. A rea de contato entre o indentador
e a pea a ser avaliada determinada pela medio eletrnica da alterao em uma
ressonncia ultra-snica [10].
14

Durante a realizao do teste, uma sonda que contm uma barra, na qual est
fixado o indentador, excitada em uma oscilao longitudinal ultra-snica de
aproximadamente 70 kHz pela ao de cristais piezoeltricos. A carga especificada aplicada
atravs da ao de uma mola. A ponta da barra penetra no material criando um contato
elstico, que resulta em uma variao positiva da freqncia na barra de oscilao (Figura
4.5).
Esta variao est relacionada dimenso da rea da indentao (rea de
contato entre o penetrador e o material). A dimenso da rea, por sua vez a medida da
dureza do material testado, para um determinado mdulo de elasticidade. Sendo assim, a
variao da freqncia relativamente pequena para materiais duros, devido pequena
penetrao do indentador no material testado, deixando assim uma pequena indentao. A
variao da freqncia progressivamente maior quando o mtodo aplicado para materiais
progressivamente mais macios [32].


Figura 4.5 Esquema representativo do princpio de medio UCI [32].

O equipamento monitora constantemente a freqncia de ressonncia e calcula
a variao da freqncia quando cargas especificadas so atingidas. O equipamento processa
digitalmente as avaliaes e clculos e mostra os resultados instantaneamente.
A variao da freqncia no depende somente da rea de contato entre o
indentador e o material, mas tambm do mdulo de elasticidade dos materiais em contato. A
utilizao desses equipamentos para a medio de materiais com mdulos de elasticidade
diferentes depende de calibraes para faixas adequadas. Aps a calibrao, o mtodo UCI
pode ser aplicado para todos os materiais com mdulos de Young dentro das faixas
calibradas.
Cristal
piezoeltrico
Barra osciladora
Diamante Vickers
15

Em geral, esses equipamentos so calibrados na fbrica para aos no ligados e aos
de baixa liga, pela utilizao de blocos padro certificados de acordo com a norma ASTM E
92 [10, 33].

B) Mtodo da Dureza Leeb (rebote)

O teste de dureza pelo mtodo Leeb um teste classificado como dinmico. Os
resultados obtidos dependem das propriedades plsticas e elsticas dos materiais testados e do
tratamento trmico pelo qual o material testado possa ter passado. Os valores medidos so
indicativos da resistncia mecnica dos materiais. A relao entre a velocidade de rebote e a
velocidade de impacto a medida da dureza do material testado [1, 9].
As velocidades de impacto e de rebote so medidas quando o corpo de impacto
est a aproximadamente 1 mm de distncia da superfcie testada. Isso realizado por meio de
um magneto permanente montado no corpo de impacto que se move durante o teste atravs de
uma bobina contida na sonda e induz uma voltagem eltrica nos movimentos de impacto e de
rebote.
Essas voltagens induzidas so respectivamente proporcionais s velocidades de
impacto e de rebote. O quociente entre essas voltagens medidas, multiplicado pelo fator de
1000, produz um nmero que representa o valor de dureza Leeb (Equao 4.2).

L= (velocidade de rebote / velocidade de impacto) * 1000 (Equao. 4.2)

O equipamento utilizado para a realizao de testes pelo mtodo Leeb
Hardness consiste em:
- Um dispositivo de impacto equipado com uma esfera de metal duro ou um corpo com ponta
de diamante, uma estrutura para medio de velocidade atravs de uma bobina de induo,
um anel de suporte e um dispositivo eletrnico com mostrador digital para indicao dos
resultados.
A Figura 4.6 mostra uma representao esquemtica dos componentes de uma
sonda para equipamentos que utilizam o princpio Leeb Hardness.
H seis tipos de sondas normalizadas utilizadas para medio atravs deste
princpio. So elas: D, DC, D+15, G, C e E, cada uma recomendada para determinados
materiais e faixas de durezas. A sonda tipo D a mais comum e adequada para aplicaes
16

em uma grande variedade de materiais [1, 9]. Todos os modelos utilizam uma esfera de metal
duro ou uma ponta de diamante como penetrador do corpo de impacto [1].



Figura 4.6 Esquema representativo do princpio de medio Leeb Hardness [32].

Como a escala de dureza Leeb no reconhecida universalmente, a maioria dos
equipamentos faz transformao dos valores para escalas de dureza usuais. O problema com
essas converses que elas so muito dependentes do material geralmente so funes dos
mdulos de elasticidade dos materiais.
Sendo assim, muitos equipamentos fazem converses distintas para diferentes
classes de materiais. Aos, ferros fundidos, alumnio e bronze so alguns dos materiais que
normalmente tm dados inclusos nos equipamentos [1]. Na Figura 4.7 so mostrados um
equipamento para medio de dureza atravs do mtodo do rebote, sondas e um bloco padro
de dureza.


Figura 4.7 Equipamento para medio de dureza pelo mtodo Leeb Hardness [33].

Corpo de impacto
Magneto
Esfera de
metal duro
Bobina

17

Medies em vrios ngulos podem ser realizadas com estes equipamentos. A
norma ASTM A 956 prev fatores de correo para determinadas posies de medio,
equipamentos modernos aplicam estes fatores de correo automaticamente.
O nico mtodo para verificao da calibrao de durmetros Leeb atravs da
utilizao de blocos padro. O procedimento utilizado a realizao de dez medies nas
superfcies dos blocos padro e clculo da mdia. Se a mdia ficar dentro da faixa de 13
pontos (ou valores) do valor especificado no bloco padro, o equipamento considerado
calibrado [1].

C) Mtodo da Viso atravs do Indentador (TIV)

TIV um instrumento porttil utilizado para teste de dureza tico de acordo
com o mtodo Vickers. Um sistema tico que inclui uma cmera CCD que permite a
visualizao atravs do indentador de diamante. Dessa forma, a penetrao do indentador na
pea pode ser vista no mostrador do equipamento.
To logo a carga de teste atingida, os comprimentos das diagonais da
indentao so determinados e convertidos em valores de dureza de acordo com a definio
do mtodo Vickers. Essa avaliao pode ser realizada mecnica ou automaticamente.
O equipamento pode fazer converso de escalas de dureza segundo as normas
DIN 50150 e ASTM E 140. A visualizao da indentao produzida permite, alm do
monitoramento da qualidade da indentao, a verificao da condio do indentador
(diamante Vickers). A Figura 4.8 mostra um equipamento TIV para medio de dureza.

Figura 4.8 Equipamento TIV para medio de dureza [33].

18

Segundo o fabricante do equipamento, este pode ser utilizado para medies
em diferentes materiais sem a necessidade de calibrao. Recomenda tambm a aplicao do
equipamento para objetos de pequena espessura e para camadas de recobrimento.
Ainda segundo o fabricante, o mtodo TIV permite a realizao de testes em
diferentes materiais sem nenhum tipo de calibrao (independentemente do material) e em
qualquer posio de medio. Tambm adequado para a medio de peas leves e de baixa
espessura [32, 33].
O software contido no equipamento determina, num primeiro passo, as bordas
da indentao. As medidas das diagonais so determinadas com base nos pontos de interseo
das quinas do diamante Vickers mostradas na tela. A mdia das diagonais utilizada para o
clculo da dureza, segundo o mtodo Vickers.
Na Figura 4.9 est mostrado o resultado de uma medio realizada atravs do
mtodo TIV. Por meio da imagem do mostrador possvel avaliar a qualidade da medio,
podendo-se verificar se houve influncia da qualidade da superfcie da pea, da microestrutura
do material ou de outros efeitos.


Figura 4.9 Tela do equipamento de medio de dureza mtodo TIV [33]

O equipamento tambm permite a avaliao manual da indentao. As bordas
da indentao podem ser ajustadas manualmente, utilizando-se uma imagem aumentada no
mostrador digital. Feito isso, o comprimento das diagonais automaticamente determinado e
o valor da dureza mostrado.
O mostrador do equipamento permite tambm a verificao direta da condio
do penetrador. Dessa forma, defeitos como quebras nas arestas podem ser identificados
prontamente e, consequentemente, erros nas medies podem ser evitados.
19

O equipamento tambm tem recursos grficos e funes estatsticas bsicas. Os
valores calculados de mdia e desvio padro so mostrados ou atualizados durante as
medies.

4.2 Juntas soldadas aspectos metalrgicos bsicos
4.2.1 Aspectos gerais
As soldas realizadas por fuso em metais apresentam trs regies principais: Zona
fundida (ZF), Metal de base (MB) e Zona Termicamente Afetada pelo Calor (ZTA) - Figura
4.10:


Figura 4.10 - Macroestrutura esquemtica da seo transversal de uma solda em materiais
metlicos (a) passe nico, (b) mltiplos passes [21].

Zona Fundida (ZF): regio onde o material foi submetido aos processos de fuso e de
solidificao durante a operao de soldagem. Os gradientes trmicos, as taxas de
solidificao e as taxas de resfriamento na fronteira da poa de fuso determinam a estrutura
do material da zona fundida [2, 20].
Zona Termicamente Afetada pelo Calor (ZTA): regio da solda cuja microestrutura e/ou
propriedades so alteradas pelo ciclo trmico de soldagem. As temperaturas de mximas
atingidas nessa regio so superiores temperatura crtica do material e inferiores sua
temperatura de fuso. A temperatura mxima atingida (temperatura de pico) e as taxas de
resfriamento determinam a estrutura da ZTA [2, 20].
Metal de Base (MB): regio que no foi afetada pelo processo de soldagem. As temperaturas
mximas atingidas nessa regio so inferiores temperatura crtica do material [2, 20, 21].
O ciclo trmico de soldagem influencia de forma importante s reaes e
alteraes estruturais que ocorrem em uma dada regio do material devido ao processo de
MB
ZF
MB
ZF
ZTA
ZTA
20

soldagem. O fluxo de calor na soldagem, responsvel pelo ciclo trmico, pode ser dividido em
duas etapas bsicas: fornecimento de calor junta e dissipao desse calor pela pea.
Na primeira etapa um parmetro importante para caracterizar o processo a
energia de soldagem (ou aporte trmico) definida como a quantidade de energia fornecida
junta por unidade de comprimento da mesma. Na soldagem a arco, pode-se considerar o arco
como a nica fonte de calor.
Na segunda etapa, a dissipao do calor ocorre principalmente por conduo,
na pea, das regies aquecidas para o restante do material. A evoluo de temperatura em
diferentes pontos, devido soldagem pode ser estimada terica ou experimentalmente. Cada
ponto do material localizado prximo junta experimentar uma diferente variao de
temperatura, devido passagem da fonte de calor [20].
A velocidade de resfriamento particularmente importante na soldagem dos
aos carbono. Estes materiais, quando aquecidos a temperaturas elevadas, sofrem
austenitizao na regio da solda. No resfriamento, os produtos da transformao da austenita
dependem fortemente das condies de resfriamento.
Os ciclos trmicos de soldagem e a distribuio de calor gerado dependem de
diversas variveis. As principais so:
Metal de base: metais e ligas de elevada condutividade trmica como o cobre e o alumnio
dissipam rapidamente o calor da regio da solda para o restante da pea, o que torna mais
difcil a formao da poa de fuso. Materiais com menor condutividade trmica tendem a
apresentar gradientes trmicos mais abruptos no aquecimento e menores velocidades de
resfriamento. Nesses materiais, a energia trmica melhor aproveitada para a fuso localizada
necessria soldagem.
Geometria da junta: considerando todos os outros parmetros idnticos, quanto mais direes
a junta oferece para a dissipao do calor, mais rpido ser o resfriamento. Dessa forma,
juntas em ngulo tendem a resfriar mais rapidamente que juntas de topo;
Espessura da junta: juntas de maior espessura facilitam o escoamento do calor da regio de
solda. Assim, para uma mesma condio de soldagem, quanto mais espessa a junta, mais
rapidamente esta tender a se resfriar durante a soldagem. Essa condio vlida at uma
espessura limite, acima da qual a velocidade de resfriamento no depende da espessura;
Energia de soldagem e temperatura inicial da pea: a velocidade de resfriamento
inversamente proporcional energia de soldagem e temperatura inicial da pea. A seleo
21

adequada destes parmetros permite um certo controle sobre a velocidade de resfriamento e,
portanto, sobre a microestrutura e propriedades. [20, 21].

4.2.2 Zona termicamente afetada pelo Calor (ZTA)
As caractersticas da ZTA de uma junta soldada dependem principalmente do
metal de base, do processo e do procedimento de soldagem, dos ciclos trmicos e da
distribuio do calor.
Na soldagem de materiais como alumnio e cobre, no estado recozido, a
mudana estrutural mais importante o crescimento de gro. No estado encruado, a ZTA
apresentar uma regio de crescimento de gro adjacente ZF e uma regio recristalizada,
mais afastada. Em metais transformveis como aos carbono e aos de baixa liga, a ZTA ser
mais complexa, conforme mostrado na Figura 4.11.


Figura 4.11 Estrutura da ZTA de um ao de baixo carbono (esquemtica) A regio de
crescimento de gro, B- regio de refino de gro, C Regio intercrtica [20]

Regio de crescimento de gro: Compreende a regio do metal de base mais prxima da
solda, submetida a temperaturas entre cerca de 1200C e a temperatura de fuso. Nesta regio
a estrutura austentica sofre um grande crescimento de gro, que depende do tipo de ao e da
energia de soldagem. Quanto maior a energia de soldagem, mais grosseiros sero os gros
formados. A estrutura final de transformao depender do teor de carbono e de elementos de
liga em geral, do tamanho de gro austentico e da velocidade de resfriamento. A granulao
22

grosseira dificulta a ocorrncia de transformao durante o resfriamento, ou seja, aumenta a
temperabilidade da regio. Isto pode ser acentuado se o ao for ligado ou tiver um maior teor
de carbono. De um modo geral a ferrita apresenta uma morfologia em placas e a presena de
bainita nesta regio. Condies de soldagem que resultem em uma maior velocidade de
resfriamento, particularmente em aos ligados ou com maior teor de carbono, podem resultar
em uma estrutura completamente martenstica. Essa regio tende a ser a mais problemtica da
ZTA de um ao, podendo ter baixa tenacidade e ser um lugar preferencial para a formao de
trincas. Para um dado material, espessura e tipo de junta, as condies de resfriamento e,
portanto, a microestrutura, podem ser ajustadas pela seleo adequada das condies de
soldagem, particularmente a energia de soldagem e a temperatura de preaquecimento da junta
[2, 20].
Regio de refino de gro: Compreende a poro da junta aquecida a temperaturas comumente
utilizadas na normalizao dos aos ou um pouco acima destas (900 at cerca de 1200 C).
Aps o processo de soldagem, essa regio caracterizada, geralmente, por uma estrutura fina
de ferrita e perlita, no sendo problemtica na maioria dos casos.
Regio intercrtica: nesta regio, a temperatura de pico varia entre 727C (temperatura
eutetide) e a linha A3, sendo caracterizada pela transformao parcial da estrutura original
do metal de base. Nesta faixa de temperatura, somente uma parte do material austenitizada
e, portanto, alterada pelo ciclo trmico. Em alguns casos, particularmente na soldagem com
vrios passes, constituintes de elevada dureza e baixa tenacidade podem se formar nessa
regio.
Regies mais afastadas do cordo de solda, cujas temperaturas de pico foram inferiores a 727
C, apresentam mudanas microestruturais cada vez menos perceptveis [2, 20].








23




5. MATERIAIS E MTODOS


5.1 Aspectos gerais
Para o estabelecimento de critrios de aceitao de medies de dureza
realizadas com equipamentos portteis foram considerados trs aspectos principais:
1. Estabelecer requisitos e recomendaes que, na medida do possvel, no
apresentem conflitos com requisitos e recomendaes de normas Petrobras e
normas externas vigentes na companhia;
Para a considerao desse aspecto necessria a anlise detalhada das normas
internas e externas vigentes. Nos casos em que haja conflitos de recomendaes entre
normas e/ou aspectos no abordados, so tomados como referncia as recomendaes
de normas formuladas com embasamentos tcnicos considerados mais consistentes e
mais adequados aos propsitos deste trabalho.
2. Adequao dos processos de medio em relao aplicao em diferentes
regies das peas, corpos-de-prova e equipamentos (metal base, ZTA e zona
fundida de regies soldadas);
So observadas as dimenses e formas de indentaes e as distncias mnimas
recomendadas entre as mesmas e destas s bordas de peas ou corpos-de-prova. So
observadas tambm as relaes entre dimenses de indentaes e distncias
recomendadas com as dimenses das zonas termicamente afetadas de soldas.
3. Avaliao de caractersticas tcnicas e de desempenho para diferentes
equipamentos e princpios de medio.
So analisados aspectos como repetitividade, exatido, facilidade de utilizao
em zonas restritas (posicionamento para medies na ZTA) e medies em diferentes
posies (0, 45, 90, 135 e 180 graus em relao horizontal).

5.2 Levantamento e anlise sobre requisitos e recomendaes relativos a ensaios de
medio de dureza
Para viabilizar a compilao e anlise de dados relativos realizao de
ensaios de dureza, foram necessrias classificaes de temas principais, das fontes de
24

informao, em funo da natureza das mesmas, e de aspectos particulares relativos a
determinados tpicos de anlise.
Os quatro grandes temas adotados foram:
- Fabricao e montagem de vasos de presso;
- Materiais para construo de equipamentos e dispositivos sujeitos H
2
e H
2
S;
- Soldagem (qualificao de procedimentos e inspeo);
- Dureza.
As fontes de informao foram classificadas como:
- Literatura, artigos, sites especializados;
- Normas tcnicas internas e externas;
- Manuais e catlogos de fabricantes de equipamentos;
- Constataes e relatos da prtica sobre medies de dureza na Companhia.
Foram abordados quatro temas principais. Para cada tema foi elaborada uma
planilha para a anotao dos dados levantados. A plotagem destes em linhas e colunas visa
facilitar a comparao entre recomendaes e requisitos de diferentes fontes para aspectos
semelhantes.
Para a montagem das planilhas, as informaes foram classificadas em:
- Tpicos ou temas;
- Variveis;
- Recomendaes e requisitos.

Os temas esto relacionados a indicaes para realizao de ensaios,
procedimentos, exigncias relacionadas a equipamentos e peas e corpos-de-prova utilizados
para medies. A Figura 5.1 mostra um esquema geral simplificado das planilhas.
As planilhas foram montadas de modo que as informaes coletadas possam
ser classificadas de forma progressiva, ou seja, partindo-se de abordagens genricas para
particulares, conforme esclarecimento nos itens seguintes. Algumas variveis so utilizadas
em mais de uma planilha para facilitar a estratificao das informaes.
Alm da comparao entre requisitos e recomendaes de diferentes fontes de
informao, a anlise das planilhas fornece requisitos para a confeco de corpos-de-prova
utilizados na parte experimental deste trabalho. Dessa forma, pode ser otimizada a fabricao
dos corpos-de-prova e de dispositivos necessrios, atendendo-se aos requisitos de todas as
normas e recomendaes da bibliografia.

25














Figura 5.1 Esquema ilustrativo das tabelas para compilao de dados

5.2.1 Recomendaes para realizao de ensaios de dureza (tpico 1)
Na planilha 1 (Figura 5.2) so anotadas todas as informaes relevantes a
respeito de recomendaes para realizao de ensaios constantes nas fontes consultadas. Essas
informaes foram retiradas principalmente de normas internas da companhia e de cdigos de
projeto referentes a vasos de presso. Entretanto, na coluna das fontes so mostradas todas as
fontes consultadas a ttulo de ilustrao. Para as demais planilhas a lgica utilizada a
mesma. As informaes nesta planilha so estratificadas de acordo com as variveis em:
testes recomendados, condies para realizao dos testes e critrios de aprovao.
Dependendo da maneira com que as informaes estavam apresentadas e do
nvel de detalhe disponvel em cada fonte consultada, as informaes foram tambm
utilizadas nas planilhas 2, 3 e 4.

Aspectos
Normas
TPICOS
Requisitos
Literatura
Rec. Fabricantes
- Dureza;
- Vasos de presso;
- Materiais p/ H
2
S;
- Soldagem;
- Recomendaes para realizao de ensaios;
- Recomendaes para procedimentos;
- Caract. e requisitos p/ equipamentos, dispositivos;
- Caract. e requisitos p/ peas / corpos de prova.
- Tipo de ensaios / crit. aprovao;
- Calibraes / dist. entre indentaes;
- Qualidade de superfcie / massa.
Variveis
Fontes
26


N - 268
N - 269
ASME VIII
ASME IX
N1704
N1706
NACE MR 0175 2003
N133
ASTM A370-08a
ASTM 92 E 92-82 (03)
ASTM E 384-08a
ASTM A 956 - 06
ASTM A 1038 - 08
ASTM E 110-82 (02)
Rec. Fabricantes
Rec. Literatura
Testes de dureza recomendados
Condies para realizao dos
testes
Critrios de aprovao

Figura 5.2 Planilha 1 Recomendaes para ensaios, condies para a realizao e critrios
de aprovao.

5.2.2 Recomendaes de procedimentos relativos a ensaios de dureza (tpico 2)
Parte das informaes relativas a procedimentos estratificada a partir das
informaes plotadas na planilha 1 e parte de normas especficas para determinados processos
de medio de dureza.
Entre os fatores importantes a serem analisados esto as distncias mnimas
recomendadas entre indentaes e destas para pontos de referncia, como bordas de corpos-
de-prova ou metal de solda. Recomendaes para arranjo ou posicionamento relativo entre as
indentaes so tambm anotadas.
Tambm so importantes as recomendaes e restries a respeito de posies
para medies, visto que as medies realizadas na fabricao de equipamentos ou em campo
muitas vezes so efetuadas em posies diferentes da horizontal.
As variveis consideradas nesta planilha so: tipo de teste, calibrao e
verificao dos equipamentos, regies de anlise (metal base, ZTA e metal de solda), cargas
aplicadas, distanciamento mnimo entre indentaes, destas s bordas da pea e zona
fundida, posies de medio.


Fontes
Variveis
27

5.2.3 Recomendaes e requisitos para equipamentos e dispositivos empregados em
ensaios de dureza (tpico 3)
Nessa planilha so plotadas informaes referentes a aspectos relevantes de
equipamentos e dispositivos auxiliares utilizados na execuo de medies de dureza. As
variveis consideradas so: tipo de equipamento, aspectos construtivos, recomendaes sobre
operao, dispositivos auxiliares, limitaes e recomendaes para aplicao dos mesmos.

5.2.4 Recomendaes e requisitos para corpos-de-prova e peas empregados em ensaios
de dureza (tpico 4)
As informaes plotadas na planilha 4 so relacionadas especificamente s
peas ou corpos-de-prova, nos quais so efetuadas as medies de dureza. So na maioria
provenientes de normas especficas para determinados processos de medio de dureza.
As variveis analisadas so: materiais, massa, espessura mnima, qualidade
dimensional, geomtrica e de superfcie e posio de medio.

5.3 Experimentos
A parte experimental deste trabalho teve como objetivo a obteno de dados
que complementem as informaes obtidas a partir do levantamento de informaes. A
anlise da soma dos resultados dessas duas abordagens a base para determinao dos
critrios de aceitao de medies de dureza com equipamentos portteis.
No planejamento dos experimentos foram consideradas a avaliao de pontos
previamente determinados pelas necessidades da companhia e tambm a verificao de
requisitos e recomendaes de diferentes normas sobre determinados aspectos.
Um dos pontos principais est relacionado adequao de determinados
processos para medies na zona termicamente afetada de soldas. O posicionamento relativo
das indentaes e destas em relao s bordas de corpos-de-prova e metal de solda tambm
foi avaliado.
Outros pontos avaliados so o desempenho de equipamentos portteis em
relao exatido e repetitividade e em relao a medies em diferentes posies,
simulando-se as condies de campo.

5.3.1 Processos avaliados
Os processos de medio de dureza utilizados neste trabalho so:
28

- Vickers HV5 Durmetro de bancada (utilizado como referncia);
- Vickers HV1 Microdurmetro (bancada);
- Ultrasonic Contact Impedance UCI (porttil);
- Leeb Hardness (porttil);
- Through Indenter Viewing TIV (porttil).

Estes processos foram escolhidos principalmente pelas seguintes razes:
- O processo Vickers HV5 o mais citado por normas internas e externas para a utilizao em
qualificaes de procedimentos de soldagem. Outra razo o fato de que a estabilidade e
robustez dos equipamentos de bancada reduzem as incertezas dos resultados. Estes fatos
justificam a utilizao dos resultados desta tcnica como referncia para avaliao do
desempenho dos demais equipamentos.
- O processo de micro dureza foi escolhido pelo fato de constar como recomendao para
qualificao de procedimento de soldagem normas da companhia. H controvrsias quanto
utilizao desse processo para a medio de dureza na ZTA de soldas.
- O processo UCI um dos mais utilizados pelas empresas contratadas para a medio de
dureza em campo de equipamentos da companhia.
- O processo Leeb Hardness tambm utilizado para medies em campo. O emprego deste
processo gera controvrsias quanto utilizao para medies em ZTAs.
- O processo TIV um processo relativamente novo e que ainda no tem normatizao
especfica.

5.3.2 Corpos-de-Prova
A definio dos materiais e da forma dos corpos-de-prova a serem utilizados
nos experimentos foi baseada em aspectos tcnicos, custos, logstica, e tempo disponvel para
a fabricao dos corpos-de-prova e de dispositivos auxiliares. Optou-se pela utilizao de
materiais que tivessem acesso fcil e rpido.
As vantagens dessa estratgia so principalmente baixo custo e tempo menor
para obteno dos mesmos. As desvantagens so o risco de se obter materiais que apresentem
variaes considerveis de dureza devidas falta de homogeneidade. Isso pode implicar em
limitaes nas anlises de alguns resultados. Tambm pode implicar na necessidade de
realizao de um maior nmero de ensaios para que se obtenham resultados confiveis.
O estudo preliminar das normas sobre ensaios realizados com a utilizao de
equipamentos portteis revelou que, para materiais considerados no homogneos, o nmero
29

de indentaes recomendado nas medies de dureza o dobro do utilizado para materiais
homogneos.

5.3.3 Planejamento e execuo de experimentos
A estratgia adotada para a execuo dos experimentos e anlise dos resultados
foi baseada em trs aspectos principais:
1. Adotar um processo como referncia.
2. Medir todos os corpos-de-prova com o processo de referncia.
3. Avaliar as variaes dos resultados de diferentes processos em relao aos
resultados do processo de referncia.
O processo adotado como referncia foi o Vickers durmetro de bancada,
com carga de 5 kg. Este o processo recomendado pela maioria das normas para a
qualificao de procedimentos de soldagem.
Os resultados obtidos atravs do processo de referncia podem ser tomados
como o melhor que pode ser atingido em termos de exatido e disperso dos resultados. Para a
avaliao do desempenho de diferentes equipamentos portteis em posies diferentes da
horizontal necessria a comparao direta entre os resultados destes equipamentos.
Os aspectos avaliados atravs da realizao dos experimentos esto descritos
nos itens abaixo:
A) Avaliao comparativa do desempenho dos equipamentos e processos em relao
exatido e repetitividade;
B) Avaliao da influncia da variao da posio de medio nos resultados;
C) Avaliao do desempenho de diferentes processos em relao s formas e
dimenses das indentaes.
D) Avaliao do desempenho de diferentes processos para nveis de dureza
diferenciados nas regies de solda.

Para atender s necessidades relativas s avaliaes propostas, foi determinada
a utilizao de dois tipos de corpos-de-prova:
- Barras utilizadas como padro para ensaios tipo Poldi;
- Material utilizado para a fabricao de vasos de presso.
As barras padro utilizadas para ensaios Poldi foram adotadas pelo fato de
terem dureza teoricamente constante. Foram selecionadas barras com dureza nominal de 250
HB (aproximadamente 263 HV, segundo ASTM E 140 - 07). Esta dureza a limite permitida
30

para materiais utilizados na fabricao de vasos de presso sujeitos a H
2
S (N1706). As barras
tm seo quadrada de 16 mm e comprimento de 160 mm.
O material utilizado para a confeco dos demais corpos-de-prova foi uma
junta soldada de chapas de ao ASTM A 516 GR 70, tpico para aplicaes em vasos de
presso sujeitos H
2
S. O processo de soldagem a que a junta foi submetida o de eletrodos
revestidos. O bloco original tem dimenses de 300 mm (largura) x 200 mm (comprimento) x
60 mm (altura).
Parte do bloco foi cortada em blocos menores, com dimenses de 100 mm x 30
mm x 60 mm. Os blocos da parte central da junta tm as soldas em duplo V, que apresentam
largura mxima de aproximadamente 40 mm (Figura 5.3).








Figura 5.3 Esquema da diviso da junta soldada para obteno dos corpos-de-prova
dimenses em mm.

Os corpos-de-prova foram preparados de modo a atender s exigncias das
normas consultadas referentes a diferentes ensaios. Foram observados aspectos como
planicidade, paralelismo, massa, espessura mnima e qualidade de superfcie. As medies
relativas qualidade de superfcie e geomtrica foram realizadas em 3 de 10 corpos-de-prova
utilizados no trabalho, tendo sido apenas submetidos ao lixamento, com lixa grana 280. Todos
os resultados esto dentro dos limites exigidos pelas normas para os respectivos requisitos.
Os corpos-de-prova obtidos a partir dos blocos laterais foram utilizados para as
avaliaes descritas nos itens A e B listados anteriormente. Os blocos centrais foram
destinados a corpos-de-prova para a avaliao do item C. A as barras padro para ensaios
Poldi tambm foram utilizadas para a avaliao proposta no item D.
Os corpos-de-prova provenientes da junta soldada foram fabricados por
usinagem (serramento e fresamento). A preparao da superfcie foi realizada com lixamento
100 100 100
40 30
60
31

granulometria final de 280. Nos corpos-de-prova que apresentavam soldas foram realizados
polimento e ataque qumico leve (Nital 1%) para facilitar a visualizao da ZTA.
A seguir so descritos os ensaios realizados, relacionados aos quatro itens
propostos para avaliaes:
A) Avaliao do desempenho dos equipamentos e processos em relao exatido e
repetitividade;
- Corpos-de-prova sem unio soldada;
- Posio horizontal (condio ideal);
- Trs faces medidas as mesmas para todos os processos - 6 pontos cada face
para o processo referncia e para processo de microdureza e 10 pontos cada
face para os demais.
- Barras padro para ensaios tipo Poldi;
- Posio horizontal (condio ideal);
- Uma face medida 30 pontos
Os erros sistemticos e a disperso de cada processo em relao ao de
referncia so avaliados atravs da comparao das mdias e dos desvios padro observados.
A Figura 5.4 mostra um esquema de um corpo-de-prova de metal de base. As
Figuras geomtricas de diferentes formas e cores representam as indentaes de diferentes
processos de medio.


Figura 5.4 Esquema representativo dos corpos-de-prova utilizados para avaliao de
exatido e repetitividade

B) Avaliao da influncia da variao da posio de medio nos resultados;
- Na Figura 5.5 (a) esto mostradas esquematicamente as posies de medio.
Na parte (b) mostrada a pea fixada a um dispositivo para medies a 45 e
135;
32

- Para cada posio de medio so utilizados trs corpos-de-prova;
- Todos os corpos-de-prova (de todas as posies de medio) so medidos
pelo processo referncia na posio horizontal.
- Trs faces medidas - 6 pontos cada face para o processo referncia e para
processo de microdureza e 10 pontos cada face para os demais.


(a) (b)
Figura 5.5 (a) Representao esquemtica das posies de medio. (b) Dispositivo
utilizado para posicionamento dos corpos-de-prova em ngulos de 45 e 135 graus

- Os erros sistemticos e a disperso de cada processo em relao ao de
referncia so avaliados atravs da comparao das mdias e dos desvios
padro observados.
- Atravs da comparao dos resultados de um mesmo equipamento/processo
para cada posio de medio, pode ser analisado o desempenho deste para
diferentes posies.

C) Avaliao do desempenho de diferentes processos em relao s formas e
dimenses das indentaes;
- A avaliao deste item realizada atravs da comparao das recomendaes
e exigncias constantes nas fontes consultadas e os valores efetivos medidos
nos corpos-de-prova ensaiados;
- Avaliao de aspectos como o distanciamento mnimo entre indentaes e
destas s bordas dos corpos-de-prova;
- Comparao do desempenho de diferentes equipamentos/processos para
medies na ZTA em relao a limitaes de espao (dimenses da ZTA);
33

- Anlise da adequao de diferentes processos em funo das variaes
metalrgicas da ZTA (dimenses das indentaes versus dimenses e
variaes de dureza das subcamadas da ZTA);

A Figura 5.6 mostra um esquema de um corpo de prova de uma junta soldada.
As Figuras geomtricas de diferentes cores representam as indentaes de diferentes
processos de medio.









Figura 5.6 Esquema representativo de corpo-de-prova com solda

D) Avaliao do desempenho de diferentes processos para nveis de dureza
diferenciados nas regies de solda.
- Medies de dureza em barras padro de Poldi
- Somente 1 corpo de prova - 30 medies para cada processo;
- Avaliao da exatido e do erro sistemtico (mesmo procedimento
realizado para os corpos-de-prova de metal base item A)
- Comparao destes resultados com os do item A.














34




6. RESULTADOS E DISCUSSES


6.1 Anlises e clculos baseados na compilao de dados sobre ensaios de medio de
dureza
6.1.1 Anlise sobre a recomendao de ensaios planilha 1
As normas N-268 e N-269, referentes fabricao e montagem de vasos de
presso da Petrobras e que so o ponto de partida para o levantamento, fazem referncia
norma interna de soldagem (N 133), aos cdigos de projeto ASME VIII e IX, norma ASTM
E 92 (dureza Vickers), assim como norma reguladora NR13.
Em relao aos procedimentos utilizados para qualificao de processos de
soldagem, recomendam o emprego de testes de dureza Vickers HV5 ou HV10 (segundo
ASTM E 92) e prevem a possibilidade de realizao de testes com equipamentos portteis
para medies realizadas em campo ou em inspees de fabricao.
Os critrios para aceitao das medies realizadas com equipamentos
portteis no esto claramente definidos, uma vez que o texto expressa como exigncia a
obteno de resultados similares aos apresentados pelo processo convencional. Nesse caso,
a similaridade definida pela Companhia. Essa constatao refora a necessidade de
definio de critrios para a aceitao desses testes.
As normas internas N-1704 e N-1706, referentes a requisitos adicionais para
materiais sujeitos a H
2
e H
2
S, respectivamente, referenciam a norma N-133 no que tange s
recomendaes relativas a corpos-de-prova e procedimentos para a realizao de ensaios de
dureza nas regies de solda. Sobre a utilizao de equipamentos portteis, apresentam as
mesmas recomendaes contidas nas normas de fabricao e montagem de vasos de presso.
A maioria das fontes analisadas recomenda a realizao de ensaios de dureza
Vickers, com cargas de 5 e 10 kgf. Excees so as normas N 1706 e NACE MR 0175 2003 /
ISO 15156 -1. A primeira recomenda microdureza com carga de 500 gf para a qualificao. A
segunda apresenta como alternativa o emprego de dureza Rockwell superficial, com carga de
15kgf (escala tipo 15N), alm da recomendao de emprego de HV 5 ou HV10.
Os critrios de aprovao das normas internas da Petrobras so mais
conservativos que os da norma NACE. Dependendo da classe dos vasos de presso
analisados, os limites aceitveis para as normas internas vo de 210 a 250 HV. Para vasos
empregados em meios no agressivos o limite de 280 HV. Para a norma NACE, a dureza
35

mxima permitida para equipamentos sujeitos ao de H
2
S de 22 HRC, ou seja,
aproximadamente 250 HV (segundo norma ASTM E 140).
Nos itens seguintes so apresentadas consideraes sobre as recomendaes
referentes a procedimentos de testes, corpos-de-prova, equipamentos e dispositivos
empregados.

6.1.2 Anlise sobre recomendaes para procedimentos - planilha 2
O levantamento de informaes sobre procedimentos para realizao de
ensaios exps alguns pontos conflitantes entre algumas normas. Os principais referem-se s
recomendaes para o posicionamento das indentaes na zona termicamente afetada das
soldas e distncia mnima entre as indentaes e destas s bordas das peas ou corpos-de-
prova.
As normas internas de projeto e montagem de vasos de presso recomendam
que os ensaios de dureza sejam realizados em concordncia com as recomendaes da norma
ASTM E 92. No caso de serem utilizados equipamentos portteis, recomendam a anlise da
similaridade dos resultados obtidos com esses equipamentos em relao aos obtidos pelo
processo Vickers. O posicionamento das indentaes deve ser de acordo com a norma interna
de N-133 (soldagem), que os especifica somente para qualificao de procedimentos de
soldagem (Figuras 6.1 e 6.2).


Figura 6.1 N 133 - Perfil para medies de dureza para chanfro duplo V [26].

36


Figura 6.2 N 133 - Perfil para medies de dureza para chanfro V [26].

A norma ASTM E 92 recomenda como distncia mnima de 2,5 vezes a mdia
das diagonais entre o centro de uma indentao e a borda de outra ou borda da pea.
A norma reproduz o conceito terico de que a dureza Vickers pode ser
calculada segundo a expresso HV=1,8544*P/d
2
, onde P a carga aplicada em kilogramas
fora e d a mdia das diagonais da indentao em milmetros.
Considerando-se que o limite de dureza permitido para vasos de presso
abordados neste trabalho de 250 HV e que a dureza mnima aproximada de aos adequados
para esse propsito da ordem de 150 HV, chega-se a valores mnimos recomendados para
distncias entre indentaes e dessas s bordas de peas (Tabela 6.1).

Tabela 6.1 Distncias mnimas para indentaes, segundo ASTM E 92
Dureza do material
Cargas aplicadas
150 HV 250 HV
5 kgf 0,623 mm 0,483 mm
10 kgf 0,88 mm 0,683 mm

Pode-se observar que, para os materiais considerados neste trabalho, as
distncias mnimas calculadas com base na norma ASTM E 92 no so atendidas nas
recomendaes da norma N-133. Considerando-se o limite superior de dureza utilizado como
critrio de aprovao, a distncia mnima entre a linha de fuso da solda e a primeira
indentao deveria ser de no mnimo 0,483 mm para uma carga de 5 kgf. Na regio do metal
de base, onde a dureza menor, a distncia mnima recomendada ainda maior.
O distanciamento praticvel entre as indentaes tambm depende da largura
da ZTA que, por sua vez, depende de fatores como material soldado, espessura da junta,
processo de soldagem empregado, parmetros de soldagem utilizados e outros.
37

A norma NACE MR 0175 2003 / ISO 15156 -1 recomenda distncias mnimas
de indentaes das bordas da pea compatveis com as recomendaes da ASTM E 92. A
distribuio das indentaes na ZTA no linear. A recomendao em relao ao seu
posicionamento nesta regio de que estejam inteiramente inseridas na ZTA, to prximas
quanto possvel da zona fundida da solda. A Figura 6.3 mostra um esquema de medio de
dureza em uma junta de topo segundo esta norma.

Figura 6.3 NACE MR 0175 2003 / ISO 15156 -1 - Perfil para medies de dureza
para chanfro V [24].

As normas N-268 e N-269, que tratam respectivamente de fabricao e
montagem de vasos de presso, indicam que estes equipamentos devem ser fabricados
tambm em concordncia com as recomendaes do cdigo ASME, sees VIII e IX. As
recomendaes para posicionamento das indentaes constantes no cdigo diferem das
apresentadas na Figura 6.3.
O cdigo ASME IX recomenda que os ensaios de dureza sejam realizados pelo
processo Vickers, com indentaes em linha no metal de base, na ZTA e na zona fundida. A
carga especificada de 10 kgf. O distanciamento mximo recomendado entre as indentaes
de 0,25 mm. Entretanto, h uma observao no cdigo onde consta que as indentaes ao
longo da ZTA podem ser feitas em ngulo (no linearmente), para permitir que as distncias
mnimas entre elas sejam respeitadas.
No est claro no cdigo se a distncia mnima a ser respeitada a de 0,25 mm
ou a prevista pela norma ASTM E 92. A Figura 6.4 reproduz um perfil para medies de
dureza do cdigo ASME IX.
38


Figura 6.4 Cdigo ASME IX - Perfil para medies de dureza para chanfro V [4].

A norma N 1706 recomenda o processo de microdureza Vickers com carga de
500 gf para a qualificao de procedimento de soldagem. Para medies em campo ou
inspees de fabricao o processo recomendado Vickers com cargas de 5 ou 10 kgf. O
posicionamento e a distribuio das indentaes recomendados so similares ao da norma
N133. A diferena est no fato de no haver especificao da distncia entre as indentaes na
ZTA (Figuras 6.5 e 6.6).


Figura 6.5 - N 1706- Perfil para medies de microdureza para chanfro duploV [30].


Figura 6.6 N 1706- Perfil para medies de microdureza para chanfro V [30].


Aprox. 1 mm
Aprox. 1 mm




39

O clculo das distncias mnimas necessrias entre indentaes e destas s
bordas das peas, realizado pela frmula da dureza utilizada para o processo Vickers (ASTM
E 92), mostra que, para a carga recomendada (500 gf), so respeitadas as distncias mnimas
exigidas pela norma ASTM E 384 (2,5 vezes e meia a diagonal mdia, se forem consideradas
durezas de 250 HV d = 0,08mm para 150 HV e d = 0,06mm para 250 HV)
Para as inspees em campo ou em fabricao, a norma N 1706 recomenda
medies no lado interno dos vasos, com distncia mxima do primeiro ponto zona fundida
de 0,5 mm e igual distncia desta para a indentao seguinte.
Para o processo Leeb Hardness recomendada distncia mnima entre
indentaes e destas para as bordas das peas de 3 vezes o dimetro da indentao (borda a
borda) e o processo UCI recomenda 3 vezes a diagonal para aos, cobre e ligas de cobre e 6
vezes para materiais leves.
Em relao calibrao dos equipamentos, as normas Petrobras sobre projeto
de vasos de presso e materiais para vasos de presso sujeitos a H
2
e H
2
S, no permitem a
comparao de resultados das medies realizadas com as efetuadas em blocos padro. A
recomendao de que se tenha como referncia um bloco do material a ser medido, cuja
dureza tenha sido avaliada por um durmetro de bancada.
As normas referentes aos processos Vickers (ASTM E 92), UCI (ASTM A
1038) e Leeb Hardness (ASTM A 956) permitem a calibrao do equipamento atravs da
utilizao de blocos padro. O fabricante do equipamento referente ao processo TIV afirma
que este no necessita de calibrao.
Em relao exatido, segundo as respectivas normas, o processo Vickers
apresenta variao de 4% em relao s medies efetuadas em blocos padro para medies
realizadas em condies timas. O processo Leeb Hardness tem repetitividade de 4,4%.
Na tabela 6.2 esto mostradas as tolerncias de medies indicadas pelo
fabricante dos equipamentos portteis utilizados nos experimentos deste trabalho.

Tabela 6.2 Tolerncias para medies de dureza atravs de diferentes mtodos [33]
Princpios Tolerncias
Leeb
5HL da mdia de 3 a 5 medies realizadas em bloco padro em relao ao
valor especificado no bloco
UCI
3,6 % da mdia de 3 a 5 medies realizadas em bloco padro em relao ao
valor especificado no bloco utilizando-se o suporte magntico. Para medies
mo livre os desvios podem ser maiores.
TIV
3,6 % da mdia de 3 a 5 medies realizadas em bloco padro em relao ao
valor especificado no bloco.

40

As normas referentes aos processos que empregam equipamentos portteis
prevem o emprego destes em diferentes posies. Para o processo UCI a norma ASTM A
1038 informa que pode haver variaes nas medies em funo da posio para alguns
equipamentos (fabricantes) e principalmente para cargas pequenas (abaixo de 10 N).
Para o processo Leeb Hardness, a norma ASTM A 956 informa que
equipamentos mais modernos compensam automaticamente as variaes nas leituras devidas
a variaes nas posies de medio. apresentada na norma uma srie de tabelas com
fatores de correo para os equipamentos que no apresentam essa funo de compensao.
Segundo informao do fabricante do equipamento TIV, a medio em posies diferentes da
horizontal no deve causar variao nos resultados das medies.
Para a maioria dos processos de medio de dureza h recomendaes para
cuidados especiais em relao a medies realizadas em peas curvas. A norma ASTM E 92
apresenta tabelas com fatores de correo para diferentes curvaturas. As demais normas no
especificam fatores de correo aplicveis.
Nos catlogos e artigos tcnicos encontrados em sites de fabricantes de
equipamentos portteis constam recomendaes para a melhor utilizao de cada processo de
medio. Todos os consultados recomendam a utilizao de processos que proporcionam
pequenas indentaes para medies de dureza em zonas termicamente afetadas de soldas.
A literatura e as normas consultadas fazem recomendaes no mesmo sentido
quando se referem a processos convencionais. A maioria das recomendaes para medies
em ZTAs de soldas recai sobre processos como Vickers com cargas baixas, de 5 e 10kgf, que
implicam em pequenas indentaes.
Em nenhum dos catlogos ou normas consultados h recomendaes para a
utilizao do processos Leeb Hardness para a avaliao de dureza na ZTA. A Figura 6.7
mostra, esquematicamente, impresses realizadas pelos processos Leeb (sonda tipo D -
circular) e pelo processo UCI (losangulares) com cargas de 98 N, 50 N e 10 N esquerda para
a direita.

41


Figura 6.7 - Esquema representativo do tamanho de indentaes proporcionadas pelos
processos Leeb Hardness (circular) e UCI (losangulares) [31]

Na Figura 6.8 esto mostradas esquematicamente as subzonas constituintes da
zona termicamente afetada de soldas. O esquema permite a avaliao da ordem de grandeza
da dureza de cada regio. direita pode ser observada a relao de larguras entre a ZTA e a
largura da solda.


Figura 6.8 Representao esquemtica - dureza nas diferentes regies da ZTA [31]
A Figura 6.8 mostra que a regio que apresenta maior dureza a zona de gros
grosseiros. Segundo a literatura as dimenses da ZTA dependem de vrios fatores, mas
usual para processos e aplicaes convencionais adotar-se valores entre 1,5 e 6 mm. Pode-se
notar na Figura que a regio de maior dureza a mais estreita. Sendo assim, medies
realizadas com processos cujas indentaes ultrapassem os limites dessa regio podem
resultar em leituras com valores menores que os reais.
ZGM
ZTA Zona termicam. afetada
ZGM Zona de gros mixtos
ZGF Zona de gros finos
ZGG Zona de gros grosseiros
ZTA
ZGF ZGG
42

A Figura 6.9 mostra esquematicamente a ZTA e as impresses obtidas por
diferentes processos de medio. O crculo maior representa a indentao realizada por teste
tipo Poldi. O teste Poldi consiste no martelamento de uma esfera localizada na extremidade de
um dispositivo sobre a pea na qual se deseja avaliar a dureza. O equipamento permite a
indentao de uma barra padro de dureza simultaneamente realizada na pea. A medida da
dureza determinada em funo da diferena de tamanho das indentaes da pea e da barra
padro.
Dentre os processos apresentados na Figura, apenas o processo Vickers, com
cargas de 5 e 10 kgf, adequado para a avaliao da dureza na zona de gros grosseiros.
Ambas as indentaes ficam totalmente contidas nessa regio. A representao da indentao
referente ao processo Leeb ultrapassa consideravelmente a regio de interesse e a impresso
do processo Poldi apresenta dimenses muito maiores que as convencionais da ZTA. A
Figura localizada esquerda mostra o aspecto das indentaes realizadas em uma pea.






Figura 6.9 Representao esquemtica de indentaes realizadas por diferentes processos na
zona de gros grosseiros da ZTA [31]

6.1.3 Anlise sobre recomendaes e requisitos para equipamentos e dispositivos
empregados em ensaios
De forma geral, quando as normas especificam os processos a serem
empregados, definem indiretamente o tipo de equipamento associado. As normas relativas a
processos especficos referem-se aos equipamentos e dispositivos de forma descritiva. Em
geral as exigncias e recomendaes so relacionadas integridade, aferio e calibrao,
Solda
Metal de base
ZTA
Poldi
ZGM ZGG ZGF
43

limitaes tcnicas e aos resultados que os equipamentos podem fornecer. Estes aspectos
foram abordados nos itens anteriores, visto que as variveis de interesse constam em mais de
uma planilha.

6.1.4 Anlise sobre as recomendaes para corpos-de-prova e peas empregados em
ensaios
As informaes consideradas no levantamento sobre recomendaes e
requisitos para peas e corpos-de-prova provm principalmente de normas especficas para
estes processos.
De forma geral os processos so recomendados para aplicao em materiais
metlicos. Entre os processos que tm normas especficas, o de microdureza apresenta
recomendaes para utilizao tambm em cermicas e polmeros. As informaes do
fabricante do equipamento TIV so de que este pode ser empregado em cermicas, vidros e
plsticos.
As normas referentes aos processos Leeb Hardness e UCI fazem
recomendaes quanto massa mnima das peas a serem avaliadas, sem que haja a
necessidade de fixao destas em dispositivos auxiliares com rigidez adequadas.
Para o processo Leeb, as exigncias em relao massa variam em funo da
sonda a ser empregada para a medio. Para a sonda tipo D, empregada nos experimentos
deste trabalho, a massa mnima requerida de 5 kg. A norma referente ao processo UCI
recomenda a fixao em suportes rgidos de peas com massas menores que 300 gramas.
Em ambas as normas, h a advertncia de que a no fixao de peas com
massa mnima abaixo das recomendadas podem implicar em valores de leitura abaixo dos
reais. Entretanto, no so apresentados detalhes sobre a massa e a rigidez exigidas dos
dispositivos para a fixao das peas.
A norma relativa ao processo Leeb recomenda para a calibrao do
equipamento, a utilizao de blocos padro com dimenses de no menores que 90 mm de
dimetro por 54 mm de altura. Para um ao, com massa especfica de aproximadamente 7.900
kg/m
3
, a massa de um bloco de aproximadamente 2,7 kg. A norma JIS B 7731 prev blocos
padro para sonda tipo D com dimetro de 115 mm e altura de 33 mm, que possuem os
mesmos 2,7 kg. No h recomendao para fixao dos blocos padro na calibrao dos
equipamentos.
A maioria das normas referentes aos processos estudados apresenta
recomendaes relacionadas espessura mnima das peas a serem avaliadas. Para o processo
44

Vickers, a espessura mnima recomendada de 1,5 vezes a mdia das diagonais da
indentao. De modo geral, a espessura deve ser tal que no permita o aparecimento de
marcas no lado oposto ao da indentao.
Para o processo Leeb, a espessura mnima exigida varia de 1 a 5 mm,
dependendo do tipo de sonda a ser empregada. Para a sonda tipo D, utilizada neste trabalho, a
espessura mnima recomendada de 3 mm. O fabricante do equipamento TIV informa que
no h restries em relao massa das peas para este processo.
Para o processo UCI, quando utilizado para a medio de dureza em camadas
de recobrimento, a espessura mnima requerida de 10 vezes a dimenso da diagonal mdia
das indentaes. Em medies convencionais, a espessura mnima requerida entre 2 e 3
mm. A norma adverte que podem ocorrer alteraes nos resultados das medies para peas
com espessura de parede menores que 15 mm. Informa que em alguns casos, problemas dessa
natureza podem ser solucionados com a fixao das peas em suportes rgidos.
A recomendao do fabricante do processo TIV de que a espessura da pea
seja de no mnimo 10 vezes a profundidade da indentao. Para o processo de microdureza,
no h recomendaes quanto espessura mnima para as peas.
Todas as normas referentes a processos especficos de medio de dureza
fazem exigncias em relao qualidade de superfcie necessria s peas. De um modo geral
o bom desempenho de todos os processos abordados neste trabalho depende de peas ou
corpos-de-prova com boa qualidade de superfcie.
A norma relativa ao processo Vickers (ASTM E 92) cita a necessidade de
cuidado para que no haja revenimento durante a retificao ou endurecimento durante o
polimento. No h indicao de rugosidade mxima aceitvel. Apenas a recomendao de que
a preparao da superfcie deve ser tal que as diagonais possam ser medidas com preciso de
+/- 0,5 m ou +/- 0.5 % do seu comprimento - o que for maior. A norma tambm recomenda
que as faces opostas s de medio tenham boas qualidades de superfcie ou que os corpos-de-
prova devam ser fixados para que no haja deslocamento dos mesmos durante a realizao
dos testes.
A norma ASTM E 384 recomenda que, para medies com o processo de
microdureza Vickers, as superfcies dos corpos-de-prova sejam polidas ou preparadas
adequadamente, de modo que fiquem livres de defeitos. Os ataques qumicos s superfcies
devem ser evitados. Quando necessrios devem ser leves. A norma informa que a qualidade
da superfcie da pea deve ser melhor tanto quanto menor for a carga aplicada no teste.
45

Para o processo Leeb Hardness, as recomendaes so de que qualquer pintura,
escama, ou outro recobrimento devem ser completamente removidos da superfcie.
recomendvel que as superfcies de teste sejam usinadas (ou retificadas) e polidas.
A norma ASTM A 956 apresenta as exigncias de rugosidade para as
diferentes sondas que podem ser empregadas, associadas ao tamanho dos gros dos rebolos de
retificao a serem empregados. As exigncias em termos de rugosidades mximas
admissveis vo de 0,4 a 7 m (R
a
). Para a sonda tipo D, empregada neste trabalho, a
exigncia de rugosidade mxima R
a
de 2 m. A norma adverte que superfcies grosseiras
tendem a apresentar resultados inferiores aos reais.
A norma ASTM A 1038 08, relativa ao processo UCI, recomenda que
superfcies com melhores acabamentos podem ser testadas com cargas menores, enquanto que
superfcies grosseiras exigem cargas to grandes quanto possvel. Em qualquer caso, as
superfcies devem estar livres de impurezas (leo, poeira etc) e oxidao.
A rugosidade da superfcie (R
a
) no deve exceder a 30% da profundidade de
penetrao (h): (R
a
0.3 * h), onde: h[mm] = 0.062*(Carga [N]/Dureza [HV])
1/2
. As
exigncias em termos de rugosidade vo de R
a Max
= 2,5 m para carga de 3 N at 15 m para
carga de 98 N. Nos experimentos realizados neste trabalho, a carga utilizada foi de 50N.
Nesse caso a rugosidade mxima exigida de 10 m.
A norma recomenda cuidados em relao preparao da superfcie, caso seja
necessria. Deve-se evitar alterar a superfcie por superaquecimento ou trabalho a frio.
Pintura, escamas e quaisquer outros recobrimentos devem ser completamente removidos.
Superfcies inadequadas podem causar leituras instveis. Acabamentos grosseiros tendem a
apresentar resultados menores que os reais.

6.2 - Experimentos
Foram realizados pr-testes com todos os equipamentos utilizados neste
trabalho. Os objetivos principais foram o treinamento na operao, a pr-avaliao de alguns
aspectos relativos aos experimentos e a deteco de oportunidade de aprimoramentos no
planejamento dos mesmos.
Um dos aspectos considerados foi a comparao de resultados de medies
realizadas com o emprego do processo Leeb Hardness. Foram comparados resultados de
medies com corpos-de-prova no fixados e fixados em um suporte rgido.
Os corpos-de-prova obtidos da junta soldada tm massa aproximada de 1,4 kg.
Segundo discusso apresentada no item 4.1.4, a norma ASTM A 956 - 06, relativa ao
46

processo Leeb Hardness, recomenda a fixao de peas a serem medidas com massa menor
que 5 kg. Entretanto, os blocos padro normatizados para a aplicao da sonda tipo D, tm
massa aproximada de 2,7 kg.
Os resultados dos pr testes mostraram que no houve variao significativa
nos valores medidos, ou seja, a ordem de desvio em relao ao processo de referncia foi a
mesma com ou sem fixao. Tambm no houve leituras com valores inferiores para o
processo Leeb Hardness, comparadas s obtidas pelo processo Vickers HV5 (bancada).
Com base nestes resultados, optou-se por realizar as medies na posio
horizontal para todos os aparelhos sem a fixao dos corpos-de-prova, tendo-se assim
condies idnticas para todos os corpos-de-prova em todas as situaes.

6.2.1 Avaliao comparativa do desempenho de equipamentos e processos em relao
exatido e repetitividade
A Figura 6.10 mostra o desempenho dos diferentes aparelhos na medio de
dureza nas medies realizadas com os corpos-de-prova de metal de base, obtidos a partir das
juntas soldadas. Todas as medies referentes a este experimento foram realizadas com as
faces dos corpos-de-prova na posio horizontal posio convencional para medio em
durmetros de bancada.
Os resultados apresentados so as mdias obtidas das medies de trs corpos-
de-prova, onde foram realizadas medies para todos os processos. Em cada corpo de prova
foram realizadas 6 medies para os processos Vickers (referncia) e Microdureza e dez
medies para os demais. Os valores das medies dos processos que empregam
equipamentos portteis foram automaticamente transformados para a escala Vickers, segundo
a norma ASTM E 140 - 07.
Por meio da anlise do grfico apresentado na Figura 6.10 percebe-se que
todos os processos empregados para comparao com o processo Vickers apresentam valores
mdios superiores a este. Os processos que utilizam equipamentos portteis apresentaram
mdias mais prximas obtida pelo processo-referncia do que o processo de microdureza.
Enquanto a maior diferena destes para a referncia foi de 3,41% (processo
TIV), a diferena da mdia obtida pelo processo de microdureza de 8,86% (Tabela 6.2). O
processo UCI foi o que apresentou mdia mais prxima da referncia, com diferena de
0,31%. A diferena apresentada pelo processo Leeb Hardness foi de 3,33%.

47

Mdias de Valores Medidos por Diferentes
Processos - Posio Horizontal
162,56
168,10
167,97
163,07
176,96
150
155
160
165
170
175
180
185
190
Vickers Microdureza UCI Leeb
Hardness
TIV
Processos de Medio
D
u
r
e
z
a

V
i
c
k
e
r
s

(
H
V
)

Figura 6.10 Mdias de valores medidos por diferentes processos corpos-de-prova da junta
soldada - posio horizontal

Em relao disperso das medies, todos apresentaram valores maiores que
a referncia, que foi de 3,35% (Tabela 6.3). O processo de microdureza foi o que apresentou
pior desempenho, com desvio padro de 5,09%. Os processos que utilizam equipamentos
portteis tiveram todos desvios padro menores que 5 %, sendo que o de melhor desempenho
foi o processo Leeb Hardness.

Tabela 6.3 Desvios das mdias e desvios padro de vrios processos em relao ao processo
Vickers corpos-de-prova da junta soldada (metal de base) - posio
horizontal

Desvio da mdias em
relao referncia
Disperses das medies
Processo
Mdia
(HV)
Desvio (HV) Desvio (%)
Desvio padro
(HV)
Desvio padro
(%)
Vickers 162,56 0 0,00% 5,43 3,35%
Microdureza 176,96 14,40 8,86% 9,00 5,09%
UCI 163,07 0,51 0,31% 7,36 4,52%
Leeb Hardness 167,97 5,41 3,33% 6,04 3,53%
TIV
168,10 5,54 3,41% 6,71 3,99%

Os resultados das medies realizadas nas barras padro para testes tipo Poldi
esto mostrados na Figura 6.11 e na Tabela 6.4. A barra utilizada no trabalho tem a dureza
especificada de 250 HB, ou seja, aproximadamente 263 HV, segundo ASTM E 140 07.
48

Mdias de valores obtidos por diferentes
processos - posio horizontal
267,47
290,53
245,47
236,50
269,07
200
220
240
260
280
300
320
Vickers Microdureza UCI Leeb
Hardness
TIV
Processos de medio
D
u
r
e
z
a

V
i
c
k
e
r
s

(
H
V
)

Figura 6.11 Mdias de valores medidos por diferentes processos barras padro para Poldi -
posio horizontal

Pela anlise do grfico apresentado na Figura 6.11 percebe-se que a maior
parte dos processos de medio apresentou desempenhos diferentes em relao aos
apresentados nas medies realizadas nos corpos-de-prova da junta soldada.
O processo de microdureza apresentou diferena da mdia das medies em
relao ao processo Vickers de ordem similar ao anterior, novamente com valor acima do
valor medido pelo processo-referncia. A diferena percentual foi levemente menor para este
teste: 8,62% contra 8,86 % para o teste anterior.
O processo UCI foi o que apresentou maior diferena: 11,58% em relao
mdia, o que significa aproximadamente 31 pontos na escala Vickers para a ordem de
grandeza da dureza medida. No mesmo ensaio realizado com corpos-de-prova de menor
dureza este processo foi o que apresentou o melhor desempenho (diferena de 0,31%).
O processo Leeb Hardness tambm teve desempenho inferior: diferena de
8,33% para este teste contra 3,33 % para o anterior. O processo TIV foi o que apresentou
melhor desempenho na avaliao das barras de Poldi. A diferena em relao a media obtida
pelo processo Vickers foi de 0,60%, enquanto que para o teste anterior foi de 3,41%.
Em relao disperso dos resultados, houve melhora de aproximadamente
1% para os processos de bancada (Vickers e Microdureza) e uma leve melhora para o
processo TIV. Os processos Leeb Hardness e UCI tiveram desempenhos bastante inferiores
aos obtidos nos testes realizados com corpos-de-prova da junta soldada.


49

Tabela 6.4 Desvios das mdias e desvios padro de vrios processos em relao ao processo
Vickers barras para teste Poldi - posio horizontal

Desvio das mdias em
relao referncia
Disperses das medies
Processo Mdia (HV) Desvio (HV) Desvio (%)
Desvio
padro (HV)
Desvio padro
(%)
Vickers 267,47 0 0,00% 5,62 2,10%
Microdureza 290,53 23,07 8,62% 11,41 3,93%
UCI 236,50 -30,97 -11,58% 17,36 7,34%
Leeb Hardness 245,47 -22,00 -8,23% 23,63 9,63%
TIV 269,07 1,60 0,60% 10,03 3,73%

Os processos que tiveram piora no desempenho so aqueles cujas normas
apresentam restries relativas massa mnima. As normas fazem advertncias quanto
possibilidade de as medies realizadas sem fixao das peas com massas menores que as
mnimas recomendadas apresentarem valores inferiores aos reais.
Dessa forma, a provvel causa para o desempenho inferior o fato de o corpo
de prova (barra Poldi) ter massa pequena - de aproximadamente 300 g. Esse valor o mnimo
recomendado para medio sem fixao para o processo UCI e bastante inferior ao mnimo
recomendado para o processo Leeb Hardness, que de 5 kg.

6.2.2 Avaliao do desempenho de durmetros portteis em relao posio de
medio
O grfico apresentado na Figura 6.12 mostra os resultados referentes aos
experimentos realizados para a avaliao do desempenho dos processos em relao variao
das posies de medio.
Para cada posio foram utilizados trs corpos-de-prova. Em cada um deles
foram realizadas medies para todos os processos, sendo 6 medies para os processos
Vickers e dez para os demais (vickers e microdureza somente na horizontal). Os resultados
apresentados referem-se s mdias das medies realizadas nos trs corpos-de-prova
utilizados para cada posio.
Os resultados referentes aos processos Vickers em todos os corpos-de-prova
provm de testes realizados na posio horizontal (0). Os resultados obtidos para a posio
indicada como 0, so os mesmos relatados no item 6.2.1.
50

Mdias das Medidas para cada Posio de Medio
140
145
150
155
160
165
170
175
180
185
190
0 45 90 135 180
Posies de medio
D
u
r
e
z
a

V
i
c
k
e
r
s

(
H
V
)
Vickers UCI Leeb Hardness TIV

Figura 6.12 Mdias de valores medidos por diferentes processos para diferentes posies de
medio corpos-de-prova da junta soldada

O grfico apresentado na Figura 6.12 mostra que a mdia da dureza da maioria
dos corpos-de-prova medidos pelo processo de Leeb Hardness foi mais alta que as medidas
pelos demais processos. Tambm pode ser observado que o processo TIV apresenta a
menores variaes para diferentes posies e que o processo UCI apresenta valores menores
que a mdia para as posies de 135 e 180 graus.
Atravs da anlise do grfico percebe-se que as medies realizadas nos
corpos-de-prova empregados para as avaliaes a 90 apresentaram valores mdios maiores
que as demais posies para todos os processos utilizados.
Em primeira anlise, esse fato indica a falta de homogeneidade do material,
visto que estes corpos-de-prova foram medidos na posio horizontal pelo processo Vickers e
os resultados deste indicam uma mdia tambm maior que para os corpos-de-prova utilizados
para outras posies de medio.
A influncia das posies de medio nos resultados requer uma anlise mais
cuidadosa e pode ser melhor avaliada atravs dos dados das tabelas e grficos apresentados a
seguir.
Na Tabela 6.5 so mostrados os resultados das mdias medidas para cada
processo, para cada posio de medio e as diferenas das mdias dos processos que
empregam equipamentos portteis em relao ao processo-referncia.
51


Tabela 6.5 Mdias das medies de diferentes processos para diferentes posies corpos-
de-prova da junta soldada
Posies de medio

Processo 0 45 90 135 180
Mdias
por
Processo
Diferenas
em relao

referncia
Vickers 162,56 165,61 173,50 171,11 166,73 167,90 0,0%
UCI 163,07 167,97 173,80 162,43 159,03 165,26 -1,57%
Leeb Hardness 167,97 173,53 179,40 175,60 175,37 174,37 3,85%
TIV 168,10 168,03 169,57 165,53 166,93 167,63 -0,16
Mdias por
posio p/
equip. portteis
166,38 169,84 174,26 167,86 167,11
Diferenas em
relao
referncia
2,35% 2,56% 0,44% -1,9% 0,23%
Faixas de
disperso entre
equip. portteis
(HV)
5,03 5,56 9,83 13,17 16,34


A anlise da Tabela 6.5 permite uma viso geral dos desempenhos dos
diferentes processos. Pode-se notar que, considerando-se todas as posies de medio, a
maior diferena em relao referncia foi apresentada pelo processo Leeb Hardness
(3,85%). O melhor desempenho foi do processo TIV, com diferena de -0,16%.
As duas ltimas linhas da tabela mostram a mdia obtida para os trs
equipamentos portteis para cada posio de medio em relao ao processo Vickers. As
posies cujas diferenas foram maiores so as de 0, 45 e 135 graus. As mdias das posies
de 90 e 180 graus apresentaram diferenas menores que 0,5%.
Entretanto, deve ser observado que para essas duas posies no se tm as
menores diferenas de resultados entre os processos UCI, Leeb Hardness e TIV. A posio
cuja mdia das medies destes aparelhos apresentou a menor diferena em relao mdia
de referncia a que apresenta maior diferena neste aspecto. O aumento nos valores
absolutos da faixa de disperso se deve principalmente queda dos valores medidos atravs
do processo UCI para as posies de 135 e 180.
A Tabela 4.6 mostra os desvios padro em percentagem das medidas obtidas
com o processo referncia na posio horizontal e com os processos de medio portteis.
Mostra tambm as diferenas de cada um dos trs processos para cada posio de medio em
relao referncia. Esta tabela permite a anlise detalhada dos resultados obtidos para cada
52

processo em cada posio. Os valores mnimos e mximos esto marcados em negrito, sendo
que os mnimos como itlico e os mximos sublinhados.

Tabela 6.6 Diferenas das mdias e desvios padro dos processos UCI, Leeb e TIV em
relao ao processo Vickers para diferentes posies
Posies de medio

Processo 0 45 90 135 180
Mdias
por
Processo
Diferenas
em relao

referncia
Vickers 162,56 165,61 173,50 171,11 166,73 167,90 0,0%
Desvio Padro (%) 3,35 2,75 2,83 3,91 2,31
UCI 163,07 167,97 173,80 162,43 159,03 165,26 -1,57%
Dif. Mdia (%) 0,31 1,42 0,17 -5,07 -4,62
Desvio Padro (%) 4,52 6,15 7,08 4,85 5,88
Leeb Hardness 167,97 173,53 179,40 175,60 175,37 174,37 3,85%
Dif. Mdia (%) 3,33 4,78 3,40 2,62 5,18
Desvio Padro (%) 3,53 3,64 3,85 5,30 2,37
TIV 168,10 168,03 169,57 165,53 166,93 167,63 -0,16
Dif. Mdia (%) 3,41 1,46 -2,27 -3,26 0,12
Desvio Padro (%) 3,99 4,16 4,00 3,65 3,64

A anlise da Tabela 4.6 mostra que nenhuma tendncia clara de melhora ou
piora de desempenho pode ser observada para diferentes processos em diferentes posies de
medio. Merece destaque o fato de que o processo Leeb Hardness coincide com o Vickers
nas posies onde foram detectados o maior e menor desvios padro: 135 e 180,
respectivamente. As medies realizadas a 180 apresentam mnimo desvio padro para trs
processos: Vickers, Leeb Hardness e TIV.
A ordem de grandeza das diferenas mximas das medies em relao s
mdias da referncia ficou em torno de 5%. Os desvios padro mximos tambm ficaram
nessa ordem, com exceo do processo UCI, que apresentou desvio padro mximo de 7,08%.
Este processo tambm foi o nico que apresentou mdias das medies maiores que as da
referncia para todas as posies. Os grficos mostrados nas Figuras 6.13 e 6.14 ilustram os
dados apresentados na Tabela 4.6.
53

Diferena das Mdias Medidas em Relao ao Processo Vickers
-6%
-4%
-2%
0%
2%
4%
6%
0 45 90 135 180
Posies de medio
V
a
r
i
a

o

d
a
s

m

d
i
a
s
UCI Leeb Hardness TIV

Figura 6.13 Diferenas das mdias de medidas por diferentes processos em relao s
medidas pelo processo Vickers.

Desvios Padro para Diferentes Posies de Medio (%)
0%
2%
4%
6%
8%
0 45 90 135 180
Poses de medio
D
e
s
v
i
o
s

p
a
d
r

o

(
%
)
Vickers UCI Leeb Hardness TIV

Figura 6.14 Desvios padro para diferentes posies de medio

6.2.3 Avaliao do desempenho de durmetros portteis em relao medio de dureza
na zona termicamente afetada de soldas
Os processos recomendados pelas normas Petrobras para qualificao de
procedimentos de soldagem so o Vickers e o de Microdureza. Ambos empregam durmetros
de bancada, o que facilita o posicionamento das indentaes segundo as recomendaes da
norma N 133.
As medies tanto nas faces laterais quanto nas externas e internas com o
emprego destes processos foram realizadas segundo as recomendaes desta norma, a menos
da distncia mnima das indentaes borda do corpo de prova, que foi de 1,5 mm.
Para os processos que empregam equipamentos portteis, as distncias das
indentaes s bordas das peas foram sempre maiores que 5 mm. Para estes processos h
54

certa dificuldade de posicionamento das indentaes em linha e no sentido transversal solda.
Os principais motivos so, em alguns casos, a dificuldade de visualizao clara da ZTA e as
dimenses reduzidas da mesma.
Para estes processos procurou-se seguir as recomendaes da norma NACE
MR 0175 2003 / ISO 15156 -1, que recomenda indentaes em linha, no sentido longitudinal
da ZTA e to prximas quanto possvel da Zona Fundida.
Mesmo assim ainda foi encontrada dificuldade de posicionamento das sondas,
pois a ZTA dos corpos-de-prova medidos tem dimenso entre 2 e 3 mm. Para todos os
equipamentos portteis foi necessria a verificao do posicionamento de cada indentao
aps a medio para garantia de que estas estavam localizadas em posies adequadas,
segundo as recomendaes das normas.
Para o processo Leeb Hardness o posicionamento da sonda no local correto
especialmente difcil, visto que a base de apoio encobre a regio onde ser realizada a
indentao (Figura 6.15). O fabricante do equipamento no recomenda a utilizao do mesmo
para a medio de dureza em zonas termicamente afetadas de soldas.


Figura 6.15 Sondas utilizadas para medies atravs do processo Leeb Hardness [33].

A avaliao de desempenho em relao aos valores medidos dificultada em
funo de alguns fatores. Entre eles est a impossibilidade de execuo das indentaes
segundo o mesmo critrio para todos os processos.
Teoricamente, a regio de maior dureza da ZTA a mais prxima da zona
fundida. Medindo-se da forma como est indicado na norma N 133, h maior probabilidade
de os valores das medies sejam decrescentes medida que as indentaes sejam feitas em
pontos mais distantes dessa regio. A probabilidade de se encontrar pontos mais duros
segundo as recomendaes da norma NACE maior. Essas dificuldades tornam a avaliao
subjetiva neste aspecto especfico de valores medidos por cada processo.
55

Para estes experimentos foram utilizados dois corpos-de-prova iguais,
conforme Figura 6.16. Foram realizadas medies com todos os processos empregados neste
trabalho nas faces laterais (sees transversais das soldas) e nas faces superior e inferior
(partes externas das soldas).


Figura 6.16 Corpo-de-prova utilizado para medies de dureza nas regies de soldas

Os grficos mostrados nas Figuras 6.17 e 6.18 mostram os resultados medidos
atravs de cada processo empregado nos ensaios, comparados aos medidos pelo processo
Vickers. Nessas Figuras constam os grficos que ilustram o desempenho de cada
equipamento. Para os processos Vickers HV5 e o processo de microdureza, as indentaes
foram realizadas transversalmente ao cordo de solda (segundo recomendao da norma
N133). Para os processos que utilizam equipamentos portteis, as medies na ZTA foram
realizadas na direo paralela linha de fuso da solda.
56


Figura 6.17 Medies realizadas na face superior do corpo de prova

A Figura 6.17 relativa a medies realizadas na face superior do corpo de
prova simulando a condio de medio em campo. A Figura 6.18 referente a medies
realizadas na face lateral dos corpos-de-prova - simulando as medies realizadas em
qualificaes de procedimentos de soldagem.
Foi observado atravs da realizao dos ensaios que o comportamento do
processo de microdureza o que mais se aproxima do processo de referncia. Isto se deve
adoo do mesmo critrio para o posicionamento das indentaes pelo fato de ambos os
processos utilizarem equipamentos de bancada. Outro ponto observado foi que a definio da
ZTA mais clara na seo transversal da solda, o que facilitou o posicionamento das
indentaes de todos os processos.
De forma geral, em relao aos valores de dureza medidos na ZTA pelos
diferentes processos, pode-se afirmar que nenhum processo teve desempenho diferenciado
dos demais, positiva ou negativamente.
M edies M B, ZTA, M S - CP 11 - Superior
120
170
220
270
320
1 3 5 7 9
1
1
1
3
1
5
Pontos de medio
D
u
r
e
z
a

V
i
c
k
e
r
s

Vickers HV5 Microdureza HV1
M edies M B, ZTA, M S - CP 11 - Superior
120
220
320
1 3 5 7 9
1
1
1
3
1
5
Pontos de medio
D
u
r
e
z
a

V
i
c
k
e
r
s

Vickers HV5 UCI 49N
M edies M B, ZTA, M S - CP 11 - Superior
120
170
220
270
320
1 3 5 7 9
1
1
1
3
1
5
Pontos de medio
D
u
r
e
z
a

V
i
c
k
e
r
s

Vickers HV5 LEEB
Medies MB, ZTA, MS - CP 11 - Superior
120
220
320
1 3 5 7 9
1
1
1
3
1
5
Pontos de medio
D
u
r
e
z
a

V
i
c
k
e
r
s

Vickers HV5 TIV
57


Figura 6.18 Medies realizadas na face lateral do corpo de prova

Um dos aspectos importantes para a avaliao da adequao dos processos de
medio de dureza nas regies de solda a dimenso das indentaes produzidas pelas
medies.
Na Tabela 6.7 so apresentados alguns valores de diagonais mdias medidos
nos experimentos realizados para diferentes processos. Os valores apresentados nas colunas
da esquerda referem-se regio de metal de base e os das colunas da direita ZTA. Pode-se
notar que os valores de dureza so diferentes para um mesmo processo e para diferentes
processos. Para permitir uma noo de ordem de grandeza das dimenses, os valores so
apresentados com arredondamento de 0,05 mm.
Atravs da anlise da Tabela 4.7 percebe-se que, para as faixas de dureza
testadas, os processos mais sensveis s variaes de dureza em relao ao tamanho da
diagonal so o Vickers, Leeb Hardness e TIV.
Percebe-se tambm que, para dureza na faixa de 150 HV, os processos UCI e
TIV apresentam tamanhos de indentaes prximos. Como a dureza da zona termicamente
afetada no constante, os valores medidos nessa regio apresentam faixas maiores de
disperso.
Para durezas na faixa de aproximadamente 220 a 240 HV, o processo TIV
apresenta diagonais em uma faixa intermediria entre as obtidas pelos os processos de
microdureza e Vickers. Para o processo de microdureza, a ordem de grandeza das medidas,
Medies MB, ZTA, MS - CP 11 - lateral 1
120
220
320
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15
Pontos de medio
D
u
r
e
z
a

V
i
c
k
e
r
s

Vickers HV5 UCI 49N
Medies MB, ZTA, MS - CP 11 - lateral 1
120
220
320
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15
Pontos de medio
D
u
r
e
z
a

V
i
c
k
e
r
s

Vickers HV5 Microdureza HV1
Medies MB, ZTA, MS - CP 11 - lateral 1
120
220
320
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15
Pontos de medio
D
u
r
e
z
a

V
i
c
k
e
r
s

Vickers HV5 LEEB
Medies MB, ZTA, MS - CP 11 - lateral 1
120
220
320
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15
Pontos de medio
D
u
r
e
z
a

V
i
c
k
e
r
s

Vickers HV5 TIV
58

com o critrio de arredondamento empregado, no alterada com a variao de dureza nas
faixas testadas. O processo Leeb Hardness foi o que apresentou as maiores indentaes.

Tabela 6.7 Valores aproximados de diagonais medidas nos experimentos














Os valores medidos nos experimentos so prximos aos tericos para o
processo Vickers. Aplicando-se a frmula apresentada na norma ASTM E 92 03 para os
processos UCI, microdureza e TIV (que utilizam o mesmo indentador e a mesma carga)
verificou-se que para o processo TIV a diferena apresentada da ordem de 30 HV para
valores prximos a 150 HV e de 40 HV para a valores prximos a 230 HV. Para os processos
de Microdureza e UCI, os valores medidos foram bastante prximos aos tericos - menores
que 1HV para Microdureza e menores que 5 HV para UCI.
A Tabela 6.8 mostra as distncias mnimas recomendadas entre indentaes e
destas s bordas das peas para os processos empregados nos experimentos deste trabalho.

Tabela 6.8 Distncias mnimas recomendadas para indentaes segundo normas.

Vickers
HV5
Micro
dureza
HV 1
UCI
50N
Leeb
D
TIV 50N
Distncias mnimas entre indentaes
e destas s bordas das peas
(recomendaes das normas)
2,5*d
centro/
borda
2,5*d
centro/
borda
3*d
centro/
borda
3*d
borda/
borda
-



HV
d med
(mm)
HV
d med
(mm)
153 0,25 222 0,20
150 0,25 219 0,20
Vickers HV 5
142 0,25 220 0,20
183 0,10 231 0,10
173 0,10 263 0,10
Microdureza HV 1
175 0,10 292 0,10
142 0,20 266 0,20
136 0,20 265 0,20
UCI 50N
133 0,20 275 0,20
149 0,60 254 0,50
140 0,60 267 0,50
Leeb D
138 0,60 239 0,50
149 0,20 234 0,15
153 0,20 237 0,15
TIV 50N
157 0,20 215 0,15
59

Como os valores medidos nos experimentos so na sua maioria menores que os
tericos, pela segurana recomendvel a utilizao dos valores tericos, quando possvel,
para estimar as distncias mnimas recomendveis para indentaes das bordas das peas e
entre indentaes (Tabela 6.9). As recomendaes apresentadas para todos os processos que
empregam o princpio Vickers utilizam os valores tericos das diagonais deste como
referncia.

Tabela 6.9 Estimativa para distncias mnimas recomendadas para indentaes.

Faixas
de
dureza
Vickers
HV5
Micro
dureza
HV 1
UCI
50N
Leeb
D*
TIV
50N
150 HV 0,62 0,62 0,62 1,8 0,62
Indentao / borda da pea e
Indentao / indentao
(mm)
250 HV 0,48 0,48 0,48 1,5 0,48
* Utilizado o valor medido nos ensaios para o clculo das distncias

Deve ser observado que para o processo Leeb Hardness, a determinao das
distncias mnimas entre bordas e para os demais entre borda e centro das indentaes.


60




7. CONSIDERAES FINAIS


7.1 Consideraes sobre os resultados relativos aos principais aspectos abordados no
trabalho
A proposta inicial deste trabalho foi de que o estabelecimento de critrios para
aceitao de medies de dureza realizadas com equipamentos portteis seja baseado em trs
aspectos principais (conforme item 5.1):
1. Estabelecer requisitos e recomendaes que, na medida do possvel, no apresentem
conflitos com requisitos e recomendaes de normas Petrobras e normas externas
vigentes na companhia;
2. Adequao dos processos de medio em relao aplicao em diferentes regies
das peas, corpos-de-prova e equipamentos (metal base, ZTA e zona fundida de
regies soldadas);
3. Avaliao de caractersticas tcnicas e de desempenho para diferentes equipamentos e
princpios de medio.

A seguir so apresentadas consideraes sobre os pontos mais relevantes
observados ao longo da realizao do trabalho em relao aos aspectos descritos acima.
A maioria dos textos encontrados sobre o assunto com enfoque similar ao deste
trabalho est em artigos de fabricantes de equipamentos, em normas e cdigos de projeto. Os
primeiros no sentido de otimizar a utilizao dos equipamentos que fabricam e os ltimos na
regulamentao dos procedimentos e requisitos tcnicos. Os textos encontrados na literatura
so, de modo geral, similares aos das normas.
A seleo das normas e cdigos de projeto, utilizadas como fontes para a
compilao e avaliao das informaes, foi realizada em funo da aplicao dos mesmos na
rotina de trabalho da companhia. Buscou-se atravs dessa seleo, uma quantidade
representativa de fontes, de modo que o levantamento e a organizao das mesmas pudesse
trazer informaes importantes no sentido de auxiliar satisfatoriamente no alcance dos
objetivos propostos.
De modo geral as informaes so coerentes e complementares. Entretanto,
foram encontrados alguns pontos cujas recomendaes de diferentes fontes para aspectos
semelhantes apresentam variaes e, em alguns casos, at conflitos.
61

Em relao a critrios de aprovao para durezas em equipamentos sujeitos a
H
2
e H
2
S, verificou-se que as normas Petrobras so mais conservativas que a norma
internacional que referncia para a indstria do petrleo (NACE MR0175 - ISO 15156-
2001). Esse fato pesa positivamente no sentido de aceitao de medies realizadas em
campo.
Os catlogos de fabricantes e as normas consultadas, quando se referem
preciso dos equipamentos, fazem algumas advertncias. De modo geral, as observaes so
no sentido de que medies realizadas em materiais no homogneos e, no caso dos
equipamentos portteis, sem apoio de dispositivos de fixao das sondas, podem ter a
disperso de resultados aumentada. Essas duas situaes so tpicas na aplicao prtica em
inspees de fabricao e de campo.
Os resultados dos experimentos realizados confirmam as observaes das
normas. Para todos os experimentos, os equipamentos portteis apresentaram maiores desvios
padro que os de bancada.
Mas os aspectos para os quais foram encontradas maiores diferenas de
recomendaes foram o posicionamento, nmero e distncia entre indentaes e destas para
as bordas das peas. Verificou-se que algumas normas e cdigos de projeto abordam de modo
diverso esses aspectos.
Enquanto algumas fontes consultadas recomendam o posicionamento das
indentaes distribudas pela regio de anlise, incluindo metal de base, metal de solda e
ZTA, outras recomendam indentaes em linha, no sentido transversal solda. Algumas
especificam distncias entre indentaes e destas a determinadas regies. Outras remetem
essas questes s normas especficas dos processos de medies de dureza empregados.
As normas Petrobras recomendam indentaes em linha e estabelecem
distanciamento destas s bordas e da zona fundida. O cdigo ASME recomenda medies em
linha e distncias mnimas entre indentaes, mas ressalta que estas podem ser feitas em
ngulos se for necessrio para que as distncias mnimas sejam respeitadas. A norma NACE
recomenda posies distribudas das indentaes na ZTA, to prximas quanto possvel da
zona fundida.
sabido que a zona de maior dureza das soldas a regio mais prxima da
zona fundida, conhecida como zona de granulao grosseira. Sendo assim, se o objetivo da
medio avaliar o perfil de dureza da ZTA, as indentaes em linha so mais adequadas.
Se, no entanto, o objetivo das medies a deteco da dureza mxima de uma
determinada regio da pea a ser avaliada, a recomendao de vrios pontos ao longo do
62

cordo ou do perfil, to prximos quanto possvel da zona fundida mais adequada. Nos
casos de medies de dureza com equipamentos portteis essa segunda hiptese se enquadra
melhor.
O distanciamento mnimo entre as indentaes deve respeitar as normas
especficas relativas a cada princpio de medio utilizado. Em relao a esse aspecto, deve
ser levada em considerao tambm a largura da ZTA, que depende de vrios fatores como ao
material e dimenses das peas, processo de soldagem e parmetros utilizados.
Outra questo relevante sobre a medio de dureza na ZTA a aplicao de
determinados processos para essa funo. A maioria das fontes consultadas recomenda a
aplicao do processo Vickers com cargas baixas (5 e 10 kgf), o que proporciona indentaes
pequenas o suficiente para deteco da dureza na zona de granulao grosseira.
O processo de microdureza tambm atende aos requisitos em relao a este
aspecto. A norma Petrobras N1706 recomenda este processo para a qualificao do
procedimento de soldagem. Entretanto, na prtica, h controvrsias a respeito da aplicao
desse processo. As verses mais antigas da norma NACE MR 0175 no recomendam a
utilizao deste processo. A verso mais recente alerta que este processo pode ser empregado
com alguns cuidados. A norma ISO 9015-2 prev e regulamenta a avaliao de regies de
solda com a utilizao deste processo.
Essa norma no foi considerada na fase de levantamento de dados por no ser
citada nas normas usualmente empregadas na companhia. A recomendao de
posicionamento e de distncias dessa norma referentes as indentaes diferente das
recomendadas pela norma Petrobras.
Os ensaios realizados com o processo de microdureza neste trabalho no
possibilitaram a avaliao de forma adequada da validade ou no da utilizao desse processo
para medies de dureza na ZTA de soldas.
O levantamento de dados evidenciou o fato de que o princpio do rebote no
adequado para a realizao de testes de dureza em zonas termicamente afetadas de soldas. Os
experimentos realizados com equipamento que emprega o processo Leeb Hardness
reforaram essa constatao.
Em nenhuma fonte consultada foi encontrada recomendao da utilizao deste
princpio de medio para esse fim, havendo inclusive indicaes do fabricante de que no
recomendvel. A argumentao encontrada em artigos tcnicos de fabricantes baseada no
fato de que as indentaes so tipicamente maiores que as dimenses da zona de gros
grosseiros da ZTA, que a regio crtica de avaliao. Sendo assim, esses equipamentos
63

podem apresentar medies com valores menores que os mximos apresentados em
determinados pontos.
A avaliao do desempenho referente a repetitividade e exatido de diferentes
processos de medio mostrou que as diferenas em relao ao processo de referncia
(Vickers HV5) so pequenas para os equipamentos portteis: diferena mxima em relao ao
desvio padro de 1,17% (UCI) e de 3,33% (Leeb Hardness) em relao exatido.
Os resultados obtidos pela aplicao do processo de microdureza apresentaram
desvios maiores: 1,74% de diferena para o desvio padro e 8,86% em relao exatido.
Para todas as medies realizadas fora da ZTA, os resultados apresentados por esse processo
foram maiores que para os demais. Entretanto, na calibrao com blocos padro, os resultados
foram satisfatrios. Uma explicao provvel para essa diferena a qualidade da superfcie
dos corpos-de-prova utilizados, que no era de superfcie polida.
Para os testes realizados na barra, foram percebidas pioras no desempenho
justamente para os processos que fazem restries em relao a massas mnimas das peas
testadas. O processo UCI teve piora no desvio padro de 4,52% (resultado dos corpos-de-
prova da junta soldada) para 7,34% e o processo Leeb de 3,53% para 9,63%. Para os demais
processos, de modo geral, houve melhora no desempenho.
Neste trabalho foi tambm avaliado o desempenho dos processos que
empregam equipamentos portteis em relao a diferentes posies de medio. A ordem de
grandeza das diferenas destes equipamentos para os resultados do processo de referncia
(pelo qual os corpos-de-prova foram medidos somente na posio horizontal) no foi alterada
significativamente. No foi detectada tambm nenhuma tendncia significativa em relao a
qualquer posio de medio.
Em relao exatido, o pior desempenho foi do processo Leeb, com diferena
mdia para todas as posies de 3,82%. Para o desvio padro, o pior desempenho foi para o
processo UCI, que teve mdia de 5,7%, tambm consideradas todas as posies de medio.
Esse fato se deve provavelmente ao tipo de sonda empregada por esse processo, que no
permite nenhum apoio para a realizao da indentao.

Nos pr-testes, as medies realizadas com o equipamento TIV apresentaram
erros sistemticos da ordem de 20 pontos de dureza para as regies de metal base. A causa do
problema foi a formao de uma sombra nas bordas das indentaes, devidas deformao
do material de teste. A soluo recomendada pelo fabricante foi o ajuste manual da linha que
delimita a indentao para cada medio.

64

7.2 Sugestes de critrios para aceitao de medies de dureza com equipamentos
portteis nas regies de soldas

1) Os processos que utilizam o mtodo do rebote (Leeb Hardness) e o processo
tipo Poldi no devem ser aceitos para medies de dureza nas zonas
termicamente afetadas de soldas;

2) Para todos os processos de medio deve ser exigida a comprovao de
conhecimento tcnico e habilidade dos operadores, visto que a preciso dos
resultados depende em parte da operao dos equipamentos;

3) No h restries em relao a medies em posies diferentes da
horizontal para os equipamentos portteis avaliados neste trabalho. Entretanto,
para os modelos diferentes destes, deve ser comprovada a eficincia em relao
a este aspecto. Caso no tenham sistemas de compensao automticos, devem
utilizar fatores de correo de acordo com normas especficas;

4) O posicionamento das indentaes dentro da zona termicamente afetada
deve ser especificado de modo a favorecer a deteco de valores mximos de
dureza, ou seja, to prximos da linha de fuso quanto possvel e no
necessariamente em linha reta.

5) A distncia mnima entre as indentaes e destas s bordas das peas
testadas devem respeitar as recomendaes das normas referentes aos
princpios de medio empregados em cada caso. Devem ser observadas a
faixa de dureza e as dimenses de cada regio a ser medida.

6) As recomendaes das normas relativas a massas e espessuras mnimas das
peas a serem avaliadas, fixao e qualidade da superfcie para cada processo
de medio devem ser respeitadas.
65




8. CONCLUSES


O objetivo principal do trabalho foi atingido. A realizao do levantamento de
informaes e os experimentos realizados forneceram subsdios suficientes para a sugesto de
critrios para a aceitao de medies de dureza com equipamentos portteis.
O levantamento de informaes, que serviu como base para a realizao do
trabalho, possibilitou a compilao de informaes relevantes para consulta dentro da
companhia. Esse levantamento foi til tambm para identificar pontos conflitantes entre
normas internas e externas. A anlise destes pontos serve como base para sugestes de
melhorias nas normas da companhia.
A realizao dos experimentos permitiu, alm da avaliao dos desempenhos dos
equipamentos, a constatao da necessidade de treinamento adequado para a utilizao dos
mesmos. Tambm permitiu avaliar a importncia do conhecimento tcnico.
Pelo fato de as medies em campo estarem sujeitas a fatores no presentes em
laboratrio, necessrio que o operador detecte prontamente as causas de possveis variaes
nos resultados ligadas a desvios de procedimentos, falhas ou danos no equipamento.
Este trabalho contribui para o desenvolvimento do conhecimento na rea de
ensaios de dureza, visto que apresenta uma compilao de informaes de diversas fontes,
algumas reconhecidas internacionalmente.
A realizao dos ensaios foi limitada por motivos tcnicos, cronolgicos e
logsticos. Para a o refinamento de critrios de aceitao de medies de dureza realizadas
atravs de equipamentos portteis e para a definio de novos critrios necessria a
realizao de um trabalho mais extenso, tanto de reviso de fontes de consulta quanto de
realizao de experimentos.








66




9. SUGESTES PARA TRABALHOS FUTUROS


- Reviso e aprofundamento no levantamento de informaes realizado a respeito dos
processos de dureza portteis ou no;
- Realizao de experimentos com equipamentos de diferentes fabricantes e diferentes
princpios de medio visando a complementao das informaes apresentadas
neste trabalho;
-Tratamento estatstico dos dados levantados nos experimentos realizados neste
trabalho;
- Montagem de planilhas eletrnicas que permitam a organizao e a consulta das
informaes de interesse, com acesso a hiperlinks onde possam ser visualizados
esquemas explicativos, imagens ou filmes. Esse material poder ser utilizado para
treinamento.





























67




REFERENCIAS BIBLIOGRFICAS



[1] American Society for Metals - Metals handbook: Vol. 8 - Mechanical Testing and
Evaluation, 9. ed. Ohio: Metals Park, 2000..
[2] American Society for Metals - Metals handbook: Vol 6 - Welding, Brazing and
Soldering, 9. ed. Ohio: Metals Park, 2000.
[3] ASME - Section VIII - Boiler and pressure vessel code, The American Society of
Mechanical Engineers - 2007

[4] ASME Section IX -Welding and Brazing Qualifications, The American Society of
Mechanical Engineers - 2007

[5] ASTM A 370 - 08 - Standard Test Methods and Definitions for Mechanical Testing of
Steel Products1

[6] ASTM A 515/A 515M 03 (Reapproved 2007) - Standard Specification for Pressure
Vessel Plates, Carbon Steel, for Intermediate- and Higher-Temperature Service

[7] ASTM A 516/A 516M 06 - Standard Specification for Pressure Vessel Plates, Carbon
Steel, for Moderate- and Lower-Temperature Service

[8] ASTM A 833-08a - Standard Practice for Indentation Hardness of Metallic Materials by
Comparison Hardness Testers

[9] ASTM A 956-O6 - Standard Test Method for Leeb Hardness Testing of Steel Products

[10] ASTM A 1038-08 - Standard Practice for Portable Hardness Testing by the Ultrasonic
Contact Impedance Method

[11] ASTM E92-82 (Reapproved. 03) - Standard Test Method for Vickers Hardness of
Metallic Materials

[12] ASTM E140-07 - Standard Hardness Conversion Tables for Metals Relationship Among
Brinell Hardness, Vickers Hardness, Rockwell Hardness, Superficial Hardness, Knoop
Hardness, and Scleroscope Hardness

[13] ASTM E 10-07a - Standard Test Method for Brinell Hardness of Metallic Materials

[14] ASTM E 1808a - Standard Test Methods for Rockwell Hardness of Metallic Materials

[15] ASTM E 103 84 (Reapproved 2002) - Standard Test Method for Rapid Indentation
Hardness Testing of Metallic Materials

68

[16] ASTM E 110 82 (Reapproved 2002) - Standard Test Method for Indentation Hardness
of Metallic Materials by Portable Hardness Testers.

[17] ASTM E 384 08a - Standard Test Method for Microindentation Hardness of Materials.

[18] ASTM E 448 82 (Reapproved 2002) - Standard Practice for Scleroscope Hardness
Testing of Metallic Materials.

[19] Chiaverini, V - Tecnologia Mecnica Estrutura e Propriedades das Ligas Metlicas
2. Ed. So Paulo Ed. Pearson Education do Brasil, 1986

[20] Marques, P. V., Modenesi, P.J., Bracarense, A. Q. Soldagem Fundamentos e
Tecnologia Belo Horizonte: Editora da UFMG, 2005

[21] Modenesi, P. J., Marques, P.V., Santos, D. B. - Introduo Metalurgia da Soldagem
Universidade Federal de Minas Gerais -Departamento de Engenharia Metalrgica e de
Materiais (apostila- Belo Horizonte, maio de 2006)

[22] Montgomery, D. Design and Analysis of Experiments - Arizona State University, 6th
Edition, 2005.

[23] NACE Standard MR0103-2007 - Standard Material Requirements Materials Resistant
to Sulfide Stress Cracking in Corrosive Petroleum Refining Environments

[24] NACE MR0l75/ISO 15156:2001_2003 - Petroleum and natural gas industries -
Materials for use in H2S-containing environments in oil and gas production
Part 1: General principles for selection of cracking-resistant materials
Part 2: Cracking-resistant carbon and low alloy
steels, and the use of cast irons
Part 3: Cracking-resistant CRAs (corrosion-resistant alloys) and other alloys

[25] NACE SP0472-2008 - Methods and Controls to Prevent In-Service Environmental
Cracking of Carbon Steel Weldments in Corrosive Petroleum Refining Environments

[26] Norma PETROBRAS - N-133 REV. J JUL / 2005 - Soldagem

[27] Norma PETROBRAS - N-268 REV. F MAI / 2006 Fabricao de Vasos de Presso

[28] Norma PETROBRAS - N-269 REV. E MAI / 2006 Montagem de Vasos de Presso

[29] Norma PETROBRAS - N-1704 REV. C SET / 2007 Requisitos adicionais para
Vasos de Presso em Servio com Hidrognio

[30] Norma PETROBRAS - N-1706 REV. C MAI / 2007 Projeto de Vasos de Presso
para Servio com H
2
S

[31] Sommer, J. - The Possibilities of Mobile Hardness Testing. Krautkrmer GmbH &
Co, hrth, Germany
[32] Frank, S. TIV (ThroughIndenter Viewing) New Possibilities of Mobile Hardness
Testing Agfa NDT GmbH, RobertBosch Strae 3, D50354 Hrth German|
69

[33] Frank, S. GE Inspection Technologies - Mobile Hardness Testing Application Guide
for Hardness Testers - General Electric Company, 2005.

[34] National Institute of Standards and Technology - Materials Science and Enginnering
Laboratory. Disponvel em: < http://www.nist.gov>. Acesso em 28 janeiro 2009.
[35] NDTS ndia - Disponvel em: <http://www.ndts.co.in> . Acesso em 28 janeiro 2009.
[36] NDT Database & e-Journal of Nondestructive Testing Nondestructive Testing
Activities, Needs and Trends in the Automotive Industry - G. Mozurkewich. Disponvel em:
<http://www.ndt.net>. Acesso em 28 janeiro 2009.
[37] NDT Database & e-Journal of Nondestructive Testing Multiple NDT Methods in the
Automotive Industry - P. Buschke, W.Roye, T. Dahmen. Disponvel em: <http://www.ndt.net> .
Acesso em 28 janeiro 2009

[38] The Welding Institute - Disponvel em: <http://www.twi.co.uk> . Acesso em 29 janeiro
2009
[39] GE Sensing & Inspection Technologies Hardness Testing - Disponvel em:
< http://www.geinspectiontechnologies.com> . Acesso em 29 janeiro 2009
[40] Surface Engineering Frum Hardness Testing Disponvel em:
<http://www.gordonengland.co.uk> Acesso em 29 janeiro 2009


















70




ANEXO I
Equipamentos utilizados

Durmetro de bancada EMCOTEST
- Modelo: M4U 075;
- Faixa de carga (N): 49 7355;
- Capacidade vertical - pea (mm): 160;
- Capacidade em peso (kg): 160;
- Aumento: at 320 x;
- Processos de medio de dureza:
- Brinell: EN ISO 6506 / ASTM E10;
- Vickers: EN ISO 6507 / ASTM E92 ;
- Rockwell: EN ISO 6508 / ASTM E18;

Microdurmetro BUEHLER
- Modelo: MICROMET 5103;
- Faixa de carga (gf): 10 1000 (10 gf, 25 gf, 50 gf, 100 gf, 200 gf, 300 gf, 500 gf, 1000 gf);
- Aumento: 10x e 50x;
- Calibrao: ASTM E 384-99;
- Resoluo de medio: 0,01 m;
- Curso da mesa: 25 mm
- Resoluo de leitura do deslocamento da mesa: 1 m;

Durmetro porttil GE
- Modelo: MIC 20
- Tcnicas de medio: Ultrasonic Contact Impedance (UCI); Leeb Hardness
- Faixas de medio/ converses: (UCI): 20-1740 HV / 76-618 HB / 41-105 HRB /20.3-68.0
HRC / 255-2180 N/mm
- Faixas de medio/ converses: (LEEB): 150-1000 HL / 75-1000 HV / 75-700 HB / 30-100
HS / 35-100 HRB / 19-70 HRC /250-2200 N/mm
- Converso automtica de acordo com DIN 50150, ASTM E 140




71

Durmetro porttil GE
- Modelo: TIV
- Tcnica de medio: Through Indenter Viewing
- Faixas de medio/ converses: Para sonda TIV 105: aprox. 100 HV 1000 HV,
Para sonda TIV 101: aprox. 30 HV 500 HV
- Escalas de converso e resoluo: HV (1.0); HB (1.0); HS (1.0/0.5/0.1); HRC (1.0/0.5/0.1);
HRB (1.0/0.5/0.1); N/mm (5.0)
- Converso automtica de acordo com DIN 50150, ASTM E140

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