Ramularia e Ferrugem

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Ramulária e Ferrugem do

Algodoeiro
RAMULÁRIA DO ALGODÃO
RAMULÁRIA DO ALGODÃO

 causada pelo fungo Ramularia areola Atk


 ocorre em condições de alta umidade
 causou poucas perdas econômicas, devido à sua ocorrência
apenas no final do ciclo da cultura.
 Atualmente é considerada uma das principais doenças do
algodoeiro na região do Cerrado brasileiro
Sintomatologia
 Os sintomas da doença manifestam-se em ambas as faces da folha,
consistindo inicialmente em lesões geralmente angulosas, de
coloração branca, e posteriormente de coloração amarelada e de
aspecto pulverulento, caracterizado pela esporulação do fungo,
sobretudo na face inferior da folha.
 Manchas arroxeadas são observadas nesses pontos de
esporulação.
 Em períodos chuvosos podem ocorrer
manifestações precoces, provocando a
queda das folhas e apodrecimento das
maçãs do terço inferior das plantas.
 O desfolhamento extensivo da planta
em infecções severas resulta em
perdas qualitativas e quantitativas.
Plantas afetadas pela doença
apresentam abertura prematura de
cápsulas, podendo ocasionar uma
redução na produtividade em até 35%.
Perdas causadas pela doença
 Dependem das condições climáticas, cultivares e densidades de
semeadura.
 Em muitos países onde se cultiva o algodoeiro, os maiores
problemas em relação à mancha de ramulária são no final do ciclo
da cultura, causando pequenas perdas.
 Em lavouras em que ocorrem periódicas precipitações e denso
dossel de plantas, pode ser severa ainda no início da cultura,
justificando, desse modo, medidas de controle químico.
 Em locais onde o cultivo do algodão é sucessivo, com o passar do
tempo, a doença pode se tornar endêmica, com sérias consequências
à produção, sendo necessário várias aplicações de fungicidas.
 Tendo em vista a importância das folhas infectadas na sobrevivência
do fungo, a principal forma de remoção do inóculo primário pode ser a
aração ou a destruição de resíduos, bem como evitar o cultivo contínuo
em um mesmo local. Os fungicidas podem controlar a doença
eficientemente, desde que o controle seja iniciado nos primeiros
sintomas do processo de infecção do fungo. Dependendo da
agressividade da doença, podem ser necessárias pelo menos três
aplicações.
Importante
A dispersão do patógeno é bastante rápida e perdas significativas
podem ocorrer se intervenções de controle não forem adotadas em
tempo hábil.
Controle

 O controle químico desponta como uma das táticas de manejo que


reduz a taxa de progresso da doença no campo. Nesse caso,
recomenda-se a aplicação de fungicidas registrados no Ministério
da Agricultura, Pecuária e Abastecimento e aconselha-se a
alternância dos grupos químicos de fungicidas para que não ocorra
a resistência do patógeno.
Controle Cultural

Plantios menos adensados e conduzidos de forma a evitar o


sombreamento excessivo entre plantas, criam condições menos
favoráveis à infecção por R. areola.
Variedades resistentes

Não existem variedades com boa resistência e a essas doenças;


entretanto, algumas variedades apresentam bons níveis de tolerância,
podendo produzir mais que as cultivares suscetíveis, com o mesmo nível
de doença.  As cultivares recomendadas para o semi-árido, pela
Embrapa, são a BRS 201 e a BRS 187 8H.
Controle químico

Os fungicidas Carbendazin 0,7 kg do produto comercial/ha


ou  Carbendazin + Trifenil hidróxido de estanho 0,5 + 0,4kg do produto
comercial/ha e Azoxystrobin 0,2 kg/ha, têm sido empregados no controle
da doença, embora apenas o  azoxystrobin tenha registro no Ministério da
Agricultura, Pecuária e Abastecimento, para uso em pulverização.  A
primeira aplicação deve ser feita antes que os sintomas do terço inferior
da planta atinjam 20% de área foliar infectada.  
Ferrugem do Algodoeiro
A Ferrugem do Algodoeiro é uma doença não
limitante à produção, entretanto causa queda
prematura das folhas, reduzindo a produção em
até 24 %.
Agente Etiológico
 Phakopsora gossypii (Arthur) Hirats.f
 Uredinilogical studies:266(1955)[MB#451305]
 Reino: Fungi
 Filo: Basidyomicota
 Subfilo: Basidyomycotina
 Classe: Pucciniomycetes
 Subclasse: Pleosporomycetidae
 Ordem: Pucciniales
 Familia: Phakopsoraceae
 Gênero: Phakopsora
Hospedeiros

 Gossypium barbadense L.

 Gossypium variedade brasiliense (BRS)

 Gossypium sp
Sintomas

 Os primeiros sintomas são caracterizados por


pequenas lesões de coloração escura que surgem na
face superior da folha. É comum, em alguns
cultivares, a ocorrência de um halo de cor púrpura
circundando as lesões.
 Completado o período de latência, surgem as pústulas
na face inferior das folhas, elas são pequenas, de
formato circular, e coloração inicialmente amarelo
pálido tornando-se castanha. As pústulas se
desenvolvem abaixo da epiderme da folha e quando
atingem a maturação, a epiderme é rompida e os
uredósporos são liberados.
Morfologia do Fungo

 Os urédios primários (pústulas aecial), secundário


(uredial pústulas), espalhados em grupos,
ligeiramente pulverulentos, marrom amarelado, até
0,5 mm de diâmetro em pontos arroxeados 1-5 mm de
largura. Paráfise periférica ou oval, parede lisa e
incolor. Urediósporos elipsóides ou oval, de parede
espessa e equinulada, poros discretos e equatorial.
Telia raro, dispersado, discreto. Teliósporos em crostas
e esporos lateralmente aderentes angular, para
irregularmente oblongo
Controle não químico

 Recomendações:
• Monitoramento da lavoura no início do
desenvolvimento da cultura;
• Eliminação dos restos vegetais de plantas afetadas;
• Evitar o plantio de safrinha em áreas afetadas
anteriormente;
• Rotação de cultura = imprescindível;
 Em caso de ocorrência da doença desde o início da
safra, e havendo condições climáticas favoráveis,
poderá haver a necessidade de aplicação de
fungicida.
 Nessa situação deve-se buscar orientação técnica
junto aos órgãos de pesquisa e ou assistência técnica.

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