Nutrição e Promoção Da Saúde Das Mulheres

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Nutrição e Promoção da Saúde das Mulheres

HSM 130 – CICLOS DA VIDA II

Crédito: mulheres como elas são - http://www.newsderv.com.br/pg.php?id=884&titpg=mulheres-como-elas-sao#prettyPhoto

Profa. Simone G. Diniz [email protected]


Perguntas norteadoras
 Quais as principais necessidades de saúde das mulheres em idade reprodutiva?

 O que são “saúde sexual” e “saúde reprodutiva”?

 O que “saúde integral da mulher” e o que são o PAISM e o PNAISM?

 Quais os principais programas de saúde da mulher no SUS?

 Quais as principais necessidades de saúde das mulheres de meia idade /


envelhescência? http://www.envelhescencia.com.br/trailer/envelhescencia/0

 O que é promoção da saúde e o que é prevenção quaternária em saúde da mulher?

 As mulheres têm necessidades nutricionais específicas? Se sim, quais, e em que fases da


vida?

Casos clínicos para apresentação em sala e entrega posterior


O movimento de mulheres e a criação do PAISM
Programa de Atenção Integral à Saúde das Mulheres
Agenda muito ampla (sexualidade, diversidade
sexual, raça, violência, a crítica à medicalização,
auto-ajuda, saúde mental, envelhecimento)
1980s: pre-Cairo, pre-Beijing,
Pre direitos sexuais ou reprodutivos
PAISM: uma agenda feminista de Saúde Pública (1983)
Saúde da mulher, saúde integral
da mulher – o PAISM

A idéia de programação em saúde, ação


programática (saúde pública, saúde coletiva)

O feminismo dos anos 60/70: o corpo como


prioridade, nosso corpo nos pertence

O movimento de saúde da mulher no Brasil.


Saúde e sexualidade. Saúde e política. Gênero.

O PAISM proposto em 1983: a noção de


programa

A Carta de Itapecerica de 1984: saúde e política


Saúde da mulher, saúde integral
da mulher – o PAISM
A saúde além do biológico: o psicológico e
o social. Crítica à medicalização.

A saúde além da idade reprodutiva:


juventude, idade madura

A diversidade entre as mulheres: classe


social; raça/etnia; opção sexual

A maternidade voluntária como direito:


contracepção e aborto

Saúde mental, saúde ocupacional.


O PAISM antecipa a inflexão
conceitual da saúde reprodutiva

Ações prioritariamente destinadas à saúde


da mulher, e não apenas aos seus filhos, ou
tendo as mulheres como meio;

Incorpora o direito à regulação da


fertilidade como um direito social,
recusando a ação do estado por meio de
políticas de controle demográfico;

Enfatiza a dimensão educativa, buscando


alterar valores e práticas de caráter sexista.
Aquino, E M L. e cols, 2002.
Saúde integral da mulher (e do homem?)

Saúde da mulher

Saúde Sexual

Saúde reprodutiva

Saúde materna
Saúde
Materna
Material do Ministério da Saúde na década
de 80 (papel do movimento feminista)

Direcionado para os grupos de concientização


Com base no grupo de aprendizagem, a
pedagogia feminista, perspectiva freiriana
Crítica à medicalização
Auto-ajuda, o auto-conhecimento
Sexualidade e Política, Sexualidade e Saúde
(mais aceitável, para a “infiltração feminista”)
Material do Ministério da Saúde na década de
80 (papel do movimento feminista)

Direcionado para
os grupos de
concientização

Abordagem
feminista

Auto-exame
Material do Ministério da Saúde na década de 80
(papel do movimento feminista)

Muito sex-positive

Como uma
ferramenta para o
auto-cuidado
e apreciar o sexo

Diversidade sexual foi


já está lá
(timidamente)
Material do Ministério da Saúde na
década de 80 (papel do movimento
feminista))

Material muito gráfico


e baseado em pessoas
reais, não estilizadas
Uma forte crítica de
medicalização da
o corpo da mulher
e da vida,
e da falta de
médico
a atenção para
escolhas
informadas
"Conhecer o seu corpo" Material pelo Ministério da Saúde
Muito gráfico e muito sexo positivo

Atenção dada
a capacidade das
mulheres de
explorar o seu sexual
potencial

Essas publicações eram


do Programa de Saúde
da Mulher e da Criança,
com base nos folhetos
da Fundação Carlos
Chagas (feministas)
"Conhecer o seu corpo" Material pelo Ministério da
Saúde - Muito gráfico e muito sexo-positivo
•Saúde reprodutiva na década de 80
Contexto do surgimento do conceito:

Organização Mundial da Saúde: reprodução


humana, foco no modelo biomédico e em
pesquisas sobre contracepção

“A capacidade da mulher de viver desde a


adolescência ou casamento, o que vier
primeiro, até a morte, com escolha
reprodutiva, dignidade e maternidade bem-
sucedida e viver razoavelmente livre de
doenças e riscos ginecológicos”
Evans et al., 1987, apud Barzelatto, 1998.

O sexo materno ainda mal estava em pauta


Uma evolução do conceito
“Saúde reprodutiva significa:
a) Que as pessoas tenham a capacidade de reproduzir-
se assim como de regular sua fertilidade, de forma
segura; b) Que as mulheres tenham acesso à
maternidade segura; c) Que a gravidez seja bem
sucedida quanto ao bem-estar e à sobrevivência
materna e da criança. Além disso, que os casais
possam ter relações em medo de gravidez indesejada
ou de doenças.”
M. Fathallah, (1988) citado por Barzellato, 1998

“A capacidade de desfrutar de relações sexuais sem


medo de infecções, gravidez não-desejada, ou coerção;
de regular a fertilidade sem riscos de efeitos colaterais
perigosos ou não-desejados; ter acesso à maternidade
segura; ter gestações e criar cranças saudáveis”
Germain e Antrobus, 1989
Definição de (falta de) saúde reprodutiva:
morbidade reprodutiva (OMS, 1989)

Ampliação: dos efeitos da concepção, gravidez e parto aos


aspectos relacionados à sexualidade e à regulação da fertilidade.

Morbidade obstétrica ou materna


Morbidade obstétrica direta
Morbidade obstétrica indireta
Distúrbios psicológicos associados (depressão pós-parto, etc)
Morbidade não-obstétrica (violência, acidentes)

Morbidade ginecológica
Morbidade ginecológica direta (DSTs/AIDS, tumores, etc.)
Morbidade ginecológica indireta (MGF, iatrogenia, etc.)
Distúrbios psicológicos associados (sexuais, depressão, etc.)

Morbidade contraceptiva
(Iatrogenia contraceptiva em geral, efeitos colaterais, etc.)
Fortney (1995) Aquino, E M L. e cols, 2002 .
Direitos Reprodutivos na década de 80
Herdeiro da luta pela auto-determinação: nossos corpos nos pertencem – luta
pelo aborto e contracepção legais

International Women’s Health Meeting – Amsterdan (1984)

Incorporam os debates sobre medicalização, abuso no uso de tecnologia


(anticoncepcionais orais, DIU, esterilização, gravidez e parto)

Inauguram uma noção inédita de direito, referido a uma esfera antes


considerada ‘natural’, regulada pelo Estado, família e religião.

Direitos reprodutivos como demandas de justiça social – não


necessariamente de direitos previstos – já que são inéditos

Direito reprodutivos como direitos humanos: à condição de pessoa, à


integridade corporal, à equidade e à diversidade
Os conceitos e as conferências da ONU
década de 90 (Rio, Viena, Cairo e Pequim)

O deslocamento da questão do planejamento


familiar para além do problema da suposta explosão
demográfica (Rio, 1992)

O marco dos Direitos Humanos das Mulheres:


direitos reprodutivos e direitos sexuais. Violência de
gênero e direitos humanos e questão de saúde
(Viena, 1993)

Institucionalização dos direitos reprodutivos: saúde


reprodutiva no marcos desses direitos. (Cairo, 1994)

O advento dos direitos sexuais, legitimados na


Conferência de Pequim. Saúde, gênero e sexualidade.
(Beijing, 1995)
A Conferência do Cairo: o Capítulo IV
“A saúde reprodutiva é um estado de completo bem-
estar físico, mental e social, e não mera ausência de
enfermidade ou doença, em todos os aspectos
relacionados ao sistema reprodutivo e a suas
funções e processos. Conseqüentemente, a saúde
reprodutiva implica a capacidade de desfrutar de uma
vida sexual satisfatória (...) Inclui também a saúde
sexual, cujo objetivo é a melhoria da vida e das
relações pessoais, e não somente o aconselhamento
e a atenção referentes à reprodução e às doenças
sexualmente transmissíveis”
Saúde Sexual
“A Saúde Sexual é a capacidade de mulheres e homens para
desfrutar e expressar sua sexualidade, sem riscos de
doenças sexualmente transmissíveis, gestações não
desejadas, coerção, violência e discriminação. A Saúde
Sexual possibilita experimentar uma vida sexual informada,
agradável e segura, baseada no respeito de si mesmo, que
implica uma abordagem positiva da sexualidade humana, e
no respeito mútuo nas relações sexuais. A Saúde Sexual
valoriza a vida, as relações pessoais e a expressão da
identidade própria da pessoa. Ela é enriquecedora, inclui o
prazer, e estimula a determinação pessoal, a comunicação e
os relacionamentos” (Cairo, 1994)
Na década de 90: uma nova agenda - HIV / AIDS,
violência, saúde sexual e reprodutiva e os direitos

O Brasil possui uma Rede Nacional de ativos sexual e


saúde reprodutiva e os direitos (desde 1991) RedeSaúde

Um contexto diferente, nacional e internacionalmente


Do PAISM ao PNAISM

O PAISM /1983 nasce no contexto


da redemocratização do país/ Movimento Sanitário .
Conferência de Alma-Ata (1978). Formulação do SUS.

A participação dos movimentos O PAISM foi influenciado pelas


sociais e de mulheres, em especial características dessa nova
o movimento feminista, política de saúde: integralidade
influenciaram a construção do e equidade da atenção
Programa

Em 2004 - É elaborada a Política Nacional


de Atenção Integral a Saúde da Mulher.

Objetivos: promover a melhoria das


condições de vida e saúde das mulheres

*garantia de direitos
*ampliação do acesso aos meios e
serviços de Promoção, prevenção,
Fonte: ATSM/DAPES/SAS/MS assistência e recuperação da saúde
Saúde Sexual e Saúde
Reprodutiva, incluindo Atenção Obstétrica
o Planejamento
Reprodutivo
e as DST/HIV/Aids

Atenção à Saúde de
Atenção às
Segmentos Mulheres e
Específicos da População Adolescentes em
Feminina Situação de
Violência

Câncer de colo de útero Atenção Clínico


e mama Ginecológica
DESTAQUES

• Marcas de Governo:
 Rede Cegonha
 Rede de Urgência e Emergência
 Rede de Prevenção, diagnóstico e tratamento do câncer:
fortalecimento do programa nacional de controle do
câncer de colo uterino e mama
 Rede de Atenção psicossocial e combate ao crack
• A Pesquisa Nacional de Demografia e Saúde da Criança e
da Mulher (PNDS-2006) traça um perfil da população
feminina em idade fértil e das crianças menores de 5 anos
no Brasil.

• Os resultados recentes fornecem subsídios para uma


avaliação dos avanços ocorridos na saúde da mulher e da
criança no Brasil.

• Além disso, permitem comparações internacionais e


auxiliam na formulação de políticas e estratégias de ações.
Principais demandas de serviços

 Contracepção
 Pre-natal
 Parto e pós-parto
 Queixas ginecológicas (vaginais, menstruais – “ginecologia banal”)
 Envelhecimento / menopausa
 Prevenção de cânceres de colo e mama
 Procedimentos estéticos / cirurgia cosmética
 Sexualidade
 Doenças comuns aos “humanos em geral”
ANTICONCEPÇÃO Ignez Perpétuo

Porcentagem de uso atual de métodos anticoncepcionais.


PNDS 1996 e 2006.

Todas as Mulheres Sexualmente ativas*


Uso atual mulheres unidas não unidas

1996 55% 77% 55%

2006 68% 81% 75%

*Nos últimos 12 meses.


Taxas de fecundidade total, segundo características
sociodemográficas. PNDS 1996 e 2006.

6
Brasil Residência Anos de estudo
5,0 1996
Taxa de fecundidade total

2006
4,2
4 3,5 3,6
3,0
2,8 2,8
2,5 2,4
2,3
2,0 2,1
2 1,8 1,8 1,7
1,6 1,5
1,0

0
Total urbana rural nenhum 1 a 3 4 5 a 8 9 a 11 12 ou
mais
Porcentagem de nascimentos ocorridos nos 5 anos anteriores à
pesquisa, segundo o planejamento. PNDS 1996 e 2006.

1996 2006
Planejados para
aquele momento
22% 18%
Planejados para
mais tarde
51% 54%

26% 28%
Não desejados
Porcentagem de mulheres atualmente unidas e mulheres
sexualmente ativas não unidas usando algum método, segundo
o tipo de método usado. PNDS 1996 e 2006.
100%
Não está usando método
23 19
25 Pílula

46 Esterilização feminina
25 Camisinha masculina
21
30 Injeção contraceptiva
Coito interrompido
50%
22 Tabela/abst./billings
11 29
40 DIU
Métodos vaginais
15
26 12 Esterilização masculina

11 4 4 Outros métodos
4 Implantes
0%
5
1996 2006 1996 2006
Mulheres sexualmente Mulheres unidas
ativas não unidas
Porcentagem de mulheres que atualmente usam métodos
modernos, segundo a mais recente fonte de obtenção, por método
específico. PNDS 2006.
100%

25,3
17,9
75% 44,7
10,7 14,2
75,7 74,9 66,0
50%
15,7

63,6 59,4
25%

36,4
21,3 22,6 25,1
0%
Esterilização Esterilização DIU Pílula Injeção Camisinha
feminina masculina contraceptiva masculina
Serviço de saúde ligado a
Serviço de saúde do SUS Outra
convênio/plano de saúde
Não sabe/
Serviço de saúde particular Farmácia
não respondeu
Porcentagem de mulheres esterilizadas segundo o momento
da realização da cirurgia. PNDS 1996 e 2006.

Por ocasião do nascimento 1996 2006


do último filho

No parto cesário
26%
32%
Depois do parto
normal
59% 59%
Em outra ocasião 15%
9%
GRAVIDEZ e PARTO Tânia Lago
Liliam Lima
ASSISTÊNCIA ao PRÉ NATAL
Percentagens de mulheres com assistência ao pré natal, segundo o
número de consultas. PNDS 1996 e 2006.
Número de consultas
0 1a3 4a6 7+ não sabe
Brasil

2006 1 4 29 61 5

1996 14 8 28 48 2

2006 1 3 27 65 4
Urbana

1996 9 6 29 54 2

2006 4 8 34 47 7
Rural

1996 32 13 26 27 1

0 25% 50% 75% 100%


ASSISTÊNCIA ao PARTO

Percentual de partos hospitalares e de partos assistidos por médicos


ou enfermeiras, nos 5 anos anteriores à entrevista. Brasil, Rural e
Regiões Norte e Nordeste. PNDS 1996 e 2006.
PARTO HOSPITALAR PARTO por MÉDICO ou ENFERMEIRA

100 98 98 97
96 94
93 94
92 92
Percentual (%)

88
82 83
78 76
50 73 75

50
Brasil Rural Norte NE Brasil Rural Norte NE

1996 2006
Porcentagem de partos cesários nos 5 anos anteriores à
entrevista, segundo residência e tipo de serviço de saúde
utilizado. PNDS 1996 e 2006.

80 77

60 1996
Percentual (%)

44 46
42 2006
36 35
40
33

20
20

0
Brasil Rural Urbano SUS* Convênio/
privado*

*Dado não disponível em 1996.


AMAMENTAÇÃO Ana Segall-Corrêa
Letícia Marín-León

Percentual de crianças menores de 60 meses alguma vez


amamentadas, segundo residência e região. PNDS 1996 e 2006.
100 Residência Região
98
98
97 97
96 96 96
95
Percentual (%)

95 94
93
93 92 93
92 92 92

90

85
Brasil Urbana Rural N NE SE S CO

1996 2006
Níveis de prevenção

 Primária: promoção da saúde, antes que ocorra a doença


(ex. vacinas, educação nutricional)
 Secundária: destinada a populações em situação de risco,
que desenvolvem a doença, tratamentos (manejo da
obesidade, do diabetes)
 Terciária: ações voltadas para a reabilitação, que já
tiveram a doença e suas consequências, redução de
danos (fisioterapia após AVC)
 Quaternária: evitar ou reduzir a sobre-medicalização
(sobre-diagnóstico, sobre-tratamento, sobre-rastreamento)
Níveis de Prevenção

 A Prevenção Quaternária visa “evitar ou atenuar o excesso


de intervencionismo médico” associado a atos médicos
desnecessários ou injustificados; por outro lado, pretende-se
capacitar os pacientes, ao fornecer- lhes a informação
necessária e suficiente para poderem tomar decisões
autônomas, sem falsas expectativas, conhecendo as
vantagens e os inconvenientes dos métodos diagnósticos ou
terapêuticos propostos (Gérvas e Férnandez, 2003).
 Este nível mais elevado de prevenção em saúde consiste na
«detecção de indivíduos em risco de sobretratamento
(overmedicalisation) para os proteger de novas intervenções
médicas inapropriadas e sugerir- -lhes alternativas
eticamente aceitáveis» (Jamoulle, 2000).
Necessidades nutricionais da mulher nos
ciclos da vida
Adolescência (10 a 19 anos)

 É caracterizada pelo início do período fértil e pela definição dos hábitos


alimentares.

 Fase de grandes modificações físicas, psicológicas e fisiológicas.

 Requer mais energia e nutrientes.

 Nesse período, as mulheres estão suscetíveis a deficiências nutricionais


como: anemia, avitaminoses, fadiga e baixo rendimento escolar.
 Importância da atividade física e do sono.

Nutrientes recomendados:
Proteína, ferro, cálcio, zinco, cobre e vitaminas A, C, D e E.
Importância dos alimentos não-processados e minimamente processados.
Necessidades nutricionais da mulher
nos ciclos da vida
Fase adulta (20 a 40 anos)

• Nessa fase, os sintomas da TPM estão mais evidentes.


• Há maior preocupação com a estética, manutenção de peso e retardo do
envelhecimento.
• É um momento importante para a adoção de hábitos alimentares saudáveis,
reduzindo os riscos de doenças, como por exemplo, o câncer de mama.
• Período fértil propício para a gestação.

• Constipação é uma das principais queixas das mulheres.


• Importância da atividade física e do sono.

Nutrientes recomendados:
Soja, fibras solúveis e insolúveis, ferro, cálcio, magnésio, ácido fólico e antioxidantes
(zinco, selênio e vitaminas A,C, e E).
Importância dos alimentos não-processados e minimamente processados.
Necessidades nutricionais da mulher
nos ciclos da vida
Fase adulta pré-menopausa (40 a 55 anos)

• É uma fase de intensas mudanças físicas, psicológicas e musculares. Mudanças na


auto-imagem.

• A menstruação torna-se irregular e os sintomas da menopausa começam a aparecer.

• Tendência ao ganho de peso e à perda de massa muscular

• Importância da atividade física e do sono.

Nutrientes recomendados:
Soja, fibras solúveis e insolúveis, cálcio, vitamina D e antioxidantes (zinco, selênio e
vitaminas A, C e E).
Importância dos alimentos não-processados e minimamente processados.
Necessidades nutricionais da mulher
nos ciclos da vida
Fase adulta pós-menopausa (acima de 55 anos)

• Período em que ocorre redução do estrogênio endógeno, o que intensifica os sintomas


da menopausa.
• Há perda de massa magra e óssea intensa, o que aumenta o risco de osteoporose.
• Também há aumento dos níveis de colesterol LDL e triglicerídeos, o que representa
risco para doenças cardiovasculares.
• A constipação se intensifica nesse período.
• A fase é de risco para outras doenças como câncer de mama, cólon e diabetes.
• Importância da atividade física e do sono.

Nutrientes recomendados:
Soja, fibras solúveis e insolúveis, cálcio, vitamina D e antioxidantes (zinco, selênio e
vitaminas A, C, e E).
Importância dos alimentos não-processados e minimamente processados.
Maria Fernanda, 17
 Maria Fernanda tem 17 anos e é estudante do 3º. ano do ensino
médio.
 Procura a nutricionista porque “está super-gorda, uma baleia”. Ela
tem 1,68 e pesa 65 quilos.
 Ela conta que tenta manter o peso evitando tomar café da manhã,
além disso não sente fome pela manhã, principalmente quando fica
estudando até tarde (ENEM, vestibular etc.)
 Ela evita carboidratos em geral, fazendo uma dieta rica em proteínas
animais. Porém não raro ela “detona” nos doces e em porcarias em
geral, principalmente quando está mais “para baixo” e na TPM.
 Conta que “não sabe cozinhar quase nada, só miojo”.
 Ela está se recuperando do fim de um namoro, o namorado terminou
com ela aparentemente por falta de interesse dele.
 Conta que já se inscreveu mais de uma vez em academia, mas
termina deixando de ir.
Priscila, 35

 Priscila tem 35 anos e é administradora.


 Procura a nutricionista porque ganhou muito peso na gravidez e
não consegue perder. Ela mede 1,61 e pesa 72 kg.
 Ela vai voltar a trabalhar em breve, pois sua licença de 4 meses
acaba em duas semanas.
 Ela está desmamando o bebê para voltar ao trabalho, pois seu
local de trabalho não tem creche e o bebê vai ficar com a
empregada e com a sogra.
 Ela está feliz com o bebê mas se pega chorando facilmente, sem
conseguir localizar bem porque.
 Conta que se sente “horrorosa, um saco de batatas, nenhuma
roupa me serve”
 Nunca fez atividade física regularmente.
Cristiane, 49 anos
 Cristiane tem 49 anos e está na fase em que a menstruação está bem
irregular, conta que a última menstruação foi há “uns três ou quatro
meses”
 Procura a nutricionista porque percebe que tem ganho peso e disseram
que era bom tomar mais cálcio, talvez uns suplementos.
 Ela tem 1,58 e 60 kg
 Ela está se separando depois de 25 anos de casada, é uma separação
amigável, mas ela está insegura com a sua “volta ao mercado”.
 Sempre foi fisicamente ativa mas desde que machucou o joelha está meio
parada, o que pode explicar o ganho de peso, ela acha.
 Acha que está ficando flácida, e está preocupada com a perda muscular
 Gosta de cozinhar, mas “não tem tido tempo para nada”
 Gosta de sair com as amigas, e acha que às vezes bebe “um pouco mais,
às vezes muito mais, do que devia”
Ana Paula, 67 anos

 Ana Paula é médica e tem 67 anos. É solteira e sem filhos.


 Procura a nutricionista porque o cardiologista insistiu: tem síndrome
metabólica, suas taxas de glicemia e sua pressão arterial estão elevadas,
e precisa organizar melhor sua alimentação.
 Ela tem 1,62m e 77 kg. Está acima do peso há uns 20 anos.
 É aposentada da prefeitura, mas trabalha em outros 3 empregos,
totalizando umas 50 horas semanais (fora o tempo no trânsito)
 Passa quase todo o tempo do dia sentada – atendendo ou dirigindo, ou
no facebook e whatsapp.
 Ela conta que entrou no tinder e está com um paquera, então quer perder
um pouco de peso e de barriga, e “ficar mais durinha”.
Francisca, 87 anos

 Francisca é empregada doméstica aposentada e tem 87 anos.


 Ela procura a nutricionista do PSF porque a neta disse que ela estava
muito magra e temia que ela tivesse osteoporose.
 Francisca tem 1,48 e 45 kg.
 É bastante independente, mora sozinha e faz as próprias compras e
sua comida.
 Francisca gosta de cozinhar e segundo ela, “come de tudo, até
comida carregada”. Gosta de caipirinha, “mais no fim de semana”
 Ela é viúva há 40 anos e participa do grupo de idosos e vai aos bailes
que organizam. Ela dança com as outras idosas, pois existem poucos
homens.
 Não gosta de tomar remédios, mas tem várias plantas em casa que
usa quando tem sintomas.

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