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Severiano Mario Porto

• Severiano Mario Porto nasceu em 1928


em Uberlândia-MG, mas se
notabilizou por suas obras na região da
Floresta Amazônica, onde viveu por 36
anos. O arquiteto chegou à Amazônia em
1965, quando não havia grande
preocupação em adaptar as construções
às condições da região.
• Foi o primeiro a projetar preocupando-se
declaradamente com o contexto
amazônico, procurando também difundir
suas idéias, que incluíam novos padrões
de projeto, métodos construtivos e
materiais adequados à região. Para
adaptar sua arquitetura à Amazônia,
naturalmente uma de suas preocupações
foi com a preservação ambiental. A
adequação ao clima peculiar da região
também foi motivo de preocupação de
Mario Porto, bem como o emprego de
materiais e mão-de-obra locais e a
harmonia formal com o ambiente.
• Formou-se Arquitetura na Faculdade
Nacional de Arquitetura da Universidade
do Brasil, atual UFRJ, em 1954.
• Com os vários trabalhos que começaram a
ser feitos na Amazônia, Mario Porto
resolveu mudar-se para a região, pois as
viagens entre o Rio e o Amazonas
tornavam-se muito exaustivas. Em 1966 ele
levou a família para uma casa de madeira
junto a um igarapé, conforme o costume
do povo local. Era uma espécie de
comunhão com o povo e com a Floresta.
Essa convivência íntima com a região levou
Mario Porto a compreender com clareza o
local onde projetaria, as dinâmicas sociais,
a interação do povo com a natureza, que
ocorrem na Amazônia, o que foi
fundamental para sua obra arquitetônica. A
mistura do projeto convencional com as
técnicas e materiais do homem local o
levou a revolucionar a arquitetura
amazônica, até então uma cópia de tudo o
que era feito no resto do mundo, sem
preocupação em adequação ao contexto.
• O reconhecimento por parte de outros grandes arquitetos não tardou a vir, e com ele as
premiações. Em 1965, quando Mario Porto ainda não havia se mudado para o Amazonas, o
Estádio Vivaldo Lima foi agraciado com “Menção Honrosa” na terceira premiação anual do
Instituto de Arquitetos do Brasil – IAB, em que o estádio foi definido como “solução simples,
conduzida corretamente, integrada ao sítio e bem de acordo com a escala do problema”.
• Dois anos depois, em 1967,
foi premiado pelo
Restaurante Chapéu de
Palha, que, segundo a IAB,
“pela simplicidade bem
sugere as origens e tradições
locais”. O restaurante em
questão foi produzido em
pouco tempo e com baixo
custo com madeira e palha,
materiais típicos da região, e
por isso de baixo custo, fácil
emprego e abundante mão-
de-obra. O arquiteto, longe
dos grandes meios urbanos,
andava na contramão da
arquitetura brasileira, que
primava por padrões
reproduzíveis, funcionalismo,
concreto aparente – uma
questão de adaptação ao
contexto, de fato.
Em 1971, a própria residência de Mario Porto lhe rendeu outro prêmio do IAB, pela
“excelente proposta do autor, coerente, elaborada com vocabulário brasileiro, com
uso adequado dos materiais, respeitando o meio ambiente, sem se alienar da técnica
contemporânea”, crítica que resume todas as características que levaram à
consagração do arquiteto.
• Em 1972 vem o prêmio pelo reservatório de água da
COSAMI; em 1974, pelo projeto da Superintendência da Zona
Franca de Manaus – SUFRAMA; em 1978 pela residência do
Sr. Robert Schuster.
• E em 1982, um dos mais importantes, pela Pousada da Ilha de Silves. A respeito da pousada,
segundo o júri, “(…) é raro o prazer de admirar uma arquitetura tão bem realizada, com tal
integração material / linguagem / criatividade / resultado, onde se vê o domínio do arquiteto
sobre o material, e uma linguagem coerente com a Amazônia desvinculada de estereótipos”.

• Mario Porto deixou claras suas intenções, sem grandes fundamentações teóricas, de utilizar
as técnicas contemporâneas para melhor utilizar as técnicas e materiais empregados
tradicionalmente na região, obtendo-se uma arquitetura integrada, harmônica, e também
eficiente e bela. Defendeu, ainda, a busca de um auto-reconhecimento latino-americano,
sem a dependência das técnicas e estilos europeus.

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