Basa - Leo e Jhu

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BANCO DA AMAZÔNIA - BASA

SEVERIANO MÁRIO PORTO

PATRIMÔNIO (ETIM LAT. PATRIMONĬUM):


BENS PASSADOS DE GERAÇÃO EM GERAÇÃO,
HERANÇA.

JHULIAN DIAS; LEONARDO VIEIRA 1


© Gonzalo Renato Núñez Melgar

OBSERVAÇÃO
A percepção do elemento madeira fica em primeiro plano ao nos
depararmos com a fachada do edifício que tem um contraste
atuante contra os demais prédios que compõem o centro histórico,
prédios assim que são em sua maioria ecléticos.

O uso de vidro, concreto e principalmente madeira evidencia o


modernismo e traz a singularidade do contexto amazônico,
trazendo em vista uma arquitetura regional.

Os painéis treliçados postos frente às janelas de vidro remetem a


arte baniwa da cultura indígena.

Os pórticos de madeira são compostos por dois pilares e uma viga


que traz à memória muitas interpretações, tais como um barco, um
tori japonês, etc.

JHULIAN DIAS; LEONARDO VIEIRA 2


© Gonzalo Renato Núñez Melgar

Grafismo da Arte Baniwa Canoa indígena Tori japonês

JHULIAN DIAS; LEONARDO VIEIRA 3


JHULIAN DIAS; LEONARDO VIEIRA 4
1954 SEVERIANO MÁRIO PORTO
Gradua-se na pela Faculdade Nacional
de Arquitetura da Universidade do
E A ARQUITETURA NA AMAZÔNIA
Brasil. Trabalha por cerca de onze anos
1965
na Construtora Ary C. R. Brito.
Migra para Manaus e projeta o estádio
Vivaldo Lima, recebendo menção
1967 honrosa no Instituto de Arquitetos do
Projeta o restaurante Chapéu de Palha, Brasil.
utilizando madeira e palha, elementos
abundantes na região amazônica de
1970
forma luxuosa, utilizando técnicas Projeta o Instituto de Pesquisa da
aprendidas com os amazonense. Amazônia e a Universidade Federal do
Amazonas.
1971
1974
Projeta a Sede da SUFRAMA e sua
residência na rua Recife. Projeta o BASA - Banco da Amazônia.

1978
Projeta o Tribunal Regional Eleitoral -
1994 TRE.
Projeta a Praia da Ponta Negra.

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VIVALDO LIMA
Outros projetos:
SESI - Clube do Trabalhador; Vila Olímpica; Centro De Proteção Ambiental Da Usina Hidrelétrica
Vila Balbina; Agência Caixa Econômica Federal; Aldeias Infantil SOS BrasilCentro Ecumênico Igreja
ESTÁDIO de Cavaco Senador Jéferson Peres; Olímpico Clube; SEASA; Fórum Henoch Reis.

HENOCH REIS
FÓRUM CARACTERÍSTICAS DAS OBRAS
Uso de materiais abundantes na região amazônica, como madeira e palha;
Técnicas construtivas aprendidas com os residentes da amazônia, desde a extração da

SUFRAMA
madeira na floresta até o encaixe das peças;
Busca pelo conforto térmico utilizando diferentes formas de se projetar a cobertura em suas
SEDE DA obras, hora com grandes beirais que protegem da chuva e sol, hora com o formato de
chaminé, visando conduzir o ar quente para fora das edificações;
Uso de elementos vazados em concreto para filtragem de luz natural e criação de barreira
R. SHUSTER

visual, estabelecendo privacidade.;


Uso de cores e formas encontradas na região amazônica, como as folhas da vitória-régia;

CASA DE

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BANCO DA AMAZÔNIA - BASA
Uma obra com materiais e formas com forte identificação
ENDEREÇO: AVENIDA SETE DE local, atendendo, com perfeição ao programa solicitado.
Proposta com um grande pano de vidro frontal, condizente
SETEMBRO, 397/409 -
com a proposta de modernidade exigida por um banco no
CENTRO. período (LINS, 2019).
AUTOR: ARQUITETO SEVERIANO
O emprego de madeiras regionais, com suas texturas e
MÁRIO PORTO;
aparências naturais, não só nos acabamentos, mas também
© Gonzalo Renato Núñez Melgar
COAUTOR: ARQUITETO MÁRIO; nos pórticos de entrada indica uma perfeita identidade e a
ANO DE INAUGURAÇÃO: 1974; característica plástica do projeto. (ABRAHIM, 2014).

ÁREA CONSTRUÍDA:
Na fachada principal, que é de orientação Oeste, são utilizados
1.010,00M²; grandes painéis de treliça em madeira (tipo muxarabi) que
PRINCIPAIS MATERIAIS: protegem contra a radiação solar e reduzem a luminosidade
interna, sem impedir a visão do interior para o exterior. Estes
MADEIRA, CONCRETO E VIDRO; painéis compõem um elemento que proporciona maior
USO: AGÊNCIA BANCÁRIA; conforto térmico, ao mesmo tempo que dá forte plasticidade
ao conjunto (NEVES, 2006).

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UM PATRIMÔNIO, UMA HERANÇA
As técnicas construtivas locais, o conhecimento do
manejo da matéria prima e do saber construir são
passados regionalmente de geração em geração.
Seus modos de vida carregam resquícios do passado,
expressando várias temporalidades e remetendo a
tempos longínquos, as heranças indígenas, ao
colonialismo e a processos migratórios
que acontecem até os dias de hoje (MARCONDES,
2017).

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A PAVULAGEM
A miscigenação trouxe uma realidade interessante a Manaus:
há uma profunda necessidade da população na identificação
com culturas externas, como que a realidade local significasse
inferioridade (CERETO, 2005).

Em Manaus, a madeira é considerada como típica das


camadas sociais de menor nível de renda. (ARQUITETURA-IAB
N.58, abril de 1967, p. 33).

Em contraponto, em diversas condições climáticas, como na


© Gonzalo Renato Núñez Melgar

Europa e principalmente nos Estados Unidos, a madeira,


considerada de qualidade inferior a da Amazônia, é usada em
edificações, inclusive em mansões. (ARQUITETURA-IAB N.58,
abril de 1967, p. 33).

Somente com o reconhecimento nacional e internacional, os


projetos de Severiano passaram a ser absorvidos em âmbito
local, considerando que a madeira era até então, material
prevalente em habitações pobres, como ele havia constatado
e constantemente afirmado (HEIMBECKER, 2019).
© Gonzalo Renato Núñez Melgar

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© Gonzalo Renato Núñez Melgar
© Gonzalo Renato Núñez Melgar

© Gonzalo Renato Núñez Melgar

A chegada a Manaus gerou um aprendizado de trabalho, que nos provocou uma euforia muito grande. A manipulação do material regional pelo homem local nos concedeu as
bases para o desenvolvimento de uma arquitetura regional. Numa perfeição de trabalho artesanal, o homem entra na floresta, escolhe a árvore e a abate, prepara-a para
o uso, utilizando ferramentas muito simples. [...] No caso específico da construção em madeira, o homem exerce o domínio absoluto do processo construtivo. Se o rio
sobe, constrói um assoalho mais alto, quando desce desfaz o assoalho, adaptando-se ao movimento do rio. [...]" (PORTO, 1989).

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COLEÇÃO SEVERIANO PORTO
Cada joia da coleção é inspirada em uma bras
desenvolvidas pelo arquiteto Severiano Porto no
Estado do Amazonas. A coleção contém 7
conjuntos, os quais cada um destaca características
mais marcantes dessa obra. Todas a joias são feitas
em prata (metal), com aplicação de madeira ou
Cimento leve (valchromat), materiais utilizados na
maioria nas obras do arquiteto, todas as joias são
criação da designer manauara Iuçana Mouco. Colar e Anel SUFRAMA Colar GUANAVENAS

Brincos Elemento Vazado CAIXA Colar e Brinco Painel SUFRAMA Colar BALBINA

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1. LINS, Gisele Bahia. O Etnoconhecimento e a Arquitetura de Severiano Porto. Tese
(Mestrado). Manaus - AM, 2019.
2. NEVES, Leticia de Oliveira. Arquitetura bioclimática e a obra de Severiano Porto:
Estratégias de ventilação Natural. São Carlos, 2006.
3. BRASIL, Jaqueline Matos. A ARQUITETURA DE SEVERIANO MÁRIO PORTO PELO OLHAR DA
DANÇA. Monografia. Manaus, 2018.
4. ABRAHIM, Roger. Poesia na Floresta: a obra de Severiano Porto no Amazonas. Manaus:
Reggo Edições, 2014.
5. MARCONDES, Flavio. et. al. REGISTRO DA MORADIA RIBEIRINHA DO AMAZONAS: A ANALISE
DAS TÉCNICAS CONSTRUTIVAS EM PALAFITAS. Encontro Internacional ARQUIMEMORIA.
Bahia, 2017.
6. CERETO, Marcos Paulo. O moderno regional? Considerações sobre um patrimônio em
extinção. O moderno regional? Considerações sobre um patrimônio em extinção. VI
Seminário DOCOMOMO do Brasil. Manaus, 2005.
7. PINHEIRO CATANHEDE HEIMBECKER, Vládia. Narrativas de paisagem, argumentos de projeto:
centralidade da Amazônia em textos e na prática da Arquitetura e Urbanismo no Brasil,
de 1934 a 1989. Tese de Doutorado. São Carlos, 2019.

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