Geologia Estrutural - Esforço+Deformaçao

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INSTITUTO DE GEOCIÊNCIAS DA UFBA

Departamento de Geologia e Geofísica Aplicada


Disciplina GEO157

GEOLOGIA ESTRUTURAL

ESFORÇOS E DEFORMAÇÕES

Prof. José de Castro Mello

2007 - 01
Geologia Estrutural

É o estudo da arquitetura da Terra, a partir da descrição


das texturas, estruturas, formas e posição espacial de
corpos de rochas deformadas,
e interpretação dos processos que as deformaram. Tal
estudo é feito em todas as escalas, desde a escala global
até a microscópica.

A fonte principal de informações é o afloramento, cujas


feições estruturais devem ser descritas e anotadas do
modo mais fiel e detalhado possível.
INTRODUÇÃO
CONCEITOS FUNDAMENTAIS

•Generalidades e filosofia do curso

•Como reconstituir a história tectônica de uma região?

•Processos globais de formação crustal:


deformação concentrada nos limites de placas

•Regimes tectônicos
O objetivo básico da Geologia Estrutural é

a reconstituição dos processos tectônicos responsáveis pelas


deformações das rochas de determinada região, a partir das
estruturas observadas atualmente (deformação finita). Isto inclui
essencialmente a definição da orientação e intensidade dos
esforços, o nível crustal onde as deformações ocorreram, a
superposição de eventos e suas idades relativas, e o regime
tectônico atuante.

Essas atividades são apoiadas principalmente pela petrologia ígnea


e metamórfica, pela sedimentologia, e pela geocronologia.
PARA A RECONSTITUIÇÃO DOS PROCESSOS TECTÕNICOS,
UTILIZAMOS OS MÉTODOS DE ANÁLISE ESTRUTURAL

· Análise descritiva: reconhecimento e descrição das estruturas,


suas orientações e simetrias

· Análise cinemática: focaliza a interpretação dos movimentos


responsáveis pelas deformações; são, basicamente, movimentos
de translação (mudança de posição), de rotação (mudança de
orientação), de dilatação (mudança de volume), e de distorção
(mudança de forma).Critérios de deformação rotacional.

· Análise dinâmica: interpreta os movimentos deformacionais em


termos das forças (campo de tensões) responsáveis pela
formação e deslocamento das estruturas, e envolve também
estudos de quantificação das deformações.

Todas as análises estruturais baseiam-se essencialmente em


observações de campo
INTRODUÇÃO
CONCEITOS FUNDAMENTAIS

•Generalidades e filosofia do curso

•Como reconstituir a história tectônica de uma região?

•Processos globais de formação crustal:


deformação concentrada nos limites de placas

•Regimes tectônicos: distensional, compressional e transcorrente


PROCESSOS GLOBAIS E REGIMES TECTÔNICOS
Reflexo na geração de estruturas em todas as
escalas
PROCESSOS GLOBAIS E REGIMES TECTÔNICOS
Reflexo na geração de estruturas em todas as escalas
Reflexos de atividades tectônicas atuais: terremotos e vulcanismo
Regime tectônico dominante na parte central do Estado da Bahia
Regime tectônico dominante do Nordeste do Brasil
COMPORTAMENTO MECÂNICO DAS ROCHAS

 As crostas ruptil, ruptil-dúctil e dúctil (nível crustal).

 As rochas que compõem a crosta e o manto superior estão sujeitas


a tensões, expressas em força por unidade de área.

 As tensões principais são provenientes da ação da gravidade (peso


das rochas = litostática) e dos movimentos de placas (tensão
direcional).

 Sob baixas tensões, as rochas são sólidos elásticos, e a


deformação neste caso é reversível; quando ultrapassa o limite de
elasticidade, a deformação se torna irreversível;

 A deformação pode ser homogênea ou heterogênea.


Comportamento mecânico das rochas em função do nível crustal
(variação de T-P)
Comportamento mecânico das rochas em função do nível crustal
(variação de T-P)
Fatores que influenciam na ductilidade das rochas

 Temperatura e pressão = profundidade (nível crustal)

 Composição mineralógica e fábrica (textura e estrutura) das rochas.

 Contraste de competência e espessura das camadas.

 Intensidade e tempo de aplicação dos esforços.

 Presença de fluidos.
Deformações rúptil, rúptil-dúctil e dúctil: influência da
composição mineralógica e fábrica (textura e estrutura)
Ductilidade: influência da presença de fluidos hidrotermais
TIPOS DE DEFORMAÇÃO

Mudança de lugar, orientação, volume e forma


Contraste de competência (viscosidade) entre camadas (ou veios) e a
matrix (ou encaixante): compressão ortogonal
Contraste de competência: compressão paralela às camadas ou veios
Contraste de competência e orientações diversas: encurtamento e
estiramento em função da posição original
Exemplo de estruturas com geometrias diversas geradas sob o mesmo campo de
tensões: função da posição original, da espessura e do contraste de competência
Boudinage em xistos e em apófise granítica. Grupo Macururé, Faixa Sergipana
Boudinage em xistos e em apófise granítica. Grupo Macururé, Faixa Sergipana
Boudinage em xistos e em apófise granítica. Grupo Macururé, Faixa
Sergipana
Toda deformação presente nas rochas é resultado de compressão,
extensão ou cisalhamento
Toda deformação presente nas rochas é resultado de compressão,
extensão ou cisalhamento
ESFORÇO (Stress) e DEFORMAÇÃO (Strain)
Deformação não-rotacional (cisalhamento puro) e rotacional
(cisalhamento simples)
OS ELIPSÓIDES DE TENSÃO (STRESS) E DE DEFORMAÇÃO (STRAIN)

 Elipsóide de tensão: vetores 1, 2 e 3.

 Elipsóide de deformação: eixos X, Y e Z.

 Tipos de elipsóides de deformação: prolato (charuto), oblato


(panqueca) e deformação plana. Tectonitos S, L e SL (Diagrama de
Flinn).

 Orientação dos eixos (vetores) principais de tensão em falhas,


dobras., boudinagem, estilolito.

 Os eixos a, b e c em dobras.
Elipsóide de tensão (stress) = causa
σ1 > σ2 > σ3
Elipsóide de deformação (strain) = efeito
X > Y >Z
Elipsóide de deformação (strain) = efeito
X > Y >Z
Elipsóide de deformação (strain) = efeito
X > Y >Z

r1

X
r2 Y r3
Tipos de elipsóide de deformação - Diagrama de Flinn

Elipsóide prolato: eixo Y > 1


Elipsóide oblato: eixo Y < 1
Deformação plana: eixo Y =1 (não muda)
Tipos de elipsóide de deformação - Diagrama de Flinn
Elipsóide prolato: eixo Y > 1
Elipsóide oblato: eixo Y < 1
Deformação plana: eixo Y =1 (não muda)
Tipos de elipsóide de deformação - Diagrama de Flinn

Elipsóide prolato: eixo Y > 1


Elipsóide oblato: eixo Y < 1
Deformação plana: eixo Y =1 (não muda)
Tipos de elipsóide de deformação - Diagrama de Flinn

Elipsóide oblato: eixo Y < 1

Somente FOLIAÇÕES
Tipos de elipsóide de deformação - Diagrama de Flinn

Elipsóide prolato: eixo Y > 1

Somente LINEAÇÕES
Tipos de elipsóide de deformação - Diagrama de Flinn
Deformação plana: eixo Y =1 (não muda)

FOLIAÇÕES E LINEAÇÕES
Elipsóide de deformação e estruturas geradas por cisalhamento simples (rotacional)

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