SUS Sistema Único de Saúde

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SUS

Sistema nico de
Sade
Em 1953 foi criado o Ministrio da Sade, suas
aes iniciais eram oferecida aos indigentes, (ou
seja, s pessoas que no trabalhavam de carteira
assinada )e eram basicamente de promoo
(Educao em Sade), de preveno de doenas
(ex.:vacinao) e, em poucos casos, prestava
assistncia mdico- hospitalar.
O INAMPS (Instituto Nacional de Assistncia Mdica
da Previdncia Social) foi criado em 1974 pelo
regime militar partindo do antigo INPS (Instituto
Nacional da Previdncia Social)
No incio dos anos 70 ocorre o movimento de
reforma sanitria, pela oposio ao regime militar,
e no fim desse ano a previdncia social entra em
crise;

Em 1986, um ano aps a queda do Regime Militar,


ocorreu a VIII Conferncia Nacional de Sade, e
essa assumi um papel de grande importncia na
cronologia da sade, pois nesse momento surge a
ideia de um Sistema nico de Sade;
Em 1988, nasce o SUS, criado pela Constituio
Federal e posteriormente em 1990 regulamentado
pela Lei Orgnica da Sade 8.080 e pela Lei 8.142,
que deram bases para o funcionamento desse
novo Sistema.

A Constituio Federal coloca apenas 3 diretrizes


(Descentralizao, Atendimento Integral e
participao Comunitria), enquanto que a Lei n
8.080 apresenta 6 diretrizes e princpios;
Constituio Federal
Art. 196. A sade direito de todos e dever do
Estado, garantido mediante polticas sociais e
econmicas que visem reduo do risco de
doena e de outros agravos e ao acesso universal
e igualitrio s aes e servios para sua
promoo, proteo e recuperao.
Dever do estado de garantir as aes e servios de
sade de forma universal e igualitria.
Art. 197. So de relevncia pblica as aes e
servios de sade, cabendo ao Poder Pblico dispor,
nos termos da lei, sobre sua regulamentao,
fiscalizao e controle, devendo sua execuo ser
feita diretamente ou atravs de terceiros e,
tambm, por pessoa fsica ou jurdica de direito
privado.

Cabe ao Estado, atravs dos poderes pblicos, regular,


fiscalizar e controlar as aes e os servios de sade sejam
eles pblicos ou privados (atravs de terceiros), pois ambos
so considerados de relevncia pblica.
Art. 198. As aes e servios pblicos de sade
integram uma rede regionalizada e hierarquizada e
constituem um sistema nico, organizado de
acordo com as seguintes diretrizes:
I - descentralizao, com direo nica em cada esfera de
governo;
II - atendimento integral, com prioridade para as
atividades preventivas,
sem prejuzo dos servios assistenciais;
III - participao da comunidade.
O financiamento do Sistema nico de Sade (SUS)
uma responsabilidade comum dos Municpios, da
Unio, dos Estados e do Distrito Federal;
Art. 199. A assistncia sade livre iniciativa
privada;
1 - As instituies privadas podero participar
de forma complementar do sistema nico de
sade, segundo diretrizes deste, mediante
contrato de direito pblico ou convnio, tendo
preferncia s entidades filantrpicas e as sem
fins lucrativos.
Segundo a Constituio Federal de 1988 (seo
referente sade), a destinao de recursos
pblicos para auxlios s instituies privadas com
fins lucrativos proibida.
Art. 200. Ao sistema nico de sade compete, alm
de outras atribuies, nos
termos da lei:
I - controlar e fiscalizar procedimentos, produtos e
substncias de interesse para
a sade e participar da produo de medicamentos,
equipamentos, imunobiolgicos, hemoderivados e outros
insumos; II - executar as aes de vigilncia sanitria e
epidemiolgica, bem como as de sade do trabalhador;
III - ordenar a formao de recursos humanos na
rea de sade;
V - incrementar em sua rea de atuao o
desenvolvimento cientfico e tecnolgico;

IV - participar da formulao da poltica e da


execuo das aes de saneamento bsico;
VI - fiscalizar e inspecionar alimentos,
compreendido o controle de seu teor nutricional,
bem como bebidas e guas para consumo
humano;

VII - participar do controle e fiscalizao da


produo, transporte, guarda e utilizao de
substncias e produtos psicoativos, txicos e
radioativos;
VIII - colaborar na proteo do meio ambiente,
nele compreendido o do trabalho.
LEI N 8.080 DE 19 de SETEMBRO DE 1990
Art.2 -A sade um direito fundamental do ser
humano, devendo o Estado prover as condies
indispensveis ao seu pleno exerccio.

1 - O dever do Estado de garantir a sade consiste


na reformulao e execuo de Polticas
econmicas e sociais que visem reduo de riscos
de doenas e de outros agravos e no
estabelecimento de condies que assegurem
acesso universal e igualitrio s aes e aos servios
para a sua promoo, proteo e recuperao.

2 - O dever do Estado no exclui o das pessoas, da


famlia, das empresas e da sociedade.
Art. 3 Os nveis de sade expressam a organizao
social e econmica do Pas, tendo a sade como
determinantes e condicionantes, entre outros, a
alimentao, a moradia, o saneamento bsico, o
meio ambiente, o trabalho, a renda, a educao, a
atividade fsica, o transporte, o lazer e o acesso
aos bens e servios essenciais.
Art 4
2- A iniciativa privada poder participar do
Sistema nico de Sade-SUS ,em carter
complementar.

De acordo com a Lei n. 8080/90 so objetivos


do Sistema nico de Sade: identificao e
divulgao dos fatores condicionantes e
determinantes da sade, execuo de aes de
vigilncia sanitria; vigilncia epidemiolgica;
sade do trabalhador; assistncia teraputica
integral, inclusive farmacutica.
Dos Princpios e
Diretrizes
Ideolgicos

I-universalidade de acesso aos servios de sade em


todos os nveis de assistncia;

II-integralidade de assistncia, entendida como um


conjunto articulado e contnuo das
Aes e servios preventivos e curativos, individuais
e coletivos , exigidos para cada caso em todos os
nveis de complexidade do sistema;

III-Equidade, garante que todos tenham iguais


oportunidades de utilizar o sistema pblico de
sade;
Princpios Organizacionais:

I- Descentralizao: A descentralizao tambm


um princpio, porm diz respeito organizao do
sistema e, entendida como uma redistribuio
das responsabilidades s aes e servios de sade
entre os nveis de governo, aquilo que cabe ao
municpio (ateno bsica) ser executado por ele,
porm as aes e servios de mdia e alta
complexidade j no so responsabilidades do
municpio, que descentraliza essas aes para o
estado, o qual o responsvel pela mdia e alta
complexidade;
Regionalizao e a hierarquizao tambm so
princpios organizativos que esto, portanto,
ligados ao funcionamento/organizao do sistema
nico de sade.
A Regionalizao entendida como uma articulao
e mobilizao municipal que leva em considerao
caractersticas geogrficas, fluxo de demanda, perfil
epidemiolgico, oferta de servios e, acima de tudo,
a vontade poltica expressa pelos diversos
municpios de se consorciar ou estabelecer qualquer
outra relao de carter cooperativo, favorecendo
as aes de vigilncia sanitria, epidemiolgica,
alm de outras aes em todos os nveis de
complexidade.
A hierarquizao diz respeito aos nveis de ateno.
O acesso da populao rede se d atravs do nvel
primrio de ateno, que resolve 80% dos problemas
(unidade bsica de sade responsabilidade dos
Municpios), os problemas que no forem resolvidos
neste nvel devero ser referenciados
(descentralizados) para os servios de maior
complexidade. O nvel secundrio (responsabilidade
dos Estados) so os Centros de Especialidades e
resolvem 15% dos problemas de sade e por ultimo
no nvel tercirio esto os hospitais de referncia e
resolvem os 5% restantes dos problemas de sade.

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