1 Resumão - Lei 8080 e 8142
1 Resumão - Lei 8080 e 8142
1 Resumão - Lei 8080 e 8142
Segundo a OMS estado de completo bem-estar fsico, mental e social e no consistindo somente da ausncia de uma doena ou enfermidade. A Sade o mais alto nvel de adequao biolgica e psicolgica conseguido por cada pessoa, em relao a si-mesma e ao ambiente, a cada momento da sua vida. Sade Pblica: a cincia e a arte de promover, proteger e recuperar a sade fsica e mental, atravs de medidas de alcance e de motivao da populao.
LEI N 8.080, as condies para a promoo, proteo e recuperao da sade, a reorganizao e o funcionamento dos servios correspondentes.
Art. 1 - Esta lei regula, em todo o territrio nacional, as aes e servios de sade, executados, isolada ou conjuntamente, em carter permanente ou eventual, por pessoas naturais ou jurdicas de direito pblico ou privado. Art. 2 - A sade um direito fundamental do ser humano, devendo o Estado prover as condies indispensveis ao seu pleno exerccio. 1 O dever do Estado de garantir a sade consiste na reformulao e execuo de polticas econmicas e sociais que visem reduo de riscos de doenas e de outros agravos e no estabelecimento de condies que assegurem acesso universal e igualitrio s aes e aos servios para a sua promoo, proteo e recuperao. Art. 3 - A sade tem como fatores determinantes e condicionantes, entre outros, a alimentao, a moradia, o saneamento bsico, o meio ambiente, o trabalho, a renda, a educao, o transporte, o lazer e o acesso aos bens e servios essenciais; os nveis de sade da populao expressam a organizao social e econmica do Pas.
Do Sistema nico de Sade Art. 4 O conjunto de aes e servios de sade, prestados por rgos e instituies pblicas federais, estaduais e municipais, da administrao direta e indireta e das fundaes mantidas pelo Poder Pblico, constitui o Sistema nico de Sade - SUS. 2 A iniciativa privada poder participar do Sistema nico de Sade - SUS, em carter complementar.
Dos Objetivos e Atribuies Art 5 So objetivos do Sistema nico de Sade-SUS: I a identificao e divulgao dos fatores condicionantes e determinantes da sade; II a formulao de poltica de sade destinada a promover, nos campos econmico e social III a assistncia s pessoas por intermdio de aes de promoo, proteo e recuperao da sade, com a realizao integrada das aes assistncias e das atividades preventivas. Art 6 Esto includas ainda no campo de atuao do Sistema nico de Sade-SUS: I - a execuo de aes: a) de vigilncia sanitria; b) de vigilncia epidemiolgica; c) de sade do trabalhador; e d) de assistncia teraputica integral, inclusive farmacutica; VI - a formulao da poltica de medicamentos, equipamentos, imunobiolgicos e outros insumos de interesse para a sade e a participao na sua produo; VIII - a fiscalizao e a inspeo de alimentos, gua e bebidas, para consumo humano; XI - a formulao e execuo da poltica de sangue e seus derivados.
1 Entende-se por vigilncia sanitria um conjunto de aes capaz de eliminar, diminuir ou prevenir riscos sade e de intervir nos problemas sanitrios decorrentes do meio ambiente, da produo e circulao de bens e da prestao de servios de interesse da sade... 2 Entende-se por vigilncia epidemiolgica um conjunto de aes que proporcionam o conhecimento, a deteco ou preveno de qualquer mudana nos fatores determinantes e condicionantes de sade individual ou coletiva, com a finalidade de recomendar e adotar medidas de preveno e controle das doenas ou agravos. 3 Entende-se por sade do trabalhador, ... , um conjunto de atividades que se destina, atravs das aes de vigilncia epidemiolgica e vigilncia sanitria, promoo e proteo da sade dos trabalhadores, assim como visa recuperao e reabilitao da sade dos trabalhadores submetidos aos riscos e agravos advindos das condies de trabalho...
Dos Princpios e Diretrizes Constituio Federal 1988 Art. 198 - As aes e servios pblicos de sade integram uma rede regionalizada e hierarquizada e constituem um sistema nico, organizado de acordo com as seguintes diretrizes: I - descentralizao, com direo nica em cada esfera de governo; II - atendimento integral, com prioridade para as atividades preventivas, sem prejuzo dos servios assistenciais; III - participao da comunidade
DICRO+H
Art. 7 As aes e servios pblicos de sade E os servios privados contratados ou conveniados que integram o SUS so desenvolvidos de acordo com as diretrizes previstas no artigo 198 da Constituio Federal, obedecendo ainda aos seguintes princpios:
I. Universalidade de acesso aos servios de sade em todos os nveis de assistncia; II. Integralidade de assistncia, entendida como um conjunto articulado e contnuo das aes e servios III. IV. V. VI. VII. VIII. IX. X. XI. XII. XIII.
preventivos e curativos, individuais e coletivos, exigidos para cada caso em todos os nveis de complexidade do sistema; Preservao da autonomia das pessoas na defesa de sua integridade fsica e moral; = Humanizao. Igualdade na assistncia sade, sem preconceitos ou privilgios de qualquer espcie; = equidade. Direito informao, pessoas assistidas, sobre sua sade; = Humanizao. Divulgao de informaes quanto ao potencial dos servios de sade e a sua utilizao pelo usurio; =acessibilidade. Utilizao da epidemiologia para o estabelecimento de prioridades, a alocao de recursos e a orientao programtica; = Responsabilidade. Participao da comunidade; Descentralizao poltico-administrativa, com direo nica em cada esfera de governo. a) nfase na descentralizao dos servios para os municpios; b) regionalizao e hierarquizao da rede de servios de sade; Integrao, em nvel executivo, das aes de sade, meio ambiente e saneamento bsico; Conjugao dos recursos financeiros, tecnolgicos, materiais e humanos da Unio, dos estados, do Distrito Federal e dos municpios, na prestao de servios de assistncia sade da populao; Capacidade de resoluo dos servios em todos os nveis de assistncia; e = Continuidade. Organizao dos servios pblicos de modo a evitar duplicidade de meios para fins idnticos. Resumindo VIRE
PUCHA
Da Organizao, da Direo e da Gesto Art. 8 As aes e servios de sade, executados pelo SUS, seja diretamente ou mediante participao complementar da iniciativa privada, sero organizados de forma regionalizada e hierarquizada em nveis de complexidade crescente. Art. 9 A direo do SUS nica, de acordo com o inciso I do artigo 198 da Constituio Federal, sendo exercida em cada esfera de governo pelos seguintes rgos: I - no mbito da Unio, pelo Ministrio da Sade; II - no mbito dos estados e do Distrito Federal, pela respectiva secretaria de sade ou rgo equivalente; (ou seja - Secretaria Estadual De Sade) III - no mbito dos municpios, pela respectiva secretaria de sade ou rgo equivalente. (ou seja - Secretaria Municipal De Sade) Art. 13 A articulao das polticas e programas, a cargo das comisses intersetoriais, abranger, em especial, as seguintes atividades: I - alimentao e nutrio; II - saneamento e meio ambiente; III - vigilncia sanitria e farmacoepidemiologia; IV - recursos humanos; V - cincia e tecnologia; e VI - sade do trabalhador. Art. 14 Devero ser criadas comisses permanentes de integrao entre os servios de sade e as instituies de ensino profissional e superior. Pargrafo nico - Cada uma dessas comisses ter por finalidade propor prioridades, mtodos e estratgias para a formao e educao continuada dos recursos humanos do SUS, na esfera correspondente, assim como em relao pesquisa e cooperao tcnica entre essas instituies. Das Atribuies Comuns Art. 15 A Unio, os estados, o Distrito Federal e os municpios exercero, em seu mbito administrativo, as seguintes atribuies: I - definio das instncias e mecanismos de controle, avaliao e fiscalizao das aes e servios de sade; II - administrao dos recursos oramentrios e financeiros destinados, em cada ano, sade; IV - organizao e coordenao do sistema de informao em sade; XIII - para atendimento de necessidades coletivas, urgentes e transitrias, decorrentes de situaes de perigo iminente, de calamidade pblica ou de irrupo de epidemias, a autoridade competente da esfera administrativa correspondente poder requisitar bens e servios, tanto de pessoas naturais como de jurdicas, sendo-lhes assegurada justa indenizao; XIV - implementar o Sistema Nacional de Sangue, Componentes e Derivados; XV - propor a celebrao de convnios, acordo e protocolos internacionais relativos a sade, saneamento e meio ambiente; XVI - elaborar normas tcnico-cientficas de promoo, proteo e recuperao da sade; XXI - fomentar, coordenar e executar programas e projetos estratgicos e de atendimento emergencial. Da Competncia
Art. 16 direo nacional do SUS compete: a UNIO I - formular, avaliar e apoiar polticas de alimentao e nutrio; III - definir e coordenar os sistemas: a) de redes integradas de assistncia de alta complexidade; b) de rede de laboratrios de sade pblica; c) de vigilncia epidemiolgica; e d) de vigilncia sanitria; VII - estabelecer normas e executar e vigilncia sanitria de portos, aeroportos e fronteiras podendo a execuo ser complementada pelos estados, Distrito Federal e municpios; VIII - estabelecer critrios, parmetros e mtodos para o controle da qualidade sanitria de produtos, substncias e servios de consumo e uso humano; XI - identificar os servios estaduais e municipais de referncia nacional para o estabelecimento de padres tcnicos de assistncia sade; XIII - prestar cooperao tcnica e financeira aos estados, ao Distrito Federal e aos municpios para o aperfeioamento da sua atuao institucional; XIV - elaborar normas para regular as relaes entre o SUS e os servios privados contratados de assistncia sade; XV - promover a descentralizao, para as unidades federadas e para os municpios, dos servios e aes de sade, respectivamente, de abrangncia estadual e municipal;
Pargrafo nico - A Unio poder executar aes de vigilncia epidemiolgica e sanitria em circunstncias especiais, como na ocorrncia de agravos inusitados sade, que possam escapar do controle da direo estadual do SUS ou que representem risco de disseminao nacional.
Art. 17 direo estadual do SUS, compete: I - promover a descentralizao, para os municpios, dos servios e das aes de sade; IV - coordenar e, em carter complementar, executar aes e servios: a) de vigilncia epidemiolgica; b) de vigilncia sanitria; c) de alimentao e nutrio; e d) de sade do trabalhador; IX identificar estabelecimentos hospitalares de referncia e gerir sistemas pblicos de alta complexidade, de referncia estadual e regional; X - coordenar a rede estadual de laboratrios de sade pblica e hemocentros e gerir as unidades que permaneam em sua organizao administrativa; XI - estabelecer normas, em carter suplementar, de procedimentos de controle de qualidade para produtos e substncias de consumo humano; XIV - acompanhar, avaliar e divulgar os indicadores de morbilidade e mortalidade no mbito da unidade federada. Art. 18 direo municipal do SUS, compete: II - participar do planejamento, programao e organizao da rede regionalizada e hierarquizada do SUS, em articulao com sua direo estadual; IV - executar servios: a) de vigilncia epidemiolgica; b) de vigilncia sanitria; c) de alimentao e nutrio; d) de saneamento bsico; e e) de sade do trabalhador; VII - formar consrcios administrativos intermunicipais; VIII - gerir laboratrios pblicos de sade e hemocentros; IX - colaborar com a Unio e com os estados na execuo da vigilncia sanitria de portos, aeroportos e fronteiras; X - observado o disposto no artigo 26 desta lei, celebrar contratos e convnios com entidades prestadoras de servios privados de sade, bem como controlar e avaliar sua execuo; Art. 19 Ao Distrito Federal compete as atribuies reservadas aos estados e aos municpios.
Do Funcionamento Art. 21 A assistncia sade livre iniciativa privada. Art. 22 Na prestao de servios privados de assistncia sade, sero observados os princpios ticos e as normas expedidas pelo rgo de direo do SUS quanto s condies para seu funcionamento. Art. 23 vedada a participao direta ou indireta de empresas ou de capitais estrangeiros na assistncia sade, salvo atravs de doaes de
organismos internacionais vinculados Organizao das Naes Unidas, de entidades de cooperao tcnica e de financiamento e emprstimos. 2 Executam-se do disposto neste artigo os servios de sade mantidos, sem finalidade lucrativa, por empresas, para atendimento de seus empregados e dependentes, sem qualquer nus para a Seguridade Social.
Da Participao Complementar Art. 24 Quando as suas disponibilidades forem insuficientes para garantir a cobertura assistncial populao de uma determinada rea, o SUS poder recorrer aos servios ofertados pela iniciativa privada. Pargrafo nico - A participao complementar dos servios privados ser formalizada mediante contrato ou convnio, observadas, a respeito, as normas de direito pblico. Art. 25 Na hiptese do artigo anterior, as entidades filantrpicas e as sem fins lucrativos tero preferncia para participar do SUS. 2 Os servios contratados submeter-se-o s normas tcnicas e administrativas e aos princpios e diretrizes do SUS, mantido o equilbrio econmico e financeiro do contrato. 4 Aos proprietrios, administradores e dirigentes de entidades ou servios contratados vedado exercer cargo de chefia ou funo de confiana no SUS. Da Gesto Financeira Art. 33 Os recursos financeiros do SUS sero depositados em conta especial, em cada esfera de sua atuao, e movimentos sob fiscalizao dos respectivos conselhos de sade. 1 Na esfera federal, os recursos financeiros, originrios do oramento da Seguridade Social, de outros oramentos da Unio, alm de outras fontes, sero administrados pelo Ministrio da Sade, atravs do Fundo Nacional de Sade. Art. 35 Para o estabelecimento de valores a serem transferidos a estados, Distrito Federal e municpios, ser utilizada a combinao dos seguintes critrios, segundo anlise tcnica de programas e projetos: I - perfil demogrfico da regio; II - perfil epidemiolgico da populao a ser coberta; III - caractersticas quantitativas e qualitativas da rede de sade na rea; IV - desempenho tcnico, econmico e financeiro no perodo anterior; V - nveis de participao do setor sade nos oramentos estaduais e municipais; VI - previso do plano qinqenal de investimentos da rede; VII - ressarcimento do atendimento a servios prestados para outras esferas de governo. Art. 39 8 O acesso aos servios de informtica e bases de dados, mantidos pelo Ministrio da Sade e pelo Ministrio do Trabalho e Previdncia Social, ser assegurado s secretarias estaduais e municipais de sade ou rgos congneres, como suporte ao processo de gesto, de forma a permitir a gerncia informatizada das contas e a disseminao de estatsticas sanitrias e epidemiolgicas mdico-hospitalares. Art. 43 A gratuidade das aes e servios de sade fica preservada nos servios pblicos e privados contratados, ressaltando-se as clusulas dos contratos ou convnios estabelecidos com as entidades privadas. Art. 45 Os servios de sade dos hospitais universitrios e de ensino integram-se ao SUS, mediante convnio, preservada a sua autonomia administrativa, em relao ao patrimnio, aos recursos humanos financeiros, ensino, pesquisa e extenso, nos limites conferidos pelas instituies a que estejam vinculados. 2 Em tempo de paz e havendo interesse recproco, os servios de sade das Foras Armadas podero integrar-se ao SUS, conforme se dispuser em convnio que, para esse fim, for firmado. Art. 47 O Ministrio da Sade, em articulao com os nveis estaduais e municipais do SUS organizar, no prazo de 2(dois) anos, um sistema nacional de informaes em sade, integrado em todo o territrio nacional, abrangendo questes epidemiolgicas e de prestao de servios.
J ta criado DATASUS.
LEI N 8.142/90, da participao da comunidade na gesto do Sistema nico de Sade (SUS} esobre
as transferncias intergovernamentais de recursos financeiros na rea da sade Art. 1 O Sistema nico de Sade (SUS), de que trata a Lei n 8.080, de 19 de setembro de 1990, contar, em cada esfera de governo (Estados MUNICPIOS e DF), sem prejuzo das funes do Poder Legislativo, com as seguintes instncias colegiadas: I - a Conferncia de Sade; e II - o Conselho de Sade. 1 A Conferncia de Sade reunir-se- a cada quatro anos com a representao dos vrios segmentos sociais, para avaliar a situao de sade e propor as diretrizes para a formulao da poltica de sade nos nveis correspondentes, convocada pelo Poder Executivo ou, extraordinariamente, por esta ou pelo Conselho de Sade. 2 O Conselho de Sade, em carter permanente e deliberativo, rgo colegiado composto por representantes do governo, prestadores de servio, profissionais de sade e usurios, atua na formulao de estratgias e no controle da execuo da poltica de sade na instncia correspondente, inclusive nos aspectos econmicos e financeiros, cujas decises sero homologadas pelo chefe do poder (pode ser o governador no estado, o prefeito no municpio e DF e Presidente para o BR) legalmente constitudo em cada esfera do governo. Com base no art. 2 que fala sobre: Os recursos do Fundo Nacional de Sade - FNS sero alocados como, cobertura das aes e servios de sade a serem implementados pelos Municpios,Estados e Distrito Federal (inciso IV, art. 2). Art. 3 2 Os recursos referidos neste artigo sero destinados, pelo menos setenta por cento, aos Municpios, afetando-se o restante aos Estados. Art. 4 Para receberem os recursos, de que trata o art. 3 desta lei, os Municpios, os Estados e o Distrito Federal devero contar com: I - Fundo de Sade; II - Conselho de Sade... III - plano de sade; IV - relatrios de gesto... V - contrapartida de recursos para a sade no respectivo oramento; VI - Comisso de elaborao do Plano de Carreira, Cargos e Salrios - PCCS, previsto o prazo de dois anos para sua implantao. Pargrafo nico. O no atendimento pelos Municpios, ou pelos Estados, ou pelo Distrito Federal, dos requisitos estabelecidos neste artigo, implicar em que os recursos concernentes sejam administrados, respectivamente, pelos Estados ou pela Unio.