Cárie Dentária
Cárie Dentária
Cárie Dentária
https://www.youtube.com/watch?feature=pl
ayer_embedded&v=0tvPGFg7u0g
O que é a Cárie Dentária?
• É uma doença infecciosa causada por bactérias.
Cavidade
causada por
cárie num
incisivo
Evolução da cárie dentária
• Tecidual
– Cárie do esmalte
– Cárie da dentina
– Cárie da raiz
• Aparecimento
– Cárie primária
– Cárie secundária ou
recidivante
• Clínica
– Aguda
– Crónica
Desenvolvimento da cárie
Está relacionado com o tipo de placa
bacteriana dentária:
• Superfícies CORONÁRIAS
– Placa supragengival
– Relevo da coroa
– Fissuras
• Superfícies RADICULARES
– Placa subgengival
Superfícies dentárias:
V- Vestibular
D- Distal
M- Mesial
L- Lingual
O número, tipo e grau de envolvimento
dentário é variável
Prevalência
• A cárie dentária existe em todo o mundo; a prevalência
e gravidade variam nas diferentes populações;
• O modo e o nº de dentes afectados é também variável;
• Nos grupos com cárie reduzida, a cárie de fissura é a
forma mais comum;
• A relação entre o consumo de açúcar, a facilidade de
compra, e a sua generalização determina a
prevalência e a intensidade desta infecção.
Quantificação dos dados sobre a cárie
• PREVALÊNCIA INDIVIDUAL
Contagem do número de indivíduos numa
população com cáries e sem ela.
– Microflora
– Hospedeiro
Conceito bacteriológico de Cárie
• As investigações sobre a natureza da cárie dentária,
seguiram duas linhas mestras:
– A origem genética
– A origem infecciosa
• Em experiências com hamsters com dieta rica em sacarose
concluiu-se que a cárie dentária era uma doença
bacteriana transmissível e não de natureza genética.
• Experiências em ratos gnotobióticos (nascidos e criados em
meio ambiente microbiológico controlado e conhecido) em
que é possível o controlo da placa bacteriana
demonstraram que:
– A dieta com sacarose só produz cárie em ratos infectados com
microrganismos capazes de fermentar os carbohidratos.
Microbiologia da cárie do esmalte dentário
• O esmalte dentário é o único tecido duro do nosso organismo que é mineralizado a 95%
o que implica que tem um conteúdo proteico mínimo (essencialmente constituido por
enamelina, amelogenina e queratina). Não possui células e não se pode autoreparar mas
é permeável à água e pequenas moléculas e está sempre em equilíbrio químico com o
meio ambiente oral.
• As bactérias acidogénicas da placa produzem ácidos variados (exs. ac. láctico, succínico,
fórmico e acético) por fermentação destes açúcares o que origina uma diminuição do pH
de 7.0 para <5.0 o que por sua vez determina o início da desmineralização do esmalte
(solubilização).
• Ratos com flora sem S. mutans e dieta rica em sacarose têm níveis
muito baixos de cárie das fissuras e não têm cárie de superfície.
• S. sanguinis
• Distinguem-se dos outros estreptococos orais porque são incapazes de fermentar o manitol
ou sorbitol e na sua apetência para produzir amónia e CO2 a partir da arginina.
• A maior parte das estirpes isoladas produzem glucanos extracelulares a partir da glucose.
• Conseguem aderir à película de esmalte e são provavelmente os primeiros
recolonizadores da superfície dentária limpa durante a iniciação da placa dentária.
– S. salivarius
• Ocorre regularmente na boca humana independentemente da idade.
• O seu habitat é na superfície da língua e é frequentemente a bactéria predominante na
saliva.
– S. mitis e S. oralis
• São normalmente considerados comensais da cavidade oral humana mas em determinadas
circunstâncias podem também ter acção patogénica.
• Estão associados a endocardite bacteriana, especialmente em doentes com válvulas
cardíacas e são frequentemente causadores de infeções em doentes
imunocomprometidos, particularmente após transplante de tecidos e em doentes com
cancros neutropénicos.
• Estas bactérias toleram bem os pHs baixos que surgem na cavidade oral como consequência
de ingestão frequente de açúcar e baixa secreção salivar (associada por ex. diabetes e a
tratamento de tumores) e podem multiplicar-se e alterar a composição do biofilme para um que
produza ainda mais ácidos, o que altera o equilíbrio ao nível da mineralização desmineralização
dos dentes e ao fim de algum tempo induz o aparecimento de cárie.
Características do género Lactobacillus
Lactobacillus oris
• Isolado da saliva, sem papel patogénico.
Lactobacillus salivarius
• Isolado da saliva, sem papel patogénico.
Lactobacillus plantarum
• Isolado de abcessos.
Lactobacilos e cárie humana
• Os lactobacilos podem ser detectados em biofilmes dentários ao nível dos pontos brancos.
• Não estão envolvidos na génese da placa devido à sua incapacidade para aderirem à
superfície do esmalte sem a presença de outras bactérias.
• No entanto, após a formação da cárie inicial pelos S. mutans, e à medida que o pH baixa, o
número de lactobacilos aumenta muito em detrimento do número de S. mutans que diminui
acentuadamente.
A. viscosus
• É um patogénio primário em lesões de actinomicose abdominal e cervicofacial;
• Causa doença periodontal e cárie dentária em modelos animais e pode causar
cáries de superfície da raíz do dente em humanos
A. odontolyticus
• Coloniza a placa dentária principalmente em lesões de cárie profundas.
A. myeri
• Principal habitat é o sulco gengival;
• Também tem sido isolado de abcessos;
A. israelii
• É o principal agente da actinomicose humana.
Actinomicose humana
• A actinomicose geralmente é causada pela
bactéria Actinomyces israelii. Outras bactérias que
contribuem para esta infecção são Actinomyces odontolyticus,
Actinomyces viscosus e Actinomyces naeslundii.
– gengivite
– perda do osso alveolar
–cárie da raíz
Lactobacilos
– Sacarina, aspartame
• Ao nível do esmalte
– Inibe a dissolução mineral do esmalte;
– Promove a remineralização;
Coloração Gram de
bactérias nos molares dos
indivíduos portadores da
mutação rs2232387.
O roxo indica bactérias
gram positivas nos orifícios
presentes no esmalte. E,
esmalte; D, dentina