7.fisiologia Do Intestino Grosso

Fazer download em ppt, pdf ou txt
Fazer download em ppt, pdf ou txt
Você está na página 1de 68

FISIOLOGIA DO INTESTINO GROSSO

Prof. Pricilla Pelagatti

INTESTINO GROSSOFUNES
Meio de transporte de alimentos, gases e produtos do metabolismo celular Meio de ocorrncia dos processos metablicos Lubrifica as articulaes e membranas serosas Participa do processo digestivo Regula a temperatura do corpo

CARACTERSTICAS
RECEBE O CONTEDO INTESTINAL GASTRNA. 400 500 ML DE GUA FIBRA, CELULOSE, BACTRIAS, MUCO E CLULAS. PASSAGEM PERIDICA DO LEO PARA O CECO, GUARDANDO RELAO COM A INGESTO: MPETO PERISTALTICO ONDA RPIDA DO PILORO AO CLON SINCRONISMO ENTRE O ESVAZIAMENTO GSTRICO E ILEAL: REFLEXO GASTRO-ILIAL, MEDIADO PELA GASTRINA.

CARACTERSTICAS
GASTRINA RELAXA A VALVULA LEO SECAL PASSAGEM DO CONTEDO INTESTINAL DO LEO PARA O CECO. A VALVULA LEO SECAL IMPEDE O RETORNO DO CONTEDO PARA O LEO CAPACIDADE DE RESISTIR A ALTAS PRESSES RETROGRADAS

TRNSITO
4 HORAS TEMPO MDIO PARA QUE ALIMENTOS NO DIGERIDOS ALCANCE O CECO. 9 HORAS TEMPO MDIO PARA QUE ALIMENTOS NO DIGERIDOS ALCANCE O GULO HEPTICO 12HORAS TEMPO MDIO PARA QUE ALIMENTOS NO DIGERIDOS ALCANCE O COLON DESCENDENTE 18 HORAS TEMPO MDIO QUE O CONTEDO INTESTINAL LEVA PARA ALCANAR, J COMO FEZES, O CLON SIGMOIDE. 72 HORAS TEMPO MDIO QUE UMA REFEIO LEVA PARA ALCANAR O RETO

FORMAO DAS FEZES


SO ESTRUTURADAS NO INTESTINO GROSSO PROXIMAL APS A ABSORO DA GUA, FORMA-SE UMA MASSA SLIDA OU SEMI- SLIDA COM CONTEDO HDRICO DE MAIS OU MENOS 180 ML VOLUME FECAL HBITOS ALIMENTARES DIETA OCIDENTAL VOLUME FECAL ESTIMADO DE 80 A 200G CONTEDO DE GUA NAS FEZES 60 A 80% PEQUENO CONTEDO DE NUTRIENTES NO ABSORVIDOS/ DIGERIDOS CONTEDO DE BACTRIAS 35 A 40% RESDUOS DE SECREES DIGESTIVAS, LEOCCITOS, CELULAS EPITELIAIS DESCAMATIVAS, MUCO, FIBRAS VEGETAIS

INTESTINO GROSSO PROXIMAL


CECO E CLON ASCENDENTE CONTEDO INTESTINAL FEZES MUCOSA TEM CARACTERISTICAS SEMELHANTES AS VILOSIDADES ABOSRO DE Na E GUA 200/300ML/DIA SECREO DE Cl e K ACRESCIMO DA FLORA BACTERIANA, CLULAS DESCAMATIVAS E MUCO FUNO PRINCIPAL = FORMAO DAS FEZES

INTESTINO GROSSO DISTAL


PROPRIEDADES CAPACITNCIA CLON DESCENDENTE E SIGMIDE - PRESSO SE TRASNFORMA EM VOLUME PERMITE O ARMAZENAMENTO DE CONTEDO FECAL ELASTNCIA RETO - VOLUME SE TRASNFORMA EM PRESSO

INTESTINO GROSSO MOTILIDADE


HAUSTRAES PRINCIAL MOVIMENTO DO INTESTINO - CONTRAES MUSCULARES LENTAS E FRACAS DE ALTA AMPLITUDE - CONTRAO SINCRNICA DA MUSCULATURA CIRCULAR E LONGITUDINAL - DETERMINA O ASPECTO TPICO DO INTESTINO GROSSO: AMPOLAS OU BOLSAS - OBJETIVO: MISTURA DO CONTEDOE ABSORO DE ELETRLITOS E GUA

INTESTINO GROSSO MOTILIDADE


Movimento em massa ocorrem no intestino grosso proximal 3 4 X ao dia. Contraes propulsivas de alta amplitude Durao Superior a 10 minutos Acontecem geralmente ps-alimentao Reflexo Duodeno Colnico Esvaziamento do leo Determinam a passagem das fezes rapidamente pelo clon transverso para o clon descendente

FISIOLOGIA DOS GASES INTESTINAIS


Manifestaes do acmulo:
Eructaes arroto

Flatulncia

GASES INTESTINAIS ORIGEM


Deglutio Aerofagia
Produo Intraluminar Difuso a partir do sangue

GASES INTESTINAIS
Nitrognio
Dixido de carbono

Hidrognio
Oxignio Metano

GASES INTESTINAIS E DIETA


Frutas e vegetais oligossacardeos no digeridos substrato para fermentao bacteriana
Alimentos Flatulentos: Cebola, alho, repolho, couve-flor Outras condies: Fumar, beber, mascar chiclete

PATOLOGIAS DO INTESTINO GROSSO

RETOCOLITE ULCERATIVA
Doena Inflamatria Crnica Etiologia Desconhecida Envolvimento Preferencial da Mucosa do reto e clon esquerdo, eventualmente em todo o clon. Surtos de Remisso e exacerbao Aparecimento e durao imprevisveis Diarria snguinolenta com tenesmo e urgncia retal.

Etiopatogenia da DII
Resposta imunolgica anormal da Mucosa Fatores genticos Fatores ambientais

Manifestaes extraintestinais
Artrite ou artralgia 10 - 12% Pele e mucosa oral 4 - 20% Manifestaes oculares 1 -10% Envolvimento Heptico 15-50%

Avaliao diagnstica
Histria Clinica
Estudo Radiolgico Colonoscopia Anatomo-patolgico

Tratamento
5-ASA tpico Corticide tpico fase aguda Sulfassalazina oral Aps a resoluo da fase aguda uso de: Predinizona Oral

Tratamento
Indicao de cirurgia Hemorragia intensa Perfurao Carcinoma diagnosticado ou suspeita forte Colite grave no responsiva terapia mdica Sintomas persistentes. Intolerveis efeitos colaterais dos corticides Opes cirrgicas Colectomia total, fechamento do reto e ileostomia terminal Proctocolectomia com confeco de bolsa ileal

SINDROME DO INTESTINO IRRITVEL

Definio
Um grupo de distrbios intestinais funcionais nos quais o desconforto abdominal ou a dor ento associados alterao no hbito intestinal e aos distrbios de defecao Ausncia de distrbios orgnicos

Epidemiologia
Relao H:M 2:1 Acometimento em todas as faixas etrias, preferencialmente adulto-jovens Mdia de idade: 40 anos Prevalncia 3 a 22% Reduo da atividade laborativa Influncia na qualidade de vida

Fisiopatologia
Resposta motora intestinal exarcebada Ingesto de alimentos Tenso psicolgica Distenso intra-lumial com balo Disfuno do SNA Disfuno Vagal Obstipao Disfuno simptica - Diarria

Fatores Psicossociais
Relao entre manifestaes clnicas e eventos psicossociais Experincias iniciais na vida Comportamento do paciente Histria de abuso fsico sexual Relao com sintomas psiquitricos

Histria Natural da SII


Episdios de agudizao e remisso Divrcio, estresse, perda de emprego Outros Fatores Durao por mais de 5 anos, especialmente em mulheres Predominncia de dor abdominal Cirurgia abdominal prvia Histria de abuso sexual

Quadro clnico
Dor e/ou desconforto absdominal, contnua ou recorrente com, pelo menos, 12 semanas de evoluo, que no necessitam ser consecutivos, nos ultimos 12 meses, e que apresentam, no mnimo, duas das trs caractersticas abaixo:
I. Alvio com evacuao e/ou II. associao com alteraes da frequncia das evolues e/ou III. associao com alteraes de forma (aparncia) das fezes.

Quadro clnico
Sintomas que do suporte ao diagnstico da SII 1. Menos de 3 evacuaes por semana; 2. Mais de 3 evacuaes por semana; 3. Fezes duras ou fragmentadas; 4. Fezes lquidas ou pastosas; 5. Esforo excessivo durante a evacuao; 6. Urgncia (necessidade urgente em defecar); 7. Sensao de evacuao incompleta; 8. Mucorria; 9. Sensao de plenitude, distenso ou inchao abdominal com predomnio de diarria Qualquer dos itens ou combinao dos itens 2, 4, 6 e nenhum dos itens 1, 3 e 5. Com predomnio de constipao Qualquer dos itens ou combinao dos itens 1, 2 e 5 e nenhum dos itens 2, 4 e 6.

Fatores alimentares Lactose, cafena, lcool, Gorduras etc.

Infeces/ Parasitoses Bacteriana, Giardase Amebise, estrongiloidase

Doenas inflamatrias Colite Ulcerativa Doena de Crohn Colite microscpica

DIAGNSTICO DIFERENCIAL

M-absoro Ps-gastrectomia Intestinal Pancreatgena

Distrbios psicolgicos Ansiedade/ pnico Depresso Somatizao

Outros Endometriose Tumores endcrinos AIDS

Abordagem clnica
Abordagem teraputica Aconselhamento diettico e de uso de fibras Exacerbadores: Lactose, sorbitol, lcool, cafena, gorduras, bebidas gasosas Uso de fibras Avaliao Individual

Uso estratgico de drogas


Dor e distenso abdominal I. Antiespasmdicos II. Reduzem a motilidade de clon sigmide em resposta a estmulos gordurosos III. Ao seletiva na musculatura lisa do TGI IV. Alterao na frequncia das evacuaes V. Constipao Fibras: 20 a 30g/dia Uso de laxantes osmticos

Uso estratgico de Drogas


Diarria Drogas que retardam o trnsito intestinal Aumento na absoro de gua e ons Melhora na frequncia e consistncia das fezes e na urgncia fecal Fortalecimento no tnus do esfincter anal Alteraes psicolgicas Antidepressivos Terapia psicolgicas Cuidados continuados

Constipao
Transtornos na eliminao das fezes, concretizando como diminuio no nmero de evacuaes ou dificuldade no ato de evacuao. Ritmo intestinal prprio para cada indivduo

Etiopatogenia
Constipao primria (Funcional) Perda do reflexo da evacuao Dieta Constipao secundria Causas metablicas Diabetes, Uremia, Hipocalemia Causas endcrinas Hipotireodismo, Gravidez Causas neurolgicas Doena de parkinson, distrbios cerebrovasculares, doena de chagas, doena de Hirshsprung ( Megaclon congnito)

Etiopatogenia
Causas gastroenterolgicas Volvos, duena diverticular, SII, Tumores, Retocele, Estenose Causas Medicamentosas Analgsicos, anti-depressivos, anticidos, antiparkinsonianos, anticonvulssivantes, bloqueadores de canais de clcio, diurticos.

Diagnstico
Anamnese Habitos alimentares Ritmo de vida Pratica de exerccios Uso de medicamentos Fatores emocionais Tempo de evoluo Sintomas associados Exame fsico sistemtico/ toque retal Parasitolgico de fezes Avaliao neurolgica Avaliao endoscpica

Tratamento
Constipao primria Dieta rica em fibras Aumento da ingesta hdrica Obedincia ao reflexo gastroclico Exerccio fsico Medicaes Constipao secundria Tratar a doena de base

Complicaes
Fecaloma Massa de fezes grande, dura e imvel, que se localiza em geral no reto e sigmide. No pode ser eliminada atravs do esforo da evacuao. Resulta da evacuao incompleta, por longo perodo de tempo Pode causar obstruo total ou parcial do intestino.

Tratamento
Fecaloma Manipulao digital: Fragmentao das fezes. Enemas: Soro + glicerina Interveno retossigmoidoscpica Cirurgia

Doena Diverticular

Definio
Herniaes da mucosa atravs das camadas musculares do clon aumenta com a idade.
Frequncia 40 anos 5 a 10% 60 anos 30% 80 anos 2/3 dos idosos

Fisiopatologia
Teoria da pulso Presso intralumial no sigmide Debilidade na parede colnica

Diagnstico
Quadro clnico Dor abdominal Alteraes no hbito intestinal Massa abdominal palpvel Febre Sangramento digestivo Complicaes urinrias

Complicaes
Diverticulite Abcesso periclico Peritonite Sangramento Fstulas Obstruo

Diagnstico
Enema opaco Ultrassonografia Tomografia computadorizada Colonoscopia DIAGNSTICO DIFERENCIAL Cncer Apendicite aguda Doena inflamatria intestinal Colecistite aguda

Tratamento
Clnico Orientao diettica Sintomatologia
Cirrgico Ausncia de resposta ai tratamento clnico Episdios recorrentes de diverticulite Complicaes

HEMORRIDAS

DEFINIO
Dilatao das veias dos plexos hemorroidrios Plexos hemorroidrios: protetor das paredes anais contra traumatismos das evacuaes Comum na populao: 25 40 anos Mais prevalente no indivduos do sexo masculino.

Classificao
Internas

Externas

Mistas

Etiopatogenia
Inflamao glndulas anais vasos dilatados trombose Enfraquecimento tecidos plexos venosos-Desligamento, prolapso e ingurgitamento destes plexos
Constipao intestinal

DIAGNSTICO
Exame proctolgico
Queixas clnicas: Sangramento, dor, prolapso, desconforto e prurido anal.

TRATAMENTO
Correo de hbitos intestinal Dieta rica em fibra Pomadas e cremes: anestsicos e corticides Higiene local por defecao: IRRIGAO Escleroterapia, ligadura elstica, crioterapia CIRURGIA

DIETOTERAPIA

Avaliao nutricional
Perda de peso Mascarada por uso de corticides Hipoalbuminemia
Anemia Deficincia de vitaminas e minerais

Objetivos nutricionais
Promover adequado estado nutricional

Favorecer melhoria da sintomatologia

Conduta
Doena catablica Doena inflamatria Doena anorexgena Drogas com efeito colaterais

PERDA PONDERAL X DC

Conduta
ENERGIA Patologia crnica gasto energtico basal Doena inflamatria catabolismo Tentativa de manuteno dos tecidos lesados Intervenes cirrgicas Clculo das necessidades calricas (HB, FE= 1,75) 40 kcal/kgP

Conduta
CARBOIDRATOS Suficiente para atender VET Hipercalrico (Tipo CH Diarria/ M absoro)
CH Simples: osmolaridade Evitar a fase ativa Fracionamento aumentado CHO Complexoa

Conduta
PROTENA Dieta hiperproteica (1,0 a 1,5 g/kgPideal/dia 2,0g/kg Peso Ideal Desnutridos Restaurao tecidos Controle de inflamao resposta imune

Conduta
LIPDIOS M absoro de gorduras Quantidade: 20 a 25% VET/ Normohipolipdica Esteratorria: < 40g TCM

Conduta
VITAMINAS E MINERAIS Restrio de fibras carncia Vitaminas e minerais Vitamina C Cicatrizao M absoro lipdios vitaminas lipossolveis Folato Sulfassalazina 25% (adminstrao 15mg/dia). Calcio corticides, deficincia Vitamina D Ferro perdas sanguneas Sdio corticides/ edema

Conduta
FIBRAS Peristaltismo Tempo trnsito intestinal Fibras solveis Remisso: Fibras insolveis gradativamente

Conduta
Temperatura Quente: esvaziamento gstrico Volume: Diminuindo: tempo trnsito intestinal Fracionamento Aumentado: tempo trnsito intestinal Consistncia Slidos: tempo trnsito intestinal

SII/ DOENA DIVERTICULAR


Ingesto de nutrientes para proporcionar adequado estado nutricional Melhorar sintomatologia Alto teor de fibras: 20 30 g/dia; Aumento volume das fezes, alivia presso e melhora motilidade Laxantes/antidiarricos podem ser necessrios Suplementos de fibras, se necessrio Adequada ingesto hdrica Evitar: Cafena, bebidas alcolicas Evitar alimentos flatulentos

DIVERTICULITE
Suspender dieta Via Oral

Constipao/ Hemorrida
Evitar alimentos processados Aumentar teor de fibras dietticas Aumentar ingesto hdrica Reeducao nutricional Exerccios fsicos Regularidade ao defecar

Você também pode gostar