1 - Direito e Justiça
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Definies e elementos Direito positivo Direito objetivo Direito subjetivo Direito natural Direitos humanos Direito e moral
A palavra "direito" vem do latim directum, que corresponde ideia de regra, direo, sem desvio. No Ocidente, em alemo recht, em italiano diritto, em francs droit, em espanhol derecho, tem o mesmo sentido. Os romanos denominavam-no de jus, diverso de justitia, que corresponde ao nosso sentido de justia, ou seja, qualidade do direito.
De modo muito amplo, pode-se dizer que a palavra "direito" tem trs sentidos: 1, regra de conduta obrigatria (direito objetivo); 2, sistema de conhecimentos jurdicos (cincia do direito); 3, faculdade ou poderes que tem ou pode ter uma pessoa, ou seja, o que pode uma pessoa exigir de outra (direito subjetivo).
Segundo Ulpiano, existem tres princpios bsicos para se viver segundo o direito: nemini laedere honeste vivere suum cuique tribuere *note-se que estas regras apesar do tempo continuam atualissimas. *o princpio de dar a cada um o que seu ou o que lhe devido constitui o ideal supremo da justia.
Generalidade.
Coercibilidade.
JUSTIA.
Derivado de justitia, de justus, quer o vocbulo exprimir, na linguagem jurdica, o que se faz conforme o Direito ou segundo as regras prescritas em lei. , assim, a pratica do justo ou a razo de ser do prprio Direito, pois que por ela se reconhece a legitimidade dos direitos e se estabelece o imprio da prpria lei.
Os romanos consideravam-na em grau to elevado que Ulpiano, argindo-a de virtude a definia como "constans et perpetua voluntas jus suum cuique tribuere" (Vontade constante e perptua de dar a cada um o que seu) , E como virtude, que nos faz dar a Deus a aos homens o que lhes devido, assinalase no conceito de CICERO, "a impulso firme e consciente para o bem, em oposio a libido e cupiditas).
Entre os povos organizados, a justia o prprio fundamento dos poderes pblicos, que se instituem por delegao de soberania popular. Bem por isso firma-se o lema pela linguagem de ClCERO: ubi non est justitia, ibi non potest est jus. que a justia o prprio Direito realizado
Justia.
Em sentido restrito, o vocbulo empregado na equvalncia de organizao judiciria. Indica assim o aparelhamento poltcojurdico destinado aplicao do Direito aos casos concretos, a fim de fazer a justia, Nestes casos ento toma a justia as denominaes prprias s suas finalidades: justia civil, justia criminal, justia militar, etc.
MORAL
Os egpcios, os babilnios, os chineses e os prprios gregos no distinguem o direito da moral e da religio. Para eles o direito se confunde com os costumes sociais. Moral, religio e direito so confundidos. Nos cdigos antigos encontramos no s preceitos jurdicos, como, tambm, prescries morais e religiosas. O direito nesse tempo ainda no havia adquirido autonomia, talvez porque, como nota Roubier, "nas sociedades antigas, a severidade dos costumes e a coao religiosa permitiram obter espontaneamente o que o direito s conseguiu mais tarde", com muita coero.
Os romanos, organizadores do direito, definindo-o sob a influncia da filosofia grega, consideraram-no como ars boni et aequi. (arte do bom e equitativo). O grande jurisconsulto Paulo, talvez compreendendo a particularidade do direito, sustentou que non omne quod licet honestem est (o permitido pelo direito nem sempre est de acordo com a moral).
A moral tem por objeto o comportamento humano regido por regras e valores morais, que se encontram gravados em nossas conscincias, e em nenhum cdigo, comportamento resultante de deciso da vontade que torna o homem, por ser livre, responsvel por sua culpa quando agir contra as regras morais.
a moral :
autnoma pois imposta pela conscincia ao homem. unilateral: por dizer respeito apenas ao indivduo. incoercvel: O dever moral no exigvel por ningum,
reduzindo-se a dever de conscincia, ao tu deves,