Enem 2otreinamento Profaanya 300820101642
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Nesta primeira parte voc vai aprender o que competncia leitora e saber quais so as habilidades de leitura necessrias para o desenvolvimento dessa competncia. Desde 1998, o ensino mdio brasileiro vem passando por uma transformao profunda, medida que tem procurado pr em destaque o ensino por competncias, em lugar de ficar focado apenas em contedos programticos. Nas questes de interpretao de texto dos diferentes tipos de exame voc avaliar sua competncia leitora.
O que so competncias e habilidades? "Urna competncia mais do que um conhecimento", afirma Lino de Macedo, do Instituto de Psicologia da Universidade de So Paulo (USP) e um dos autores da matriz do Exame Nacional do Ensino Mdio, o Enem. "Ela pode ser explicada corno um saber que se traduz na tomada de decises, na capacidade de avaliar e julgar. Ao contrrio do que muita gente pode pensar, esse saber articulado ao fazer no um modismo", garante ele. "A evoluo da tecnologia definitiva e, infelizmente, mais exclui do que inclui. Quem no sabe operar um computador, dificilmente consegue emprego", exemplifica. (Nova Escola, n 154.) As competncias e a leitura de mundo Ler o mundo significa mais do que ser capaz de ler um texto. necessrio aprender outras linguagens alm da escrita. Grficos, estatsticas, desenhos geomtricos, pinturas, desenhos e outras manifestaes artsticas, as cincias, as formas de expresso formais e coloquiais - tudo deve ser lido e tem cdigos e smbolos especficos de decifrao. Quando um aluno est diante de um problema matemtico, precisa ser capaz de interpretar a pergunta para entender que tipo de resposta esperado. Idem para quem busca extrair concluses de uma tabela de censo demogrfico. Se o professor pede para escrever cartas a destinatrios diferentes, o estudante tem de escolher o estilo e o vocabulrio adequados a cada situao. (Nova Escola, n 154) Portanto, a competncia pode ser traduzida como uma espcie de "saber fazer", isto , saber lidar com as diferentes situaes e problemas que se colocam diante de ns no dia a dia. Se a competncia est relacionada com o "saber fazer", as habilidades esto relacionadas com o como fazer", isto , como o indivduo mobiliza recursos, toma decises, adota estratgias ou procedimentos e realiza aes concretas para resolver os problemas. Portanto, competncia e habilidades so duas dimenses interdependentes do "saber que se completam mutuamente. No mbito da leitura e da interpretao de textos, a competncia leitora se expressa por meio de habilidades de leitura, que, por sua vez, se concretiza por meio de operaes ou esquemas de ao.
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Veja como ocorre a avaliao da competncia leitora a partir das seguintes questes:
1. O comportamento da personagem Pina no terceiro quadrinho sugere (A) caridade. (B) entusiasmo. (C) gratido. (D) interesse. (E) satisfao.
2. Os transgnicos vm ocupando parte da imprensa com opinies ora favorveis ora desfavorveis. Um organismo ao receber material gentico de outra espcie, ou modificado da mesma espcie, passa a apresentar novas caractersticas. Assim, por exemplo, j temos bactrias fabricando hormnios humanos, algodo colorido e cabras que produzem fatores de coagulao sangunea humana. O belga Ren Magritte (1896-1967), um dos pintores surrealistas mais importantes, deixou obras enigmticas. Caso voc fosse escolher uma ilustrao para um artigo sobre os transgnicos, qual das obras de Magritte, abaixo, estaria mais de acordo com esse tema to polmico?
Todo ponto de vista a vista de um ponto Ler significa reler e compreender, interpretar. Cada um l com os olhos que tem. E interpreta a partir de onde os ps pisam. Todo ponto de vista um ponto. Para entender como algum l, necessrio saber como so seus olhos e qual sua viso de mundo. Isso faz da leitura sempre uma releitura. A cabea pensa a partir de onde os ps pisam. Para compreender, essencial conhecer o lugar social de quem olha. Vale dizer: como algum vive, com quem convive, que experincias tem, em que trabalha, que desejos alimenta, como assume os dramas da vida e da morte e que esperanas o animam. Isso faz da compreenso sempre uma interpretao. BOFF, Leonardo. A guia e a galinha. 4 ed. RJ: Sextante, 1999 3. A expresso com os olhos que tem (? .1), no texto, tem o sentido de (A) enfatizar a leitura. (B) incentivar a leitura. (C) individualizar a leitura. (D) priorizar a leitura. (E) valorizar a leitura.
Os direitos da criana Toda criana tem direito igualdade, sem distino de raa, religio ou nacionalidade. Toda criana tem direito a crescer dentro de um esprito de solidariedade, compreenso, amizade e justia entre os povos. Toda criana tem direito a um nome, a uma nacionalidade. Toda criana tem direito ao amor e compreenso por parte dos pais e da sociedade. Toda criana tem direito educao gratuita e ao lazer infantil. Toda criana tem direito alimentao, moradia e assistncia mdica para si e para a me. Toda criana tem direito a ser socorrida em primeiro lugar. Toda criana fsica ou mentalmente deficiente tem direito educao e a cuidados especiais. Toda criana tem direito a especial proteo para o seu desenvolvimento fsico, mental e social. Toda criana tem direito a ser protegida contra o abandono e a explorao no trabalho. Cereja, William Roberto & Magalhes, Thereza Cochar. Portugus: Linguagens. So Paulo: Atual, 1998. p. 77. 4. Usando o termo Toda no incio de cada frase, o texto (A) enfatiza a idia de universalidade. (C) estabelece maior vnculo com o leitor. (B) estabelece independncia com o termo criana. (D) faz uma repetio sem necessidade. (E) refora a especificidade de cada idia.
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A Cincia Masculina? Attico Chassot Editora Unisinos, RS (51) 590-8239. 104 pgs. R$ 12. O autor procura mostrar que a cincia no feminina. Um dos maiores exemplos que se pode dar dessa situao o prmio Nobel, em que apenas 11 mulheres de cincias foram laureadas em 202 anos de premiao. O livro apresenta duas hipteses, uma histrica e outra biolgica, para a possvel superao do machismo em frase como a de Hipcrates (460-400 a.C.) considerado o pai da medicina, que escreveu: A lngua a ltima coisa que morre em uma mulher. (A) a cincia no ser feminina. (D) o pai da medicina ser Hipcrates. Revista GALILEU, Fevereiro de 2004 (B) a premiao possuir 202 anos. (C) a lngua ser a ltima coisa que morre em uma mulher. 5. A expresso dessa situao (? . 2) refere-se ao fato de (E) o Prmio Nobel foi concedido a 11 mulheres. Luz sob a porta E sabem que que o cara fez? Imaginem s: me deu a maior cantada! L, gente, na porta de minha casa! No ousadia demais? E voc? Eu? Dei telogo e bena pra ele; engraadinho, quem ele pensou que eu era? Que eu fosse. Quem t de copo vazio a? V se baixa um pouco essa eletrola, quer pr a gente surdo? (A) escrupuloso em ambiente de trabalho. (D) exato quanto pronncia das palavras. (VILELA, Luiz. Tarde da noite. So Paulo: tica, 1998. p. 62.) (C) rigoroso na preciso vocabular. 6. O padro de linguagem usado no texto sugere que se trata de um falante (B) ajustado s situaes informais. (E) contrrio ao uso de expresses populares. 7. (UNB-DF) A riqueza produzida pelas sociedades, no transcurso da histria, deve ser compreendida em suas mltiplas manifestaes, as quais no se restringem aos aspectos puramente econmicos. Vinculadas denominada civilizao ocidental, as figuras acima refletem algumas situaes em que a capacidade humana de pensar, de sentir, de agir e de se expressar, ao longo do tempo e nas mais distintas regies do planeta, reveste-se de invulgar dimenso. Considerando os diversos contextos histricos representados nessas figuras, assinale C para as assertivas corretas e E para as erradas: 1. A figura I remete Antiguidade clssica e traduz, na arquitetura, a monumentalidade da cultura helnica, na qual a racionalidade se submete religio e o individualismo no consegue fazer sombra ao esprito coletivista dominante na sociedade. 2. Na figura II, a presena marcante do castelo, smbolo do poder de uma aristocracia fundiria e guerreira, aponta para uma das caractersticas essenciais do feudalismo europeu. Em torno dele, desenvolvia-se uma economia basicamente agrria sustentada pela mo-de-obra servil, com predomnio ideolgico da Igreja Catlica. 3. Na figura III, est representada uma das marcas a riqueza artstica da Renascena, amplo movimento cultural que, inspirado nos modelos de vida e na religiosidade medievais, contribuiu para o surgimento, no incio dos tempos modernos, de um novo homem comedido em suas aspiraes de conhecimento e de descobertas, mas convicto de sua fora na construo da histria. 4. A figura IV retrata a capacidade criadora e a riqueza cultural da civilizao inca. A Amrica que os europeus encontraram, em fins do sculo XV, extraiu de seus conhecimentos acumulados e de sua cultura milenar a fora para resistir aos invasores, razo pela qual espanhis e portugueses levaram tempo para procederem colonizao do Novo Mundo. 5. A urbanizao, como fenmeno sistemtico e consistente, fruto da Revoluo Industrial. No decorrer do sculo XIX e, sobretudo, do sculo XX, ela se expandiu e, acompanhando o processo de globalizao econmica, tambm se universalizou. A figura V evidencia que projetos urbansticos e concepes arquitetnicas de cidades tambm se transformam com o passar do tempo.
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8. (UNB-DF) - Com relao ao provrbio mostrado acima, julgue os itens que se Seguem em C (certas) ou E (erradas). 1. Uma parfrase correta para esse provrbio seria: Quando a rvore no frutifica, tambm o rico no frutifica. 2. Admite-se a insero de como aps a palavra , a qual no acarreta prejuzo para a compreenso do provrbio. 3. Os substantivos Rico e rvore designam conjuntos de seres considerados como um todo, e no um nico ser de cada um desses conjuntos. 4. O provrbio acima aplica-se corretamente prtica da usura incentivada pela Igreja Catlica na Europa medieval, com o objetivo de obteno de financiamento para a construo de mosteiros e para as Cruzadas. Namoro (VERSSIMO, Lus Fernando. Correio Brasiliense. 13/06/1999)
O melhor do namoro, claro, o ridculo. Vocs dois no telefone: -Desliga voc. -No, desliga voc. -Voc. -Voc. -Ento vamos desligar juntos. -T. Conta at trs. -Um...Dois...Dois e meio... Ridculo agora, porque na hora no era no. Na hora nem os apelidos secretos que vocs tinham um para o o outro, lembra? Eram ridculos. Ronron. Suzuca. Alcizanzo. Surusuzuca. Gongonha (Gongonhal) Mamosa. Purupupuca... No havia coisa melhor do que passar tardes inteiras num sof, olho no olho, dizendo: -As dondozeira ama os dondonzeiro? -Ama. -Mas os dondozeiro ama as dondozeira mais do que as dondozeira ama os dondozeiro? Na-na-no. As dondozeira ama os dondozeiro mais do que, etc. E, entremeando o dilogo, longos beijos, profundos beijos, beijos mais do que de lnguas, beijos de amgdalas, beijos catetricos. Tardes inteiras. Confesse: ridculo s porque nunca mais. Depois de ridculo, o melhor do namoro so as brigas. Quem diz que nunca, como quem no quer nadam arquitetou um encontro casual com a ex ou o ex s pra ver se ela ou ele est com algum, ou para fingir que no v, ou para ver e ignorar, ou para dar um abano amistoso querendo dizer que ela ou ele agora significa to pouco que podem at ser amigos, est mentindo. Ah, est mentindo. E melhor do que as brigas so as reconciliaes. Beijos ainda mais profundos, apelidos ainda mais lamentveis, vistos de longe. A gente brigava mesmo era para se reconciliar depois, lembra? Oito entre dez namorados transam pela primeira vez fazendo as pazes. No estou inventando. O IBGE tem as estatsticas. 9. No texto, considera-se que o melhor do namoro o ridculo associado: a) s brigas por amor. d) aos apelidos carinhosos. b) s mentiras inocentes. c) s reconciliaes felizes. e) aos telefonemas interminveis.
10. O desenho transcrito, extrado de aulas de Biologia, poderia receber o seguinte ttulo: A fagocitose. Do ponto de vista dos personagens que dele participam, traduz uma estrutura: A) descritiva. B) dissertativa. C) epistolar. D) argumentativa. E) narrativa.
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1. (ENEM- 2007) A figura parte de uma campanha publicitria. Essa campanha publicitria relaciona-se diretamente com a seguinte afirmativa: A) O comrcio ilcito da fauna silvestre, atividade de grande impacto, uma ameaa para a biodiversidade nacional. B) A manuteno do mico-leo-dourado em jaula a medida que garante a preservao dessa espcie animal. C) O Brasil, primeiro pas a eliminar o trfico do mico-leo-dourado, garantiu a preservao dessa espcie. D) O aumento da biodiversidade em outros pases depende do comrcio ilegal da fauna silvestre brasileira. E) O trfico de animais silvestres benfico para a preservao das espcies, pois garante-lhes a sobrevivncia. Para resolver questes como essa, necessrio OBSERVAR informaes internas e externas ao texto que contribuem para a compreenso do seu e de sua funo. Primeiramente, o enunciado da questo afirma que o texto PARTE DE UMA CAMPANHA PUBLICITRIA. Essa informao possibilita saber que o texto cumpre uma finalidade prpria das campanhas: conscientizar as pessoas e estimul-las a aderir a uma causa ou empenhar-se pelo alcance e de certo objetivo (no caso, o combate ao comrcio de animais silvestres). Em segundo lugar, a FONTE indica o suporte ou o veculo em que o texto foi divulgado. Saber que o texto foi publica o a revista chamada Com Cincia Ambiental, por exemplo, uma pista para imaginar como o veculo, ou seja, de que se trata de uma revista feita e lida por pessoas relacionadas com cincia e com meio ambiente. Ao ler o texto, o aluno aciona diversos CONHECIMENTOS PRVIOS e realiza diferentes operaes mentais. Fazendo uso da memria, lembra, por exemplo, que algumas espcies de macacos, como a do mico-leo-dourado, esto em extino e tambm que o comrcio de animais silvestres crime. Alm disso, realiza operaes como: OBSERVA a imagem (o macaco atrs das grades), L o enunciado verbal e RELACIONA a parte verbal com a parte visual. A esse processo chamamos ANLISE. No mbito da interpretao de textos, ANALISAR identificar os componentes ou elementos fundamentais de um texto, examinar as relaes que eles tm entre si e evidenciar de que modo essas relaes so responsveis pela construo do sentido do texto. Como se trata de uma questo de mltipla escolha, o aluno, alm de analisar, levado tambm a CONFRONTAR ou COMPARAR sua compreenso global do texto com as afirmativas feitas sobre ele, a fim de IDENTIFICAR a afirmativa correta. 2. (ENEM) A crnica muitas vezes constitui um espao para reflexo sobre aspectos da sociedade em que vivemos. Eu, na rua, com pressa, e o menino segurou o meu brao, falou qualquer coisa que no entendi. Fui logo dizendo que no tinha, certa de que ele estava pedindo dinheiro. No estava. Queria saber a hora. Talvez no fosse o Menino de Famlia, mas tambm no era um Menino de rua. assim que a gente divide. Menino de Famlia aquele bemvestido, com tnis de moda e camisa de marca, que usa relgio e a me d outro se o dele for roubado por um Menino De Rua. Menino De Rua aquele que quando a gente passa perto segura a bolsa com fora porque pensa que ele pivete, trombadinha, ladro. (...). Na verdade no existem meninos De rua. Existem meninos Na rua. E toda vez que um menino est Na rua porque algum botou l. Os meninos no vo sozinhos aos lugares (...). Resta ver quem os pe na rua. E por qu. (COLOSSANTI, Mariana. In: Eu sei, mas no devia. Rio de Janeiro: Rocco, 1999) No segundo pargrafo em ... no existem meninos De rua. Existem meninos Na rua, a troca de De pelo Na determina que a relao de sentido entre menino e rua seja. c) de origem e no de localizao a) de localizao e no de qualidade. d) de qualidade e no de origem b) de origem e no de posse. e) de posse e no de localizao.
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O ACAR O branco acar que adoar meu caf nesta manh de Ipanema no foi produzido por mim nem surgiu dentro do aucareiro por milagre. Vejo-o puro e afvel ao paladar como beijo de moa, gua na pele, flor que se dissolve na boca. Mas este acar no foi feito por mim. Este acar veio da mercearia da esquina e tampouco o fez o Oliveira, dono da mercearia.
Este acar veio de uma usina de acar em Pernambuco ou no Estado do Rio e tampouco o fez o dono da usina. Este acar era cana e veio dos canaviais extensos que no nascem por acaso no regao do vale. [...] Em usinas escuras, homens de vida amarga e dura produziram este acar branco e puro com que adoo meu caf esta manh em Ipanema. Gular, Ferreira. Toda Poesia. Rio de Janeiro: Civilizao Brasileira, 1980, p. 227-8.
3. A anttese que configura uma imagem da diviso social do trabalho na sociedade brasileira expressa poeticamente na oposio entre a doura do branco acar : a) o trabalho do dono da mercearia de onde veio o acar. e) o trabalho dos homens de vida amarga em usinas escuras. 4. UFF RJ - Com base na anlise da charge, pode-se afirmar que: A) Nos desenhos, as palavras prostituta, pobre, Paraba, no contexto, nomeando pessoas do mundo real, classificam-se como adjetivos. B) A expresso Enquanto isso estabelece uma coeso de valor temporal entre a expresso dos fatos apresentados na charge e outros que esto ocorrendo em contextos distintos C) A expresso destacada em ENTO montei uma miniacademia estabelece uma relao de concesso com a frase anterior. D) O emprego do diminutivo amiguinhos ressalta a atitude critica da me em relao ao comportamento das crianas. E) As expresses do dialogo ... Do anuncio? aqui, sim! so exemplos de frases nominais em discurso indireto. b) o beijo de moa, a gua na pele e a flor que se dissolve na boca. c) o trabalho do dono do engenho em Pernambuco, onde se produz o acar. d) a beleza dos extensos canaviais que nascem no regao do vale.
5. Com base na leitura dos quadrinhos, que apresentam o dilogo entre as personagens Calvin, o garoto, e Haroldo, o tigre, correto afirmar:
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(01) Os interlocutores estabelecem, no texto, uma interao conflituosa. (02) Haroldo demonstra predisposio para aceitar, sem discusso, as explicaes de Calvin. (04) Os argumentos de Calvin expem um ponto de vista inflexvel sobre o jogo. (08) A argumentao de Calvin acolhida por Haroldo no decorrer do jogo. (16) A ltima fala do tigre induz o leitor a uma suposio de que o seu interlocutor no age com lisura em seus negcios. (32) O humor da histria provocado pela ambiguidade das palavras na conversao. Soma: __________________
FUVEST SP - H muitas, quase infinitas maneiras de ouvir msica. Entretanto, as trs mais frequentes distinguem-se pela tendncia que em cada uma delas se torna dominante: ouvir com o corpo, ouvir emotivamente, ouvir intelectualmente. Ouvir com o corpo empregar no ato da escuta no apenas os ouvidos, mas a pele toda, que tambm vibra ao contato com o dado sonoro: sentir em estado bruto. bastante freqente, nesse estgio da escuta, que haja um impulso em direo ao ato de danar. Ouvir emotivamente, no fundo, no deixa de ser ouvir mais a si mesmo que propriamente a msica. usar da msica a fim de que ela desperte ou reforce algo j latente em ns mesmos. Sai-se da sensao bruta e entra-se no campo dos sentimentos. Ouvir intelectualmente dar-se conta de que a msica tem, como base, estrutura e forma. Referir-se msica a partir dessa perspectiva seria atentar para a materialidade de seu discurso: o que ele comporta, como seus elementos se estruturam, qual a forma alcanada nesse processo. Adaptado de J. Jota de Moraes, O que msica. 6. De acordo com o texto, quando uma tendncia de ouvir se torna dominante, a audio musical: a) supe a operao prvia da livre e consciente escolha de um dos trs modos de recepo. b) estabelece uma clara hierarquia entre as obras musicais, com base no valor intrnseco de cada uma delas. c) privilegia determinado aspecto da obra musical, sem que isso implique a excluso de outros. d) ocorre de modo a propiciar uma combinao harmoniosa e equilibrada dos trs modos de recepo. e) subordina os modos de recepo aos diferentes propsitos dos compositores. 7. Nesse texto, o primeiro pargrafo e o conjunto dos demais articulam-se de modo a constituir, respectivamente, a) uma proposio e seu esclarecimento. d) uma declarao e sua atenuao. 8. Considere as seguintes afirmaes: I. Ouvir msica com o corpo senti-la em estado bruto. II. Ao ouvir-se msica emotivamente, sai-se do estado bruto. Essas afirmaes articulam-se de maneira clara e coerente no perodo: a) Com o corpo, ouve-se msica sentindo-a em estado bruto, ocorrendo o mesmo se ouvi-la emotivamente. b) Sai do estado bruto quem ouve msica com o corpo, no caso de quem a sente de modo emotivo. c) Para sentir a msica emotivamente, quem sai do estado bruto quem a ouve com o corpo. d) Sai para o estado emotivo de ouvir msica aquele que a ouvia no estado bruto do corpo. e) Quem ouve msica de modo emotivo deixa de senti-la no estado bruto, prprio de quem a ouve com o corpo. b) um tema e suas variaes. e) um paradoxo e sua superao. c) uma premissa e suas contradies.
S. Paulo, 13-XI-42 Murilo So 23 horas e estou honestissimamente em casa, imagine! Mas doena que me prende, irmo pequeno. Tomei com uma gripe na semana passada, depois, desensarado, com uma chuva, domingo ltimo, e o resultado foi uma sinusitezinha infernal que me inutilizou mais esta semana toda. E eu com tanto trabalho! Faz quinze dias que no fao nada, com o desnimo de apsgripe, uma moleza invencvel, e as dores e tratamento atrozes. Nesta noitinha de hoje me senti mais animado e andei trabalhandinho por a. (...) Quanto a suas reservas a palavras do poema que lhe mandei, gostei da sua habilidade em pegar todos os casos propositais. Sim senhor, seu poeta, voc at est ficando escritor e estilista. Voc tem toda a razo de no gostar do nariz furo, de comichona, etc. Mas lhe juro que o gosto consciente a da gente no gostar sensitivamente. As palavras so postas de propsito pra no gostar, devido elevao declamatria do coral que precisa ser um bocado brbara, brutal, insatisfatria e lancinante. Carece botar um pouco de insatisfao no prazer esttico, no deixar a coisa muito bem-feitinha.(...) De todas as palavras que voc recusou s uma continua me desagradando lar fechadinho, em que o carinhoso do diminutivo um desfalecimento no grandioso do coral.
Mrio de Andrade, Cartas a Murilo Miranda.
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FUVEST SP - 9. ... estou HONESTISSIMAMENTE em casa, imagine! Mas doena que me prende, irmo pequeno. No trecho acima, o termo grifado indica que o autor da carta pretende: a) revelar a acentuada sinceridade com que se dirige ao leitor. c) demarcar o tempo em que permanece impossibilitado de sair. e) enfatizar sua forada resignao com a permanncia em casa. 10. No texto, as palavras sinusitezinha e trabalhandinho exprimem, respectivamente: a) delicadeza e raiva. b) modstia e desgosto. c) carinho e desdm. d) irritao e atenuao. e) euforia e ternura. b) descrever o lugar onde obrigado a ficar em razo da doena. d) usar a doena como pretexto para sua voluntria inatividade.
11. No trecho: ...o gosto consciente a da gente no gostar sensitivamente, apresenta-se um jogo de idias contrrias, que tambm ocorre em: a) dores e tratamento atrozes. d) a coisa muito bem-feitinha. b) reservas a palavras do poema. e) o carinhoso do diminutivo. c) insatisfao no prazer esttico.
FUVEST SP - No incio do sculo XVI, Maquiavel escreveu O Prncipe uma clebre anlise do poder poltico, apresentada sob a forma de lies, dirigidas ao prncipe Lorenzo de Mdicis. Assim justificou Maquiavel o carter professoral do texto: No quero que se repute presuno o fato de um homem de baixo e nfimo estado discorrer e regular sobre o governo dos prncipes; pois assim como os [cartgrafos] que desenham os contornos dos pases se colocam na plancie para considerar a natureza dos montes, e para considerar a das plancies ascendem aos montes, assim tambm, para conhecer bem a natureza dos povos, necessrio ser prncipe, e para conhecer a dos prncipes necessrio ser do povo. Traduo de Lvio Xavier, adaptada.
12. Ao justificar a autoridade com que pretende ensinar um prncipe a governar, Maquiavel compara sua misso de um cartgrafo para demonstrar que: a) o poder poltico deve ser analisado tanto do ponto de vista de quem o exerce quanto do de quem a ele est submetido. b) necessrio e vantajoso que tanto o prncipe como o sdito exeram alternadamente a autoridade do governante. c) um pensador, ao contrrio do que ocorre com um cartgrafo, no precisa mudar de perspectiva para situar posies complementares. d) as formas do poder poltico variam, conforme sejam exercidas por representantes do povo ou por membros da aristocracia. e) tanto o governante como o governado, para bem compreenderem o exerccio do poder, devem restringir-se a seus respectivos papis. 13. Est redigido com clareza, coerncia e correo o seguinte comentrio sobre o texto: a) Temendo ser qualificado de presunoso, Maquiavel achou por bem defrontar sua autoridade intelectual, tipo um cartgrafo habilitado a desenhar os contrastes de uma regio. b) Maquiavel, embora identificando-se como um homem de baixo estado, no deixou de justificar sua autoridade diante do prncipe, em cujos ensinamentos lhe poderiam ser de grande valia. c) Manifestando uma compreenso dialtica das relaes de poder, Maquiavel no hesita em ministrar ao prncipe, j ao justificar o livro, uma objetiva lio de poltica. d) Maquiavel parece advertir aos poderosos de que no se menospreze as lies de quem sabe tanto analisar quanto ensinar o comportamento de quem mantenha relaes de poder. e) Maquiavel, apesar de jamais ter sido um governante em seu livro to perspicaz, soube se investir nesta funo, e assim justificar-se diante de um prncipe autntico. 14. De acordo com esse texto, a proposta do blog A) brincar com uma frase muito comum em redao de revistas. B) divertir as pessoas que entendem e gostam de design grfico. C) ensinar as pessoas como produzir uma revista de qualidade. D) relatar situaes bem humoradas no trabalho de adequao grfica.
15. De acordo com a frase da imagem, a palavra que MELHOR SE ADEQUARIA para substituir o verbo andar, e transmitir a manifestao do motorista do caminho quanto situao da rodovia que liga Belm-PA a Braslia-DF seria: a) pilotar b) caminhar c) guiar d) viajar e) dirigir
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A COMPARAO
Voc j conheceu trs importantes operaes relacionadas leitura: a observao, a anlise e a identificao. Agora vai conhecer a COMPARAO e aprender como lidar com essa operao nos exames do Enem e dos vestibulares. A comparao uma das operaes de leitura mais solicitadas nas provas de interpretao de textos do Enem e dos vestibulares. Lino de Macedo, professor do Instituto de Psicologia da US e um dos responsveis pela metodologia adotada pelo Enem, conceitua assim essa operao: Segundo o dicionrio, comparar consiste em "examinar simultaneamente duas ou mais coisas, para lhes determinar semelhana, diferena ou relao; confrontar; cotejar; ter como igual ou como semelhante". Confrontar e relacionar so formas de comparar, sendo os trs, igualmente, forma de anlise.
(In: Eixos cognitivos Versai preliminar. Braslia: MEC, 2007. p. 71)
Comparar, portanto, pressupe adotar um ou mais ou mais critrios e cotejar dois ou mais elementos segundo os critrios adotados. Assim, quando se pede em um exame que compare dois textos, necessrio que ele adote um ou mais critrios para estabelecer a comparao. Com base nesses critrios, ele poder buscar semelhanas ou diferenas entre os textos quanto ao tema abordado ou quanto ao tratamento dado ao tema; quanto ao tipo de composio (poesia ou prosa); quanto ao gnero do discurso; quanto aos sentimentos do enunciador; quanto linguagem; etc. Se, entretanto, ele resumir as ideias principais de cada um dos textos isoladamente, sem estabelecer um cruzamento entre eles, essa operao no consistir propriamente numa comparao, mas talvez em uma parfrase ou em um resumo.
Veja como essa operao foi solicitada em um exame de vestibular da PUC-RJ e como o estudante deveria proceder para resolver a questo.
TEXTO 1 ESQUECER ALGUMAS COISAS FACILITA LEMBRAR OUTRAS Esquecer uma informao menos importante, mediante um processo de memria seletiva, torna mais fcil lembrar um dado mais relevante, segundo um estudo elaborado por cientistas dos Estados Unidos. Para chegar a esta concluso, que a revista cientfica britnica Nature Neuroscience traz em sua ltima edio, os especialistas fizeram ressonncias magnticas em indivduos enquanto estes tentavam lembrar associaes de palavras que tinham aprendido anteriormente. Durante os exames, os cientistas analisaram o comportamento do crtex pr-frontal, a parte do crebro que participa do processo de recuperao das informaes armazenadas na memria. Como se fosse uma competio em que uma informao vence quando outra descartada, quanto maior o nmero de coisas que os pesquisados esqueciam, menos ativo o crtex pr-frontal se mostrava, isto , menos recursos o crebro precisava usar para recuperar uma informao. Portanto, para os indivduos que participaram da experincia, foi muito mais simples lembrar uma associao de palavras ao esquecer outras.
Adaptado de texto disponvel em: Yahoo Notcias, <http://br.noticias.yahoo.com>, 03 de junho de 2007.
TEXTO 2: ESQUECIMENTO DE IMPRESSES E CONHECIMENTOS Tambm nas pessoas saudveis, no neurticas, encontramos sinais abundantes de que uma resistncia se ope lembrana de impresses penosas, representao de pensamentos aflitivos. [...] O ponto de vista aqui desenvolvido de que as lembranas aflitivas sucumbem com especial facilidade ao esquecimento motivado merece ser aplicado em muitos campos que at hoje lhe concederam muito pouca ou nenhuma ateno. Assim, parece-me que ele ainda no foi enfatizado com fora suficiente na avaliao dos testemunhos prestados nos tribunais, onde patente que se considera o juramento da testemunha capaz de exercer uma influncia exageradamente purificadora sobre o jogo de suas foras psquicas. universalmente reconhecido que, no tocante origem das tradies e da histria legendria de um povo, preciso levar em conta esse tipo de motivo, cuja meta apagar da memria tudo o que seja penoso para o sentimento nacional.
FREUD, Sigmund. Fragmento de Sobre a psicopatologia da vida cotidiana. Edio standard brasileira das obras psicolgicas completas de Sigmund Freud, vol. VI, Traduo dirigida por Jayme Salomo, Rio de Janeiro: Imago, 1996, p. 152-153.
1) Os Textos 1 e 2 tematizam o esquecimento, associando sua ocorrncia a fatores distintos. Diga quais so esses fatores e compare-os quanto sua natureza.
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Gabarito oficial: O texto 1 associa o esquecimento a fatores de natureza neurofisiolgica: processos de memria seletiva relacionados ao modo como o crebro armazena informaes. O texto 2, por sua vez, vincula o esquecimento a fatores de ordem psicolgica: foras psquica ligadas necessidade de evitar lembranas particularmente aflitivas e desagradveis.
Como se nota, o enunciado da questo solicita no mnimo duas operaes. Com a comanda "Diga quais so esses fatores", exige-se que o estudante IDENTIFIQUE ou RECONHEA quais so os fatores aos quais o esquecimento associado - fatores de natureza neurofisiolgica e fatores de natureza psicolgica. J a comanda "compare-os" exige explicitamente a COMPARAO entre os textos, ou seja, aproxim-Ios, a fim de perceber-lhes diferenas ou semelhanas. A semelhana j explicitada pelo prprio enunciado: ambos os textos tematizam o esquecimento. Resta ao estudante apreender as diferenas entre eles, ou seja, enquanto o texto 1 associa o esquecimento ao modo como o crebro armazena e recupera informaes, o texto 2 aponta a fuga a incidentes desagradveis como a principal causa do esquecimento. PUC- SP - Leia atentamente os textos abaixo: TEXTO 1 Massa diz que realizou um sonho ao ser pole em Interlagos Quinto brasileiro a conquistar uma pole no GP do Brasil de Frmula 1 - repetindo Emerson Fittipaldi, Nelson Piquet, Ayrton Senna e Rubens Barrichelo -, Felipe Massa afirmou neste sbado que realizou um sonho em sua carreira ao garantir a primeira posio do grid de largada da corrida em Interlagos e ouvir o seu nome ser gritado pelo pblico que lotou o autdromo. (Milton Pazzi Jr. em www.estadao.com.br acessado em 21 out. 2006.) TEXTO 2 Felipe Massa crava a pole position do Grande Prmio do Brasil O brasileiro Felipe Massa confirmou o favoritismo e conquistou a pole position do Grande Prmio do Brasil, ltima etapa da temporada 2006 da Frmula 1. Forte desde os treinos livres da sexta-feira, ele assumiu a primeira posio com o tempo de 1min10s842. (http://esporte.uol.com.br acessado em 21 out. 2006.) 1. Os dois textos referem-se ao mesmo tema: primeira posio na largada do Grande Prmio de Frmula 1 do Brasil, conquistada por Felipe Massa, jovem piloto brasileiro. Acerca do modo como aparece no texto o aspecto pessoal, emocional e subjetivo, pode-se afirmar que: a) ambos so isentos de subjetividade, como deve ser todo texto jornalstico que prima sempre pela objetividade para que tenha maior credibilidade. b) o primeiro texto mais subjetivo, porque se refere ao sonho e s sensaes de Felipe Massa, alm de compar-lo a outros dolos do automobilismo brasileiro. c) o segundo mais subjetivo, porque indica precisamente que se trata de uma etapa especfica da competio e porque indica o tempo exato da melhor volta de Felipe Massa. d) o primeiro mais subjetivo, porque indica com preciso no s o dia em que Felipe Massa fez a afirmao, como tambm se refere precisamente primeira posio.
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UFG GO - Leia os poemas de Cora Coralina e Olavo Bilac. RIO VERMELHO IV gua pedra. Eternidades irmanadas. Tumulto torrente. Esttica silenciosa. O paciente deslizar, o chorinho a lacrimejar sutil, dctil na pedra, na terra. Duas perenidades sobreviventes no tempo. Lado a lado conviventes, diferentes, juntas, separadas. Coniventes. Meu Rio Vermelho.
CORALINA, Cora. Melhores poemas. Seleo de Darcy Frana Denfrio. So Paulo: Global, 2004. p. 319. (Coleo Melhores poemas).
RIO ABAIXO Treme o rio, a rolar, de vaga em vaga... Quase noite. Ao sabor do curso lento Da gua, que as margens em redor alaga, Seguimos. Curva os bambuais o vento. Vivo h pouco, de prpura, sangrento, Desmaia agora o ocaso. A noite apaga A derradeira luz do firmamento... Rola o rio, a tremer, de vaga em vaga. Um silncio tristssimo por tudo Se espalha. Mas a lua lentamente Surge na fmbria do horizonte mudo: E o seu reflexo plido, embebido Como um gldio de prata na corrente, Rasga o seio do rio adormecido.
BILAC, Olavo. Melhores poemas. Seleo de Marisa Lajolo. So Paulo: Global, 2003. p. 71. (Coleo Melhores poemas).
2. Tanto Cora Coralina, em Rio vermelho, quanto Olavo Bilac, em Rio abaixo, poetizam assuntos semelhantes. Os dois poemas, entretanto, diferenciamse, respectivamente, por: (A) linguagem coloquial do primeiro e linguagem anacrnica do segundo. (B) nfase narrativista do primeiro e nfase descritivista do segundo. (D) carter contido do primeiro e carter intenso do segundo. (C) tonalidade satrica do primeiro e tonalidade avaliativa do segundo. (E) registro regionalista do primeiro e registro universalista do segundo.
ENEM - A leitura do poema Descrio da guerra em Guernica traz lembrana o famoso quadro de Picasso. Entra pela janela o anjo campons; com a terceira luz na mo; minucioso, habituado aos interiores de cereal, aos utenslios que dormem na fuligem; os seus olhos rurais no compreendem bem os smbolos desta colheita: hlices, motores furiosos; e estende mais o brao; planta no ar, como uma rvore a chama do candeeiro. Carlos de Oliveira in ANDRADE, Eugnio. Antologia Pessoal da Poesia Portuguesa. Porto: Campo das Letras, 1999.
Uma anlise cuidadosa do quadro permite que se identifiquem as cenas referidas nos trechos do poema.
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4. (ENEM-2002) Uma nova preocupao atinge os profissionais que trabalham na preveno da AIDS no Brasil. Tem-se observado um aumento crescente, principalmente entre os jovens, de novos casos de AIDS, questionando-se, inclusive, se a preveno vem sendo ou no relaxada. Essa temtica vem sendo abordada pela mdia: Medicamentos j no fazem efeito em 20% do s infectados pelo vrus HIV. Anlises revelam que um quinto das pessoas recm-infectadas no haviam sido submetidas a nenhum tratamento e, mesmo assim, no responderam s duas principais drogas anti -AIDS. Dos pacientes estudados, 50% apresentavam o vrus FB, uma combinao dos dois subtipos mais prevalentes no pas, F e B.
Adaptado do Jornal do Brasil, 02/10/2001.
Dadas as afirmaes acima, considerando o enfoque da preveno, e devido ao aumento de casos da doena em adolescentes, afirma-se que I. O sucesso inicial dos coquetis anti-HIV talvez tenha levado a populao a se descuidar e no utilizar medidas de proteo, pois se criou a ideia de que estes remdios sempre funcionam. II. Os vrios tipos de vrus esto to resistentes que no h nenhum tipo de tratamento eficaz e nem mesmo qualquer medida de preveno adequada. III. Os vrus esto cada vez mais resistentes e, para evitar sua disseminao, os infectados tambm devem usar camisinhas e no apenas administrar coquetis.
Est correto o que se afirma em (A) I, apenas. (B) II, apenas. (C) I e III, apenas. D) II e III, apenas. (E) I, II e III.
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FUVEST SP 2009 5. Com base nesses grficos sobre 15 cidades, pode-se concluir que, no ano de 1995, a) as trs cidades com o menor nmero de habitantes, por hectare, so aquelas que mais consomem gasolina no transporte particular de passageiros. b) nas trs cidades da Amrica do Sul, vale a regra: maior populao, por hectare, acarreta maior consumo de gasolina no transporte particular de passageiros. c) as cidades mais populosas, por hectare, so aquelas que mais consomem gasolina no transporte particular de passageiros. d) nas trs cidades da Amrica do Norte, vale a regra: maior populao, por hectare, acarreta maior consumo de gasolina no transporte particular de passageiros. e) as trs cidades da sia mais populosas, por hectare, esto entre as quatro com menor consumo de gasolina no transporte particular de passageiros.
Texto 1 - Auto-retrato Provinciano que nunca soube Escolher bem uma gravata; Pernambucano a quem repugna A faca do pernambucano; Poeta ruim que na arte da prosa Envelheceu na infncia da arte, E at mesmo escrevendo crnicas Ficou cronista de provncia; Arquiteto falhado, msico Falhado (engoliu um dia Um piano, mas o teclado Ficou de fora); sem famlia, Religio ou filosofia; Mal tendo a inquietao de esprito Que vem do sobrenatural, E em matria de profisso Um tsico* profissional.
(Manuel Bandeira. Poesia completa e prosa. Rio de Janeiro: Aguilar, 1983. p. 395.)
Texto 2 - Poema de sete faces Quando eu nasci, um anjo torto desses que vivem na sombra disse: Vai, Carlos! ser gauche na vida. As casas espiam os homens que correm atrs de mulheres. A tarde talvez fosse azul, no houvesse tantos desejos. (....) Meu Deus, por que me abandonaste se sabias que eu no era Deus se sabias que eu era fraco. Mundo mundo vasto mundo, se eu me chamasse Raimundo seria uma rima, no seria uma soluo. Mundo mundo vasto mundo mais vasto o meu corao.
(Carlos Drummond de Andrade. Obra completa. Rio de Janeiro: Aguilar, 1964. p. 53.)
(A) descreverem aspectos fsicos dos prprios autores. (D) narrarem a vida dos autores desde o nascimento.
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7. No verso Meu Deus, por que me abandonaste do texto 2, Drummond retoma as palavras de Cristo, na cruz, pouco antes de morrer. Esse recurso de repetir palavras de outrem equivale a (A) emprego de termos moralizantes. (B) uso de vcio de linguagem pouco tolerado. (C) repetio desnecessria de idias. (D) emprego estilstico da fala de outra pessoa. Quer tomar bomba? Quer tomar bomba? Pode aplicar Mas eu no garanto se vai inchar Efeito estufa, ao, reao Estria no corpo, a, vai, vacilo Deca, winstrol, durateston, textex A frmula mgica pra voc ficar mais sexy Mulher, dinheiro, oportunidade Um ciclo de winstrol e voc celebridade Barriga estilo tanque, pura definio Duas horas de tenso, no vacila, vai pro cho Trs, quatro, quanto mais repetio Vai perder muito mais rpido Ento, vem, sente a presso MAG. Quer tomar bomba? Disponvel em: <www.vagalume.com.br> Acesso em: 2 out. 2007. [Adaptado]. (E) uso de uma pergunta sem resposta. Cano D-me ptalas de rosa Dessa boca pequenina: Vem com teu riso, formosa! Vem com teu beijo, divina! Transforma num paraso O inferno do meu desejo... Formosa, vem com teu riso! Divina, vem com teu beijo! Oh! tu, que tornas radiosa Minhalma, que a dor domina, S com teu riso, formosa, S com teu beijo, divina! Tenho frio, e no diviso Luz na treva em que me vejo: D-me o claro do teu riso! D-me o fogo do teu beijo! BILAC, Olavo. Melhores poemas. Seleo de Marisa Lajolo. So Paulo: Global, 2003. p. 70. (Coleo Melhores poemas). 8. No rap Quer tomar bomba?, a associao do uso de medica-mentos ao exerccio fsico sugere o seguinte dilema: (A) O culto beleza fsica versus o cultivo da beleza interior. (B) O zelo com a sade mental versus a preocupao com a sade corporal. (C) A obteno de resultados pela fora de vontade versus o re-curso medicina desportiva. (D) A manuteno da juventude versus a aceitao do envelhecimento. (E) O cuidado consigo mesmo versus o desejo de ser atraente ao outro. 9. No poema Cano, um dos recursos lingusticos utilizados para expressar a dependncia do poeta em relao mulher amada (A) a recuperao da voz feminina pela citao direta e explcita. (B) a oposio semntica entre termos dos universos da razo e da espiritualidade. (C) a construo da anttese mediante o encadeamento de oraes coordenadas. (D) a alternncia das formas verbais nos modos indicativo e imperativo. (E) a sequncia sonora indicativa da melancolia causada pela distncia entre eles. 10. Os textos Quer tomar bomba? e Cano pertencem a gneros discursivos diferentes. Contudo, apresentam semelhanas quanto constituio enunciativa, pois em ambos observa-se (A) o desprezo do locutor em relao aos questionamentos do interlocutor. (B) a ocorrncia da interao por meio da evocao do interlocutor. (C) o apagamento do interlocutor marcado pela diminuio gradual de suas falas. (D) a instaurao de uma voz mediadora das falas dos interlocutores. (E) o confronto de pontos de vista caracterizado pela sobreposio de vozes. DEUS DAS TRINCHEIRAS Dizem que na Primeira Guerra Mundial, durante as trguas de Natal, de uma trincheira se podiam ouvir as comemoraes na trincheira inimiga. Nos dois lados, cantavam hinos cristos, e havia sermes e imprecaes a Deus, que era o mesmo para os dois lados, mesmo que as religies no fossem as mesmas. Os capeles militares sempre tiveram a dura tarefa de convencer as tropas e a si prprios de que o Deus a que rezavam lhes daria a vitria. J que no podiam dizer que cada lado tinha o seu Deus e o deles era mais forte, inferiam que o Deus invocado era nico, mas tinha seus gostos, e os preferia. Deus torcia por eles, no importava o que dissessem os capeles do inimigo. VERSSIMO, Luis Fernando. O Globo. 20 ago. 2009, p. 7.
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11. So vrios os recursos estilsticos que a lngua possui. Os textos os usaro de acordo com a sua convenincia e as caractersticas do autor. No texto acima, verifica-se: (A) a manifestao do humor atravs da f em Deus. (B) a repetio de capelo a fim de ratificar a informao religiosa. (C) o uso excessivo de sujeito indeterminado, pois os agentes da ao so desconhecidos. (D) O verbo havia no segundo perodo do texto para indicar a coloquialidade do autor. (E) a despreocupao em contextualizar o texto no tempo. 12. O texto possui elementos coesivos que promovem sua manuteno temtica. A partir dessa perspectiva, conclui-se que: (A) a expresso dois lados faz referncia a termos que aparecem posteriormente no texto. (B) a repetio de mesmo, no segundo perodo, tende a ser incentivada pelo ponto de vista de uma adequada coeso. (C) sempre e Os capeles sempre tiveram... entram em paradoxo j que o texto refere-se ao perodo do Natal. (D) O penltimo perodo poderia, sem prejuzos semnticos, trazer a substituio de J que por Consoante. (E) Deus torcia por eles traz um pronome que pode servir como substituto para cada um dos lados da trincheira.
13. Observe a tira e assinale a alternativa correta: (A) No ltimo quadrinho, as expresses faciais da me e da menina revelam, respectivamente, surpresa e fria. (B) O humor do texto gerado pelo fato de a menina empregar o verbo viver em duas acepes. (C) H revolta da garota contra a aceitao, por parte da me, do papel subalterno reservado mulher na sociedade contempornea. (D) A forma verbal vivesse traz a informao implcita de que a garota considera que a me no vive de fato. (E) Os trs primeiros quadrinhos mostram as tarefas que, naquele dia, a me de Mafalda ter pela frente: passar roupas, arrumar a sala, lavar a loua. 14. O discurso de Mafalda, personagem dos quadrinhos, revela essencialmente: (A) tica. (B) justia social. (C) viso assistencialista. D) participao cidad. E) conformismo.
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TEXTO 1 PROFISSO DE F (...) Invejo o ourives Quando escrevo: Imito o amor Com que ele, em ouro, o alto-relevo Faz de uma flor. Imito-o. E, pois, nem de Carrara A pedra firo: O alvo cristal, a pedra rara, O nix prefiro. Por isso, corre, por servir-me, Sobre o papel A pena, como em prata firme Corre o cinzel. (...) Torce, aprimora, alteia, lima A frase; e, enfim, No verso de ouro engasta a rima Como um rubim. Quero que a estrofe cristalina, Dobrada ao jeito Do ourives, saia da oficina Sem um defeito. (...) Porque o escrever tanta percia, Tanta requer, Que ofcio tal... nem h notcia De outro qualquer.
(Olavo Bilac. Poesia. Rio de Janeiro: Agir, s/d. Fragmento).
TEXTO 2 ESCREVER UM ATO QUE EXIGE EMPENHO... Muitas pessoas acreditam que aqueles que redigem com desenvoltura executam essa tarefa como quem respira, sem a menor dificuldade, sem o menor esforo. No assim. Escrever uma das atividades mais complexas que o ser humano pode realizar. Faz rigorosas exigncias memria e ao raciocnio. A agilidade mental imprescindvel para que todos os aspectos envolvidos na escrita sejam articulados, coordenados, harmonizados de forma que o texto seja bem sucedido. Conhecimentos de natureza diversa so acessados para que o texto tome forma. necessrio que o redator utilize simultaneamente seus conhecimentos relativos ao assunto que quer tratar, ao gnero adequado, situao em que o texto produzido, aos possveis leitores, lngua e suas possibilidades estilsticas. Portanto, escrever no fcil e, principalmente, escrever incompatvel com a preguia. A tarefa pode ir ficando paulatinamente mais fcil para profissionais que escrevem muito, todos os dias, mas mesmo esses testemunham que escrever um trabalho exigente, cansativo e, muitas vezes, frustrante. Sempre queremos um texto ainda melhor do que o que chegamos a produzir e poucas vezes conseguimos manter na linguagem escrita todas as sutilezas da percepo original acerca de um fato ou um pensamento. O que admiramos na literatura justamente essa especificidade, essa possibilidade de expandir pela palavra escrita emoes, pensamentos, sensaes, significados, que ns, leigos, no conseguimos traduzir com propriedade.
(Luclia H. do Carmo Garcez. Tcnica de redao o que preciso saber para bem escrever. So Paulo: Martins Fontes, 2001. Fragmento).
15. Os dois textos apresentados acima, quanto temtica que desenvolvem, podem ser considerados: A) convergentes, mesmo tendo em conta que o texto 2 assume uma perspectiva puramente lingstica, desconsiderando os fatores presentes na situao em que ocorre a atividade verbal. B) centrados na mesma questo, embora, no texto 1, sobressaia a analogia, o cuidado com a forma e a inverso na ordem das palavras, conforme os padres do gnero e da filiao literria do autor. C) anlogos, embora o eixo das semelhanas entre eles se restrinja forma de sua superfcie e, assim, as perspectivas com que os temas so abordados se distanciem essencialmente. D) inter-relacionados, ainda que a perspectiva escolhida em um e outro texto descarte a idia de que, em qualquer escrita, existe um sujeito que, de diferentes modos, intervm em seu texto. 16. Correlacionando os dois textos, quanto a aspectos de seu contedo e de sua organizao, podemos concluir que: A) enquanto, para o poeta, a escrita requer percia, e perfeio, para o outro autor, a desenvoltura na tarefa de escrever privativa dos profissionais da escrita. B) o trecho do poema: torce, aprimora, alteia, lima a frase poderia encontrar uma justificativa, no texto 2, em Sempre queremos um texto ainda melhor do que o que chegamos a produzir. C) nos dois textos, a viso do poeta e a do escritor comum, sobre o resultado de seus ofcios, coincidem enquanto ambos crem ser possvel alcanar o sucesso pleno e a forma perfeita. D) o centro da discusso, em ambos os textos, a aprendizagem da escrita, que, ao jeito do ourives, se assenta sobre a explorao de habilidades inatas e naturais.
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A MEMORIZAO
Voc j conheceu algumas importantes operaes utilizadas no exerccio da leitura, como a observao, a identificao e a comparao. Agora voc vai conhecer a MEMORIZAO e aprender como lidar com ela em exames do Enem e dos vestibulares. Leia a seguinte questo de Histria, extrada do exame vestibular da Universidade Federal de Alagoas, e observe como sua resoluo exige o exerccio da operao da memorizao.
UFA - 1. O mundo medieval europeu recebeu influncia destacada do catolicismo. A religio esteve presente na sociedade, em grande parte das suas experincias culturais. O poder da Igreja Catlica foi visvel, e a ordem feudal predominou em vrias regies da Europa. Na ordem feudal: A) durante toda a Idade Mdia, prevaleceu o poder da nobreza, sem interferncia dos papas, na sua poltica. B) existiam latifndios com uma produo que buscava a auto-suficincia econmica. C) havia uma hierarquia social, onde a riqueza definia a posio social, independente da origem familiar. D) havia uma produo agrcola importante, em que o comrcio entre as cidades era fundamental para a venda dos excessos. E) eram adotadas regras definidas para todos, com usos e costumes universalizados para toda a Europa Ocidental. Para resolver a questo, o estudante deveria ter CONHECIMENTO PRVIO sobre vrios aspectos que caracterizavam o mundo medieval e acionar sua memria para examinar o teor das alternativas. Por exemplo, para saber que a afirmao do item A incorreta, teria de lembrar que no mundo medieval a nobreza tinha poderes e riquezas, mas era o papa quem controlava politicamente a maior parte das situaes; para saber que a afirmao do item C incorreta, teria de lembrar que a sociedade feudal era organizada por estamentos e nela a origem social do indivduo era importante; para saber que a afirmao do item D incorreta, teria de lembrar que o mundo rural era o centro da vida medieval e que as cidades perderam importncia nessa poca; e, para concluir que a afirmao do item E tambm incorreta, teria de lembrar que havia na Idade Mdia uma poltica descentraliza, ou seja, cada feudo tinha autonomia e definia seus direitos e deveres. Por fim, para indicar a resposta correta, teria de lembrar que, na Idade Mdia, alm de existirem muitos latifndios e a terra ser muito disputada, cada feudo se empenhava em ter uma produo baseada na autossuficincia. Alm de todos esses conhecimentos, o estudante j deveria ter se apropriado de conceitos como feudo, latifndios, Idade Mdia, nobreza, etc. Em questes especificas de interpretao de textos, a MEMORIZAO exigida sempre que se solicita o domnio de conceitos, fatos histricos, dados sobre pessoas, pases, etc. (Ufpel 2008) "No decorrer do perodo colonial no Brasil os interesses entre metropolitanos e colonos foram se ampliando. O descontentamento se agravou quando, a 1 de abril de 1680, a Coroa estabeleceu a liberdade incondicional dos indgenas, proibindo taxativamente que fossem escravizados. Alm disso, confiou-os aos jesutas, que passaram a ter a jurisdio espiritual e temporal das aldeias indgenas. Visando solucionar o problema da mo-de-obra para as atividades agrcolas do Maranho, o governo criou a Companhia do Comrcio do Estado do Maranho (1682). Durante vinte anos, a Companhia teria o monoplio do comrcio importador e exportador do Estado do Maranho e do Gro-Par. Cabia-lhe fornecer dez mil escravos africanos negros, razo de quinhentos por ano, durante o perodo da concesso outorgada."
(AQUINO, Rubim Santos Leo de [et al.]. "Sociedade Brasileira: uma histria atravs dos movimentos sociais". 3 ed., Rio de Janeiro: Record, 2000.)
2. Pelos elementos mercantilistas, geogrficos e cronolgicos, o conflito inferido do texto foi a Revolta: A) dos Emboabas. B) dos Mascates. C) de Amador Bueno. D) de Filipe dos Santos. E) de Beckman.
O empresrio australiano Rupert Murdoch adquiriu por 5,6 bilhes de dlares uma das maiores e mais veneradas instituies da imprensa americana. Com seus textos elegantes, visual cuidadosamente conservador e cobertura ampla e criteriosa dos grandes assuntos econmicos dos EUA e do mundo, o veculo de comunicao em questo conta com circulao diria de 2 milhes de exemplares e conquistou, em 118 anos de
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histria, 31 prmios Pulitzer, a coroao mxima por excelncia jornalstica no pas. A reputao lhe rendeu o apelido de A Bblia do Capitalismo. Polmico, chamado de tirano por seus vrios inimigos, visto como exterminador do jornalismo srio. Murdoch um empresrio sagaz e tambm um homem de mdia, sendo o presidente da News Corp, um dos maiores conglomerados de mdia e entretenimento do planeta, com faturamento anual de quase 29 bilhes de dlares. (Revista Exame, 29/08/07) 3. O veculo de comunicao adquirido pelo empresrio Rupert Murdoch, considerado como A Bblia do Capitalismo : A) New York Times. B) Times. C) USA Today. D) The Economist. E) Wall Street Journal.
No cordel Antnio Conselheiro, lemos: Este cearense nasceu / l em Quixeramobim, / se eu sei como ele viveu, / sei como foi o seu fim. / Quando em Canudos chegou, / com amor organizou / um ambiente comum / sem enredos nem engodos, / ali era um por todos / e eram todos por um 4. A histria de Antnio Conselheiro, lder da Revolta de Canudos, evocada por Patativa, tema tambm de: A) O Quinze, de Raquel de Queiroz. D) Vidas Secas, de Graciliano Ramos. B) Os Sertes, de Euclides da Cunha. E) Grande Serto: Veredas, de Guimares Rosa. C) Macunama, de Mrio de Andrade.
5. FUVEST - SP - No incio do sculo XX, focos de varola e febre amarela fizeram milhares de vtimas na cidade do Rio de Janeiro. Nesse mesmo perodo, a atuao das Brigadas Mata-Mosquitos, a obrigatoriedade da vacina contra a varola e a remodelao da regio porturia e do centro da cidade geraram insatisfaes entre as camadas populares e entre alguns polticos. Rui Barbosa, escritor, jurista e poltico, assim opinou sobre a vacina contra a varola: ...no tem nome, na categoria dos crimes do poder, a temeridade, a violncia, a tirania a que ele se aventura (...) com a introduo, no meu sangue, de um vrus sobre cuja influncia existem os mais bem fundados receios de que seja condutor da molstia ou da morte. Considerando esse contexto histrico e as formas de transmisso e preveno dessas doenas, correto afirmar que a) a febre amarela transmitida pelo ar e as ruas alargadas pela remodelao da rea porturia e central da cidade permitiriam a convivncia mais salubre entre os pedestres. b) o princpio de ao da vacina foi compreendido por Rui Barbosa, que alertou sobre seus efeitos e liderou a Revolta da Vacina no Congresso Nacional. c) a imposio da vacina somou-se a insatisfaes populares geradas pela remodelao das reas porturia e central da cidade, contribuindo para a ecloso da Revolta da Vacina. d) a varola transmitida por mosquitos e o alargamento das ruas, promovido pela remodelao urbana, eliminou as larvas que se acumulavam nas antigas vielas e becos. e) a remodelao da rea porturia e central da cidade, alm de alargar as ruas, reformou as moradias populares e os cortios para eliminar os focos de transmisso das doenas.
6. (UFV-2008) Observe a charge do cartunista Henfil: Assinale a alternativa que identifica CORRETAMENTE o perodo da histria republicana brasileira contempornea retratada e ironizada pela charge do cartunista Henfil: a) O impeachment do presidente Collor. b) O incio da redemocratizao. c) Os chamados Anos de Chumbo. d) O perodo do milagre brasileiro.
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ITA- SP - 7. Assinale a opo em que a frase apresenta figura de linguagem semelhante ao da fala de Helga no primeiro quadrinho.
(Em: Folha de S. Paulo, 21/03/2005.) A) O pas est coalhado de pobreza. B) Pobre homem rico! C) Tudo, para ele, nada! E) No tenho tudo que amo, mas amo tudo que tenho. D) O curso destina-se a pessoas com poucos recursos financeiros.
So Paulo vai se recensear. O governo quer saber quantas pessoas governa. A indagao atingir a fauna e a flora domesticadas. Bois, mulheres e algodoeiros sero reduzidos a nmeros e invertidos em estatsticas. O homem do censo entrar pelos bangals, pelas penses, pelas casas de barro e de cimento armado, pelo sobradinho e pelo apartamento, pelo cortio e pelo hotel, perguntando: Quantos so aqui? Pergunta triste, de resto. Um homem dir: Aqui havia mulheres e criancinhas. Agora, felizmente, s h pulgas e ratos. E outro: Amigo, tenho aqui esta mulher, este papagaio, esta sogra e algumas baratas. Tome nota dos seus nomes, se quiser. Querendo levar todos, favor... (...) E outro: Dois, cidado, somos dois. Naturalmente o sr. no a v. Mas ela est aqui, est, est! A sua saudade jamais sair de meu quarto e de meu peito! Rubem Braga. Para gostar de ler. v. 3. So Paulo: tica, 1998, p. 32-3 (fragmento). 8. ENEM - O fragmento acima, em que h referncia a um fato scio-histrico o recenseamento , apresenta caracterstica marcante do gnero crnica ao A) expressar o tema de forma abstrata, evocando imagens e buscando apresentar a idia de uma coisa por meio de outra. B) manter-se fiel aos acontecimentos, retratando os personagens em um s tempo e um s espao. C) contar histria centrada na soluo de um enigma, construindo os personagens psicologicamente e revelando-os pouco a pouco. D) evocar, de maneira satrica, a vida na cidade, visando transmitir ensinamentos prticos do cotidiano, para manter as pessoas informadas. E) valer-se de tema do cotidiano como ponto de partida para a construo de texto que recebe tratamento esttico. 9. Enem - Ilustrao do sculo XV que representa os servos prestando servios sob a fiscalizao de um agente do senhor. Durante o feudalismo europeu, este tipo de obrigao, que era cumprida atravs de trabalho gratuito nas terras senhoriais, era denominada de a) talha. b) banalidades. c) mo-morta. d) comitatus. e) corvia.
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A RELAO
Nas aulas anteriores, voc conheceu diferentes operaes, como a OBSERVAO, a ANLISE, a COMPARAO e a memorizao. Agora vao conhecer a RELAO e aprender como utilizar essa operao em questes do Enem, dos vestibulares e nas provas de redao. Segundo o dicionrio, RELACIONAR significa fazer ou fornecer a relao de; arrolar, por em lista;/narrar, expor, descrever, referir;/comparar (coisas diferentes) para deduzir leis ou analogias;/fazer relaes, conseguir amizades, travar conhecimento. O processo de relacionar exige ordenar, organizar e contextuar dados ou fatos que d logicidade ao texto. raro uma questo do Enem solicitar ao estudante apenas que relacione um coisa com outra. Geralmente, essa operao solicitada juntamente com outra, por meio de formulaes como relacione e conclua, relacione e explique, relacione e construa, etc. Embora a prova do Enem anuncie a inteno de estabelecer relao entre textos de diferentes linguagens, essa no a norma em todos os exames. A relao pode ocorrer entre dois textos de linguagem verbal, entre textos de linguagem verbal e no verbal, e at mesmo entre partes de um nico texto. Veja como exemplo, esta proposta de redao da PUC-RJ: Segundo Alfredo Bosi, O passado ajuda a compor as aparncias do presente, mas o presente que escolhe na arca as roupas velhas ou novas. Como ser o pas em que voc vai viver e trabalhar no futuro? De que modo o passado longnquo e recente ajuda as pessoas a construrem o futuro? Os trechos abaixo selecionados tm por objetivo ajud-lo a fazer uma reflexo sobre a importncia da memria histrica passada e recente na construo do pas.
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Voc est sendo convidado a produzir um artigo de opinio a ser publicado num jornal de circulao interna da universidade. Seu artigo deve apresentar sua viso sobre o pas que temos e o que podemos vir a ter. Desenvolva o tema proposto, de forma clara, coerente e com argumentao bem fundamentada. Seu texto deve ter cerca de 25 linhas. No se esquea de dar um ttulo adequado ao texto. Recomenda-se que as idias expostas nos trechos escolhidos sirvam apenas de auxlio reflexo e no sejam copiadas. Sero valorizadas, portanto, a pertinncia e a originalidade de seus argumentos. O tema proposto para a produo de texto so duas perguntas: "Como ser o pas em que voc vai viver e trabalhar no futuro? De que modo o passado longnquo e recente ajuda as pessoas a construrem o futuro?". Para desenvolv-lo, o estudante deveria fazer uma reflexo a partir do painel de textos, incluindo a frase de Alfredo Bosi. A reflexo a ser feita, neste caso, implica relacionar os textos entre si, buscando um ou mais aspectos comuns que possam apontar caminhos para o desenvolvimento do tema. Lendo o painel, o estudante deveria perceber primeiramente que o poema de Gregrio de Matos denuncia a ganncia e a corrupo dos governantes baianos no sculo XVII. O texto 2 - uma pesquisa publicada por Vejo - liga-se ao texto 1 ao mostrar que, quanto menor o grau de escolaridade dos brasileiros, menor a conscincia que tm sobre os desmandos administrativos e sobre a corrupo. O texto 3, igualmente, aborda o tema da corrupo. O texto 4, ao referir-se "memria curta" dos brasileiros, sugere que as pessoas, apesar de tudo, acabam reelegendo os maus polticos. O texto 5 tem em comum com os textos anteriores o reconhecimento de que a memria recente ou o passado histrico longnquo podem ser parmetros para construir o futuro. Portanto, o trao comum que RELACIONA, ou une, os cinco textos e que poderia ser a ideia principal do texto a ser produzido, a viso de que a nao brasileira precisa romper com a tradio histrica de corrupo e impunidade. Precisa escolher, na arca do passado, como diz Alfredo Bosi, as roupas novas do futuro. Veja, agora, como resolver uma questo do Enem fazendo uso da relao. Cndido Portinari (1903-1962), um dos mais importantes artistas brasileiros do sculo XX, tratou de diferentes aspectos da nossa realidade em seus quadros.
Sobre a temtica dos Retirantes, Portinari tambm escreveu o seguinte poema: Os retirantes vm vindo com trouxas e embrulhos Vm das terras secas e escuras; pedregulhos Doloridos como fagulhas de carvo aceso Corpos disformes, uns panos sujos, (A) 1 e 2 (B) 1 e 3 (C) 2 e 3 (D) 3 e 4
Rasgados e sem cor, dependurados Homens de enorme ventre bojudo Mulheres com trouxas cadas para o lado Panudas, carregando ao colo um garoto Choramingando, remelento (Cndido Portinari. Poemas. Rio de Janeiro: J. Olympio, 1964.) (E) 2 e 4
1. Das quatro obras reproduzidas, assinale aquelas que abordam a problemtica que tema do poema. Para responder corretamente esta questo, o estudante deveria OBSERVAR os quadros, IDENTIFICAR o tema principal de cada um e, em seguida, ler o poema, IDENTIFICAR o seu tema e RELACION-lo com as pinturas. Das quatro telas, duas (2 e 3) so a representao visual do cenrio descrito pelo poema: os retirantes com trouxas e embrulhos, com corpos disformes, uns panos sujos , um garoto choramingando".
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UFJF MG TEXTO 1 - O EX-CINECLUBISTA (Joo Gilberto Noll) Aquele homem meio estrbico, ostentando um mau humor maior do que realmente poderia dedicar a quem lhe cruzasse o caminho e que agora entrava no cinema, numa segunda-feira tarde, para assistir a um filme nem to esperado, a no ser entre pingados amantes de cinematografias de cantes os mais exticos, aquele homem, sim, sentou-se na sala de espera e chorou, simplesmente isso: chorou. Vieram lhe trazer um copo dgua logo afastado, algum sentou-se ao lado e lhe perguntou se no passava bem, mas ele nada disse, rosnou, passou as narinas pela manga, levantou-se num mpeto e assistiu ao melhor filme em muitos meses, s isso. Ao sair do cinema, chovia. Ficou sob a marquise, espera da estiagem. To absorto no filme que se esqueceu de si. E no soube mais voltar.
TEXTO 2 - CINEMA (Carlos Drummond de Andrade) De tanto freqentarem cinema, as pessoas acabam acreditando mais na tela do que na vida que levam. 2. Relacione o desfecho do Texto I, expresso na frase E no soube mais voltar, ao aforismo de Carlos Drummond de Andrade (Texto II).
O bicho no era um co, No era um gato, No era um rato. O bicho, meu Deus, era um homem.
3. O que motivou o bicho a catar restos foi: a) a prpria fome b) o cheiro da comida c) a imundice do ptio d) a amizade pelo co
Quando achava alguma coisa, No examinava nem cheirava: Engolia com voracidade.
4. As tiras ironizam uma clebre fbula e a conduta dos governantes. Tendo como referncia o estado atual dos pases perifricos, pode-se afirmar que nessas histrias est contida a seguinte idia: a) Crtica precria situao dos trabalhadores ativos e aposentados. b) Necessidade de atualizao crtica de clssicos da literatura. c) Menosprezo governamental com relao a questes ecologicamente corretas. d) Exigncia da insero adequada da mulher no mercado de trabalho. e) Aprofundamento do problema social do desemprego e do subemprego.
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Em provas do Enem e dos vestibulares, raramente pedido ao estudante que faa inferncias, embora essa operao esteja presente em todo ato de leitura. As operaes mais solicitadas explicitamente dizem respeito a CONCLUSO e DEDUO. Inferir: fazer inferncia sobre; concluir, deduzir. Deduzir: concluir (algo, pelo raciocnio; inferir. Concluir: chegar a um resultado, a uma deciso, a uma afirmao, a partir de um elemento ou de um conjunto de elementos concretos ou abstratos, aps observao atenta ou por meio de raciocnio. (Dicionrio Houaiss da lngua portuguesa)
A tabela abaixo apresenta dados referentes mortalidade infantil, porcentagem de famlias de baixa renda com crianas menores de 6 anos e s taxas de analfabetismo das diferentes regies brasileiras e do Brasil como um todo.
Famlias de baixa renda com crianas menores de 6 anos (em %) 34,5 54,9 22,4 18,9 25,5 31,8
Taxa de analfabetismo em maiores de 15 anos (em %) 12,7 29,4 8,3 8,6 12,4 14,7
Fonte: Folha de S. Paulo, 11/03/99 * A mortalidade infantil indica o nmero de crianas que morrem antes de completar um ano de idade para cada grupo de 1.000 crianas que nasceram vivas.
Suponha que um grupo de alunos recebeu a tarefa de pesquisar fatores que interferem na manuteno da sade ou no desenvolvimento de doenas. O primeiro grupo deveria colher dados que apoiassem a idia de que combatendo-se agentes biolgicos e qumicos garante-se a sade. J o segundo grupo deveria coletar informaes que reforassem a idia de que a sade de um indivduo est diretamente relacionada sua condio socioeconmica. 1. Os dados da tabela podem ser utilizados apropriadamente para A) apoiar apenas a argumentao do primeiro grupo. C) refutar apenas a posio a ser defendida pelo segundo grupo. E) refutar as posies a serem defendidas pelos dois grupos. Para resolver a questo, o aluno deveria, primeiramente OBSERVAR os ndices de mortalidade infantil de cada uma das regies, confrontando-os com os dois critrios adotados: renda e analfabetismo. Depois, ainda tomando esses critrios como referncia, deveria COMPARAR as regies entre si. B) apoiar apenas a argumentao do segundo grupo. D) apoiar a argumentao dos dois grupos.
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Assim, observando e comparando os ndices de mortalidade infantil, nota-se que as regies Norte e Nordeste apresentam os ndices mais altos de mo - a e infantil, de concentrao de famlias de baixa renda e de analfabetismo. Em contrapartida, as demais regies - Sul, Sudeste, CentroOeste -, a mortalidade infantil est abaixo da mdia nacional, o que coincide com a situao dessas regies quanto renda e ao analfabetismo. Logo, embora a questo no explicite a operao que deva ser feita pelo estudante, os dados oferecidos permitem INFERIR que os trs componentes em relao e anlise na tabela esto intimamente ligados, ou seja, a baixa renda e o analfabetismo so causas da mortalidade infantil (efeito). Na operao seguinte, o aluno deveria confrontar essa concluso com as afirmaes feitas nas alternativas e, assim, facilmente chegaria alternativa b. Para isso, claro, precisaria inferir que mortalidade e infantil so elementos caracterizadores da condio socioeconmica do indivduo.
2. UEL PR - Em cada uma das tiras acima, h duas personagens: uma que inicia o dilogo e outra que ouve e depois reage. Com base nessas imagens, pode-se afirmar que: a) As personagens entenderam a mensagem e reagiram positivamente, pois as mensagens no continham ambigidades. b) As personagens de ambas as tiras usaram palavras homnimas que poderiam levar m interpretao da mensagem. c) Ambas as tiras passam a idia de que a literatura privilgio de poucos. d) As personagens so pessoas que s conseguem revidar com a fora fsica, diante da incompreenso da mensagem veiculada. e) A personagem de uma das tiras espera uma atitude de introspeco do interlocutor; a personagem da outra tira executa literalmente a mensagem do poema. 3. Os interlocutores das tiras acima guardam, respectivamente, as seguintes caractersticas: a) Ingenuidade e obedincia; indignao e clera. c) Assombro e inexperincia; intolerncia e esperteza. e) Ignorncia e desconforto; satisfao e incredulidade. b) Ignorncia e simplicidade; clera e sagacidade. d) Calma e sabedoria; indignao e intolerncia.
PUC RS - A velocidade uma mania contempornea. Achamos que essa urgncia toda achatou nossa qualidade de vida, quando na verdade a pressa propriamente dita faz parte da busca angustiada pela tal qualidade de vida. Quando, por exemplo, uma criana pequena fica agitada e irritadia, exigindo ser levada de c para l, que lhe alcancem inmeros objetos que ela em seguida joga ao cho, consideramos que ela est com sono, buscando nesses gestos alvio para um mal-estar difuso, e a tranqilizamos para que durma. __________ um adulto muda constantemente de carro, namorado, profisso, estilo, mostrando-se entediado ou insatisfeito com tudo que planeja ou conquista, consideramos que ele est exercendo sua liberdade de escolha. ___________ bom poder mudar de idia na vida, mas a urgncia das trocas pode estar denunciando que, como a criana chorosa, estamos nos sentindo desamparados, esperando que um objeto ou uma posio social possam garantir bem-estar, certezas e aconchego. Talvez dure pouco exatamente porque somos mutantes quanto a quem somos e ao que queremos. No nos sentimos inseguros porque a velocidade desestabiliza as coisas, pelo contrrio: o culto rapidez resulta da ansiedade de nossa busca por respostas e alvio.
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4. Considere as afirmativas: I. A palavra achatou est empregada no sentido literal e significa reduziu. II. Ficar irritadia o mesmo que ficar irritada. III. Um mal-estar difuso um mal-estar generalizado e no-circunscrito. IV. A palavra mutantes utilizada para caracterizar nosso estado de constante insatisfao. Pela anlise das afirmativas, conclui-se que esto corretas apenas A) I e II. B) I e III. C) II e IV. D) III e IV. E) II, III e IV
ENEM - H cerca de dez anos, estimava-se que 11,2% da populao brasileira poderiam ser considerados dependentes de lcool. Esse ndice, dividido por gnero, apontava que 17,1% da populao masculina e 5,7% da populao feminina eram consumidores da bebida. Quando analisada a distribuio etria desse consumo, outro choque: a pesquisa evidenciou que 41,2% de estudantes da educao bsica da rede pblica brasileira j haviam feito uso de lcool. Dados atuais apontam que a porcentagem de dependentes de lcool subiu para 15%. Estima-se que o pas gaste 7,3% do PIB por ano para tratar de problemas relacionados ao alcoolismo, desde o tratamento de pacientes at a perda da produtividade no trabalho. A indstria do lcool no Brasil, que produz do acar ao lcool combustvel, movimenta 3,5% do PIB.
Revista Brasileira de Psiquiatria, v. 28, n. 4, dez./2006 e Internet: <www.alcoolismo.com.br> (com adaptaes).
5. A partir dos dados acima, conclui-se que: a) o pas, para tratar pessoas com problemas provocados pelo alcoolismo, gasta o dobro do que movimenta para produzir bebida alcolica. b) o aumento do nmero de brasileiros dependentes de lcool acarreta decrscimo no percentual do PIB gasto no tratamento dessas pessoas. c) o elevado percentual de estudantes que j consumiram bebida alcolica indicativo de que o consumo do lcool problema que deve ser enfrentado pela sociedade. d) as mulheres representam metade da populao brasileira dependente de lcool. e) o aumento na porcentagem de brasileiros dependentes de lcool deveu-se, basicamente, ao crescimento da indstria do lcool.
PUC RS - Estamos na sociedade da informao. Somos autnticos informvoros, necessitamos de informao para sobreviver, como necessitamos de alimento, calor ou contato social. Nas cincias da comunicao, considera-se que informao tudo aquilo que reduz a incerteza de um sistema. Nesse sentido, todos ns nos alimentamos de informao que nos permite no apenas prever como tambm controlar os acontecimentos de nosso meio. Previso e controle so duas das funes fundamentais da aprendizagem, inclusive nos organismos mais simples. Na vida social, a informao ainda mais essencial porque os fenmenos que nos rodeiam so complexos e cambiantes e, portanto, ainda mais incertos do que os que afetam os outros seres vivos. A incerteza ainda maior na sociedade atual, como conseqncia da descentrao do conhecimento e dos vertiginosos ritmos de mudana em todos os setores da vida. Um trao caracterstico de nossa cultura da aprendizagem que, em vez de ter de buscar ativamente a informao com que alimentar nossa nsia de previso e controle, estamos sendo abarrotados, superalimentados de informao, na maioria das vezes em formato fast food. Sofremos uma certa obesidade informativa, conseqncia de uma dieta pouco equilibrada. Juan Igncio Pozo. Aprendizes e mestres. (fragmento) 6. Com relao s idias apresentadas no texto, correto concluir que A) as cincias da comunicao ensinam o homem a lidar com o excesso de informao. B) o culto informao est sendo substitudo pela cultura da aprendizagem. C) s aprendemos para melhor prever e controlar a realidade. D) a falta de informao sobre os fenmenos que nos cercam gera insegurana. E) toda informao que no buscamos ativamente resulta intil. 7. ENEM - As informaes do grfico indicam que a) o maior desmatamento ocorreu em 2004. b) a rea desmatada foi menor em 1997 que em 2007. c) a rea desmatada a cada ano manteve-se constante entre 1998 e 2001. d) a rea desmatada por ano foi maior entre 1994 e 1995 que entre 1997 e 1998. e) o total de rea desmatada em 1992, 1993 e 1994 maior que 60.000 km2.
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8. ENEM - Um jornal de circulao nacional publicou a seguinte notcia: Choveu torrencialmente na madrugada de ontem em Roraima, horas depois de os pajs caiaps Mantii e Kucrit, levados de Mato Grosso pela Funai, terem participado do ritual da dana da chuva, em Boa Vista. A chuva durou trs horas em todo o estado e as previses indicam que continuar pelo menos at amanh. Com isso, ser possvel acabar de vez com o incndio que ontem completou 63 dias e devastou parte das florestas do estado. Jornal do Brasil, abr./1998 (com adaptaes). Considerando a situao descrita, avalie as afirmativas seguintes. I No ritual indgena, a dana da chuva, mais que constituir uma manifestao artstica, tem a funo de intervir no ciclo da gua. II A existncia da dana da chuva em algumas culturas est relacionada importncia do ciclo da gua para a vida. III Uma das informaes do texto pode ser expressa em linguagem cientfica da seguinte forma: a dana da chuva seria efetiva se provocasse a precipitao das gotculas de gua das nuvens. correto o que se afirma em A) I, apenas. B) III, apenas. C) I e II, apenas. D) II e III, apenas. E) I, II e III.
ENEM - Calcula-se que 78% do desmatamento na Amaznia tenha sido motivado pela pecuria cerca de 35% do rebanho nacional est na regio e que pelo menos 50 milhes de hectares de pastos so pouco produtivos. Enquanto o custo mdio para aumentar a produtividade de 1 hectare de pastagem de 2 mil reais, o custo para derrubar igual rea de floresta estimado em 800 reais, o que estimula novos desmatamentos. Adicionalmente, madeireiras retiram as rvores de valor comercial que foram abatidas para a criao de pastagens. Os pecuaristas sabem que problemas ambientais como esses podem provocar restries pecuria nessas reas, a exemplo do que ocorreu em 2006 com o plantio da soja, o qual, posteriormente, foi proibido em reas de floresta.
poca, 3/3/2008 e 9/6/2008 (com adaptaes).
9. A partir da situao-problema descrita, conclui-se que a) o desmatamento na Amaznia decorre principalmente da explorao ilegal de rvores de valor comercial. b) um dos problemas que os pecuaristas vm enfrentando na Amaznia a proibio do plantio de soja. c) a mobilizao de mquinas e de fora humana torna o desmatamento mais caro que o aumento da produtividade de pastagens. d) o superavit comercial decorrente da exportao de carne produzida na Amaznia compensa a possvel degradao ambiental. e) a recuperao de reas desmatadas e o aumento de produtividade das pastagens podem contribuir para a reduo do desmatamento na Amaznia.
FUVEST - A Idade Mdia europia inseparvel da civilizao islmica j que consiste precisamente na convivncia, ao mesmo tempo positiva e negativa, do cristianismo e do islamismo, sobre uma rea comum impregnada pela cultura greco-romana. Jos Ortega y Gasset (1883-1955). 10. O texto acima permite afirmar que, na Europa ocidental medieval, a) formou-se uma civilizao complementar islmica, pois ambas tiveram um mesmo ponto de partida. b) originou-se uma civilizao menos complexa que a islmica devido predominncia da cultura germnica. c) desenvolveu-se uma civilizao que se beneficiou tanto da herana greco-romana quanto da islmica. d) cristalizou-se uma civilizao marcada pela flexibilidade religiosa e tolerncia cultural. e) criou-se uma civilizao sem dinamismo, em virtude de sua dependncia de Bizncio e do Islo.
PUC RS - INSTRUO: Responder s questes com base nas afirmativas sobre o texto.
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I. A tira de Quino constitui uma narrativa porque marcada pela presena de um narrador. II. Entre o segundo e o terceiro quadrinho h uma relao de causa conseqncia. III. A ao se desenvolve a partir do confronto entre os pontos de vista das personagens. IV. H uma transformao que se opera no interior da personagem principal. 11. Pela anlise das afirmativas, conclui-se que esto corretas apenas A) I e II. B) I e IV. C) II e III. D) I, III e IV. E) II, III e IV.
I. No obstante a diferena na pontuao, todas as frases proferidas pelas personagens tm valor exclamativo. II. No primeiro quadrinho, o verbo chegar est empregado no sentido de ter incio e no exige complemento. III. No segundo quadrinho, o verbo chegar significa atingir e exige um complemento introduzido por preposio. IV. O processo que distingue chegar a primavera de chegar primavera equivale ao verificado em chegar o 12. Pela anlise das afirmativas, conclui-se que esto corretas A) I e II, apenas. B) I e IV, apenas. C) III e IV, apenas. D) I, II e III, apenas. E) I, II, III e IV. fim e chegar ao fim.
I. O humor da tira se baseia em mal-entendido e desfecho inesperado. II. H expresses de linguagem coloquial que no condizem com as personagens. III. H atribuio de significado inadequado a um termo ou expresso. 13. correto o que se afirma apenas em: a) I. b) II. c) III. d) I e III. e) II e III.
14. A imagem representa um mito grego. Assinale a transcrio de parte desse mito que pode ser associada a ela. (A) Ddalo era ateniense de nascimento e tido por membro dos Erecteidas, uma vez que era filho de Mtion, filho de Euplamo, filho de Erecteu. Em termos de habilidades naturais, ele sobrepujava em muito todos os outros homens e dedicava-se arte de edificaes, confeco de esttuas e ao trabalho da pedra. (B) Quando Minos ficou sabendo que Teseu e seus companheiros tinham fugido, prendeu Ddalo, por ele culpado pelo ocorrido, no Labirinto, juntamente com seu filho caro, que ele tivera de Naucrtis, escrava de Minos. (C) Ddalo ento confeccionou asas para ele e seu filho; quando este ia se pr ao voo, ele o advertiu de que no voasse muito alto, por temer que a cola derretesse ao sol, desfazendo as asas, nem muito baixo junto ao mar, por temer que elas se desmanchassem devido umidade. (D) Mas caro desconsiderou as instrues de seu pai e, orgulhoso, elevou-se
Carlo Saraceni Museo di Capodimonte, Napoli Image from As-Kzu Klassische Sprachen KZU Fonte: Disponvel em: http://www.fflch.usp.br/dh/heros/traductiones/xenofonte/memoraveis/ dedaloicaro.html. Acesso em 28 de maro de 2009
sempre mais alto; ao derreter a cola, caiu ao mar, chamado de Icrio por causa dele, e pereceu. J Ddalo voou em segurana at Camico, na Siclia. (E) Chamado ilha de Dolique, Ddalo avistou o corpo de caro l deposto na praia, sepultou-o, dando ilha o nome de Icria, ao invs de Dolique. Ddalo, por sua vez, confeccionou uma esttua em Pisa semelhana de Hracles; este, certa noite, no a reconhecendo, tomou-a por pessoa viva e a apedrejou
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O LEVANTAMENTO DE HIPTESES
Voc conheceu e exercitou algumas aes ou operaes frequentemente solicitadas nas provas do Enem e do vestibulares, tais como comparao, a identificao, observao e memorizao, entre outras. Agora vai ficar sabendo o que LEVANTAR HIPTESES e como essa operao explorada em exames. o levantamento de hipteses uma das operaes mais executadas ao se trabalhar com interpretao de textos. Embora no seja geralmente exigida de modo explcito nas perguntas, essa operao acaba sendo um passo intermedirio para a realizao de outras. Por exemplo, s vezes para realizar operaes como CONCLUIR ou INTERPRETAR, necessrio que, antes, o estudante levante HIPTESES, na tentativa de captar o que no est sendo explicitado no texto. O levantamento de hipteses , portanto, compreenso global. uma tentativa de salientar os implcitos de um texto, operao necessria para a
ENEM - O autor da tira utilizou os pricpios de composio de um conhecido movimento artstico para representar a necessidade de um mesmo observador aprender a considerar, simultaneamente, diferentes pontos de vista.
1. Das obras reproduzidas, todas de autoria do pintor espanhol Pablo Picasso, aquela em cuja composio foi adotado um procedimento semelhante :
Ao ler a tira de Calvin, o estudante deveria observar que ver os dois lados de tudo e a fratura mencionados equivalem, no plano visual, ao rosto fragmentado de Calvin e posio irregular de seus olhos no ltimo quadrinho.
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Feito isso, o passo seguinte seria relacionar a tira com as pinturas de Pablo Picasso, na busca de elementos comuns. Essa operao complexa, pois implica vrias outras operaes, como OBSERVAR, ANALISAR e COMPARAR todas as reprodues, LEVANTAR HIPTESES sobre o que deveria haver de comum entre eles e a tira (por exemplo, seria o nmero de personagens, ou o ambiente, ou os gestos?) e, finalmente, CONCLUIR, chegando a uma resposta. A resposta correta a alternativa E porque, nela, o rosto da mulher retratada tambm apresenta "fratura", j que os olhos, a boc e o naiz aparecem posicionados, a um s tempo, de diferentes ngulos. Seja eu, Seja eu, Deixa que eu seja eu. E aceita O que seja seu. Ento deita e aceita eu. Molha eu, Seca eu, 2. UEP PR - Pode-se afirmar que o texto a) Apresenta a linguagem, na norma culta, usada nos variados gneros, inclusive na poesia do sentimento amoroso. b) Descreve uma personagem feminina a partir de sentimentos e no pelos atributos fsicos. c) Conta uma histria de amor no correspondido depois de longos anos de espera. d) Traz poesia e linguagem subjetiva, sem preocupao com a norma culta, seguindo os padres poticos. e) Apresenta ao leitor uma opinio sobre determinado assunto no caso, o amor-paixo. 3. No que diz respeito linguagem utilizada no texto, verificam-se trechos que no esto de acordo com a norma culta. Isso se d porque a) a autora desconhece tal norma e, inconscientemente, adota a norma rural brasileira. b) a norma culta muito difcil e poucas pessoas a usam devido ao elevado ndice de analfabetismo no Brasil. c) a linguagem utilizada no texto reflete a ignorncia do pblico leitor deste gnero em especial. d) houve um descuido do revisor do texto e isso seria uma atribuio dos rgos fiscalizadores. e) a linguagem utilizada no texto reflete traos de oralidade, muitas vezes comuns ao gnero em que se insere. 4. A partir da leitura do texto, correto afirmar que h a) Um pedido de desculpas do possvel autor do texto. b) Uma ordem do autor do texto, com alto grau de superioridade. c) Pedidos de um dos parceiros numa declarao amorosa. d) Solicitaes profissionais em contexto amoroso. e) Uma histria de amor contada por algum em tempo real. PASSADO HISTRICO Do aoite da mulata ertica da negra boa de eito e de cama (nenhum registro)
FTIMA, Snia. ln: QUILOMBHOJE (Org.). Cadernos Negros: os melhores poemas. So Paulo: Quilombhoje, 1998. p. 118.
Deixa que eu seja o cu E receba O que seja seu. Anoitea e amanhea eu. Beija eu, Beija eu, Beija eu, me beija. Deixa O que seja ser
Ento beba e receba Meu corpo no seu corpo, Eu no meu corpo, Deixa, Eu me deixo Anoitea e amanhea ANTUNES, A.; MONTE,M. e LINDSAY, A. Beija Eu. Mais. EMI, cd
5. UFBA BA - Com base no poema, verdadeiroo que se afirma nas seguintes proposies: 01. O discurso lrico se prope fazer um tributo mulher negra, ressaltando, sobretudo, a sua espiritualidade. 02. O poema registra o passado da mulher negra, considerando-o distorcido e, mesmo assim, sugere reviv-Io. 04. A condio feminina da mulher negra na atualidade questionada, negando-lhe o seu carter de sensualidade. 08. O sujeito potico pode ser considerado uma contra-voz a favor da mulher negra e contra as instncias histricas do poder. 16. A ingnua conduta sexual da mulher negra focalizada pelo eu-lrico como perigosa e maculadora da famlia no passado colonial. 32. O lugar sociocultural da mulher negra, omitido pela histria oficial, resgatado pela voz potica.
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6. FUVEST SP - 01 No texto, o fato que corresponde ao ttulo Enxugando a folha de pagamentos a) a demisso do funcionrio. b) a decorao do local de trabalho. c) o aproveitamento das samambaias. d) a prestao de servios na empresa. e) o pedido para no ser dispensado. 7. O humor nesse texto decorre, principalmente, a) da deciso do chefe sobre a demisso do funcionrio antigo. b) do aproveitamento de samambaias para decorar a empresa. c) da interpretao diferente dada a preencher o espao vazio. d) do motivo alegado pelo patro para a dispensa do funcionrio. e) do modo como o funcionrio reagiu diante da demisso. 8. UFG GO - Considerando- se as formas retratadas e a circunstncia que elas representam, o ttulo da foto sugere que educar (A) viver momentos de descontrao. (B) alcanar a condio do outro. (C) construir um ambiente seguro. (D) compartilhar experincias. (E) transmitir ensinamentos adequados.
UFMG MG - As questes devem ser respondidas com base na leitura do texto abaixo. Leia atentamente todo o texto antes de responder a elas. MINAS NO ACREDITA EM MINAS? Sempre me intrigou o jeito blas, de quem no se impressiona com nada, assumido por ns, mineiros. Acho folclrica a imagem de desconfiado, usurrio e sonegador que o Brasil tem de ns. Mas sempre tive curiosidade de saber por que, diante do extraordinrio, do extravagante ou do maravilhoso, h em Minas um esmerado empenho em exibir uma fria naturalidade, como se isso fosse familiar e corriqueiro. Com que propsito se escamoteia que uma coisa, uma pessoa, uma obra impressionante, inesperada, deslumbrante? Depois de tantos anos vivendo fora de Min as, se encontro um amigo mineiro e comento, por exemplo, o extraordinrio romance do Saramago, a reao uma plida e silenciosa concordncia, que no vai alm de um balanar de cabea. To constrangida que parece esboada apenas para no me desapontar, como convm nunca assaz louvada hospitalidade mineira. Se, com outro amigo, comento o fantstico espetculo de Aderbal Jnior sobre Vargas, a resposta , quando muito, um glido e circunspecto ... interessante.... E v agora voc elogiar o ltimo filme de Wim Wenders: receber de volta um olhar superior acompanhado de um sorriso blas, seguido de um lacnico ... ., pronunciado depois de amarga indeciso. Qual seria a origem de um comportamento to singular? A frieza e a discrio diante do inesperado talharam a conduta de celebrados polticos mineiros que, sem perder as oportunidades, souberam conter paixes e entusiasmos na avaliao objetiva do quadro de foras. H quem diga que as montanhas criam uma propenso ao ensimesmamento, que parte da psicologia mineira refrear a empolgao. Um mineiro eufrico dizem morreria de solido depois de devidamente secado pelo olhar demolidor do vizinho mais prximo. Consta que herdamos a to propalada desconfiana dos nossos antepassados do ciclo do ouro. A riqueza sbita convivia com roubos e traies: o contrabando tinha que driblar a represso implacvel. Nesse ambiente, quem no fosse astuto, velhaco e manhoso no rapava nada. Mais do que a ser desconfiados, ali aprendemos a ser sonsos: jurar lealdade e f e, ao mesmo tempo, encher de ouro o oco da santinha. ARAJO , Alcione. ISTO MINAS. 26 fev.1992. p. 34. (Adaptado) 9. INCORRETO afirmar que, nesse texto, o autor A) aponta determinados aspectos da multifacetada personalidade dos mineiros. B) apresenta algumas razes que justificam a maneira de ser do mineiro. C) descreve as mudanas de comportamento dos mineiros ao longo da histria. D) destaca o que diferencia especialmente os mineiros dos demais brasileiros.
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10. Com base na leitura desse texto, CORRETO afirmar que, nele, o autor A) considera o comportamento dos mineiros como inadequado. B) defende o desinteresse como uma caracterstica folclrica dos mineiros. C) enfatiza o carter dos mineiros cultos, que zelam por suas tradies. D) trata de alguns esteretipos da identidade dos mineiros. 11. Assinale a alternativa em que, na passagem transcrita do texto, NO est expressa a idia de indiferena. A) ... a resposta , quando muito, um glido e circunspecto ... interessante.... B) ... h em Minas um esmerado empenho em exibir uma fria naturalidade... C) ... herdamos a to propalada desconfiana dos nossos antepassados... D) ... receber de volta um olhar superior acompanhado de um sorriso blas...
UFMT MT - 12. Da leitura das charges, pode-se afirmar: a) Na charge I, a personagem de terno representa um poltico, candidato a um cargo eletivo, que compra votos de eleitores no politizados. b) A charge II objetiva mostrar que o povo brasileiro est descontente com a situao scio-econmica do pas. c) A sintaxe no verbal do texto I, especialmente a presena de tons claros, evidencia que a situao retratada acontece s claras, pois no h impedimento legal. d) As charges diferenciam-se pelo tema abordado, mas so semelhantes pela intencionalidade e situacionalidade. e) As condies de produo das duas charges so idnticas, garantindo o dilogo entre os temas abordados. 13. Sobre a concordncia verbal nas frases Vendem-se votos e Admite-se faxineiros com experincia, analise as afirmativas. I - A concordncia do verbo com o sujeito na frase Admite-se faxineiros com experincia desobedece intencionalmente s normas da escrita padro visando tornar a linguagem um trao caracterstico da situao retratada. II - A indefinio da pessoa que vende votos (charge I) marcada pela presena do se, ndice de indeterminao do sujeito, o que torna a concordncia verbal inadequada. III - Como a charge I insere-se num contexto scio-poltico, a concordncia entre verbo e sujeito ideolgica, subentendendo a idia de coletivo. IV - Se uma instituio de ensino fosse exibir um cartaz com a frase da charge II, deveria reescrev-la da seguinte forma: Admitem-se faxineiros com experincia. Esto corretas as afirmativas: a) II, III e IV, apenas. b) I e IV, apenas. c) III e IV, apenas. d) I, II e III, apenas. e) I, II, III e IV.
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A EXPLICAO E A DEMONSTRAO
Voc conheceu e exercitou diferentes operaes ou esquemas de ao, como a observao, a anlise, a comparao e o levantamento de hipteses, entre outras. Conhea a EXPLICAO e a DEMONSTRAO. A explicao uma das operaes mais solicitadas em questes de interpretao de texto e em questes discursivas de qualquer disciplina. J a demonstrao mais comum nas prova discursivas de cincias exatas. EXPLICAR elucidar a relao entre fatos e ideias ou fazer entender a veracidade (ou no) de alguma ideia, teoria ou fato o por meio de elementos ou argumentos; nessa situao, a relao de causa e efeito geralmente a mais enfatizada. DEMONSTRAR ou mostrar descrever e explicar de maneira ordenada e pormenorizada, com auxlio de exemplos; provar com um raciocnio convincente.
a) No primeiro quadrinho, a meno a palavres constri uma expectativa que quebrada no segundo quadrinho. Mostre como ela produzida, apontando uma expresso relacionada a palavres, presente no primeiro quadrinho, que ajuda na construo dessa expectativa. b) No segundo quadrinho, o cmico se constri justamente pela quebra da expectativa produzida no quadrinho anterior. Entretanto, embora a relao pressuposta no primeiro quadrinho se mantenha, ela passa a ser entendida num outro sentido, o que produz o riso. Explique o que se mantm e o que alterado no segundo quadrinho em termos de pressupostos e relaes entre as palavras. Gabarito oficial: a) No primeiro quadrinho estabelecida uma relao entre palavres e passar vergonha. Essa relao de causalidade, ou seja, o pronunciamento de palavras de baixo calo pelo papagaio e uma respectiva reao indignada por parte dos ouvintes seriam a razo pela qual o menino, dono do papagaio, passaria vergonha. O candidato no precisar nomear a relao como de causalidade, mas dever mostrar que reconhece essa relao. b) A relao de causalidade e a inadequao das palavras usadas pelo papagaio, referidas como palavres, se mantm, pois, de fato, a natureza dos palavres que faz com que o menino se envergonhe. O que se altera so as causas da vergonha. Pressupunha-se no primeiro quadrinho que a agressividade dos palavres era a causa da inadequao e, portanto, de se passar vergonha. No segundo quadrinho, entretanto, pelo fato de o papagaio falar xixi, coc, etc., altera-se a razo da inadequao. Trata-se de expresses normalmente usadas por crianas muito pequenas, expresses incuas, que causam riso nos ouvintes e, portanto, constrangem o dono do papagaio. A premissa de que o papagaio costuma repetir apenas aquilo que ouve na casa em que vive torna mais contundente a imagem de que seu dono quem seria infantil, motivo do embarao.
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Flagra (Rita Lee & Roberto de Carvalho) No escurinho do cinema Chupando drops de aniz Longe de qualquer problema Perto de um final feliz Se a Deborah Kerr que o Gregory Peck No vou bancar o santinho Minha garota Mae West
Eu sou o Sheik Valentino Mas de repente o filme pifou E a turma toda logo vaiou Acenderam as luzes, cruzes! Que flagra! Que flagra! Que flagra!
1. UFRJ RJ - No texto III, a pronncia dos nomes de atores clebres do cinema americano no 5 verso leva a um criativo efeito cmico. a) Explique esse efeito, valendo-se de elementos fnicos e morfossintticos. b) Identifique, no plano vocabular, a relao semntica entre o 5 e o 6 versos.
06. (FUVEST) Distribuio da Populao Rural e Urbana - Brasil 1940 / 1991 Ano 1940 1950 1960 1970 1980 1991 Urbana % 31,23 36,16 44,67 55,92 67,60 75,47 Rural % 68,77 63,84 55,33 44,08 32,40 24,53
2. Assinale a alternativa que explica a tabela. a) Devido grande industrializao nas cidades, o perodo de 1940-1950 registrou as maiores taxas de crescimento da populao urbana. b) O intenso processo de modernizao do campo explica o acentuado esvaziamento da populao rural entre 1950 e 1960. c) A forte industrializao registrada, no campo e na cidade, explica as taxas iguais de crescimento da populao urbana e rural entres 1950 e 1960. d) Aps 1950, o processo de industrializao gerou forte migrao da populao do campo para a cidade, praticamente invertendo sua distribuio no final dos anos 80. e) O avano da industrializao no campo, interrompido nas duas ltimas dcadas, justifica a reduo, pela metade, da populao rural.
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A JUSTIFICAO
Em aulas anteriores, entre outras operaes, voc aprendeu o que a observao, a anlise, a comparao e a memorizao. Veja, agora, o que a JUSTIFICAO e como ela solicitada em exames do Enem e dos vestibulares. Nas questes discursivas comum ser solicitado ao estudante que realize determinada operao - por exemplo, interpretar, comparar, inferir e que justifique sua resposta. O que justificar? Justificar: demonstrar que algo est certo ou que (algum) est com a razo; fornece argumentos a favor de; encontrar razes vlidas para; legitimar. (Adaptado do Dicionrio eletrnico Houaiss da lngua portuguesa Portanto, quando em exame se pede ao estudante que justifique sua
resposta, o que se espera que ele comprove o que afirma com provas textuais concretas. Ou seja, ele deve indicar ou retirar do texto palavras, expresses, frases, imagens, fatos que comprovem uma afirmao anterior. Veja, a seguir, dois exemplos de como essa exames. Happy end (Cacaso) O meu amor e eu nascemos um para o outro agora s falta quem nos apresente Eis a resposta que consta do gabarito oficial: O ttulo oficial do poema de Cacas o e seus dois primeiros versos remetem a um amor predestinado, idealizado. O desejo de realizao desse amor, entretanto, desmontado pelo terceiro verso, que traz a contingncia da realidade. Essa ironia destrutiva caracterstica do discurso pardico. Nessa questo, no o estudante quem deve afirmar algo para depois justificar. A prpria questo apresenta uma afirmativa para ser justificada. Nesse caso, indispensvel que se compreenda bem a afirmativa. O candidato deveria perceber que, com o ltimo verso, (acaso destri o imaginrio romntico do "final feliz", contrapondo o ideal (amor perfeito) ao real (ainda falta conhecer a pessoa amada). Observe que a justificativa apresentada na resposta oficial demonstra como o poema foi organizado para construir a pardia. Por isso, refere-se oposio entre o ltimo verso e as demais partes do poema (incluindo o ttulo) para ressaltar a ironia destrutiva como um procedimento tpico da pardia. UFRJ RJ - O texto Happy end cujo ttulo (final feliz) faz uso de um lugar-comum dos filmes de amor constri-se na relao entre desejo e realidade, e pode ser considerado uma pardia de certo imaginrio romntico. Justifique a afirmativa, levando em conta elementos textuais. operao solicitada em
1. A tira trata de modo bem-humorado aspectos relativos adolescncia. a) A partir da seqncia de quadros, justifique por que o adolescente utiliza um kit bsico de frases para sobreviver. b) Considere a legenda na parte inferior da tira e explique como o recurso da intertextualidade ajuda a compor o efeito de humor do texto.
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A CONTEXTUALIZAO
No mbito da a e interpretao de textos, muito valorizada a noo de CONTEXTO. A prenda o que CONTEXTUALIZAR e como essa opera o pode ser exigida nos exames do Enem e dos vestibulares. Contextualizar ou contextuar significa incluir ou intercalar em um texto. Contexto significa o encadeamento de idias de um escrito, argumento ou composio. Encadear significa ligar com cadeia. Acorrentar, prender;/coordenar (idias, argumentos etc.); concatenar;/tirar a ao ou o movimento a; cativar, sujeitar;/atrair, ligar por afeto; afeioar;/ formar srie, ligarse a outros;/fazer seguir na ordem natural. Contextuar corresponde a algo inclusivo, que liga, por exemplo, diferentes palavras e outros indicadores semnticos, compondo um frase, pargrafo ou texto. A proposta da questo um convite para que leia o enunciado com cuidado, que interprete o que est sendo proposto. Que coordene as idias, os argumentos apresentados e que interprete a pergunta ou o desafio que o enunciado faz. Alm disso, prope-se que o aluno articule com outras informaes de seu conhecimento ou com outro texto e decida sobre o que expressar da melhor forma. lcool, crescimento e pobreza O lavrador de Ribeiro Preto recebe em mdia R$ 2,50 por tonelada de cana cortada. Nos anos 80, esse trabalhador cortava cinco toneladas de cana por dia. A mecanizao da colheita o obrigou a ser mais produtivo. O corta-cana derruba agora oito toneladas por dia. O trabalhador deve cortar a cana rente ao cho, encurvado. Usa roupas mal-ajambradas, quentes, que lhe cobrem o corpo, para que no seja lanhado pelas folhas da planta. O excesso de trabalho causa a birola: tontura, desmaio, cibra, convulso. A fim de agentar dores e cansao, esse trabalhador toma drogas e solues de glicose, quando no farinha mesmo. Tem aumentado o nmero de mortes por exausto nos canaviais. O setor da cana produz hoje uns 3,5% do PIB. Exporta US$ 8 bilhes. Gera toda a energia eltrica que consome e ainda vende excedentes. A indstria de So Paulo contrata cientistas e engenheiros para desenvolver mquinas e equipamentos mais eficientes para as usinas de lcool. As pesquisas, privada e pblica, na rea agrcola (cana, laranja, eucalipto etc.) desenvolvem a bioqumica e a gentica no pas. Folha de S. Paulo, 11/3/2007 (com adaptaes). 1. Confrontando-se as informaes do texto com as da charge acima, conclui-se que a) a charge contradiz o texto ao mostrar que o Brasil possui tecnologia avanada no setor agrcola. b) a charge e o texto abordam, a respeito da cana-de-acar brasileira, duas realidades distintas e sem relao entre si. c) o texto e a charge consideram a agricultura brasileira avanada, do ponto de vista tecnolgico. d) a charge mostra o cotidiano do trabalhador, e o texto defende o fim da mecanizao da produo da cana-de-acar no setor sucroalcooleiro. e) O texto mostra disparidades na agricultura brasileira, na qual convivem alta tecnologia e condies precrias de trabalho, que a charge ironiza. 2. (Adaptada) O tipo de mo-de-obra que aparece caracterizado na charge denominado: a) arrendatrio b) bia-fria c) meeiro d) posseiro
3. Considere-se que cada tonelada de cana-de-acar permita a produo de 100 litros de lcool combustvel, vendido nos postos de abastecimento a R$ 1,20 o litro. Para que um corta-cana pudesse, com o que ganha nessa atividade, comprar o lcool produzido a partir das oito
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toneladas de cana resultantes de um dia de trabalho, ele teria de trabalhar durante a) 3 dias. 4. UNB DF verdade, chuva no serto. A voz do meu av estava trmula. O homem duro chegara a se comover. E tossia alto para que no o vissem na comoo. Na outra noite os relmpagos se firmaram mesmo. A conversa da cozinha ganhara outra animao. chuva no serto. Dois dias depois vinham de volta sertanejos que no resistiram saudade da terra ressuscitada. J voltavam com outra cara. O sol que lhes tirara tudo seria dominado pela chuva do cu. O Paraba no tardaria a descer. Chamavam a primeira cheia do rio de correio do inverno. O cu se avolumava em nuvens brancas. Eram os carneiros pastando. As notcias se amiudavam sobre as chuvas. Uns falavam de muita gua no Piau, outros j sabiam que no Cear os rios estavam correndo. E comeava a fazer um calor dos infernos. A negra generosa garantia que aquela quentura era aviso de cheia: Vem gua descendo. (...) Quando o rio chegava, corramos para v-lo de perto. A cabea da primeira cheia era como se fosse um servio de limpeza geral do leito. Descia com ela uma imundcie de restos e matrias em putrefao. Bois mortos, cavalos meio rodos 22 pelos urubus. Aos poucos o Paraba comeava a limpar. O leito coberto de juncos, as vazantes de batata-doce cediam lugar ao caudal que se espalhava de barreira a barreira. gua vermelha como de barreiro de olaria. Jos Lins do Rego. Meus verdes anos. Rio de Janeiro: Jos Olympio/INL/MEC, 1980, p. 81-2. O texto acima corresponde a fragmentos extrados da obra Meus Verdes Anos, de Jos Lins do Rego. Com relao s estruturas desse texto e a aspectos literrios, histricos e geogrficos brasileiros, julgue os itens em V ou F: 1. O trecho ilustra caracterstica marcante na obra de Jos Lins do Rego, que recordar a prpria vida, misturando realidade e fico, memria e imaginao. 2. A principal caracterstica do conjunto da obra de Jos Lins do Rego a focalizao na decadncia da monocultura da cana-de-acar, provocada pela industrializao, pela mquina. 3. Jos Lins do Rego aproxima-se da esttica de Guimares Rosa, tanto pela inovao na lngua quanto pelas caractersticas da narrativa voltada para a violncia no serto. 4. Nos fragmentos apresentados, o autor discorre acerca de uma anomalia climtica: chuva no serto nordestino cuja caracterstica a semiaridez. 5. O emprego do tempo verbal de chegara (R.3), ganhara (R.5) e tirara (R.8) indica que esses verbos expressam aes ocorridas antes da afirmao verdade, chuva no serto (R.1). 6. Pela expresso correio do inverno (R.10), depreende-se do texto que foi a chegada da cheia do rio Paraba que permitiu ao av enunciar: verdade, chuva no serto . 7. Subentende-se do contexto em que est a orao Eram os carneiros pastando (R.11) que o rio Paraba cercado de morros onde so criados carneiros. 8. Apesar de no explicitar o pronome se, indicativo de reflexividade, o verbo limpar (R.22) deixa subentender a voz reflexiva. 9. A vrgula empregada depois de juncos (R.23) separa dois termos enumerados e, por isso, corresponde conjuno aditiva e. 10. As vazantes de batata-doce (R.23) dizem respeito agricultura de subsistncia praticada nas vrzeas dos rios, de forma sazonal, devido ao regime fluvial. 11. Em relao s polticas sociais, a Primeira Repblica pouco modificou a realidade precedente, da qual o pungente cenrio nordestino seria um exemplo a mais, situao que tende a ser alterada a partir de 1930, no contexto da Era Vargas. b) 18 dias. c) 30 dias. d) 48 dias. e) 60 dias
ENEM Texto I
Agora Fabiano conseguia arranjar as idias. O que o segurava era a famlia. Vivia preso como um novilho amarrado ao mouro, suportando ferro quente. Se no fosse isso, um soldado amarelo no lhe pisava o p no. (...) Tinha aqueles cambes pendurados ao pescoo. Deveria continuar a arrast-los? Sinha Vitria dormia mal na cama de varas. Os meninos eram uns brutos, como o pai. Quando crescessem, guardariam as reses de um patro invisvel, seriam pisados, maltratados, machucados por um soldado amarelo.
Graciliano Ramos. Vidas Secas. So Paulo: Martins, 23. ed., 1969, p. 75.
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Texto II Para Graciliano, o roceiro pobre um outro, enigmtico, impermevel. No h soluo fcil para uma tentativa de incorporao dessa figura no campo da fico. lidando com o impasse, ao invs de fceis solues, que Graciliano vai criar Vidas Secas, elaborando uma linguagem, uma estrutura romanesca, uma constituio de narrador em que narrador e criaturas se tocam, mas no se identificam. Em grande medida, o debate acontece porque, para a intelectualidade brasileira naquele momento, o pobre, a despeito de aparecer idealizado em certos aspectos, ainda visto como um ser humano de segunda categoria, simples demais, incapaz de ter pensamentos demasiadamente complexos. O que Vidas Secas faz , com pretenso no envolvimento da voz que controla a narrativa, dar conta de uma riqueza humana de que essas pessoas seriam plenamente capazes.
Lus Bueno. Guimares, Clarice e antes. In: Teresa. So Paulo: USP, n. 2, 2001, p. 254.
5. A partir do trecho de Vidas Secas (texto I) e das informaes do texto II, relativas s concepes artsticas do romance social de 1930, avalie as seguintes afirmativas. I O pobre, antes tratado de forma extica e folclrica pelo regionalismo pitoresco, transforma-se em protagonista privilegiado do romance social de 30. II A incorporao do pobre e de outros marginalizados indica a tendncia da fico brasileira da dcada de 30 de tentar superar a grande distncia entre o intelectual e as camadas populares. III Graciliano Ramos e os demais autores da dcada de 30 conseguiram, com suas obras, modificar a posio social do sertanejo na realidade nacional. correto apenas o que se afirma em: a) I. 6. No texto II, verifica-se que o autor utiliza: a) linguagem predominantemente formal, para problematizar, na composio de Vidas Secas, a relao entre o escritor e o personagem popular. b) linguagem inovadora, visto que, sem abandonar a linguagem formal, dirige-se diretamente ao leitor. c) linguagem coloquial, para narrar coerentemente uma histria que apresenta o roceiro pobre de forma pitoresca. d) linguagem formal com recursos retricos prprios do texto literrio em prosa, para analisar determinado momento da literatura brasileira. e) linguagem regionalista, para transmitir informaes sobre literatura, valendo-se de coloquialismo, para facilitar o entendimento do texto. b) II. c) III. d) I e II. e) II e III.
UNB DF - Tudo parecia to simples. O mar l, o cu por cima, tempo pra tudo, pressa pra qu. Estava tudo quieto um dia, uns na praia, outros em casa, o fogo frio, a geladeira quieta, uns na cama e outros na rede, uma tia falou que dia quieto. Foi num dia assim falou Tio Raul que Getlio se matou. Foi num dia assim que caiu a bomba em Hiroshima. T quieto pra ns aqui, suspirou, mas quem sabe o que vai pelo mundo. Quieto para ns aqui, repetiu fechando os olhos; mas a gente ficou se olhando, tontos com o mundo de morte e batalhas l fora; e de repente at o mar parecia estranho. Domingos Pellegrini. Meninos e meninas. 7. A partir do texto acima, julgue os seguintes itens. 1. A obra de Domingos Pellegrini contempornea obra de Euclides da Cunha e apresenta caractersticas semelhantes. 2. As expresses pra e T indicam que o autor incorporou ao texto marcas prprias da oralidade. 3. O suicdio de Vargas, aludido no texto, ocorreu em um ambiente de pronunciada crise poltica, com o presidente instado, mais uma vez, a renunciar. Ao optar pelo gesto extremo, de certo modo, Getlio adiou o desfecho golpista das foras que se opunham ao trabalhismo e poltica que ele representava. 4. Considerado uma exceo no universo poltico representado pela UDN, Carlos Lacerda tentou retirar o governo Vargas da crise em que se encontrava, por temer que a queda do velho caudilho fomentasse uma incontrolvel revolta popular. 5. A bomba lanada em Hiroshima, referida no texto, foi um dos fatos que motivaram o Japo a entrar na Segunda Guerra Mundial contra os Aliados, estendendo o conflito para a grande rea do Pacfico. So Paulo: tica, 1998, p. 96.
Potica Estou farto do lirismo comedido Do lirismo bem comportado Do lirismo funcionrio pblico com livro de ponto expediente protocolo e [manifestaes de apreo ao Sr. diretor.
8. Potica, de Manuel Bandeira, quase um manifesto do movimento modernista brasileiro de 1922. No poema, o autor elabora crticas e propostas que representam o pensamento esttico predominante na poca. Com base na leitura do poema, podemos afirmar corretamente
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Estou farto do lirismo que pra e vai averiguar no dicionrio o cunho vernculo de um vocbulo Abaixo os puristas ............................................................................................ Quero antes o lirismo dos loucos O lirismo dos bbedos O lirismo difcil e pungente dos bbedos O lirismo dos clowns de Shakespeare No quero mais saber do lirismo que no libertao. (BANDEIRA, Manuel. Poesia Completa e Prosa. Rio de Janeiro. Aguilar, 1974)
que o poeta: (A) critica o lirismo louco do movimento modernista. (B) critica todo e qualquer lirismo na literatura. (C) prope o retorno ao lirismo do movimento clssico. (D) prope o retorno ao lirismo do movimento romntico. (E) prope a criao de um novo lirismo.
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A INTERPRETAO
Voc conheceu e exercitou algumas aes ou operaes avaliadas nas provas do Enem e do vestibular, tais como a comparao, a anlise e a inferncia, entre outras. Conhea a INTERPRETAO e veja como essa operao avaliada nesses exames. Por vezes, difcil isolar uma operao mental de outra. Em interpretaes de texto, frequentemente operaes como o levantamento de hipteses, a anlise, a comparao ou a relao so passos intermedirios, que precedem a interpretao. Interpretar significa, segundo os dicionrios, "determinar o sentido preciso de um texto ou de u a lei; explicar o sentido de; entender; julgar". No mbito escolar, segundo Lino de Macedo, um dos mentores da prova do Enem, interpretar constitui sempre uma inferncia ou concluso autorizada por sinais, indcios ou indicadores presentes em um texto. Interpretar supe acrescentar sentido, ler nas entrelinhas, preencher os vazios e, dentro dos limites de determinado material, ampliar o seu contedo. PUC SP - Segundo o dicionarista Antnio Houaiss, charge desenho humorstico, com ou sem legenda ou balo, geralmente veiculado pela imprensa e tendo por tema algum acontecimento atual, que comporta crtica e focaliza, por meio de caricatura, uma ou mais personagens envolvidas. 1. No caso da charge, a crtica que ela comporta dirigida a) formalidade da mensagem veiculada na televiso: "Este programa inadequado para menores de 12 anos". b) rispidez do garoto que no usa palavras polidas para pedir o desligamento da televiso: "No ouviu? Desliga essa TV". c) ao pouco domnio da norma padro culta das crianas, pois o garoto usa "ouviu" (= 3 pessoa do singular) ao lado de "Desliga!" (= 2 pessoa do singular). d) exposio gratuita da marca do charuto e do usque que as crianas consomem, facilmente perceptvel pelo desenho. e) falha na educao das crianas que, longe daqueles que podem educ-las, precocemente jogam, bebem e fumam.
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TEREZINHA O primeiro me chegou Como quem vem do florista Trouxe um bicho de pelcia Trouxe um broche de ametista Me contou suas viagens E as vantagens que ele tinha Me mostrou o seu relgio Me chamava de rainha Me encontrou to desarmada Que tocou meu corao Mas no me negava nada 2. Marque a correta:
E assustada eu disse no. O segundo me chegou Como quem chega do bar Trouxe um litro de aguardente To amarga de tragar Indagou o meu passado E cheirou minha comida Vasculhou minha gaveta Me chamava de perdida Me encontrou to desarmada Que arranhou meu corao Mas no me entregava nada E assustada eu disse no.
O terceiro me chegou Como quem chega do nada Ele no me trouxe nada Tambm nada perguntou Mal sei como ele se chama Mas entendo o que ele quer Se deitou na minha cama E me chama de mulher Foi chegando sorrateiro E antes que eu dissesse no Se instalou feito posseiro Dentro do meu corao.
(Letra e msica. So Paulo: Companhia das Letras, 1997.)
A) uma narrativa envolvendo trs personagens: os pretendentes de Terezinha. B) O poema enfatiza a simultaneidade dos relacionamentos de Terezinha com seus pretendentes num tempo passado. C) Cada pretendente tratava Terezinha de modo diferente, mas nenhum a via simplesmente como mulher. D) A ao dos pretendentes, por revelar seu perfil psicolgico, torna desnecessria a descrio fsica. E) A narradora revela-se uma mulher ingnua e recatada, espera do amor que a complete.
[...] Que importa que uns falem mole descansado Que os cariocas arranhem os erres na garganta Que os capixabas e paroaras escancarem as vogais? Que tem se o quinhentos ris meridional Vira cinco tostes do Rio pro Norte? Junto formamos este assombro de misrias e grandezas, Brasil, nome de vegetal!... [...] Andrade, Mrio de. Poesias completas. 6. ed. So Paulo: Martins, 1980.
3. (Enem) As dimenses continentais do Brasil so objeto de reflexes expressas em diferentes linguagens. Esse tema aparece no poema O texto potico ora reproduzido trata das diferenas brasileiras no mbito: a) tnico e religioso. b) lingustico e econmico. c) racial e folclrico. d) histrico e geogrfico. e) literrio e popular. 4. ENEM - O poema pertence poesia concreta brasileira. O termo latino de seu ttulo significa epitalmio, poema ou canto em homenagem aos que se casam. Considerando que smbolos e sinais so utilizados geralmente para demonstraes objetivas, ao serem incorporados no poema Epithalamium II, a) adquirem novo potencial de significao. b) eliminam a subjetividade do poema. c) opem-se ao tema principal do poema. d) invertem seu sentido original. e) tornam-se confusos e equivocados. MAIS ATIVOS, MAIS ESPERTOS
Novas pesquisas sugerem que a prtica regular de exerccios estimula a multiplicao de neurnios e favorece a aprendizagem .O crebro de quem pratica atividade fsica regularmente funciona melhor. Os atletas e os profissionais de educao fsica dizem isso h muito tempo. Pela primeira vez, porm, os cientistas conseguiram reunir um conjunto de evidncias para sustentar a afirmao que antes parecia ser penas um recurso para manter os alunos estimulados. Com ajuda de imagens de ressonncia magntica, os pesquisadores conseguiram determinar o que acontece no crebro de quem malha. Concluram que fazer exerccio uma hora por dia, pelo menos trs vezes por semana, estimula a produo de neurnios e favorece a aprendizagem. Em outras palavras, quem se exercita fica mais esperto. Cientistas da Universidade de Colmbia e do Instituto de Pesquisa Salk, nos Estados Unidos, submeteram um grupo de voluntrios a essa rotina de malhao durante trs meses. Concluram que a prtica dobrou o fluxo de sangue no crebro e provocou o nascimento de novas clulas no hipocampo, a rea relacionada com a memria e com a capacidade de aprendizagem. Para investigar esse fenmeno, os pesquisadores da Universidade Estadual de Campinas decidiram analisar a cabea dos judocas profissionais. O crebro deles foi comparado com o de indivduos sedentrios pelo educador fsico Wantuir Jacini, sob a orientao do neurologista Li Li Min.
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Imagens de ressonncia magntica revelaram que os atletas possuam maior quantidade de massa cinzenta em reas ligadas ao desenvolvimento motor e concentrao. ( Revista poca, 5/11/2007, p.128). 5. As evidncias reunidas pelos cientistas indicam que: a) os profissionais de educao fsica exageram na intensidade do exerccio fsico. b) exerccio fsico benfico apenas para atletas e judocas. c) exerccio fsico regular favorece a um melhor funcionamento do crebro. d) os profissionais de educao fsica supervalorizam o benefcio do exerccio fsico. 6. Os estudos realizados nos Estados Unidos foram realizados com um grupo de: a) profissionais de educao fsica b) desportistas amadores c) judocas d) voluntrios
7. Os estudos nos Estados Unidos e na Universidade Estadual de Campinas constataram o seguinte: a) os benefcios do exerccio fsico foram mais evidentes em alunos estimulados, pois a motivao fundamental nesse caso. b) os exerccios estimulam a produo de neurnios que resultam da aprendizagem com o aumento do fluxo de sangue. c) o nascimento de novas clulas na rea relacionada com a memria e com a capacidade de aprendizagem. d) mais massa cinzenta no crebro dos judocas e maior desenvolvimento motor nos sedentrios.
8. Os provrbios constituem um produto da sabedoria popular e, em geral, pretendem transmitir um ensinamento. A alternativa em que os dois provrbios remetem a ensinamentos semelhantes : (A) Quem diz o que quer, ouve o que no quer e Quem ama o feio, bonito lhe parece. (B) Devagar se vai ao longe e De gro em gro, a galinha enche o papo. (C) Mais vale um pssaro na mo do que dois voando e No se deve atirar prolas aos porcos. (D) Quem casa quer casa e Santo de casa no faz milagre. (E) Quem com ferro fere, com ferro ser ferido e Casa de ferreiro, espeto de pau.
9. ENADE - O filsofo alemo Friedrich Nietzsche (1844-1900), talvez o pensador moderno mais incmodo e provocativo, influenciou vrias geraes e movimentos artsticos. O Expressionismo, que teve forte influncia desse filsofo, contribuiu para o pensamento contrrio ao racionalismo moderno e ao trabalho mecnico, atravs do embate entre a razo e a fantasia. As obras desse movimento deixam de priorizar o padro de beleza tradicional para enfocar a instabilidade da vida, marcada por angstia, dor, inadequao do artista diante da realidade. Das obras, a que reflete esse enfoque artstico : ________
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UEM PR - 10. Assinale a alternativa incorreta quanto ao emprego dos elementos lingusticos utilizados nas duas tirinhas. a) A expresso parabns denota ironia b) A forma verbal ensine se encontra no modo imperativo. c) A expresso agora empregada como delimitadora de tempo anterior e posterior. d) A expresso de duas uma induz um ultimato. e) O conectivo ou, empregado duas vezes, expressa condio. 11. Assinale a alternativa incorreta quanto ao que se pode inferir da leitura das tirinhas. a) Mafalda toma sopa com frequncia e a contra gosto. b) Mafalda entende que os assuntos importantes so alheios s relaes familiares. c) Mafalda v os deveres de casa como uma obrigao intil. d) Mafalda, ao contrrio o que escreve, no miada pela me. e) Mafalda imagina que a professora tenha uma relao hipcrita com a prpria me. Sorria, voc est sendo filmado. H tempos, quando comeamos com essa prtica social de colocar cmeras em locais pblicos, esse aviso tinha um sentido bem pertinente. A advertncia, alm de prevenir os mais incautos de que eles no estavam protegidos do olhar de julgamento do outro, fazia um apelo que ainda tinha sentido naquela poca que, por sinal, bem recente. A interpelao contida no cartaz em carter imperativo buscava fisgar o amor-prprio de cada um que o lesse para que, assim, pudesse mostrar o melhor de si aos outros que o observassem. Afinal, ningum queria ser flagrado em atitude considerada constrangedora e que pudesse provocar vergonha. Sim: havia vergonha, recato, decoro. Lembro, por exemplo, que no livro Na Sala com Danuza publicado no incio dos anos 90 , um trecho dizia que determinado ato no deveria ser praticado nem mesmo na solido de um banheiro escuro. Bem, os tempos mudaram. As placas com o citado aviso se multiplicaram e as cmeras tambm, como um sinal visvel de que vivemos numa sociedade do controle. Entretanto, elas registram tambm o descontrole das pessoas e a desorganizao do espao social compartilhado. Uma cena gravada e apresentada na semana passada em todos os canais de TV e sites com vdeos mostrou o prefeito de So Paulo tendo um chilique porque um cidado protestava contra um ato de seu governo. O homem, ao ser alvo da ira do prefeito, caiu no choro. A cena, explorada exausto, foi pattica: dois adultos se comportando como crianas em pleno espao pblico, portanto sob o olhar de julgamento de todos. Est certo que todos os adultos mantm uma parcela de infncia que precisa ser superada diariamente, e essa a tarefa rdua do exerccio de maturidade. Mas parece que atualmente essa nossa cota infantil, ao invs de ser superada, tem sido cultivada com esmero. Alm disso, o julgamento do outro no mais nos incomoda nem importa. No nos envergonhamos mais de nossos descuidos, nada mais parece nos constranger. O aviso Sorria, voc est sendo filmado ganhou, portanto, um tom irnico. Adolescentes so tentados a fazer caretas e gestos obscenos quando sabem que algum os observa. frente de uma cmera, ento, eles se superam e perdem qualquer pudor. uma maneira de dizer Eu sou assim, o que voc tem com isso?. um modo de enfrentar com insolncia o mundo adulto, do qual acabaram de escapar e para o qual se encaminham. Pois parece que dessa maneira que os adultos tm se comportado publicamente. No nos importamos mais alis, parece que nos orgulhamos disso de expor nossas piores qualidades e caractersticas aos outros. O roxo, uma cor que j foi associada vergonha, na expresso roxo de vergonha, passou recentemente para nossa histria como cor
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que simboliza o orgulho que temos de nossas atitudes irrefletidas e muitas vezes violentas quando um presidente exclamou em um discurso que tinha aquilo roxo. Uma publicidade veiculada pela TV, ao mostrar tudo o que se pode fazer com o dedo indicador, mostra uma criana com o dedo no nariz enquanto o narrador diz limpar o salo. isso: parece que j no queremos mais mostrar o que temos de melhor aos outros e sim o que temos de pior. Isso mostra um grande desprezo pelos outros, no? Basta assistir a algumas cenas do programa BBB para fazer essa constatao. Mas no nos iludamos: isso no ocorre apenas nesse programa, mas no cotidiano de nossa vida pblica. Ser que conclumos que o que nos une e o que nos equipara na convivncia pblica so nossas mazelas? SAYO, Rosely. Folha de S. Paulo, 15 de fevereiro de 2007. 12. De acordo com o texto, marque para as alternativas abaixo (V) verdadeira, (F) falsa ou (SO) sem opo. 1 ( ) Para a autora, a falta de vergonha a maior caracterstica do sculo XXI. 2 ( ) A superao da infantilidade leva maturidade. 3 ( ) Atualmente, as cmeras tanto nos controlam como registram nosso descontrole. 4 ( ) Perante as cmeras, todos ns perdemos o pudor.
13. De acordo com os enunciados transcritos abaixo, podemos distinguir uma separao entre fato e opinio. Marque (V) para os que representam uma opinio, (F) para os que representam um fato ou (SO) sem opo. 1 ( ) Uma cena gravada e apresentada na semana passada em todos os canais de TV e sites com vdeos mostrou o prefeito de So Paulo tendo um chilique [...]. 2 ( ) isso: parece que j no queremos mais mostrar o que temos de melhor aos outros e sim o que temos de pior. 3 ( ) A cena, explorada exausto, foi pattica [...]. 4 ( ) Adolescentes so tentados a fazer caretas e gestos obscenos quando sabem que algum os observa. 14. De acordo com o texto, marque para as alternativas abaixo (V) verdadeira, (F) falsa ou (SO) sem opo. 1 ( ) No texto, predomina o uso do presente do indicativo para indicar que a autora expe verdades universais. 2 ( ) Em [...] parece que j no queremos mais mostrar o que temos de melhor aos outros e sim o que temos de pior. alterando-se os tempos verbais para o passado, pode-se reescrever o perodo acima da seguinte forma: parecia que j no queramos mais mostrar o que tnhamos de melhor aos outros e sim o que tnhamos de pior. 3 ( ) O enunciado [...] um trecho dizia que determinado ato no deveria ser praticado nem mesmo na solido de um banheiro escuro. pode ser assim transposto para o discurso direto: um trecho dizia: determinado ato no deve ser praticado nem mesmo na solido de um banheiro escuro. 4 ( ) O enunciado uma maneira de dizer Eu sou assim [...], pode ser transposto para o discurso indireto da seguinte forma: uma maneira de algum dizer que assim [...]. 15. De acordo com o texto, marque para as alternativas abaixo (V) verdadeira, (F) falsa ou (SO) sem opo. 1 ( ) Em Sorria, voc est sendo filmado. (linha 1), as aspas esto sendo usadas para realar ironicamente a fala da autora. 2 ( ) Em frente de uma cmera, ENTO, eles se superam e perdem qualquer pudor, a palavra em destaque pode ser substituda por NESSE CASO, sem alterar o sentido do texto. 3 ( ) Em BEM, os tempos mudaram. o termo em destaque foi usado para exprimir desaprovao quanto ao que foi dito anteriormente. 4 ( ) Em Ser que conclumos que o que nos une e o que nos equipara na convivncia pblica so nossas MAZELAS? o termo em destaque pode ser substitudo por falhas.
BIBLIOGRAFIA: Leitura - Para Novo Enem e Vestibular Autor: Cleto, Ciley; Cereja, William Roberto; Magalhes, Thereza Cochar <javascript:PesquisaAutor);> Editora: Atual <javascript:PesquisaMarca);> Categoria: Didticos / Ensino Mdio <javascript:PesquisaCategoria);> 1 edio. PROVAS ENEM, UNB, FUVEST, UEM, ENADE, UFMT, UFMG, UEP, PUC/RS, PUC/SP, UEL/PR, UFJF, ITA, UFPEL, UFA, UFG/GO
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GABARITO
COMPETNCIA LEITORA E HABILIDADES DE LEITURA PGINA 02 1. d 2. b 3. c 4. a 5. a 6. b 7. ECEEC 8. ECEC 9. c 10. e A OBSERVAO, A ANLISE E A IDENTIFICAO PGINA 05 1. a 2. a 3. e 4. b 5. 01 6. c 7. a 8. e 9. e 10. d 11. c 12. a 13. c 14. d 15. e
A COMPARAO PGINA 09 1. b 2. d 3. c 4. c 5. a 6. b 7. d 8. e 9. e 10. b 11. a 12. e 13. d 14. d 15. b 16. b A MEMORIZAO PGINA 16 1. b 2. e
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3. e 4. b 5. c 6. b 7. d 8. e 9. e A RELAO PGINA 19 1. c 2. O desfecho do texto I confirma o aforismo de CDA de que ele est to absorto na realidade ficcional que no consegue retornar a sua prpria realidade. 3. a 4. a A INFERNCIA, A DEDUO E A CONCLUSO PGINA 22 1. b 2. e 3. a 4. d 5. c 6. d 7. d 8. e 9. e 10. c 11. e 12. e 13. d 14. d O LEVANTAMENTO DE HIPTESES PGINA 27 1. e 2. d 3. e 4. c 5. 08 6. a 7. c 8. b 9. c 10. d 11. c 12. d 13. b 14. e A EXPLICAO E A DEMONSTRAO PGINA 33 1. a) O efeito cmico dado pela possibilidade de Kerr e Peck poderem ser associados, pela semelhana sonora, a quer e peque, o que resulta na alterao de classe gramatical de substantivo (prprio) a verbo e, conseqentemente, de funo sinttica. b) Os vocbulos peque e santinho passam a integrar o mesmo campo semntico, ao estabelecer uma relao de contraste entre pecado e santidade. 2. d
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A JUSTIFICAO PGINA 35 1. a) Porque, sentindo-se despreparado para assumir seus atos ou enfrentar situaes difceis, o adolescente utiliza certas frases que podem facilitar a situao. b) A legenda mantm relao intertextual com a bula de remdio, conforme o emprego de expresses como use com moderao, efeitos colaterais, etc. A intertextualidade cria humor porque h uma coincidncia entre o kit de frases e remdios, ou seja, assim como os remdios, as frases tambm devem ser usadas com moderao, conforme a prescrio. A CONTEXTUALIZAO PGINA 36 1. e 2. b 3. d 4. CCEECEECCCC 5. d 6. a 7. ECCEE 8. e A INTERPRETAO PGINA 40 1. e 2. d 3. b 4. a 5. e 6. d 7. c 8. b 9. c 10. e 11. c 12. FVVF 13. FVVF 14. FVVV 15. FFFV
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