Manual Do Aprovado - TSE

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APRESENTAÇÃO

Olá, futuro aprovado!

Estamos chegando no nosso momento tão esperado: A Prova do Concurso


Unificado do Tribunal Superior Eleitoral (TSE)!!!

Trilhamos uma jornada intensa junto a você durante esses últimos meses. Foram
vários cursos, aulas e simulados, tudo isso para deixá-lo cada vez mais
capacitado a alcançar seu tão almejado sonho e conseguir, de uma vez por
todas, se tornar um servidor público!

A essa altura do campeonato, embora o cansaço possa estar batendo, não é hora
de desacelerar. Mais do que nunca, é preciso revisar, aperfeiçoar os detalhes e
garantir que você estará 100% preparado no domingo, 08/12/2024.

Para ajudá-lo nessa missão, preparamos este último ebook com dicas precisas dos
nossos professores e, ainda, com recados e links de gravações que você ainda
poderá assistir, a fim de melhorar ainda mais seu preparo para a prova!

Nele, você encontrará:

● DICAS FINAIS dos assuntos mais importantes para seu exame, preparadas
pelos nossos professores.

Está preparado? Então, vamos lá!

Bons estudos e sucesso!


Estratégia Concursos
SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO 1
SUMÁRIO 2
DISCIPLINA: LÍNGUA PORTUGUESA 3
VÍRGULA NAS ORAÇÕES ADVERBIAIS 4
CAUSA E CONSEQUÊNCIA 4
TIPOLOGIA TEXTUAL 4
DISCIPLINA: NOÇÕES DE DIREITO ADMINISTRATIVO 4
LICENÇA VS. AUTORIZAÇÃO: 5
PODER DE POLÍCIA VS. PODER DISCIPLINAR: 5
RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO: 5
ENTIDADES ADMINISTRATIVAS: 5
DISCIPLINA: GESTÃO DE CONTRATOS 6
MODALIDADES DE LICITAÇÃO: 6
DISPENSA DE LICITAÇÃO POR EMERGÊNCIA: 7
VIGÊNCIA DOS CONTRATOS: 7
FISCALIZAÇÃO DOS CONTRATOS: 8
RESPONSABILIDADE PELOS ENCARGOS: 9
DECLARAÇÃO DE INIDONEIDADE VS. IMPEDIMENTO DE LICITAR E CONTRATAR: 9
DISCIPLINA: NOÇÕES DE DIREITO CONSTITUCIONAL 10
PARTIDOS POLÍTICOS - PARTICIPAÇÃO FEMININA 10
CANDIDATOS NEGROS 10
PODER JUDICIÁRIO: REMOÇÃO A PEDIDO 11
PODER JUDICIÁRIO: PERMUTA 11
PERDA DA NACIONALIDADE 12
DISCIPLINA: GESTÃO DE CONTRATOS 13
FISCALIZAÇÃO DO CONTRATO 13
SERVIDORES QUE ATUAM NAS LICITAÇÕES E NOS CONTRATOS ADMINISTRATIVOS 14
SANÇÕES APLICÁVEIS AO CONTRATADO 14
RESOLUÇÃO DE CONFLITOS CONTRATUAIS 15
DISCIPLINA: ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA 16
CARACTERÍSTICAS DAS ORGANIZAÇÕES FORMAIS 16
GESTÃO DE PROJETOS 16
EMPREENDEDORISMO GOVERNAMENTAL E GESTÃO DE RESULTADOS 16
GESTÃO DA QUALIDADE E EXCELÊNCIA NOS SERVIÇOS PÚBLICOS 17
PROCESSO ORGANIZACIONAL 17
DISCIPLINA: GESTÃO DE PESSOAS 18
ADMINISTRAÇÃO DE RECURSOS HUMANOS (ARH) X GESTÃO DE PESSOAS (GP) 18
COMPETÊNCIA 18
TEORIAS DA MOTIVAÇÃO 19
TEORIA SITUACIONAL DE HERSEY E BLANCHARD 20
AVALIAÇÃO 360° 20
PROCESSO ADMINISTRATIVO 21
FERRAMENTAS DA QUALIDADE 22
ANÁLISE SWOT 23
EFICIÊNCIA X EFICÁCIA X EFETIVIDADE 23
MISSÃO, VISÃO, VALORES E NEGÓCIOS 23
DISCIPLINA: ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA/ ORÇAMENTO PÚBLICO 24
LEI ORÇAMENTÁRIA ANUAL (LOA) 24
PRINCÍPIOS ORÇAMENTÁRIOS 24
FORMAS DE INTERVENÇÃO DO ESTADO NA ECONOMIA 25
PLANO PLURIANUAL (PPA) 25
FORMAS DE INTERVENÇÃO DO ESTADO NA ECONOMIA 25
PLANO PLURIANUAL (PPA) 26
LEI ORÇAMENTÁRIA ANUAL (LOA) 26
ORÇAMENTO-PROGRAMA 27
DISCIPLINA: NOÇÕES DE DIREITO ELEITORAL 28
PARTIDOS POLÍTICOS 36
JUSTIÇA ELEITORAL 38
TRE 44
ALISTAMENTO ELEITORAL 50
PARTIDOS POLÍTICOS 64
SISTEMAS ELEITORAIS, CONVENÇÕES, COLIGAÇÕES E REGISTRO DE CANDIDATOS 68
SISTEMA ELETRÔNICO DE VOTAÇÃO 81
PROFESSORA: ADRIANA FIGUEIREDO

DISCIPLINA: LÍNGUA PORTUGUESA

VÍRGULA NAS ORAÇÕES ADVERBIAIS

As orações adverbiais deslocadas devem ser isoladas por vírgula(s)


obrigatoriamente. Na ordem direta, a vírgula é facultativa. Ex.: Quando a
festa acabou, ele chegou. / Ele chegou (,) quando a festa acabou.

CAUSA E CONSEQUÊNCIA

A relação de causa e consequência pode ser identificada pela frase “o fato


de… fez com que…”. Ex.: Foi aprovado, porque (conjunção causal) estudava
muito. / Estudava muito, de modo que (conjunção consecutiva) foi
aprovado.

TIPOLOGIA TEXTUAL

● Texto expositivo/explicativo: expõe o que se sabe sobre um


assunto. Ex.: Ontem choveu em São Paulo.

● Texto argumentativo: apresenta ponto de vista, tem


modalizadores. Ex.: Infelizmente ontem choveu em São Paulo.
PROFESSOR: HERBERT ALMEIDA

DISCIPLINA: NOÇÕES DE DIREITO ADMINISTRATIVO

LICENÇA VS. AUTORIZAÇÃO:

A licença é ato administrativo negocial e vinculado, que concede um


direito (subjetivo) ao interessado. A autorização, por sua vez, é ato
negocial e discricionário. Logo, mesmo que o interessado atenda aos
requisitos legais, a autorização poderá ou não ser concedida.

PODER DE POLÍCIA VS. PODER DISCIPLINAR:

O poder disciplinar decorre de vínculo específico (servidores e


particulares sujeitos à disciplina interna da administração – ex.: um
contrato administrativo). Já o poder de polícia decorre do vínculo geral da
sociedade.

RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO:

O Estado responde de forma OBJETIVA pelos prejuízos causados a


terceiros, independentemente de dolo ou culpa de seus agentes. O agente
público, por sua vez, responderá somente de forma subjetiva em ação de
regresso.
ENTIDADES ADMINISTRATIVAS:

Entidade Criação Natureza Atividades Resp. Civil Regime de


pessoal

Autarquias Por lei Direito Público Típicas Objetiva Estatutário*

Fundações Por lei Direito Público Interesse Objetiva Estatutário*


públicas social
Autorizada Direito privado CLT
por lei

Empresas Autorizada Direito privado 1) Atividade Subjetiva CLT


públicas e por lei econômica (direito
Sociedades de privado)
economia mista
2) Serviços Objetiva
Públicos

* O fim do regime jurídico único pode mudar isso, permitindo o regime de CLT ou estatutário na
APU direta, autárquica e fundacional.
CARGOS 1 e 19: ANALISTA JUDICIÁRIO
ÁREA: ADMINISTRATIVA e TÉCNICO JUDICIÁRIO
ÁREA: ADMINISTRATIVA

PROFESSOR: HERBERT ALMEIDA

DISCIPLINA: GESTÃO DE CONTRATOS

MODALIDADES DE LICITAÇÃO:

➢ Pregão (obrigatório para bens e serviços comuns)


➢ Concorrência (obras, serviços de engenharia, especiais)
➢ Concurso (trabalho técnico, científico ou artístico)
➢ Leilão (alienação de bens móveis e imóveis)
➢ Diálogo competitivo (inovação / fase de diálogos / fase competitiva)

DISPENSA DE LICITAÇÃO POR EMERGÊNCIA:

O STF considerou constitucional a vedação de recontratação prevista no


art. 75, VIII, da Lei de Licitações, mas admitiu que:

(i) o contrato seja prorrogado, desde que observado o prazo legal de


um ano;

(ii) a empresa seja recontratada: (i) participando da licitação


substitutiva; ou (ii) com base em outra hipótese legal de
contratação direta; ou (iii) com base em outra emergência.
A tese fixada foi a seguinte:

1) É constitucional a vedação à recontratação de empresa contratada


diretamente por dispensa de licitação nos casos de emergência ou
calamidade pública, prevista no inc. VIII do art. 75 da Lei n. 14.133/2021;

2) A vedação incide na recontratação fundada na mesma situação


emergencial ou calamitosa que extrapole o prazo máximo legal de 1
(um) ano, e não impede que a empresa participe de eventual licitação
substitutiva à dispensa de licitação e seja contratada diretamente por
outro fundamento previsto em lei, incluindo uma nova emergência ou
calamidade pública, sem prejuízo do controle de abusos ou
ilegalidades na aplicação da norma.

ADI 6890, Rel. Ministro Cristiano Zanin. Plenário, Sessão Virtual de


30.8.2024 a 6.9.2024.

VIGÊNCIA DOS CONTRATOS:

Hipótese Prazo

Serviços e fornecimento contínuos Celebração: até 5 anos;

Total: até 10 anos

Aluguel de equipamentos e utilização de Até 5 anos.


programas de informática

Casos especiais de dispensa de licitação Até 10 anos


(tecnologia, inovação, SUS, segurança
nacional, entre outros)

Contratos que gerem receita ou contratos Sem investimento: Até 10


de eficiência anos

Com investimento: Até 35


anos
Administração como usuária de serviço Pode ser indeterminado
público em monopólio

Por escopo Prorrogado


automaticamente

Regime de fornecimento e prestação de Somatório:


serviço associado Fornecimento + Serviço
(até 5 anos, prorrogável
até 10 anos)

Operação continuada de sistemas Até 15 anos.


estruturantes de tecnologia da informação

FISCALIZAÇÃO DOS CONTRATOS:

● O contrato será fiscalizado por um ou mais fiscal (is) do contrato.


● O fiscal será auxiliado pelos órgãos de assessoramento jurídico e de
controle interno da Administração.
● A administração pode contratar terceiros para auxiliar o fiscal, mas
eles não podem substituir o fiscal na fiscalização.
● A contratação de terceiros não eximirá de responsabilidade o fiscal
do contrato, nos limites das informações recebidas do terceiro
contratado.

RESPONSABILIDADE PELOS ENCARGOS:

Exclusivamente nas contratações de serviços contínuos com regime de


dedicação exclusiva de mão de obra, a Administração responderá
solidariamente pelos encargos previdenciários e subsidiariamente pelos
encargos trabalhistas se comprovada falha na fiscalização do
cumprimento das obrigações do contratado (art. 121, § 2º).
DECLARAÇÃO DE INIDONEIDADE VS. IMPEDIMENTO DE LICITAR E
CONTRATAR:

Impedimento Declaração de inidoneidade

Alcance No ente Federação Todos os entes

Prazo Até 3 anos De 3 a 6 anos

Competência Sem definição Competência exclusiva de


ministros de Estado ou
secretários; autoridade máxima
de autarquia ou fundação; ou
equivalente nos demais Poderes.
PROFESSORA: ADRIANE FAUTH

DISCIPLINA: NOÇÕES DE DIREITO CONSTITUCIONAL

PARTIDOS POLÍTICOS - PARTICIPAÇÃO FEMININA

5% FUNDO PARTIDÁRIO CRIAÇÃO E MANUTENÇÃO DE


PROGRAMAS à PARTICIPAÇÃO
POLÍTICA DAS MULHERES

30% FUNDO PARTIDÁRIO E CAMPANHA DE CANDIDATAS


FUNDO ELEITORAL MULHERES

30% TEMPO DE CAMPANHA DE CANDIDATAS


PROPAGANDA MULHERES
GRATUITA RADIO E TV

CANDIDATOS NEGROS

30% FUNDO PARTIDÁRIO E CAMPANHA DE CANDIDATOS


FUNDO ELEITORAL NEGROS (pretos e pardos)
PODER JUDICIÁRIO: REMOÇÃO A PEDIDO

PODER JUDICIÁRIO: PERMUTA


PERDA DA NACIONALIDADE
PROFESSOR: ANTONIO DAUD

DISCIPLINA: GESTÃO DE CONTRATOS

FISCALIZAÇÃO DO CONTRATO
SERVIDORES QUE ATUAM NAS LICITAÇÕES E NOS CONTRATOS
ADMINISTRATIVOS

Em regra, os agentes públicos que desempenham funções relacionadas a


licitações e contratos deverão ser, preferencialmente, servidores efetivos
ou empregados públicos dos quadros permanentes da Administração
Pública.

No entanto, o agente de contratação e os membros da comissão de


contratação do diálogo competitivo devem ser obrigatoriamente
servidores efetivos ou empregados públicos dos quadros permanentes.

SANÇÕES APLICÁVEIS AO CONTRATADO


RESOLUÇÃO DE CONFLITOS CONTRATUAIS
PROFESSORA: ELISABETE MOREIRA

DISCIPLINA: ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

CARACTERÍSTICAS DAS ORGANIZAÇÕES FORMAIS

Os princípios básicos das Organizações formais são: divisão de trabalho;


especialização; hierarquia; distribuição de autoridade e responsabilidade;
racionalismo e padronização de procedimentos.

GESTÃO DE PROJETOS

O gerenciamento de projetos pode ser realizado por meio de modelos


preditivos ou em cascata (tradicional, linear e sequencial), cuja entrega de
valor somente ocorre ao final da fase de implementação; ou por meio de
modelos ágeis ou adaptativos, cujas entrega de valor ocorre de forma
contínua, incremental, iterativa, com ciclos menores.

EMPREENDEDORISMO GOVERNAMENTAL E GESTÃO DE RESULTADOS

O modelo voltado para resultados apregoa o empreendedorismo


governamental, baseado em benchmarking das empresas, atuando de
forma preventiva, orientada para o mercado e por missão, catalisador,
descentralizador, competitivo e voltado ao atendimento das demandas do
cidadão visto como cliente – essência do paradigma do cliente.
GESTÃO DA QUALIDADE E EXCELÊNCIA NOS SERVIÇOS PÚBLICOS

O Modelo de Excelência da Gestão – MEG é adaptável a todo tipo de


organização, inclusive às organizações públicas, caracterizando-se como
um modelo sistêmico, de aprendizado, melhoria contínua e não prescritivo,
pois permite questionamentos e reflexões.

PROCESSO ORGANIZACIONAL

Conjuntamente, as funções administrativas formam o processo


administrativo, cíclico, interativo, sistêmico e dinâmico, composto por:

PLANEJAMENTO Realiza a tomada de decisão acerca de objetivos


(fins) e meios (métodos ou estratégias).

ORGANIZAÇÃO Estrutura, desenha, divide e aloca o trabalho,


recursos, atividades, tarefas, responsabilidade e
autoridade.

DIREÇÃO Trata das relações interpessoais de conduzir,


orientar, coordenar, comunicar, motivar,
recompensar e desenvolver pessoas.

CONTROLE Assegura o planejamento e estabelece os padrões;


mede, monitora e mensura os resultados; compara
padrões com resultados e corrige os desvios.
PROFESSOR: STEFAN FANTINI

DISCIPLINA: GESTÃO DE PESSOAS

ADMINISTRAÇÃO DE RECURSOS HUMANOS (ARH) X GESTÃO DE PESSOAS


(GP)

COMPETÊNCIA
TEORIAS DA MOTIVAÇÃO
TEORIA SITUACIONAL DE HERSEY E BLANCHARD

AVALIAÇÃO 360°
PROCESSO ADMINISTRATIVO
FERRAMENTAS DA QUALIDADE
ANÁLISE SWOT

EFICIÊNCIA X EFICÁCIA X EFETIVIDADE

MISSÃO, VISÃO, VALORES E NEGÓCIOS


PROFESSOR: LEANDRO RAVYELLE

DISCIPLINA: ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E


ORÇAMENTÁRIA/ ORÇAMENTO PÚBLICO

LEI ORÇAMENTÁRIA ANUAL (LOA)

O PLOA é acompanhado de demonstrativo regionalizado do efeito, sobre


as receitas e despesas, decorrente de isenções, anistias, remissões,
subsídios e benefícios de natureza financeira, tributária e creditícia. Além
disso, os orçamentos fiscal e de investimentos devem buscar reduzir as
desigualdades inter-regionais, segundo critério populacional.

PRINCÍPIOS ORÇAMENTÁRIOS

Princípio da Sinceridade Orçamentária/Exatidão/Realismo


Orçamentário

Visa coibir os orçamentos considerados “peças de ficção”, que acabam


sendo realizados em desacordo com a realidade econômica e social, com
base em receitas “superinfladas” e despesas subestimadas ou
inexecutáveis e baseia-se na elaboração do orçamento, considerando um
diagnóstico que apresente uma exata dimensão da situação existente.
FORMAS DE INTERVENÇÃO DO ESTADO NA ECONOMIA

O keynesianismo basicamente estuda as medidas de intervenção do


governo na economia, buscando o pleno emprego, o desenvolvimento
econômico, a estabilização da moeda e a melhor distribuição da renda.

PLANO PLURIANUAL (PPA)

Programa é um conjunto articulado de ações orçamentárias, na forma de


projetos, atividades e operações especiais, e ações não orçamentárias, com
intuito de alcançar um objetivo específico. A Lei Orçamentária Anual
expressa a sua integração com o Plano Plurianual por meio dos programas.
Assim, programas e ações orçamentárias são instrumentos de integração
entre PPA e LOA.

FORMAS DE INTERVENÇÃO DO ESTADO NA ECONOMIA

Política fiscal reflete o conjunto de medidas pelas quais o Governo


arrecada receitas e realiza despesas de modo a cumprir três funções: a
estabilização macroeconômica, a redistribuição da renda e a alocação de
recursos. A função estabilizadora consiste na promoção do crescimento
econômico sustentado, com baixo desemprego e estabilidade de preços. A
função distributiva visa assegurar a distribuição equitativa da renda,
utilizando, por exemplo, transferências, subsídios e programas sociais. Por
fim, a função alocativa consiste no fornecimento eficiente de bens e
serviços públicos, compensando as falhas de mercado.
PLANO PLURIANUAL (PPA)

LEI ORÇAMENTÁRIA ANUAL (LOA)

O orçamento operacional (custeio) das estatais INdependentes não integra


a LOA. Apenas os investimentos aportados pelo Governo federal devem
constar no Orçamento de Investimentos e dele constarão todos os
investimentos realizados, independentemente da fonte de financiamento
utilizada. Serão consideradas investimento, exclusivamente, as despesas
com:

I - aquisição de bens classificáveis no ativo imobilizado, excetuados


aqueles que envolvam arrendamento mercantil para uso próprio da
empresa ou de terceiros, valores do custo dos empréstimos contabilizados
no ativo imobilizado e transferências de ativos entre empresas
pertencentes ao mesmo grupo, controladas direta ou indiretamente pela
União, cuja aquisição tenha constado do Orçamento de Investimento;

II - benfeitorias realizadas em bens da União por empresas estatais; e

III - benfeitorias necessárias à infraestrutura de serviços públicos


concedidos pela União.
ORÇAMENTO-PROGRAMA

Elementos essenciais do Orçamento-Programa

OBJETIVOS E perseguidos pela instituição e para cuja


PROPÓSITOS execução são utilizados os recursos
orçamentários

PROGRAMAS instrumento de integração dos esforços


governamentais com o intuito de
concretizar os objetivos

OS CUSTOS DOS meios e insumos necessários para a


PROGRAMAS obtenção dos resultados

MEDIDAS DE medir as realizações (produto final) e os


DESEMPENHO esforços despendidos na execução dos
programas
PROFESSOR: RICARDO TORQUES

DISCIPLINA: NOÇÕES DE DIREITO ELEITORAL


DIREITOS POLÍTICOS

- Para aquisição dos direitos políticos, não basta ser brasileiro. Há


necessidade de serem preenchidas algumas condições, entre as quais o
alistamento eleitoral.

→ O alistamento eleitoral constitui um procedimento administrativo pelo


qual o interessado preenche o requerimento para se cadastrar como
eleitor.

→ Procedimentalmente se requer: qualificação + inscrição.

● qualificação: comprovação dos requisitos exigidos na Constituição e


na legislação eleitoral.
● inscrição: ato do juiz eleitoral que, após verificar os requisitos, defere
o pedido ao interessado e o inclui na lista geral de eleitores.

* Os outros requisitos envolvem preenchimento de condições de


elegibilidade e não incorrência nos impedimentos de inelegibilidade.

- A capacidade eleitoral divide-se em passiva e ativa.

→ A capacidade eleitoral ativa envolve o direito de votar e de participar


diretamente da vida política do Estado;
→ A capacidade eleitoral passiva, por sua vez, abrange o direito de ser
votado.

- A capacidade eleitoral ativa consiste na possibilidade de a pessoa


participar do processo democrático por intermédio do voto ou dos meios
diretos previstos (plebiscito, referendo e iniciativa popular).

→ Nosso texto constitucional, discrimina alistamento e voto obrigatórios,


alistamento e voto facultativos e alistamento e voto não permitidos:

● alistamento e voto obrigatórios: maiores de 18 anos (e menores de


70)
● alistamento e voto facultativos: a) analfabetos; b) maiores de 70; e c)
entre 16 e 18 anos
● alistamento e voto não permitidos: a) estrangeiros; e b) conscritos.

→ Sobre o conscrito: o simples fato de a pessoa estar prestando serviço


militar obrigatório resulta na situação jurídica de conscrito.

- A capacidade eleitoral passiva envolve a prerrogativa de ser votado, para


o qual a Constituição fixa como requisitos: a) observar as condições de
elegibilidade; e b) não incorrer nas hipóteses de inelegibilidades.

→ Cumpre, inicialmente, distinguir elegibilidade de inelegibilidade.

→ requisitos de elegibilidade:

● são disciplinados na Constituição e em leis ordinárias;


● decorrem de atos lícitos praticados pelos interessados;
● permitem que o interessado concorra a cargos políticos;
● denominados de requisitos positivos.
● hipóteses de inelegibilidade
● são disciplinados na Constituição e em leis complementares;
● em regra, decorrem da prática de atos ilícitos;
● vedam a possibilidade de o interessado concorrer validamente a um
cargo público eletivo;
● denominados de requisitos negativos.

→ São condições de elegibilidade: nacionalidade brasileira, pleno exercício


dos direitos políticos, alistamento eleitoral, domicílio eleitoral na
circunscrição, filiação partidária e idade mínima.

→ A Constituição fixa regras relativas à aferição das condições de


elegibilidade.

● na data do registro da candidatura


○ nacionalidade (nata ou naturalizada);

* A Constituição apenas veda que o Deputado Federal ou o Senador


da República brasileiros naturalizados tornem-se Presidentes das
respectivas casas.

● exercício dos Direitos Políticos (não pode estar com direitos


políticos perdidos ou suspensos)
● alistamento eleitoral
● idade mínima apenas para Vereador
● na data do pleito
○ tempo de domicílio eleitoral (6 meses)

* na circunscrição (espaço geográfico onde ocorrem as eleições)

** local onde o candidato tem residência ou no qual mantém


vínculos políticos, sociais ou econômicos (conceito amplo).

● tempo de filiação partidária (6 meses ou o que fixar o estatuto


do partido político)

* Não há candidaturas avulsas ou independentes de filiação


partidária.
● na data da posse: idade mínima para todos os cargos, exceto para
vereador.

* A emancipação civil não tem qualquer efeito sobre a condição de


elegibilidade da idade mínima.

** De acordo com a CF, as idades mínimas são as seguintes:

35 anos

→ Presidente e Vice-Presidente

→ Senador

30 anos

→ Governador e Vice-Governador de Estado e do Distrito Federal

21 anos

→ Deputado Federal

→ Deputado Estadual ou do Distrito Federal

→ Prefeito e Vice-Prefeito

→ Juiz de paz

18 anos

→ Vereador

→ As hipóteses de inelegibilidades têm por finalidade garantir a:

● probidade administrativa;
● moralidade para o exercício do mandato, considerada a vida
pregressa do candidato;
● Normalidade e a legitimidade das eleições contra a influência do
poder econômico ou o abuso do exercício de função, cargo ou
emprego na administração direta ou indireta.

→ As inelegibilidades são aferidas quando do registro da candidatura.

* ADPF 144/DF: somente com o trânsito em julgado da sentença


condenatória é possível falar em suspensão dos direitos políticos e,
consequentemente, em inelegibilidade. Esse dispositivo privilegia o
princípio da presunção de inocência.

→ Distingue-se inelegibilidade absoluta de relativa:

● absoluta: implica a inelegibilidade para qualquer cargo político


● relativa: implica a inelegibilidade apenas para certos cargos

→ Distingue-se inelegibilidade direta de reflexa

● direta: atinge apenas o candidato


● reflexa: atinge os familiares e cônjuge

- São absolutamente inelegíveis os

→ inalistáveis

● estrangeiros
● conscritos
● privados dos direitos políticos (definitiva ou temporariamente)
● absolutamente incapazes

→ analfabetos

* A alfabetização pode ser comprovada mediante comprovante de


escolaridade, declaração de próprio punho, CNH (gera presunção). O
exercício anterior de mandato eletivo, entretanto, não é circunstância
capaz de comprovar a condição de alfabetizado.
- Na seara das inelegibilidades relativas, temos:

→ A inelegibilidade por razão funcional, segundo a qual admite-se apenas


uma única reeleição para os cargos do Poder Executivo.

* Não impede de concorrer a outros cargos no Legislativo após dois


mandatos.

** Para o vice, devemos ficar atentos à questão da substituição x sucessão


para caracterizar primeiro mandato: “enquanto a substituição tem sempre
o caráter provisório e pressupõe justamente o retorno do titular, a sucessão
tem contornos de definitividade e pressupõe a titularização do mandato
pelo vice (único sucessor legal do titular), razão pela qual a sucessão
qualifica-se como exercício de um primeiro mandato, sendo facultado ao
sucessor pleitear apenas uma nova eleição.”. De todo modo, caso tenha
sucedido, nada impede de desincompatibilizar.

*** A vedação à sucessivas reeleições se aplica à chapa, não apenas ao


titular. Desse modo, o exercício de sucessivas vezes o cargo de vice não é
admitido.

**** O exercício por duas vezes do cargo de vice não impede que agora a
pessoa concorra ao cargo de titular, pois estará concorrendo a cargos
diversos.

***** Após dois mandatos consecutivos, o titular não poderá se candidatar


como vice do cargo do qual era titular.

****** Se o vice em substituição ou o sucessor desejar concorrer às próximas


eleições como vice, deverá se desincompatibilizar.

******* Aplica-se a vedação ao prefeito itinerante (ou profissional), de modo


que “a reeleição é permitida por apenas uma única vez. Esse princípio
impede a terceira eleição não apenas no mesmo Município, mas em
relação a qualquer outro Município da Federação”.
- Haverá inelegibilidade reflexa apenas em relação ao Presidente da
República, ao Governador de Estado e do Distrito Federal e aos Prefeitos,
ou seja, apenas em relação aos detentores de mandato eletivo no Poder
Executivo.

→ Atinge cônjuge/parente até 2º grau. São abrangidos:

● pais (inclusive madrasta e padrasto)


● avós
● filhos
● netos
● irmãos
● sogros (inclusive padrasto ou madrasta do cônjuge ou companheiro)
● avós do cônjuge ou companheiro
● enteados, genros e noras (inclusive do cônjuge ou companheiro)
● netos
● cunhados (irmãos do cônjuge ou companheiro)

→ Parente, que eventualmente seria atingido pela inelegibilidade, não


sofre qualquer restrição, quando esse parente já for titular de mandato
eletivo e candidato à reeleição.

→ Há a possibilidade de o titular do cargo desincompatibilizar-se seis


meses antes do pleito no qual concorrerá o parente, com a finalidade de
evitar o impedimento.

→ A dissolução da sociedade ou do vínculo conjugal, no curso do mandato,


não afasta a inelegibilidade reflexa.

→ Na hipótese de falecimento do titular:

● afasta a inelegibilidade reflexa do cônjuge/companheiro;


● não afasta o impedimento em razão do terceiro mandato familiar
consecutivo, caso o falecido estivesse no curso do segundo mandato
e o cônjuge/companheiro pretendesse concorrer ao mesmo cargo.
- Temos, ainda, alguns casos específicos de inelegibilidades previstos na
Constituição:

→ inelegibilidade do militar

1º Não pode ser conscrito

2º Se contar menos de dez anos de serviço, deverá afastar-se da atividade

3º Se contar mais de dez anos de serviço, será agregado pela autoridade


superior e, se eleito, passará automaticamente, no ato da diplomação, para
a inatividade.

→ inelegibilidade de magistrados e MPs: são obrigados a se aposentar ou a


se exonerar dos respectivos cargos para concorrerem à eleição e devem
observar os prazos de desincompatibilização previstos na Lei
Complementar nº 64/1990, momento em que se dá, concomitantemente
ao afastamento, a filiação partidária.

- Impugnação ao Mandato Eletivo (AIME)

→ impugnado ante a Justiça Eleitoral;

→ prazo de quinze dias contados da diplomação (decadencial);

→ instruída a ação com provas de abuso do poder econômico, corrupção


ou fraude;

# abuso do poder econômico: utilização de recursos nas campanhas


eleitorais contrariamente ao que prevê a legislação eleitoral, com o
propósito de desequilibrar o resultado das eleições;

# corrupção: ação daquele que promete, oferece, solicita ou recebe


vantagem indevida; e

# Fraude: artimanha, artifício ou ardil para induzir o eleitor em erro.

→ tramitará em segredo de justiça;


→ responde o autor, na forma da lei, se temerária ou de manifesta má-fé.

→ competência para julgamento:

# eleições municipais: juiz eleitoral;

# eleições gerais: TRE;

# eleições presidenciais: TSE.

→ legitimados: MP, partidos políticos, coligações e candidatos que tiverem


concorrido às eleições.

→ se procedente, implica no refazimento das eleições, independentemente


da votação obtida (art. 224, 3º, do CE).

PARTIDOS POLÍTICOS

- Funcionamento parlamentar (o partido político, na medida em que


elege membros políticos, deve possuir passagem nas Casas Legislativas
para apresentação e defesa de seus ideais. Assim, não apenas o candidato
eleito, mas também o partido político ao qual está filiado, deverão ter
amplo acesso para discussão e formação de consenso, de modo que os
ideais defendidos pelos partidos sejam levados em consideração na
aprovação de leis).

- Não existe a obrigatoriedade de vinculação entre as candidaturas de


âmbito nacional, estadual, distrital ou municipal para a formação de
coligações (verticalização partidária).

- A partir de 2020 será admissível coligações apenas nas eleições


majoritárias.

- Fidelidade partidária
→ Fidelidade constitui o compromisso que o representante político assume
em respeitar as deliberações democraticamente aprovadas pelo seu
partido e de se manter fiel ao partido enquanto estiver no exercício de
mandato, tanto na esfera do Poder Executivo quanto na do Poder
Legislativo.

→ No caso de desfiliação imotivada:

● caso seja ocupante de cargo político-eletivo escolhido pelo sistema


majoritário (não há perda do cargo);
● caso seja ocupante de cargo político-eletivo escolhido pelo sistema
proporcional (perde-se o mandato).

- Os Deputados Federais, os Deputados Estaduais, os Deputados Distritais


e os Vereadores que se desligarem do partido pelo qual tenham sido
eleitos perderão o mandato, salvo nos casos de anuência do partido ou de
outras hipóteses de justa causa estabelecidas em lei, não computada, em
qualquer caso, a migração de partido para fins de distribuição de recursos
do fundo partidário ou de outros fundos públicos e de acesso gratuito ao
rádio e à televisão.

- Para receber recursos do fundo e para ter direito de usar gratuitamente


rádio e TV o partido deve:

→ obter, pelo menos, 3% dos votos válidos para a última eleição para a
Câmara dos Deputados distribuídos 1/3 das unidades da Federação com,
no mínimo 2% dos votos em cada uma delas; ou

→ tiver, pelo menos, 15 Deputados Federais distribuídos em, pelo menos, 1/3
das unidades da Federação.

- Cota constitucional de gênero nas eleições:


→ aplicação de, no mínimo, 5% dos recursos do fundo partidário na criação
e na manutenção de programas de promoção e difusão da participação
política das mulheres, de acordo com os interesses intrapartidários;

→ 30% do FEFC, da parcela do fundo partidário e do tempo gratuito de


rádio e de TV devem ser destinados às candidatas.

JUSTIÇA ELEITORAL

Órgãos da Justiça Eleitoral

TSE

Regras de Composição

- Composição

→ eleitos

● 3 dentre os Min do STF


● 2 dentre os Min. do STJ

→ indicados pelo STF e nomeados pelo Presidente da República: 2


advogados

* segundo a CF: no mínimo 7 membros (lei complementar poderá


aumentar).

* são membros de tribunal superior que não precisam de aprovação pelo


Senado Federal.

- Regras sobre a composição

→ Os membros provenientes do STF e do STJ são eleitos por votação


secreta pelos próprios Tribunais Superiores.
→ Dois membros são oriundos da advocacia e serão nomeados a partir de
uma lista formada pelo STF (“dois dentre 6 advogados” = duas listas
tríplices).

→ Requisitos para que um advogado possa ser escolhido Min. do TSE:

● notável saber jurídico;


● idoneidade moral;
● 10 anos de atividade (Res. TSE 23.517/2017).

→ Não poderão ser escolhidos como ministros do TSE os advogados que

● ocupem cargo em comissão;


● sejam proprietários ou sócios de empresa que seja beneficiária com
subvenção, com privilégio, com isenção ou com favor em razão de
contrato com a Administração Pública; ou
● exerçam mandato político.

- Aos três, deve-se exigir (STF/STJ/advogados):

→ afastamento da homologação da convenção até diplomação (e


processos decorrentes) caso cônjuge/parente até 2º grau de candidato na
circunscrição.

→ exclusão do último membro, caso cônjuge/parente até 4º grau entre si.

- Principais cargos no TSE

→ Presidente: Min. do STF

→ vice-Presidente: Min. do STF

→ Corregedor-Geral Eleitoral: Min. do STJ

- Quórum para as Sessões:


→ As decisões são tomadas por maioria de votos, desde que presentes a
maioria dos membros (instalação: ao menos, 4 Juízes; votação: maioria dos
presentes).

→ Exige-se presença de todos os ministros para votar:

interpretação da CE em face da CF;

cassação de registro de partidos políticos;

recursos que importem a anulação geral das eleições ou perda de


diplomas;

- Será de competência do TSE julgar alegações de suspeição e de


incompetência contra:

→ Juízes do TSE

→ Procurador-Geral Eleitoral

→ funcionários da Secretaria do TSE

Competência

- Há regras de competência judicante (originária e recursal), normativa,


administrativa e consultiva.

- Competência judicial originária:

1) Cassação de registro de partidos e diretórios nacionais.

2) Cassação de registro de candidatos à Presidência e vice-Presidência.

3) Conflitos de jurisdição entre TREs e juízes eleitorais de TREs distintos.

4) Arguições de suspeição e impedimento (Min. TSE, Procurador-Geral


Eleitoral e Secretaria)

5) Habeas corpus contra ato dos TREs e Min. de Estado.


6) Mandado de segurança contra ato dos TREs.

7) Reclamações contra partidos (contabilidade e origem de recursos)

8) Impugnações à impugnação, resultado geral, proclamação dos eleitos e


expedição de diplomas para eleição presidencial.

9) Pedido de desaforamento de feito não decidido nos TREs (+ 30 dias)

10) Reclamações contra Min. TSE por processo não julgado (+ 30 dias)
(*CNJ)

11) Ação rescisória no prazo de 120 dias.

- Competência para julgar crimes e ações constitucionais eleitorais e


conexas:

1) Crime eleitoral cometido por Ministro do TSE - STF (art. 102, I, c, da CF).

2) Crime eleitoral cometido por Juiz de TRE - STJ (art. 105, I, a, da CF).

3) Habeas corpus eleitoral contra Presidente da República - STF (art. 102, I, i,


CF)

4) Habeas corpus eleitoral contra Ministro de Estado - TSE (art. 105, I, c, da


CF, c/c art. 22, I, e, do CE)

5) Habeas corpus eleitoral contra Tribunal do TRE - TSE (art. 22, I, e, do CE,
c/c art. 121, §4º, da CF - se denegatório)

6) Mandado de segurança contra ato do Presidente - STF (art. 102, I, d, da


CF)

7) Mandado de segurança contra ato de Ministro de Estado - STJ (art. 105, I,


b, da CF)

8) Mandado de segurança contra Tribunal do TRE - TSE (art. 22, I, e, do CE)


9) Habeas corpus ou mandado de segurança eleitoral contra Juiz de TRE -
pleno do TRE respectivo (art. 21, VI, da Lei Complementar nº 35/1979 e
Súmula TSE 34)

10) Habeas corpus contra ato do TSE - STF (art. 6º, I, a, RISTF)

11) Habeas corpus contra ato de Ministro do TSE - pleno do TSE

12) Mandado de injunção contra norma regulamentadora da competência


do TSE - STF (art. 102, I, q, da CF)

13) Mandado de injunção contra norma regulamentadora da competência


do TRE (apenas se denegatório) - TSE (art. 121, §4º, da CF)

14) Habeas data contra TSE - STF (art. 102, II, a, da CF)

15) Habeas data contra TRE (apenas denegatórios) - TSE (art. 121, §4º, V, da
CF

- Competência Recursal

→ Cabe recurso do TRE para o TSE

A) Especial

● decisão contrária à Constituição ou à lei


● decisão com interpretação da lei divergente de outros TREs
(uniformização da jurisprudência)

B) Ordinário

● decisões em inelegibilidade ou expedição de diplomas nas eleitorais


federais (Deputados Federais e Senadores da República) ou
estaduais (Governador, vice-Governador e Deputados Estaduais).
● decisões de anulação de diplomas ou perda de mandados eletivos
federais ou estaduais
● decisões denegatórias de habeas corpus, mandado de segurança,
habeas data ou mandado de injunção.

→ Das decisões do TSE cabe, para o STF:

A) recurso extraordinário: se declarar a invalidade de lei ou ato contrário à


Constituição

B) recurso ordinário: se denegar habeas corpus ou mandado de segurança

- Competência administrativas, consultivas e normativas

→ Aprovar o afastamento do exercício dos cargos efetivos dos juízes dos


Tribunais Regionais Eleitorais.

→ A redução de membros do TRE é vedada. A elevação do número de


membros é possível até o limite de nove.

→ Eleições:

A) regra

As eleições, em primeiro turno, ocorrerão no primeiro domingo de


outubro do ano respectivo.

SE NECESSÁRIO o segundo turno, ele ocorrerá no último domingo de


outubro.

B) competência TSE: excepcionalmente, o TSE poderá determinar a nova


data para a realização das eleições presidenciais, em caso de anulação
geral das eleições, para o cargo de Presidente e vice-Presidente.

→ Ao TRE compete dividir a circunscrição em zonas eleitorais, bem como a


criação de novas zonas. A aprovação da divisão ou a criação de zonas será
decidida pelo TSE.
→ Responder, sobre matéria eleitoral, às consultas que lhe forem feitas em
tese por autoridade com jurisdição federal ou órgão nacional de partido
político.

TRE

Regras de Composição

- Composição do TRE:

→ eleitos pelo TJ:

● 2 Desembargadores do TJ
● 2 Juízes de Direito

→ por escolha do TRF respectivo: 1 Juiz TRF/Federal

→ indicado pelo TJ e nomeado pelo Presidente da República: 2 advogados

- Os Desembargadores e Juízes do TJ são escolhidos em votação secreta.

- Os advogados:

→ escolhidos pelo TJ;

→ nomeados pelo Presidente da República;

→ requisitos: a) idoneidade moral; b) notório saber jurídico; e c) 10 anos de


atividade jurídica (Res. TSE).

→ lista tríplice:

1º - votada abertamente pelo TJ

2º - encaminhada ao TRE respectivo

3º - encaminhada ao TSE

4º - enviada ao Presidente para nomeação


→ impugnação da lista: publicidade pelo TSE, impugnação pelo partido no
prazo de 5 dias.

→ não podem integrar o TRE na classe dos advogados:

● ex-magistrados
● ex-membros do Ministério Público

- vedação à relação de parentesco entre membros, abrange:

→ cônjuge/companheiro

→ parentes até 4º grau

- Não poderão ser escolhidos como membros do tre os advogados que

→ ocupem cargo em comissão;

→ sejam proprietários ou sócios de empresa que seja beneficiária com


subvenção, com privilégio, com isenção ou com favor em razão de contrato
com a Administração Pública; ou

→ exerçam mandato político.

- Tanto os membros do TSE como do TRE, oriundos da advocacia, serão


nomeados pelo Presidente da República.

- Presidente, vice e Corregedor-Regional

→ Presidente do TRE � Desembargador do TJ mais votado

→ vice-Presidente do TRE � Desembargador do TJ menos votado

→ Corregedor-Regional Eleitoral � previsto em regimento interno

- mandato

→ 2 anos + 1 recondução, pelo mesmo procedimento.


→ impedimento: da homologação da convenção até a diplomação dos
eleitos, em caso de ser cônjuge/companheiro ou parente até 2º grau.

- Deliberações:

→ regra: os TREs deliberam por maioria de votos, em sessão pública, com a


presença da maioria dos membros

→ quórum qualificado:

a) quórum de instalação: 7

b) quórum de votação: 4

matérias:

● ações que importem cassação de registro


● ações que implicam a anulação geral de eleições
● ações que levem a perda de diplomas

Regras de Competência

- A competência divide-se em judicial, administrativa, normativa e


consultiva.

- A competência judicial será originária ou recursal.

- São regras de competência judicial originária do TRE:

→ Cassação de registro dos diretórios estaduais e municipais.

→ Cassação do registro de candidatos a Governador, a vice-Governador, a


membro do Congresso Nacional e das Assembleias Legislativas.

→ Processar e julgar as exceções de suspeição e impedimento

● dos Juízes do TRE


● do Procurador-Regional Eleitoral
● dos funcionários da Secretaria do TRE
● dos juízes eleitorais
● dos servidores eleitorais

→ Crimes eleitorais cometidos pelos juízes eleitorais são julgados pelo TRE.

→ Habeas corpus e mandado de segurança perante o TRE

● HC ou MS contra ato de autoridade que responde por crime de


responsabilidade perante o TJ.
● HC ou MS, em grau de recurso, quando denegados ou concedidos
pelo Juízes Eleitorais.
● HC quando houver perigo de se consumar a violência antes que o
Juiz Eleitoral possa decidir.

- Cabe recurso ao TRE:

→ das decisões proferidas pelos juízes e pelas juntas eleitorais;

→ das decisões dos juízes eleitorais em habeas corpus e em mandado de


segurança.

* Lembre-se: recursos ...

● ... do juiz/junta para o TRE � prevalece o princípio do duplo grau de


jurisdição
● ... do TRE para o TSE � prevalece o princípio da irrecorribilidade das
decisões eleitorais

- Quanto à competência administrativa, normativa e consultiva,


destaca-se:

→ constituir as juntas eleitorais e designar a respectiva sede e jurisdição;

→ responder, sobre matéria eleitoral, às consultas que lhe forem feitas, em


tese, por autoridade pública ou partido político; e
→ dividir a respectiva circunscrição em zonas eleitorais, submetendo essa
divisão, assim como a criação de novas zonas, à aprovação do Tribunal
Superior.

Juízes Eleitorais

- Os Juízes Eleitorais exercem a jurisdição dentro do espaço geográfico


delimitado pela Zona Eleitoral.

- O cartório eleitoral é a sede do juízo eleitoral

- Não poderão ser chefe de cartório

→ membro de diretório de partido político

→ candidato ou seu cônjuge ou familiar até 2º grau.

- Competência (destaques)

→ A competência do Juiz Eleitoral em relação às matérias criminais, ao


habeas corpus e ao mandado de segurança é subsidiária.

→ dividir a zona em seções eleitorais.

→ ordenar o registro e a cassação do registro dos candidatos aos cargos


eletivos municipais e comunicá-los ao Tribunal Regional.

→ em até 60 dias antes do pleito,

● designar as seções eleitorais da Zona Eleitoral


● nomear os membros das mesas receptoras

Juntas Eleitorais

- Composição

→ juiz de direito

→ 2 ou 4 cidadãos de notória idoneidade


- Transitoriedade das juntas

→ surgimento: nomeação 60 dias antes das eleições

→ extinção: diplomação dos eleitos para os cargos municipais

- Procedimento de escolha:

1º - Juiz Eleitoral escolhe os membros

2º - 10 dias antes da nomeação divulga-se a lista para eventuais


impugnações (no prazo de 3 dias)

3º - Nomeação (60 dias antes do pleito)

- Não podem ser nomeados membros das juntas:

→ candidatos, seus cônjuges/companheiro ou parentes até 2º grau;

→ membros de diretorias de partidos políticos;

→ autoridades e agentes policiais;

→ funcionários que exerçam cargo de confiança no Executivo;

→ quem pertencer ao serviço eleitoral (servidores, por exemplo).

→ não podem ser cônjuge/companheiro ou parente entre si (art. 64, da Lei


nº 9.504/1997)

- Competência

→ apurar as eleições (no prazo de 10 dias).

→ resolver impugnações durante os trabalhos de apuração.

→ expedir boletins de urna.

→ expedir diploma dos eleitos para cargos municipais.


ALISTAMENTO ELEITORAL

Noções Introdutórias

- Alistamento eleitoral é o processo realizado para a aquisição da


cidadania. Trata-se de pressuposto objetivo da cidadania, que confere à
pessoa a capacidade eleitoral ativa (ius suffraggi).

→ Ato administrativo de caráter vinculado. Excepcionalmente, o


alistamento poderá ser constituído em ato jurisdicional, na hipótese de
recurso (conflito de interesses).

→ Uma vez qualificado e inscrito perante o juiz eleitoral, o eleitor passa a


integrar ao corpo de eleitores, podendo votar.

- O domicílio eleitoral é o local onde o cidadão deve se alistar e o local


onde poderá candidatar-se a cargos eletivos.

→ Entre as condições de elegibilidade, está o domicílio eleitoral na


circunscrição por, pelo menos, seis meses (conforme alterado pela
Reforma Eleitoral de 2017).

→ O conceito de domicílio eleitoral é mais flexível comparado às regras


que definem o domicílio civil.

→ O domicílio poderá ser, à escolha do interessado, qualquer um dos


lugares em que mantenha vínculo residencial, afetivo, familiar, profissional,
comunitário ou de outra natureza que justifique a escolha do município
(art. 23, Res. TSE 23.659/21).

→ O prazo mínimo de domicílio para fins de elegibilidade é de 6 meses.

- O alistamento eleitoral pode ser obrigatório ou facultativo

→ Será obrigatório para maiores de 18 anos


→ Será facultativo para:

● Analfabetos;
● adolescentes entre 16 e 18 anos;
● maiores de 70.

- Não podem alistar-se como eleitores os estrangeiro, durante o período


do serviço militar obrigatório, os conscritos e aqueles que perderam os
direitos políticos.

→ No caso de perda:

● é hipótese de inalistabilidade;
● gera o cancelamento do alistamento;
● não impede o alistamento, mas deve ser lançado o código ASE que
indique impedimento ao exercício do direito de votar.

→ A aquisição do gozo de direitos políticos por pessoa brasileira em


Portugal não acarreta a suspensão de direitos políticos ou o cancelamento
da inscrição eleitoral e não impede o alistamento eleitoral ou as demais
operações do cadastro eleitoral.

- Temos, ainda, algumas situações específicas:

→ Alistamento por menor de 16 anos em ano eleitoral

Admite-se a inscrição eleitoral do menor aos quinze anos de idade,


desde que complete 16 anos antes do pleito, pois o último dia para
comparecer para efetuar o alistamento é o centésimo quinquagésimo
primeiro dia antes do pleito, já que no centésimo quinquagésimo dia
não será recebida a inscrição eleitoral.

Temos uma regra que gera efeito suspensivo na inscrição eleitoral.


Somente com 16 anos completos a inscrição eleitoral produzirá plenos
efeitos e o jovem poderá exercer a cidadania.
→ Não aplicação de multa ao brasileiro nato que alistar-se até os 19 anos e
ao naturalizado que se alistar até um ano após adquirida a nacionalidade.

→ Alistamento até os 19 anos: o sujeito que não se alistar até os 19 anos


de idade sofrerá multa a ser aplicada pelo Juiz Eleitoral. Não se aplicará
a pena ao não alistado que requerer sua inscrição eleitoral até o centésimo
quinquagésimo primeiro dia anterior à eleição subsequente à data em que
completar 19 anos.

→ Alistamento do naturalizado: prazo de um ano para alistamento


eleitoral. Passado o período de um ano, se não se alistar, sofrerá imposição
de multa.

→ Alistamento do alfabetizado: a multa não será aplicada a quem se


alfabetizar.

→ A multa também não será aplicada para a pessoa que declarar, perante
qualquer juízo eleitoral, sob as penas da lei, seu estado de pobreza.

PROCEDIMENTOS DO CADASTRO

- Diretrizes do procedimento:

→ modernização e desburocratização da gestão do cadastro eleitoral;

→ conformidade com a LGPD (Lei 13.709/2018);

→ preservação e facilitação do exercício da cidadania;

→ expansão e especialização dos serviços eleitorais.

- O processamento do alistamento eleitoral se dá de forma eletrônica e é


uniforme em todo o território nacional.

- O Requerimento de Alistamento Eleitoral (RAE) é formulário, no qual


todas as informações necessárias à apreciação do pedido de alistamento
deverão estar dispostas, deve ser preenchido e processado
eletronicamente.

→ direito à autodeclaração;

→ adequada identificação da pessoa eleitora;

→ local de votação (leva em consideração a preferência manifestada pelo


eleitor).

- Há previsão na Res. TSE de concretização do Princípio da Dignidade da


Pessoa Humana , garantindo o direito à autodeclaração da pessoa eleitora
com previsão de:

→ previsão de nome social

→ opções de identidade de gênero

→ ampliação do campo de filiação

→ identificação como indígena ou quilombola

→indicação de se tratar de pessoa com deficiência entre outras mudanças.

- São operações do alistamento:

→ ALISTAMENTO: hipóteses:

1) Quando o interessado se apresentar perante a justiça e não for


identificada inscrição em nenhuma zona eleitoral (do país ou exterior).

2) Quando o interessado se apresentar e for encontrada inscrição


cancelada por determinação de autoridade judicial.

→ TRANSFERÊNCIA: utilizada para alterar o domicílio eleitoral constante do


cadastro, ainda que haja eventual correção de informações.
→ REVISÃO: utilizada pelo eleitor que necessitar alterar o local de votação
dentro do mesmo município, com ou sem alteração da zona eleitoral; para
retificar dados pessoais; e para regularizar a situação de inscrição
cancelada.

→ 2ª VIA: utilizada quando o eleitor, devidamente inscrito e em situação


regular, requerer a segunda via do título eleitoral, sem qualquer alteração.

TÍTULO ELEITORAL

- O título é o documento que atesta o alistamento eleitoral, habilitando o


cidadão a exercer o direito de voto.

- Não faz prova da quitação eleitoral.

- A data da emissão será considerada a data do preenchimento do


requerimento em caso de:

→ alistamento;

→ transferência;

→ revisão;

→ segunda via.

- O título de eleitor é documento pessoal e não poderá ser entregue a


terceiro, nem mesmo por meio de procuração.

- Portanto, nos 150 dias anteriores ao pleito, até a conclusão dos trabalhos
de apuração em âmbito nacional, não serão recebidos requerimentos de
alistamento ou de transferência. Com a processamento dos dados de
eleição, são aceitos novamente pedidos de alistamento e de transferência.

- Quanto à apresentação do título no dia das eleições:


→ exige-se a apresentação de documento com foto

→ não é obrigatório comparecer com o título e com documento com foto

→ portar o título eleitoral é dispensável no dia das eleições para o exercício


do voto.

→ O eleitor ou a eleitora que tenha biometria registrada na Justiça Eleitoral


poderá utilizar a via digital do título de eleitor como identificação para fins
de votação.

ALISTAMENTO INICIAL

- Quando o eleitor comparecer à JE para se inscrever pela primeira vez,


quando não for encontrada inscrição anterior ou quando houver decisão
de exclusão da inscrição do Juiz Eleitoral.

- Deve comparecer até o 151º dia antes das eleições.

- Apresentar um destes documentos:

a) carteira de identidade

b) carteira profissional

c) certificado de quitação do serviço militar

d) certidão de nascimento ou de casamento

e) instrumento público do qual conste a idade mínima de 15 anos e demais


elementos necessários ao alistamento

f) documento congênere ao registro civil, expedido pela Funai;


g) portaria do ministro da Justiça e o documento de identidade de que
tratam os arts. 22 do Decreto nº 3.927, de 2001, e 5º da Lei nº 7.116, de 1983,
para as pessoas portuguesas.

→ Regras específicas referente à documentação:

certificado de quitação do serviço militar:

# exigido dos homens, que pertencem à classe dos conscritos;

# será dispensado o documento:

1 - não tenha iniciado o período de conscrição (ainda que maior de 18 anos);

2 – se completar 45 anos após 31/12

certidão de nascimento/casamento

# devem ser fornecidas gratuitamente

# deve ser fornecida no prazo de 15 dias.

# infração: crime de perturbação ou impedimento do alistamento (art. 293,


CE).

● documento público do qual conste idade e demais documentos:

# passaporte (não tem filiação, se anteriores a 2015) e CNH (não há


nacionalidade) não são aceitos.

# CTPS (era pela MP 905/2019, mas não foi convertida em Lei) O TSE aceita
como documento para identificação para votar, mas há divergência quanto
à possibilidade de ser utilizado o documento para alistamento.

Os documentos podem ser apresentados de forma digital.

Pode ser utilizado o nome social e deve ser respeitada a identidade de


gênero.
- Atendimento presencial:

→ O Servidor irá preencher o RAE com as informações prestadas pelo


eleitor, prestando qualquer esclarecimento necessário;

→ O eleitor fará a verificação dos dados e caso seja necessário o atendente


fará a leitura dos dados para conferência;

→ Caso seja utilizado o sistema biométrico não será necessário a assinatura


no formulário, pois ela será suprida pela assinatura digital;

→ Caso não seja possível a assinatura o atendente deverá registrar o


motivo;

→ Caso não seja utilizado o sistema biométrico o RAE deverá ser impresso e
deve ser colhida a assinatura ou digital. Não sendo possível o atendente
deverá fazer constar o motivo da impossibilidade.

- Procedimento:

● Comparecimento do eleitor
● Perguntas objetivas para o preenchimento do RAE e esclarecimentos
● Verificação dos dados pela pessoa atendida
● a pessoa será informada de que o deferimento fica sujeito à
verificação, pelo juízo eleitoral
● o título eleitoral será expedido e entregue à pessoa, salvo se for por
ela dispensado o recebimento do documento.
● Submissão a despacho do juiz (na prática, a conferência é efetuada
pelo próprio servidor)

- Recurso:

a) do indeferimento pelo eleitor (notificação) ou pelo Ministério Público


Eleitoral no prazo de 5 dias;
b) do deferimento por qualquer partido ou pelo Ministério Público Eleitoral
no prazo de 10 dias, a contar sempre do 1º e 15º dias de cada mês.

- Admite a adoção de diligências, com possibilidade de notificação do


requerente para comparecer em cartório.

- Gratuidade de certidões registrais para fins de alistamento.

- Interrupção do contrato de trabalho para alistamento:

→ comunicação prévia ao empregador com 48 horas de antecedência;

→ afastamento por, no máximo, 2 dias;

→ o empregado continua recebendo salário nos dias em que estiver


afastado.

- Alistamento da pessoa com deficiência:

→ alistamento e voto obrigatórios, conforme regras da CF;

→ deve ocorrer de forma inclusiva e como direito fundamental;

→ poderá exercer o voto mediante auxílio de terceiros;

→ não é hipótese de suspensão dos direitos políticos.

* a PcD pode ser: capaz (ainda que esteja sob regime de tomada de
decisão apoiada) ou relativamente incapaz (mediante curatela), Em
nenhum caso, haverá impedimento para o alistamento.

* O CE prevê seções específicas para cegos (art. 50, CE), mas isso é
discriminatório e vedado pelo Estatuto da Pessoa com Deficiência (art. 76,
1, I, Lei 13.145 e art. 14 Res TSE 23.659/21)
TRANSFERÊNCIA

- Utilizada sempre que o eleitor desejar alterar o domicílio (leia-se, mudar


o município).

- Deve comparecer até o 151º dia antes das eleições.

- Permanece com o mesmo número (só muda a UF, se for o caso).

- Requisitos:

a) Requerimento até o 151º dia antes das eleições;

b) Decurso do prazo de 1 ano desde a última transferência;

c) Pelo menos 3 meses de residência no novo domicílio; e

d) Regular cumprimento das obrigações de comparecimento às urnas e de


atendimento a convocações para auxiliar nos trabalhos eleitorais.

- Observações:

→ Mudança de domicílio = mudança de município

→ Permanece com o mesmo número de inscrição

→ Tempo mínimo de 3 meses pode ser declarado.

→ Obrigações cívicas: comparecimento às urnas e atendimento a


convocações para auxiliar nos trabalhos eleitorais.

- Há regra específica para (e membros da família) não precisa comprovar,


se for removido ou transferido ou tomar posse:

1) 3 meses de domicílio; e

2) 1 ano do alistamento ou última transferência.


→ Também se aplica para indígenas, quilombolas, pessoas com deficiência,
trabalhadoras e trabalhadores rurais safristas e pessoas que tenham sido
forçadas, em razão de tragédia ambiental, a mudar sua residência.

- Recurso:

a) do indeferimento pelo eleitor(notificação) ou pelo Ministério Público


Eleitoral no prazo de 5 dias;

b) do deferimento por qualquer partido ou pelo Ministério Público Eleitoral


no prazo de 10 dias, a contar sempre do 1º e 15º dias de cada mês.

- É vedada a transferência e a revisão de inscrição envolvida em


coincidência ou cancelada em decorrência de perda de direitos políticos
ou por decisão de autoridade judiciária.

- Ordem de transferência de inscrições canceladas:

1º - Transfere-se a inscrição utilizada para votar no último pleito.

2º - Se nunca usadas para votar, transfere-se a inscrição mais antiga.

2ª VIA

- Requerimento de expedição de novo título pelo extravio do anterior.

- Permite-se a emissão da segunda via ainda que a inscrição esteja


suspensa ou que haja pendências quanto ao regular comparecimento às
urnas ou atendimento a convocações para auxiliar nos trabalhos eleitorais.

- O título prova o alistamento, não a quitação eleitoral.

- Pode requerer, no domicílio eleitoral, até 10 dias antes das eleições ou, se
estiver fora, deverá requerer com a antecedência de 60 dias.

→ Hoje, desnecessário diante do e-título.


- Requisitos:

a) estiver devidamente inscrito;

b) com situação regular ou suspensa; e

c) não houver qualquer alteração nos dados.

- Qualquer tempo de acordo com a Resolução.

- Ainda que haja pendências quanto ao comparecimento às urnas ou para


auxiliar nos trabalhos eleitorais

- A segunda via será emitida no momento do atendimento


(automaticamente).

REVISÃO

- Utilizada para a alteração do local de votação (dentro do mesmo


município, com ou sem mudança de Zona Eleitoral), para a retificação de
dados pessoais e para a regularização de inscrição cancelada.

- A legislação eleitoral não prevê prazos.

- Os dados serão retificados no momento do atendimento


(automaticamente).

ADMINISTRAÇÃO DO CADASTRO ELEITORAL

- O cadastro eleitoral é fiscalizado pelos partidos por meio de

→ delegados, cuja atribuição é:

● acompanhar os serviços de alistamento;


● requerer cancelamento de inscrição eleitoral; e
● examinar mediante assinatura de termo de confidencialidade dos
dados pessoais a que tenha acesso, sem perturbação dos serviços e
na presença de servidor ou servidora

→ são indicados:

● 3 delegados por Zona Eleitoral; e


● 4 delegados por TRE.

- A competência para regulamentar a administração de dados do


cadastro eleitoral é do TSE, definindo acesso às informações.

- As informações do cadastro eleitoral poderão ser acessadas pelas


instituições públicas e privadas e, inclusive, às pessoas físicas de
acordo com a Lei Geral de Proteção de Dados.

- Quanto à disponibilização de informações pessoais do cadastro eleitoral:

→ veda-se a disponibilização, como regra.

→ não entram na restrição:

● Unidades da própria Justiça Eleitoral para desempenho de suas


atribuições;
● Acesso por autoridade judicial;
● Ministério Público e às Polícias Federal e Civil;
● Institutos de Identificação e aos órgãos competentes para a
emissão da carteira de identidade nos termos da Lei nº 7.116/1983,
restrito ao conjunto de dados, inclusive biométricos, de cidadãos que
busquem serviços em seus territórios;
● Órgãos públicos em geral, agentes públicos e entidades, com
utilização exclusiva para fins funcionais, prestação de serviço público
ou desenvolvimento de política pública.
→ Na divulgação de informações estatísticas não podem constar dados
pessoais dos eleitores.

- A Lei dos Partidos Políticos assegura acesso pleno, pelos órgãos nacional
e estaduais, às informações dos filiados ao respectivo partido político (art.
19, §§ 3 e 4)

- O cadastro eleitoral permanecerá fechado nos 150 dias que antecedem


a data das eleições. Logo, o último dia para requerer o alistamento inicial
e a transferência é o 151º dia antes da data designada para as eleições.

- Distingue-se folha de votação de comprovante de comparecimento às


eleições

→ folha de votação: é um documento no qual consta a lista dos eleitores


regulares e liberados para votar, no dia das eleições.

→ comprovante de comparecimento à eleição: é o canhoto que


recebemos logo após exercer o voto, destacado da lista de eleitores pelo
mesário.

- Há empresas que podem ser conveniadas para execução de serviços


relativos ao cadastro eleitoral, quais sejam:

→ Entidades da Administração Direta ou Indireta;

→ Empresas privadas de capital exclusivamente nacional.

* As empresas conveniadas não poderão utilizar quaisquer dados ou


informações constantes do cadastro.

A administração do cadastro eleitoral compete a cada um dos TRE, sob a


orientação e a supervisão do TSE. Fixa-se, ainda, que o TRE poderá firmar
convênios com empresas para auxiliar na execução dos serviços,
vedando-se a utilização, por parte das empresas contratadas, dos
dados e das informações constantes do cadastro eleitoral.

- Não comparecimento às urnas, requer justificação, que poder ser feito:

● 60 dias após o pleito, perante a Justiça Eleitoral;


● no dia das eleições;
● por intermédio do Sistema Justifica; ou
● pelo aplicativo e-Título.

Se o eleitor estiver no exterior, a justificativa deve ser apresentada no prazo


de 30 dias a contar do retorno ao Brasil.

- Dada a obrigatoriedade de atender à solicitação como mesário, deverá


justificar no...

→ prazo de 30 dias, caso não compareça, sob pena de multa.

→ prazo de 3 dias, em caso de abandono dos trabalhos no curso da


votação.

PARTIDOS POLÍTICOS

- Os partidos são pessoas jurídicas de direito privado;

- Devem registrar o documento inicial de constituição – estatuto – no


serviço de registro civil de pessoas jurídicas no local da sede do partido.

- Não obstante tratar-se de pessoa jurídica de direito privado, é possível a


utilização do mandado de segurança contra representantes ou órgãos de
partidos políticos.

- Por se tratar de pessoa de direito privado, eventuais lides judiciais


relativas ao partido político tramitarão pela Justiça Comum, como regra.
- Primeiramente, o partido irá constituir-se civilmente. Após, registrará
estatuto no TSE.

- O partido, quando da constituição, deve demonstrar caráter nacional:

→ É necessário provar o apoiamento mínimo

→ Finalidade: afastar a criação de agremiações com caráter regional ou


local.

→ O partido terá dois anos para demonstrar o preenchimento das


exigências

→ o cálculo do apoiamento mínimo, engloba:

Deve obter a assinatura com a indicação do título eleitoral de, ao menos,


0,5% do número de votos computados para a última eleição para a Câmara
dos Deputados. NÃO são levados em consideração os votos nulos e
brancos, apenas os votos válidos.

As assinaturas acima devem ser registradas em, pelo menos, 1/3 dos
Estados-membros brasileiros.

Cada um desses Estados deverá computar, pelo menos, 0,1% do eleitorado


recebido no Estado para a Câmara dos Deputados.

* A assinatura do cidadão, em apoio à criação do partido político, não


constitui ato de filiação ao partido político. Assim, o cidadão que assina a
lista não está filiado ao partido em formação.

* Embora o analfabeto seja absolutamente inelegível, o entendimento


majoritário é no sentido de que ele poderá participar da lista de
apoiamento mínimo, desde que esteja alistado (lembre-se de que o
alistamento é facultativo).
* Não se admite o encaminhamento de ficha de apoiamento de eleitores
pela Internet, tendo em vista a exigência contida no art. 9º, § 1º, da Lei nº
9.096/1995.

* Não é possível a utilização de cédula de identidade no lugar do título


eleitoral.

* Partido político em processo de registro na Justiça Eleitoral tem direito


de obter lista de eleitores, com os respectivos números do título e zona
eleitoral.

* Não é possível que eleitores com cadastro em situação irregular assinem


lista de apoio para criação de partido.

FEDERAÇÕES DE PARTIDOS POLÍTICOS

- Envolve a reunião de dois ou mais partidos que após se constituírem e


se registrarem, de forma individual, perante o TSE atuarem como se
fossem uma única agremiação partidária.

- Todos os partidos integrantes devem ter registro definitivo no TSE;

- Deverão permanecer no mínimo por 4 anos;

- Devem ser constituídos até a data final para as convenções partidárias;

- Possuem abrangência nacional;

- Devem cumprir todas as normas que regem o funcionamento


parlamentar e a fidelidade partidária;

- Se submetem às regras de infidelidade partidária.

- O estatuto deverá conter regras para a composição de listas para as


eleições proporcionais, que vincularão a escolha de candidatos da
federação em todos os níveis.
- Para fins de aferição da cláusula de desempenho prevista no § 3º do art.
17 da Constituição e no art. 3º da EC nº 97/2017, será considerada a soma da
votação e da representação dos partidos que integram a federação.

FILIAÇÃO

- A filiação é condição de elegibilidade, que requer pleno gozo dos direitos


políticos e atender às regras previstas no estatuto.

- Admite-se que inelegível, filie-se.

- O tempo mínimo de filiação partidária foi reduzido de 1 ano para 6


meses. Não obstante, o estatuto do partido poderá estabelecer um tempo
superior de filiação.

- A comunicação da filiação será automática. Contudo, o TSE faculta a


prova da filiação por outros elementos.

- Veda-se a atividade político partidária para:

1 - Militares art. 142, § 3º, V da CF/1988;

2 - Membros do Ministério Público art. 128, § 5º, II, e da CF/1988;

3 - Magistrados art. 95, parágrafo único, III da CF/1988;

4 - Membros do TCU art. 73, §§ 3º e 4º da CF/1988;

5 - Membros da Defensoria Pública arts. 46, V, 91, V, e 130, V da LC nº


80/1994 e

6 - Servidor da Justiça Eleitoral art. 366 do CE/1965.

- O cancelamento da filiação partidária se dá pela:

→ morte;
→ perda dos direitos políticos - não abrange a suspensão de direitos
políticos.

→ expulsão - é necessário procedimento administrativo

→ outras formas previstas no estatuto, com comunicação obrigatória ao


atingido no prazo de quarenta e oito horas da decisão;

→ filiação a outro partido, desde que a pessoa comunique o fato ao juiz da


respectiva zona eleitoral.

- Havendo coexistência de filiações partidárias, prevalecerá a mais recente,


devendo a Justiça Eleitoral determinar o cancelamento das demais.

- A desfiliação é feita pelo cidadão, devendo comunicar o órgão de direção


municipal respectivo e o Juiz eleitoral da zona onde estiver inscrito.

SISTEMAS ELEITORAIS, CONVENÇÕES, COLIGAÇÕES E REGISTRO DE


CANDIDATOS

Sistemas Eleitorais

- Os sistemas eleitorais constituem um conjunto de procedimentos para


determinar quem exercerá a representação do povo.

- A função e finalidade dos sistemas eleitorais é:

→ proporcionar a captação de votos segundo a vontade popular

→ conferir a legitimidade ao exercício do mandato político

→ possibilitar a representação popular de diversos segmentos da


sociedade

→ fortalecer as relações entre representantes e representados

- As eleições, por previsão constitucional, ocorrem:


→ 1º bloco: eleições nacionais e estaduais (Presidente e vice, Governador e
vice, Deputados Federal e Estadual e Senador) � ELEIÇÕES GERAIS

→ 2º bloco: eleições municipais (Prefeito, vice-Prefeito e Vereador) �


ELEIÇÕES MUNICIPAIS

- Temos três sistemas eleitorais: majoritário, proporcional e misto. E NO


BRASIL? Adotamos o SISTEMA MAJORITÁRIO e o SISTEMA
PROPORCIONAL. Não adotamos o sistema misto.

- Quanto ao sistema majoritário:

→ O sistema eleitoral majoritário objetiva o princípio da representação da


maioria. O candidato que receber a maioria dos votos será considerado
vencedor, seja essa maioria absoluta ou relativa.

● No primeiro caso, para ser considerado eleito, o candidato deverá


atingir mais da metade dos votos de todo o corpo eleitoral.
● No segundo caso, para ser considerado eleito, o candidato deverá
atingir a maioria dos votos em relação aos seus concorrentes. É
bem simples, vejamos!

→ O sistema majoritário comporta duas espécies.

● sistema majoritário de único turno: exige-se apenas a maioria


simples
● sistema majoritário de dois turnos: exige-se a maioria absoluta

→ E se no município houver exatamente 200.000 eleitores? Será um


único turno! Notem que o dispositivo constitucional refere-se a “MAIS de
200.000 mil eleitores”. Logo, com 200 mil adota-se o sistema majoritário de
turno único.

→ Convoca-se o remanescente com maior votação, se antes do 2º turno um


dos candidatos ao cargo de titular, entre os primeiros colocados:
● falecer
● desistir
● houver impedimento legal

→ No caso do vice, substitui-se por outro candidato do partido ou coligação


(entendimento do TSE e da doutrina).

→ poderá participar das eleições o partido que...

● até 6 meses antes do pleito: tenha registrado, junto ao TSE, seu


estatuto
● até a data da Convenção: tiver órgão de direção constituído na
circunscrição em que pretenda lançar candidato

- Quanto ao sistema proporcional:

→ nas eleições proporcionais são válidos os votos

● conferidos aos candidatos regularmente inscritos E


● às legendas partidárias.

→ São eleitos pelo sistema proporcional

● Deputados Federais
● Deputados Estaduais
● Vereadores

→ O QUOCIENTE ELEITORAL é obtido a partir da razão (da divisão) entre o


número de votos válidos distribuídos aos candidatos e/ou diretamente
às legendas, sem computar os votos brancos e nulos, pelo número de
vagas ofertadas.

Do resultado, devemos desprezar a fração se for igual ou inferior a meio


(menor que 0,5) ou arredondar para 1 se for superior a meio (maior que 0,5).

→ O QUOCIENTE PARTIDÁRIO auxilia no cálculo do número de


candidatos que o partido conseguiu eleger. Para chegar ao quociente
partidário, devemos dividir o número de votos do partido pelo valor
encontrado no quociente partidário.

→ VOTAÇÃO NOMINAL MÍNIMA: obter o quantitativo de votos igual ou


superior a 10% do quociente eleitoral.

→ CÁLCULO DE MÉDIA

# São duas as situações em que podem ocorrer a sobra de vagas:

1º - quando, pela distribuição em função do quociente partidário, não


fechar completamente o número de vagas.

2º - quando algum dos candidatos, embora classificado no número de


vagas do partido, não obtiver a votação nominal mínima.

# Para calcular a média para distribuição da sobra, usaremos a seguinte


fórmula:

Média= (Nº de Votos do Partido)/(Número de vagas obtidas pelo partido+1)

# regras complementares

1ª regra: Se houver mais de uma vaga, procede-se novamente a operação


acima para distribuição das demais vagas e, assim, sucessivamente.

2ª regra: se o partido com a maior média não tiver candidatos que


cumpram a exigência da votação nominal mínima a vaga irá para o
próximo partido que tiver a maior média.

# OBSERVAÇÕES FINAIS

Para participar da distribuição de sobras o partido precisa ter obtido 80%


do quociente eleitoral e os candidatos precisam ter obtido 20% deste
quociente, ou seja, as regras ficaram mais rígidas.

No caso de empate na votação de candidatos de um mesmo partido


político, será eleito o candidato mais idoso.
Se nenhum partido alcançar o quociente eleitoral, a regra de definição das
vagas observará o princípio majoritário.

Os suplentes serão os candidatos mais votados em ordem, sem a regra da


votação nominal mínima acima estudada.

Se não houver suplente em caso de vacância serão realizadas novas


eleições, exceto se faltar menos de quinze meses para o término do
mandato.

COLIGAÇÃO PARTIDÁRIA

- Coligação é o consórcio de partidos políticos formados com o propósito


de atuação conjunta e cooperativa na disputa eleitoral.

- Coligação partidária:

→ agrupamento de partidos

→ temporário

→ não possui personalidade jurídica

→ atua perante a Justiça Eleitoral como se fosse um partido

- Os partidos têm liberdade para se organizarem sob a forma de


coligações apenas nas eleições majoritárias.

→ Essa regra difere da VERTICALIZAÇÃO PARTIDÁRIA, uma vez que NÃO


existe a obrigatoriedade de vinculação entre as candidaturas de âmbito
nacional, estadual, distrital ou municipal para a formação de coligações.

→ Pela previsão da EC nº 97/2017 não há mais coligações para as eleições


proporcionais.
- Menção das legendas quando houver coligações: usará
obrigatoriamente a legenda de todos os partidos, sob sua
denominação.

- Quanto ao registro de candidatos pela coligação, a Lei das Eleições


estabelece um rol de pessoas legitimadas a assinar o pedido. Esse rol é
alternativo, ou seja, se um deles assinar basta. Não é necessária a
assinatura por todos os indicados.

→ Podem subscrever o pedido de registro:

● Presidentes dos partidos coligados


● Delegados de Partido
● maioria dos membros dos respectivos órgãos executivos de direção
● representante da coligação

- A representação dos interesses da coligação perante a Justiça Eleitoral


poderá ocorrer pelo representante eleito ou pelos Delegados escolhidos.

- Delegados da coligação

→ 3: Juiz Eleitoral

→ 4: TRE

→ 5: TSE

- Os partidos, em regra, não poderão atuar isoladamente quando


coligados. Assim, devem se fazer representar por intermédio da coligação e
dos delegados escolhidos.

→ exceção: permite-se que o partido atue sozinho para questionar a


validade da própria coligação.

- Vige, na Justiça Eleitoral, o princípio da solidariedade entre partidos e


candidatos em relação às multas impostas por propagandas irregulares.
CONVENÇÕES

- As convenções constituem órgãos de deliberação dos partidos


políticos que são regidos essencialmente pelo estatuto do partido
político.

- Normas que regem as convenções

→ Confere-se liberdade aos partidos políticos para a escolha de candidatos.


Contudo, deve-se observar as prescrições legais.

→ Se não houver regras suficientes no estatuto, quem definirá as normas


para as convenções é o órgão de direção nacional do partido político, que
deverá fixar tais regras e, em seguida, publicá-las no DOU no prazo de 180
dias antes das eleições.

→ Os diretórios estaduais ou municipais devem observar as diretrizes


fixadas pelo órgão nacional do partido político. Caso não observem tais
regras durante as respectivas convenções, o órgão nacional poderá anular
a deliberação e os atos decorrentes. Essa anulação deve ser comunicada
à Justiça Eleitoral no prazo de 30 dias após a data limite para o registro de
candidatos (dia 15/8 do ano das eleições até as 19 horas).

→ Caso seja necessário escolher novos candidatos, o pedido de registro


será apresentado à Justiça Eleitoral nos 10 dias seguintes à deliberação de
anulação pelo órgão nacional.

- Quanto ao momento de realização da convenção:

→ 20/7 a 5/8

→ redige-se uma ata

→ a ata deve ser rubricada pela Justiça Eleitoral


→ a ata deve ser publicada em 24 horas

→ segundo jurisprudência do TSE, permite-se à Convenção delegar tal


atribuição ao órgão nacional do partido. Quando isso ocorrer, a convenção
ocorrerá até a data limite para registro de candidatos, até as 19 horas do
dia 15.08. Nesse caso, em ato contínuo após a realização da convenção
pelo órgão nacional, temos o registro dos candidatos escolhidos pelo
partido.

- candidatura nata: privilégio para Deputados e para Vereadores de se


lançarem candidatos à reeleição sem a necessidade de escolha em
Convenção, caso mantenham-se filiados ao mesmo partido político pelo
qual se elegeram.

→ Não há que se falar em candidatura nata, uma vez que o dispositivo foi
declarado inconstitucional por decisão do STF.

- Para o registro da candidatura, deve-se observar filiação partidária e


domicílio eleitoral na circunscrição, ambos, com prazo mínimo de 6
meses.

REGISTRO DE CANDIDATURAS

- Somente faz sentido falar em número de candidatos por partido para as


eleições de deputado (federal e estadual) e de vereador. Isso porque, em
relação aos cargos do Poder Executivo, cada partido poderá registrar
apenas um único candidato.

→ cargo de presidente/vice: 1 candidato (partido ou coligação)

→ cargo de governador/vice: 1 candidato (partido ou coligação)

→ cargo de prefeito/vice: 1 candidato (partido ou coligação)


→ Nos anos em que houver a eleição de 2 Senadores, o partido, ou
coligação, indicará 2 candidatos. No ano em que houver a eleição de
apenas 1 Senador, o partido, ou coligação, indicará apenas 1 candidato a
Senador.

- Para as casas legislativas, cada partido poderá indicar vários candidatos.

→ Cada partido, poderá indicar até 100% do número de lugares a preencher


para os cargos de Deputado Federal, de Deputados Estaduais e Distritais e
Vereadores e mais 1.

→ Em todos os cálculos, será sempre desprezada a fração, se inferior a


meio, e igualada a um, se igual ou superior.

- Do número de vagas resultante das regras previstas neste artigo, cada


partido ou coligação preencherá o mínimo de 30% (trinta por cento) e o
máximo de 70% (setenta por cento) para candidaturas de cada sexo
(quota eleitoral de gênero).

- O partido político poderá preencher essas vagas remanescentes, desde


que no prazo de 30 dias antes das eleições.

- Competência para registrar:

→ Juiz Eleitoral: cargos de Prefeito e de vice-Prefeito

→ TRE: cargos de Senador Federal, de Deputado Federal, de Governador, de


vice-Governador e de Deputado Estadual

→ TSE: cargos de Presidente e de vice-Presidente

- Legitimados para requerer o registro:

→ partido político

→ coligação

→ pré-candidato
- Tanto os partidos políticos como a coligação terão ATÉ AS 19 HORAS DO
DIA 15 DE AGOSTO DO ANO ELEITORAL para registrar os candidatos
escolhidos em convenção.

→ regra: até dia 15 de agosto do ano eleitoral

→ exceções:

● 48 horas após a publicação das listas de candidatos, pelo candidato


interessado, caso o partido ou coligação não o tenha registrado;
● até 30 dias antes do pleito: vagas remanescentes;
● até 10 dias após a ocorrência do fato, se o candidato:
● for declarado inelegível;
● se o candidato renunciar;
● se o candidato falecer após o termo final do prazo do registro.

- Documentos que devem constar do registro (principais regras)

→ proposta de governo

● devem indicar: Presidente, Governador e Prefeito


● não precisam indicar: Vereador, Deputado Estadual, Deputado
Federal e Senador da República

→ A fotografia do candidato apresentada será aquela que aparecerá na


urna no dia das eleições.

→ Em regra, a idade mínima é aferida na data da posse. Exceto, para o


cargo de vereador exige-se a idade mínima de 18 anos, devendo
comprová-la no momento do registro da candidatura.

→ A quitação eleitoral abrangerá:

● a plenitude do gozo dos direitos políticos;


● a regular exercício do direito do voto;
● o atendimento às convocações da Justiça Eleitoral;
● a inexistência de multas aplicadas.

→ A Justiça Eleitoral encaminhará ATÉ O DIA 5 DE JUNHO DO ANO


ELEITORAL – portanto, 2 meses e 10 dias antes do término do período para
registro dos candidatos escolhidos em Convenção – a lista de devedores
de multa eleitoral.

- Nome para registro do candidato

→ O candidato poderá ser registrado sem o prenome, ou com o nome


abreviado, desde que a supressão não estabeleça dúvida quanto à sua
identidade.

→ Para além do nome completo, o candidato indicará outros 3 nomes em


ordem de preferência, desde que:

● não gere dúvidas quanto à identidade;


● não atente contra o pudor;
● não seja ridículo ou irreverente.

→ Homônimo:

1º - comprovar que são conhecidos pelo nome indicado

2º - verificar se já utilizou o nome quando do exercício de mandato eletivo


ou se concorreu com tal nome

3º - comprovar que são conhecidos política, social ou profissionalmente


com o nome

4º - são registrados com o nome completo

- Substituição de candidato

→ Permite-se a substituição pelo partido ou coligação, se o candidato


indicado:

● for considerado inelegível


● renunciar
● falecer
● tiver indeferido ou cancelado o registro

→ Nas hipóteses acima, por decisão da maioria absoluta do órgão


executivo – o partido terá PRAZO DE 10 DIAS para indicar o substituto, a
contar do fato ou da ciência da decisão que deu origem.

→ A substituição, tanto nas eleições proporcionais como nas eleições


majoritárias, somente será possível se apresentada até 20 dias antes
das eleições.

EXCEÇÃO: em caso de falecimento de candidato, a substituição poderá ser


feita após esse prazo, ainda que às vésperas do pleito.

- Haverá o cancelamento do registro, se expulso do partido por violar o


estatuto, devendo ser assegurada a ampla defesa.

- Número do candidato

1 – Presidente � os dois algarismos da legenda (LL)

2 – Senador � os dois algarismos da legenda + número à direita (LLX)

3 - Deputado Federal � os dois algarismos da legenda + dois números à


direita (LLXX)

4 - Deputado Estadual � os dois algarismos da legenda + três números à


direita (LLXXX)

5 - Eleições Municipais � disciplinados por Resolução Específica do TSE

→ O partido tem o direito de manter a legenda.

→ Os candidatos que concorrerem ao cargo de Senador da República, de


Deputado Estadual, de Deputado Federal e de Vereador poderão solicitar a
alteração da variação de números à direita, desde que observada a
legenda.

→ Os candidatos a cargos do Poder Executivo (Presidente, Governador e


Prefeito) utilizarão o número da legenda.

→ PRAZO PARA JULGAMENTO DOS PEDIDOS DE REGISTRO: ATÉ 20


DIAS ANTES DAS ELEIÇÕES, os TRE enviarão ao TSE a relação dos
candidatos sob sua competência, com referência ao sexo e ao cargo para o
qual concorrer. Até essa data, todos os pedidos de registro devem estar
julgados nas instâncias ordinárias, inclusive aqueles que forem objeto
de impugnação. Para tanto, a Justiça Eleitoral deverá conferir prioridade,
em relação aos demais processos judiciais, àqueles que envolvam o
registro de candidatos.

- Regras específicas do CE:

→ o candidato poderá registrar uma única candidatura, seja na mesma ou


em diferentes circunscrições.

→ O partido político, ou os candidatos, somente poderão inscrever


candidatos caso tenham, dentro da circunscrição, constituído diretório
partidário.

→ O registro para os cargos do Poder Executivo é de chapa única, ou seja,


cada partido ou coligação poderá lançar apenas um único candidato.

→ O registro de candidatos a suplente de Senador da República é efetuado


conjuntamente com o registro do titular.

→ O registro de candidato a suplente de Deputados Federais é, em caráter


excepcional, efetuado junto com o titular, apenas para os territórios, se
houver.

→ Prazo para pedido de registro na Justiça Eleitoral: até 15/8.


→ O art. 97, do CE, traz um procedimento de impugnação ao pedido de
registro. Trata-se de uma impugnação prévia, antes mesmo da análise
judicial do pedido.

SISTEMA ELETRÔNICO DE VOTAÇÃO

- Nosso sistema de votação é eletrônico (com aplicação biométrica em


boa parte do país).

- Difere voto em branco e nulo

→ voto em branco: o eleitor não manifesta preferência por nenhum dos


candidatos.

→ voto nulo: o eleitor manifesta sua vontade de anular, digitando na urna


eletrônica um número que não seja correspondente a nenhum candidato
ou partido político.

* não trazem qualquer repercussão para o resultado ou totalização da


votação.

- Painel da urna eletrônica:

1º- a designação do cargo disputado;

2º - o número do candidato;

3º - o nome do titular e, inclusive, do vice e suplente, se for o caso;

4º - o nome do partido ou a respectiva legenda

5º - a foto do titular do cargo e, inclusive, dos vices e suplentes, se for o


caso.

- Ordem votação:
→ eleições gerais

● deputado federal
● deputado estadual
● senador
● governador e vice-governador
● presidente e vice-presidente da República

→ eleições municipais

● vereador
● prefeito e vice-Prefeito

- A Lei nº 13.165/2015 trouxe, para eleições de 2018, o voto impresso.


Contudo, o STF declarou inconstitucional a possibilidade de impressão de
comprovante por colocar em risco o sigilo e a liberdade do voto, bem como
pelos custos que a implementação da funcionalidade traz à Justiça
Eleitoral.

- Somente poderá votar quem constar na LISTA DE ELEITORES.

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