Para Beijar Uma Rosa Das Terras - Tamara Gill
Para Beijar Uma Rosa Das Terras - Tamara Gill
Para Beijar Uma Rosa Das Terras - Tamara Gill
ALTAS
BEIJOS INESPERADOS, LIVRO 6
TAMARA GILL
Translated by
EVELYN TORRE
CONTENTS
Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Epilogue
Querido(a) Leitor(a)
Também por Tamara Gill
Sobre a Autora
COPYRIGHT
Esta é uma obra de ficção. Nomes, personagens, lugares e incidentes são o produto da
imaginação da autora ou são usados de forma fictícia e não devem ser interpretados
como reais. Quaisquer semelhanças com pessoas, vivas ou mortas, eventos reais,
locais ou organizações é mera coincidência.
Edimburgo – 1810
SEBASTIAN SEGUIU até a sala de carteado para procurar seu amigo mais
próximo Rawden, Lorde Bridgman, que o acompanhou até a Escócia.
Bridgman concordou sem pestanejar em viajar para o norte, pois o
momento era ideal, já que ele também precisava resolver alguns assuntos na
Escócia.
Ele encontrou Rawden terminando um jogo de Loo e parecendo mais do
que satisfeito consigo mesmo.
— Como foi sua noite, meu bom amigo? Eu o vi falando com Lady
Elizabeth Mackintosh. Ela confirmou o que suspeitava, que ela herdou
mesmo Halligale?
Sebastian olhou para onde havia deixado Lady Elizabeth, mas não
conseguia mais localizá-la na multidão.
— Sim, falei com ela, e infelizmente, ela herdou a propriedade. Preciso
encontrar um jeito de fazê-la vender a propriedade de volta para mim, ou
talvez eu possa levar Laird Mackintosh ao tribunal e contestar a aquisição
ilegal das terras.
Rawden ergueu as sobrancelhas em descrença.
— Isso seria um feito para gigantes. Ele é escocês, e a terra fica na
Escócia. Se acredita que os escoceses considerarão ilegal a aquisição de
Halligale, tem minhocas na cabeça. Seria melhor casar-se com a moça e
readquiri-la dessa forma.
O comentário de Rawden era um disparate, estava mais para uma
brincadeira, mas Sebastian assentiu, refletindo a ideia. Se ele se casasse
com ela, ele recuperaria a propriedade ancestral escocesa que estava com
sua família há centenas de anos. Que seu irmão, o morto, perdeu em um
jogo de cartas. Não seria nada além de um mero inconveniente para ele,
caso se casasse com a mulher que agora a possuía. Ela poderia ficar na
Escócia, e ele poderia voltar para a Inglaterra, e visitar Halligale sempre
que quisesse. A ideia possuía mérito.
— Ela é bonita e parece ter inteligência. Talvez eu a corteje.
Rawden encolheu os ombros, pegando duas taças de vinho de um lacaio
que passava, e entregou uma para ele.
— Contudo… ser casado. Não sei se está pronto para tal passo. E de
qualquer forma, pensei que gostasse da viúva Lady Clifford. Decerto
pareceu estar bem confortável com ela, na mascarada que ela deu em
Londres, o que devo lembrá-lo, todos notaram.
Sebastian gemeu, sabendo do erro colossal que cometera. Ele estava tão
embriagado que nem percebeu o que estava fazendo. Em um instante, ele
estava dançando com Maria, e no outro, ele estava em um canto sombreado
com as mãos em lugares que não deveriam estar.
— Não me lembre dos meus erros passados.
— Então, não devo lembrá-lo que ela está aqui, que vem em sua
direção? — Rawden bebeu, riso nos olhos.
Sebastian girou no lugar, pânico agarrando-o. Maria estava aqui! Ele
assimilou os convidados, sem ver ninguém de verdade. Rawden riu,
dobrando-se, e Sebastian teve uma vontade inigualável de chutá-lo na
bunda.
— Acha isso divertido. É um desgraçado.
Rawden enxugou os olhos, ainda rindo e causando um pouco de
espetáculo.
— Sinto muito, meu amigo. Não pude evitar.
— Hm. — Sebastian disse, bebendo e olhando mais uma vez para o mar
de cabeças, para garantir que Lady Clifford não estava, de fato, na Escócia e
não poderia encurralá-lo mais uma vez.
— Lady Elizabeth é bonita, concordarei com isso. Não seja muito duro
com a moça. Ela nem deve saber que o irmão ganhou a propriedade em um
jogo de cartas.
— Nunca tive a intenção de ser duro com ela, mas me casar decerto
seria mais barato do que processar Mackintosh, e seria mais agradável para
todos. Por que fazer guerra quando se pode fazer amor com uma mulher
como ela?
Ele a encontrou movendo-se através dos convidados, conversando com
outra dama. Lady Elizabeth era alta, com curvas em todos os lugares certos,
e com seios que caberiam muito bem nas mãos dele. Uma senhora bem
desenvolvida, não uma debutante risonha, sem muito preenchimento nos
ossos. Muito mais satisfatório.
A risada dela chegava nele como despreocupada e distraída, abundante
e sincera. Ele gostou do som, e seduzi-la, casar-se com ela, poderia tornar
suas poucas semanas na Escócia muito mais agradáveis. O irmão pode não
gostar da virada na vida da irmã. Sebastian e Laird Mackintosh já haviam
trocado farpas acerca da aquisição de Halligale por cartas. Portanto, se a
irmã estava apaixonada, casada, o que Laird Mackintosh poderia fazer?
Nada.
— Fico feliz em saber. — Rawden disse, terminando a bebida. —
Agora, para onde vamos? Edimburgo é muito parecida com Londres. Há
mais de um baile por noite para comparecer.
Sebastian riu e partiu em direção ao saguão da casa, tudo em nome de
vivenciar o que esta antiga cidade poderia oferecer que Londres não
poderia.
— Sim, claro, temos convites para outros dois eventos esta noite.
E muitas outras damas para conhecer e lisonjear, antes que ele se
acomodasse para cortejar Lady Elizabeth. Com alguma sorte, nenhuma
delas teria olhos como esmeraldas e cabelos que brilhavam com um fogo
tão brilhante quanto o próprio sol.
CAPÍTULO 2
Elas chegaram ao baile mais tarde naquela noite, quando o evento já estava
a todo vapor. Cada uma delas, exausta após a viagem, passou a tarde
dormindo e descansando. Agora, revigoradas e prontas para se jogar ao
fulgor da Temporada, entraram no salão e cumprimentaram os anfitriões
antes de cada uma das três pegar uma taça de champanhe de um lacaio que
passava.
Marianne Roxdale passou por elas e as cumprimentou, em especial
Georgina, com um aceno frio de boas-vindas, antes de desaparecer na
multidão.
— Creio estar certa, Georgina querida. Marianne resolveu organizar o
tal evento ao ar livre para irritar você. Parece que não a perdoou por ganhar
os afetos de Lorde Dalton.
— Pois é, decerto dá esta impressão.
Elizabeth analisou os arredores, assimilando os presentes. Ela baixou o
olhar para o vestido de seda de um tom de verde-esmeralda escuro. O
bordado dourado bonito no corpete era seu detalhe favorito nas vestes. A
cor combinava com ela, e ela não podia deixar de esperar que Lorde
Hastings estivesse presente para ver.
Uma voz em sua cabeça a provocava por ela ter escolhido um de seus
melhores vestidos na esperança de que ele a visse, ficasse satisfeito e
elogiasse sua aparência.
Ela tocou na cruz incrustada de diamantes em seu pescoço, brincou com
ele, o nervosismo provocando ondas em seu âmago por não o ver ali. Havia
muitas festas e bailes na cidade esta noite. Ele poderia estar em outro
evento.
— Vamos dar uma volta no salão? — disse Georgina, partindo, Julia ao
seu lado.
Elizabeth as seguiu, parando para falar com os convidados que
conhecia. O baile ao ar livre de Marianne Roxdale estava em todas as
conversas.
Deixando o pequeno grupo um pouco depois, ela se virou para
encontrar Georgina e Julia, mas não as via em lugar algum. Continuando,
ela observou os dançarinos enquanto dava a volta no salão, antes de bater
de nariz em um peito musculoso, bem à frente dela.
— Ó, peço perdão. — ela disse, recuando e segurando a taça de
champanhe para o lado, para impedir-se de jogar a bebida no cavalheiro, e
nela mesma.
— Boa noite, Lady Elizabeth.
Choque a tomou ante as palavras quase cantadas. Seus olhos voaram
para cima, encontrando os de Lorde Hastings.
— Você veio. — ela soltou, esquecendo-se por um instante de onde
estava e desejando poder retirar o que disse. — Quer dizer, boa noite, meu
senhor. Não sabia que estava aqui.
— Acabei de chegar. — ele afirmou, pegando a mão dela e beijando os
dedos enluvados. A respiração em seus pulmões ficou suspensa, e se ela
fosse do tipo frágil que desmaia, ela tinha certeza de que estaria cheirando
sais nesse segundo. Aquele rosto diabólico de bonito, os olhos dominados
por intenção pecaminosa, a faziam querer esquecer do baile e sair do salão,
ir para longe de todos aqui, para que pudessem ficar a sós.
O que mais ele poderia fazer com você se estivessem sozinhos?
O pensamento veio do nada, e o calor floresceu em seu rosto, não era a
melhor aparência para uma mulher ruiva com sardas.
— Dança comigo? — ele perguntou, sem soltar a mão dela.
Elizabeth sentiu-se assentir e permitiu que ele a levasse para a área de
dança. Os acordes de uma dança campestre soou, e casais correram para
tomar seus lugares. Elizabeth se colocou ao lado de Lorde Hastings,
sentindo como se seu coração estivesse prestes a sair do peito, de tão rápido
que batia. O homem a deixava nervosa, deixava-a em polvorosa por dentro.
Significava que ela gostava dele tanto quanto esperava que ele gostasse
dela? Ela fez uma oração silenciosa pedindo que fosse esse o caso, e que ela
não fosse a “Lizzie Atrai-Sorte” para outros aqui na Escócia também.
A dança começou, os passos os afastavam só para os juntarem mais uma
vez. Os olhos dele, azuis-tempestade, focados nela, não se desviavam para
os casais que os rodeavam. Ele era dominador, tornando impossível se
concentrar em qualquer outra coisa.
— Fico feliz em vê-la de volta à cidade, Lady Elizabeth. Senti falta de
dizer adeus antes de deixar a propriedade de Lady Dalton.
— Saiu cedo, meu senhor. Eu ainda não havia me levantado quando
partiu. — ela mentiu, pois estava de pé há várias horas, incapaz de dormir
após o que aconteceu entre eles no baile. O beijo, as mãos dançantes, o
gemido dele.
Querido Deus, aquele som que ele fez quando a língua dela tocou na
dele. Mesmo agora, ela queria repetir o abraço, ouvi-lo de novo, tê-lo contra
ela, nela. Isso deveria ser o que sua cunhada Sophie quis dizer com “desejar
o marido”, que este era um ingrediente essencial e necessário para um
casamento feliz e agradável.
Desejo…
Isso significava que ela desejava Lorde Hastings? Era isso que ela
estava sentindo? Gostava muito dele também, pois era divertido e um
dançarino adorável, mas fora isso, ela não o conhecia muito. Só que o irmão
dele morreu, e ele herdou o título do pai.
— Devo perguntar, meu senhor. O que gosta de fazer quando não está
cortejando mulheres como eu, ou dançando todas as noites em bailes e
festas?
— Bem. — ele disse, girando-a antes de colocá-la de volta na linha com
as outras dançarinas. — Cuido da minha propriedade. Como sabe, não a
tenho há muito tempo, e há muito a aprender. Estou na Escócia para analisar
a Mansão Bragdon e garantir que tudo esteja em ordem antes de eu voltar
para a Inglaterra.
A ideia de ele partir para a Inglaterra ao fim da temporada disparou uma
pontada de tristeza nela. Se ele não a pedisse para ser esposa dele, e ela
acabasse por conhecê-lo ainda melhor do que agora, ela tinha certeza de que
sentiria saudades dele. Lamentaria a ideia de ter começado a ver mais do
que deveria.
— Meu irmão disse que posso me mudar para Halligale após a
Temporada, em especial se eu não me casar. Não sou uma jovem debutante,
e meu irmão não acredita que eu preciso viver sob regras tão restritas como
uma jovem impressionável precisa. Terei minha independência, pelo menos,
se não conseguir um marido.
— Seu irmão é muito complacente em permitir tal liberdade. Não sei se
permitiria que minha irmã, se eu tivesse uma, tivesse tais liberdades. Quem
sabe quantos libertinos estão à espreita, apenas esperando uma
oportunidade de aparecer e seduzi-la ao escândalo? — ele balançou as
sobrancelhas, sorrindo.
Elizabeth riu.
— Que divertido seria se o fizessem. — ela disse, provocando-o.
— Hm. — ele murmurou, o som fazendo-a tremer por dentro. — Sendo
seu vizinho, talvez serei eu quem baterá na sua porta tarde da noite pedindo
um último drinque.
Ela arfou, e ele puxou-a contra ele, girando-a mais uma vez na dança.
— Quando podemos ficar sozinhos, Lady Elizabeth? Não posso esperar
muito mais para tê-la em meus braços mais uma vez. — as palavras
sussurradas contra seu ouvido enviaram deliciosos arrepios por toda a
coluna. Ele queria dizer o que ela acreditava querer dizer?
— Não há lugar algum aqui para tal encontro, meu senhor. Terá que se
contentar em me ter em seus braços como estamos agora. — embora a ideia
de sair escondidos, de permitir que ele a beijasse como o fez antes, era mais
tentadora do que qualquer outra coisa no mundo agora.
Ele era perigoso, não só para a reputação dela, mas por sua
incapacidade de negá-lo. Ela segurou o sorriso que queria se formar em
seus lábios. Como ela amava cada instante de suas palavras inapropriadas.
E o olhar nublado e faminto dele prometia tudo o que ela sempre quis e
muito mais.
CAPÍTULO 9
— Fique fora dessa discussão. Esta batalha não é sua. — Sebastian apontou
para o laird, encarando o desgraçado.
O laird ficou de pé, a cadeira raspando no chão de madeira.
— É melhor parar de falar agora, Lorde Hastings.
Sebastian ouviu o aviso no tom do outro, mas se recusou a ouvir, a
admitir. Ele precisava que Lizzie acreditasse nele. Que ela o amasse e
ficasse com ele como prometeu que iria. Ele não poderia perdê-la agora.
Não por essa razão, não quando tal razão não importava mais para ele.
— Obrigue-me. — ele disse, preparado para se defender, para defender
seu futuro com Lizzie.
— Chega! — a voz de Elizabeth chegou cortada entre eles, tirando
Sebastian de sua iminente briga com Laird Mackintosh. — Brice, por favor,
me dê alguns instantes com Sebastian.
O irmão dela o encarou por um último instante, antes de evadir da sala,
a porta batendo forte atrás dele.
Sebastian não se moveu, com medo de que se o fizesse, ela fugiria, e a
chance de ele explicar, de fazê-la entender, desapareceria.
— Lizzie, por favor, tente ver a situação do meu ponto de vista. Não
quis magoá-la.
— Não, suponho que não. Não esperava que eu descobrisse. Uma
suposição estúpida considerando quem é meu irmão e a história dele com o
seu irmão. O que o fez pensar que seus atos obscuros não seriam
descobertos?
Antes que ele tivesse a chance de responder, ela rejeitou as palavras dele
com um movimento de mão.
— Nunca pensou em não se safar, não é? Sabia que meu irmão faria a
conexão, veria suas razões para se casar comigo, e o denunciaria. Mas se eu
já estivesse casada com você, o casamento consumado, bem, não haveria
nada que meu irmão, nem ninguém pudesse fazer para desfazer essa união.
Quando colocado assim, Sebastian conseguia ver que ele dava a
impressão de ser um desgraçado pleno. Ele a forçou a correr com as coisas
mais do que deveria, precisava que o casamento fosse incontestável antes
de conhecer o irmão dela. O que ela disse era verdade, e ele não podia se
defender da acusação.
Mesmo que ele a amasse agora, que a quisesse acima de tudo no mundo,
as palavras dele entrariam por um ouvido e sairiam pelo outro, pois ele
arruinara a chance de serem felizes ao ser desonesto.
— Se vale de algo, eu te amo, Lizzie. Posso não ter começado com
intenções honrosas, mas para mim, há muito tempo não penso em ninguém
além de você. Quero que nosso casamento seja feliz. Por favor, me perdoe.
Ela balançou a cabeça, raiva praticamente a dominando.
— Não, não posso. Você não é confiável. É um mentiroso, um ladrão
vestido com roupas elegantes e botas hessianas polidas. Não quero nada
com você. — ela caminhou até a mesa, rabiscou em um pedaço de
pergaminho, antes de dobrá-lo e jogá-lo na beirada da mesa.
— O que é isso? — ele perguntou ao pegar o papel.
— Entregue esse bilhete à Sra. Gardener em Halligale. Ela sabe a minha
assinatura e acreditará que você é meu marido. Você queria a propriedade
de volta, bem, agora você a tem. Espero que aproveite bastante a sua pilha
de tijolos.
— Lizzie, a casa era da minha mãe. O lugar onde todas as minhas
memórias felizes foram construídas. Por favor, não faça isso.
— Saia. — ela disse, a voz dura e impedindo quaisquer argumentos. —
Vamos permanecer casados porque não posso mudar esse fato, mas saiba
que, a partir deste dia, não somos mais marido e mulher. Não quero ter nada
a ver com você.
Sebastian debateu se daria a volta na mesa para puxá-la para seus
braços, segurá-la firme e tentar fazê-la compreender seu raciocínio.
Contudo, os olhos dela queimavam de dor e raiva, e ele não se forçaria a
ela. Ele tentaria de novo. Outro dia, ele voltaria e tentaria reconquistar seus
afetos.
— Desculpe-me. — ele disse, caminhando para fora da sala e direto
para porta da frente. A carruagem foi descarregada em parte, pois ele notou
que apenas os baús dele permaneciam amarrados na parte de trás do
veículo. O laird ficou parado ao lado, dando ordens ao condutor, os braços
cruzados a frente do considerável torso.
— Deve retornar para a Inglaterra. Se eu souber que foi à Halligale, eu
acabo com você e ninguém jamais ouvirá seu nome de novo. Não pense que
só por ser o marido da minha irmã que vou perdoá-lo por enganá-la a casar-
se para que recuperasse uma propriedade. Nunca mais colocará os pés aqui
de novo, ou perto de Halligale.
— Sou dono da propriedade ao lado da de Lizzie, e voltarei para lá se
quiser. Nem você, nem ninguém me dirá o que posso ou não fazer.
A boca do laird curvou-se em um rosnado.
— É claro, faz o que quer sem se importar com as consequências.
Sebastian se virou e subiu na carruagem. Ignorou o laird parado à frente
da casa como se para mantê-lo à distância. Perscrutou as janelas, desejando
ver Lizzie, mesmo que pela última vez. Ele não sabia quando iria revê-la, e
a ideia de nunca mais vê-la o fez passar mal.
Não, este não era o fim, nem da amizade, nem do casamento deles. Ela
o amava tanto quanto ele a amava. De que importava que ele se apaixonou
pela mulher que herdou a casa ancestral dele?
Você não contou a verdade, e esse é o problema.
Ele fechou os olhos por um instante, enquanto a carruagem avançava.
Não importava e, ainda assim, era tudo o que importava, na verdade. Não
foi honesto, e ao agir dessa maneira, ao se preparar para primeiro enganar,
ele arruinara qualquer chance deles.
Ele olhou para trás, para a casa. O desespero apertou seu peito quando
ele encontrou as janelas vazias da presença dela, sua Lizzie.
CAPÍTULO 17
Obrigada por reservar um tempo para ler Para Beijar uma Rosa das Terras
Altas! Espero que tenham gostado do sexto e último livro da minha série
Beijos Inesperados.
Serei para sempre grata aos meus leitores, então se possível, eu apreciaria
uma resenha honesta de Para Beijar uma Rosa das Terras Altas. Como
dizem, alimente um autor, deixe uma resenha! Pode entrar em contato
comigo através do e-mail [email protected] ou se inscrever para
receber meu boletim informativo e acompanhar as notícias dos meus
escritos.
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Como Tentar Um Conde
Como Confundir um Visconde
Como Desafiar uma Duquesa
Como se Casar Com uma Marquesa
Viagem no tempo
Uma Temporada Roubada
SOBRE A AUTORA
Tamara é uma autora australiana que cresceu em uma antiga cidade mineira no sul da
Austrália, onde seu amor pela história surgiu. Tanto que ela fez seu querido marido
viajar para o Reino Unido em sua lua de mel, e o arrastou por diversos monumentos
históricos castelos.
Seus três filhos, dois cavalheiros em formação e uma futura lady (ela espera), e um
emprego de meio período a mantêm ocupada no mundo real, mas sempre que
consegue um momento de paz ela adora escrever romances em uma gama de gêneros,
incluindo o período regencial, medieval e livros do gênero paranormal.
Tamara adora saber de seus leitores e outros escritores. Você pode contatá-la
através de seu site, e se inscrever para receber o feed de seu blog ou newsletter.