Tao Verdadeiramente Minha - F. C PDF
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Flávia Cunha
Sumário
Sumário
Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Epílogo
A Trilogia
A Autora
Capítulo 1
“Thomas,
Quando você estiver lendo essa carta, eu já não estarei mais aqui.
Antes que você fique bravo, deixe-me fazê-lo saber que não deixei James
avisá-lo de minha enfermidade. Eu sempre quis ser um bom exemplo para
você, alguém de quem você se orgulhasse. De todas as coisas que o meu pai
deixou-me, a melhor foi você.
Eu não tenho nenhum desejo de que você me veja morrendo. Ou que
se sinta obrigado a viver em um lugar onde todos lhe apontam o dedo,
apenas para estar ao meu lado em meus últimos momentos. Mesmo depois da
minha morte, James me prometeu ajudá-lo em tudo o que for preciso, se você
não quiser ficar. Saiba que ele também o ama como a um irmão mais novo.
Meu irmão há algo deveras importante para mim a tratar nesta carta.
Estou deixando aos seus cuidados a outra pessoa mais importante na minha
vida e que amei tanto quanto a você. Cuide James por mim. Ele irá precisar
de você. Ele se afastou da família para estar ao meu lado e já não é
totalmente bem-vindo por lá, então eu te peço, como um favor para o seu
velho irmão que não deixe James desamparado. Não estou falando de
dinheiro, ele tem mais do que o suficiente. Oras, mesmo que esteja afastado
dos seus, e que provavelmente nunca chegue a ser o herdeiro, ele ainda é um
nome na linha de sucessão do Marquês de Rutford. O que eu estou tentando
dizer é que James é um cuidador. Ele gosta de ser necessário as pessoas, de
tornar as coisas melhores para os outros. Ele fez as coisas melhores para
mim. E vendo que o meu fim se aproxima, sei que não serei capaz de
retribuir o favor e cuidar dele. Por isso meu pedido a você.
Lembra-se de sua última visita? Eu e James discutimos porque eu não
quis contar a você sobre meus problemas de saúde. Ele me perdoou porque
ele me ama muito e não consegue ficar com raiva de mim por muito tempo.
Eu sei que você me ama Tommy. Espero que você também consiga me
perdoar.
Estou escrevendo essa carta e lembrando-me com carinho de todos os
momentos que tivemos. Lembra-se da primeira vez que você tentou me
vencer numa partida de xadrez? Eu quase o deixei ganhar, mas então
percebi que não seria justo. Porque eu sabia que sua determinação em
vencer e se tornar cada vez melhor levaria você aonde quisesse. Você obteve
muitas vitórias desde então. Você conseguiu irmãozinho! Tornou-se um
homem forte, justo e integro. Tudo que homem que chamamos de pai não foi
capaz de ser. Estou tão orgulhoso de você Tommy!
Querido irmão, saiba que eu te amei desde o momento em que soube
da sua existência. Você é meu irmão mais novo, mas foi quase como um filho
que eu não tive e nunca terei. Tenho muito orgulho de tudo o que você
conquistou. E não estou falando de todas as medalhas que enfeitam seu
uniforme e sim do homem honrado que você se tornou.
Seja feliz meu irmão. Construa uma família e cuide dela melhor do
que o nosso pai fez. Você tem toda a vida pela frente e tem o meu apoio e
meu amor, mesmo eu não estando mais presente em sua vida. Seja feliz!
Douglas Warthon.
— Eu não me importo.
Thomas conscientemente aproveitou-se de sua posição vantajosa para
tornar a situação muito mais inadequada. Com a mão em seu queixo, ergueu
seu rosto o suficiente para que se inclinasse em sua direção e pudesse roubar-
lhe um beijo.
O suave toque em seus lábios surpreendeu Alice que abriu os olhos,
um pouco assustada pelo que acabara de acontecer. Levou as mãos enluvadas
aos lábios e com uma urgência que lhe teria sido útil momentos antes, abriu a
porta às suas costas e fugiu sem olhar para trás.
Thomas observou a saída rápida e impetuosa com um sorriso no rosto.
Havia sido totalmente e conscientemente inadequado. O que a senhorita
Leisceshire não sabia era que no momento em que a teve em seus braços,
soube com certeza que sua busca por uma esposa havia acabado. Agora, tinha
que convencer a jovem que formariam um ótimo casal. O bastardo e a Viúva
Negra.
Capítulo 6
***
Horas mais tarde, Alice verificou sua mãe que estava dormindo
profundamente, depois de tomar um chá de ervas receitado pelo doutor
Hadcook. A notícia da morte de seu pai espalhou-se entre os convidados, que
pareciam divididos entre dar-lhes os pêsames ou parabenizá-las. Sabia que
muitos dos nobres não toleravam seu pai e que ela e sua mãe só eram
convidadas para alguns eventos por sua estreita ligação com o duque de
Sommerfield.
Fechou a porta do quarto de sua mãe e voltou ao seu próprio quarto.
Andando de um lado para o outro pensou em todas as coisas que haviam
acontecido aquele dia. Seus pensamentos então se voltaram para Thomas.
Tocou seus lábios ao lembrar a sensação de ser beijada por ele. Acabou se
perguntando se toda vez que se beijassem iria sentir esse turbilhão de
emoções que a engolfava.
Não tornou a vê-lo depois de deixar sua companhia abruptamente
para seguir primo Hugh. Quis proteger sua mãe de se expor e jantou com sua
ela em seus aposentos particulares, evitando o burburinho e as especulações
sobre as circunstâncias da morte do seu pai. Hugh confidenciou que
inicialmente acreditaram em suicídio, mas que ao que parecia fora morte
natural.
Alice duvidou do suicídio. Seu pai era covarde demais e muito
apegado aos luxos e privilégios que ser próximo do duque de Sommerfield
lhe trazia. Mesmo que Hugh não suportasse estar em sua presença e apenas o
carinho pela prima os mantivesse conectados.
Impaciente, deixou o quarto e caminhou para a biblioteca em busca de
um livro. A leitura a acalmava, então tentaria encontrar algo que a distraísse
até pegar no sono.
Os corredores escuros e silenciosos atestavam o avançado da hora e
Alice ponderava sobre sua decisão quando esbarrou em um peito firme e
braços fortes a envolveram. Um corpo do qual estava se tornando
familiarizada.
— Alice? — A voz grave de Thomas soou alarmantemente alta no
corredor vazio.
— Shiiii. — sussurrou olhando para os lados preocupada. — Quer
acordar a todos?
Thomas também olhou em volta parecendo preocupado e a puxou
para um dos lados do corredor, envolvendo-a em seus braços.
— O que faz andando sozinha... há essa hora? — sussurrou.
— Eu vim em busca de um livro. — suspirou. — Não estou
conseguindo dormir.
Thomas abraçou-a apertado e Alice repousou sua cabeça em seu
peito. Parecia tão certo tê-la em seus braços. Era como se ela tivesse sido
criada para ser dele. Perfeita para ele.
— Eu soube sobre o seu pai. — murmurou. — Sinto muito.
— Obrigada. — respondeu sem mover-se do espaço aconchegante em
que se encontrava. — Pensaria mal de mim se dissesse que não estou triste?
— Jamais pensaria mal de você, Alice. — respondeu com sinceridade.
— O que está sentindo?
— Não sei... talvez alívio. — tentou explicar. — Desde que lorde
Sullivan morreu e todos passaram a falar de mim, meu pai passou a me odiar.
— suspirou. — Como se eu realmente tivesse matado aquele homem e fosse
a culpada por tudo de ruim que aconteceu.
— Você não matou aquele homem. — Thomas disse com convicção.
— E não há nada de errado com você. — levantou seu queixo e roubou um
beijo inocente. — Você é perfeita e são todos uns tolos por não perceberem
isso.
— Thomas... — Alice sorriu. — Eu não sou perfeita.
— É perfeita para mim. — murmurou tentando olhar em seus olhos
no corredor escuro. — E eu pretendo fazer algo a esse respeito.
— Thomas...
— Quero torná-la minha. — disse baixinho. — Verdadeiramente
minha.
— O que você...
— Vou conversar com seu primo — afirmou. — E vou pedi-la em
casamento.
Antes que Alice pudesse dizer qualquer outra coisa, ouviram um
clarear de garganta e a voz do duque de Sommerfield quando informou.
— O casamento é inevitável, já que os dois estão a se encontrar
sozinhos em corredores escuros. — deu um sorrisinho. — Espero-o nas
primeiras horas em meu escritório Warthon.
— Sim senhor. — Thomas respondeu rapidamente.
— Agora agradeceria se soltasse a minha prima para que ela volte ao
seu quarto.
Desvencilharam-se de forma abrupta, mas Thomas não conseguiu se
afastar imediatamente. Segurou a mão de Alice entre as suas, levou-a aos
lábios e beijou a pele suave, antes de murmurar.
— Boa noite, Lady Leisceshire.
— Boa noite, lorde Warthon. — murmurou enrubescida. — Boa
noite, primo Hugh.
Deu as costas aos dois homens e correu para o seu quarto. De longe
ainda pode ouvir seu primo falando.
— Se eu e seu irmão não tivéssemos sido tão amigos e eu não
acreditasse que pode ser um bom marido para minha prima, saiba que teria
que desafia-lo para um duelo Warthon.
Capítulo 9
Thomas acordou, com seu quarto iluminado apenas pela luz do luar.
Em seu peito repousava a mais doce das criaturas, sua noiva, seu amor.
Aproveitando-se de que ela estava dormindo passou a admirar o rostinho
arredondado, as bochechas coradas pelos seus passeios matinais na
propriedade do duque. E havia as pequenas sardas pontilhadas por seu nariz e
maçã do rosto.
Seus lábios eram rosados e suaves, parecendo tão perfeitos como se
tivessem sido desenhados a lápis. E quando se abriam em um sorriso
poderiam encantar o mais sisudo dos homens. Pensar nisso o fazia querer
guardar seus sorrisos só para ele. Amava beijar aqueles lábios, mas também
gostava de ouvi-la falar e falar. Ela falava rápido quando estava nervosa e
mordia os lábios quando estava pensativa. Porém, o que mais chamava
atenção em todo o rosto eram os olhos. Os cílios longos e negros que
repousavam no rosto suave escondiam os mais lindos olhos cor de avelã que
ele já havia visto em toda a sua vida. Olhos que de repente estavam abertos,
encarando-o ainda pesados de sono.
— Oi. — murmurou baixinho sem querer assustá-la.
— Oi. — Alice respondeu um sorriso lindo em seu rosto.
Ficaram se olhando até ela perceber que estavam deitados em sua
cama. Imediatamente ela tentou se afastar dele, mas suas roupas não
ajudaram em sua causa e ela acabou por literalmente cair em seu colo.
Thomas riu e a abraçou, usando seu corpo para girá-los até que Alice estava
deitada em sua cama e ele a estava cobrindo com seu corpo.
— Não precisa fugir de mim.
— Estou dormindo em sua cama! — disse e mordeu o lábio daquele
jeito que o enlouquecia. — O que as pessoas vão pensar?
— Ninguém precisa saber. — beijou seus lábios, naquele ponto
vermelho por sua mordida. — Além disso... — falou enquanto sua boca
percorria o caminho até a orelha pequenina. — Nós iremos casar amanhã.
— Sim. — Alice gemeu quando ele brincou com o lóbulo macio. —
Vamos nos casar...
— Amanhã. — Thomas repetiu enquanto beijava na junção entre o
pescoço e o ombro.
Alice ofegou e arqueou o pescoço dando mais acesso a Thomas,
suspirando quando sentiu os lábios dele percorrem o seu colo e o topo dos
seus seios, parando apenas quando a barreira do vestido impediu seus
avanços. Seu corpo parecia arder em chamas.
— Está um pouco quente...
— Sim, estamos muito vestidos. — Thomas riu e ergueu-se levantado
o suficiente para começar a remover suas roupas. — Vamos remover algumas
peças.
Alice observou-o remover a camisa e deixar o peito à mostra. Era a
primeira vez que observava um torso nu tão de perto. Havia uma camada de
pelos que descia por seu abdômen e sumia dentro de suas calças. Perguntava-
se até onde iria quando sentiu as mãos grandes — mas, surpreendentemente
habilidosas — desatarem os laços de se seu vestido.
Obedeceu de bom grado quando Thomas já de pé ao lado da cama
incentivou-a a também ficar de pé. Seu vestido caiu aos seus pés e então
estava apenas de combinação diante do seu futuro marido. Seus olhos
rapidamente fitaram o chão enquanto todo seu corpo enrubescia. Thomas
ergueu seu queixo levemente e quando olhou em seus olhos murmurou.
— É mais linda do que em meus sonhos. — puxou-a para os seus
braços e a abraçou acalmando-a.
Alice cabia perfeitamente em seus braços, sua cabeça na altura do seu
peito. Passou a beijá-la com intensidade, deixando-a cada vez mais entregue
em seus braços e vencendo aos poucos seu temor.
Alice estava embriagada. Seus lábios pareciam necessitados dos
beijos de Thomas, seu corpo ardia pelo toque de suas mãos e em seu âmago
uma necessidade se formava de maneira intensa e desconhecida, envolvendo-
a em uma avalanche de emoções.
Sentiu quando os lábios que abandonaram sua boca deslizaram por
seu seio antes de sugá-lo suavemente através do tecido fino. Um latejar se
instalou entre suas penas, fazendo-a querer apertá-las. E então, a perna nua de
Thomas estava lá, entre as suas causando um atrito que pouco fazia para
aliviar suas sensações.
— Thomas...
— Shiiii. — acalmou-a. — Eu vou cuidar de você.
Logo estava sem a combinação e novamente deitada na cama,
completamente nua e a mercê daquele homem que a fazia sentir como nunca,
como nada no mundo a havia preparado. Ele a olhava como se fosse o mais
precioso tesouro, os olhos verdes intensos não deixando os seus.
Thomas era lindo! O rosto anguloso com linhas bem marcadas no
maxilar e no queixo, a curva da mandíbula marcada abaixo da boca. E
mesmo com a barba por fazer, era possível ver o furinho em seu queixo.
Olhou mais pra baixo e se assustou ao ver o apêndice que saía de seu corpo,
grande e grosso como um tronco de árvore. Rapidamente subiu seus olhos
de volta para o seu rosto e percebeu que ele sorriu quando seus olhares
tornaram a se encontrar. Alice sentiu suas bochechas esquentarem.
Esqueceu-se de tudo quando sentiu a mão de Thomas tocá-la.
Instintivamente tentou fechar as pernas, mas foi pacientemente persuadida
com beijos e carinhos a mantê-las abertas e expostas para ele. Seu corpo
parecia enlouquecido, movendo-se em direção as suas carícias. Thomas
pareceu escolher um ponto e esfregá-lo, fazendo suas pernas tremerem.
Uma ânsia, uma dor latejante se formou em algum lugar abaixo do seu
umbigo e a fez implorar por algo que precisava desesperadamente, mesmo
sem saber o quê.
— Thomas! — gemeu o nome em um pedido mudo de ajuda.
E então a boca de Thomas estava lá, em seu ponto pulsante,
acalmando sua ânsia e a fazendo explodir em uma sensação maravilhosa. Era
como se estivesse morrendo ou então explodindo em milhões de pedacinhos.
Sentiu Thomas afastar suas pernas e invadir seu corpo. Olhou pra baixo e o
viu tentar enfiar aquela coisa enorme dentro dela. E ele estava conseguindo!
Sentia-se esquisita, empalada. Contraiu involuntariamente e ouviu Thomas
gemer, gotas de suor brilhando em sua fronte.
— Me perdoe. — Ele murmurou antes de se mover pra frente e
romper a barreira da sua virtude, arrancando um gemido dolorido dela.
Moveu-se novamente, entrando e saindo do corpo macio e acolhedor,
tomando seus lábios em um beijo furioso, penetrando-a cada vez mais rápido
até enrijecer e gozar dentro dela. Antes que desabasse sobre ela, rolou seus
corpos para que ficasse por baixo, o peso leve de sua mulher aquecendo-o.
Thomas parecia feliz e relaxado, sua respiração aos poucos voltando
ao normal. Deitada em seu peito, podia ouvir o seu coração batendo num
ritmo constante. Apesar do ardor entre suas pernas, Alice se sentia bem. Uma
languidez tomou conta de seu corpo, deixando-a mole e sonolenta.
— Agora, você vai ter mesmo que casar comigo. — Alice suspirou
baixinho, antes de fechar os olhos.
— Eu não vejo a hora, meu amor.
Epílogo
Saiba mais...
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