TCC - 2
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Este trabalho tem como objetivo realizar uma reflexão sobre a importância do ensino
de Arte no currículo do ensino formal, em especial a educação Infantil. Tal pesquisa
revela uma tentativa de compreender como a arte contribui para o desenvolvimento
integral da criança, estimulando de forma lúdica a criatividade, a imaginação,
construção de conhecimento e como a arte permite que a criança explore seus
sentimentos e identidade de maneira única, abordando também as formas de
intervenção que envolvem essa disciplina. Adotou-se como metodologia de pesquisa
o modelo de revisão bibliográfica examinando diversas fontes acadêmicas, artigos e
estudos que discutem sobre o tema aqui proposto. A revisão demonstra que o
ensino da arte na educação infantil, vai muito além de pintar e desenhar, revelando-
se como uma poderosa ferramenta para estimular o desenvolvimento cognitivo das
crianças oferecendo um ambiente rico e estimulante para a aprendizagem,
contribuindo para a formação de indivíduos mais autônomos e capazes de enfrentar
os desafios do mundo contemporâneo. Os resultados demonstram que apesar das
dificuldades a implementação desta disciplina, este trabalho ainda tem muito há
avançar, e que o papel do professor é de fundamental importância para o bom
desempenho para o ensino desta disciplina.
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INTRODUÇÃO
[...] ainda é comum as aulas de arte serem confundidas com lazer, terapia,
descanso das aulas “sérias”, o momento para fazer a decoração da escola,
as festas, comemorar determinada data cívica, preencher desenhos
mimeografados, fazer o presente do Dia dos Pais, pintar o coelho da
Páscoa e a árvore de Natal. (MARTINS 1998, p.12)
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1. REVISÃO DA LITERATURA
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1.3.1. Desenvolvimento Cognitivo
O desenvolvimento cognitivo refere-se à maneira como as crianças
adquirem, processam e aplicam o conhecimento. Segundo a teoria de Jean Piaget,
esse desenvolvimento ocorre em estágios, sendo a fase pré-operatória, que vai
dos 2 aos 7 anos, um período crucial. Nessa etapa, as crianças começam a usar a
linguagem e o pensamento simbólico, permitindo-lhes representar objetos e
experiências mentalmente. Essa capacidade é fundamental para a aprendizagem,
pois possibilita a construção de conceitos e a resolução de problemas.
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CAPÍTULO 2 - O CONTEXTO DA EDUCAÇÃO ARTÍSTICA NO BRASIL
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buscar a valorização dos mesmos, conscientização, e qualidade do ensino
de arte. ( BRASIL, MEC,1997,p. 25)
Sabemos que a arte na escola não tem como objetivo formar artistas, como
a matemática não tem como objetivo formar matemático, embora artistas,
matemáticos e escritores devam ser igualmente bem-vindos numa
sociedade desenvolvida. O que a arte na escola principalmente pretende é
formar o conhecedor, fruidor, decodificador da obra de arte. (1991, p.32)
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A criação da Base Nacional Comum Curricular (BNCC) em 2017 reforçou
essa tendência, estabelecendo a educação artística como componente essencial da
formação escolar, promovendo o desenvolvimento da criatividade, da sensibilidade e
da identidade cultural das crianças. Contudo, desafios persistem, como a falta de
formação específica de educadores e a escassez de recursos, que ainda limitam a
efetividade do ensino da arte nas escolas. A trajetória do ensino da arte no Brasil,
portanto, é um reflexo contínuo da busca por uma educação mais inclusiva e
integral.
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Outro desafio é a desvalorização da arte dentro do currículo escolar. Em
muitos contextos, a educação artística é vista como uma disciplina secundária, em
comparação com matérias como matemática e ciências. Essa percepção pode levar
a uma redução do tempo dedicado à arte nas escolas, comprometendo o
desenvolvimento integral das crianças. A rigidez dos currículos também pode
dificultar a inclusão de práticas artísticas que se adaptem às necessidades e
interesses dos alunos, limitando a criatividade e a inovação nas abordagens
pedagógicas.
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CAPÍTULO 3 - A ARTE NA EDUCAÇÃO INFANTIL
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Por fim, a inclusão da arte no currículo escolar é um passo importante para
a promoção de uma educação mais inclusiva e abrangente. Ao valorizar as
diferentes expressões artísticas e culturais, a educação artística contribui para a
formação de uma sociedade mais justa e plural, onde a diversidade é respeitada e
celebrada.
Estar no mundo sem fazer história, sem por ela ser feito, sem fazer cultura,
sem “tratar” sua própria presença no mundo, sem sonhar, sem cantar, sem
musicar, sem pintar, sem cuidar da terra, das águas, sem usar as mãos,
sem esculpir, sem filosofar, sem pontos de vista sobre o mundo, sem fazer
ciência ou tecnologia, sem assombro em face do mistério, sem aprender,
sem ensinar, sem ideias de formação, sem politizar, não é possível.
(FREIRE, 1996 p.24).
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coordenação motora, da percepção espacial e da capacidade de observar o
mundo ao seu redor.
3.1.2. Música
A música, como linguagem artística, é uma das formas mais universais de
expressão humana. Ela está presente em diferentes culturas e desempenha um
papel importante no desenvolvimento sensorial, emocional e cognitivo das
crianças. Na educação infantil, a música é trabalhada por meio de cantigas, jogos
musicais, exploração de sons e instrumentos, permitindo que os pequenos
desenvolvam habilidades como ritmo, melodia, harmonia e percepção auditiva.
3.1.3. Dança
A dança é uma linguagem artística que utiliza o corpo como principal meio
de expressão. Por meio do movimento, as crianças exploram ritmos, gestos e
formas, desenvolvendo a coordenação motora, a consciência corporal e a
percepção espacial. Na educação infantil, a dança é uma prática lúdica que integra
música, ritmo e criatividade, possibilitando que as crianças se expressem de
maneira espontânea e criativa.
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também amplia o repertório cultural dos pequenos, ao apresentar danças de
diferentes estilos e tradições.
3.1.4. Teatro
O teatro, como linguagem artística, envolve a criação e a representação de
histórias, personagens e situações. Na educação infantil, o teatro é trabalhado por
meio de jogos dramáticos, brincadeiras de faz de conta, contação de histórias e
improvisações, permitindo que as crianças explorem sua imaginação e
criatividade.
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essencial para o desenvolvimento cognitivo, emocional, social e cultural dos
pequenos.
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3.2.2. Desenvolvimento Social e Emocional
Outro benefício fundamental do ensino de Artes é o impacto positivo no
desenvolvimento social e emocional das crianças. As atividades artísticas
oferecem um espaço de interação e cooperação, onde as crianças aprendem a
trabalhar em grupo, respeitar as ideias dos colegas, compartilhar materiais e lidar
com diferenças. Essas experiências são essenciais para a construção de
habilidades sociais, como empatia, comunicação e trabalho em equipe.
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Além disso, o ambiente artístico encoraja as crianças a experimentar e a
explorar, sem medo de errar ou de serem julgadas. Essa liberdade criativa
estimula a autoconfiança, pois elas aprendem que são capazes de enfrentar
desafios, testar novas ideias e superar dificuldades. Como aponta Freire (1996), a
educação deve ser um processo de descoberta e emancipação, e a Arte
desempenha um papel essencial nesse processo, ao oferecer um espaço onde as
crianças podem ser autênticas e desenvolver sua autonomia.
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CAPÍTULO 4 - METODOLOGIA
Para uma análise critica a respeito do tema foi feito a escolha dos autores
baseado na relevância dos estudos dos mesmos para a construção de discussões a
cerca do tema, neste aspecto podemos
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CAPÍTULO 5 - RESULTADOS E DISCUSSÕES
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5.3. Inclusão e Diversidade Cultural
A análise das práticas pedagógicas revela que a arte na educação infantil é
uma poderosa ferramenta de inclusão. A abordagem de Ana Mae Barbosa enfatiza a
importância de valorizar a diversidade cultural nas atividades artísticas, permitindo
que as crianças reconheçam e respeitem diferentes identidades. As experiências
artísticas que refletem a cultura local e as vivências dos alunos promovem um senso
de pertencimento e identidade, essenciais para o desenvolvimento social.
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CONCLUSÃO
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