RELAXAMENTO DE PRISÃO
RELAXAMENTO DE PRISÃO
RELAXAMENTO DE PRISÃO
Nos termos do Art. 5, inciso LXV, LXVI da CF/88 e Art. 310, inciso I do
Código de Processo Penal, pelos fatos e fundamentos jurídicos que passa a expor:
I – DOS FATOS
Com base no Art. 306 do Código de Processo Penal, caberá a autoridade policial
comunicar imediatamente ao juízo competente, ao ministério público e a família do
preso ou à pessoa por ele indicada. Será lavrado e encaminhado o auto de prisão em
flagrante em até 24 horas após a prisão, entregando ao preso no mesmo prazo, mediante
recibo, a nota de culpa, assinada pela autoridade, com o motivo da prisão, o nome do
condutor e o das testemunhas.
A Legislação Processual Penal e a CF/88 asseguram o direito ao preso, podendo
ser auferida as hipóteses de ilegalidade da prisão por parte da autoridade policial.
Além do mais, a CF/88 assegura o direito de permanecer calado, previsto em seu
Art. 5, inciso LXIII, direito este, fundamental e garantido, atendendo ao princípio da
não autoincriminação, “Nemo Tenetur se Detegere”, o direito de não produzir provas
contra si mesmo.
A requerente teve negado o seu direito de constituir advogado, direito este,
assegurado constitucionalmente e previsto na CF/88 em seu Art. 5, inciso LV e
Art.133. Ainda, lhe foi recusado o direito de comunicação com seus familiares e não
houve o recebimento da nota de culpa, não tomando ciência sobre os supostos crimes
pelos quais foi presa.
A CF/88 reconhece que o advogado é indispensável á administração da justiça,
portanto, o direito ao contraditório e a ampla defesa, trata-se de direito fundamental
previsto constitucionalmente, direito este que lhe foi negado por parte da autoridade
policial, constatando-se a ilegalidade da prisão em flagrante por descumprimento das
previsões legais.
O Art. 306 do Código de Processo Penal, aborda em seu §1º, a possibilidade do
encaminhamento para a Defensoria Pública, de cópia integral do auto de prisão em
flagrante, caso em que o atuado não informe o nome de seu advogado, o que por hora,
também não ocorreu, permanecendo a requerida encarcerada por excesso de prazo,
negado o seu direito a uma assistência judiciária e a comunicação da prisão ao familiar.
Acerda da possibilidade de relaxamento de prisão, o TJ-RS já decide de forma
favorável:
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza,
garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do
direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos
seguintes:
LXV – a prisão ilegal será imediatamente relaxada pela autoridade judiciária”
III – DO PEDIDO
Diante do exposto, requer-se a Vossa Excelência o RELAXAMENTO DA
PRISÃO EM FLAGRANTE imposta a Requerente, a fim de que este possa
permanecer em liberdade durante o processo, com a expedição do alvará de soltura,
como medida de justiça.
Nestes termos,
pede e espera deferimento.
… (Município – UF), … (dia) de … (mês) de … (ano).
ADVOGADO
OAB n° …. – UF