Habeas Corpus Iracildo 2 Vara Violencia Domestica

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EXCELENTISSIMO SENHOR DOUTOR DESEMBARGADOR DO EGREGIO TRIBUNAL DE

JUSTIÇA DO ESTADO DE MATO GROSSO.

URGENTE – REU PRESO E IDOSO

Processo Referencia nº 1014337-28.2024.8.11.0042

Paciente: Iracildo Batista Medeiro

Autoridade Coatora: Excelentíssima Doutora Juíza de Direito da 1ª Vara Especializada de


Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher da Comarca de Cuiabá-MT

ALINO CESAR DE MAGALHÃES, brasileiro, casado, advogado, inscrito na


OAB/MT sob o n.º 14.445 e CESAR AUGUSTO MAGALHÃES, brasileiro, casado, advogado,
inscrito na OAB/MT sob o n.º 3.237-B, ambos com escritório profissional à Rua Antônio Maria
Coelho, nº. 400, Bairro Centro Sul, Cuiabá-MT, onde recebe as intimações e notificações de estilo,
vem com o devido respeito e acatamento perante Vossa Excelência, com fundamento no artigo
5º, inciso XLVIII, da Constituição Federal c/c artigo 647 e seguintes do Código de Processo Penal,
impetrar a presente ordem de

HABEAS CORPUS COM PEDIDO LIMINAR

Tendo como paciente IRACILDO BATISTA MEDEIRO, brasileiro, nascido em


05/02/1958, filho de Oscarlina Rosa de Medeiro e João Batista Medeiro, inscrito no CPF nº
282.450.759-49, portador do RG 518337 – SSP/MT, residente e domiciliado junto a Rua 59, nº.
248, Bairro Boa Esperança, Cuiabá/MT, pelas razões de fatos e de direitos a seguir:
DA SINTESE DOS FATOS

O Paciente encontra-se investigado pela suposta pratica de delitos de violência


psicológica (art. 147-B, CP) lesão corporal (art. 129, §13, CP), registro não autorizado da
intimidade sexual (art. 216-B, CP), injúria (art. 140, CP) e ameaça (art. 147, do CP), bem como
crime de estupro de vulnerável (art.217-A, CP).

Diante das situações inverídicas narradas pelas supostas vítimas junto ao


Boletim de Ocorrência Nº: 2024.227270 e Boletim de Ocorrência Nº 2024.227815 a autoridade

policial na data de 08 de agosto de 2024 representou pela prisão temporária do paciente


por 30 (trinta) dias além de o afastamento de sigilo de dados do aparelho telefônico deste e
mandado de busca e apreensão, sob fundamento de que seria imprescindível para as
investigações, pois com a soltura deste haveria grande risco de destruição ou manipulação de
provas e evasão do distrito da culpa.

Somente em 22 de agosto de 2024, isto é, após 14 (quatorze) dias


da representação ofertada pela autoridade policial a Nobre Magistrada de primeiro Grau
proferiu decisão decretando a prisão temporária do paciente pelo prazo de 30 (trinta) dias.

FUNDAMENTO E DECIDO.

Existe uma regra em nosso ordenamento jurídico, a qual prescreve que a prisão provisória é odiosa
medida de exceção, mas infelizmente necessária em casos que seja inevitável sua decretação.

A prisão temporária, diversamente da preventiva, é modalidade de segregação provisória por


prazo certo e definido, contando com um grau mais elástico de aplicabilidade, em especial dado o
menor rigor legal na discriminação de seus requisitos, sobressaindo-se dentre estes a
desnecessidade de comprovação plena da materialidade do crime, eis que apenas se exige o que a
Lei denomina de “fundadas razões” da prática de um dos delitos descritos nas alíneas “a” até “o”,
do art. 1º.
Conforme ensina a Prof.ª Ada Pellegrini Grinover:

“...Não é necessário que as três condições dos três incisos coexistam. Assim, sendo a medida
imprescindível para a investigação do crime (inc. I) e havendo fundadas razões concretas da
prática de um dos delitos mencionados (inc. III), não é preciso que o autor não tenha residência
fixa ou que não forneça elementos de identificação pessoal. (inc. II)....”

No caso dos autos, diante do até aqui investigado, demonstra-se a possibilidade de decretação de
prisão temporária, modalidade especial da prisão provisória, pois, é inegável a robustez do
requisito da imprescindibilidade da custódia cautelar do suspeito para o sucesso das investigações
policiais, eis que este, em razão de sua periculosidade, teria tentado estuprar a namorada de sua
sobrinha e além, teria feito fotos intimas da vitima, e se não bastasse, após os fatos, teria invadido a
residência das vitimas, pulando o muro e as ameaçado, diante disso, a prisão temporária
desempenha um papel crucial na garantia da efetividade e da integridade do processo judicial.

Da mesma forma resta demonstrada a comprovação de indícios suficientes de autoria do


representado, diante da documentação apresentada, bem como das declarações prestadas pelas
próprias vitimas, que juntaram os prints da conversa com o representado, onde esse confessa a
prática do estupro e as ameaça, diante disso, a decretação da prisão temporária do suspeito é não
apenas apropriada, mas absolutamente necessária, considerando as circunstâncias e os elementos
já investigados, prejudicar o bom andamento processual.

O crime em tese cometido é o de estupro, o qual está dentre aqueles em que se permite a prisão
temporária (art. 1.º, III, “f” da Lei nº 7.960/89).

Assim, não há dúvidas de que com o representado preso, poderá a Polícia Judiciária levantar as
provas necessárias para esclarecer em definitivo o crime objeto das investigações, evitando-se uma
provável fulminação das provas e consequentemente de uma possível persecução penal, com o que
seria mais uma frustração social e uma demonstração de fraqueza do Estado e Juiz.

Ademais, já consta dos autos manifestação do Ministério Público, secundando a representação de


prisão cautelar intentada pela Autoridade Policial, o que supre a exigência formal imposta pelo
art. 2º, § 1º, da Lei nº 7.960/89.

Em suma, não há dúvidas de que a prisão temporária é perfeitamente viável no caso concreto, pois
as investigações policiais estão a exigir tal procedimento em busca da verdade real.

Por fim, conforme jurisprudência:


HABEAS CORPUS – HOMICÍDIO QUALIFICADO – PRISÃO TEMPORÁRIA DECRETADA –
PRETENDIDA REVOGAÇÃO – 1. ALEGADA AUSÊNCIA DE FUNDAMENTAÇÃO NO DECISUM QUE
DECRETOU A MEDIDA RESTRITIVA EM RELAÇÃO AO PACIENTE E INEXISTÊNCIA DOS
REQUISITOS AUTORIZADORES – INVIABILIDADE – NECESSIDADE DA CUSTÓDIA
FUNDAMENTADA NA IMPRESCINDIBILIDADE PARA AS INVESTIGAÇÕES – MATERIALIDADE E
INDÍCIOS MÍNIMOS DE AUTORIA COMPROVADOS – REQUISITOS DA PRISÃO TEMPORÁRIA
PREENCHIDOS – 2. PREDICADOS PESSOAIS – IRRELEVÂNCIA – CONSTRANGIMENTO ILEGAL NÃO
CONFIGURADO – 3. ORDEM DENEGADA.

1. Atendidos os requisitos previstos na Lei n. 7.960/89, diante da presença de indícios do


envolvimento paciente no crime investigado e da imprescindibilidade da custódia para o término
das investigações policiais, a autoridade judicial poderá decretar a prisão temporária do agente,
razão pela qual não há como reconhecer o alegado constrangimento ilegal.

2. Predicados pessoais não têm o condão de, por si sós, avalizar o direito à revogação ou
relaxamento do decreto preventivo do paciente, se presente pelo menos um dos requisitos
autorizadores da custódia cautelar.

3. Ordem denegada. (HC 52302/2017, DES. LUIZ FERREIRA DA SILVA, TERCEIRA CÂMARA
CRIMINAL, Julgado em 07/06/2017, Publicado no DJE 12/06/2017)

Deste modo, por tudo que dos autos consta, em consonância com o parecer ministerial, DECRETO A
PRISÃO TEMPORÁRIA do representado IRACILDO BATISTA MEDEIRO, nascido em 05/02/1958,
filho de Oscarlina Rosa de Medeiro e João Batista Medeiro, portador do CPF 282.450.759-49,
residente em Rua Missionária Zélia Brito Macalão, Nº 143, Bairro Jardim Campos Elizeus,
Cuiabá/MT CEP 78.065-752; ou Rua Seis, nº 91, Recanto dos Passaros, CEP 78075-260; Rua
Trezentos, n. 27, Jardim Imperial, Cuiabá/MT, CEP 78075-658; ou Rua Bianco Filho, nº 258, Boa
Esperança Cuiabá/MT, CEP 78068-700, qualificado, nestes termos por 5 (CINCO) DIAS, podendo ser
prorrogável por igual período, o que faço com supedâneo no art. 1º, I e III, “f”, da Lei nº 7.960/89
c/c art. 2º, §4º, da Lei n. 8.072/90.

Posto isto, passo a análise da representação por busca e apreensão domiciliar.

Ao tratar da busca e apreensão domiciliar, o Código de Processo Penal, dispõe em seu art. 240, §1º,
a sua possibilidade quando fundadas razões a autorizarem para, entre outras hipóteses “descobrir
objetos necessários à prova de infração ou à defesa do réu (alínea e); e colher qualquer elemento
de convicção (h)”.
No caso dos autos, verifica-se que a vítima afirmou perante a autoridade policial ter sido vitima de
violência domestica, sofrendo uma tentativa de estupro, além disso, no dia 30/07/2024, o suspeito
enviou mensagens ameaçadoras pelo whatsapp, admitindo a tentativa de estupro e enviando fotos
das vítimas dormindo sem permissão, mais tarde, ele apareceu na casa e foi admitido, mas não
falou nada, que 31/07/2024, o suspeito enviou mais mensagens ameaçadoras, dizendo que havia
pulado o muro novamente, o que a fez se sentir ameaçada.

Isso porque, o suspeito frequentemente consome álcool e drogas, tornando-se uma ameaça
constante. Ademais, à míngua de maiores elementos probatórios não há que se determinar com
certeza se o acusado possui outras fotos/vídeos íntimos da vítima em sua posse, tampouco se o
mesmo continua ameaçar a vítima a divulgá-las ou se, inclusive, já divulgou, sendo necessário,
portanto, o deferimento da medida pleiteada a fim de evitar que as ameaças de exposições íntimas
da vítima se concretizem.

Outrossim, quanto ao pleito de extração de dados dos aparelhos celulares eventualmente


apreendidos, considerando a utilização de aparelho celular para a suposta prática de crime contra
a dignidade da vítima, previsto no art. 218-C do Código Penal, que consistente em “publicar ou
divulgar, por qualquer meio - inclusive por meio de comunicação de massa ou sistema de
informática ou telemática -, fotografia, vídeo ou outro registro audiovisual, sem o consentimento
da vítima, cena de sexo, nudez ou pornografia”, e analisando os fatos e demais elementos em que se
funda o pedido, tenho que justificada a necessidade da medida de extração de dados dos aparelhos
celulares eventualmente apreendidos, eis que o pedido em tela encontra respaldo na exceção
prevista no artigo 5º, inciso XII, da Constituição Federal/88, uma vez que presente ao caso, as
hipóteses ali disciplinadas para a sua autorização.

Sendo assim, e reconhecendo que a situação ora noticiada pela autoridade policial, coaduna com o
permissivo constitucional, o presente pedido se encontra em condições de ser deferido, sendo certo
que a quebra de sigilo dos dados telefônicos em tela é medida destinada a fazer prova na
investigação criminal, sendo imprescindível para a comprovação da ocorrência ou não do crime
atribuído ao requerido.

Ademais, a proteção ao sigilo telefônico não consubstancia direito absoluto, cedendo passo quando
presentes circunstâncias que denotem a existência de interesse público relevante, como ocorre no
caso dos autos, onde a medida se mostra imprescindível para o esclarecimento do crime.

Corroborando esse entendimento:


“APELAÇÃO CRIMINAL. CRIME CONTRA O PATRIMÔNIO. ROUBO. PEDIDO DE QUEBRA DE SIGILO
CADASTRAL DE APARELHO CELULAR. INDEFERIMENTO NA ORIGEM. Caso concreto em que, frente
à ausência de outros meios que permitam a apuração da autoria do crime de roubo, mostra-se
necessária, para a eficácia da investigação criminal, a quebra dos dados cadastrais referentes
ao(s) chip(s) utilizado(s) no aparelho celular da vítima, cujo IMEI foi informado à autoridade
policial. Dita providência não viola as garantias e os princípios constitucionais, pois a simples
quebra de sigilo cadastral diferencia-se da interceptação telefônica, regulada pela Lei 9.296/1996.
Destarte, o requerimento formulado pela autoridade policial é possível e adequado, de modo que
deferido o pedido da quebra de sigilo cadastral. APELO MINISTERIAL PROVIDO. UNÂNIME”
(Apelação Crime Nº 70071955462, Sexta Câmara Criminal, Tribunal de Justiça do RS, Relator:
Ícaro Carvalho de Bem Osório, Julgado em 19/10/2017)

Deste modo, por tudo que dos autos consta, em consonância com o parecer ministerial, diante dos
elementos fáticos e dos indícios da prática de crimes, em tese, de violência psicológica (art. 147-B,
CP), ameaça (art. 140, CP), lesão corporal (art. 129, §13º, CP), registro não autorizado da
intimidade sexual (art.216-B, CP), injúria (art. 140, CP) e tentativa de estupro de vulnerável (art
217-A c/c art. 14, II, CP) e, considerando que, a medida se faz necessária para evitar divulgações de
fotos, vídeos e apreender o instrumento utilizado na prática do supracitado crime, bem como, a
garantia da integridade psíquica da vítima, com fundamento no artigo 5º, inciso X e XII, da
Constituição Federal c/c o artigo 240, §1º, “d” e “h” do Código de Processo Penal, DEFIRO O
PEDIDO e DETERMINO A EXPEDIÇÃO DO MANDADO DE BUSCA E APREENSÃO DE
CELULAR/APARELHOS ELETRONICOS BEM COMO SLOT DE ARMANEZAMENTO DE DADOS, bem
como DEFIRO A QUEBRA DOS DADOS TELEFÔNICOS dos celulares/equipamentos de
armazenamento apreendidos com o representado IRACILDO BATISTA MEDEIRO, a ser cumprido
no seguinte endereço:

a) Rua Missionária Zélia Brito Macalão, Nº 143, Bairro Jardim Campos Elizeus, Cuiabá/MT CEP
78.065-752.

b) Rua Seis, nº 91, Recanto dos Passaros, CEP 78075- 260; d) Rua Trezentos, n. 27, Jardim
Imperial, Cuiabá/MT, CEP 78075-658;

c) Rua Bianco Filho, nº 258, Boa Esperança Cuiabá/MT, CEP 78068-700;

Expeça-se mandado de busca e apreensão domiciliar, observando-se os requisitos do art. 243 do


CPP, no local acima discriminado com determinação para que no cumprimento do Mandado de
Busca e Apreensão, deverá ser utilizada toda a cautela e discrição exigida pela Lei Processual
Penal, atuando dentro do procedimento inserto no art. 245 e parágrafos do Código de Processo
Penal, evitando-se o tanto quanto possível importunar os moradores dos locais e/ou terceiras
pessoas.

Por fim, DETERMINO, igualmente, seja o mandado e ofício entregue pessoalmente à Autoridade
Policial, para resguardo do sigilo das investigações e dos dados até então colhidos.

SIRVA-SE A PRESENTE DECISÃO, COMO MANDADO, ENCAMINHANDO-SE À AUTORIDADE


POLICIAL REPRESENTANTE.

EXPEÇA-SE o necessário.

Advirto que o preso temporário deverá permanecer, obrigatoriamente, separado dos demais
detentos (art. 3º, da Lei 7.960/89).

CIÊNCIA ao Ministério Público.

Às providências.

CUMPRA-SE.

Cuiabá, 22 de agosto de 2024.

Ana Graziela Vaz de Campos Alves Corrêa

Juíza de Direito

Neste aspecto primeiramente, deve ser observado que durante todo este lapso

temporal de 14 dias NÃO ocorrera NENHUM indicio das suposições transcritas pela
autoridade policial que basearam a decisão da autoridade coatora.

Posteriormente a decisão supra citada, proferida em 22 de agosto de 2024, fora


cumprida em 23 de agosto de 2024 encaminhando o paciente a Penitenciária Major PM Eldo Sá
Corrêa, localizada na comarca de Rondonópolis.
Em data de 28 de agosto de 2024, fora acostada aos autos RELATÓRIO TÉCNICO
Nº 2024.5.253316 /PCMT (ID 168877038) referente a análise de dados de dispositivo eletrônico
apreendido quando do cumprimento do mandado de busca e apreensão deferidos pelo juízo de

primeiro grau na qual operou-se a análise dos conteúdos de áudio, vídeos, textos,

imagens e aplicativos do aparelho celular, diretamente pelo aparelho celular,


visto que o investigado forneceu as senhas de usuário do aparelho, senão
vejamos trecho do referido relatório:

Conforme resultado das analises realizadas no presente relatório teriam sido


analisados os aplicativos do celular, entre eles o WhatsApp, face book, Instagram, TikTok, pasta

de arquivos contendo áudios, vídeos, texto aonde não foram localizadas mensagens

ou fotos das vítimas.

Verificou-se que as mensagens do whatsapp são do mês de agosto,

não contendo mensagens mais antigas.


Tal situação coaduna-se com a verdade dos fatos narradas nas declarações
juntadas posteriormente em ID 170287178.

Retira-se destas declarações que antes da realização dos Boletins de


Ocorrências Nº: 2024.227270 - Nº 2024.227815, por motivo de ciúmes no cocorrera discussão
entre as supostas vitimas com o paciente na qual estas chegaram ate a agredi-lo vindo a ser
contida pela pessoa do senhor Victor Teixeira de Albuquerque. Também na presente
oportunidade as supostas vitimas furtaram o aparelho celular do paciente que continha acesso a
aplicativos de mensagens (facebook , whatsapp, dentre outros) bem como aplicativo bancários.

Também pelas declarações prestadas, restou comprovado que as supostas


vitimas utilizando o aparelho celular do paciente tentaram se passar pelo mesmo junto a senhora
Iracy, bem como, elas que era agressivas com o paciente.

Aliado a isso, deve ser mencionado conforme documentações que as supostas


vítimas não se tratam de parentes do paciente e sim uma delas (CAROLINA CRUZ AMÉRICO)
pernoitava na maioria das vezes na residência do investigado para ajudá-lo com medicamentos
devido a trombose que este possui dentre outras doenças que necessita de tratamento médico
continuo, em contra partida recebia valores para isso.

A casa em que residia o paciente ora citada pela suposta vítima junto ao BO nº
2024.227815, não se trata de residência familiar e sim era alugada pelo mesmo junto a senhora
Maria.

Aliado a isso, conforme declaração da senhora Elisa, jamais ocorrera a suposta


tentativa de estupro em sua presença, demonstrando as inverdades narradas pelas vítimas junto
a delegacia de polícia, estando está a disposição tanto da autoridade policial quanto deverá
prestar seu depoimento em juízo para demonstrar a verdade real dos fatos.

Tal situação, apesar de ter conhecimento de que as declarações trazidas pelo


paciente junto ao processo devem ser comprovadas no decorrer do inquérito policial e em uma
possível ação penal aberta a sua pessoa, estas foram trazidas em baila para comprovar que o
paciente não é essa pessoa periculosa como narrado pelas as afirmações das supostas vítimas
que foram determinantes para decisão da magistrada de primeiro grau para decretar sua prisão
provisória e sim se trata de pessoa de boa índole, idoso que possui vários problemas de saúde.

Retornando aos fatos, no decorrer do prazo de 30 (trinta) dias estipulado pela


autoridade coatora na primeira decisão proferida de prisão temporária ocorrera pedido de
prorrogação da autoridade policial desta pelo período de mais 30 (trinta) dias sob a alegação que
as investigações não teria sido concluídas sendo imprescindível a realização de perícia técnica
pela Politec no aparelho celular do paciente, tendo opinado o representante do Ministério
Publico pelo deferimento do pedido e ocorrido decisão pela autoridade coatora de prorrogação
da referida prisão.

DECIDO.

In casu, verificando-se a imprescindibilidade da medida para as investigações do inquérito policial,


consoante o art. 1º, I e III, “f”, da Lei nº 7.960/89 c/c art. 2º, §4º, da Lei n. 8.072/90, foi decretada a
prisão temporária do suspeito IRACILDO BATISTA MEDEIRO.

Compulsando os autos, observa-se que permanecem presentes as razões que ensejaram a


decretação da custódia temporária.

Com efeito, conforme se observa dos elementos até então carreados aos autos e, conforme relatado
pela Autoridade Policial no id. 168877037, que, apesar dos esforços empreendidos pela unidade
policial, em razão de não possuir o Software Cellebrite (ou análogo) capaz de realizar a extração
dos arquivos apagados além de outras funções, se viu obrigado a promover o encaminhamento do
aparelho celular para perícia perante POLITEC, uma vez que apesar de ter sido localizado no
celular diversos arquivos com conteúdo pornográfico, não foi visualizado nenhum contendo as
vítimas.

Com efeito, o d. Delegado afirmou a imprescindibilidade da manutenção da custódia cautelar do


investigado, sustentando que as investigações estão em curso e em estágio avançado, porém, ainda
precisam ser melhor esclarecidas, o que se dará com a conclusão do Laudo perante a POLITEC.

Outrossim, a análise dos fatos narrados nos autos evidenciam que a prorrogação da prisão do
representado é imprescindível para a investigação criminal, uma vez que a sua liberdade poderá
comprometer a colheita de elementos de informação, especialmente quanto à autoria e
materialidade do delito (art. 1º, I, Lei n.º 7.960/89).

Diante do exposto, em conformidade com o parecer ministerial, e respaldado nos mesmos


fundamentos da decisão de id. 166606277 e 166695527, PRORROGO A PRISÃO TEMPORÁRIA de
IRACILDO BATISTA MEDEIRO, qualificado nos autos, pelo prazo de 30 (trinta) dias, o que faço com
fulcro no artigo art. 1º, I e III, “f”, da Lei nº 7.960/89 c/c art. 2º, §4º, da Lei n. 8.072/90.

Nos termos do artigo 2º, parágrafo 4º, da Lei nº 7.960/89, expeça-se mandado de prorrogação de
prisão, em duas vias, dando-se ciência ao representado.

Anote-se no mandado de prisão que o preso temporário, a quem a autoridade policial informará os
direitos constitucionais, de acordo com o artigo 2º, § 6º, da Lei supramencionada, deverá
permanecer obrigatoriamente separado dos demais detentos, segundo artigo 3º, da mesma lei,
bem como que, decorrido o prazo da detenção temporária, deverá ser ele imediatamente colocado
em liberdade, consoante estabelece o artigo 2º, § 7º, do citado diploma legal.

Intimem-se.

Ciência ao Ministério Público.

Expeça-se o necessário.

Cumpra-se.

Cuiabá/MT, 19 de setembro de 2024.

Ana Graziela Vaz de Campos Alves Corrêa

Juíza de Direito

Conforme se pode verificar de maneira clara e evidente a nova fundamentação


trazida em baila pela autoridade coatora quando da prorrogação da prisão provisória do

paciente fora de que evidenciam que a prorrogação da prisão do representado é

imprescindível para a investigação criminal, uma vez que a sua liberdade poderá
comprometer a colheita de elementos de informação, especialmente quanto à
autoria e materialidade do delito
Primeiramente Excelências, data máxima vênia a decisão proferida pela
autoridade coatoara, esta fora totalmente equivocada, não possuindo fundamentação idônea
para a presente manutenção da prisão do paciente visto ser contraditória com o próprio
relatório policial juntado nos autos que cita de maneira clara e contundente que o paciente de
vez de TENTAR comprometer a colheita de elementos de informações de seu aparelho celular
quando da realização da busca e apreensão do mesmo FORNECEU A SENHA não buscando em
nenhum momento prejudicar as investigações, pelo contrario ajudando na celeridade
desta.

Aliado a isso, insta salientar que ocorrera equivoco quando da confecção do


mandado de prisão da referida decisão de prorrogação de prisão temporária do paciente, pelo
qual, quando da sua expedição este teria inicio de validade para a data de 23 de setembro de
2024, data esta que seria posterior ao exaurimento temporal do mandado anteriormente
expedido e cumprido por decisão proferida pela autoridade coatora, vindo o paciente a ser posto
em liberdade em 22 de setembro de 2024, com uso de tornozeleira eletrônica, voltando na
mesma data ao seu domicilio atualizado (domicilio onde fora cumprido mandado de busca e
apreensão e prisão referente a primeira decisão do juízo da 1ª Vara Especializada de Violência
Doméstica e Familiar Contra a Mulher da Comarca de Cuiabá-MT, vindo a ser novamente preso
em razão do cumprimento de novo mandado expedido em 25 de setembro de 2024, quando
estava se dirigindo ao supermercado Comper próximo a sua residência após os policiais se
dirigirem até sua residência e não encontrarem o mesmo entrarem em contato via telefone com
o paciente (telefone informando perante a central de monitoramento) que teria novo mandado
de prisão expedido pelo juízo da 1ª Vara Especializada de Violência Doméstica e Familiar Contra
a Mulher da Comarca de Cuiabá-MT na qual o paciente informou o local onde se encontrava para
ser realizado o devido cumprimento, demonstrando novamente que NÃO POSUI NENHUM
INTERESSE em prejudicar o bom andamento processual, se furtar de uma persecução penal ou
foragir do distrito de culpa.

Também deve ser verificado ne neste período em que esteve em liberdade em


razão de equivoco do Poder Judiciário (juízo da 1ª Vara Especializada de Violência Doméstica e
Familiar Contra a Mulher da Comarca de Cuiabá-MT) NÃO há sequer indícios de que o paciente
em liberdade tenha cometido um único ato sequer que fundamentou a primeira decisão
proferida pela autoridade coatora, sendo situação inclusive que demonstra pelo entendimento
da defesa alteração da situação fática da primeira decisão , pelo qual fora manifestado pelo
patrono do paciente quando da audiência de apresentação/custodia perante a 1ª Vara
Especializada de Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher da Comarca de Cuiabá-MT,
sendo inferido o pedido realizado pela juíza de primeiro grau, mantendo a decisão da
prorrogação pelos seguintes fundamentos, data máxima vênia equivocados:

“VISTOS.

Trata-se de Cumprimento de Mandado de Prisão Temporária n. 1014337-


28.2024.8.11.0042.01.0005-03, expedido nos autos em desfavor de IRACILDO BATISTA MEDEIRO,
cumprido no dia 25 de setembro de 2024.

Compulsando os autos do pedido de prisão temporária verifica-se que a prisão temporária foi
decretada, em 23.8.2024, pelo prazo de 30 dias e, antes do término do prazo estabelecido, foi
determinada, por este juízo, a prorrogação da prisão temporária por mais 30 (trinta) dias, o que
ocorreu em razão do pedido entabulado pela autoridade policial.

Diante disso, e, considerando o exposto pela Autoridade Policial, aliada a gravidade dos fatos,
supostamente, praticados pelo acusado, foi determinada a prorrogação da prisão temporária, em
razão da necessidade de sua prorrogação visto que as investigações estão em curso e em estágio
avançado, porém, ainda precisam ser melhor esclarecidas, o que se dará com a conclusão do Laudo
perante a POLITEC.

Entretanto, necessário se faz esclarecer que houve uma falha técnica por essa secretária, ao
expedir novo mandado de prisão temporária com data futura, motivo pelo qual, o autuado foi
colocado em liberdade e preso na data de hoje, tratando-se somente de erro material, não havendo
se falar em nulidade.

Outrossim, a análise dos fatos narrados nos autos evidenciam que a prorrogação da prisão do
representado é imprescindível para a investigação criminal, uma vez que a sua liberdade poderá
comprometer a colheita de elementos de informação, especialmente quanto à autoria e
materialidade do delito (art. 1º, I, Lei n.º 7.960/89).
Desta forma e considerando o que consta nestes autos, no presente momento, entendo presentes os
pressupostos e requisitos para a manutenção da prisão do custodiado, especialmente diante da
regularidade da prisão, mantenho incólume a decisão anteriormente proferida, pelos seus próprios
fundamentos, MANTENDO a custódia temporária de IRACILDO BATISTA MEDEIRO, qualificado nos
autos, pelo prazo de 30 (trinta) dias, o que faço com fulcro no artigo art. 1º, I e III, “f”, da Lei nº
7.960/89 c/c art. 2º, §4º, da Lei n. 3 8.072/90.

COMUNIQUE-SE a Autoridade Policial acerca da presente decisão.

Às providências.

Cumpra-se com urgência, expedindo o necessário.

Cuiabá, 25 de setembro de 2024.

Este é o resumo dos fatos.

DA IMPERIOSA NECESSIDADE DE REVOGAR A PRISÃO TEMPORÁRIA

Conforme já narrado no tópico acima (SINETESE DOS FATOS) a magistrada de


primeiro grau, ora autoridade coatora, fundamentou a decisão de prorrogação da decretação da
prisão cautelar do paciente sob fundamento de imprescindibilidade da conclusão do Laudo no
aparelho celular do paciente perante a POLITEC, mesmo estando as investigações em estágio
avançado, ainda necessitaria de esclarecimentos.

Verifica-se que, devido a apresentação de documentações (declarações)


acostadas aos autos do processo de primeiro grau, e documentações coligidas durante as
investigações que apura os crimes narrados de forma inverídica pelas supostas vítimas, restaram
dúvidas quanto a autoria delitiva do paciente, razão pela qual ainda não ocorrera a conclusão do
inquérito policial.

Porém sem se adentrar ao mérito da questão, deve ser observado que, o


princípio da não culpabilidade é o Instituto garantidor daqueles que, em determinado momento
de sua vida, encontram-se envolvidos em qualquer inverdades narradas. Esta garantia se faz
necessária, a fim de proteger o direito de liberdade da pessoa humana.
Ora Excelência, tem que a prisão seja ela temporária ou preventiva deve ser
decretada como última ratio.

O Supremo Tribunal Federal, na ADI 3360/DF e ADI 4109/DF, Rel. Min. Carmen
Lúcia, redator para o acórdão Min. Edson Fachin, julgados em 11/2/2022 (Info 1043),
estabeleceu alguns requisitos para a decretação da referida prisão cautelar: (i) for
imprescindível para as investigações do inquérito policial; (ii) houver fundadas razões de autoria
ou participação do indiciado; (iii) for justificada em fatos novos ou contemporâneos; (iv) for
adequada à gravidade concreta do crime, às circunstâncias do fato e às condições pessoais do
indiciado; e (v) não for suficiente a imposição de medidas cautelares diversas.

No caso dos autos em epigrafe, resta devidamente comprovado que a presente


prisão temporária deve ser revogada por não preencher as condições previstas no artigo 1º da
Lei nº 7.960/1989, bem como, fundamentada data máxima vênia de maneira equivocada, visto
que a prisão do paciente não resta imprescindível para a conclusão das investigações.

Tal situação resta devidamente comprovada, visto que:

I - Pelas declarações trazidas em baila pelo acusado juntadas no processo de


primeiro grau, resta devidamente comprovada que ocorrera inverdades narradas pelas supostas
vítimas.

2 - Durante todo o lapso temporal de 14 dias entre a representação realizada


pela autoridade policial de decretação da prisão temporária até a decisão da autoridade coatora
NÃO ocorrera NENHUM indicio das suposições transcritas pela autoridade policial que basearam
a decisão da autoridade coatora.

3 – Quando da prisão do paciente onde ocorrera busca apreensão de seus


pertences entre eles seu aparelho celular de vez do paciente TENTAR comprometer a colheita de
elementos de informações de seu aparelho celular o mesmo FORNECEU A SENHA não buscando
em nenhum momento prejudicar as investigações, pelo contrário ajudando na celeridade desta.

4 - No período em que esteve em liberdade em razão de equívoco do Poder


Judiciário (juízo da 1ª Vara Especializada de Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher da
Comarca de Cuiabá-MT) quando da confecção do mandado de prisão da prorrogação da prisão
cautelas NÃO há sequer indícios de que o paciente em liberdade tenha cometido um único ato
sequer que fundamentou a primeira decisão proferida pela autoridade coatora, pelo contrário,
em razão do cumprimento de novo mandado expedido em 25 de setembro de 2024, quando
estava se dirigindo ao supermercado Comper próximo a sua residência após os policiais se
dirigirem até sua residência e não encontrarem o mesmo entrarem em contato via telefone com
o paciente (telefone informando perante a central de monitoramento) que teria novo mandado
de prisão expedido pelo juízo da 1ª Vara Especializada de Violência Doméstica e Familiar Contra
a Mulher da Comarca de Cuiabá-MT na qual o paciente informou o local onde se encontrava para
ser realizado o devido cumprimento, demonstrando novamente que NÃO POSUI NENHUM
INTERESSE em prejudicar o bom andamento processual, se furtar de uma persecução penal ou
foragir do distrito de culpa.

5 – A citada realização de perícia técnica pela Politec no aparelho celular do


paciente não é fundamentação idônea para manutenção do cárcere privado do paciente, visto
que no RELATÓRIO TÉCNICO Nº 2024.5.253316 /PCMT (ID 168877038) referente a análise de
dados de dispositivo eletrônico apreendido quando do cumprimento do mandado de busca e
apreensão deferidos pelo juízo de primeiro grau na qual operou-se a análise dos conteúdos de
áudio, vídeos, textos, imagens e aplicativos do aparelho celular, diretamente pelo aparelho
celular, visto que o investigado forneceu as senhas de usuário do aparelho não fora encontrado
nada de conversa com as vítimas, coadunando inclusive com as afirmações trazidas pela
declaração das testemunhas que ocorrera furto do aparelho do mesmo pelas supostas vitimas e
que esta utilizando o mesmo orquestrou toda as inverdades narradas nos boletins de ocorrência,
na qual somente servira para comprovar a inocência do paciente,
Assim sendo, as provas, vista até superficialmente, não apontam de forma
alguma na direção da decretação da prisão temporária do paciente seja para garantir a conclusão
das investigações.

De bom alvitre ressaltar que as investigações já estão praticamente encerradas,


como se denota da última decisão proferida pela autoridade coatora. Remanesce apenas a
conclusão do referido laudo pericial no aparelho celular do paciente a ser realizado pela Politec.

Não há, portanto, como se alegar imprescindibilidade da prisão para garantir as


investigações policiais, por faltar ao caso escólio em elementos fáticos.

Assim, o argumento de que a prisão ‘é de fundamental importância para


elucidação dos fatos delituosos apurados no inquérito, ou seja, para apurar a veracidade dos
fatos, está destoada da realidade.

Quanto a uma possível fuga do distrito da culpa pelo Paciente, esta não se
demonstra plausível, visto que o mesmo fora posto em liberdade e quando de sua prisão
forneceu inclusive aos policiais o local onde se encontrava.

Portanto, este é mais um fator a desautorizar a prisão temporária.

Diante de tais considerações, evidenciado o constrangimento ilegal, na posição


de paladino da Justiça, este Colendo Pretório, que sempre combateu da seara jurídica estadual
tais constrições, encontra-se na posição de não deixar que esta situação perdure, o que
caracterizaria um ‘não’ à famigerada prisão para averiguação, tão combatida a poucos anos atrás
em nosso país, bem como de fazer ver que antes do jus percecutiones, vem o jus libertatis.
DA MEDIDA LIMINAR

É sabido que a concessão de medida liminar em Habeas Corpus é medida


excepcional. Para sua concessão, necessário demonstrar em juízo de cognição sumária que
encontra-se claramente presente a plausibilidade jurídica dos argumentos lançados, o que
acredita a defesa ter sido atendido in casu, bem como a existência de dano iminente e irreparável
ao Paciente.

A plausibilidade jurídica do pedido revela-se evidente, em razão dos


argumentos apresentados pela defesa demonstram a desnecessidade de manutenção da prisão
temporária prorrogada pela autoridade coatora .

O fumus bonis iuris foi devidamente demonstrado pelos fundamentos fáticos e


jurídicos trazidos a presente. Ademais, cabe mencionar, foi demonstrado a fragilidade da
fundamentação na r. decisão ora combatida, eis que carece de motivação idônea, estando em
desacordo com o que prevê o ordenamento jurídico.

Aliado a isso, a r. decisão ora combatida revela-se totalmente desproporcional,


podendo ser substituída por outras medidas cautelares diversas da prisão.

Destaca-se que o requisito de periculum libertatis, além de requisito essencial


para a existência da própria segregação cautelar, com a alteração legislativa contemporânea
tornou-se dever imperativo do Estado-Juiz em demonstrar a sua existência, sob pena de tornar a
prisão ilegal, caso este que se evidencia na decisão proferida pelo juízo de primeiro grau.

Noutro giro, o periculum in mora reside no fato, de que, o paciente encontra- se


custodiado, em decisão que data máxima vênia não observou os pressupostos legais, .
A concessão, portanto, da medida liminar, não só resgatará todos estes direitos
constitucionais do paciente como também restabelecer segurança jurídica sanando, uma vez
contraria a entendimento pacificado dos Tribunais Superiores.

Assim, a tutela de urgência aqui requerida se mostra plenamente cabível,


especialmente porque reúne, de forma inequívoca, os requisitos de cautelaridade, quais
sejam, o periculum in mora e o fumus boni iuris, pelo qual requer-se o deferimento de liminar
para fazer cessar o constrangimento ilegal que sofre o paciente.

DOS PEDIDOS

Ante o exposto, requer-se:

Seja recebido e processado o presente writ, deferindo-se medida liminar, para


suspender os efeitos da decisão que decretou a prisão do paciente, expedindo-se o competente
alvará de soltura, aplicando-se as medidas cautelares, caso seja esse o entendimento do
Excelentíssimo Desembargador Relator deste Egrégio Tribunal Regional Federal.

No mérito, requer-se a CONCESSÃO DA ORDEM, para o fim de revogar a prisão


do paciente, autorizando-o a responder a investigação em liberdade, aplicando-se as medidas
cautelares, caso seja esse o entendimento deste Egrégio Tribunal Regional Federal.

Verificando mais alguma ilegalidade, requer-se a concessão da ordem de habeas


corpus de ofício, nos termos do artigo 654, §2º, do CPP.

Requer-se, por fim, a intimação deste impetrante, acerca da data de julgamento.

É o que se requer para que se cumpra o ORDENAMENTO JURÍDICO e se faça


JUSTIÇA!!!

Nestes termos, pede deferimento.


Cuiabá-MT, 27 de setembro de 2024.

ALINO CESAR DE MAGALHAES


OAB/MT 14.445

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