Apostíla _Introdução_Logística_6 2025

Fazer download em pdf ou txt
Fazer download em pdf ou txt
Você está na página 1de 87

Edição 2024

Operador Prof. Ocimar


de
Logística
Operador de Logística_2

Professor Ocimar Moraes _ Escola Municipal do Trabalho


Operador de Logística_3

Introdução
Estamos constantemente lendo ou ouvindo expressões como: a logística desta empresa é boa; o
problema daquele evento foi à falta de logística; a logística desta instituição foi fundamental para
o sucesso do projeto. Estas e outras expressões são frequentes no dia a dia de várias pessoas.
Mas, afinal, o que é logística?
Como o conceito é amplo, ficaremos apenas com o parecer de Ronald Ballou, (1999). Para ele,
“Logística é o processo de planejamento do fluxo de materiais, objetivando a entrega das
necessidades na qualidade desejada no tempo certo, otimizando recursos e aumentando a
qualidade nos serviços. ”

No entanto, a busca pela qualidade pode, às vezes, soar estranho para quem tem como um dos
objetivos a redução de custos. E esse é outro importante ponto de estudo, ou seja, reduzir para
aumentar a qualidade. Por se tratar de um processo que envolve redução de custo e, às vezes,
até de investimento, a logística tornou-se ponto estratégico dentro das empresas, até porque
todas aplicam conceitos de logística. Porém alguns destes conceitos têm um tom de importância
maior entre as empresas.

Surgimento

Na verdade, o surgimento da logística não tem data definida. Sabe-se que algumas técnicas foram
usadas em campanhas de guerras. Por exemplo, as tropas de Alexandre, o Grande (310 a. C.),
eram estrategicamente organizadas. Nada faltava aos soldados. Mantimentos, munições, água,
tudo era perfeitamente distribuído a todos os pontos da tropa.

Primeiros passos como ciência

A Segunda Guerra Mundial – conflito que teve suas origens no final da década de 30 – foi um
grande divisor de águas para o estudo da logística, isso porque tivemos o surgimento da logística
como ciência, uma vez que a guerra necessitava não apenas de atitudes rápidas, como de
mantimento no lugar certo e no tempo necessário.

Professor Ocimar Moraes _ Escola Municipal do Trabalho


Operador de Logística_4

Logística e necessidades

A busca pela satisfação do cliente é algo essencial para a vida de uma empresa nos dias
atuais. A concorrência é ampla e, às vezes, até desleal. O que imediatamente vem à mente
quando se fala na satisfação do cliente é a qualidade; porém em um mundo globalizado isso
passou de diferencial para obrigação. Onde entra a logística neste contexto atual? Diferencial
competitivo é a expressão que pode definir o papel desta importante ferramenta de gestão na
atualidade.
Pense! A partir do momento em que o mercado possui vários concorrentes que conseguem
qualidade satisfatória na visão do consumidor, então as empresas precisam otimizar recursos para
que possa vender mais barato ou mesmo para maximizar ganhos, se quiser permanecer no
mercado. Outro ponto que merece reflexão é saber se o cliente pode encontrar a qualidade que
deseja entre os concorrentes e se os preços similares são o diferencial que precisa estar na
prestação de serviços.
Com a otimização de recursos, a logística pode proporcionar a qualquer empresa uma
maximização dos lucros ou mesmo vislumbrar (enxergar) novas possibilidades de mercado.

Por que estudar logística?

Cada vez mais conceitos como a maximização de lucros, o aumento de qualidade, a agilidade e
eficiência em fluxos são debatidos e aplicados em empresas, para que tenham diferencial
competitivo perante outras empresas.
Esse assunto é de suma importância, uma vez que absorve quantias consideráveis do orçamento
operacional de uma instituição. Os investimentos nessa área devem ser muito bem planejados e
objetivando sempre o aumento de qualidade, com redução de custos. Vendo por essa óptica é
fácil entender porque um profissional na área de logística é considerado um dos corações
estratégicos das empresas.

Figura 1, O investimento em alguns setores da logística é considerável

Professor Ocimar Moraes _ Escola Municipal do Trabalho


Operador de Logística_5

Na figura 1, temos a imagem de algumas atividades da logística, cujo investimento em


infraestrutura e em mão de obra é, muitas vezes altíssimo; mas se for bem aplicado se reverterá
em benefício para a própria empresa. Muitas pessoas estudam a Logística por ser assunto
interessante e fundamental, pois hoje os conceitos vão muito além do mundo empresarial. É
imprescindível o estudo da logística, uma vez que há necessidade de profissionais especialmente
treinados e qualificados para colocar em práticas conceitos que apontem e administrem a
necessidade de investimentos e a operacionalidade de tal.

A importância da logística

É comum abordar a importância desta ciência somente no que diz respeito à situação empresarial,
porém logística vai muito, além disso. A organização de cidades deve obedecer a conceitos
simples de fluxo de transporte e infraestrutura, para que haja maior qualidade de vida e eficiência
com a operacionalidade das vias públicas, ou seja, a importância está além de questões
empresariais e vai ao encontro da população. Por exemplo, a manutenção de vias públicas pode
tornar a qualidade de vida melhor em determinada região e ao mesmo tempo reduzir custos
operacionais de uma empresa, isto é, quando os conceitos são utilizados de forma eficiente pela
administração pública, há ganhos na economia e no dia a dia da população.

A logística ajuda não somente as empresas, mas a qualidade de vida local, no que diz respeito ao
desenvolvimento de infraestrutura para sua operacionalidade. O tema logística hoje é vital para
as empresas à medida que otimiza recursos e aumenta a qualidade, o que significa, gastar menos
com resultados melhores. A infraestrutura logística das cidades e das regiões é de
responsabilidade do poder público. No Brasil, temos malhas viárias consideradas muito ruim em
relação a Europa e Estados Unidos.

Logística: uma ferramenta importante

O profissional de logística empresarial estuda como prover, de forma eficiente, a lucratividade:


(1) nos serviços de distribuição ao cliente,

(2) no fluxo de materiais dentro da empresa,

(3) no planejamento de compra, passando pelo controle e organização de estoques de matérias-


primas e produtos acabados,

(4) no planejamento de controle da produção, e

(5) no controle de transporte de embalagens.

Professor Ocimar Moraes _ Escola Municipal do Trabalho


Operador de Logística_6

Vamos analisar?

Quando uma empresa é constituída, a demanda pelos seus produtos ou serviços estão
localizados normalmente em uma área ampla, porém distante do consumidor final. Infelizmente
é o que acontece.
Ao planejar uma empresa, o empresário deve buscar:
(1) um local onde obtenha matéria-prima mais em conta e com qualidade,

(2) mão de obra mais qualificada e barata e

(3) incentivo fiscal por parte do governo.

Por isso a logística é fundamentalmente vital para o negócio, isso porque ajudará a organizar
todas as questões de fluxo de mercadorias, ou seja:
Quando mandar? De que forma mandar? Quanto mandar?

Essas serão algumas das questões que o profissional de logística responderá para que tenha
equilíbrio entre o que se gasta em relação ao que se fatura. É uma busca constante por reduzir
preços e melhorar a qualidade.

Professor Ocimar Moraes _ Escola Municipal do Trabalho


Operador de Logística_7

Hora de Praticar

1.
Qual o conceito de Logística de Ronald Ballou?

2.
Explique o surgimento da logística:

3.
Onde o profissional de logística empresarial estuda como prover, de forma eficiente, a
lucratividade?

4.
Quando uma empresa é constituída, a demanda pelos seus produtos ou serviços estão
localizados normalmente em uma área ampla, porém distante do consumidor final.
Infelizmente é o que acontece. Ao planejar uma empresa, o que o empresário deve buscar?

Professor Ocimar Moraes _ Escola Municipal do Trabalho


Operador de Logística_8

Logística e a empresa
Em uma empresa, a logística surge com a necessidade de se organizar o fluxo de produtos e
serviços. Nesse momento você deve estar pensando: Mas isso é óbvio! Concordo, porém,
devemos refletir sobre o seguinte: Será que toda a empresa tem essa organização eficiente e
integrada? Será que toda empresa está pensando em todas as possibilidades do negócio ou pensa
somente em reduzir custos a qualquer preço, mesmo que ocasione perda de qualidade?
Uma organização empresarial que tem compromisso com a qualidade, com a satisfação do cliente
e com preço justo, tem como base de sua administração um bom planejamento logístico, uma
vez que isso leva a um fluxo de materiais mais racional, ou seja, desde o momento da compra de
matéria-prima até a entrega do produto acabado ao cliente, tudo é planejado para se evitar
desperdício de tempo e dinheiro.
O grande problema das empresas hoje é querer reduzir seus custos a qual quer preço.
Infelizmente isso não é logística e muito menos constitui o pensamento de um profissional da
área. É comum nos depararmos com situações onde um profissional não especializado foi
colocado para exercer uma função que necessita de conhecimentos na área de logística.
Quando isso ocorre fatalmente tal empresa passará por um processo de consultoria, para que
possa rever melhor os motivos pelos quais os negócios não vão bem e o lucro está diminuindo
consideravelmente.

ATIVIDADES PRIMÁRIAS DA LOGÍSTICA

A logística é composta por diversas atividades. Começaremos estudando, na aula de hoje, as


atividades primárias e de apoio à logística mais adiante.
As atividades primárias da logística são:
• Transportes;

• Manutenção de estoques;

• Processamento de pedidos.

As três atividades são consideradas bases da logística ou porque contribuem com a maior parcela
do custo total da logística, ou elas são essenciais para a coordenação e o cumprimento da tarefa
logística.

TRANSPORTE

É uma das atividades logísticas mais importantes, simplesmente porque ela absorve, em média,
de um a dois terços dos custos logísticos. É essencial porque nenhuma organização moderna pode
operar sem providenciar a movimentação de suas matérias-primas ou de seus produtos acabados
para serem levados, de alguma forma, até ao consumidor final. Ele refere-se aos vários modelos
disponíveis para se movimentar matéria-prima, materiais, produtos e serviços.

Professor Ocimar Moraes _ Escola Municipal do Trabalho


Operador de Logística_9

Figura 1.1: Transportes representam de 45 a 50% dos gastos logísticos dentro de uma empresa.

MANUTENÇÃO DE ESTOQUE

Geralmente, não é viável providenciar produção ou entrega instantânea a clientes. Para se atingir
um grau razoável de disponibilidade do produto, é necessário manter estoques, que agem como
amortecedores entre a oferta e a demanda. Os estoques também representam grande parte dos
custos logísticos. A grande preocupação da administração de estoques envolve manter seus níveis
o mais baixo possível, e ao mesmo tempo prover a disponibilidade desejada pelos clientes.

Figura 1.2: O estoque assume o papel de atividade primária consumindo importante fatia do
que se gasta com logística.

Professor Ocimar Moraes _ Escola Municipal do Trabalho


Operador de Logística_10

PROCESSAMENTO DE PEDIDO

Também é uma atividade primária. Sua importância deriva do fato de ser um elemento crítico em
termos do tempo necessário para levar bens e serviços aos clientes, em relação, principalmente,
à perfeita administração dos recursos logísticos disponíveis.
É também a atividade primária que dá partida ao processo de movimentação de materiais e
produtos bem como a entrega desses serviços.

Figura 1.3: A eficiência do sistema de informação usado pelas empresas é de fundamental


importância para o sucesso de seu planejamento.

A relação entre as atividades primárias

Segundo Ronald Ballou, importante autor de livros na área de logística, as três atividades
primárias da logística podem ser colocadas em perspectiva notando-se sua importância naquilo
que pode ser chamado de “ciclo crítico de atividades logísticas. ”

O tempo requerido para um cliente receber um pedido depende do tempo necessário para
entregar o pedido. Lembrando sempre que o principal objetivo é prover no tempo correto e de
forma íntegra a mercadoria ao cliente, observando a otimização de serviços visando à redução
de custos e melhoria nos serviços.

Professor Ocimar Moraes _ Escola Municipal do Trabalho


Operador de Logística_11

Figura 1.4: Relação entre as atividades primárias da logística

A logística possui um trio de atividades consideradas a base da logística. São conhecidas como
atividades primárias: Transporte, Manutenção de Estoques e Processamento de Pedidos. A
integração entre essas três atividades é fator crítico para que uma cadeia logística tenha um
serviço adequado.

Essas três atividades são fundamentais para que possamos cumprir a missão da organização, e,
por isso, elas são chamadas de atividades primárias.

Professor Ocimar Moraes _ Escola Municipal do Trabalho


Operador de Logística_12

Hora de Praticar

1.
Uma organização empresarial que tem compromisso com a qualidade, com a satisfação do
cliente e com preço justo, o que ela tem como base de sua administração? Explique:
2.
Quais são as atividades primárias da logística?

3.
Porque as três atividades são consideradas primárias ou bases da logística?

4.
Qual a atividade primária de logística considerada a mais importante? Justifique:

5.
O processamento de pedidos também é uma atividade primária. Qual a sua importância?

Professor Ocimar Moraes _ Escola Municipal do Trabalho


Operador de Logística_13

ATIVIDADES DE APOIO
As atividades consideradas de apoio são aquelas que dão suporte ao desempenho das atividades
primárias, para que seja possível obter sucesso. Essas atividades de apoio são:

Armazenagem

É o processo que envolve a administração dos espaços necessários para manter os materiais
estocados, que podem ser internamente, na fábrica, como em locais externos, mais próximos dos
clientes. Essa ação envolve fatores como localização, dimensionamento de área, arranjo físico,
equipamentos de movimentação, recuperação do estoque, projetos de docas ou baías de
atracação, necessidades de recursos financeiros e humanos.

Manuseio de materiais

Está associado com a armazenagem e também à manutenção dos estoques. Essa atividade envolve
a movimentação de materiais no local de estocagem, que pode ser tanto estoque de matéria-prima
como de produtos acabados. Pode ser a transferência de materiais do estoque para o processo
produtivo ou deste para o estoque de produtos acabados. Pode ser também a transferência de um
depósito para outro.

Embalagem

Dentro da logística tem como objetivo movimentar produtos com toda a proteção e sem danificá-
los. Um bom projeto de embalagem do produto auxilia a garantir perfeita e econômica
movimentação sem desperdícios. Além disso, as dimensões adequadas favorecem a armazenagem.

Suprimentos

É a atividade que proporciona ao produto ficar disponível, no momento exato, para ser utilizado
pelo sistema logístico. É o procedimento de avaliação e da seleção das fontes de fornecimento, de
definição das quantidades a serem adquiridas, da programação das compras e da forma pela qual
o produto é comprado. É uma área importantíssima de apoio logístico e, também, um setor de
obtenção de enormes reduções de custos da organização.

Planejamento

Refere-se primariamente às quantidades agregadas que devem ser produzidas bem como quando,
onde e por quem devem ser fabricadas. É a base que servirá de informação à programação
detalhada da produção dentro da fábrica. É o evento que permitirá o cumprimento dos prazos
exigidos pelo mercado.

Professor Ocimar Moraes _ Escola Municipal do Trabalho


Operador de Logística_14

Sistema de informação

É a função que permitirá o sucesso da ação logística dentro de uma organização para que ela possa
operar eficientemente. São as informações necessárias de custo, procedimentos e desempenho
essenciais para o correto planejamento e controle logístico. Portanto, uma base de dados bem
estruturados, com informações importantes sobre cliente, sobre volume de vendas, sobre os
padrões de entregas e sobre os níveis dos estoques e das disponibilidades físicas e financeiras que
servirão como base no apoio a uma administração eficiente e eficaz das atividades primárias e de
apoio ao sistema logístico.

Estoque e armazém

Começaremos estabelecendo a diferença entre estoque e armazém. É importante entender essa


diferença uma vez que serão expressões muito utilizadas no dia a dia do profissional da área de
logística. O armazém é basicamente a estrutura que se utiliza para guardar os produtos ou
mercadorias. O estoque é quanto de um determinado produto se tem guardado.

Observe a expressão: Eu tenho guardado no armazém meus estoques de feijão e soja. Repare nessa
expressão como armazém e estoque se diferem, um é o espaço físico e o outro é o que se tem
estocado ali. É comum em empresas que um se torne sinônimo do outro. Muitas vezes um armazém
guarda somente um tipo de mercadoria. Aí teremos um armazém que estoca arroz, por exemplo,
neste armazém posso afirmar que está meu estoque de arroz, acaba virando quase que a mesma
coisa, porém não podemos esquecer desta diferença básica.

Manutenção dos estoques

O estoque é uma ferramenta importante para as empresas, pois consegue deixar disponível
determinado tipo de mercadoria. Imagine-se trabalhando em uma empresa em que essa não tenha
no estoque a peça para terminar o produto que está sendo manufaturado. Quando isso ocorre, a
empresa é obrigada a paralisar a produção, e esperar pela peça solicitada.

Tudo isso seria evitado se a empresa possuísse seu estoque. Esse raciocínio vale também ao cliente.
Quando vai às compras, ele deseja que o produto comprado seja entregue o mais rápido possível.

No caso de possuir estoque, a entrega pode e deve ser feita com velocidade maior, inclusive no
mesmo dia. Essa facilidade do estoque traz vantagem competitiva para sua empresa, pois agrega
valor ao produto. Você deve estar se perguntando:

De que forma?

Simples. Uma vez que a empresa tenha o produto a disposição do cliente em um menor tempo, em
relação aos seus concorrentes, pode levar o consumidor a optar por pagar um pouco mais para ter
o produto em menor tempo.

Professor Ocimar Moraes _ Escola Municipal do Trabalho


Operador de Logística_15

Figura 1.5: O estoque pode agregar valor ao seu produto

O controle de estoques é importante para qualquer tipo de empresa e significa investir


“dinheiro”, portanto deve ser racionalmente dimensionado.

Existe uma inter-relação do setor de suprimentos com os setores de produção, financeiro e de


vendas principalmente, visto que a falta de itens em estoque pode acarretar sérios problemas de
desempenho operacional, causando grandes prejuízos à empresa, como aumento de custos e
despesas financeiras, ociosidade de recursos e redução da lucratividade.

Administração
São considerados estoques todos os bens e materiais mantidos por uma organização para suprir
demandas futuras, ou seja, é a diferença entre a aquisição e a demanda momentânea.

Os estoques podem ser encontrados em várias formas, como: matéria-prima, produto em processo,
produto acabado, materiais, embalagens e produtos necessários para a manutenção, reparo e
suprimentos de operações, não necessariamente utilizados no processo de fabricação,
acomodados em armazéns apropriados ou em almoxarifados.

O controle ou gestão de estoques engloba todas as atividades, procedimentos e técnicas que


permitem garantir a qualidade correta, no tempo certo, de cada item ao longo da cadeia produtiva,
tanto dentro como fora das organizações.
Para gerenciar os estoques é preciso levar em conta duas funções que norteiam sua finalidade,
sendo a alimentação da produção e o suprimento das vendas.

A primeira função tem como objetivo a produção continuada, almejando a eliminação dos riscos
de paradas na produção resultantes de problemas com o abastecimento, melhorando a eficiência
do processo produtivo.
Já a segunda função é suprir as vendas com estoques que visam atender à sazonalidade da
demanda e, por consequência, melhorar o serviço de atendimento ao cliente.

Professor Ocimar Moraes _ Escola Municipal do Trabalho


Operador de Logística_16

CONTROLE DE ESTOQUE

O controle de estoques é importante para qualquer tipo de empresa e significa investir


“dinheiro”, portanto deve ser racionalmente dimensionado.

Existe uma inter-relação do setor de suprimentos com os setores de produção, financeiro e de


vendas principalmente, visto que a falta de itens em estoque pode acarretar sérios problemas de
desempenho operacional, causando grandes prejuízos à empresa, como aumento de custos e
despesas financeiras, ociosidade de recursos e redução da lucratividade.

Nivelamento de Estoque
O nivelamento determina a condição ideal do fluxo financeiro dos estoques. Em uma primeira
abordagem, a gestão econômica dos estoques busca mantê-los em constante equilíbrio em relação
ao nível econômico ótimo dos investimentos.

Tal fator somente é obtido ao manter os estoques mínimos, sem correr o risco de não tê-los em
quantidades suficientes e necessárias para manter um fluxo de produção de uma encomenda em
equilíbrio com o fluxo de consumo.

A quantidade ideal de estoque mínimo deve ser bem mensurada, considerando, entre outros, os
seguintes parâmetros:

 Possíveis atrasos na entrega por parte do fornecedor;


 Possíveis variações nas médias de vendas;
 Identificação da sazonalidade.

Devemos considerar dois fatores fundamentais para a determinação dos estoques:

1)
Quanto maior a quantidade estocada, maiores serão os custos com a manutenção dos estoques.
Por outro lado, vemos um aspecto a ser levado em conta que é a garantia da não paralisação da
empresa por falta de material.

2)
Qualquer redução nas quantidades em estoque reduz também os custos de estocagem, mas
aumenta os custos de obtenção dos materiais, o que pode provocar a paralisação das atividades da
empresa por falta de material.

É preciso levar em conta que a gestão dos estoques apresenta os seguintes sintomas:

Quando mal planejada gera:


 Incapacidade de cumprir promessas de entrega do produto final;
 Crescimento do estoque quando a demanda foi inferior à prevista;
 Falta constante de espaços de armazenagem;
 Aumento dos itens de materiais obsoletos, entre outros.
Professor Ocimar Moraes _ Escola Municipal do Trabalho
Operador de Logística_17

Quando bem planejada verifica:


 Melhoria nas relações com usuários;
 Redução dos custos dos materiais comprados;
 Redução dos custos com perdas de estoque, entre outros.

Professor Ocimar Moraes _ Escola Municipal do Trabalho


Operador de Logística_18

Hora de Praticar

1.
Explique a atividade de apoio armazém:

2.
Explique a atividade de apoio manuseio de materiais:

3.
Para se calcular o estoque mínimo ou de segurança devemos considerar a princípio quais
parâmetros?

4.
Descreva os dois fatores fundamentais para determinação dos estoques:

5.
Explique os sintomas da gestão de estoque quando:
Mal planejada e bem planejada

Professor Ocimar Moraes _ Escola Municipal do Trabalho


Operador de Logística_19

Ferramentas para Controle de Estoques


Sabemos que é praticamente impossível conhecer a demanda do mercado consumidor. Logo,
torna-se importantíssimo manter determinado nível de estoque para assegurar a disponibilidade
de produtos, bem como minimizar os custos de produção e movimentação.
Vejamos algumas ferramentas que nos auxiliam nesta tarefa:

Nível de Serviço:

Este indicador informa como está o atendimento ao cliente. Com esse modelo, procura-se manter
estoques capazes de atender a qualquer solicitação do mercado, definindo-se um percentual de
grau de atendimento. O ideal é que este percentual seja igual ou superior a 95%.

Exemplo:
Uma empresa recebeu 3100 pedidos de um de seus clientes. Cada pedido solicitava, em média,
1,5 item. Foram entregues ao todo 4400 itens. Calcule o nível de serviço para este cliente.

3.100 * 1,5 = 4.650 unidades

4.400
𝐍í𝐯𝐞𝐥 𝐝𝐞 𝐬𝐞𝐫𝐯𝐢ç𝐨 = =
4.650

O nível de serviço é de 0,946 ou 0,95 * 100 = 95%.

Professor Ocimar Moraes _ Escola Municipal do Trabalho


Operador de Logística_20

Hora de Praticar

1.
No mês de janeiro, o almoxarifado de uma empresa recebeu 432 pedidos de um determinado item.
Destes, apenas 391 pedidos foram atendidos. Calcule o NÍVEL DE SERVIÇO apresentado e comente
o resultado.

2.
O almoxarifado de uma empresa recebeu no ano de 2011 um total de 7800 requisições de material,
com um número médio de 4, 5 itens por requisição. Foram entregues ao todo 34800 itens. Calcule
o nível de serviço deste almoxarifado e comente o resultado.

3.
Uma empresa recebeu 1842 pedidos de um item, sendo que destes, foram entregues 1790. Calcule
o nível de serviço apresentado pela empresa e comente o resultado.

4.
No mês de fevereiro, o almoxarifado de uma empresa recebeu 7.344 pedidos de um determinado
item. Destes, apenas 7.245 pedidos foram atendidos. Calcule o nível de serviço apresentado e
comente o resultado.

5.

O almoxarifado de uma empresa recebeu no ano de 2011 um total de 3.290 requisições de material,
com um número médio de 3 itens por requisição. Foram entregues ao todo 8.700 itens. Calcule o
nível de serviço deste almoxarifado e comente o resultado.

6.
Uma empresa recebeu 45.600 pedidos de um item, sendo que destes, foram entregues 43.800.
Calcule o nível de serviço apresentado pela empresa e comente o resultado.

7.

O almoxarifado de uma empresa recebeu no mês passado um total de 4.555 requisições de


material, com um número médio de 7 itens por requisição. Foram entregues ao todo 31.800 itens.
Calcule o nível de serviço deste almoxarifado e comente o resultado.

Professor Ocimar Moraes _ Escola Municipal do Trabalho


Operador de Logística_21

Estoque de Segurança ou Mínimo

É a quantidade mínima de peças que precisam estar em estoque, com a função de cobrir as
possíveis variações do sistema, que podem ser: eventuais atrasos no tempo de fornecimento,
rejeição do lote de compra ou aumento na demanda do produto. Sua finalidade é não afetar o
processo produtivo e, principalmente, não acarretar transtornos aos clientes por falta de material
e, consequentemente, atrasar a entrega do produto ao mercado consumidor.

Para entendermos melhor a utilização do estoque de segurança, utilizaremos o MÉTODO DO GRAU


DE RISCO. Este é o modelo mais simples e fácil de utilizar e não requer nenhum conhecimento
profundo de matemática. Tal modelo usa um fator de risco dado em porcentagem, que é definido
pelo administrador em função de sua sensibilidade de mercado e informações que colhe junto a
vendas e suprimentos.

ES = C * k
Onde:
ES = Estoque de Segurança
C = Consumo médio no período
k = Coeficiente de grau de risco

Exemplo
Uma empresa necessita definir o Estoque de Segurança de determinado produto que tem uma
demanda média mensal de 600 unidades e, para tanto, o gerente de logística definiu um grau de
risco de 35%. Nesse caso, qual seria o estoque de segurança?
Resolução:

𝐄𝐒 = 𝐂 ∗ 𝐊

𝐄𝐒 = 𝟔𝟎𝟎 ∗ 𝟎, 𝟑𝟓

𝐄𝐒 = 𝟔𝟎𝟎 ∗ 𝟎, 𝟑𝟓
𝐄𝐒 = 𝟐𝟏𝟎 𝐮𝐧𝐢𝐝𝐚𝐝𝐞𝐬

Professor Ocimar Moraes _ Escola Municipal do Trabalho


Operador de Logística_22

Hora de Praticar

1.

Uma empresa quer definir o Estoque de Segurança de determinado produto que tem uma demanda
média trimestral de 1300 unidades e, para isso, o gerente de logística definiu um grau de risco de
25%. Nesse caso, qual seria o estoque de segurança?

2.
Uma empresa possui um Estoque de Segurança mensal de seu produto ‘X’ de 513 peças.
Sabendo que o grau de risco para esse produto é de 27%, calcule a demanda média mensal.

3.

A empresa CN possui uma demanda bimestral média de 1200 unidades seu principal produto.
Sabendo que o Estoque de Segurança de 180 peças, calcule o coeficiente de grau de risco.

4.
Uma empresa possui um Estoque de Segurança mensal um produto de 200 peças. Sabendo que o
grau de risco para esse produto é de 16%, calcule a demanda média mensal.

Professor Ocimar Moraes _ Escola Municipal do Trabalho


Operador de Logística_23

Giro de Estoque:

Giro de Estoque é um tipo de indicador que demonstra o desempenho de um Estoque. O Giro de


Estoque serve para medir, de uma forma padronizada, a qualidade de um estoque. O indicador de
giro de estoque pode ser aplicado a qualquer tipo de estoque, independente da sua complexidade
ou tamanho.

O resultado apresentado pelo giro de estoque representa a quantidade de vezes que cada um dos
itens, foi renovado dentro de um determinado período. Dizer que o giro de um estoque foi 1,
durante um mês, significa dizer que tudo que tinha no estoque foi vendido e o estoque foi reposto
por produtos novos.

Citando um exemplo, imagine um estoque de bebidas, com um único tipo de bebida. Vamos supor
que no início do mês, tenhamos 10 garrafas em estoque. Durante alguns dias, 5 garrafas foram
vendidas.

Notando a diminuição do nível de estoque, o Fornecedor foi acionado e foram compradas mais 10
garrafas.

O mês continuou e mais 5 garrafas foram vendidas, totalizando 10 vendas no mês. Dessa forma, o
mês terminou com 10 garrafas no estoque.

Como o mês iniciou com 10 garrafas e terminou com 10 garrafas, podemos dizer que a média de
estoque neste mês foi de 10 garrafas.

Sendo assim, podemos calcular o Giro de Estoque como sendo o total de vendas dividido pela média
de estoque, isto é, 10 dividido por 10, que é igual a 1.

Nesse caso, o Giro de Estoque igual a 1 significa que todos os produtos foram renovados 1 vez
durante o mês. Se o número fosse menor do que 1, teríamos uma indicação de que alguns dos
produtos que iniciaram o mês na prateleira, ainda estão lá.

Dentre as tantas vantagens de se ter um estoque com alto giro, podemos citar:
 O produto não envelhece na prateleira;
 Não precisa de muito espaço para armazenamento;
 O pagamento ao Fornecedor é fracionado;
 Em caso de acidente, incêndio ou roubo, perde-se menos.

Professor Ocimar Moraes _ Escola Municipal do Trabalho


Operador de Logística_24

Professor Ocimar Moraes _ Escola Municipal do Trabalho


Operador de Logística_25

Exemplo:De julho a dezembro de 2014, a empresa KW apresentou a seguinte


movimentação, em R$:

Mês Estoque Inicial Entradas Saídas Estoque Final Estoque Médio

Julho 100.000,00 78.000,00 94.300,00


Agosto 67.000,00 25.670,00
Setembro 18.900,00 100.020,00
Outubro 35.900,00 17.770,00
Novembro 99.567,00 101.000,00
Dezembro 45.000,00 5.000,00
Total

De acordo com a tabela, calcule o Giro de Estoque.

Professor Ocimar Moraes _ Escola Municipal do Trabalho


Operador de Logística_26

HORA DE
PRATICAR

Giro de Estoque

1. De janeiro a junho de 2014, a empresa Panem Ltda. apresentou a seguinte movimentação em


R$:

Mês Estoque Entradas Saídas Estoque Final Estoque


Inicial Médio
Janeiro 90.000,00 67.000,00 80.000,00
Fevereiro 78.000,00 34.000,00
Março 45.000,00 90.000,00
Abril 12.000,00 15.000,00
Maio 56.000,00 23.000,00
Junho 14.000,00 38.000,00
Total

De acordo com a tabela, calcule o Giro de Estoque.

2. A empresa Forks teve total de saídas de 780.000 unidades de um determinado


item. Oestoque médio do período foi de 240.000 unidades. Qual foi o giro do estoque?

3. Uma empresa teve saídas de um produto de 5250 unidades e o estoque médio


dessa peçafoide 1250 unidades. Qual foi o giro do estoque desta peça?

Professor Ocimar Moraes _ Escola Municipal do Trabalho


Operador de Logística_27

4. De julho a dezembro de 2014, a empresa Lenovo Computadores apresentou a


seguintemovimentação, em R$:

Mês Estoque Inicial Entradas Saídas Estoque Final Estoque Médio

Julho 114.980,00 34.000,00 110.000,00


Agosto 123.500,00 33.600,00
Setembro 67.800,00 100.000,00
Outubro 79.056,00 78.900,00
Novembro 34.555,00 45.678,00
Dezembro 12.890,00 30.980,00
Total

De acordo com a tabela, calcule o Giro de Estoque.

Professor Ocimar Moraes _ Escola Municipal do Trabalho


Operador de Logística_28

Professor Ocimar Moraes _ Escola Municipal do Trabalho


Operador de Logística_29

Professor Ocimar Moraes _ Escola Municipal do Trabalho


Operador de Logística_30

ARMAZENAGEM
Na moderna administração, a armazenagem pode ser conceituada como um conjunto de
atividades relacionadas à função de abastecimento, a qual requer meios, métodos é técnicas
adequadas, bem como instalações apropriadas, e que tem como propósito o recebimento, a
estocagem e a distribuição de materiais.

Estruturas de Armazenagem

O propósito da armazenagem está fixado em uma estrutura básica, formada pelo tripé
recebimento, estocagem e distribuição.

Estas atividades básicas dessa estrutura podem sem assim descritas:


Recebimento: trata-se de um conjunto de operações que envolvem a identificação do material
recebido, o confronto do documento fiscal com o pedido, a inspeção qualitativa e quantitativa do
material e a sua aceitação formal.

Estocagem: é um conjunto de operações relacionadas à guarda do material. A estocagem constitui


um dos pontos mais vitais na formação do conjunto de atividades da armazenagem, exigindo
técnicas específicas para alcançar a eficiência da racionalização e da economia desejada.

Distribuição: refere-se a um conjunto de operações próprias relacionadas à expedição do


material, envolvendo a acumulação do que foi recebido da estocagem, a embalagem adequada e
arespectiva entrega ao requisitante.

Em relação à estrutura de armazenagem, é preciso considerar um fator de fundamental


importância que é justamente o layout do armazém, o qual determina o grau de acessibilidade ao
material, os modelos de fluxo de material, os locais de áreas obstruídas, a eficiência de mão-de-
obra e a segurança do pessoal e do próprio armazém, entre outras atribuições.

Professor Ocimar Moraes _ Escola Municipal do Trabalho


Operador de Logística_31

Professor Mauricio Kuehne Jr – layout eficiente

O professor Mauricio Kuehne Jr., da Universidade Federal de Santa Catarina, afirma que para
um layout eficiente, o armazém precisa:

1. Assegurar a utilização máxima do espaço.


2. Propiciar a melhor movimentação de materiais.
3. Garantir a estocagem mais econômica em relação às despesas de equipamento, espaço, danos
de material e mão de obra do armazém.
4. Propiciar flexibilidade máxima para satisfazer as necessidades de mudança e estocagem e
movimentação.
5. Fazer do armazém um modelo de boa organização.

O professor ainda defini cinco passos para um layout eficiente:

1. Definir a localização dos obstáculos.


2. Localizar as áreas de recebimento e expedição.
3. Localizar as áreas primárias, secundárias, de separação de pedidos e estocagem.
4. Definir o sistema de localização do estoque.
5. Avaliar as alternativas do layout do armazém.

Cada layout do armazém deve ser criteriosamente analisado, favorecendo e facilitando sua
utilização, obedecendo aos critérios a seguir:

Intensidade de uso
 Estocar as mercadorias de maior rotatividade o mais perto possível do ponto de uso;
 Estocar as mercadorias de menor rotatividade no espaço mais profundo possível.

Semelhança
 Os itens recebidos e expedidos juntos devem ser estocados próximos;
 Os itens que possuem uma forte correlação com respeito ao tipo devem ser estocados
próximos.

Tamanho
 Estocar mercadorias pesadas, volumosas e de difícil movimentação próximas ao seu
ponto de uso.
 Propiciar vários locais e tamanhos de estocagem
 Os itens pesados devem ser estocados em áreas com teto baixo e os leves e de fácil
movimentação em áreas com pé-direito alto.
 Não levar em conta o tamanho dos itens individuais e sim o tamanho do estoque total
de umitem.
 Características dos materiais
 Projetar o layout para acomodar apropriadamente os itens perecíveis;
 Propiciar um layout eficiente, com técnicas de estocagem, para maximizar a
utilização doespaço para itens com formatos diferentes e que possam ser comprimidos;
Professor Ocimar Moraes _ Escola Municipal do Trabalho
Operador de Logística_32

 Planejar a proteção dos materiais perigosos a fim de evitar incêndios e proteger


outrosmateriais no caso de um acidente
 Elaborar o layout da compatibilidade dos itens estocados dentro da proximidade de cada um
 Programar o layout para maximizar a proteção dos itens de segurança pela localização.

Utilização do espaço
 Conservar o uso do espaço ao maximizar a concentração das mercadorias na
estocagem,maximizar a utilização do espaço cúbico e minimizar as perdas nos vãos de
estocagem;
 Projetar o layout em torno de obstáculos e outras limitações à utilização do espaço;
 Os corredores devem ser retos e os principais devem levar até às portas;
 Os corredores devem ter largura suficiente para permitir uma operação eficaz, sem
desperdício de espaço;
 Todos os lados da estocagem devem ter acesso por um corredor;
 Evitar o bloqueio do estoque;
 As pilhas de material devem ser uniformes, retas, estáveis e de fácil acesso;
 Fazer a marcação dos corredores para melhor conservação;
 Evitar espaços vazios dentro das áreas de estocagem;
 Manter registros dos locais de estoque.

Professor Ocimar Moraes _ Escola Municipal do Trabalho


Operador de Logística_33

HORA
DE PRATICAR

1.
O que é armazenagem?

2.
Descreva as atividades básicas da armazenagem?

3.
Qual o fator de fundamental importância na estrutura de armazenagem e o que ele determina?

4.
O que o armazém precisa para um layout eficiente, segundo o Professor Maurício da
Universidade Federal de Santa Catarina?

5.
Quais são os cinco passos para um layout eficiente de armazém, segundo o Professor da
Universidade?

6.
Com relação ao critério de “tamanho”:
Estocar mercadorias pesadas, volumosas e de difícil movimentação próximas ao seu ponto de
uso.
(A) certo (B) errado

7.
Quais são as ações quanto ao critério de “semelhança” de itens?

Professor Ocimar Moraes _ Escola Municipal do Trabalho


Operador de Logística_34

Em uma organização, o método da curva ABC é muito utilizado para a administração de estoques,
mas também para a definição de políticas de vendas, para o estabelecimento de prioridades, para
a programação da produção, entre outras aplicações. O método determina os pontos básicos
merecedores de atenção especial.

Grupo A
São os itens mais importantes e devem receber atenção no primeiro momento deestudo. É nos
itens A que as primeiras decisões devem ser tomadas, por conta de sua importância monetária. Os
dados aqui classificados correspondem, em média, a 80% do valor monetário total e no máximo
20% dos itens estudados.

Grupo B
São os itens intermediários que deverão ser tratados logo após os itens da Classe A. Correspondem,
em média, a 15% do valor monetário total do estoque e, no máximo, 30% dos itens estudados.

Grupo C
São os itens de menor importância, embora volumosos em quantidade, mas com valor monetário
reduzido, permitindo maior espaço de tempo para sua análise e tomada de ação. Deverão ser
tratados, somente, após todos os itens das classes A e B. Em geral, somente 5% do
valor monetário total representa esta classe.

Professor Ocimar Moraes _ Escola Municipal do Trabalho


Operador de Logística_35

Valor R$ Quantidade
80% 20%
15% 30%
5% 50%

Exemplo: Foram levantados os itens do estoque da FÁBRICA DE PEÇAS LTDA. a fim de negociar
valores menores com fornecedores. Para tanto, o Gerente de Materiais utilizou a Curva ABC para
solucionar este problema. Os dados apurados estão a seguir:

CONSUMO
PRODUTO CUSTO VALOR
UNITÁRIO MENSAL MENSAL
A1 R$ 40,00 350
B2 R$ 70,00 300
C3 R$ 20,00 35
D4 R$ 5,00 15
E5 R$ 10,00 78

F6 R$ 30,00 100
G7 R$ 30,00 30
H8 R$ 15,00 26
I9 R$ 29,00 90

J10 R$ 15,00 3

Professor Ocimar Moraes _ Escola Municipal do Trabalho


Operador de Logística_36

A seguir, iremos ordenar os dados de acordo com o valor mensal total de cada item, emordem
decrescente desses valores.

Custo Consumo
% %
Produto Unitário Mensal Valor Mensal (R$) CURVA
Individual Acumulado
(R$) (Unidades)

100%

TOTAL 100%

Professor Ocimar Moraes _ Escola Municipal do Trabalho


Operador de Logística_37

Até 80,99% do Acumulado = item A


De 81% a 95,99% do Acumulado = item B De 96% a
100% do Acumulado = item C

Logo, para negociar preços menores, o Gerente deverá entrar em contato primeiro
com os fornecedores das peças A e B, que correspondem a mais de 80% dos custos e
somente 20% dos itens a negociar.

Atividades (Curva ABC)

1.
Monte a Curva ABC para o estoque da REVENDA DE PEÇAS abaixo:
Consumo
Custo Unitário
Peças Mensal Custo Mensal (R$)
(R$)
(Unidades)

Eixo 20,00 100 2.000,00

Porca 0,50 1000

Parafuso 1,00 100

Polia 1A 10,00 2000

Anel 2,50 1000

Anel Liso 1,50 50

Chaveta 0,50 80

Mola 3,00 5000

Arruela 0,50 20

Eixo 3A 50,00 500

Eixo 5B 5,00 600

Placa 1,00 1000

Polia 2E 8,00 1000

Aro 2,20 400

Anel Fixo 1,50 100

Chave 0,50 100

Luva 3,00 150

Pino 0,70 200

Professor Ocimar Moraes _ Escola Municipal do Trabalho


Operador de Logística_38

2.

O HOSPITAL DAS CLÍNICAS DE SÃO PAULO produz e armazena internamente alguns


medicamentos. Em função disso, monte a curva ABC desses itens, a fim de descobrir
quais medicamentos geram mais custos.

Consumo
Custo Unitário Custo Mensal
Medicamentos Mensal
(R$) (R$)
(Unidades)

Med01 5,00 29 145,00

Med02 30,00 30

Med03 70,00 26

Med04 40,00 208

Med05 15,00 3

Med06 20,00 32

Med07 30,00 500

Med08 10,00 31

Med09 15,00 26

Med10 29,00 20

Professor Ocimar Moraes _ Escola Municipal do Trabalho


Operador de Logística_39

3.

Faça a análise ABC dos hidratantes comercializados pela da EMPRESA DE COSMÉTICOS abaixo:

Consumo
Custo Unitário
Produto Mensal Custo Mensal (R$)
(R$)
(Unidades)

Açaí 19,00 170 3.230,00

Algodão 17,00 600

Castanha 17,00 300

Guaraná 19,00 100

Lima 18,00 250

Macadâmia 20,00 130

Maracujá 18,00 610

Morango 17,00 630

Pera 17,00 100

Pitanga 19,00 280

Professor Ocimar Moraes _ Escola Municipal do Trabalho


Operador de Logística_40

4.
Faça a análise ABC dos produtos comercializados pela papelaria abaixo:

Consumo
Custo Unitário
Produto Mensal Custo Mensal (R$)
(R$)
(Unidades)

Caderno 96 fls 22,00 130 2.860,00

Caderno 200 fls 35,00 100

Caneta Azul 1,00 5000

Caneta Preta 1,00 4500

Caneta Vermelha 1,00 2000

Lápis 0,98 9000

Borracha 2,10 600

Apontador 2,60 100

Lapiseira 3,40 90

Grafite 2,00 100

Professor Ocimar Moraes _ Escola Municipal do Trabalho


Operador de Logística_41

NÍVEIS DE ESTOQUE
O gráfico ou curva dente de serra é uma forma simples de acompanhar o volume de itens em
estoque ao longo do tempo. Assim, é uma excelente ferramenta para tomar decisões como, por
exemplo, o ponto ideal para fazer pedidos aos seus fornecedores.

A apresentação da movimentação (entrada e saída) de uma peça dentro de um sistema de estoque


pode ser feita por um gráfico.

GRÁFICO DENTE DE SERRA

O ciclo acima representado será sempre repetitivo e constante se:

a) não existir alteração de consumo durante o tempo T;

b) não existirem falhas administrativas que provoquem um esquecimento ao solicitar compra;

c) o fornecedor nunca atrasar;

d) nenhuma entrega do fornecedor for rejeitada pelo controle de qualidade.

Como sabemos essa condição realmente não ocorre para isso devemos
prever essas possíveis falhas na operação.

Professor Ocimar Moraes _ Escola Municipal do Trabalho


Operador de Logística_42

RUPTURA DO ESTOQUE

Os níveis dos estoques estão sujeitos à velocidade da demanda. Se a constância da procura sobre o
material for maior que o tempo de ressuprimento, ou estas providências não forem tomadas em
tempo oportuno, a fim de evitar a interrupção do fluxo de reabastecimento, teremos a situação de
ruptura ou de esvaziamento do seu estoque, com prejuízos visíveis para a produção, manutenção,
vendas etc.

Ruptura de Estoque: ocorre quando o estoque de determinado item zera (E = 0).


A caraterística da ruptura de estoque é a continuação das solicitações e o não atendimento da
demanda (cliente).

A partir dessa análise concluímos que deveríamos então estabelecer um estoque de segurança.

Professor Ocimar Moraes _ Escola Municipal do Trabalho


Operador de Logística_43

Professor Ocimar Moraes _ Escola Municipal do Trabalho


Operador de Logística_44

Conceitos do gráfico dente de serra

Estoque Mínimo:

É a menor quantidade de um artigo ou item que deverá existir em estoque para prevenir qualquer
eventualidade ou emergência (falta) provocada por consumo anormal ou atraso de entrega;

Estoque Médio, Operacional:

É considerado como sendo a metade da quantidade necessária para um determinado período mais
o Estoque de Segurança;

Estoque Máximo:

É a quantidade necessária de um item para suprir a organização em um período estabelecido mais


o Estoque de Segurança;

Estoque máximo = Estoque mínimo + Lote de Compra

Ponto de pedido ou ponto de ressuprimento:

É a quantidade de item de estoque que ao ser atingida requer a análise para ressuprimento do item;

Tempo de Reposição (Ressuprimento, Atendimento)

a) emissão do pedido - Tempo que se leva desde a emissão do pedido de compras até ele chegar
ao fornecedor;

b) preparação do pedido - Tempo que leva o fornecedor para fabricar os produtos, separar, emitir
faturamento e deixá-los em condições de serem transportados.

c) Transportes - Tempo que leva da saída do fornecedor até o recebimento pela empresa dos
materiais encomendados.

Em virtude de sua grande importância, este tempo deve ser determinado de modo mais realista
possível, pois as variações ocorridas durante esse tempo podem alterar toda a estrutura do
sistema de estoques.

Professor Ocimar Moraes _ Escola Municipal do Trabalho


Operador de Logística_45

Professor Ocimar Moraes _ Escola Municipal do Trabalho


Operador de Logística_46

Ponto de Pedido (PP)


Ponto de pedido (PP) é uma quantidade de estoque que, quando atingida, deverá provocar um novo
pedido de compra.

PP = (C x TR) + E.min
Onde:
PP = Ponto de pedido
C = Consumo médio mensal
TR = Tempo de reposição
E.min = Estoque mínimo (segurança)

Exemplo:
Considerando um consumo médio de estoque de 120 unidades/dia, num tempo de reposição de 24
dias para um estoque de segurança de 60 unidades.

PP = (120 * 24) + 60
PP = 2.880 + 60
PP = 2.940 unidades

Portanto a partir dessa quantidade, a empresa necessita realizar novo pedido.

Professor Ocimar Moraes _ Escola Municipal do Trabalho


Operador de Logística_47

Hora de
Praticar
1.

2.
No almoxarifado de uma empresa prestadora de serviços, um determinado item de estoque é
consumido na razão de 100 unidades por mês e o seu tempo de reposição é de 3 meses. Sabendo
que o estoque mínimo é de 1 mês do seu consumo, qual o ponto de pedido, em unidades?

3.
Uma peça é consumida a uma razão de 320 unidades por mês. Seu tempo de reposição é de 2 meses.
Sabendo-se que o estoque mínimo é de 100 unidades. Qual deve ser o ponto de pedido?

Professor Ocimar Moraes _ Escola Municipal do Trabalho


Operador de Logística_48

3.
Determinada peça tem consumo mensal de 2.500 unidades e sabe-se que seu tempo de reposição
é de 45 dias. Tendo em vista que o estoque de segurança é de 400 unidades, qual o Ponto de Pedido
(PP)?

4.
Um tipo de chip é consumido em uma razão de 180 unidades/mês. A fábrica exige um estoque
mínimo de 20 unidades. Sabendo-se que o tempo de reposição é de 9 dias, pergunta-se: Qual deve
ser o ponto de pedido?

5.
Se a demanda de um componente é de 200 unidades por semana, o lead time (tempo de reposição)
é de três semanas e o estoque de segurança é de 300 unidades; pegunta-se: Qual o ponto de
pedido?

6.
Uma peça importada é consumida 14 unidades por dia e o seu tempo de reposição (lead time) é de
um mês e meio. Sabendo-se que o estoque mínimo exigido pela emrpesa é de 100 unidades, Calcule
o ponto de pedido:

7.

Professor Ocimar Moraes _ Escola Municipal do Trabalho


Operador de Logística_49

Uma empresa utiliza a metodologia ilustrada no diagrama acima para determinar a quantidade a
ser periodicamente adquirida (x) de uma peça que utiliza em sua linha de produção. Sendo 1.200
unidades/mês o consumo dessa peça, determine o ponto de reposição, em unidades:

Professor Ocimar Moraes _ Escola Municipal do Trabalho


Operador de Logística_50

Custos de estoque
Custos logísticos são todos os custos relacionados com a logística de uma empresa, entre os quais
se podem destacar os custos de armazenagem, custos de existência (estoques), custo de ruptura de
estoque, custos de processamento de encomendas e custos de transporte.

Principais custos relacionados aos estoques

 Custo de capital = juros e depreciação (desvalorização do capital investido)

 Custos com pessoal = quanto maior a quantidade em estoque, maior número de pessoal
para movimentação de mercadorias e maior valor em salários e encargos sociais

 Custos de edificação = aluguéis, impostos, luz e conservação

 Custos de manutenção = deterioração, obsolescência (redução da vida útil) e equipamento

Custo de armazenagem

Representam os custos da área física ocupada pelo armazém, despesas de manutenção,


equipamentos (paletes e porta-paletes), administrativas, seguros e prejuízos diversos ocorridos na
atividade de armazenagem (quebras, perdas, roubos).

-Calculados com base no estoque médio;


-Indicados com percentagem do valor em estoque;
-Proporcionais a quantidade em estoque e ao tempo de permanência em estoque;
-Determinados por meio de fórmulas e modelos matemáticos.

Os custos dos estoques existem duas variáveis que aumentam esses custos:
- Quantidade em estoque
- Tempo de permanência em estoque

Professor Ocimar Moraes _ Escola Municipal do Trabalho


Operador de Logística_51

Para calcular o custo de armazenagem de determinado material podemos utilizar a seguinte


fórmula:

Onde:
Q = quantidade de material em estoque no tempo considerado
P = preço unitário do material
I = taxa de armazenamento, expressa geralmente em termos de percentagem do custo unitário
T = tempo considerado de armazenagem

Taxa de armazenamento

O valor I (taxa de armazenamento) é obtido através da soma de diversas parcelas.

Assim temos:
-Taxa de retorno de capital
-Taxa de armazenamento
-Taxa de seguro
-Taxa de movimentação, manuseio e distribuição
-Taxa de obsolescência
-Outras taxas

Obs.:
1.
A taxa de retorno de capital e a de seguro são as mais importantes, por se referirem a materiais de
grande valor.
2.
O espaço ocupado é o fator que pesa mais.
3.
A segurança é o mais importante, razão pela qual, suas taxas de seguros são altas.

Professor Ocimar Moraes _ Escola Municipal do Trabalho


Operador de Logística_52

Custo de pedido

Principais despesas associadas ao custo de pedido:

- Mão de obra
- Materiais utilizados na confecção dos pedidos
- Custos indiretos – telefones, energia, custos do departamento, e outros.

Custo total de pedidos

CTP = B x n

Onde:
B = custo unitário do pedido
n = número de pedidos no período

Apurando-se o CTP ao longo de 1 ano, por exemplo, podemos chegar ao custo unitário do pedido
facilmente:

CTP
B= n

C = consumo anual
Q = lote de compra
B = preço unitário do pedido

Professor Ocimar Moraes _ Escola Municipal do Trabalho


Operador de Logística_53

Número de pedidos no período


C
n=Q

O objetivo da administração de estoque é determinar o Q (quantidade de lote de compra) que


minimiza o custo total.

O custo total de estoque:

Professor Ocimar Moraes _ Escola Municipal do Trabalho


Operador de Logística_54

4.
Um Analista Censitário do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE –, responsável pelo
almoxarifado central em uma cidade do interior, deseja saber qual é o custo anual de armazenagem
do item de estoque “Pasta Catálogo” que recentemente chegou ao almoxarifado central pelo qual
é responsável. Para esse cálculo, o analista fez os seguintes levantamentos:

• Quantidade total de pasta catálogo em estoque: 250 unidades;


• Custo unitário de cada pasta catálogo R$ 20,00;
• 30% de custo do dinheiro ao ano.

5.
Serão comprados durante o ano 2.000 unidades de um determinado produto. O custo de pedido é
de R$ 50,00 por pedido, índice de manter o produto em estoque é de 10% sobre o preço de compra
de R$ 3,00. Qual será o custo total de estoque se as peças forem compradas em lotes de 200, 500,
1.000 e 2.000 unidades? CT = R$ 530,00, 275,00, 250,00 e 350,00.

Professor Ocimar Moraes _ Escola Municipal do Trabalho


Operador de Logística_55

Equipamentos utilizados na movimentação de materiais

Os equipamentos de movimentação de carga são as máquinas, manuais ou automatizadas,


utilizadas para mover os produtos em um armazém. Em outras palavras, são os equipamentos
utilizados para receber, movimentar, estocar e despachar os produtos.

A movimentação dentro de um armazém é feita em diversos percursos com a distância variada e


superfícies e espaços apropriados. Nesse sentido, entender o conceito dos equipamentos de
movimentação é um ótimo exemplo do que faz diferença no sucesso logístico de uma empresa.
Optar pela ferramenta ideal de transporte e movimentação de cargas é fundamental para alcançar
o sucesso empresarial. Metas que consistem em trabalhar no menor tempo, garantindo a qualidade,
segurança e redução de custos.

Sem dúvidas que, o grande objetivo dos equipamentos de movimentação é gerar maior agilidade
nas operações da empresa. Contudo, não podemos deixar de citar que os ganhos relacionados a
qualidade e segurança do processo é bastante expressivo. Isso porque, utilizar o equipamento de
movimentação adequado ao processo permite um manuseio correto e seguro para os produtos e
pessoas.

Tipos de equipamentos

Empilhadeira
A empilhadeira é um veículo industrial designada
para o transporte, movimentação e empilhamento
de diversos materiais. Como o próprio nome já diz,
a principal função do equipamento é realizar a
estocagem vertical dos produtos através do
empilhamento, ou formação de pilhas.

Existem no mercado vários tipos e modelos de


empilhadeiras. A classificação das empilhadeiras é
feita em relação a energia e ao modo de operação.

Professor Ocimar Moraes _ Escola Municipal do Trabalho


Operador de Logística_56

Quanto a energia, podemos classificar as empilhadeiras em:

 Empilhadeiras manuais;

 Empilhadeiras elétricas;

 Empilhadeiras a combustão.

Transpaletes

É um equipamento manual utilizado para o transporte de produtos que estão sobre os paletes. Com
o uso dos transpaletes é possível manusear produtos pesados devido as rodas.

Uma característica é que


estes equipamentos são
destinados apenas para
movimentações horizontais,
o que dificulta os trabalhos
em altura.

Os transpaletes se dividem
em manual, elétricos e
híbridos ou semielétricos.

Comboio

Esse equipamento, também


conhecido como carrinho-comboio,
funciona de maneira similar a uma
locomotiva. Ele é formado por vários
compartimentos em seu
prolongamento ideal para o
transporte de cargas volumosas.

Professor Ocimar Moraes _ Escola Municipal do Trabalho


Operador de Logística_57

Sistema transelevador

Um sistema transelevador é um
equipamento utilizado em armazéns e
centros de distribuição para automatizar a
armazenagem e a movimentação de
cargas.

Ele consiste em uma estrutura vertical


composta por corredores estreitos, onde
um ou mais transelevadores robóticos se
movem horizontal e verticalmente para
manipular as mercadorias

O transelevador é equipado com garfos, garras ou outras ferramentas de manuseio, que podem
pegar, empilhar e mover os produtos. Esse equipamento é geralmente integrado ao software de
gestão de armazém (WMS – Warehouse Management System).

Por exemplo, ao automatizar o processo de movimentação de mercadorias, isso reduz a


dependência de mão de obra manual e aumenta a eficiência operacional.

O sistema transelevador funciona da seguinte maneira:

 Deslocamento horizontal – o transelevador se move horizontalmente em corredores


estreitos no armazém. Ele é guiado por trilhos ou sistemas de navegação;
 Elevação vertical – quando chega à posição desejada, o transelevador se eleva verticalmente
até a altura da prateleira onde a carga de caixas ou paletes precisa ser armazenada, ou
retirada;
 Manipulação de cargas – uma vez na posição correta, o transelevador utiliza seus garfos ou
outras ferramentas de manipulação para pegar a carga;
 Transporte e posicionamento – com a carga em suas garras, o transelevador pode movê-la
para onde for necessário no armazém, seja para armazená-la em uma prateleira ou retirá-la
para expedição;
 Controle automatizado – todo o processo é controlado por um software de gestão do
armazém. Este recebe comandos de entrada, como pedidos de armazenagem ou retirada
de produtos, e instrui o transelevador a realizar as operações necessárias de forma eficiente
e segura.

Professor Ocimar Moraes _ Escola Municipal do Trabalho


Operador de Logística_58

Ponte Rolante

A ponte rolante é um equipamento de movimentação utilizado para içar e movimentar produtos


caracterizados por peso elevado e/ou grande volume. A ponte rolante é classificada como um
equipamento de elevação e transferência, na qual se caracteriza por uma máquina de elevação do
tipo guindaste de ponte.

Industrias, armazéns e centros de distribuição são alguns dos exemplos dos locais de utilização das
pontes rolantes. Uma das principais características do equipamento é sua adaptabilidade a
operação da empresa. Nesse sentido, o projeto de uma ponte rolante visa atender um objetivo
específico, adaptado a necessidade da empresa e as características do local.

Esse tipo de ponte tem apenas uma


viga, e geralmente é constituída por
duas cabeceiras, e um ou dois
carros trolley que sustentam as talhas.
Dessa maneira, podem realizar
movimentos tanto na horizontal
quanto na vertical

Pórticos rolantes

É uma versão de ponte rolante no


qual as estruturas laterais que
apoiam a viga se movimentam
por trilhos instalados no chão.
Nesse sentido, este tipo de ponte
rolante é utilizado em espaços
abertos e em locais onde não há
paredes para sustentação das
vigas.

Professor Ocimar Moraes _ Escola Municipal do Trabalho


Operador de Logística_59

Hora de
Praticar

1.
O que é empilhadeira?

2.

Classifique as empilhadeiras em relação a energia?

3.

Conceitue transpalete:

4.

Explique uma característica do transpaletes:

5.

Defina o sistema transelevador:

6.

Explique o deslocamento horizontal do sistema transelevador:

7.

Quais as vantagens de automatizar o processo de movimentação de mercadorias?

Professor Ocimar Moraes _ Escola Municipal do Trabalho


Operador de Logística_60

Transportadores Contínuos

São mecanismos destinados ao transporte de graneis e volumes em percursos horizontais, verticais


ou inclinados, fazendo curvas ou não e com posição de operação fixa. São formados por um leito,
onde o material desliza em um sistema de correias ou correntes infinito, acionado por tambores ou
polias.

São utilizados onde haja grande fluxo de material a ser transportado em percursos fixos.

Esteiras Transportadoras

Os ambientes de trabalho de empreendimentos


logísticos são marcados por grandes dimensões e
tamanhos. Então, para não perder tempo na
localização e no transporte de mercadorias, as esteiras
transportadoras são ótimas soluções para a
otimização do tempo em uma gestão.

Elas são projetadas para dinamizar a movimentação


de produtos em uma empresa, garantindo agilidade e
segurança.

Como consequência disso, não é necessário a presença de uma pessoa para transportar ou carregar
essas mercadorias, reduzindo os danos às suas estruturas ou embalagens e evitando lesões físicas
em seus colaboradores.

Professor Ocimar Moraes _ Escola Municipal do Trabalho


Operador de Logística_61

Monovias
As monovias também são
equipamentos bastante utilizados em
empresas de grande porte, para a
movimentação interna de materiais
com segurança, rapidez e praticidade.

Basicamente, trata-se de uma espécie


de via suspensa, que geralmente liga
pontos predeterminados, para o
deslocamento de materiais
extremamente pesados, e que, por isso,
não podem ser deslocados
manualmente pelos funcionários.

Sua principal vantagem é funcionar como uma esteira suspensa, que pode ser reta ou curva, e onde
um trolley é instalado, para que haja o deslocamento de materiais em armazéns com pouco espaço
ou por onde trafeguem um número excessivo de pessoas.

Transportador de roletes

De maneira semelhante a uma


esteira transportadora, são muito
utilizados em indústrias de bebidas,
varejo e fábricas de pequeno porte,
para o deslocamento de materiais
que, no passado, exigiam a
participação de uma verdadeira
equipe de funcionários.

Funciona com espécies de cilindros


(roletes) — que podem ser de PVC, polietileno, polipropileno, entre outros materiais — conectados
a uma esteira. Esses cilindros, por meio da ação da gravidade ou da energia elétrica, giram e
transportam os materiais de um ponto a outro.

Professor Ocimar Moraes _ Escola Municipal do Trabalho


Operador de Logística_62

Hora de
Praticar

1.
O que são os transportadores contínuos?
2.
Para que são projetadas as esteiras transportadoras?
3.
Do que se trata as monovias?
4.
Qual a principal vantagem das monovias?
5.
Como funciona o transportador de roletes?

Professor Ocimar Moraes _ Escola Municipal do Trabalho


Operador de Logística_63

Movimentação Interna

É a operação de deslocamento físico de materiais dentro das instalações de armazenamento. Essa


movimentação pode acontecer de três formas: manual, mecanizada ou automatizada.

Manual: quando as operações são executadas pela força humana sem auxílio de equipamentos.

Mecanizada: as operações utilizam equipamentos de movimentação de materiais dirigidos por


pessoas.

Automatizada: quando as operações são desenvolvidas por meio de computador.

Cabe uma observação quanto à movimentação manual, é necessário obedecer certas normas. A
Organização Internacional da Saúde (OIS) recomenda o seguinte:

Homens Mulheres
Idade Peso até Idade Peso até
< 16 15 kg < 18 8 kg
> 16 a 18 anos 20 kg >18 a 21 anos 10 kg
>18 a 40 anos 32 kg >21 anos 23 kg
>40 anos 20 kg >40 anos 10 kg

Professor Ocimar Moraes _ Escola Municipal do Trabalho


Operador de Logística_64

Para facilitar a movimentação interna dos materiais, há vários tipos de equipamentosauxiliares,


tais como:

Pallets
Também denominados estrados, são tablados projetados para facilitar o acondicionamento e a
movimentação de materiais por meio de empilhadeiras e carrinhos hidráulicos. Podem ser de
madeiras, plástico ou papelão rígido.

Os pallets são utilizados na maioriadas aplicações que envolvem carga unitizada, fornecendo a base
para o transporte, manuseio e armazenagens. Sua utilização é indicada para indústrias e armazéns
que exijam rápida e racional estocagem de grandes quantidades de carga.

Ainda é preciso observar as medidas-padrão dos pallets para suportar o empilhamento decargas,
como segue:

Medidas de Pallets (em mm)


Local Medida Padrão
Brasil 1.200 x 1.000 PBR1
Brasil 1.250 x 1.050 PBR2
Japão 1.100 x 1.100 JIS
Europa 1.200 x 800 Europallet

Professor Ocimar Moraes _ Escola Municipal do Trabalho


Operador de Logística_65

Gaiola
Trata-se de uma armação de metal, semelhante a uma caixa, com altura de um metro e fechada dos
quatro lados com tela. Serve para acondicionamento de volumes pequenos e pode ser empilhada
e transportada por carrinho hidráulico ou empilhadeira.

Caçamba
Semelhante à gaiola, com armação de metal, fechada dos quatro lados com chapas de metal
ondulado. Utilizada para acondicionar peças pequenas a granel.

Professor Ocimar Moraes _ Escola Municipal do Trabalho


Operador de Logística_66

Hora de

PRATICAR

1.
Quais as formas de movimentação interna? Explique cada uma:
2.
Qual a faixa de idade para movimentação manual de materiais até 32 Kg referente aos homens?
3.
O que são pallets e quais os tipos?
4.
Qual a finalidade dos pallets?
5.
Quais as medidas padrão do Palete Padrão Brasileiro - PBR1?

Professor Ocimar Moraes _ Escola Municipal do Trabalho


Operador de Logística_67

CONTROLE E AVALIAÇÃO DE ESTOQUE

O que é e para que serve o controle de estoque...

O controle – ou gestão – de estoque é um processo (que abrange as fases de aquisição,


armazenamento e vendas) adotado para garantir que a quantidade certa de mercadorias esteja
disponível para atender às demandas dos clientes.

Além de aumentar a eficácia no atendimento, esta prática também visa controlar o fluxo de
materiais dentro da empresa e apontar informações importantes sobre vendas, bem como analisar
e prever quais serão as necessidades de compras futuras.

Este processo tem grande potencial em maximizar lucros, satisfazer clientes, evitar desperdícios,
diminuir custos, determinar o volume ideal de compras, aumentar o fluxo de entradas e saídas.

Uma empresa pode adquirir os mesmos tipos de mercadorias em datas diferentes, pagando por elas
preços variados. Assim, para determinar o custo dessas mercadorias estocadas e das mercadorias
que foram vendidas, precisamos adotar algum critério.

Critérios de avaliação de estoque

Os critérios mais conhecidos para avaliação de estoque e mensuração do preço do produto,


mercadoria e serviço são: PEPS, UEPS e preço médio ponderado.

Professor Ocimar Moraes _ Escola Municipal do Trabalho


Operador de Logística_68

Escolhendo o método de avaliação de estoque


O método de avaliação escolhido afetará o total do lucro a ser calculado para um determinado
período contábil. Considerando que vários fatores podem fazer variar o preço de aquisição dos
materiais, entre duas ou mais compras (inflação, custo do transporte, etc.), surge o problema de
selecionar o método que se deve adotar para avaliar os estoques.

PEPS – Primeiro que entra, primeiro que Sai: first in, first out.

Nesse método, os primeiros custos são os primeiros a serem transferidos para as vendas. Ou seja,
usa-se o custo do lote mais antigo quando da venda da mercadoria até que se esgotem as
quantidades desse estoque, daí parte-se para o segundo lote mais antigo e assim sucessivamente.
Em períodos de alta dos preços, o PEPS pode resultar em maiores estoques finais e lucro também
maior.

UEPS – Último a entrar, primeiro a sair.

É um método de avaliar estoque. O custo do estoque é determinado como se as unidades mais


recentes adicionadas (últimas a entrar) fossem as primeiras unidades vendidas (saídas) (primeiro a
sair). No método UEPS, o custo dos itens vendidos tende a refletir o custo dos itens mais
recentemente comprados (comprados ou produzidos, e assim, os preços mais recentes).

ATENÇÃO - O método UEPS (Último que Entra, Primeiro que Sai) não é utilizado no Brasil porque
não é autorizado pela legislação fiscal brasileira. O método UEPS prevê que os bens mais recentes
sejam vendidos primeiro, o que pode levar a uma redução da margem de lucro operacional das
empresas. Isto acontece porque os fatores externos momentâneos, como a inflação e a variação
cambial, são repassados ao preço de custo da mercadora.

Diante disso, o Custo de Mercadoria Vendida (CMV), seria maior, e o estoque final menor. Por
consequência, o resultado do período ficaria subavaliado na apuração da Demonstração de
Resultado do Exercício (DRE). Por esta razão, o Regulamento de Imposto de Renda não permite a
sua adoção para fins fiscais/contábeis nas empresas brasileiras.

Preço médio ponderado:

Este método, também chamado de custo médio ou média móvel, é usado amplamente e baseia-se
na aplicação dos custos médios em lugar dos custos efetivos. Ele prevê a média dos valores
constantes no estoque com base nas unidades que serão vendidas. Desta maneira, é possível
analisar o preço médio do período e aplicar o mesmo durante a apuração dos custos de venda.

Professor Ocimar Moraes _ Escola Municipal do Trabalho


Operador de Logística_69

Dicas Importantes:
 O Método aceito pela Receita Federal é o PEPS, veja que este modelo é o que apresenta o maior
resultado, e, quanto maior o resultado mais a receita federal arrecada.

 O método de custo médio, em período inflacionário, sempre será um valor intermediário em


comparação com os demais métodos.

 Quando for calculado o valor do CMV, não interessa o preço de venda e sim preço de compra
(custo de aquisição).

 Os métodos somente apresentam resultados diferentes em períodos inflacionários ou


deflacionários, pois a base de cálculo é o preço de compra do produto.

Exemplo Prático:
Uma empresa apresentou as seguintes movimentações na conta estoque de mercadoria, em
determinado mês, com saldo inicial de 10 unidades por R$ 20,00 cada:

Dia 5: compra de 10 unidades por R$ 25,00 cada;


Dia 10: venda de 4 unidades pelo preço de R$ 35,00 cada;
Dia 15: venda de mais 5 unidades por R$ 40,00 cada;
Dia 20: compra de 5 unidades por R$30,00 cada unidade;
Dia 25: venda de 10 unidades por R$ 40,00 cada.

Professor Ocimar Moraes _ Escola Municipal do Trabalho


Operador de Logística_70

A seguir será exemplificado como é feito o controle do estoque, nas fichas permanentes da
empresa, pelos três métodos de controle.

EXEMPLO DA FICHA CONTROLE DE ESTOQUE - PEPS

ENTRADAS SAÍDAS SALDOS

Dia N/F Preço Preço Preço


Qtde Unitário Total Qtde Unitário Total Qtde Unitário Total
(R$) (R$) (R$)

SI 10 20,00 200,00

5 10 25,00 250,00 10 25,00 250,00

10 4 20,00 80,00 6 20,00 120,00

15 5 20,00 100,00 1 20,00 20,00

10 25,00 250,00
20 5 30,00 150,00 5 30,00 150,00

25 1 20,00 20,00 1 25,00 25,00

9 25,00 225,00 5 30,00 150,00

6 175,00

EXEMPLO DA FICHA CONTROLE DE ESTOQUE - UEPS

ENTRADAS SAÍDAS SALDOS

Dia N/F Preço Preço Preço


Qtde Unitário Total Qtde Unitário Total Qtde Unitário Total
(R$) (R$) (R$)

SI 10 20,00 200,00

5 10 25,00 250,00 10 25,00 250,00

10 4 25,00 100,00 10 20,00 200,00

15 5 25,00 125,00 1 25,00 25,00

20 5 30,00 150,00 5 30,00 150,00

25 5 30,00 150,00

1 25,00 25,00

4 20,00 80,00 6 20,00 120,00

Professor Ocimar Moraes _ Escola Municipal do Trabalho


Operador de Logística_71

EXEMPLO DA FICHA CONTROLE DE ESTOQUE - Custo Médio

ENTRADAS SAÍDAS SALDOS

Dia N/F Preço Preço Preço


Qtde Unitário Total Qtde Unitário Total Qtde Unitário Total
(R$) (R$) (R$)

SI 10 20,00 200,00

5 10 25,00 250,00 10 25,00 250,00

20 450,00
10 4 22,50 90,00

15 5 22,50 112,50
11 22,50 247,50

20 5 30,00 150,00 5 30,00 150,00

25 16 397,50
10 24,84 248,40

6 24,84 149,04

Professor Ocimar Moraes _ Escola Municipal do Trabalho


Operador de Logística_72

PEPS
Vendas líquidas: (4 x 35,00) 140,00 + (5 x 40,00) 200,00 + (10 x 40,00) 400,00 = R$ 740,00
Receita = Vendas Líquidas – CMV = 740,00 – 425,00 = R$ 315,00
EF= R$ 175,00

UEPS
Vendas líquidas: 140,00 + 200,00 + 400,00 = R$ 740,00
RCM= Vendas líquidas – CMV = 740,00 – 480,00 = R$ 260,00
EF= R$ 120,00

CUSTO MÉDIO
Vendas líquidas: 140,00 + 200,00 + 400,00 = R$ 740,00
RCM = Vendas – CMV = 740,00 – 450,50 = R$ 289,50
EF= R$ 149,50

Tabela Comparativa

Professor Ocimar Moraes _ Escola Municipal do Trabalho


Operador de Logística_73

Hora de
PRATICAR
1.

A empresa "Do-Ré-Mi-Fá" apresentou a seguinte movimentação no mês de novembro:


03/nov NF 01 entrada de 150 peças a R$ 9,00 cada
04/nov NF 02 entrada de 100 peças a R$ 10,00 cada
07/Nov OF 21 saída de 120 peças
09/nov NF 03 entrada de 50 peças a R$ 13,00 cada
12/nov OF 22 saída de 100 peças
17/nov OF 23 saída de 30 peças
20/nov NF 04 entrada 60 peças a R$ 20,00 cada
25/Nov OF 24 saída de 50 peças

Professor Ocimar Moraes _ Escola Municipal do Trabalho


Operador de Logística_74

a) Verifique o controle do estoque, utilizando o método PEPS (FIFO)

ENTRADAS SAÍDAS SALDO

Nota Valor Valor Valor Valor Valor Valor


Data Qtde Qtde Qtde
fiscal unitário total unitário total unitário total

Professor Ocimar Moraes _ Escola Municipal do Trabalho


Operador de Logística_75

b) Verifique o controle do estoque, utilizando o método UEPS (LIFO)

ENTRADAS SAÍDAS SALDO

Nota Valor Valor Valor Valor Valor Valor


Data Qtde Qtde Qtde
fiscal unitário total unitário total unitário total

Professor Ocimar Moraes _ Escola Municipal do Trabalho


Operador de Logística_76

c) Verifique o controle do estoque, utilizando o método Custo Médio


ENTRADAS SAÍDAS SALDO

Nota Valor Valor Valor Valor Valor Valor


Data Qtde Qtde Qtde
fiscal unitário total unitário total unitário total

Professor Ocimar Moraes _ Escola Municipal do Trabalho


Operador de Logística_77

2.
Para responder à questão, utilize a seguinte Ficha de Controle de Estoques.

A - R$ 120.000.
B - R$ 135.000.
C - R$ 145.000.
D - R$ 150.000.
E - R$ 160.000.

3.
Uma empresa comercial que não apresentava estoque inicial realizou as seguintes operações
durante o mês de julho de X8:

O custo das mercadorias vendidas no mês pelo critério PEPS é, em reais,


A - 1.040,00
B - 1.232,00
C - 1.300,00
D - 1.340,00
E - 2.200,00

Professor Ocimar Moraes _ Escola Municipal do Trabalho


Operador de Logística_78

4.
Para responder à questão, considere somente as seguintes informações disponíveis da Comercial
Arara Ltda.

· Saldo dos Estoques em 31/dez/2009 é igual a zero.


· 10/jan/2010 – compras de 1.000 unidades a R$ 20,00 por unidade.
· 15/jan/2010 – compras de 500 unidades a R$ 25,00 por unidade.
· 18/jan/2010 – compras de 300 unidades a R$ 30,00 por unidade.
· 25/jan/2010 – venda de 1.200 unidades ao preço de venda de R$ 60,00 por unidade.

Considerando que os estoques foram avaliados pelo método Último a Entrar, Primeiro a Sair
(UEPS), qual é o valor dos estoques em 31/jan/2010?

5.
Imagine que determinado item tem 3 entradas.

- A primeira contou com 20 unidades de R$ 15,00,


- A segunda registrou 30 elementos a R$ 14,00 e
- A terceira, 10 exemplares a R$ 17,00.

Caso a empresa venda todo o estoque, qual seria o custo das mercadorias vendidas para os três
métodos (PEPS, UEPS e Custo Médio).

Professor Ocimar Moraes _ Escola Municipal do Trabalho


Operador de Logística_79

Inventário Físico

Periodicamente, as empresas efetuam a contagem física de seus itens em estoque e em processos


para comparar a quantidade física com os dados dos registros, a fim de eliminar qualquer erro que
possa existir entre os relatórios contábeis e o que realmente existe em estoque. O inventário é
importante para a avaliação de valores para fins de balanço de ano fiscal e seu imposto de renda e
pode ser classificado em geral ou rotativo.

O inventário geral é elaborado no fim de cada ano fiscal de cada empresa, abrangendo a contagem
física de todos os itens de uma só vez. Nesse processo, geralmente é necessário que todo o processo
operacional da empresa pare. Essa parada é necessária para que possamos efetuar a contagem
física de todos os itens de estoques, sem sofrer qualquer interferência e sem erros.

A contagem e identificação de todos os itens de uma empresa, incluindo almoxarifado, insumos,


mercadorias, maquinários, equipamentos, entre outros. É bastante útil para a avaliação do
patrimônio da empresa e também para fins contábeis.

O inventário rotativo, A contagem contínua de um estoque, feito geralmente por grupos de


mercadorias, que acontece em uma periodicidade definida pela empresa. Pode ocorrer
diariamente, semanalmente ou mensalmente, dependendo do fluxo no setor e da demanda da
empresa. O inventário rotativo é útil para empreendimentos que sentem uma maior necessidade
em controlar e detalhar com exatidão os níveis de seu estoque. Também pode ajudar a manter a
precisão dos registros de estoque, assegurando que a contagem física corresponda ao que está
registrado no sistema. Além disso, pode identificar e resolver problemas do estoque, entre eles,
produtos danificados ou avariados por má conservação.

É possível ainda classificarmos o inventário, conforme o tipo, em:

Geral: que considera todos os itens integrantes do estoque;

Parcial: que considera determinados itens do estoque e;

Específico: que considera itens específicos e é realizado sempre que se constatarem


divergências físico-contábeis.

Os inventários são elaborados e executados sob orientação e controle da área financeira e com
documentação especialmente preparada para esse fim.

O procedimento de contagem física é feito em duas vezes por duas equipes diferentes. Quando as
contagens das equipes coincidem, o inventário daquele item estará encerrado, porém, quando
houver divergência, uma terceira equipe fará nova contagem.

Professor Ocimar Moraes _ Escola Municipal do Trabalho


Operador de Logística_80

Após o término do inventário, é elaborada uma análise de possíveis diferenças entre o controle de
documentos e a contagem física, onde os itens que apresentarem divergência passarão por análise
e posterior ajuste de acordo com as políticas da empresa.

DISTRIBUIÇÃO

O conceito de distribuição é bastante abrangente, incluindo tanto os vários caminhos que o produto
segue do produtor ao consumidor, como também decisão de transporte, armazenagem, localização
de depósitos, filiais, estoques, processamento de pedidos etc. Em suma, inclui todas as atividades
relacionadas com a transferência física do produto aos clientes.

Canais de Distribuição

Um canal de distribuição logística é uma parte essencial do processo de logística e gestão da cadeia
de abastecimento, permitindo a entrega eficiente e oportuna de mercadorias do fornecedor ao
cliente.

Os elementos que estão no processo de distribuição são os membros de um canal. O canal é o


caminho percorrido pelo produto para transferir-se do produtor ao consumidor final. Um fabricante
pode vender para um atacadista, que venderá para um varejista, que venderá, finalmente, para o
consumidor final. A escolha de cada um desses caminhos vincula-se totalmente à administração da
empresa.

Tanto a abrangência como a importância do estudo da distribuição vêm aumentando. De um lado,


porque os clientes tendem a ser cada vez mais exigentes; de outro, porque um sistema de
distribuição bem organizado gera sinergias e resultados que podem se transformar em excelente
vantagem competitiva. Contribuem, ainda para o aumento da importância desse estudo as recentes
e variadas maneiras de realizar a comercialização de bens e serviços, que cresceram por força do
uso intensivo de variadas formas de comunicação e de tecnologia da informação.

Sistemas Milk Run e Cross Docking

Conceito de MilkRun

O termo MilkRun surgiu a partir da ideia de trazer para a indústria a prática oriunda dos antigos
leiteiros norte-americanos, que deixavam galões vazios na porta das suas fazendas fornecedoras e
levavam galões cheios no lugar, tendo assim, a matéria-prima no momento que desejavam.

Sistema de coleta programada - MILKRUN


No sistema de coleta programada, MilkRun, os veículos utilizados para o transporte das peças
devem maximizar sua capacidade e otimizar a rota. O intuito, neste ponto do sistema, é minimizar
os custos de transporte da operação.

Professor Ocimar Moraes _ Escola Municipal do Trabalho


Operador de Logística_81

Peças para montadora


Com o sistema de coleta programada, o transporte das peças para a montadora é realizado apenas
quando for solicitado e na quantidade necessária. Desta forma, a montadora não mais recebe
quantidade acima da que foi programada para a coleta.

Desafio do sistema
O desafio do sistema de coleta programada de peças, MilkRun, é agregar valor à cadeia de
suprimentos, reduzindo estoques e perdas. Com a produção de lotes menores, consequentemente,
há redução do ciclo de produção e programa-se o que realmente foi planejado para ser executado.
Dentro deste aspecto de trabalho pode-se produzir conforme a demanda real. Desta forma,
permite-se, mais rapidamente, responder às flutuações da demanda e facilitar o planejamento e
programação da produção da empresa.

Temos três formas de coletar pelo sistema MilkRun, a saber:


1.
Realizada pela própria indústria, em que a montadora gerencia a melhor rota para seu veículo de
coleta, determinando a quantidade de peças necessárias para coletar em cada fornecedor, em uma
determinada rota, visando aproveitar melhor a capacidade de seu veículo de transporte.
2.

Realizada por terceiro (transportadora), em que a montadora executa o trabalho de encontrar a


melhor roteirização e determina a quantidade de peças necessárias que devem ser coletadas de
cada fornecedor em cada viagem.

3.
Feita por um operador logístico, em que a montadora determina a quantidade de peças a serem
coletadas, quando essas peças serão necessárias em suas plantas e um operador logístico executa
a tarefa de determinar a melhor roteirização para a coleta, visando sempre atender ao plano de
produção da montadora para que a linha de montagem não fique desabastecida de peças ou
componentes.

Professor Ocimar Moraes _ Escola Municipal do Trabalho


Operador de Logística_82

Neste caso, o operador logístico executa também o transporte das peças com sua própria frota de
veículos ou repassa a operação de transporte para uma transportadora.

Sistema CIF (cost, insurance and freight)


Como vemos, no sistema denominado convencional (as peças são entregues pelos fornecedores na
própria montadora) os custos de transporte estão inseridos no preço do produto, ou seja, a
montadora compra no sistema CIF (cost, insurance and freight).

Sistema FOB (Free on Board)


Já no sistema denominado MilkRun, a montadora está encarregada de coletar as peças ou
componentes diretamente nos fornecedores, ou seja, a montadora compra no sistema FOB (Free

on Board) e os custos de transporte ficam a cargo da montadora.

Professor Ocimar Moraes _ Escola Municipal do Trabalho


Operador de Logística_83

Hora de
PRATICAR

1.
Explique invetário geral:

2.
Explique invetário rotativo:

3.
O que é canal de distribuição?

4.
Como surgiu o termo MilkRun?

5.
Com o sistema de coleta programada Milkrun, como é feito o transporte de peças para a montadora?

6.
Quais são as três formas de coletar, pelo Sistema Milkrun?

Professor Ocimar Moraes _ Escola Municipal do Trabalho


Operador de Logística_84

Vantagens do sistema MilkRun

A coleta programada de materiais com os fornecedores oferece, entre outras vantagens:

1. Minimizar o custo do frete, utilizando a total capacidade do veículo de transporte (volume


ou peso) com a melhor roteireização possível para coleta das peças nos fornecedores.

2. Potencializar o giro de estoque e disciplinar o fornecedor, aumentando a frequência de


abastecimento e alimentando a montadora apenas com as peças necessárias, nas
quantidadesindispensáveis, na hora solicitada e dentro das embalagens padronizadas.

3. Reduzir o número de veículos dentro da montadora e melhorar a coordenação deles em sua


planta fabril. Como as peças são coletadas cada qual em seu fornecedor, existe a redução do
número de veículos atendidos para realizar a operação de suprimentos de peças na planta
fabril da montadora e, como cada veículo de coleta possui um horário predefinido para a
entrega, há maior controle no atendimento das peças em função da mão-de-obra e dos
equipamentos necessários para essa operação.

4. Agilizar a operação de carregamento e descarregamento de materiais, de modo a eliminar


tempos ociosos quando o veículo de coleta de peças está nos fornecedores e na própria
montadora.

5. Nivelar o fluxo diário de recebimento de materiais.

6. Melhorar os serviços prestados, a embalagem padronizada, o aproveitamento de


carga/palete e conseguir maior rapidez na carga e descarga dos veículos de coleta
programada de peças.

7. Reduzir o estoque nos fornecedores. Com a obtenção do programa de produção necessário


para abastecer a montadora (dia programado para coleta das peças e quantidade a ser
fornecida), os fornecedores podem programar-se para a obtenção de suas matérias-primas
e gerenciar o estoque em suas cadeias.

8. Melhorar a administração das embalagens reutilizáveis. As embalagens são padronizadas e


o operador logístico reabastece o fornecedor conforme sua necessidade e em função do
programa de coleta de peças. Portanto, cada fornecedor tem um número determinado de
embalagens dentro do ciclo de coleta de peças (fornecedor – montadora).

Professor Ocimar Moraes _ Escola Municipal do Trabalho


Operador de Logística_85

9. Reduzir avarias no transporte. Com as embalagens padronizadas e a operação de transporte


realizada por veículos preparados, reduz-se muito o problema de avarias de peças no
transporte e na movimentação, por meio de estudos feitos para balancear a carga no veículo
(layout) e não danificar as embalagens, mantendo sempre as mesmas pessoas, treinadas,
envolvidas no sistema de coleta programada, motorista de veículo do operador logístico,
motorista de empilhadeira do fornecedor e da própria montadora.

Cross Docking
É um procedimento que ocorre dentro do sistema produtivo. Ao ser gerado o produto final, ele é
enviado diretamente da linha de produção para ser distribuído, não sofrendo armazenagem física.

O termo é definido também para quando uma determinada carga chega a um local, é transferida
para outro caminhão, avião, navio ou trem (transbordo) para ser distribuída ao cliente, diretamente,
sem também ser armazenada. Esse procedimento se aplica, principalmente, à distribuição de
produtos altamente perecíveis, quenecessitam de distribuição rápida.

O Cross Docking permite que a administração dos Centros de Distribuição concentre-se no fluxo de
mercadorias e não na armazenagem delas.

A aplicação desse sistema busca reduzir ou eliminar, se possível, duas das atividades mais caras
realizadas em um armazém, que são a estocagem e o picking.

Picking está relacionado com o procedimento de movimentação, ou seja, ao realizá-lo, o operador


separa o pedido, etiqueta, identifica e embala os itens que devem ser distribuídos.

Ao buscar diminuição de custos pela redução do manuseio de materiais e do nível de estoques, o


Cross Docking trabalha com pedidos de ordens dos clientes em menores quantidades, entregues
em ritmo mais frequente, mantendo o nível ao cliente. Essa técnica proporciona diversas vantagens
tanto para o fornecedor quanto para o cliente.

Professor Ocimar Moraes _ Escola Municipal do Trabalho


Operador de Logística_86

Entre as diversas vantagens identificadas, destacam-se:

1. Redução de Custos: todos os custos associados ao excesso de estoque e à distribuição são


reduzidos, já que o transporte é feito de forma mais frequente.

2. Redução da área física necessária no CD: com a redução ou eliminação do estoque, a área
necessária no centro de distribuição é reduzida.

3. Redução da falta de estoque nas lojas dos varejistas: devido ao ressuprimento contínuo, em
quantidades menores e mais frequentes.

4. Redução do número de estoque em toda a cadeia de suprimentos: o produto passa a fluir


pela cadeia de suprimentos, não sendo estocado.

5. Redução da complexidade das entregas nas lojas: é realizada uma única entrega formada por
uma variedade de produtos dos seus diversos fornecedores, em um único caminhão.

6. Aumento do turn-over no CD: a rotatividade no centro de distribuição aumenta, já que o


sistema opera com entregas em menores quantidades e com mais frequência.

Professor Ocimar Moraes _ Escola Municipal do Trabalho


Operador de Logística_87

Hora de
PRATICAR

1.

Minimizar o custo do frete, utilizando a total capacidade do veículo de transporte (volume ou peso)
com a melhor roteireização possível para coleta das peças nos fornecedores.

A vantagem acima mencionada refere-se a qual sistema de transporte de materiais?


2.

Defina o sistema Cross Docking:

3.

Com aplicação do sistema Cross Docking, quais as atividades que o sistema buscar reduzir ou eliminar?

4.

Defina picking:

5.

Explique as vantagens do sistema cross docking:

-Redução de custos

-Redução da área física necessária no CD.

Professor Ocimar Moraes _ Escola Municipal do Trabalho

Você também pode gostar