GEOGRAFIA, 3º ANO- 4º BIM
GEOGRAFIA, 3º ANO- 4º BIM
GEOGRAFIA, 3º ANO- 4º BIM
ALUNO(A):_________________________________________________________ __________________________________
GEOGRAFIA – 3° ANO. 4º BIMESTRE – ANO: 2024.
ASPECTOS NATURAIS DO
PARÁ.
Todas as paisagens
carregam em si o testemunho de
todas as evoluções ocorridas no
decorrer de milhões de anos,
essas são distintas, pois contém
especificidade de cada lugar.
A paisagem é tudo aquilo que
o ser humano consegue visualizar
ou sentir através dos sentidos
(tato, olfato, audição, paladar e
visão). Diante disso, as paisagens
naturais que mais se destacam no
espaço geográfico são: relevo,
clima, vegetação e hidrografia, a
partir dessa afirmação, a seguir as características
principais desses componentes paisagísticos.
Relevo.
O território do Estado do Pará é
basicamente dividido em três unidades de relevo,
desse encontramos uma restrita porção de
superfície sedimentar que abrange desde o
Nordeste até o Sudoeste, que representa a Planície
Amazônica. O segundo compreende o Planalto
Norte-Amazônico, é constituído em um grande
percentual de terrenos cristalinos, no local são
registrados os pontos mais elevados do Estado
onde estão localizadas as serras do Acari (906 metros) e Tumucumaque, que integra o Planalto das Guianas e
o Planalto Sul-Amazônico que se insere no Planalto Central Brasileiro, no seu ponto mais elevado encontra-
se a Serra dos Carajás.
Clima.
No contexto climático o Pará apresenta um prevalecimento do clima equatorial que possui como
principal característica a ocorrência de temperaturas bastante elevadas, acompanhadas de muita umidade. A
temperatura média anual no Estado varia entre 24º e 26ºC e a incidência de chuvas abundantes registram
índices pluviométricos que atingem até 2.900 mm ao ano.
A seca se apresenta no inverno e primavera, porém não ocorre em Belém que permanece úmida durante
todo o ano.
Vegetação.
O território paraense apresenta basicamente mangues, campos, cerrados e Floresta Amazônica, a
última predomina no Estado.
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A variedade vegetativa é muito grande, nesse caso as composições principais de cobertura vegetal dão
origem a cinco tipos específicos de vegetação, como Mata de Terra Firme (não sofre inundações), Mata de
Várzea (margens de rios que sofrem inundações), Mangue (porção litorânea do Estado), Campos e Cerrados.
Hidrografia.
O rio Amazonas deságua no Oceano Atlântico em pleno território paraense. A rede hidrográfica do
Estado é farta, nesse território há presença de duas bacias importantes, do Amazonas e do Tocantins.
Quando as águas do rio Amazonas atingem o Oceano, o encontro das águas forma ondas com mais de
quatro metros de altura, esse fenômeno natural é denominado de pororoca.
Afluentes do Rio Amazonas
Margem direita: Xingu e Tapajós.
Margem esquerda: Jarí, Paru, Trombetas e Nhamundá.
Na hidrografia do Pará existe ainda:
Lagos: geralmente se encontram em várzea.
Ilhas: a principal é a ilha de Marajó.
Litoral: são 618 km de extensão em território paraense.
O PROCESSO DE OCUPAÇÃO DA AMAZÔNIA.
Considerada a maior floresta tropical do planeta, a
Amazônia possuía mais de cinco milhões de quilômetros
quadrados, porém, em virtude do intenso
desmatamento, a área original tem se reduzido
drasticamente. Esse bioma está presente em oito países
sul-americanos (Brasil, Suriname, Venezuela, Guiana,
Colômbia, Equador, Peru e Bolívia), além do território da
Guiana Francesa.
Os primeiros habitantes da Amazônia foram os
índios, que se relacionavam de forma harmônica com o
meio, realizando suas atividades sem gerar danos à biodiversidade. Entretanto, o processo de ocupação com
intuitos financeiros promoveu – e ainda promove – vários problemas ambientais (desmatamento, queimadas,
tráfico de espécies animais e vegetais, etc.). Nesse sentido, acompanhe a ordem cronológica de ocupação e
destruição da maior floresta tropical do mundo.
1494
A assinatura do Tratado de Tordesilhas entre Portugal e Espanha concedeu aos espanhóis o direito de
domínio da porção oeste da América do Sul, onde está localizada a floresta Amazônica.
1540
Apesar do domínio espanhol na região, os portugueses ocuparam a Amazônia e impediram a invasão
de ingleses, franceses e holandeses na floresta.
1637
Os portugueses realizaram a primeira grande expedição pela Amazônia, sendo composta por mais de 2
mil pessoas. Durante essa jornada, ocorreu a exploração de frutos como o cacau e a castanha.
1750
Portugal e Espanha assinaram o Tratado de Madri, cujo conteúdo proporcionava o direito de domínio
da floresta Amazônica àquele que realizasse a ocupação e exploração da mata. Nesse sentido, os portugueses
conquistaram o direito de domínio na Amazônia.
Fim do século XIX.
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Esse período foi marcado pela exploração da borracha. Essa atividade tornou-se bastante expressiva
para a economia local, visto que as fábricas inglesas importavam a matéria-prima em grandes quantidades.
Estima-se que entre as décadas de 1870 e 1900, cerca de 300 mil nordestinos migraram para a região.
1960
Temendo uma possível internacionalização da floresta, os militares promoveram diversas obras de
infraestrutura para integrar a Amazônia ao restante do país, a principal delas foi a Transamazônica. A ordem
era “Integrar para não Entregar”.
1970
As diversas políticas públicas de ocupação da porção oeste do território brasileiro refletiram diretamente
no aumento do contingente populacional da região e, em 1970, a Amazônia atingiu sete milhões de habitantes.
Como consequências dessa ocupação sem o devido planejamento começaram a surgir os primeiros problemas
ambientais significativos, sendo que 14 milhões de hectares foram desmatados.
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POPULAÇÕES TRADICIONAIS E NOVOS ATORES SOCIAIS / AS DIFERENTES FORMAS
DE REGIONALIZAÇÃO.
As populações tradicionais emergiram como novos atores sociais nas últimas três décadas. O avanço
da sociedade urbano-industrial causou conflitos territoriais, principalmente no meio agrícola.
O exemplo mais típico foi o surgimento dos movimentos sociais indígenas e de seringueiros em
resposta à devastação florestal da Amazônia nos anos 1960-70 causada pelos novos fazendeiros.
O reconhecimento constitucional das terras dos remanescentes de quilombo foi também um passo
importante para uma maior visibilidade das populações tradicionais, como a política de implantação de áreas
de proteção integral (parques nacionais, estações ecológicas) também contribuiu para a criação de novos
conflitos com essas populações.
Desse embate com os interesses urbano-industriais, fortaleceu-se o sentimento de identidade grupal.
Contribuiu também para essa maior visibilidade um conjunto crescente de publicações, de estudos e pesquisas
sobre o modo de vida desses grupos tradicionais, inicialmente voltados para os povos indígenas e mais
recentemente, para as populações tradicionais não indígenas, como os pescadores artesanais, jangadeiros,
caiçaras, caboclos, quilombolas, entre outros. A ação de organizações não governamentais, nacionais e
internacionais tem apoiado as demandas sociais dessas populações tradicionais.
No Brasil existem duas categorias de populações tradicionais: os Povos Indígenas e as Populações
Tradicionais não Indígenas. Uma das características básicas dessas populações é o fato de viverem em áreas
rurais onde a dependência do mundo natural, de seus ciclos e de seus produtos é fundamental para a produção
e reprodução de seu modo de vida.
O conhecimento aprofundado sobre os ciclos naturais e a oralidade na transmissão desse conhecimento
são características importantes na definição dessa cultura.
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Urbanização não planejada.
A expansão espacial desordenada das grandes cidades tem atingido territórios ocupados por
populações tradicionais, ameaçando nascentes, tem forçado a migração de comunidades de 1313 caboclos,
sitiantes e caiçaras, entre outros, levando os a viver em favelas dos bairros suburbanos.
Grandes projetos industriais
Grandes projetos, como os de produção de alumínio pelo aproveitamento da bauxita na região norte.
Essas empresas são grandes consumidoras de energia e água e apresentam um risco potencial de poluição dos
rios e estuários. Na região sul tem causado preocupação a concentração de granjas e empresas de suinocultura
pela alta carga de poluentes que ameaçam rios e riachos do oeste catarinense.
Derramamentos de petróleo.
Com o aumento da produção e transporte de petróleo tem se tornando cada vez mais frequentes os
derramamentos de petróleo que atingem manguezais, estuários e rios do litoral brasileiro causando graves
consequências sobre esses ecossistemas e sobre pescadores artesanais, caiçaras e outras populações
tradicionais.
Criação da Comissão Nacional de Desenvolvimento sustentável das Comunidades Tradicionais.
Pelo decreto de 27 de dezembro de 2004. Essa comissão tem por finalidade de estabelecer a política
nacional de desenvolvimento sustentável das comunidades; entre outras medidas propõe: apoiar, propor,
avaliar e harmonizar os princípios e diretrizes da política relacionada ao desenvolvimento sustentável das
comunidades tradicionais no âmbito do Governo Federal;
A Comissão é formada por representantes de vários ministérios, representantes das comunidades
tradicionais, agências de fomento, entidades civis e comunidade científica, pela Fundação Palmares. Esse
novo fórum, que já realizou encontros com a comunidade científica e com representantes de várias
comunidades tradicionais pode se tornar um mecanismo importante de estabelecimento de políticas públicas
em favor dessas comunidades.
Contudo o que vimos acontecer ao longo da história, presenciamos e vivemos fazendo parte desta nova
população que surgiu das populações tradicionais, e hoje carregamos traços e responsabilidades que o futuro
irá mostrar se agimos puramente como sociedade urbano-industrial, ou se herdamos o amor e o zelo por nosso
meio ambiente visualizando a continuidade com qualidade dessa nova população.
A AMAZÔNIA NO CONTEXTO GEOPOLÍTICO CONTEMPORÂNEO.
Para compreender o novo espaço amazônico é necessário primeiro entender o processo histórico, o
qual é dividido em: Formação Territorial (1916 -1930); Planejamento Regional (1930-1985); A Incógnita do
Heartland (1985...). A primeira fase caracterizou-se da apropriação lenta e gradativa do território,
ultrapassando os limites do Tratado de Tordesilhas. Sendo sua base econômica a exportação das "Drogas do
Sertão". O que observamos é que a Amazônia de hoje foi delimitada a partir de 1850 e 1899, sobre a
preocupação imperial com a internacionalização da navegação do rio e o boom da borracha. A base da
economia era a exportação de produtos da floresta, que vivia de surtos e desvalorização. O que contribuiu para
formação da região.
No segundo momento Planejamento Regional (1930 -1985) foi marcada pela presença do Estado no processo
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de ocupação da Amazônia. Com uma crescente intervenção da economia pelo Estado.
A fase inicial do Planejamento Regional (1930 -1966) está ligada a implantação do Estado Novo, com
Getúlio Vargas. Essa fase foi mais discursiva do que ativa. Com a Criação da Superintendência de Valorização
da Economia da Amazônia (SPVEA), o que significou apenas uma preocupação regional sem ações
correspondentes. Somente no governo J.K baseado na
"Energia e Transportes" e em "cinquenta anos em cinco". Ações efetivas afetaram a região, através da
implantação das rodovias Belém? Brasília e Brasília- Acre, duas grandes pinças contornando a extenção da
Floresta. Contudo é somente entre 1966 e 1985 que se inicia o planejamento regional efetivo com a
modernização acere lada da sociedade e do Território. Nesse processo a Amazônia assume papel prioritário
para a integração do Brasil.
Com o Objetivo de acelerar a ocupação regional o governo criou a Zona Franca de Manaus (ZFM), um
enclave industrial em meio à economia extrativista próximo as fronteiras do norte e implementou-se poderosa
estratégia territorial e o Projeto Calha Norte. Conflitos sociais e impactos negativos.
A última fase chamada de Incógnita de Heartland (1985...) que se caracteriza por dois processos
distintos: Primeiro um esgotamento do nacional desenvolvimentalista inaugurado na Era Vargas com o Estado
na intervenção de estudo na economia. Cujo grande projeto foi o Calha Norte. Por outro lado, nesse mesmo
ano (1985) tem início a criação do Conselho Nacional dos Seringueiros, simbolizando a resistência.
A crise do Estado e a resistência social, mais a pressão ambientalista internacional e nacional gera um
Vetor tecno-ecológico (VTE) de ocupação do território amazônico que possui duas características: primeiro
ocorreu de forma linear pelos rios e pelas estradas, graças aos investimentos públicos e privados. Nessas áreas
de investimentos ocorreram grandes impactos sobre o meio ambiente, pois com eles houve intensificação das
queimadas e conflitos fundiários (concentração que não ultrapassa os 100 quilômetros em cada margem das
estradas.
A segunda relaciona-se a primeira. O adensamento de estradas no leste do Pará, e Maranhão, Tocantins,
Mato Grosso e Rondônia, compõe, numa outra escala, um grande arco de povoamento que acompanha a borda
da floresta, justamente onde se implantaram as estradas. Nessas áreas situa-se o cerne da economia regional,
a exceção da economia de enclaves representada pela ZFM e alguns projetos minerais. Também aí concentra
o maior número de focos de calor na região e grandes extensões de áreas abandonadas, correspondendo cerca
de 15% do total.
Essa área foi de grande expansão da fronteira, onde se sucedeu durante décadas, pois nela desenvolveu-
se novos espaços a reprodução do ciclo de expansão da pecuária, expansão da madeira, desflorestamento,
queimada, este grande arco povoado passou a ser denominado " Arco do fogo", ou "do desmatamento" ou "
de Terras Degradas". Ainda hoje é nessa área o contato com as queimadas. Mas o que se pretende estudar aqui
é que essa área não é mais uma área de ocupação e sim de povoamento consolidado, com significativo
potencial de desenvolvimento, seja pela intensificação do povoamento e das atividades produtivas, seja pela
recuperação das áreas alteradas e/ ou abandonadas (Becker, 199, 2001c; Becker ET AL, 2003)
A entrada da agricultura na região representou uma grande mudança, pois a agricultura capitalizada na
Amazônia foi uma grande novidade histórica do uso das terras na Amazônia em uma região cujo a economia
girava em torno da atividade extrativista mineral , vegetal e pesqueiro. Acumulam-se evidencias de
importantes mudanças na estrutura e desempenho do setor agropecuário dessa região, que muito traz de
inovações tecnológicas que afetam o meio ambiente? por via do desmatamento, erosão e poluição hídrica etc.
Assim como recaem sobre a geração de emprego e renda e as condições de vida.
Os interesses que inicialmente era públicos para os investimentos nessa região atualmente passaram para
o capital gerado na própria região, ou seja, o capital vai estar a gerando riquezas na região. Recentemente,
com a participação crescente de interesses já estabelecido na região, que buscam novas alternativas de
investimentos e de expansão de suas atividades produtivas, inclusive no interior de áreas de florestas
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atualmente desmatadas.
Tem-se observados um declínio ou estacionamento no crescimento populacional nas cidades que iniciaram
a ocupação da região. Perdas de população rural foram registradas em todas as unidades federais da região no
período de 1996 a 2000. Os municípios que apresentam maiores perdas de população rural estão localizados
no Pará, Maranhão e Tocantins. Embora alguns deles acusassem aumento de população urbana, busca de
melhores oportunidades. O processo de emancipação territorial, com a criação de novos municípios entre 1991
e 2000, também contribuiu para diminuição de população naqueles que cederam território.
O conflito de interesses entre Projetos conservacionistas e os desenvolvimentistas" configuram um
processo de Politização da natureza desnaturalizando a questão ambiental, reconhecendo vários sujeitos com
os projetos diversos em relação ao meio ambiente (Becker,1995).
Com isso a ação combinada de processos Globais, nacionais e regionais e políticas contraditórias,
alteraram o povoamento da região, empresando em três grandes padrões de uso da Terra:
a) a reprodução do ciclo de exploração da madeira/expansão da pecuária/desflorestamento;
b) as experiências sustentáveis do extrativismo florestal e pesqueiro tradicional melhoradas;
c) agropecuária capitalizada.
A Amazônia foi durante muitos anos vista como um lugar distante do resto do país, contudo essa realidade
tem de ser modificando com a introdução de grandes projetos, investimentos de Bancos internacionais, ONGs
nacionais e intencionais e investimentos militares.
Com o tempo a Amazônia ganhou um valor a mais do que aquele que tinha para a população, pois com os
olhares para a Amazônia crescendo, cresce também a questão ambiental. Portanto a natureza ganha status de
Capital natural e não mais apenas de terra propriamente dita.
Essa capital natural vem crescendo, pois com o avanço da tecnologia as pesquisas estão buscando novas
fontes para o desenvolvimento científico e a Amazônia representa um grande laboratório com várias
possibilidades de ação. Além das riquezas minerais da região como bauxita e outros, os quais são extraídos da
região através de empresas multinacionais que pouco ou quase nada deixam para Região no qual extrai essa
riqueza. Reflexo dessa realidade é a pobreza que é vista nas localidades que estão fora do plano piloto do
projeto de extração.
A questão de proteção da natureza é um ponto que vem sendo debatido com vários países e organizações
não governamentais. Nas décadas de 1970 a 1990 a grande preocupação era ambientalista, com os
investimentos na proteção da natureza, na virada do milênio o "desenvolvimento sustentável" toma novo rumo.
Torna-se gradualmente mais forte a sua vertente econômica, patente em vários níveis, num processo que,
evidentemente, envolve a Amazônia. Realiza-se o capital natural.
O "desenvolvimento sustentável" é um dos slogans que as empresas nos últimos anos vêm utilizando para
que seus produtos adquiram um valor agregado. O valor de que seus produtos foram produzidos com base em
um projeto sustentável. Empresa como, por exemplo, a natura cosmética é um exemplo disso. Isso favorece a
conservação da Amazônia, haja vista, que fortalecer o interesse econômico em conservar a região. Com a
capital natural surgiu mercadorias fictícias como o ar, a vida e a água.
A ocupação do território amazônico possui duas características: primeiro ocorreu de forma linear pelos
rios e pelas estradas, graças aos investimentos públicos e privados. Nessas áreas de investimentos
ocorreram grandes impactos sobre o meio ambiente, pois com eles houve intensificação das queimadas
e conflitos fundiários (concentração que não ultrapassa os 100 quilômetros em cada margem das estradas).
A segunda relaciona-se a primeira. O adensamento de estradas no leste do Pará, e maranhão, Tocantins,
Mato Grosso e Rondônia, compõem, numa outra escala, um grande arco de povoamento que acompanha a
borda da floresta, justamente onde se implantaram as estradas. Nessas áreas situa-se o cerne da economia
regional, a exceção da economia de enclaves representada pela ZFM e alguns projetos minerais. Também aí
concentra o maior número de focos de calor na região e grandes extensões de áreas abandonadas,
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correspondendo cerca de 15% do total.
Essa área foi de grande expansão da fronteira, onde se sucedeu durantes décadas, pois nela desenvolveu-
se novas espaços a reprodução do ciclo de expansão da pecuária, expansão da madeira, desflorestamento,
queimada, este grande arco povoado passou a ser denominado " Arco do fogo", ou "do desmatamento" ou "
de Terras Degradas". Ainda hoje é nessa área o contato com as queimadas. Mas o que se pretende estudar aqui
é que essa área não é mais uma área de ocupação e sim de povoamento consolidado, com significativo
potencial de desenvolvimento, seja pela intensificação do povoamento e das atividades produtivas, seja pela
recuperação das áreas alteradas e/ ou abandonadas (Becker, 199, 2001c; Becker ET AL, 2003)
A entrada da agricultura na região representou uma grande mudança, pois a agricultura capitalizada na
Amazônia foi uma grande novidades histórica do uso das terras na Amazônia em uma região cujo a economia
girava em torno da atividade extrativista mineral , vegetal e pesqueiro. Acumulam-se evidencias de
importantes mudanças na estrutura e desempenho do setor agropecuário dessa região, que muito traz de
inovações tecnológicas que afetam o meio ambiente? Por via do desmatamento, erosão e poluição hídrica, etc.
Assim como recaem sobre a geração de emprego e renda e as condições de vida.
Os interesses que inicialmente eram públicos para os investimentos nessa região atualmente passaram
para o capital gerado na própria região, ou seja, o capital vai está a gerando riquezas na região. Recentemente,
com a participação crescente de interesses já estabelecido na região, que buscam novas alternativas de
investimentos e de expansão de suas atividades produtivas, inclusive no interior de áreas de florestas
atualmente desmatadas.
Tem-se observados um declínio ou estacionamento no crescimento populacional nas cidades que
iniciaram a ocupação da região. Perdas de população rural foram registradas em todas as unidades federais da
região no período de 1996 a 2000. Os municípios que apresentam maiores perdas de população rural estão
localizados no Pará, Maranhão e Tocantins. Embora alguns deles acusassem aumento de população urbana,
busca de melhores oportunidades. O processo de emancipação territorial, com a criação de novos municípios
entre 1991 e 200, também contribuiu para diminuição de população naqueles que cederam território. (p. 79).
O único Estado que ainda mantém uma população rural acima da urbana.
O grande processo de ocupação da Amazônia é muito complexo e vem desde início da colonização dela.
Contudo em cada momento havia algo em comum que é o interesse endógeno sobre o local. Como, por
exemplo, na Formação do Território que partiu dos interesses de proteger a região dos estrangeiros. Assim
como também no Planejamento regional que sempre estava voltada nessa linha, mas apesar de elas serem
feitas de vontades exteriores à região contribuíram o desenvolvimento da região, pois com elas, mesmo que
por vezes lento, a Amazônia ser desenvolveu e ganhou status importante.
A partir da década de 1960 o governo incentivo a migração para Amazônia o que favoreceu o
crescimento populacional nas cidades cortadas pelas rodovias como a Belém? Brasília. Um reflexo desse
desenvolvimento foi a região conhecida como "Arco do desmatamento" que concentra a maior incidência de
calor na região por queimadas devido a crescente atividade floresta na região, contudo como afirma Becker
essa região é hoje uma região de povoamento consolidado, portanto não seria mais correto afirmar que essa
região é apenas uma área de desmatamento.
Na atualidade o cresce mento populacional na região amazônica, na área que foi de ocupação está
estacionando ou declinando, pois essa populações tem seguindo para áreas urbanas com finalidades de
encontrar novas oportunidades de empregos. Com isso a Amazônia deixa de uma área rural e passa ser
urbanizada, a única exceção é o estado do Maranhão que pelas suas características históricas ainda mantém
uma população rural acima da urbana. Por outro lado, o processo de emancipação de alguns municípios explica
esse declínio. Esse Processo indica que a Amazônia caminha para ser tornar uma área de grande importância
para o país, ainda mais.
Com a crescente preocupação ambiental torna-se interessante criar incentivo para a preservação
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ambiental, sendo assim surgi mercado do ar, da vida e da água. Os quais são de grande importância, pois
desperta o interesse financeiro dos países e das empresas para que preserve a natureza e com isso ganhei
lucros. O exemplo mais claro disso é são os créditos de carbono que são comercializados entre os países.
Também com a preocupação da preservação da natureza surgiu a correte "conservacionista" e opondo- se
a ela a "desenvolvimentalista". Nesse contexto surgi vários conflitos envolvendo esses dois grupos que geram
mortes. Situação que o Estado não consegui controlar e provavelmente sem uma política publica forte vai
conseguir, uma vez que isso é uma questão de séculos de ocupação com interesses endógenos na região, os
quais vão de encontro aos interesses da a população local, como os indígenas.
A cidade de Belém (PA) sediará o mais importante evento global sobre o clima. Em novembro de 2025,
a capital paraense receberá líderes globais na COP30 para discutir o futuro do planeta na conferência
climática.
O papel da floresta amazônica brasileira foi essencial para que Belém fosse escolhida como sede da
COP30. De acordo com o governo brasileiro, Belém foi apresentada como possível sede do evento durante a
COP27, que aconteceu em 2022 no Egito. “Se todos falavam da Amazônia, por que, então, não fazer a COP
num estado da Amazônia, para que eles conheçam o que é? O que são os rios, as florestas, a fauna. O pessoal
se prepare porque vai ter gente do mundo inteiro e vão ficar maravilhados com a cidade de Belém”, disse o
presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Para o governador do Pará, Helder Barbalho, trata-se de um privilégio para o Brasil e o Pará sediar
uma conferência tão relevante. “O Estado do Pará e Belém estão ávidos para receber a todos, e trabalhando
para que possamos, por um lado, fazer um belo evento, mostrarmos que a Amazônia está preparada para
receber o planeta, mas por outro também para a construção do desenvolvimento sustentável em favor da
região”, declarou.
Belém já recebe investimentos para a COP 30.
De acordo com a Agência Brasil, três convênios foram firmados em maio (2024), envolvendo o
governo federal, o Estado do Pará e a cidade de Belém. São cerca de R$1,3 bilhão para investimentos com o
propósito de apresentar melhorias para receber a COP30.
A maior parte do recurso, cerca de R$ 1 bilhão, será destinado à modernização da infraestrutura viária
de Belém e a implantação do Parque Linear Doca. Também estão previstas ações de saneamento (50
quilômetros de rede coletora de esgoto e 4,8 mil ligações de tubulações), e a pavimentação de vias de acesso
ao local da COP30, além da implantação de vias marginais e a instalação de equipamentos para controlar o
tráfego.
Como será a COP30 no Brasil?
A Fundação Getúlio Vargas (FGV) estima um fluxo de mais de 40 mil visitantes durante os principais
dias da Conferência. Destes, cerca de 7 mil pessoas devem ser das equipes da ONU e delegações de países
membros.
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A expectativa do governo é mostrar a Amazônia real, vista de perto, além de apontar alternativas para o
enfrentamento do aquecimento global e as mudanças climáticas.
O Greenpeace Brasil também estará presente na COP30, em Belém, e vem estudando formas de
contribuir. Segundo o grupo, a expectativa é que a edição da COP no Brasil apresente propostas que
contemplem ações efetivas como:
- Alternativas socioeconômicas para a região;
- Zerar o desmatamento da floresta Amazônica até 2030;
- Garantir uma Amazônia livre de garimpo;
- Proteção dos povos indígenas com fortalecimento dos mecanismos de proteção territorial;
- Políticas de prevenção e adaptação às mudanças climáticas;
- Fortalecimento de políticas que estimulem a agroecologia.
COP 30: Uma Nova Era de Ação Climática.
A 30ª Conferência das Partes da
Convenção-Quadro das Nações
Unidas sobre Mudança do Clima,
conhecida como COP 30, representa
um momento decisivo na história das
negociações climáticas globais.
Realizada em um cenário de crescente
urgência para enfrentar a crise climática, esta conferência tem como objetivo central intensificar os esforços
globais para mitigar as mudanças climáticas e adaptar-se aos seus efeitos inevitáveis. Este artigo explora os
temas principais, expectativas e a importância da COP 30 para o futuro do nosso planeta.
O CONTEXTO GLOBAL DAS MUDANÇAS CLIMÁTICAS.
A Intensificação da Crise Climática.
Nos últimos anos, o mundo tem testemunhado uma intensificação dos eventos climáticos extremos,
como ondas de calor, secas, inundações e tempestades severas. Esses eventos são atribuídos em grande parte
às mudanças climáticas, que resultam do aumento das concentrações de gases de efeito estufa na atmosfera.
A COP 30 ocorre em um momento crítico, onde as ações para limitar o aquecimento global a 1,5°C, conforme
o Acordo de Paris, são mais necessárias do que nunca.
Os Objetivos do Acordo de Paris.
O Acordo de Paris, adotado na COP 21 em 2015, é um marco importante na política climática global.
Ele estabelece metas claras para limitar o aumento da temperatura global e promover a adaptação às mudanças
climáticas. A COP 30 tem a responsabilidade de avaliar o progresso feito até agora e aumentar os
compromissos dos países para garantir que as metas do acordo sejam alcançadas.
Temas Principais da COP 30.
Mitigação e Redução de Emissões.
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Uma das principais prioridades da COP 30 é a mitigação das mudanças climáticas, que envolve a
redução das emissões de gases de efeito estufa. Os países participantes são esperados para apresentar planos
mais ambiciosos para reduzir suas emissões, incluindo o aumento do uso de energias renováveis, a melhoria
da eficiência energética e a adoção de tecnologias de captura e armazenamento de carbono.
Adaptação e Resiliência Climática.
Além da mitigação, a adaptação às mudanças climáticas é um foco crucial da COP 30. Países
vulneráveis, especialmente as pequenas nações insulares e os países em desenvolvimento, enfrentam desafios
significativos devido ao aumento do nível do mar, mudanças nos padrões de precipitação e eventos climáticos
extremos. A conferência abordará maneiras de fortalecer a resiliência dessas comunidades e garantir
financiamento adequado para iniciativas de adaptação.
Financiamento Climático.
O financiamento climático é um componente essencial para a implementação de ações climáticas
eficazes. A COP 30 buscará compromissos financeiros mais robustos dos países desenvolvidos para apoiar os
países em desenvolvimento na transição para uma economia de baixo carbono e na adaptação aos impactos
climáticos. A meta de mobilizar 100 bilhões de dólares por ano, estabelecida no Acordo de Paris, será uma
questão central de discussão.
Justiça Climática e Inclusão.
A justiça climática é uma questão emergente que reconhece que as mudanças climáticas afetam
desproporcionalmente as comunidades mais vulneráveis e marginalizadas. A COP 30 destacará a necessidade
de incluir essas comunidades na formulação de políticas climáticas e garantir que suas vozes sejam ouvidas.
A conferência também abordará questões de equidade e distribuição justa dos recursos para a adaptação e
mitigação.
Expectativas e Compromissos Internacionais.
A Participação dos Principais Emissores.
A participação dos maiores emissores de gases de efeito estufa, como Estados Unidos, China, Índia e
União Europeia, é crucial para o sucesso da COP 30. Esses países têm uma responsabilidade significativa na
redução das emissões globais e na liderança das iniciativas de mitigação. A conferência será uma oportunidade
para esses países apresentarem novos compromissos e planos de ação para alcançar metas de emissões líquidas
zero
A Contribuição do Setor Privado.
Além dos governos, o setor privado desempenha um papel vital na ação climática. Empresas de
diversos setores estão cada vez mais comprometidas com a sustentabilidade e a redução de suas pegadas de
carbono. A COP 30 incentivará a participação ativa das empresas e a promoção de inovações tecnológicas que
possam contribuir para a mitigação das mudanças climáticas.
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A Importância da COP 30 para o Futuro Climático
A Urgência da Ação.
A janela de oportunidade para limitar o
aquecimento global a 1,5°C está se fechando
rapidamente. A COP 30 é um ponto de inflexão,
onde os países devem demonstrar uma ambição
renovada e um compromisso claro com ações
concretas. Sem uma ação imediata e decisiva, as
consequências das mudanças climáticas serão catastróficas e irreversíveis.
A Necessidade de Cooperação Global.
A crise climática é um desafio global que exige uma resposta coletiva. A COP 30 será um palco para a
cooperação internacional, onde países, empresas e sociedade civil podem unir esforços para enfrentar essa
ameaça comum. O sucesso da conferência depende da disposição dos participantes em trabalhar juntos e
colocar em prática as soluções necessárias.
COP 30.
A COP 30
representa uma
oportunidade
crítica para o
mundo
intensificar seus
esforços para
enfrentar a crise
climática. Com
discussões
centradas em
mitigação,
adaptação, financiamento e justiça climática, a conferência é um espaço essencial para a formulação de
políticas e a cooperação global. À medida que o relógio corre contra as mudanças climáticas, a COP 30 é um
chamado à ação urgente para garantir um futuro sustentável para todos. A participação ativa de governos, setor
privado e sociedade civil será crucial para transformar compromissos em ações concretas e proteger o planeta
para as gerações futuras.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
BECKER, Bertha K. Amazônia: geopolítica na virada do III Milênio. Rio de janeiro: Garamond, 2004 (p. 23 -101).
FRANCISCO, Wagner De Cerqueria E. "O processo de ocupação da Amazônia "; Brasil Escola. Disponível em
<http://brasilescola.uol.com.br/brasil/o-processo-ocupacao-amazonia.htm>. Acesso em 09 de setembro de 2016.
http://www.usp.br/nupaub/agua.pdf
https://www.alemdaenergia.engie.com.br/cop-29-conferencia-do-clima-azerbaijao/?gad.
https://revistaamazonia.com.br/cop-30-uma-nova-era-de-acao-climatica/?gad.
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