2.2 Desafios gerenciais para o século XXI
2.2 Desafios gerenciais para o século XXI
2.2 Desafios gerenciais para o século XXI
O autor comenta que tais princípios não nos dizem o que fazer, e sim
o que não fazer. É preciso estudar as forças e limitações da
organização. Para certas tarefas, quais estruturas são mais
adequadas? Quando, no desempenho de uma tarefa, deve-se passar
de um tipo de organização para outro? Sem dúvida, é necessário
estudar e usar estruturas mistas, em vez de apenas as puras.
O ponto de partida para a gerência não pode mais ser seus produtos
ou serviços, tampouco o mercado e os usos finais conhecidos para
esses produtos e serviços. Ele precisa ser aquilo que os clientes
consideram valor. "E o que é valor para o cliente é sempre muito
diferente do que é valor ou qualidade para o fornecedor. Isso se
aplica tanto a uma empresa como a uma universidade ou a um
hospital", explica o autor. Em outras palavras, Drucker frisa que
a gerência terá de ser baseada na hipótese de que nem a tecnologia,
nem o uso final são pilares para a política gerencial, mas sim
limitações a ela. As bases devem ser os valores do cliente e suas
decisões sobre a distribuição de renda disponível. É por elas que as
políticas gerenciais e a estratégia terão de começar.
Fundamentos da estratégia
Liderando mudanças
Mesmo que todos aceitem que "mudanças são inevitáveis", isso ainda
implica que elas sejam como "morte e impostos": imprevisíveis e
adiadas o máximo possível. Drucker afirma que, em períodos de
tumulto, as mudanças são a norma. "É claro que são
dolorosas, arriscadas e requerem grande dose de esforço. Porém, a
menos que se entenda que a tarefa da organização é liderar
as mudanças, ela não sobreviverá." Segundo ele, em períodos de
rápidas mudanças estruturais, os únicos que sobrevivem são
os líderes de mudanças.
Políticas de mudança
"A maior parte das coisas incomuns pode ser deixada de lado com
segurança", afirma o autor. No entanto, sempre existe um evento
excepcional, aquele que está fora da gama normal de distribuição
probabilística. E há uma concatenação de eventos insignificantes na
área de cada relatório, mas significantes se somados. Drucker alerta
que, muitas vezes, as cartas do gerente revelam um padrão ao qual
se deve prestar atenção, porque transmitem informações.
Ele afirma que, ainda assim, dentro de pouco tempo, vamos enfrentar
novamente o problema da administração das corporações. "Teremos
de redefinir a finalidade da organização empregadora e de sua
gerência como sendo dupla, satisfazendo os proprietários legais e os
trabalhadores do conhecimento." A capacidade de sobreviver das
empresas dependerá de sua vantagem comparativa em tornar
produtivo o trabalhador do conhecimento. E a capacidade de atrair e
reter os melhores trabalhadores do conhecimento é a primeira e
mais importante precondição.
A revolução do autogerenciamento
O futuro da sociedade
Janelas de oportunidade
Peter Drucker define inovação como um trabalho duro, que deve ser
organizado como parte regular de cada unidade dentro da empresa e
de cada nível gerencial. Isso requer uma política sistemática para
buscar, cada seis ou doze meses, mudanças que possam ser
oportunidades nas áreas que ele chama de "janelas de oportunidade".
São elas:
Fatores de produtividade