Gab_2 (1) c1

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Cálculo Diferencial e Integral 1 - MA026 - 1o Semestre de 2016 - 23/05/2016

Aluno(a): CPF:

2o Exercı́cio Escolar de Cálculo 1

Instruções
♦ Escreva seu nome e o número de seu CPF no lugar indicado desta folha.
♦ Todos os aparelhos eletrônicos deverão permanecer desligados durante a prova.
♦ As respostas somente serão aceitas com justificativas.
♦ Esta folha deverá ser devolvida junto com o caderno de respostas.

Questões - Gabarito
1. Considere a curva plana C definida por

x3 y 2 + x2 − 5y + x sen y = 1.
dy
(a) (1, 0 ponto) Encontre y 0 = usando derivação implı́cita.
dx
Solução. Derivando implı́citamente a equação da curva C, obtemos

3x2 y 2 + 2x3 yy 0 + 2x − 5y 0 + sen y + xy 0 cos y = 0.

Ou seja,

3x2 y 2 + 2x + sen y
y 0 (5 − 2x3 y − x cos y) = 3x2 y 2 + 2x + sen y =⇒ y 0 = .
5 − 2x3 y − x cos y

(b) (1, 0 ponto) Obtenha uma equação para a reta tangente à curva C no ponto (1, 0).
dy 2 1
Solução. Pelo item anterior, temos que (1, 0) = = . Logo, uma equação da
dx 5−1 2
reta tangente à curva C no ponto (1, 0) é
1
y = (x − 1).
2

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2. Calcule os seguintes limites:

x2 + tg x
(a) (0, 7 ponto) lim .
x→ 0 x + sen x

Solução. Por se tratar de uma indeterminação do tipo 0/0, podemos aplicar a regra de
l’Hôspital. De fato:

x2 + tg x 2x + sec2 x 0+1 1
lim = lim = = .
x→ 0 x + sen x x→ 0 1 + cos x 1+1 2
2
(b) (0, 8 ponto) lim+ xx .
x→ 0

Solução. Neste exercı́cio temos uma potência indeterminada do tipo 00 . Neste caso, escre-
2
vendo y = xx , temos que
2 2
ln y = ln xx = x2 ln x =⇒ y = ex ln x
. (1)

Agora, vamos calcular lim+ x2 ln x. Por se tratar de uma indeterminação do tipo 0 × ∞,


x→ 0
escreveremos
ln x
x2 ln x = ,
1/x2
a fim de obtermos uma indeterminação do tipo ∞/∞ e podermos usar a regra de l’Hôspital.
Com efeito,
 2
2 ln x 1/x x
lim+ x ln x = lim+ 2
= lim+ 3
= lim+ − = 0.
x→ 0 x→ 0 1/x x→ 0 −2/x x→ 0 2

Pela identidade (1), temos que


lim x2 ln x
x2 x2 ln x x→0+
lim x = lim+ e =e = e0 = 1.
x→ 0+ x→ 0

e1/x
(c) (0, 5 ponto) lim .
x→ +∞ arctg x

Solução. Neste item, podemos usar, diretamente, a regra do quociente para obter o se-
guinte limite:
e1/x e0 2
lim = = .
x→ +∞ arctg x π/2 π

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3. (2, 5 pontos) Um fazendeiro quer cercar um terreno retangular de 1000 m2 com uma cerca
que custa R$ 5/m e então dividi-lo ao meio com uma cerca que custa R$ 6/m e é paralela
a um dos lados. Encontre as dimensões do terreno que minimizam o custo total. Justifique
sua resposta.
Solução. Sejam x e y a largura e o comprimento, em metros, do terreno citado (veja a
figura abaixo).

y y

Assim, o custo total C para cercar o terreno é dado por

C = 5(2x + 2y) + 6x = 16x + 10y.

Como a área A = xy do terreno retangular é 1000 m2 , então y = 1000/x. Logo, a função


custo, em função da largura x é
10000
C(x) = 16x + , x > 0.
x
10000
Queremos minimizar a função C, cuja derivada é C 0 (x) = 16− 2 . A fim de encontrarmos
x
os pontos crı́ticos de C, precisamos resolver a seguinte equação:
10000
16 − = 0,
x2
cuja única solução positiva é x = 25. Uma vez que C 0 (x) > 0 quando x > 25 e C 0 (x) < 0
quando 0 < x < 25, concluimos que o mı́nimo absoluto ocorre quando x = 25 e, consequen-
temente, quando y = 1000/25 = 40. Portanto, o terreno deve ser de 25 m por 40 m com a
cerca do meio paralela ao menor lado do terreno.

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4. Considere a função f (x) = x2 e−x .

(a) (0, 9 ponto) Determine as assı́ntotas (caso existam).


Solução. O domı́nio de f é o conjunto dos números reais, i.e., dom(f ) = R. Logo, não há
assı́ntotas verticais. Uma vez que x2 e e−x tendem a infinito quando x → −∞, segue que
lim x2 e−x = +∞. Por outro lado, como x2 → +∞ e e−x → 0 quando x → +∞, temos um
x→ −∞
produto indeterminado do tipo 0 × ∞ quando x → +∞. Fazendo uso da regra de l’Hôspital,
obtemos o seguinte:

x2 2x 2
lim x2 e−x = lim x
= lim x = lim x = lim 2e−x = 0.
x→ +∞ x→ +∞ e x→ +∞ e x→ +∞ e x→ +∞

Logo, a reta y = 0 (ou seja, o eixo x) é uma assı́ntota horizontal.


(b) (0, 8 ponto) Encontre os intervalos de crescimento e decrescimento, bem como os pontos
crı́ticos. Determine os pontos de máximo e mı́nimo locais.
Solução. Pela regra do produto, temos que f 0 (x) = 2xe−x − x2 e−x = e−x (2x − x2 ). Os
pontos crı́ticos de f são x0 = 0 e x1 = 2. Uma vez que e−x > 0 para todo x ∈ R, temos que
f 0 (x) > 0 quando 2x − x2 > 0 e f 0 (x) < 0 quando 2x − x2 < 0. Ou seja, f é crescente em
(0, 2) e decrescente em (−∞, 0) ∪ (2, +∞). Pelo teste da primeira derivada, x0 = 0 é um
ponto de mı́nimo local (e absoluto) e x1 = 2 é máximo local.
(c) (0, 8 ponto) Analise a concavidade e encontre os pontos de inflexão.
Solução. Note que f 00 (x) = −e−x (2x − x2 ) + e−x (2 − 2x) = e−x (x2 − 4x + 2). Assim,
f 00 (x) > 0 quando x2 − 4x 00 2
√ + 2 > 0 e√f (x) < 0 quando x − 4x + 2 < 0. Isto√ é, f é √
côncava
para cima em (−∞, 2 − 2) ∪ (2 + 2, +∞) e√côncava para baixo √ em (2 − 2, 2 + 2). As
abscissas dos pontos de inflexão são x2 = 2 − 2 e x3 = 2 + 2.
(d) (1, 0 ponto) Esboce o gráfico da função, destacando os pontos crı́ticos e de inflexão.
Solução. Usando os resultados obtidos nos itens acima, podemos, enfim, esboçar o gráfico
de f (veja a figura abaixo).

y
Ponto crı́tico

Ponto de inflexão

(2, 4e−2 )
f (x) = x2 e−x

x
(0, 0) √ √
2− 2 2+ 2

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