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UNIVERSIDADE EDUARDO MONDLANE

FACULDADE DE ENGENHARIA
Teste: Segundo Cursos: Engenharias (Q e A) Disciplina: Análise Matemática III
Ano: Segundo Data: 20 de Maio de 2016 Duração: 100 minutos
CORRECÇÃO
1. (0.5 v.+0.5 v.+0.5 v.+0.5 v.) Indique o valor lógico (V ou F).
dy
a) dx + (2xy − 1)y = 5 é uma equação diferencial linear da primeira ordem.
(F)-
b) x2 + y 2 = c é solução da equação y ′ = − xy .
(V)-
c) Toda equação diferencial de variáveis separáveis é exacta.
dy
( V ) - Dada a equação de variáveis separáveis g(y) dx = f (x). Podemos escreve-la na forma
f (x)dx − g(y)dy = 0. Para esta equação M (x, y) = f (x) e N (x, y) = −g(y).
∂x , ∀(x, y) ∈ R ⇒ A equação é exacta!
∂M ∂N 2
∂y =0=
d) A equação y ′′ − 4y ′ = 6x2 tem uma solução particular da forma yp = Ax2 + Bx + C.
(F)-
2. (1.5v.+2.5v.) Considere a equação diferencial
(x + y)dx + tan xdy = 0.

a) Mostre que ela não é exacta e ache um factor integrante λ = λ(x).


∂M ∂N
Resolução: Como M (x, y) = x + y e N (x, y) = tan x, temos ∂y =1e ∂x = sec2 x, ou
∂y ̸= ∂x . Portanto, a equação não é exacta.
seja, ∂M ∂N

Achemos um factor integrante λ dependente somente de x:


∫ ( )
∫ ∫ − tan2 ∫
1 ∂M
− ∂N dx 1
(1−sec2 x)dx = e dx −tan xdx
λ(x) = e N ∂y ∂x
=e tan x tan x =e = eln cos x . Portanto,
λ(x) = cos x.
b) Prove que o λ encontrado na alínea anterior é realmente um factor integrante da equação
dada e resolva-a para y(5π) = 2016.
Resolução: Multiplicando por λ obtemos,

(x + y) cos xdx + sin xdy = 0. (∗)


∗ ∗
Agora M ∗ (x, y) = (x + y) cos x e N ∗ (x, y) = sin x, temos ∂M ∂N
∂y = cos x e ∂x = cos x, ou
∗ ∗
seja, ∂M ∂N
∂y = ∂x . Portanto, a equação (∗) é exacta. Assim, existe uma função F tal que
∂F ∗
∂F
∂x = M ∗ (x, y) = (x + y) cos x e ∂y = N ∗ (x, y) = sin x.

∫ primeira dessas equações, obtemos, depois de integrar, F (x, y) = (x + y) sin x −


Da
sin xdx + φ(y) = (x + y) sin x + cos x + φ(y).
Derivando a última expressão com relação à y e igualando o resultado a N ∗ (x, y), temos
sin x + φ′ (y) = sin x. Segue-se que, φ′ (y) = 0 e φ(y) = 0.
A constante de integração não precisa ser incluída, pois a solução é F (x, y) = C, ou seja,
(x + y) sin x + cos x = C.
Da condição y(5π) = 2016 temos C = −1, isto é, (x + y) sin x + cos x = −1.

1
3. (3.5 v.+3.0 v +3.5 v.) Resolve as seguintes equações:
a) 2xydx + (y 2 − 3x2 )dy = 0, y(0) = 1
Resolução: Como M (x, y) e N (x, y) são homogéneas de grau dois, tomamos y = v.x para
obter dy = vdx + xdv. Então, substituindo, temos:
2x2 vdx + (x2 v 2 − 3x2 )(vdx + xdv) = 0, dividindo por x2 obtemos
v 2 −3
[2v + (v 2 − 3)v]dx + (v 2 − 3)xdv = 0 ⇒ (v 2 − 3)xdv = −(v 3 − v)dx ⇒ v−v 3
dv = x1 dx.
( )
Utilizando fracções parciais, − v3 − 1−v
2v
2 dv = x1 dx.
Depois de integrar a última linha, obtemos: −3 ln v + ln(1 − v 2 ) = ln x + ln C.
y2
Substituindo v, −3 ln xy + ln(1 − x2
) = ln x + ln C.
( ) ( )
3 x2 −y 2 x(x2 −y 2 )
Usando as propriedades do logaritmo, ln xy3 + ln x2
= ln(xC) ⇒ ln y3
=
(x2 −y 2 )
ln(xC). Assim, y3
= C.
Pela condição y(0) = 1 temos C = −1, isto é, y 3 − y 2 + x2 = 0
dy xy
b) dx + 1−x2
= −y 2
Resolução: Trata-se duma equação Bernoulli com n = 2.
Dividindo por y −1 temos y −2 y ′ + 1−x
x
2y
−1 = −1. Seja y −1 = z. Então −y −1 y ′ = z ′ .

Substituíndo na equação temos −z + 1−x2 z = −1 ⇒ z ′ − 1−x


′ x x
2 z = 1 (Equação Linear).

Seja z = uv. Então z = u′ v + uv ′ . Substituíndo temos


( )
x x
u′ v + uv ′ − uv = 1 ⇒ u v ′
− v +uv = 1.
1 − x2 1 − x2
| {z }
=0

v′ − 1−xx
2v = 0 ⇒ = v′ x
1−x2
v ⇒ dv
v = x
1−x2
dx ⇒ ln |v| = − 12 ln |1 − x2 | ⇒ ln |v| =
ln √ 1
1−x2
⇒ √ 1
v = 1−x2 .
√ √
Então √ 1
1−x2
u′ = 1 ⇒ u′ =
1 − x2 ⇒ u = x2 1 − x2 + 21 arcsin x + C.
( √ ) √
1
Daqui temos que z = uv = √1−x x
1 − x 2 + 1 arcsin x + C ⇒ y −1 = x 1−x2√
+arcsin x+2C
.
2 2 2 2 1−x2

√ 2 1−x2
E assim concluímos que y = x 1−x2 +arcsin x+2C
.
c) y ′′ + x1 y ′ − 1
x2
y = ln x
x
Resolução: Primeiro resolvemos a equação homogénea y ′′ + x1 y ′ − x12 y = 0 (yh =?). Mul-
tiplicando por x2 obtemos uma equação de Euler x2 y ′′ + xy ′ − y = 0 com a equação
característica r2 + (1 − 1)r − 1 = 0 ⇒ r2 − 1 = 0 ⇒ r = ±1. Assim temos yh = Ax + Bx−1 .
Agora procuremos a solução particular (yp ) o qual terá a forma yp = A(x)x + B(x)x−1
Pelo método de Lagrange (variação de parâmetros) temos
{ ′ {
A (x)x + B(x)′ x−1 = 0 B(x)′ = −A′ (x)x2
′ ′ −2 ln x ⇒
A (x) − B(x) x = x 2A′ (x) = lnxx
Achemos A(x) e B(x) pela integração:
∫ ∫
1 ln x 1 1
A(x) = dx = ln xd(ln x) = ln2 x
2 x 2 4
∫ ( 2 ∫ ) ( )
1 1 x 1 1 x2
B(x) = − x ln xdx = − ln x − · xdx = − ln x − x
2 2 2 2 2 2

2
Assim temos que
x 1 (x ) x 1
yp = ln2 x − ln x − 1 = (ln2 x − 2 ln x) +
4 2 2 4 2
B x 2 1
Portanto, y = Ax + + (ln x − 2 ln x) + .
x 4 2
{ dy
= x − 3y − 3z
dx
4. (4.0 v.) Resolva o sistema de equações diferenciais dz
=x+y+z
dx
{ { ′ { ′′
dy
dx = x − 3y − 3z
y = x − 3y − 3z y = 1 − 3y ′ − 3z ′
Resolução: ⇒ ⇒ ⇒
dz
dx = x + y + z
z′ = x + y + z z′ = x + y + z
{ ′′ ′
y = 1 − 3y − 3x − 3y − 3z
z′ = x + y + z
De y ′ = x − 3y − 3z, implica que z = 13 (x − 3y − y ′ ). Substituindo na primeira equação
do ultimo sistema obtemos a equação y ′′ = 1 − 3y ′ − 3x − 3y − x + 3y + y ′ a qual é não
homogénea da 2a ordem e com coeficientes constantes. Assim temos y ′′ + 2y ′ = 1 − 4x.
Resolvemos em primeiro a equação homogénea y ′′ + 2y ′ = 0 a qual tem a equação caracte-
rística:
r2 + 2r = 0 ⇒ r = −2 ∨ r = 0
Daqui, yh = C1 + C2 e−2x .
Pelo método de coeficientes indeterminados a solução particular será da forma yp = Ax2 +
Bx. Logo, yp′ = 2Ax + B e yp′′ = 2A.
Substituíndo na equação temos
{ {
4A = −4 A = −1
2A + 4Ax + 2B = 1 − 4x ⇒ ⇒
2A + 2B = 1 B = 23
3
Portanto, y = C1 + C2 e−2x − x2 + .
2

Como z = 3 (x − 3y − y ), temos
1
( )
z = 13 x − 3C1 − 3C2 e−2x − 3x2 − 92 + 2C2 e−2x + 2x = −C1 − C2 −2x
3 e − 3x2 + x − 3
2
Solução:
( ) ( ) ( −2x ) ( )
y 1 e −x2 + 23
X= = C1 + C2 + .
z −1 − 31 e−2x −3x2 + x − 3
2

Bom trabalho! Regente: Alexandre Kalashnikov


Assistente: Alfredo Muxlhanga

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